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Comentário da Lição da Escola Sabatina Ligado na

Videira – Lição 4 – Relações sociais – 15 a 22 de abril


de 2017
Publicado em 14 de abril de 2017por Ligado na Videira
Comentário da Lição da Escola Sabatina Ligado na Videira – Lição 4
– Relações sociais – 15 a 22 de abril de 2017
Estamos diante de um estudo extraordinário. Oportuno! Pedro, falando para os
cristãos de todas as épocas, orienta como deve ser o nosso comportamento
durante toda a nossa vida.
Não vivemos isolados. Vivemos com outras pessoas. Há uma infinita variedade
de relações com elas. Dependem de nós e nós dependemos delas. Nós as
influenciamos e por elas somos influenciados.

Porém, acima de tudo isso, o Espírito Santo faz a Sua obra – e, por Sua Palavra,
Ele orienta a Sua igreja a como se portar diante do mundo – e é justamente sobre
a orientação divina que vamos fazer algumas considerações nesta nova semana.
Veremos o interesse de Deus em que tenhamos ótimas relações sociais. A maneira
como nos “posicionamos” mostrará que o Reino que aguardamos é aquele em que
Deus é o Senhor.

Bom será a leitura de uma vez só de 1Pedro 2:11 até 3:7 – esses são os versos
que fundamentam o estudo sobre as nossas “relações sociais”.
Domingo – Igreja e Estado (1Pedro 2:13-17). Aqui, o contexto é maior do
que a relação “Igreja” e “Estado”. Trata-se, também, de (1) minha relação com a
Igreja, e (2) a minha relação com o Estado.
(1) Embora a salvação seja individual, não é bom que eu viva isolado dos outros
salvos. Não há razão em levar o evangelho para outra pessoa e orientá-la a não
me procurar nunca mais. O convívio nos fará bem, nos fortalecerá. Haverá troca
de experiências, e nos fará bem falar e ouvir palavras encorajadoras. Mas também
é inconcebível que eu cuide sozinho de todos os que evangelizei. E disso o motivo
de nos organizamos como grupos, como povo, como Igreja. Um ajudando o outro.
Um assumindo a responsabilidade em favor do outro, em conformidade com o
talento que Deus concedeu. Devo orar e trabalhar em favor dessa união entre
irmãos. O amor deve permear essa relação.

No entanto, o Espírito Santo sobe o tom da conversa, dizendo que “um ‘assim diz
o Senhor’ não deve ser posto à margem por um ‘assim diz a Igreja’” (Atos dos
Apóstolos, pág. 69). Individualmente e como Igreja organizada, a Palavra de
Deus é a orientação para nossas relações. A base da minha relação individual com
a igreja organizada tem que ser a Bíblia.
(2) Quanto ao Estado, é verdade que passamos por sérias dificuldades. Terríveis!
Mas também é verdade que os meios de comunicação fazem “algo mais” do que
repassar notícias. Eles estão nos “doutrinando” – somos doutrinados a reclamar,
a manifestar indignação, a exigir. Estamos ficando peritos nisso! E, assim, os
nossos olhares estão se fixando demais nas coisas desse mundo e o nosso
comportamento está sendo moldado a ser questionador de tudo e de todos.

O Espírito de Profecia nos esclarece:


“Alguns de nossos irmãos têm escrito e dito muitas coisas que são interpretadas
como contrárias ao Governo e à lei. Erro é expor-nos dessa maneira a um mal-
entendido geral. Não é procedimento sábio o criticar continuamente os atos dos
governantes. A nós não nos compete atacar indivíduos nem instituições. Devemos
exercer grande cuidado para não sermos tomados por oponentes das autoridades
civis. Certo é que a nossa luta é intensiva, mas as nossas armas devem ser as
contidas num simples ‘assim diz o Senhor’. Nossa ocupação consiste em
preparar um povo para estar de pé no grande dia de Deus. Não devemos
desviar-nos para procedimentos que provoquem polêmica, ou suscitem oposição
nos que não são da nossa fé” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 6, pág. 394).
“Não se nos exige que desafiemos as autoridades. Nossas palavras, quer faladas
quer escritas, devem ser cuidadosamente consideradas, para que não sejamos
tidos na conta de proferir coisas que nos façam parecer contrários à lei e à ordem.
Não devemos dizer nem fazer coisa alguma que nos venha desnecessariamente
impedir o caminho” (Atos dos Apóstolos, pág. 69).
“Cumpre-nos reconhecer o governo humano como uma instituição designada por
Deus, e ensinar obediência ao mesmo como um dever sagrado, dentro de sua
legítima esfera” (A Fé Pela Qual Eu Vivo, pág. 240 – Meditação Matinal de
22/08/1959).
“A história das nações que, uma após outra, têm ocupado seus destinados tempos
e lugares, testemunhando inconscientemente da verdade da qual elas próprias
desconheciam o sentido, fala a nós. A cada nação, a cada indivíduo de hoje, tem
Deus designado um lugar no Seu grande plano. Homens e nações estão sendo
hoje medidos pelo prumo que se acha na mão dAquele que não comete erro.
Todos estão pela sua própria escolha decidindo o seu destino, e Deus está
governando acima de tudo para o cumprimento de Seu propósito” (Maravilhosa
Graça de Deus, pág. 48 – Meditação Matinal de 11/02/1974).
Segunda – Senhores e escravos (1Pedro 2:18-23). A escravidão humana
existia naquela época apostólica, e a Palavra de Deus não se calou diante disso –
Pedro foi inspirado a orientar a igreja a respeito desse problema. Quanto a nós,
hoje, devemos extrair o “princípio” implícito no ensinamento.
No perfeito governo de Deus, todos somos agentes morais livres. E mesmo diante
de nossas imperfeições, Ele estabeleceu uma nação que não deveria adotar o
regime de escravidão. Providências foram tomadas para que houvesse assistência
aos mais necessitados – viúvas, órfãos e pobres – e até estrangeiros. Que menos
distorções houvesse.

Quanto as nações vizinhas, lamentavelmente a opressão foi tomando conta.


Governos arbitrários foram tomando posse de terras e de seus habitantes através
do uso da força. E o que era feito entre as pessoas era reflexo desses mandos e
desmandos.

“Se tivessem [os judeus] cumprido fielmente suas obrigações para com Deus, não
teriam chegado a ser uma nação falida, dominada por uma potência estrangeira.
Nenhuma bandeira romana haveria tremulado sobre Jerusalém, nenhuma
sentinela romana estaria às suas portas, governo romano algum teria reinado
dentro de seus muros. A nação judaica estava sofrendo os resultados de ter se
afastado de Deus” (O Desejado de Todas as Nações, capítulo 66 – “Conflito”).
Bem, na época de Pedro, alguns senhores de escravos estavam sendo
evangelizados – e eram orientados em como proceder com esses escravos. Da
mesma forma, escravos evangelizados eram orientados em como proceder com
os seus senhores. (Escravo evangelizado?!!! Como assim? Bem, aqui está a prova
de que o poder de Deus estava agindo). Então, para ambos, que prevalecesse o
bom senso, o respeito com a ordem social e com o semelhante. Que o
relacionamento entre eles facilitasse a compreensão sobre o estilo cristão de
viver. Que os demais membros da sociedade vissem, neles, o valor que Deus dá
aos Seus filhos – filhos que se tratam como irmãos.

Hoje, não mais senhores e escravos, mas patrões e empregados – e deve


prevalecer o princípio implícito naquela recomendação – (Reforçando): que haja
bom senso e respeito com a ordem social e com os semelhantes; que o nosso
relacionamento facilite a compreensão sobre o estilo cristão de viver; que as
demais pessoas vejam, em nós, o valor que Deus nos confere.

Terça – Esposas e maridos (1Pedro 3:1-7). Aqui, o princípio bíblico


permanece o mesmo. Que a esposa convertida ao cristianismo continuasse a
respeitar e amar o marido, como ao Senhor. Que cada uma de suas ações no lar
fosse calculada de forma a causar nele a vontade de conhecer o Salvador, e a Ele
se entregar. Por sua vez, que o marido cristão amasse, cuidasse e respeitasse a sua
esposa.
Irmãos, creio que neste ponto, todos devemos aproveitar a oportunidade para
reconsagrar nossos lares ao Senhor. Nossas famílias são preciosas de mais! Então,
vale à pena renovar os votos de amor que Deus colocou em nossos corações. E
que em nossas orações secretas, bem como aos nos expressarmos diante de outras
pessoas, que sejam pronunciadas palavras de louvor e gratidão a Deus por nossas
preciosas famílias – a base da sociedade.

Quarta – Relações sociais. O mesmo título para a semana. Um resumão. E,


aqui, outros versos bíblicos são usados. Mas como a Palavra é uma só, uma
instrução dá mais brilho à outra. (Releia 1Pedro 2:11 até 3:7).
Romanos 13:1-7 (aqui somente o verso 1) – “Todo homem esteja sujeito às
autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e
as autoridades que existem foram por Ele instituídas”.
Efésios 6:5-9 (aqui, os versos 5 e 9) – “Quanto a vós outros, servos, obedecei
a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso
coração, como a Cristo” – “E vós, senhores, de igual modo procedei para com
eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está
nos Céus e que para com Ele não há acepção de pessoas”.
Efésios 5:22-33 (aqui, os versos 22 e 25) – “As mulheres sejam submissas ao
seu próprio marido, como ao Senhor” – “Maridos, amai vossa mulher, como
também Cristo amou a igreja e a Si mesmo Se entregou por ela”.
1Coríntios 7:12-16 (aqui, verso 16) – “Como sabes, ó mulher, se salvarás teu
marido? Ou, como sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?”
Gálatas 3:28 e 29 – “Não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem
liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E,
se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a
promessa”.
Resumindo, Paulo e Pedro viviam na mesma época. As igrejas eram as mesmas,
assim como a cultura prevalecente. As barreiras eram as mesmas. No início
da Lição da semana passada, através de uma passagem do livro Profetas e Reis,
fomos ensinados que não era por rebelião ou guerra que as nações vizinhas
seriam eliminadas. Longe disso! Deus queria era ganhá-los para Si! Então, que
Israel “israelizasse” os povos.
Da mesma forma, não somos chamados a derrubar governos ou a nos rebelar
contra sistemas, mas a “cristianizar” as pessoas com quem mantemos relações
sociais. E, usando como exemplos a nossa vida civil e religiosa, e a nossa relação
trabalhista e conjugal, Pedro reforçou os ensinos do Senhor. Ele deixou bem claro
como devemos seguir enquanto caminhamos a senda cristã.

Quinta – conclusão – O cristianismo e a ordem social.


O “assim diz o Senhor”, como os irmãos bem sabem, está acima de tudo. Em
havendo concordância do Estado, da Igreja, do patrão, e do cônjuge, ou de outra
qualquer relação social com a Palavra de Deus, tudo fica mais fácil.
Porém, se chamados a transgredir os reclamos da Lei de Deus, então, deve
prevalecer o que Pedro disse em Atos 5:29 – “Antes, importa obedecer a Deus
do que aos homens”.
Não sei explicar o motivo, mas o artigo mais lido em nosso blog é “A Bíblia
manda odiar o pai e a mãe em nome de Jesus?” Se é de seu
interesse, clique aqui.
Encerro minhas considerações citando um trecho a mais do Espírito de Profecia:
“Nos anais da história humana, o desenvolvimento das nações, o nascimento e
queda dos impérios, aparecem como que dependendo da vontade e proeza do
homem; a configuração dos acontecimentos parece determinada em grande
medida pelo seu poder, ambição ou capricho. Mas na Palavra de Deus a cortina é
afastada, e podemos ver acima, para trás e pelos lados as partidas e
contrapartidas do interesse, poder e paixões humanos – os agentes do Todo-
misericordioso – executando paciente e silenciosamente os conselhos de Sua
própria vontade” (Vidas Que Falam, pág. 250 – Meditação Matinal de
01/09/1971).
Fico por aqui. Desejo um ótimo estudo. Uma boa semana.

Deus nos abençoe.

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