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Lei de Responsabilidade

Fiscal
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proftaisflores
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

PLANEJAMENTO

RECEITA PÚBLICA

DESPESA PÚBLICA

TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS
LC 101/2000
DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR
PRIVADO
DÍVIDA E DO ENDIVIDAMENTO

GESTÃO PATRIMONIAL

TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS


DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CF/88 –
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I - Finanças públicas;

Art. 165, § 9º Cabe à lei complementar:


II - estabelecer normas de gestão financeira e
patrimonial da administração direta e indireta
bem como condições para a instituição e
funcionamento de fundos.
LRF - Art. 1º Esta Lei Complementar
estabelece normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na
gestão fiscal, com amparo no Capítulo
II do Título VI da Constituição.
Responsabilidade na gestão renúncia de receita
previnem riscos e corrigem
desvios capazes de afetar o
equilíbrio das contas públicas geração de despesas com
pessoal, da seguridade social
cumprimento de metas de e outras
fiscal

ação planejada e transparente resultados entre receitas e


despesas
dívidas consolidada e
mobiliária
obediência a limites e
condições
operações de crédito
(inclusive por antecipação de
receita)

concessão de garantia

inscrição em Restos a Pagar


RESPONSABILIDADE NA GESTÃO FISCAL
ação planejada e prevenir riscos
transparente corrigir desvios
cumprimento de metas de resultados entre
receitas e despesas e a obediência a limites
e condições
CONDIÇÕES - renúncia de receita, geração de despesas com
pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e
mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de
receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar
CONTEÚDO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO DA LRF
 Lei Complementar – regula os art. 163/165 da CF.

 Normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade


na gestão fiscal.

 Abrange União, Estados e Municípios, seus Poderes e suas


entidades da Administração indireta, excluídas as empresas
que não dependem do Tesouro do ente ao qual se vinculam.
3PT Planejamento

LECO
Participação popular

PRINCÍPIOS
Preservação do patrimônio público

Transparência

Limitação de despesas

Equilíbrio

COntrole do endividamento público


PRINCÍPIOS
 Equilíbrio entre despesas e receitas;
 Responsabilidade fiscal;
 Limitação de empenho: avaliar bimestralmente a
arrecadação e impedir a realização de despesas caso a
arrecadação for menor que o previsto;
 Antecipação;
 Transparência;
 Exatidão: as previsões de receitas devem ser calculadas
com base em métodos científicos e próximas da
realidade.
Referências abrange também
Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste
abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder
União, aos Estados, Judiciário e o Ministério Público
ao Distrito Federal e
aos Municípios as respectivas administrações diretas,
fundos, autarquias, fundações e empresas
estatais dependentes
Estados Distrito Federal
Tribunais de Contas Tribunal de Contas da União, Tribunal de
Contas do Estado e, quando houver, Tribunal
de Contas dos Municípios e Tribunal de
Contas do Município
Conceitos abrange também
a União, cada Estado, o Distrito Federal e
ente da Federação
cada Município
empresa controlada sociedade cuja maioria do capital social com
direito a voto pertença, direta ou
indiretamente, a ente da Federação
empresa controlada que receba do ente
controlador recursos financeiros para
empresa estatal pagamento de despesas com pessoal ou de
dependente custeio em geral ou de capital, excluídos, no
último caso, aqueles provenientes de
aumento de participação acionária
Conceitos abrange também
somatório das receitas tributárias, de contribuições,
receita
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de
corrente
serviços, transferências correntes e outras receitas
líquida
também correntes, com deduções
 os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional
ou legal, e as contribuições para a previdência social do empregador incidente
sobre prestação de serviço de terceiros e a contribuição à previdência feita pelo
trabalhador e também as contribuições para o PIS
 Nos Estados: as parcelas entregues aos Municípios por determinação
constitucional;
 Na União, nos Estados e nos Municípios: a contribuição dos servidores para o
custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes
da compensação financeira entre diferentes sistemas de previdência.
Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os
valores pagos e recebidos em decorrência do ICMS e do
FUNDEB.

Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito


Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos
recebidos da União para atendimento das despesas de que trata
o inciso V do § 1o do art. 19.

A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas


arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores,
excluídas as duplicidades.
Receitas correntes Deduções
Tributária transferências constitucionais e legais
contribuições contribuição de empregadores e trabalhadores
para seguridade social
patrimonial contribuição para o plano de previdência do
servidor
Agropecuária contribuição para o custeio das pensões
militares
Industrial compensação financeira entre regimes de
previdência
Serviços dedução de receita para formação do FUNDEB
transferências correntes contribuições para PIS e PASEP
outras receitas correntes
Deverão ser excluídas do cálculo da RCL, no caso
dos municípios:
• As contribuições dos Servidores para o custeio do
seu sistema de previdência e assistência social;
• As receitas provenientes da compensação
financeira entre o regime Geral de previdência e o
Regime Próprio dos Servidores Públicos;
• Os valores do Fundeb (já estão incluídos no FPM,
ICMS, IPI-exp., ITCMD, IPVA e ITR).
1. (2016 – Analista de Projetos Econômico-Financeiro –
BRDE) A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a
ação planejada e transparente, em que se previnem riscos
e se corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das
contas públicas, mediante o cumprimento de metas de
resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites
e condições no que tange a renúncia de receita, geração de
despesas com pessoal, da seguridade social e outras,
dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito,
inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia
e inscrição em Restos a Pagar. A Lei Complementar nº
101/2000, que estabelece normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, no seu
Art. 35, veda a realização de operação de crédito entre um
ente da Federação e entidades da administração. Estão
compreendidos no contexto da referida Lei:
I. O Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Poder
Judiciário.
II. O Ministério Público.
III. As administrações diretas, fundos, autarquias,
fundações e empresas estatais.
IV. Os Estados e o Distrito Federal.
V. O Tribunal de Contas da União, o Tribunal de Contas
dos Estados e o Tribunal de Contas dos Municípios.
Quais estão corretos?
A) Apenas I, II e III.
B) Apenas I, IV e V.
C) Apenas III, IV e V.
D) Apenas I, II, III e IV.
E) I, II, III, IV e V.
2. (2016 - PM POA – Assistente Administrativo) A Lei
Complementar nº 131/2009 institui que a transparência da gestão
fiscal será assegurada também mediante:
I. Incentivo à participação popular e realização de audiências
públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos
planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos.
II. Liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da
sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a
execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso
público.
III. Adoção de sistema integrado de administração financeira e
controle, que atenda ao padrão mínimo de qualidade
estabelecido pelo Poder Executivo da União.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) I, II e III.
PLANEJAMENTO
PRINCÍPIOS / OBJETIVOS
 Ação planejada e transparente
 Prevenção de riscos e correção de desvios capazes de
afetar o equilíbrio das contas públicas
 Cumprimento de metas de resultados entre receitas e
despesas
Obediência a limites e condições (renúncia de
receita, geração de despesas com pessoal, da
seguridade social e outras, dívidas consolidada e
mobiliária, operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita, concessão de garantia e
inscrição em Restos a Pagar).
 Combater o déficit limitando as despesas de pessoal,
dificultando a geração de novas despesas, impondo
ajustes de compensação para a renúncia de receitas e
exigindo mais condições para repasses entre governos e
destes para instituições privadas.

 Reduzir o nível da dívida pública induzindo a obtenção


de superávits primários, restringindo o processo de
endividamento, nele incluído o dos Restos a Pagar,
requerendo limites máximos, de observância contínua,
para a dívida consolidada.
PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL:

• Equilíbrio entre receitas e despesas, visando prevenir déficits públicos


constantes.
• Limitação da dívida pública a nível prudente, passível de ser
administrado com os recursos previstos, de forma a não comprometer
os investimentos básicos necessários.
• Preservação do patrimônio público, com mecanismos de previsão e
absorção de eventos imprevistos.
• Adoção de política tributária estável e com regras claras.
• Transparência na elaboração, execução e divulgação das leis e demais
atos inerentes às finanças públicas, em especial os atos orçamentários.
• Controle social, incentivando a população a participar dos atos que
implicam a utilização e prestação de contas dos recursos públicos.
regras gerais

regras mais duras


regras contidas na LRF para final de mandato
(ciclo político)

flexibilidade em casos
especiais
REGRAS ESPECIAIS DE FINAL DE MANDATO

aplicação imediata das restrições, caso ultrapassados os limites das


despesas com pessoal ou da dívida consolidada no 1º quadrimestre do
último ano do mandato;
É proibida a contratação de operação de crédito por antecipação de
receita no último ano de mandato;
é vedado nos últimos dois quadrimestres do mandato contrair
obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício
seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa; e,
é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com
pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do
mandato
As regras gerais se aplicam a todos os casos: de
maneira plena ou de maneira subsidiária.
Instrumentos de
planejamento

LDO LOA

metas e prioridades da administração orçamento fiscal, de


pública, despesas de capital para o investimento das estatais e da
exercício financeiro subsequente, seguridade social
orientará a elaboração da LOA e as
alterações na legislação tributária e a
política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias
Anexo de Metas Fiscais, em que serão
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados
nominal e primário e montante da dívida pública,
para o exercício a que se referirem e para os dois
seguintes.
avaliação do cumprimento das metas do ano
anterior

demonstrativo das metas anuais

Anexo de Metas Fiscais evolução do patrimônio líquido

avaliação da situação financeira e atuarial do


RGPS, do RPPS e demais fundos e programas

demonstrativo da estimativa e compensação da


renúncia de receita e da margem de expansão
das despesas obrigatórias de caráter continuado
A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de
Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as
contas públicas, informando as providências a serem
tomadas, caso se concretizem.
LDO: dispõe sobre equilíbrio entre receita
e despesa, critérios e formas de limitação
de empenho, condições para transferência
de recursos

Anexo de Metas Fiscais: avaliação do


cumprimento das metas do ano anterior,
demonstrativo das metas anuais, evolução Anexo de Riscos Fiscais: são avaliados os
do patrimônio líquido nos últimos 3 passivos contingentes e outros riscos
exercícios, avaliação da situação financeira capazes de afetar as contas públicas.
e demonstrativo de estimativa e
compensação de renúncia de receita.
A LRF ainda exige que a LDO contenha um anexo específico,
que acompanha a mensagem de envio do projeto de LDO ao
Congresso Nacional.
LRF LDO LOA
METAS
FISCAIS
Montante a ser arrecadado e
dispendido (como/onde).
Demonstrativo da compatibilidade da
programação dos orçamentos com os
objetivos e metas do Anexo de Metas
Fiscais

Demonstrativo regionalizado do efeito das


LOA deve conter renúncias de receitas, bem como medidas
de compensação

Reserva de contingência, obtida com base na


receita corrente líquida, para o atendimento
a passivos contingentes e outros riscos fiscais
imprevistos
Após a publicação dos orçamentos, o Executivo tem 30
dias para estabelecer a programação financeira e o
cronograma de execução mensal.

Se verificado ao final de um bimestre que a realização da


receita não irá cumprir as metas de resultado definidas no
Anexo de Metas, os Poderes e o MP têm que fazer a
limitação de empenho nos 30 dias subsequentes.

Se os Poderes e o MP não fizerem tal limitação no prazo, o


próprio Executivo é autorizado a limitar tais valores.
RECEITA PÚBLICA
As renúncias de despesas devem ser acompanhadas
de estimativa do impacto financeiro no exercício e
nos 2 seguintes. Além disso, deve atender a pelo
menos uma dessas condições:
1) Demonstração de que tal renúncia foi
considerada na estimativa de receita da LOA;
2) Medidas de compensação, por meio do aumento
de receita (elevação de alíquotas, ampliação da
base de cálculo, majoração de tributos, etc).
RENÚNCIA DE RECEITA

Para a LRF, a renúncia compreende anistia,


remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de
isenção em caráter não geral, alteração de alíquota
ou modificação de base de cálculo que implique
redução discriminada de tributos ou contribuições,
e outros benefícios que correspondam a tratamento
diferenciado.
3. (2017 – CÂMARA DE QUARAÍ – CONTADOR) No
art. 14, da Lei de Responsabilidade Fiscal, está disposto
que a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício
de natureza tributária da qual decorra renúncia de
receita deverá estar acompanhada de estimativa do
impacto orçamentário-financeiro no exercício em que
deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, e que
dentre outras condições deve atender ao disposto na lei
de diretrizes orçamentárias. O § 1º do citado artigo
elenca as formas de renúncia. Dentre essas, são
consideradas renúncia de receita pública:
A) A anistia e a remissão.
B) A despesa e a prescrição.
C) O dispêndio e o consumo.
D) O desembolso e o parcelamento.
E) A compensação e a isenção.
DESPESA PÚBLICA
Serão consideradas não autorizadas, irregulares e
lesivas ao patrimônio público a geração de despesa
ou assunção de obrigação que não atendam o
disposto nos arts. 16 e 17.
Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação
governamental que acarrete aumento da despesa será
acompanhado de:

I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no


exercício em que deva entrar em vigor e nos dois
subsequentes;

II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento


tem adequação orçamentária e financeira com a lei
orçamentária anual e compatibilidade com o plano
plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.
§ 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:

I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto


de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida
por crédito genérico, de forma que somadas todas as
despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas
no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites
estabelecidos para o exercício;
II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes
orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes,
objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos
e não infrinja qualquer de suas disposições.

§ 2º A estimativa de que trata o inciso I do caput será


acompanhada das premissas e metodologia de cálculo
utilizadas.

§ 3º Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa


considerada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de
diretrizes orçamentárias.
§ 4º As normas do caput constituem condição prévia para:

I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou


execução de obras;

II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3º


do art. 182 da Constituição.

CF, a brt. 182, § 3º As desapropriações de imóveis urbanos


serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
Despesa de caráter continuado é aquela que fixa
despesas por um período superior a 2 exercícios.

Deve ser acompanhada de:


 Estimativa do impacto financeiro;
 Demonstrativo da origem dos recursos para o
custeio.
A despesa de caráter continuado deve
ser acompanhada de comprovação de
que não afetará o cumprimento das
metas fiscais, devendo seus efeitos
financeiros ser compensados pelo
aumento da receita nos períodos
seguintes.
LIMITES DE DESPESA COM
PESSOAL
LIMITES DE DESPESA COM PESSOAL ATIVO E INATIVO

União 50% da RCL


LIMITES DA
LRF Estados e
60% da RCL
Municípios.
UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS
Ministério Público 0,6% 2% -
Legislativo (e Tribunal de Contas) 2,5% 3% 6%
Judiciário 6% 6% -
Executivo 40,9% 49% 54%
redução em pelo menos
vinte por cento das
despesas com cargos em
comissão e funções de
providências para o confiança;
cumprimento dos limites
estabelecidos
exoneração dos servidores
não estáveis
INSUFICIENTES?

Indenização: 1 mês de
EXONERAÇÃO DE remuneração para cada ano
ESTÁVEIS de serviço público
servidor estável poderá
perder o cargo

ato normativo motivado


medidas insuficientes especifica a atividade
funcional, o órgão ou unidade
administrativa objeto da
redução de pessoal
O cargo será considerado extinto,
vedada a criação de cargo,
emprego ou função com servidor faz jus a indenização
atribuições iguais ou - um mês de remuneração por
assemelhadas pelo prazo de 4 ano de serviço
anos.
CF - Art. 169, § 1º A concessão de qualquer
vantagem ou aumento de remuneração, a criação de
cargos, empregos e funções ou alteração de
estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal, a qualquer título, pelos
órgãos e entidades da administração direta ou
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas
pelo poder público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender
às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela
decorrentes;

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes


orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades
de economia mista.

§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida


neste artigo para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão
imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou
estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que
TRANSFERÊNCIAS
VOLUNTÁRIAS
EXIGÊNCIAS PARA A REALIZAÇÃO DE TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS
Quanto ao transferidor: Quanto ao beneficiário
deve existir dotação orçamentária está em dia com o pagamento de tributos,
específica – na LOA ou em créditos empréstimos e financiamentos devidos ao ente
adicionais; transferidor
deve respeitar as exigências legais está em dia com a prestação de contas de
operacionais recursos anteriormente recebidos
está cumprindo os limites constitucionais
relativos à educação e à saúde
está cumprindo os limites das dívidas consolidada
e mobiliária, de operações de crédito, inclusive
por antecipação de receita, de inscrição em
Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;
tem previsão orçamentária de contrapartida
DESTINAÇÃO DE
RECURSOS
PÚBLICOS PARA O
SETOR PRIVADO
DÍVIDA E
ENDIVIDAMENTO
•Dívida pública consolidada ou fundada:
montante total, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do ente da Federação,
assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de
operações de crédito, para amortização em
prazo superior a doze meses;
•Dívida pública mobiliária: dívida pública
representada por títulos emitidos pela
União, inclusive os do Banco Central do
Brasil, Estados e Municípios;
•Operação de crédito: compromisso financeiro
assumido em razão de mútuo, abertura de crédito,
emissão e aceite de título, aquisição financiada de
bens, recebimento antecipado de valores
provenientes da venda a termo de bens e serviços,
arrendamento mercantil e outras operações
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos
financeiros;
•Concessão de garantia: compromisso de
adimplência de obrigação financeira ou
contratual assumida por ente da Federação ou
entidade a ele vinculada;
•Dívida pública consolidada da União – inclui títulos
de responsabilidade do Bacen.

•Dívida pública consolidada – inclui as operações de


crédito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas
tenham constado do orçamento.
•Refinanciamento do principal da dívida mobiliária
- não excederá, ao término do exercício, o
montante do final do exercício anterior, somado ao
das operações de crédito autorizadas no orçamento
para este efeito e efetivamente realizadas,
acrescido de atualização monetária.
RECONDUÇÃO DA DÍVIDA AOS LIMITES

Se a dívida consolidada de um ente da Federação


ultrapassar o respectivo limite ao final de um
quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o
término dos três subsequentes, reduzindo o
excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por
cento) no primeiro.
Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele
houver incorrido:
I - estará proibido de realizar operação de crédito
interna ou externa, inclusive por antecipação de
receita, ressalvado o refinanciamento do principal
atualizado da dívida mobiliária;
II - obterá resultado primário necessário à
recondução da dívida ao limite, promovendo, entre
outras medidas, limitação de empenho.
Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e
enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também
impedido de receber transferências voluntárias da
União ou do Estado.

As restrições aplicam-se imediatamente se o


montante da dívida exceder o limite no primeiro
quadrimestre do último ano do mandato do Chefe
do Poder Executivo.
O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a
relação dos entes que tenham ultrapassado os
limites das dívidas consolidada e mobiliária.

As normas serão observadas nos casos de


descumprimento dos limites da dívida mobiliária e
das operações de crédito internas e externas.
Equiparam-se a operações de crédito e estão
vedados:

 captação de recursos a título de antecipação de receita


de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não
tenha ocorrido;

 recebimento antecipado de valores de empresa em


que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente,
a maioria do capital social com direito a voto, salvo
lucros e dividendos.
 assunção direta de compromisso, confissão de
dívida ou operação assemelhada, com fornecedor
de bens, mercadorias ou serviços, mediante
emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se
aplicando esta vedação a empresas estatais
dependentes;

 assunção de obrigação, sem autorização


orçamentária, com fornecedores para pagamento
a posteriori de bens e serviços.
RESTOS A PAGAR
É vedado ao titular de Poder ou órgão, nos últimos dois
quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa
que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou
que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem
que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

Na determinação da disponibilidade de caixa serão


considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar
até o final do exercício.
4. (2017 – CÂMARA DE ITAQUI – CONTADOR) A
operação de crédito por antecipação de receita destina-se a
atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro
e deve observar as exigências mencionadas na Lei de
Responsabilidade Fiscal, entre as quais:
I. Poderá realizar-se somente a partir do primeiro dia útil do
segundo semestre.
II. Deverá ser liquidada, com juros e outros encargos
incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano.
III. Só é permitida quando existir operação anterior da
mesma natureza não integralmente resgatada.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e II.
E) Apenas I e III.
5. (2017 – SÃO JOSÉ DOS PINHAIS – CONTADOR) Assinale a
alternativa correta em relação ao que estabelece a Lei de
Responsabilidade Fiscal nº 101/2000.
A) A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas
arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as
duplicidades.
B) Para o resultado da receita corrente líquida dos municípios, são
deduzidas as parcelas entregues aos estados por previsão
constitucional.
C) Na execução orçamentária e no cumprimento das metas, serão objeto
de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e
legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da
dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
D) Não constituem requisitos essenciais na responsabilidade da gestão
fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da
competência constitucional do ente da Federação.
E) Não são consideradas obrigatórias as despesas correntes derivadas
de lei de caráter continuado, medida provisória ou ato administrativo
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por
um período superior a dois exercícios.
GESTÃO
PATRIMONIAL
DISPONIBILIDADES DE CAIXA
As disponibilidades de caixa da União serão
depositadas no banco central; as dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou
entidades do Poder Público e das empresas por ele
controladas, em instituições financeiras oficiais,
ressalvados os casos previstos em lei.
As disponibilidades de caixa dos regimes de
previdência social, geral e próprio dos servidores
públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos,
ficarão depositadas em conta separada das demais
disponibilidades de cada ente e aplicadas nas
condições de mercado, com observância dos limites
e condições de proteção e prudência financeira.
É vedada a aplicação das disponibilidades dos
regimes de previdência em

 títulos da dívida pública estadual e municipal, bem


como em ações e outros papéis relativos às
empresas controladas pelo respectivo ente da
Federação;
 empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados
e ao Poder Público, inclusive a suas empresas
controladas.
TRANSPARÊNCIA,
CONTROLE E
FISCALIZAÇÃO
TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL
Instrumentos:
• Planos, orçamentos e LDO
• Prestações de contas e parecer prévio
• Relatório Resumido da Execução Orçamentária
• Relatório de Gestão Fiscal e as versões simplificadas desses
documentos.
• Incentivo à participação popular e realização de audiências
públicas, durante os processos de elaboração e de discussão
dos planos, LDO e orçamentos.
Relatório Resumido de
bimestral
Execução Orçamentária (RREO)

Relatório de Gestão Fiscal quadrimestral


 O Relatório Resumido da Execução Orçamentária apresenta
informações da execução do orçamento e os resultados
alcançados considerando o Resultado Primário e Resultado
Nominal em comparação com as metas fixadas na Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO). Através do RRE pode-se
conhecer os valores gastos com Educação e Saúde e saber se
eles estão entro do estipulado por lei.
 O Relatório de Gestão Fiscal demonstra o gasto com pessoal
e encargos em relação à Receita Corrente Líquida (RCL), o
nível do endividamento, as operações de créditos, os avais e
garantias em relação à RCL, além de tratar dos restos a pagar
e da disponibilidade de caixa.
TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL

• Contas do Pres. República - disponíveis, durante o exercício, no


Legislativo e no órgão técnico de elaboração, para consulta e
apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
• Prestação de contas da União - demonstrativos do Tesouro
Nacional e das agências financeiras oficiais de fomento,
incluído o BNDEs, e, no caso das agências financeiras, avaliação
circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no
exercício.
Relatório Resumido da Execução Orçamentária

Publicação - até 30 dias após cada bimestre


I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria
econômica, as:
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem
como a previsão atualizada;
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação
para o exercício, a despesa liquidada e o saldo;
II - demonstrativos da execução das:
a) receitas, por categoria econômica e fonte,
especificando a previsão inicial, a previsão atualizada
para o exercício, a receita realizada no bimestre, a
realizada no exercício e a previsão a realizar;
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza
da despesa, discriminando dotação inicial, dotação para
o exercício, despesas empenhada e liquidada, no
bimestre e no exercício;
c) despesas, por função e subfunção.
RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL
Publicado até 30 dias do encerramento do
período com amplo acesso ao público, inclusive
por meio eletrônico.
CONTEÚDO DO RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

I - comparativo com os limites de que trata a LRF, dos seguintes


montantes:
a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e
pensionistas;
b) dívidas consolidada e mobiliária;
c) concessão de garantias;
d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;
e) despesas de que trata o inciso II do art. 4º;
CONTEÚDO DO RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se


ultrapassado qualquer dos limites;
CONTEÚDO DO RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL
III - demonstrativos, no último quadrimestre:
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de
dezembro;
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas liquidadas;
empenhadas e não liquidadas, empenhadas e não liquidadas,
inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa; não
inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos
foram cancelados;
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do
inciso IV do art. 38.
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na
alínea b do inciso IV do art. 38:

A operação de crédito por antecipação de receita


deverá ser liquidada, com juros e outros encargos
incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano e
estará proibida no último ano de mandato do
Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.
Prestações de Contas
• Será dada ampla divulgação dos resultados da
apreciação das contas, julgadas ou tomadas.
• Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio
conclusivo sobre as contas no prazo de 60 dias do
recebimento, se outro não estiver estabelecido nas
constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais.
• No caso de Municípios que não sejam capitais e que
tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo será
de 180 dias.
PRESTAÇÕES DE CONTAS

• Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso


enquanto existirem contas de Poder, ou órgão pendentes
de parecer prévio.
• Os créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem
como as demais medidas para incremento das receitas
tributárias e de contribuições.
FISCALIZAÇÃO DA GESTÃO FISCAL

O Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de


Contas (inclui o TCU), e o sistema de controle interno de cada
Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das
normas desta Lei Complementar, com ênfase no que se refere
a:
I - atingimento das metas estabelecidas na LDO;
II - limites e condições para realização de operações de crédito e
inscrição em Restos a Pagar;
III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com
pessoal ao respectivo limite
FISCALIZAÇÃO DA GESTÃO FISCAL

IV - providências tomadas, para recondução dos


montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos
respectivos limites;
V - destinação de recursos obtidos com a alienação de
ativos, tendo em vista as restrições constitucionais e as
desta Lei Complementar;
VI - cumprimento do limite de gastos totais dos
legislativos municipais, quando houver.
FISCALIZAÇÃO DA GESTÃO FISCAL

Os Tribunais de Contas (TCU incluso) alertarão quando


constatarem:
I - a possibilidade de ocorrência das situações previstas no
inciso II do art. 4o e no art. 9o;
II - que o montante da despesa total com pessoal
ultrapassou 90% do limite;
III - que os montantes das dívidas consolidada e
mobiliária, das operações de crédito e da concessão de
garantia se encontram acima de 90%dos limites;
FISCALIZAÇÃO DA GESTÃO FISCAL

Os Tribunais de Contas (TCU incluso) alertarão quando


constatarem:
(...)
IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encontram
acima do limite definido em lei;
V - fatos que comprometam os custos ou os resultados dos
programas ou indícios de irregularidades na gestão
orçamentária.
• Compete ainda aos Tribunais de Contas (inclui o TCU) verificar
os cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada
Poder e órgão.
6. (2016 – PM Sapucaia do Sul – Contador - Adaptada) O
Relatório de Gestão Fiscal, previsto no Art. 54 da Lei nº
101/2000, é elaborado:
A) Anualmente.
B) Quadrimestralmente.
C) Mensalmente.
D) Trimestralmente.
E) Semanalmente.
DISPOSIÇÕES FINAIS E
TRANSITÓRIAS
Lei estadual ou municipal poderá fixar limites
inferiores àqueles previstos nesta Lei
Complementar para as dívidas consolidada e
mobiliária, operações de crédito e concessão de
garantias.
É facultado aos Municípios com população
inferior a 50 mil habitantes optar por:

1) Verificar o cumprimento dos limites de


despesa com pessoal ao final do semestre;

2) divulgar semestralmente o Relatório de


Gestão Fiscal; os demonstrativos de receitas, de
resultados, de despesas e de restos a pagar;
3) elaborar o Anexo de Política Fiscal do plano
plurianual, o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo
de Riscos Fiscais da lei de diretrizes
orçamentárias e o anexo demonstrativo da
compatibilidade da programação dos
orçamentos com os objetivos e metas a partir
do quinto exercício seguinte ao da publicação da
LRF.
Na ocorrência de calamidade pública
reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso
da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na
hipótese dos Estados e Municípios, estado de
defesa ou de sítio enquanto perdurar a situação:
1) serão suspensas a contagem dos prazos e as
disposições de restrição a despesas com pessoal
e limites de endividamento.
2) serão dispensados o atingimento dos
resultados fiscais e a limitação de empenho.

Qualquer cidadão, partido político, associação


ou sindicato é parte legítima para denunciar ao
respectivo Tribunal de Contas e ao órgão
competente do Ministério Público o
descumprimento das prescrições estabelecidas
na LRF.
7. (2017 – CÂMARA DE QUARAÍ – CONTADOR) Nos
termos da Lei Complementar nº 101/2000, Lei de
Reponsabilidade Fiscal, é correto afirmar que:
A) É vedado às entidades de administração indireta,
inclusive suas empresas controladas e subsidiárias,
conceder garantia, ainda que com recursos de fundos.
B) Não se considera aumento de despesa a prorrogação
daquela criada por prazo determinado.
C) Normas de transparência na gestão fiscal não foram
expressamente contempladas na Lei de Responsabilidade
Fiscal.
D) Considera-se operação de crédito o compromisso de
adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida
por ente da Federação ou entidade a ele vinculada.
E) As contas do Poder Judiciário devem ser apresentadas,
no âmbito dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de
Contas, consolidando os demais tribunais.
GABARITOS
1. E
2. E
3. A
4. B
5. A
6. B
7. A

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@taisflor

proftaisflores

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