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Resenha Seminário - Saúde da Mulher

Resenha da Apresentação do Grupo 03 (Tutorias Pares), Saúde da Mulher.


Tutoria 04 (Componentes): Ana Luiza Dutra, Carolina Magalhães, Carolina Ribeiro,
Claudio Lucas, João Otávio Borba, Laio Durães, Luísa Bomfim, Maria Clara Zuza, Maria
Luisa Weber, Nathália Farias

Doenças exclusivas às Mulheres


O grupo: “Saúde da Mulher” começou sua apresentação abordando doenças que
acometem apenas mulheres, entre elas, neoplasias de mama e útero. Essas
duas neoplasias segundo o gráfico trazido pelo grupo, leva a óbito uma
quantidade expressivamente mais alta de mulheres em comparações a
neoplasias que abrangem os dois sexos, como as de estômago, colorretal e
pulmão. É possível observar com o gráfico abaixo (gráfico utilizado na
apresentação) a disparidade que há entre o número de óbitos devido a neoplasia
mamaria em 2006, que foram 14.000 e a neoplasia de estômago que no mesmo
ano foi cerca de 5 mil.

O grupo trouxe ainda dados alarmantes sobre as neoplasias exclusivas às


mulheres com o Câncer de Mama estando estimado em 59.700 casos novos
para 2018, sendo a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. Já
o câncer de colo de útero é responsável por 265 mil óbitos por ano, sendo a
quarta causa mais frequente de morte por câncer em mulheres, tendo como
estimativa para 2018 16.370 casos novos.
Tendo em vista esses dados, torna-se indispensável a oferta pelo SUS de
programas que visem a promoção da prevenção, e como foi apresentado, o
sistema único de saúde oferece o exame de Papanicolau e exames de
mamografia.
A equipe abordou ainda, alguns programas governamentais para o tratamento
das enfermidades abordadas (neoplasias), alguns deles foram:
 Política Nacional para a prevenção e Controle do Câncer na Rede de
Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS);
 Sistema de Informação de Câncer (SISCAN), uma versão em plataforma
web que integra os Sistemas de Informação do Câncer do Colo do Útero
(SISCOLO) e do Câncer de Mama (SISMAMA).

Doenças Predominantes na mulher


Como doenças que predominam no sexo feminino o grupo: “Saúde da Mulher”
abordou três delas, foram:

 Doença de Alzheimer;
 Osteoporose;
 Doenças vasculares.

A doença de Alzheimer
O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das
funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e
interferindo no comportamento e na personalidade. Conforme pesquisas
realizadas pelo Instituto Brasileiro de Alzheimer (ABRAz) essa doença tem uma
incidência maior principalmente acima dos 80 anos, dados esses que justificam
essa doença atingir principalmente o sexo feminino, visto que a expectativa de
vida é maior que a dos homens.
Como ações realizadas pelo SUS a respeito dessa doença o grupo trouxe que
já está sendo oferecido um tratamento multidisciplinar e que o Ministério da
Saúde já incorporou remédios para Alzheimer no SUS.

Osteoporose:
A osteoporose é uma doença que acomete todos os ossos dos organismos,
causada por um quadro de diminuição progressiva da massa óssea, que causa
diminuição da resistência dos ossos e tornando-os suscetíveis a fraturas, ainda
que sejam resultantes de impactos e traumas leves. Atualmente, podemos
apontar dois tipos de osteoporose dentro do conceito de osteoporose primária,
sendo a abordada pelo grupo a tipo I (ou pós-menopausa).
A osteoporose pós-menopausa é exclusiva do sexo feminino, a relação
entre menopausa e osteoporose está associada à insuficiência do hormônio
estrogênio. Acomete cerca de 25% das mulheres após as duas primeiras
décadas depois do início da menopausa. Este tipo de osteoporose apresenta um
aumento progressivo da massa óssea após este período, causando
possibilidades de fraturas nos ossos da coluna vertebral, na pelve, nos ossos
longos, nas costelas, quadris e também nos punhos.

Doenças Vasculares:
Como na osteoporose e em outros problemas majoritariamente associados a
mulheres, os hormônios são responsáveis pela predominância feminina das
varizes. São mais comuns devido à ação dos hormônios femininos. O ciclo
menstrual, a reposição hormonal (para evitar a gravidez, uso de hormônios como
tratamento, hipotireoidismo, entre outros) e a própria gravidez, são fatores de
risco, conforme foi dito pela equipe. Nessa medida, os dados trazidos de que as
varizes ocorrem de 41,25 a 62,79% nas mulheres e apenas 13,97 a 37,9% nos
homens puderam ser compreendidos.
Em relação à programas do governo que atuam de forma a oferecer formas de
prevenção e tratamento, foi trazido que um novo tratamento para varizes a
Escleroterapia Ecoguiada com Espuma já foi disponibilizada pelo SUS.

Depressão nas Mulheres


O grupo mostrou que há uma maior prevalência da depressão na população
feminina do que na masculina, em uma proporção de 2:1, o que traduz uma série
de fatores, como: período menstrual, gravidez, menopausa, desigualdade social
entre os sexos, imagem corporal, violência sexual e o papel social da mulher, o
qual foi enfatizado pelo grupo.
Além dos sintomas característicos, foram trazidas algumas opções de
tratamento como a psicoterapia, que é oferecida por programas públicos, a
exemplo de um programa para depressão pós-parto, oferecido em Brasília.
Existe também a terapia em grupo, tratamentos alternativos, como a yoga e
acupuntura, e o uso de medicamentos antidepressivos.
Em seguida, o grupo apresentou uma série de sinais que podem ser
reconhecidos em pessoas com depressão, sendo importantes para ajudar
pessoas próximas que possam estar sofrendo da doença e que necessitam de
ajuda, como Perda de interesse em atividades aprazíveis e Dificuldade em se
concentrar.
Dramatização
A dramatização foi um segundo momento da apresentação que surpreendeu a
todos que estavam assistindo. O grupo “interrompeu” a apresentação com uma
música de fundo e imagens de mulheres que sofreram agressão e de notícias
atuais e espantosas sobre violência contra a mulher. Nesse momento, algumas
das meninas representaram mulheres vítimas de agressão física e sexual, de
estupro e de abuso sexual, as quais contavam rapidamente sua história e as
consequências desses atos.
A partir disso, foi apresentado um vídeo com dados impactantes de feminicídio
no Brasil, além de estatísticas sobre estupro, por exemplo, em que a cada 11
minutos, 1 pessoa é estuprada no brasil e que menos de 10% dos crimes são
notificados às autoridades.
Foi trazido também que o número de mulheres vítimas de homicídio tem crescido
no Brasil e que dados de Feminicídio são subnotificados, expondo uma realidade
revoltante e absurda diante de tantos avanços frente a tanto retrocesso e
injustiças sociais.
O grupo trouxe um ponto muito importante que são os inúmeros impactos da
violência na saúde da mulher, que muitas vezes são ignorados, como a gravidez
indesejada, DSTs, distúrbios de sexualidade, problemas físicos, incapacidade
em vida produtiva e até mesmo sintomas físicos.

Políticas Públicas de Saúde – SUS


Para finalizar, o grupo trouxe 4 programas de apoio à mulher que contemplam
não só a saúde da mulher, como também o seu apoio jurídico, proteção e
segurança. São eles:
- Política de atenção integrada à saúde da mulher (PNAISM): Garante direitos
sexuais e reprodutivos, igualdade de gênero, e assistência de doenças.
- Programa “mulher, viver sem violência”: Consiste na implementação da
Casa da Mulher, a ampliação da Central de Atendimento à Mulher (180), a
organização e humanização do atendimento, além de campanhas continuadas
de conscientização e unidades móveis para o atendimento de mulheres.
- Pacto nacional pelo enfrentamento à violência contra mulher: É um acordo
federativo que propões políticas públicas integradas e uma rede de
enfrentamento da violência contra a mulher.
- Centro de referência de atendimento à mulher (CRAM): Consiste em um
acompanhamento multidisciplinar no atendimento à mulher. Existe alguns pontos
na cidade, sendo o principal o “Loreta Valadares”. Novos pontos foram
integrados à rede e são eles o Centro de Atendimento à Mulher Soteropolitana
Irmã Dulce (Ribeira) e Centro de Atendimento à Mulher Soteropolitana, na Lapa.

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