Aula 00 - ARQUIVOLOGIA

NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA PARA MPU
CARGO TÉCNICO ADMINISTRATIVO – TEORIA E EXERCÍCIOS

PROFESSOR: MAYKO GOMES
AULA 00 - Apresentação
Oi, guerreiros! Tudo bem? Firmes na luta! Espero que estejam, pois não
temos tempo a perder!
Sou Mayko Gomes, professor de Arquivologia e Procedimentos

Administrativos aqui do Ponto. Depois da notícia de que os concursos para o
Ministério Público da União ocorrerão com um intervalo de tempo menor,
vamos começar a nos preparar para o próximo, que não deve demorar.
Então estamos aqui, com mais uma bateria de cursos, para prepara-los
para esta nova empreitada. E este curso, de Noções de Arquivologia, será
voltado a vocês, que pretendem concorrer ao cargo de Técnico Administrativo,
e terá como base o edital do concurso de 2010.
Sendo assim, teremos o seguinte programa:
Aula Conteúdo
01 Conceitos fundamentais de arquivologia.
Gerenciamento da Informação e Gestão de Documentos:
- Arquivos Correntes e Intermediários;
02 - Protocolos;
- Avaliação de Documentos;
- Arquivo Permanente.
Tipologias Documentais e Suportes Físicos:
- Microfilmagem;
03
- Automação;
- Conservação, Restauração e Preservação de Documentos.
Se vocês perceberam que o assunto “Diagnósticos” não consta neste

cronograma, é por que ele será estudado agora, nesta aula demonstrativa,
para que vocês avaliem a importância da disciplina e a metodologia do nosso
curso. Além disso, devido às alterações surgidas na legislação sobre o assunto
no último ano, vamos estudar também as Leis 12.527/11 e 12.682/12, além
do Decreto 7.724/12, pois estas normas são importante marcos na história da
disciplina e podem ser assuntos não só da prova de Arquivologia, mas também
da de Legislação ou Atualidades.
Estarei disponível e aguardando suas mensagens no fórum do curso e no

email: mayko@pontodosconcursos.com.br. Sejam todos muito bem vindos!
Prof. Mayko Gomes

Janeiro/2013
Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1

Diagnóstico
O diagnóstico em arquivos é a análise dos processos, métodos e recursos

utilizados para que os arquivos executem suas funções. O diagnóstico deve
verificar as condições para a implantação de um arquivo, as falhas na
execução de um processo em arquivo já implantado ou, caso não existam
falhas, apontar mudanças a serem adotadas para tornar seus serviços mais
eficientes.
Seus objetivos são:
1. Definir problemas e objetivos, de acordo com as necessidades

decorrentes da observação da realidade e dos documentos;
2. Formular hipóteses que expliquem a origem dos problemas levantados e

suas possíveis soluções;
3. Levantar dados, de acordo com métodos previamente delineados, com

eficácia comprovada;
4. Chegar a conclusões e a novas proposições, a partir do exame dos dados

levantados em confronto com as hipóteses e o conhecimento já
estabelecido.
Então, por exemplo, se é detectada uma “falha” no serviço de consulta

aos documentos, o diagnóstico deve ser feito para identificar onde está o
problema: forma de guardar os documentos, equipamentos utilizados, falta de
pessoal, etc. Quando localizado o problema, é possível estudar uma solução:
mudar o método de arquivamento, trocar ou adquirir outros equipamentos,
contratação de pessoal qualificado, etc.
Ou ainda, pode ser realizado o diagnóstico periódico, e mesmo não

havendo problemas, podem ser apontadas mudanças para melhorar os
serviços. Por exemplo: o diagnóstico revelou uma forma de alocar os armários,
e através de análise descobriu-se que outra forma de alocação pode aproveitar
melhor o espaço. A organização anterior não chegava a ser um problema, mas
outra forma de organização pode trazer mais benefícios.
(TRE-PI/2009 – FCC) A descrição e análise das atividades, funções e

competências da instituição, bem como da situação dos documentos nela
acumulados (quantidade, datas-limite, condições de conservação,
instrumentos de acesso disponíveis, frequência de uso) e das condições de
infraestrutura de que dispõe (edifício, mobiliário, equipamentos, recursos
humanos e financeiros), integram o chamado
a) guia de fontes.
b) plano de destinação.
c) inventário topográfico.

d) plano de armazenamento.
e) diagnóstico de arquivos.
Resolução
Os dados apresentados no comando da questão são aqueles necessários

para a elaboração de um sistema de arquivo em pleno funcionamento dentro
de uma instituição. Através do estudo deles, é possível identificar pontos onde
as falhas ocorram, bem como aqueles em que é possível haver uma
intervenção e mudança com o objetivo de melhorar os processos de trabalho.
Portanto, a alternativa correta é a de letra “E”.
Através do Diagnóstico, o administrador dispõe de informações como:
Instalações físicas (infiltrações, goteiras, poeira, iluminação, etc.);

Condições ambientais (temperatura, umidade, etc.);
Condições de armazenamento (armários e estantes);
Estado de conservação dos documentos;
Espaço físico ocupado;
Volume documental;
Controle de empréstimos e consultas;
Recursos humanos (quantidade, qualificação profissional, etc.);
Acesso à informação;
Gênero, arranjo e classificação dos documentos;
Tipo de acondicionamento.
De posse destas informações, o arquivista deverá fazer uma análise da

situação do arquivo e propor soluções para os problemas, ou medidas que
buscam melhorar os seus serviços.
Diagnóstico maximalista:
Este tipo de diagnóstico levanta informações para o projeto arquivístico

considerando as condições de um conjunto de organizações que formam um
sistema. Deve ser feito um levantamento da situação arquivística do conjunto
de organismos que forma um governo federal, estadual ou municipal. ou,
ainda, de sistemas organizacionais. Por exemplo: a Política de Meio Ambiente
Brasileira (Ministério do Meio Ambiente, IBAMA, Ibram-DF, etc.) ou a Justiça
de Trabalho (TST e TRT’s, MPT, Defensorias Públicas, escritórios de advocacia
do trabalho, etc.).
Seus principais objetivos são:
Definir a política arquivística;

Elaborar estratégias de solução dos problemas identificados;
Justificar a necessidade de intervenção planejada.
Diagnóstico minimalista:

Este tipo de diagnóstico levanta informações para o projeto arquivístico

considerando a instituição em uma visão específica – seus departamentos,
seus clientes, seus serviços, seus materiais, etc. Estuda os processos ao nível
de realização das atividades, como pagamentos, gestão de pessoas, vendas,
projetos, etc.
As informações obtidas através do diagnóstico irão servir para a

elaboração de projetos arquivístico, seja a ele a implantação, a modernização,
a mudança de procedimentos, além de outras atividades de arquivo, como a
elaboração da Tabela de Temporalidade, do Plano de Classificação, da
Avaliação, etc.
Seus principais objetivos são:
Observação dos problemas arquivísticos das organizações;

Elaboração dos instrumentos arquivísticos necessários à solução dos
problemas identificados;
Elaboração de projeto de trabalho.
De uma forma geral:
Conhecimento Arquivístico + Conhecimento Adquirido = SOLUÇÃO
(MPU/2007 – FCC) Na implantação de um sistema estadual de arquivos,

o diagnóstico da situação das unidades produtoras de documentos é o
instrumento que
a) identifica as competências, funções e atividades do poder público

estadual, correlacionando-as com os documentos que as viabilizam e
comprovam.
b) combina elementos físicos e lógicos no processamento automático de
dados das diferentes áreas do governo.
c) permite obter a mesma polaridade dos documentos originais
produzidos pelos organismos da administração direta e indireta.
d) avalia o suporte lógico dos diferentes sistemas operacionais aplicados
às atividades-fim e atividades-meio do governo estadual.
e) estabelece relação de equivalência entre diferentes sistemas de
notação adotados nas secretarias de Estado.
Resolução
O diagnóstico revela, através do estudo dos dados coletados, as

condições de operação de um sistema de arquivo, seja ele institucional
(minimalista) ou sistêmico (maximalista). Nesta questão, considerando que o
sistema é estadual (ou seja, vai considerar todas as funções do Estado, bem
como as instituições que o compõe) deve ser realizado um diagnóstico do tipo
maximalista. O diagnóstico realizado deve compreender todas as

competências, funções e atividades do Estado. Assim, a alternativa correta é a

de letra “A”.
Fases do Diagnóstico:
O diagnóstico pode ser realizado em duas fases: Levantamento da

História da Instituição e Levantamento do Acervo.
1 - História da Instituição
Tem o objetivo de identificar sujeito acumulador, sua história, sua

trajetória e a relação que ele estabeleceu ou estabelece com outros sujeitos.
“Conhecer o sujeito acumulador de documentos para entender os documentos
produzidos e recebidos por ele”.
Dados: criação; missão; funções; estrutura; vinculação hierárquica;

evolução político-administrativa; atividades e rotinas.
Esses dados podem ser colhidos das fontes de pesquisa.
Fontes:
Documentos de Constituição (decreto de criação, contrato social,

estatuto, regimento).
Documentos de Direção (plano de ação, organograma, relatório de

atividades, atos normativos, relatórios gerenciais, manuais de procedimentos).
Documentos de Reunião (ata de reunião, memória de reunião,

resoluções).
Outros (páginas web, entrevistas, livros comemorativos).
Metodologia: pesquisa bibliográfica (legislação e literatura em geral),

observação direta, entrevistas diretivas e não diretivas e análise qualitativa
dos dados coletados.
A metodologia pode variar de acordo com a estrutura e necessidade de

cada instituição ou sistema, mas de forma geral o diagnóstico deve ser feito
seguindo esses passos.
Trajetória da Instituição / Evolução do Sistema: de posse dos

dados coletados é possível conhecer as origens e a evolução de cada arquivo:
 Criação da organização – instrumento legal de criação e data e

denominações;
 Missão da organização – o objetivo principal ou a finalidade. Devem ser
registradas as alterações, quando existirem;

 Vinculações administrativas e políticas – localizar a organização dentro

de uma estrutura administrativa maior, esclarecendo o tipo de relação
existente, inclusive a política;
 Estrutura organizacional – a forma de estruturação da organização no
tempo. Reprodução ou elaboração dos organogramas com as atribuições
das respectivas unidades organizacionais e possíveis alterações. Criação
e extinção das unidades organizacionais e de suas denominações;
 Funções da organização;
 Principais dirigentes - que podem ser objeto de entrevistas;
 Contexto em que se insere a organização – o contexto político-
administrativo, social e econômico, no limite dos objetivos estabelecidos
para a pesquisa;
 Extinção da organização (se for o caso) – data e instrumento legal, as
razões da extinção (reforma administrativa, extinção das funções etc.).
Como produto desta primeira fase será produzido um extenso texto

descritivo sobre a instituição em toda sua dimensão histórica (criação,
extinção, relacionamento com outras organizações e vinculações hierárquicas)
e em sua individualidade (a missão, a estrutura, as funções, atividades e os
procedimentos formais e informais).
(MPU/2010 – Cespe/UnB) O diagnóstico da situação arquivística de uma

organização é realizado com base em dois objetos de estudo: a organização
em sua dimensão histórica e a organização em sua individualidade.
Resolução
O item está correto. A instituição deve ser estudada com foco no

contexto do tempo e do ambiente em que foi criada ou está inserida, e com
foco nos motivos e objetivos de sua criação.
2 – Levantamento do Acervo
De posse dos dados sobre a instituição e suas atividades, agora devemos

conhecer os seus documentos. Através desse levantamento teremos as
seguintes informações:
 Quantidades de documentos, expressas de acordo com regras aceitas

universalmente;
 Tipologias documentais;
 Os conteúdos informacionais genéricos, expressos de modo sintético e
hierárquico;
 As unidades físicas de arquivamento – movelaria – e as embalagens
utilizadas;
 As condições de conservação dos documentos;
 O modo original de organização – classificação, avaliação e descrição –
mesmo se rudimentar e/ou baseado no senso comum;
 A forma de transferência dos documentos para o depósito;
 Mapeamento dos locais de guarda dos documentos;

 Os equipamentos existentes;
 As condições do depósito (capacidade, área, condições físicas etc.);
 A existência de documentos não orgânicos;
 A existência de material estranho ao acervo (equipamentos inservíveis,
mobiliário etc.).
 A existência e o modo de uso de tecnologias da informação;
 Os períodos de acumulação da documentação.
(MPU/2010 – Cespe/UnB) O modo original de organização, classificação,

avaliação e descrição dos documentos, mesmo se empírico e com base no
senso comum, constitui informação relevante a ser coletada em um
diagnóstico da situação arquivística.
Resolução
O item está correto. Uma das funções do diagnóstico é identificar a

situação atual dos documentos, o que inclui sua forma de organização,
tratamento, acondicionamento, ferramentas e qualificação dos profissionais.
Quantificação dos Suportes: para o levantamento das quantidades de

documentos, devemos aplicar as medidas conforme as seguintes regras.
Suportes Unidade de Medida

Papel Metro linear
Negativo fotográfico Unidade (fotograma)
Planta Unidade e tipo
Fita de vídeo Unidade
Fotografia (ampliação) Unidade e tamanho
Microfilme Unidade e especificação (rolo)
Disquete Unidade e capacidade
Filme cinematográfico Unidade e especificação (rolo)
Fita cassete Unidade
Mapa Unidade
Disco de vinil Unidade e especificação
CD Unidade e capacidade
Cartaz Unidade
Conversão de medidas: O Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ

adotou o metro linear como unidade de medida padrão para os documentos
em papel. Contudo, devido ao grande volume, forma de acondicionamento,
organização, peso e outros fatores, nem sempre é possível realizar a
mensuração da massa documental. Para contornar a situação, o CONARQ
também adotou um sistema de conversão de medidas, conforme a seguir:
Conversão de Em Multiplica por

Metros lineares Quilogramas 35 a 80 (50)
Metros lineares Metros cúbicos 0,06 a 0,12 (0,08)
Quilogramas Metros lineares 0,01 a 0,04 (0,025)

Quilogramas Metros cúbicos 0,0008 a 0,003 (0,0016)

Toneladas Metros cúbicos 0,08 a 3 (1,6)
Metros cúbicos Metros lineares 8 a 16 (12)
Toneladas Metros lineares 10 a 40 (25)
Metros cúbicos Quilogramas 400 a 800 (600)
Multiplicando pelo nº entre parênteses da terceira coluna, o resultado é o que mais se aproxima do real.
A mudança de metro cúbico para metro linear é a mais utilizada, especialmente para grandes volumes.
(MPE-PI/2012 – Cespe/UnB) Deve-se utilizar o metro linear como

unidade de medida de documentos em suporte papel.
Resolução
O item está correto. Por convenção adotada pelo Conselho Nacional de

Arquivos – CONARQ, os documentos em papel têm como unidade de medida
padrão o metro linear.
Projeto de Trabalho
O projeto de trabalho é a ferramenta onde são detalhados os resultados

de estudos do diagnóstico. Através dele é possível conhecer as possíveis
causas de problemas presentes, bem como identificar os pontos cuja mudança
ocasionará melhorias de produção e rendimento nos trabalhos arquivísticos.
O projeto de trabalho então é a apresentação dos pontos a serem

mudados bem como da melhor forma de fazer essas mudanças. Deve
apresentar também o plano de ação (metodologia), além dos recursos
empregados (tempo, capital, recursos humanos, espaço, ferramentas,
materiais, etc.) e os resultados esperados (aumento na qualidade da
conservação, redução na perda de documentos importantes, melhoria na
consulta e empréstimo, otimização das ferramentas de controle, etc.).
Do projeto de trabalho teremos os seguintes produtos:
 A organização intelectual e física dos arquivos;

 A criação de um arquivo intermediário (se for o caso);
 A definição da parte do acervo que pode ser descartada e a que deve ser
considerada de valor permanente;
 A produção de instrumento de pesquisa;
 A produção de normas de funcionamento do sistema implantado;
 A criação dos parâmetros de uma nova cultura de tratamento das
informações e dos documentos, por meio de exemplos e treinamentos;
 As indicações sobre o material de acondicionamento e armazenamento
dos documentos, bem como as características do depósito de arquivamento
intermediário.

Exercícios
01 - (TRT-3/2009 – FCC) Qualquer proposta de intervenção nos arquivos

governamentais supõe a realização de um diagnóstico. Embora não haja
modelos formalmente instituídos para cumprir essa tarefa, seu ponto de
partida é o levantamento de informações sobre
a) o nível de escolaridade e o salário dos servidores.

b) a estrutura organizacional, as funções e as atividades do órgão.
c) o acondicionamento dos documentos audiovisuais e iconográficos.
d) o método de ordenação dos documentos textuais.
e) o sistema de segurança do edifício.
02 – (TRT-8/2010 – FCC) O instrumento de gestão capaz de oferecer, no

âmbito de uma instituição, dados sobre estrutura, funcionamento, quantidade
e estado físico dos documentos é
a) o glossário.
b) o diretório.
c) o diagnóstico.
d) a tabela.
e) o estatuto.
03 – (MPE-PI/2012 – Cespe/UnB) As ampliações fotográficas devem ser

quantificadas por tipo de película.
04 – (MPE-PI/2012 – Cespe/UnB) As plantas devem ser quantificadas

por unidade e por tipo.
05 – (MPE-PI/2012 – Cespe/UnB) O diagnóstico da situação arquivística

do tipo maximalista é o mais adequado para se conhecer a realidade
arquivística do MPE/PI.
06 – (TJ-ES/2011 – Cespe/UnB) Para a quantificação dos documentos

em grandes caixas de papelão é necessário retirá-los das embalagens em que
se encontram para fazer a mensuração.
07 – (TRE-ES/2011 – Cespe/UnB) É comum encontrar os arquivos

brasileiros ainda organizados com base no ato de recebimento e expedição dos
documentos.
08 – (TRE-ES/2011 – Cespe/UnB) O diagnóstico da situação arquivística

constitui ação a ser implementada por um sistema arquivístico.
09 – (MPU/2010 – Cespe/UnB) O Cadastro Nacional de Arquivos

Federais, publicado pelo Arquivo Nacional em 1990, é típico exemplo de
diagnóstico minimalista.

10 – (MPU/2010 – Cespe/UnB) O levantamento quantitativo do acervo

trata-se de informação importante a ser coletada no diagnóstico. No que se
refere a ampliações fotográficas, deve-se utilizar, como unidade de medida, o
metro linear, pois as ampliações correspondem a imagens fixadas em papéis
fotográficos.
11 – (MPU/2010 – Cespe/UnB) Um dos objetivos do diagnóstico

minimalista é a elaboração de instrumentos de gestão arquivística, como o
plano ou o código de classificação e a tabela de temporalidade de documentos.
12 – (TRE-ES/2011 – Cespe/UnB) A finalidade do diagnóstico da

situação arquivística do tipo minimalista é subsidiar a elaboração de política
arquivística para os arquivos da justiça eleitoral brasileira.
13 – (Correios/2011 – Cespe/UnB) A elaboração do plano de

classificação de documentos e da tabela de temporalidade depende das
informações coletadas nos diagnósticos da situação arquivística de um órgão
ou empresa privada.
14 – (Correios/2011 – Cespe/UnB) O conhecimento do sujeito

acumulador de arquivos e do acervo documental são as duas partes que
compõem o diagnóstico da situação arquivística de um órgão público ou
empresa privada.
15 – (Correios/2011 – Cespe/UnB) O diagnóstico da situação arquivística

propicia não só o conhecimento do acervo documental, mas também o do
sujeito acumulador de arquivos — a organização.

Gabarito
Item Resposta Comentário

Qualquer diagnóstico deve identificar e fornecer informações sobre o modo de
01 Letra “B” organização e de funcionamento das instituições ou sistemas.
O diagnóstico é a atividade da Gestão de Documentos que tem a finalidade de fornecer
02 Letra “C” dados e informações sobre a instituição e suas atividades.
As ampliações fotográficas devem ser quantificadas por unidade, segundo consta na
03 Errado tabela do CONARQ.
As plantas, que são documentos de arquitetura, devem ser quantificadas por unidade e
04 Certo por tipo, segundo a tabela do CONARQ.
O diagnóstico do tipo maximalista faz uma análise de sistemas. Para órgãos e
05 Errado instituições, o ideal é que utilize o diagnóstico minimalista.
Para a documentação empacotada, devem-se retirar as medidas da embalagem,
06 Errado determinar o seu volume e fazer a conversão de metros cúbicos para linear.
Esta forma de organização de documentos ainda é muito comum, especialmente em
07 Certo instituições e órgãos pequenos, ou que não possuam profissionais de arquivo.
O diagnóstico é uma etapa anterior à implantação do sistema arquivístico, pois deve
08 Errado proporcionar meios de planejamento para a instalação deste.
O documento mencionado no item é o resultado de um extenso estudo sobre todos os
09 Errado arquivos federais. Logo, como se trata de um sistema, o diagnóstico foi maximalista.
As ampliações fotográficas devem ser mensuradas em unidade, uma a uma, conforme
10 Errado determina a tabela do CONARQ.
Enquanto o diagnóstico maximalista está voltado para as políticas arquivísticas do
11 Certo sistema, o minimalista está voltado para as ferramentas e procedimentos institucionais.
Neste caso deve ser utilizado o diagnóstico maximalista, que tem o objetivo de
12 Errado subsidiar a elaboração de uma política arquivística para todo um sistema.
O diagnóstico deve levantar dados sobre as condições do acervo, dados estes que
13 Certo mostrarão como elaborar as tabelas, códigos e demais ferramentas e metodologias.
Estão identificados na aula como as duas etapas do diagnóstico: histórico da instituição
14 Certo e levantamento do acervo.
O diagnóstico coleta dados que se transformam em informações importantes sobre o
15 Certo produtor dos documentos e sobre os seus arquivos.

Bom, meus amigos, encerramos aqui esta aula demonstrativa.
Aproveito para fazer algumas considerações sobre o nosso curso.
A primeira delas é que, apesar de ainda não haver uma banca

determinada para este concurso, vamos nos concentrar muito na FCC e no
Cespe/UnB, como puderam reparar nas questões da aula. Isso por que essas
duas bancas são as que mais trabalham com a Arquivologia em suas provas.
Claro, teremos questões de todas as bancas (ao menos até a publicação do
edital), mas as questões dessas duas bancas serão maioria, por esse motivo.
Segundo, enquanto não for publicado o edital seguiremos o conteúdo do

edital do concurso anterior e sem foco em bancas. Mas caso o edital seja
publicado ainda no prazo do nosso curso, haverá uma adaptação do conteúdo
e o foco na banca escolhida para a realização das provas. Portanto, não se
preocupem com isso.
Espero que tenham gostado da aula, e mais ainda que tenham percebido
a importância de estudar esta disciplina, ainda mais para este concurso, que
sempre apresenta uma grande concorrência!
Aguardo as críticas e sugestões de todos vocês para elaborar um

trabalho que realmente os ajude. Estarei disponível para solução de dúvidas no
fórum do curso e no e-mail: mayko@pontodosconcursos.com.br. Podem contar
sempre com nosso apoio, meu e da equipe do Ponto, para ajuda-los sempre.
Mais uma vez sejam muito bem vindos, e aguardo a todos para nossa
próxima aula. Até lá!
Prof. Mayko Gomes

Janeiro/2013

Exercícios Resolvidos na Aula
(TRE-PI/2009 – FCC) A descrição e análise das atividades, funções e

competências da instituição, bem como da situação dos documentos nela
acumulados (quantidade, datas-limite, condições de conservação,
instrumentos de acesso disponíveis, frequência de uso) e das condições de
infraestrutura de que dispõe (edifício, mobiliário, equipamentos, recursos
humanos e financeiros), integram o chamado
a) guia de fontes.
b) plano de destinação.
c) inventário topográfico.
d) plano de armazenamento.
e) diagnóstico de arquivos.
(MPU/2007 – FCC) Na implantação de um sistema estadual de arquivos,

o diagnóstico da situação das unidades produtoras de documentos é o
instrumento que
a) identifica as competências, funções e atividades do poder público

estadual, correlacionando-as com os documentos que as viabilizam e
comprovam.
b) combina elementos físicos e lógicos no processamento automático de
dados das diferentes áreas do governo.
c) permite obter a mesma polaridade dos documentos originais
produzidos pelos organismos da administração direta e indireta.
d) avalia o suporte lógico dos diferentes sistemas operacionais aplicados
às atividades-fim e atividades-meio do governo estadual.
e) estabelece relação de equivalência entre diferentes sistemas de
notação adotados nas secretarias de Estado.
(MPU/2010 – Cespe/UnB) O diagnóstico da situação arquivística de uma

organização é realizado com base em dois objetos de estudo: a organização
em sua dimensão histórica e a organização em sua individualidade. Certo
(MPU/2010 – Cespe/UnB) O modo original de organização, classificação,

avaliação e descrição dos documentos, mesmo se empírico e com base no
senso comum, constitui informação relevante a ser coletada em um
diagnóstico da situação arquivística. Certo
(MPE-PI/2012 – Cespe/UnB) Deve-se utilizar o metro linear como

unidade de medida de documentos em suporte papel. Certo

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Sendo assim, teremos o seguinte programa:

Se vocês perceberam que o assunto “Diagnósticos” não consta neste

Estarei disponível e aguardando suas mensagens no fórum do curso e no

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O diagnóstico em arquivos é a análise dos processos, métodos e recursos

Seus objetivos são:

1. Definir problemas e objetivos, de acordo com as necessidades

2. Formular hipóteses que expliquem a origem dos problemas levantados e

3. Levantar dados, de acordo com métodos previamente delineados, com

4. Chegar a conclusões e a novas proposições, a partir do exame dos dados

Então, por exemplo, se é detectada uma “falha” no serviço de consulta

Ou ainda, pode ser realizado o diagnóstico periódico, e mesmo não

(TRE-PI/2009 – FCC) A descrição e análise das atividades, funções e

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Os dados apresentados no comando da questão são aqueles necessários

Através do Diagnóstico, o administrador dispõe de informações como:

Instalações físicas (infiltrações, goteiras, poeira, iluminação, etc.);

De posse destas informações, o arquivista deverá fazer uma análise da

Este tipo de diagnóstico levanta informações para o projeto arquivístico

Seus principais objetivos são:

Definir a política arquivística;

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Este tipo de diagnóstico levanta informações para o projeto arquivístico

As informações obtidas através do diagnóstico irão servir para a

Seus principais objetivos são:

Observação dos problemas arquivísticos das organizações;

De uma forma geral:

Conhecimento Arquivístico + Conhecimento Adquirido = SOLUÇÃO

(MPU/2007 – FCC) Na implantação de um sistema estadual de arquivos,

a) identifica as competências, funções e atividades do poder público

O diagnóstico revela, através do estudo dos dados coletados, as

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competências, funções e atividades do Estado. Assim, a alternativa correta é a

O diagnóstico pode ser realizado em duas fases: Levantamento da

Tem o objetivo de identificar sujeito acumulador, sua história, sua

Dados: criação; missão; funções; estrutura; vinculação hierárquica;

Esses dados podem ser colhidos das fontes de pesquisa.

Documentos de Constituição (decreto de criação, contrato social,

Documentos de Direção (plano de ação, organograma, relatório de

Documentos de Reunião (ata de reunião, memória de reunião,

Outros (páginas web, entrevistas, livros comemorativos).

Metodologia: pesquisa bibliográfica (legislação e literatura em geral),

A metodologia pode variar de acordo com a estrutura e necessidade de

Trajetória da Instituição / Evolução do Sistema: de posse dos

 Criação da organização – instrumento legal de criação e data e

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 Vinculações administrativas e políticas – localizar a organização dentro

Como produto desta primeira fase será produzido um extenso texto

(MPU/2010 – Cespe/UnB) O diagnóstico da situação arquivística de uma

O item está correto. A instituição deve ser estudada com foco no

De posse dos dados sobre a instituição e suas atividades, agora devemos

 Quantidades de documentos, expressas de acordo com regras aceitas

 Mapeamento dos locais de guarda dos documentos;

(MPU/2010 – Cespe/UnB) O modo original de organização, classificação,

O item está correto. Uma das funções do diagnóstico é identificar a

Quantificação dos Suportes: para o levantamento das quantidades de

Suportes Unidade de Medida

Conversão de medidas: O Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ

Conversão de Em Multiplica por

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