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Apostila Completa de Clínica Cirúrgica PDF
Apostila Completa de Clínica Cirúrgica PDF
APOSTILA COMPLETA
DE CLÍNICA CIRÚRGICA
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
CLÍNICA CIRÚRGICA
Preparo pré-operatório
Objetivo
Levar o paciente as melhores condições possíveis para cirurgia, para garantir-lhe menores
possibilidades de complicações.Cada paciente deve ser tratado e encarado individualmente.
Dependendo da cirurgia a ser realizada, o preparo pré-operatório poderá ser feito em alguns
dias ou ate mesmo em minutos. A s cirurgias que exigem um rápido preparo são as cirurgias
de emergência estas devem ser realizadas sem perda de tempo a fim de salvar a vida do
paciente.
Preparo psicológico
A internação para o paciente pode significar reclusão, afastamento dos familiares e o paciente
podem ficar ansioso e cheio de temores.O trabalho, a vida diária do paciente é
momentaneamente paralisados e o desconhecimento do tratamento a que será submetido,
tudo isso gera stress, insegurança, desassossego e medo.
Estes estados psicológicos quando não reconhecidos e atendidos pode levar o paciente a
apresentar vômitos, náuseas, dor de cabeça, não cooperando para a recuperação pós-
cirurgicas, levando-o a complicação respiratórias, agitação e outros problemas.
Para auxiliar o paciente a enfermagem deve ser calma, otimista, compreensiva, e saiba como
desenvolver confiança.
Inteirados da aflição do paciente a enfermeira chefe deve ser notificada para que tome a
melhor medida.
Muitas vezes o paciente tem medo da morte, durante ou após a cirurgia, tem medo de não
acordar da anestesia, tem medo de perder qualquer parte do corpo ou de sentir dor durante a
cirurgia.
Preparo físico:
1 - inicial
2 - na véspera da cirurgia
3 - no dia da cirurgia
1. Preparo inicial é quando o paciente vai ser submetido a exames laboratoriais (exames pré-
operatórios), que vão assegurar a viabilidade ou não da cirurgia.
- A realização de controles.
- Sinais vitais.
- Diurese.
- Observação de sinais e sintomas.
- Anotação na papeleta.
2. Preparo físico na véspera da cirurgia tem por objetivo remover toda a fonte de infecção,
através da limpeza e desinfecção conseguida com um mínimo de esgotamento do paciente.
- Verificar lista de cirurgia quais os pacientes que serão operados, nome da cirurgia, horário,
se há pedido de sangue, preparos especiais ou de rotina.
- Providenciar material e colher a amostra de sangue para tipagem sanguínea.
- Observar sintomas como tosse, coriza, febre, variação de p.a e outros.
- Limpeza e corte das unhas, remover esmaltes (pés e mãos) para poder observar a coloração
durante a cirurgia.
- Levar a maca com o paciente até o centro cirúrgico, juntamente com o prontuário.
Introdução
Visam ajudar o recém operado a normalizar suas funções com conforto e da forma mais rápida
e segura.
Observação: nos hospitais que possuem no centro cirúrgica sala de recuperação, pós-
anestésica, recebem os pacientes nestes locais imediatamente após a cirurgia dando-lhes
assistência até a normalização de reflexos e sinais vitais.
Cuidados no preparo da unidade visa equipa-la para o recebimento do paciente operado, a fim
de proporcionar-lhe conforto, segurança e rápido atendimento.Esse preparo é feito após o
encaminhamento do paciente para a s.o.
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
Cuidados
- Verificar na papeleta as anotações do centro cirúrgico.Se foi feita a anestesia raque deixar o
paciente sem travesseiro e sem levantar pelo o menos 12 horas.
- Enquanto estiver semiconsciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça voltada para o
lado.
- Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou sondas.
- Observar sintomas como:palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados, hemorragia,
dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações respiratórias e
circulatórias.
- Controlar, pulso, temperatura, respiração e pressão arterial.
- Ao recuperar totalmente a consciência avisa-lo do lugar onde esta e que esta passando bem.
Conceito
O preparo da pele a ser operada, consiste em tratar a pele empregando meios químicos e
mecânicos, os quais a manterão limpa, sem pelos livres de micróbios.
Finalidade
Meios utilizados
São utilizados sabões especiais e anti-sépticos da pele. A limpeza da pele com esses produtos
é feita durante o dia que precede a cirurgia ou no mesmo dia, dependendo da rotina do
hospital.
Tricotomia
É feita com a finalidade de facilita a limpeza e a desinfecção da pele e da região a ser operada.
Áreas de tricotomia
- Cirurgia cardíaca: toda extensão corporal (face anterior e posterior), menos o couro
cabeludo.
Procedimento da tricotomia:
- Cuba rim.
- Pinça.
Execução:
- Exponha a região.
- Ensaboar a região.
Complicações pós-operatórias
Dor: é um dos primeiros sintomas a surgir no pós-operatório.O auxiliar neste caso deve
administrar o medicamento analgésico comunicar o fato a enfermeira, fazer anotação sobre a
dor e sobre as providencias tomadas.
Vômitos: pode haver nas primeiras 24 horas o auxiliar deve colocar o paciente com a cabeça
voltada para o lado e avisar a enfermeira, administrando o medicamento se houver prescrição.
Fazer anotação.
Sede: para evitar o ressecamento da boca, deve-se umedecê-la com água e lubrificar os lábios
com vaselina.
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
Complicações pulmonares:
As mais comuns são: pneumonia e embolia pulmonar. Para prevenir o aparecimento dessas
complicações o auxiliar deve:
- Forçá-lo a tossir.
- Estimular deambulação.
Complicações urinarias:
Podem ocorrer:
- Infecções urinárias.
- Retenção urinária.
- Anúria.
Pode ocorrer obstrução intestinal, por isso o numero e aspecto da evacuação deve ser sempre
anotada.
- Hematoma ocorre por haver uma hemorragia oculta na ferida.Quando é grande, pode
interferir no processo de cicatrização.
- Infecção ocorre devido a diversos fatores, inclusive devido a curativo mal feito.
Rotura ou deiscência
É uma abertura que ocorre na ferida operatória, que ocorre devido à infecção ou grande
distensão abdominal.
Retirada de pontos
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
Pode ocorrer sem nenhum problema (primeira intenção), apresentar dificuldade para
cicatrização imediata (segunda intenção) ou ainda necessitar de uma nova sutura (terceira
intenção).
A retirada de pontos é feita geralmente no sétimo dia após a cirurgia ou nos dias posteriores.
Material necessário:
- Pinça anatômica
- Tesoura
- Bisturi ou gilete
- Gases
- Anti-sépticos
- Esparadrapo
Procedimento
Subdivide-se em mediato (desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior a ela) e em
imediato (corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia).
Definição de pós - operatório: é o período que se inicia a partir da saída do paciente da sala de
cirurgia e perdura até a sua total recuperação
Drenos
mas nada impede a montagem através de tubos de silicone e vidros especiais para receber a
drenagem
Distúrbios Hidroeletrolíticos
Neste artigo:
- Introdução
- Hipovolemia
- Hipervolemia
- Hiperosmolaridade
- Hipoosmolaridade
- Conclusão
- Referências Bibliográficas
"As alterações hidroeletrolíticas são muito comuns e, apesar de na maioria dos casos
serem secundárias a moléstias subjacentes, desempenham um papel importante no
tratamento de diversos distúrbios".
Introdução
e bicarbonato.
Tabela 01 - Eletrólitos do Espaço Extracelular (EC)
Eletrólitos Valores Normais
Sódio 135 –145
Potássio 3.5 – 4.5
Cloro 100 –106
Bicarbonato 22-26
Cálcio 4.5-5.5
Magnésio 1.5-2.5
Fósforo 2.5-4.0
O número de partículas osmoticamente ativas em cada compartimento determina sua
osmolalidade. Uma vez que o sódio é o principal cátion no EC, ele é utilizado como
referência para determinar a Osmolalidade plasmática (Osm): a Osm normal varia de 280
a 300 mOsm/L, o que equivale ao dobro da concentração plasmática de sódio acrescida
de 6 a 8 mOsm. A Osm também pode ser determinada pela fórmula:
Osm = (2 x Na) + (1/2,8 x Uréia Plasmática) + (1/18 x glicose plasmática)
O organismo está permanentemente em busca da Homeostase Hidroeletrolítica. O
Balanço Hídrico corporal representa esta tentativa em se manter o equilíbrio entre a água
ingerida e a eliminada. A água livre na dieta e aquela presente nos alimentos sólidos
representam cerca de 90% do aporte hídrico diário do organismo. Por outro lado, a Água
Endógena corresponde àquela produzida pela combustão dos alimentos e responde por
apenas 10% do aporte hídrico, mas, nos estados hipercatabólicos, pode chegar a 1.200
mL por dia.
Hipervolemia
Tabela 04 - Causas de
Hipervolemia
Hiperosmolaridade
decorre (a) da perda excessiva de água em relação à perda de sódio, (b) do aumento de
solutos em relação ao ganho de água ou (c) do aumento de solutos associado à perda de
água. O cenário clínico mais comum da Hiperosmolaridade é a Desidratação Verdadeira,
mas esta alteração hidroeletrolítica também pode ser encontrada em paciente com
diabetes insipidus ou sobrecarga de solutos.
Tabela 05 - Causas de
Hiperosmolaridade
Privação hídrica
Febre alta e prolongada
Outros estados de sudorese profusa
Diabetes melito
Diabetes insípido
Outros estados de diminuição dos
níveis de ADH
Reposição hídrica insuficiente
Superdosagem de diurético osmótico
Nutrição parenteral total
Hiperfunção da adrenal
Síndrome de Cushing
Hiperaldosteronismo
Taquipnéia
As manifestações mais freqüentes da hiperosmolaridade são sede intensa, febre,
confusão mental (podendo evoluir para coma), perda ponderal, pele seca e quente,
língua geográfica, densidade urinária reduzida e hemoconcentração.
O tratamento é feito com solução glicosada a 5%. Nos pacientes com hiperglicemia,
recomenda-se solução salina a 0,45%. O volume a ser reposto pode ser definido por
diversas fórmulas (TABELA 6). Deve-se infundir metade do valor encontrado nas
primeiras 24h e o restante nas 48h seguintes, sempre respeitando o limite de 100
ml/Kg/dia. Havendo hipernatremia sem sinais de desidratação, deve-se diminuir a oferta
de sódio por via oral ou parenteral. Pacientes com Diabetes Insipidus devem receber
reposição de ADH (p.ex: 01 a 02 gotas instiladas por via nasal de 8/8h).
Hipoosmolaridade
Tabela 07 - Causas de
Hipoosmolaridade
Hiponatremia dilucional (é a mais
comum)
Insuficiência hepática
Insuficiência cardíaca
Insuficiência renal
Desnutrição
Síndrome de secreção inapropriada
do ADH
Pneumopatia aguda
Hemorragias graves
Uso de diuréticos sem restrição
hídrica
Cirrose Hepática
Neoplasias
Hiperglicemia
Diarréia
Uso de drogas que aumentam a
excreção de ADH (p.ex.: meperidina,
indometacina, ciclofosfamida,
carbamazepina)
A Hipoosmolaridade costuma ser oligo ou mesmo assintomática, com manifestações
clínicas ocorrendo apenas nos casos de hiponatremia severa de instalação abrupta.
Mesmo assim este é um diagnóstico difícil e exige um alto índice de suspeição por parte
do médico assistente. Podem ser observados cefaléia, irritabilidade, distúrbios da
personalidade, delírios, alucinações, ataxia, hipo/hiperrreflexia, afasia, midríase paralítica,
convulsões, vômitos, bradicardia, apnéia, edema, oligúria e aumento do peso corporal. A
presença de insuficiência renal sugere um prognóstico sombrio.
Sendo necessário repor sódio, o déficit deve ser calculado segundo a fórmula abaixo.
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
A abordagem dos distúrbios hidroeletrolíticos pode ser feita a partir de alguns passos
elementares: anamnese e exame físico detalhados e direcionados para avaliação da
volemia e análise laboratorial incluindo ionograma, osmolaridade plasmática e
osmolaridade urinária. Os resultados advindos destes passos freqüentemente bastam
para guiar o tratamento.
Referências Bibliográficas
2. Fall PJ. Hyponatremia and hypernatremia. A systematic approach to causes and their
correction. Postgrad Med 2000 May 1;107(5):75-82; quiz 179
3. Halperin ML, Bohn D. Clinical approach to disorders of salt and water balance.
Emphasis on integrative physiology. Crit Care Clin 2002 Apr;18(2):249-72
4. Ichikawa I. A bridge over troubled water...mixed water and electrolyte disorders. Pediatr
Nephrol 1998 Feb;12(2):160-7
6. Kapoor M, Chan GZ. Fluid and electrolyte abnormalities. Crit Care Clin 2001
Jul;17(3):503-29
8. Milionis HJ, Liamis GL, Elisaf MS. The hyponatremic patient: a systematic approach to
laboratory diagnosis. CMAJ 2002 Apr 16;166(8):1056-62
9. Oster JR, Singer I. Hyponatremia, hyposmolality, and hypotonicity: tables and fables.
Arch Intern Med 1999 Feb 22;159(4):333-6
10. Riggs JE. Neurologic manifestations of electrolyte disturbances. Neurol Clin 2002
Feb;20(1):227-39, vii
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 18
Definição de pré-operatório ............................................................................................................... 18
Definição de pós – operatório ............................................................................................................ 18
1. Cirurgia Cardíaca .............................................................................................................................. 18
1.1. Tipos de cirurgia cardíaca: ......................................................................................................... 18
1.2. Conduta pré – operatória/cuidados de enfermagem: ................................................................. 19
1.3. Conduta pós-operatória/cuidados de enfermagem: ................................................................... 19
1.4. Intervenções de enfermagem ..................................................................................................... 19
2. Cirurgia Ortopédica ........................................................................................................................... 20
2.1. Tipos de cirurgia: ........................................................................................................................ 20
2.2. Cuidados de enfermagem no pré-operatório.............................................................................. 20
2.3. Cuidados de enfermagem no pós – operatório: ......................................................................... 21
2.4. Intervenções de enfermagem ..................................................................................................... 21
3. Cirurgia Gastrintestinal ...................................................................................................................... 21
3.1. Tipos de cirurgia: ........................................................................................................................ 21
3.2. Tratamento pré-operatório/cuidados de enfermagem ................................................................ 21
3.3. Tratamento Pós – operatório/cuidados de enfermagem: ........................................................... 22
4. Cirurgia Renal.................................................................................................................................... 22
4.1.Tratamento pré-operatório/cuidados de enfermagem: ................................................................ 23
4.2. Tratamento pós-operatório/cuidados de enfermagem: .............................................................. 23
4.3. Intervenções de enfermagem ..................................................................................................... 24
5. Cirurgias proctologicas ...................................................................................................................... 24
5.1. Intervenções cirúrgicas ............................................................................................................... 24
5.2. Tratamento pré-operatório / cuidados de Enfermagem ............................................................. 24
5.3. Tratamento pós – operatório/cuidados de Enfermagem: ........................................................... 25
5.4. Intervenções de enfermagem ..................................................................................................... 25
6. Cirurgia neurológica .......................................................................................................................... 25
6.1. Tratamento pré-operatório .......................................................................................................... 26
6.2. Tratamentos pós – operatório:.................................................................................................... 26
6.3. Tratamento de Enfermagem: ...................................................................................................... 26
6.4. Prescrições de Enfermagem: ..................................................................................................... 26
7. Cirurgias ginecológicas ..................................................................................................................... 27
7.1. Cuidados pré – operatórios: ....................................................................................................... 27
7.2. Cuidados pós – operatórios: ....................................................................................................... 27
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................................... 28
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
INTRODUÇÃO
Definição de pré-operatório
É o período de tempo que tem início no momento em que se reconhece a necessidade
de uma cirurgia e termina no momento em que o paciente chega à sala de operação.
Subdivide-se em mediato (desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior a ela) e
em imediato (corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia).
Intervenções de enfermagem
• Atender o paciente conforme suas necessidades psicológicas (esclarecimento
de dúvidas);
• Verificar sinais vitais;
• Pesar o paciente;
• Colher material para exames conforme solicitação médica;
• Observar e anotar a aceitação da dieta;
• Orientar higiene oral e corporal antes de encaminhar o paciente para o centro
cirúrgico;
• Manter o paciente em jejum, conforme rotina;
• Fazer tricotomia conforme rotina;
• Orientar o paciente a esvaziar a bexiga 30 minutos antes da cirurgia;
• Retirar próteses dentárias, jóias, ornamentos e identificá-los;
• Encaminhar o paciente ao centro cirúrgico
Intervenções de enfermagem
• Receber e transferir o paciente da maca para o leito com cuidado, observando
sondas e soro etc.
• Posicionar o paciente no leito, conforme o tipo de anestesia;
• Verificar sinais vitais;
• Observar o estado de consciência (sonolência);
• Avaliar drenagens e soroterapia;
• Fazer medicações conforme prescrição;
• Realizar movimentos dos membros superiores ou inferiores livres se possível;
• Controlar a diurese;
• Assistir psicologicamente o paciente e os familiares;
• Observar e relatar as seguintes complicações: (pulmonares “cianose, dispnéia,
agitação”); Urinárias (infecção e retenção urinária); Gastrointestinais (náuseas,
vômitos, constipação intestinal, sede); Vasculares (Cianoses e edemas); da
ferida operatória (hemorragia, infecção e deiscência) e choque.
1. Cirurgia Cardíaca
A cirurgia do coração aberto é mais comumente realizada para a doença da artéria
coronariana, disfunção valvular e defeitos cardíacos congênitos.
• Aliviar a dor;
• Promover a orientação perceptiva e psicológica;
• Outras responsabilidade de enfermagem evitando complicações.
G1- Arritmias
G2- Tamponamento cardíaco
G3- IM
G4- Embolização
G5- Sangramento
G6- Febre/infecção
G7- Insuficiência renal
2. Cirurgia Ortopédica
2.1. Tipos de cirurgia:
• Redução aberta
• Fixação interna
• Enxerto ósseo
• Artroplastia
• Substituição articular
• Substituição articular total
• Minescectomia
• Transferência tendinosa
• Fasciotomia
• Amputação
3. Cirurgia Gastrintestinal
3.1. Tipos de cirurgia:
• Cirurgias Gástricas
• Cirurgia para Hernia
• Cirurgias Intestinais
• Cirurgias Laparoscopica
4. Cirurgia Renal
A cirurgia renal pode incluir a nefrectomia (remoção do rim), transplante renal para
insuficiência renal crônica, procedimentos para remover obstrução, tal como cálculos ou
tumores, procedimentos para introduzir tubos de drenagem, (nefrostomia). As abordagens
variam mas podem envolver o flanco, as regiões torácicas e abdominal.
A nefrectomia é mais utilizada, para tumores malignos do rim, mas também pode estar
indicada para traumatismo e rim que não mais funciona devido a distúrbios obstrutivos e outras
doenças renais.
A ausência de um rim não leva a uma função renal inadequada quando o rim
remanescente é normal.
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
5. Cirurgias proctologicas
A cirurgia proctologicas pode ser feita para HPB ou câncer de próstata. A abordagem
cirúrgica depende do tamanho da glândula, intensidade da obstrução, idade, saúde subjacente
e doença prostática.
6. Cirurgia neurológica
Os avanços tecnológicos e o refinamento dos procedimentos de imageamento e das
técnicas cirúrgicas tornaram possível aos neurocirurgiões localizar e tratar das lesões
intracranianas com maior precisão que outrora. Os instrumentos microcirúrgicos permitem que
o delicado tecido seja separado sem trauma.
O uso de armações e equipamentos estereotáxicos possibilitam a localização de um
alvo puntiforme específico no cérebro; as condutas esterotáxicas são utilizadas com lasers e
bisturi gama. Os vasos às estruturas podem ser coagulados sem provocar lesões para as
próprias estruturas. Para alguns pacientes, a craniotomia permanece como a conduta mais
apropriada; ela pode ser combinada a outras modalidades de tratamento.
7. Cirurgias ginecológicas
As cirurgias ginecológicas são uma gama de cirurgia relacionada ou aparelho
reprodutor feminino, entre algumas delas pode-se relacionar: a histectomia, salpingectomia,
oforectomia, portos cesarianos, perinioplastia, ligadura tubária entre outras, todas elas
possuem cuidados em comuns estes cuidados também irá depender bastante das
necessidades de cada paciente, a enfermagem tem papel fundamental para com estas
paciente isso se deve pela grande influencia psicossocial que a mesma irá enfrentar, desta
forma cabe a enfermagem diversos cuidados relacionados ao paciente alguns deles estão
relacionados logo abaixo:
BIBLIOGRAFIA
- BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico – cirurgico. 9ª ed. Rio de Janeiro;
Guanabara Koogan: 2002.
Terminologia Cirúrgica
Algumas palavras aparecerão em textos, cujos significados não devem ser claros para quem
com elas toma o primeiro contato. Outras aparecerão durante o dia-a-dia cirúrgico e, por
pertencerem a um vernáculo técnico ou por constituirem às vezes gíria dentro do hospital ou
sala de operações, merecem um esclarecimento adequado.
SONDAGENS
Apesar de termos inúmeros tipos de sondas e diferentes locais para utilizá-los, iremos nesta
aula nos deter basicamente nas sondagens vesical, gastrointestinal e retal. Importante é a
conceituação correta de sonda e cateter, que freqüentemente são utilizados para funções
semelhantes. Sonda é definida como um tubo que se introduz em canal do organismo, natural
ou não para reconhecer-lhe o estado, extrair ou introduzir algum tipo de matéria. Na definição
de cateter temos: instrumento tubular que é inserido no corpo para retirar líquidos, introduzir
sangue, soro, medicamentos e efetuar investigações diagnósticas.
SONDAGEM VESICAL
Quando a urina não pode ser eliminada naturalmente, deve ser drenada artificialmente através
de sondas ou cateteres que podem ser introduzidos diretamente na bexiga, ureter ou pelve
renal. A sondagem vesical é a introdução de uma sonda ou cateter na bexiga, que pode ser
realizada através da uretra ou por via supra-púbica, e tem por finalidade a remoção da urina.
Suas principais indicações são: obtenção de urina asséptica para exame, esvaziar bexiga em
pacientes com retenção urinária, em preparo cirúrgico e mesmo no pós operatório, para
monitorizar o débito urinário horário e em pacientes inconscientes, para a determinação da
urina residual ou com bexiga neurogênica que não possuam um controle esfincteriano
adequado.
A sondagem vesical pode ser dita de alívio, quando há a retirada da sonda após o
esvaziamento vesical, ou de demora, quando há a necessidade de permanência da mesmo.
Nestas sondagens de demora, a bexiga não se enche nem se contrai para o seu esvaziamento,
perdendo com o tempo, um pouco de sua tonicidade e levando à incapacidade de contração do
músculo detrursor; portanto antes da remoção de sonda vesical de demora, o treinamento com
fechamento e abertura da sonda de maneira intermitente, deve ser realizada para a prevenção
da retenção urinária.
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
Sonda vesical de alívio Sondas vesicais de demora de duas e três vias vias
Nas mulheres, realizar antissepsia da região pubiana, grandes lábios e colocar campo
fenestrado; entreabrir os pequenos lábios e fazer antissepsia do meato uretral, sempre no
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
sentido uretra-ânus, levando em consideração de que a mão em contato com esta região é
contaminada e não deve voltar para o campo ou sonda. Introduzir a sonda lubrificada no meato
urinário até a verificação da saída de urina. Se for uma sonda de Foley, insuflar o balão de
segurança com água destilada, obedecendo o volume identificado na sonda. Conectar à
extensão, fixar a sonda e reunir o material utilizado. Se for uma sonda de alívio, aguardar
esvaziar a bexiga e remover imediatamente a sonda.
Nos homens, após a antissepsia da região púbica, realiza-se o mesmo no pênis, inclusive a
glande com movimentos circulares, e para a passagem do cateter, traciona-se o mesmo para
cima, introduzindo-se a sonda lentamente.
Nas sondagens vesicais de demora, com o sistema de drenagem fechado, deve-se observar
algumas regras para diminuição do risco de infecção do trato urinário: nunca elevar a bolsa
coletora acima do nível vesical; limpeza completa duas vezes ao dia ao redor do meato uretral;
nunca desconectar o sistema de drenagem fechado, e a troca do sistema deve ser realizado a
cada sete dias na mulher e a cada 15 dias no homem, ou na vigência de sinais inflamatórios.
SONDAGEM GASTROINTESTINAL
1. descomprimir o estômago
2. remover gás e líquidos
3. diagnosticar a motilidade intestinal
4. administrar medicamentos e alimentos
5. tratar uma obstrução ou um local com sangramento
6. obter conteúdo gástrico para análise
PROCEDIMENTOS
Fixação
SONDAGEM RETAL
A mais importante utilização da sonda retal é para a lavagem intestinal, que possui como por
finalidade: eliminar ou evitar a distensão abdominal e flatulência, facilitar a eliminação de fezes,
remover sangue nos casos de melena e preparar o paciente para cirurgia, exames e tratamento
do trato intestinal.
PROCEDIMENTOS
1. orientar o paciente
2. preparo do material: forro, vaselina ou xylocaína geléia, papel higiênico, comadre,
biombos, sonda retal, gaze, equipo de soro e luvas.
3. lavar as mãos e utilizar luvas
4. adaptar a sonda retal à solução prescrita e ao equipo de soro
5. colocar o paciente na posição de Sims
6. lubrificar cerca de 10 cm da sonda com vaselina
7. afastar os glúteos e introduzir a sonda
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
8.
9.
10. no caso de lavagem intestinal, abrir o equipo, deixar escoar o líquido, fechar o equipo
após e término, retirar a sonda e encaminhar o paciente ao banheiro ou colocá
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
(pleural ou mediastinal)
Indicações:
Os sistemas coletores de drenagem pleural ou mediastinal (SCDPM)
são empregados em cirurgias torácicas ou cardíacas e destinam-se à
evacuação de conteúdo líquido e ou gasoso da cavidade torácica
(derrames pleurais ou pericárdico, empiema, sangue, pneumotórax,
etc.)
Descrição:
Os SCDPM utilizam o princípio da sifonagem para manter em equilíbrio a
pressão intrapleural ou intrapericárdica, que é negativa em relação à
atmosférica, evitando a entrada de ar na cavidade torácica (pneumotórax
aberto).
Os sistemas de frasco coletor único são os mais comumente empregados,
devido ao seu baixo custo e fácil manuseio.
Treinamento:
Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares e técnicos de enfermagem devem ter o conhecimento
técnico necessário ao perfeito funcionamento do SCDPM, devendo estar capacitados para a resolução das
eventuais complicações inerentes à drenagem pleural, pericárdica ou mediastinal.
Instruções de uso:
Recomenda-se a leitura do manual por toda a Equipe
hospitalar de modo a padronizar e protocolar a rotina do uso
do SCDPM.
As técnicas de manuseio poderão ser individualizadas, a
critério médico e de acordo com as necessidades cirúrgicas.
Curativos:
A limpeza da ferida cirúrgica deverá ser realizada com solução
anti-séptica e o curativo da pele, em torno do dreno torácico,
deverá ser trocado diariamente ou quantas vezes forem
necessárias.
Ordenha:
As manobras de ordenha são empregadas sob supervisão médica ou
da enfermagem quando ocorrer obstrução por coágulos do SCDPM.
Utilizar pinça de ordenha ou ordenhar com a mão a mangueira de
drenagem e o dreno torácico de modo a remover possíveis
obstruções.
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
Advertências:
Alguns cuidados devem ser tomados de modo a evitar obstrução da
mangueira do SCDPM por torção ou angulação excessiva. Portanto,
a mangueira do SCDPM deverá ser mantida quase esticada, sem
curvas, desta forma evita-se a formação de sifões por coleção de
líquido na própria mangueira.
Para evitar o refluxo de líquido para a cavidade torácica não se deve
elevar o frasco coletor acima do nível da cintura.
Evitar o clampeamento prolongado da mangueira do SCDPM
principalmente quando houver escape aéreo (borbulhamento), o que
poderá provocar pneumotórax hipertensivo ou enfisema de
subcutâneo. Pelo mesmo motivo, nunca tampe o suspiro do frasco
coletor.
Pneumotórax aberto:
O Pneumotórax aberto com suas repercussões clínicas de
insuficiência respiratória ocorrerá em caso de desconexão do
SCDPM, ou se o frasco coletor estiver sem o nível líquido mínimo
obrigatório. Também nunca deixe virar ou tombar o frasco coletor.
Em caso de ruptura do frasco coletor deve-se fechar a mangueira do
SCDPM e rapidamente substituir por outro íntegro.
Verificar as conexões de todo o SCDPM de modo a não permitir
vazamentos de líquido ou entrada de ar.
Não é recomendável perfurar o dreno torácico ou a mangueira do
SCDPM para colher secreções.
Evitar as adaptações que podem ocorrer quando se utilizam
dispositivos de diversos fabricantes.
Precauções médicas:
A reexpansão rápida do pulmão colabado deve ser evitada.
A evacuação rápida do líquido pleural (pneumotórax, hidrotórax ou hemotórax) poderá
provocar mal estar, dor, dispnéia e até edema pulmonar com grave repercussão
sistêmica.
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
Instruções ao paciente:
A instrução sobre o funcionamento do SCDPM ao paciente ou aos seus representantes é da
responsabilidade da Equipe médica e da enfermagem.
As instruções devam incluir noções e cuidados para se obter uma perfeita sifonagem do
SCDPM no paciente acamado, na deambulação e no transporte.
Orientar que não se deve elevar o frasco coletor acima do nível da cintura, para evitar o
refluxo de líquidos do frasco coletor para a cavidade torácica.
Orientar como manter a mangueira de drenagem quase esticada, sem formar sinuosidades
acentuadas, dobras ou acotovelamentos.
Também, deve-se orientar que o paciente não deite em cima da mangueira de drenagem de
modo a não obstruí-la.
Orientar como se devem evitar movimentos corpóreos bruscos de modo a não tracionar a
mangueira de drenagem, o que pode provocar desconexões, deslocamento doloroso ou
arrancamento do dreno torácico.
Avisar imediatamente ao médico, em caso de desconexão acidental ou sangramento.
Deambulação:
O paciente deverá deambular normalmente, caso não haja contra-indicação
clínica.
Para maior comodidade, o paciente deverá utilizar a alça de transporte.
Transporte do paciente:
Não deixar formar curvas acentuadas, dobras ou acotovelamentos na mangueira de
drenagem.
Manter sempre o frasco coletor abaixo do nível da cintura, deste modo se evita que o
líquido seja aspirado para o interior do tórax do paciente.
Na presença de fístula aérea, o dreno não deve ser pinçado durante o transporte em maca
ou cadeira de rodas.
Não pinçar o dreno torácico ao fazer radiografias, transporte ao centro cirúrgico ou nas
ambulâncias.
Exames radiográficos:
A radiografia de tórax e a tomografia computadorizada de tórax são indicadas na
avaliação do posicionamento do dreno torácico e da efetividade da drenagem
pleural.
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
NEFROLOGIA
HEMODIÁLISE
I - Introdução
1- Tema :
Como a Hemodiálise interfere na vida do portador de I.R.C.
2- Problema:
Neste trabalho Abordaremos a Hemodiálise como sendo uma forma de tratamento para o portador de
Insuficiência renal crônica, destacando os transtornos psicológicos que a mesma causa ao paciente.
3- Justificativa
Este trabalho auxiliará o profissional de enfermagem a conhecer o paciente dentro de uma visão holística.
Pretendemos que os mesmos apartir de então desenvolvam novas habilidades de cuidar deste paciente que
depende da hemodiálise para viver.
4- Objetivo
Visamos identificar a interferência da hemodiálise na qualidade de vida do portador d I.R.C.
1- Aspectos Fisiopatológicos
Para PAOLUCCI (1997), a expressão insuficiência renal crônica aplica-se a toda condição patológica de
instalação gradual capaz de deteriorar em graus variáveis a capacidade funcional renal.
Grande parte dos casos assume curso progressivo e irreversível, culminando na síndrome urêmica ou
simplesmente uremia. Então todos os órgãos e tecidos ficam praticamente entregues à própria sorte no
tocante à regulação homeostática: verificam-se severos distúrbios do meio interno, onde fluidas e produtos
catabólicos se acumulam dando lugar ao dramático quando sintomatológico da uremia.
"A rapidez com que a diminuição progressiva do número de néfrons ocorre está na dependência direta da
doença de base e no acompanhamento clínico do paciente" (JACOB GAMARSKI 1996 pg. 43)
Nas formas avançadas de insuficiência renal crônica virtualmente todos os órgãos e tecidos sofrem seus
efeitos. Ocorre um acúmulo de substâncias tóxicas no meio interno, seja por excreção deficiente, seja por
excesso de produção devido a distúrbios metabólicos. Entre estes produtos indesejáveis estão: uréia,
creatinina, ácido úrico, amônia, guanidina, fenóis, além de muitos outros.
A I.R.C. leva às seguintes complicações, dentre outras:
- Anasarca
- Anemia
- Alterações ósseas
- Alterações da acuidade mental e ritmo do sono
- Alterações da pressão intraocular
- Alterações cardíacas
- Hipertensão
2- Formas de Tratamento
a) Diálise Peritoneal - Este procedimento substitui o trabalho dos rins, remove o excesso de água, resíduos e
substâncias químicas do corpo. Usa o revestimento do abdome (membrana peritoneal) para filtrar o sangue.
Uma solução purificadora chamada dialisato flui por um tubo especial em seu abdômen. Líquido, resíduos e
substâncias químicas passam de minúsculos vasos de sangue da membrana peritoneal para o dialisato.
Depois de várias horas, o dialisato é escoado de seu abdômen e leva os resíduos do sangue. A seguir
novamente se enche o abdômen de dialisato fresco e o processo de limpeza recomeça para tal
procedimento se coloca um catéter permanente em seu abdome para transportar o dialisato para a cavidade
peritoneal e vice-versa.
Há três tipos de diálise peritoneal:
- C.A.P.D. - é a diálise peritoneal ambulatorial continuada. É a mais comum , não precisa de máquina e o
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010
sangue é limpo continuadamente. O dialisato passa de uma bolsa de plástico pelo catéter para o abdômen.
O dialisato fica no abdômen com o catéter lacrado. Depois de várias horas o portador escoa a solução de
reserva à bolsa e reenche o abdômen com solução fresca.
- C.C.P.D. - Diálise peritoneal cíclica contínua. É como a C.A.P.D., difere por necessitar de uma máquina
que se conecta ao catéter e automaticamente enche e drena o dialisato do abdômen. Pode ser feita à noite,
quando o paciente dorme.
- D.P.I. - Diálise peritoneal intermitente, usa o mesmo tipo de máquina da C.C.P.D. para infundir e escoar o
dialisato. Pode ser feita em casa, mas é normalmente feita no hospital, levam muito mais tempo que a
C.C.P.D.
b) Hemodiálise
Segundo CIVITA (1985). A hemodiálise substitui parcialmente os rins.
A hemodiálise usa um dialisador, ou filtro especial, para limpar sangue. O dialisador é conectado a uma
máquina. Durante o tratamento, o sangue flui por tubos para o dialisador. O dialisador filtra os resíduos e o
excesso de líquido. Então o sangue recentemente limpo flui através de outro tudo de volta para o corpo.
Os princípios básicos de funcionamento do hemodialisador são muito simples: uma membrana de celofane ,
com poros minúsculos é interposta entre o sangue e um líquido (ou fluido) de limpeza ou líquido de diálise.
O sangue tem uma concentração muito alta de moléculas de produtos inúteis do sangue, que não existem
no fluído de diálise. Esse fluído aquecido a 38º C é composto em geral por 100 litros de uma mistura de
água e vários tipos de compostos (bicarbonato de sódio, cloreto de potássio e sódio, magnésio, cálcio e
glicose).
Na diálise as moléculas de resíduos metabólicos do sangue tendem naturalmente a atravessar a membrana
do dialisador em direção ao líquido de limpeza, uma solução menor concentrada. A passagem das
moléculas sanguíneas para o fluído dialisador continua até que a concentração dos dois líquidos se iguale
totalmente. O tamanho do orifício da membrana impede que moléculas grandes como são os glóbulos e
proteínas do sangue passem para o líquido dialisador e se percam.
Há dois modos de se ligar o paciente ao hemodialisador. No primeiro, mais usado em pessoas que vão
precisar de poucas sessões de diálise, insere-se um tubo de plástico muito delgado numa artéria e outro
numa veia do doente, que fica assim conectado à máquina.
Para um arranjo mais permanente usa-se um procedimento chamado fístula. Nele une-se cirurgicamente
uma veia e uma artéria superficiais. Depois de umas seis semanas, a conexão fica com as paredes bem
espessas e pode então ser perfurada continuamente com agulhas ligadas à máquina por tubos plásticos
próprios.
Com o objetivo de evitar a coagulação do sangue no interior da máquina ou nas conexões, injeta-se na
tubulação um anticoagulante chamado heparina.
É importante que não haja formação de bolhas no sangue, pois sua presença na circulação do paciente
poderia causar obstrução dos delgados vasos sanguíneos pulmonares. Para evitar esse problema há um
"detector de bolhas" no hemodialisador.
Finalmente, é necessário utilizar uma bomba para forçar o sangue através da membrana do hemodialisador,
pois se o sangue chegar frio ao paciente seu corpo entraria rapidamente em hipotermia.
A freqüência com que um paciente precisa ser submetido à diálise depende da gravidade de sua doença
renal e das condições de ligação arteriovenosa com a máquina. Mas a maioria dos pacientes renais crônicos
precisam de duas a três sessões semanais de hemodiálise, cada uma com duração de duas a quatro horas.
Todos os pacientes com insuficiência crônica dos rins acabam ficando anêmicos, mas esse é um problema
que a hemodiálise não resolve.
Uma das causas dessa anemia é a deficiência de uma substâncias fabricada nos rins e que estimula a
formação de hemácias na medula óssea.
Esse tipo de anemia costuma ser tratada por transfusões de sangue feitas a intervalos regulares de tempo.
Um dos riscos enfrentados pelas pessoas que fazem hemodiálise é o de contraírem doenças transmitidas
através do sangue devido à má esterilização do hemodialisador.
c) Transplante- é o procedimento que coloca um rim saudável no portador de I.R.C. para que ele faça o
trabalho do rim doente.
· MALNIC, Gerhard; MARCONDES, Marcelo. Fisiologia Renal. Edart- São Paulo 1997
· CIVITA, Victor. O Médico da Família- Nova Cultura, VI. São Paulo, 1998
TRABALHO EM GRUPO:
1. MONTAR UM QUADRO COM CIRURGIAS, TIPOS, ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM,
COMPLICAÇÕES, RISCOS E TRATAMENTOS.