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1. Introdução.........................................................................................4
2. Aristóteles..........................................................................................5
3. Leibniz...............................................................................................9
4. Sartre...............................................................................................1
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Bibliografia.....................................................................................15
2. ARISTÓTELES
Nascido na Macedônia, Aristóteles foi para Atenas por volta de 367 a.C. para
ingressar na Academia de Platão onde permaneceu por 20 anos. Tendo
grande interesse pela natureza, ele não foi somente o último grande filósofo
grego, mas também o primeiro biólogo da Europa. Por sua notável
capacidade de organização de idéias, foi considerado o grande organizador
de conceitos dos homens.
Na filosofia de Aristóteles, destacam-se a criação da lógica dedutiva
(silogismo), o estudo das causas e finalidades e o da essência dos seres, a
criação dos conceitos de “forma” e “substância”, a análise dos movimentos a
partir da ideia de “ato” e “potência” e, por fim, sua oposição feita em relação
ao idealismo de Platão, de quem foi discípulo.
Aristóteles, que era filho de um médico, desenvolveu grande interesse pela
natureza viva, pelas mudanças e pelos hoje chamados processos naturais ao
contrário de Platão que parece ter se interessado mais por questões mítico-
religiosas e de solução dada através da razão. As divergências entre Platão e
seu discípulo se mostram também nos seguintes aspectos: Aristóteles
utilizava um método de estudo sistemático e não dialético-dialógico como
seu mestre, além de não dar muita atenção às ciências matemáticas,
preferindo as ciências naturais e empíricas.
Para ilustrar a linha de raciocínio de Aristóteles acerca do conhecimento,
irei expor as ideias que considerei mais importantes, tratando em especial
da Metafísica e da Lógica. É importante colocar que Aristóteles dividiu as
ciências em três categorias: as “ciências teoréticas” que teriam como objetivo
único o conhecimento da verdade, buscando-o em si mesmo; as “ciências
práticas” que buscam o saber com o intuito de atingir, por meio dele, certa
perfeição moral; e as “ciências poiéticas” ou “ciências produtivas” que
buscam o saber com o escopo de produzir determinados objetos.
A ciência que Aristóteles considerou mais importante foi a teorética devido à
dignidade e os valores das mesmas, estas incluem a metafísica, a física e a
matemática. Abaixo está um trecho de “Metafísica” de Aristóteles para que
possamos compreender de maneira mais clara a metafísica descrita por ele.
“[...] A experiência, com efeito, [...] produz a arte, enquanto a
inexperiência produz o puro acaso. [...] Por exemplo, julgar que a
Callias, sofredor de determinada doença, certo remédio ajudou, e
que este ajudou também a Sócrates e a muitos outros indivíduos, é
próprio da experiência; ao contrário, julgar que a todos estes
indivíduos, reduzidos a unidades segundo a espécie, sofredores de
certa doença, certo remédio ajudou (por exemplo, aos fleumáticos,
ou aos biliosos ou aos febriciantes), é próprio da arte.
Pois bem, para os fins da atividade prática, a experiência não
parece diferir em nada da arte; ao contrário, os empíricos saem-se
até melhor do que aqueles que possuem a teoria sem a prática. E a
razão está no seguinte: a experiência é conhecimento dos
particulares, enquanto a arte é conhecimento dos universais; ora,
todas as ações e as produções se referem ao particular: com efeito,
o médico não cura o homem a não ser por acidente, mas cura
Callias ou Sócrates ou qualquer outro indivíduo que leva um nome
com estes, ao qual, justamente, acontece ser homem. Portanto, se
alguém possui a teoria sem a experiência e conhece o universal,
mas não conhece o particular que nele está contido, mais vezes
errará a cura, porque aquilo que se dirige a cura é, justamente, o
indivíduo particular [...] Os empíricos sabem o puro dado de fato,
mas não o porquê dele; os outros, ao contrário conhecem o porquê
e a causa.”
Temos duas coisas em contenda sendo que somente uma delas é perfeita –
isto é, é de necessidade existencial –, se for dado que a coisa perfeita é
correta, ela se torna necessária. Logo se conclui que algo passa a ser
inexistente no momento que existe outro objeto dotado de maior perfeição
que ele e por conseqüência, de maior necessidade.
Ao passo da seguinte frase de Leibniz: “Deus produz não por necessidade,
mas, porque o deseja” é colocada a próxima questão a ser discutida: Deus
deseja, pois sente necessidade de desejar ou deseja por simples vaidade?
Deus consegue enxergar a real necessidade do seu objeto de desejo, logo se
algo é de fato necessário o seu desejo é justificado. Assim o homem, Deus
pode descartar de seu pensamento aquilo que não lhe é necessário.
Entretanto, certas coisas ainda permanecem possível mesmo estas não
sendo escolhidas por Deus.
De acordo com a linha de pensamento de Leibniz é importante ter em mente
que algo dotado de possibilidade pode ser distintamente entendido. Uma
figura – mesmo que se imagine que ela não exista na natureza – conta com o
elemento da possibilidade já que é incompatível com objetos supostamente
mais perfeitos e que contenham mais realidade. No caso de avaliarmos a
proposição “a figura não existe, nem jamais existiu”, o sentido é correto, pois
o tempo não lhe foi abstraído, porém em “a figura não existe” há falsidade,
ao passo que, a proposição não pode ser demonstrada.
No que se segue no texto, o filósofo afirma que é possível eliminar
dificuldades no que se diz respeito ao pré-conhecimento dos futuros
contingentes. Segundo a sua visão, Deus é dotado do poder de prever as
razões futuras da existência de determinadas coisas e da inexistência de
outras, ao passo que, seu poder de antevisão é dotado do conhecimento
certo e ele as prevê em sua causa. Em favor de alguma necessidade
irrefutável, algo desnecessário pode ser excluído dos planos divinos. A
antevisão divina é uma ferramenta absoluta que faz possível o
discernimento das proposições corretas, elaboradas para o estabelecimento
de uma harmonia das coisas entre as coisas.
Ao final do texto, a conclusão que se chega a partir do conjunto de
raciocínios explicitados neste ensaio é a de que Deus, de fato, existe, já que
um objeto em sua essência precisa e exata é dotada de existência, este
objeto é mais perfeito que este mesmo objeto, mesmo que ele seja inexato.
Entretanto o que é inexato não é inerente a inexistência absoluta. Para
concluir raciocínio, fica mais uma frase de Leibniz: “O que Deus não deseja
que exista não existe, mas, devemos, portanto, negar sua necessidade”. Esta
frase nos leva a concluir algo já discutido anteriormente: mesmo que Deus
não deseje a existência de algo e este, de fato, não exista, o objeto ainda
encerra a possibilidade de existência.
3. SARTRE
Neste trecho Sartre coloca que quando um homem se define – ou seja, define
sua essência –, ele está definindo também a essência de todos os homens do
mundo, pois, ele escolhe para si aquilo que acredita ser o ideal e, portanto,
espera que a humanidade se espelhe na forma que acredita ser a melhor. Ao
defender que a consciência não é nada até que se perceba algo, Sartre
conclui que somos nós que tributamos o que sentimos e percebemos, pois
somos nós que escolhemos aquilo que nos é importante. Com isto, Sartre
explicita no texto a ideia do subjetivismo, que deixa claro que nós
enxergamos ou percebemos aquilo que é de nossa vontade, nossa visão
sobre as coisas é, portanto, diretamente influenciada por nossa consciência
que é diferente para cada indivíduo, logo, nenhuma visão de mundo é igual
à outra.
BIBLIOGRAFIA