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CURSO DE PSICOLOGIA
SALVADOR
2017
LUCIA MARIA DA SILVA BARBOSA
1 INTRODUÇÃO 4
2 JUSTIFICATIVA 8
3 OBJETIVOS 9
1 INTRODUÇÃO
Assim, apesar dos direitos que vão sendo aos poucos conquistados, e do
esforço dos movimentos sociais nesse sentido, registra-se, segundo Rocha et al
(2009), a discriminação sofrida por travestis, transexuais e transgêneros nos
1
A definição para pessoas trans que utilizaremos parte do entendimento proposto por Berenice Bento,
que utiliza as expressões “pessoas trans” e “existências trans” como um guarda-chuva para as
múltiplas vivências de gênero (BENTO, 2014).
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serviços de saúde. Os autores registraram, mediante estudo de caso, com base nos
relatos das informantes, o fato de os profissionais de saúde não utilizarem, como
seria de direito, o nome social quando se reportam a essas pessoas durante o
atendimento. Isso pode causar, além do desconforto por parte desses usuários, um
problema identitário, além de contribuir para problemas relacionados à saúde mental
das mesmas.
Esse cenário revela uma triste realidade sobre o Brasil: apesar da diversidade
ética e cultural histórica de que se constituiu o país, o preconceito e a falta de
conhecimento ainda se impõem como obstáculos à convivência pacífica entre os
indivíduos na sociedade.
A discriminação que impera nos diversos núcleos sociais faz com que essa
população sofra com a falta de acesso à educação, à saúde, ao mercado de
trabalho, dentre outros. Assim, muitos desses indivíduos sentem-se desamparados
pelo governo, e, sobretudo, pela sociedade em que vivem 3.
2
Informação veiculada pelo site de notícias das Nações Unidas no Brasil. Disponível em:
https://nacoesunidas.org/violencia-contra-pessoas-trans-e-extremamente-alta-nas-americas-apontam-
onu-e-parceiros/. Acesso em 08/11/2016.
3
Idem
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nova ordem social. Isto é, se antes essa ordem exigia que todos
fossem heterossexuais, hoje a ordem natural exige que todos,
heterossexuais ou não, organizem suas vidas conforme o modelo
“supostamente coerente” da heterossexualidade. [...] na
heteronormatividade todas [as pessoas] devem organizar suas vidas
conforme o modelo heterossexual, tenham elas práticas
heterossexuais ou não (COLLING E NOGUEIRA, 2015. p 181-182).
Quanto a Teoria Queer, utilizada pela primeira vez no final dos anos 1980 nos
Estados Unidos, ganhou destaque nas pesquisas sobre identidades trans e, aos
poucos, estabeleceu seu objeto de estudo a dinâmica da sexualidade e do desejo
nas organizações sociais (MISKOLCI, 2009).
2 JUSTIFICATIVA
dos moradores faz com que eles se identifiquem e desenvolvam uma comunicação
interpessoal por conhecerem as necessidades desta população.
3 OBJETIVOS
4 HIPÓTESE
5 METODOLOGIA
A opção por esse objeto de estudo, bem como local para recolhimento de
dados deve-se ao fato de que essa é uma unidade de fácil acesso, onde não foi
realizada nenhuma capacitação anterior com os profissionais que ali atuam sobre a
Política de Saúde Integral LGBT, o que poderia trazer resultados múltiplos para essa
pesquisa. Por outro lado, essa unidade possui um número relativamente pequeno de
agentes comunitários de saúde, o que viabiliza a pesquisa, considerando o tempo
restrito para sua realização.
Quanto aos resultados desta pesquisa, eles serão divulgados, após sua
aprovação, no banco de monografias e biblioteca da Faculdade Castro Alves,
localizada na Rua Rubem Berta, nº 128, bairro Pituba, na cidade de Salvador-Ba.
6 REVISÃO TEÓRICA
A imposição de gênero dualista é, portanto, vista pela autora como uma forma
de opressão que atinge as pessoas transexuais. Sobre a identidade trans, reforça a
ideia de que se trata de um reconhecimento quanto à natureza de serem quem
acreditam ser. Além disso, a autora admite que esse reconhecimento contribuiu para
os Estudos Queer, sobretudo no que diz respeito à luta política em relação às
sexualidades e aos gêneros e urgente conscientização social em torno do tema.
Rogers (et al., 2015) baseiam sua discussão a respeito das pessoas trans em
um estudo de caso realizado em um Centro de Saúde na cidade de Florianópolis-
SC, e defendem que a saúde dessa parcela da população está no centro do debate
no que diz respeito à Atenção Primária à Saúde.
Outra pesquisa realizada com dados secundários empíricos foi realizada por
Souza e Helal (2015), que discutem a formulação da Política Nacional de Saúde
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A verdade dos gêneros não está nos corpos. É preciso combater a verdade
única sobre os gêneros que, segundo Bento (2014), é uma forma de patologização.
A determinação das identidades é diversa, portanto, bem como a construção das
subjetividades que elas produzem e que são produzidas por elas.
Etapas
2016/2017 Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul.
Revisão Bibliográfica X X X X
Submissão ao Comitê de Ética X X
Coleta dos dados X
Análise dos dados coletados X
Discussão dos resultados X
Redação Final e entrega do
Projeto X
Apresentação à Banca
Examinadora X
ORÇAMENTO
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RISCOS E BENEFÍCIOS
Costa, A.B., da Rosa Filho, H.T., Pase, P.F. et al. J Immigrant Minority Health (2016).
Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10903-016-0527-7.
Acesso em Acesso em 22/01/2017.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6 ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
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JESUS, Andreia Souza de; SANTOS, Flávia Pedro dos Anjos; RODRIGUES, Vanda
Palmarella; NERY, Adriana Alves; MACHADO, Juliana Costa; COUTO, Tatiana
Almeida. Atuação do agente comunitário de saúde: conhecimento de usuários.
Rev Enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2014 mar/abr; 22 (2): 239-44. Disponível em:
http://www.facenf.uerj.br/v22n2/v22n2a15.pdf . Acesso em: 14/01/2017.
VIEIRA, Helena. O que é a Teoria Queer, de Judith Butler? (2016). Disponível em:
http://paradasp.org.br/o-que-e-a-teoria-queer-de-judith-butler/. Acesso em: 17 de jan.
2017.
3 – Descreva uma situação no seu trabalho onde atendeu uma pessoa trans.
1. Natureza da pesquisa: a sra (sr.) está sendo convidada (o) a participar desta
pesquisa que tem como finalidade, mediante entrevistas, analisar o imaginário
coletivo dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) sobre a transgeneridade e a
influência desse imaginário na assistência às pessoas trans nesta Unidade
Básica com Estratégia de Saúde da Família.
2. Participantes da pesquisa: a pesquisa será realizada com 12 ACS da
Unidade Básica com Estratégia de Saúde da Família – USF Prof. Dr. Carlos
Santana Doron, localizada no bairro Doron, em Salvador – Ba.
3. Envolvimento na pesquisa: ao participar deste estudo a sra (sr) permitirá
que o (a) pesquisador (a) Lúcia Maria da Silva Barbosa realize uma entrevista
com perguntas previamente estabelecidas para fins científicos. A sra (sr.) tem
liberdade de se recusar a participar e ainda se recusar a continuar participando
em qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo para a sra (sr.) (...).
Sempre que quiser poderá pedir mais informações sobre a pesquisa através do
telefone do (a) pesquisador (a) do projeto e, se necessário através do telefone do
Comitê de Ética em Pesquisa.
4. Sobre as entrevistas: As entrevistas serão realizadas no seu ambiente de
trabalho em horário combinado antecipadamente. As perguntas refletem o
interesse dos pesquisadores a respeito do seu entendimento sobre a
transgeneridade.
5. Riscos e desconforto: a participação nesta pesquisa não traz complicações
legais. As perguntas dizem respeito ao que você pensa sobre o tema abordado.
Os procedimentos adotados nesta pesquisa obedecem aos Critérios da Ética em
Pesquisa com Seres Humanos conforme Resolução no. 196/96 do Conselho
Nacional de Saúde. Nenhum dos procedimentos usados oferece riscos à sua
dignidade. Para tanto, estamos empenhados em manter a pesquisa dentro dos
parâmetros solicitados pelo Comitê de ética, a fim de resguardar os participantes.
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Nome/Assinatura do Participante da Pesquisa
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Pesquisador Responsável
Lucia Maria da Silva Barbosa
(71) 992680557
Email: lu.nutri@yahoo.com.br