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Apostila RM PDF
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1- TIPOS DE ESFORÇOS
Uma força pode ser aplicada num corpo de diferentes maneiras, originando
portanto, diversos tipos de solicitações, tais como: tração, compressão,
cisalhamento, flexão e torção.
2- DEFORMAÇÃO
A ação de qualquer força sobre um corpo altera a sua forma, isto é, provoca
uma deformação.
δ
εa = ∆l l f − l0
l0 ou ε= ou ε= (mm mm) [1.1]
l0 l0
3- TENSÃO
É uma grandeza vetorial que foi introduzida na resistência dos materiais em
1822, por Augustin Louis Cauchy. É definida como sendo a resistência interna
de um corpo qualquer, à aplicação de uma força externa por unidade de área,
ou seja, é a força por unidade de área.
F
σ= kgf ou (N mm ) = (MPa) [1.2]
A cm 2 2
onde:
σ => Tensão Normal uniforme que pode ser tração simples ou compressão
simples
O ensaio de tração consiste em aplicar num corpo de prova uma força axial
com o objetivo de deformá-lo até que se produza sua ruptura.
E =σ ∴ σ = E.ε
ε (MPa ) [1.3]
onde:
δ
ε= [1.1]
l0
F
σ = [1.2]
A
σ = E.ε [1.3]
F .L
δ =
E. A (mm) [1.4]
onde:
DeformaçãoLTansversal εt
−µ = −µ =
DeformaçãoL Axial εa (adimensional) [1.6]
onde:
6- DIMENSIONAMENTO
(TENSÕES ADMISSÍVEIS E COEFICIENTE DE SEGURANÇA)
A esta tensão que oferece a peça uma condição de trabalho sem perigo,
chamamos de TENSÃO ADMISSÍVEL.
σr τr
σ = S ou τ =S (MPa ) [1.8]
S= S1xS2xS3.........
Sendo:
- Carga Estática
Ocorre quando uma peça está sujeita a carga constante, invariável ao decorrer
do tempo e aplicada lenta e gradualmente.
EX: Vigas
- Carga Intermitente
Ocorre quando uma peça está sujeita a uma carga variável de zero a um valor
máximo, sempre com a mesma direção e sentido.
EX: dentes das engrenagens.
- Carga Alternada
Ocorre quando uma peça está sujeita a uma carga variável na mesma direção,
mas com sentido contrario.
EX: Eixos Rotativos.
-Carga de Choque
Ocorre quando uma peça está sujeita a variação brusca ou a de choque.
EX: Componentes de Prensas.
TABELA 2
COEFICIENTE DE SEGURANÇA (S) *
TIPOS DE CARGAS
MATERIAL
ESTÁTICA INTERMITENTE ALTERNADA CHOQUE
Ferro Fundido 6 10 15 20
Aço mole (até SAE-1030) 5 6 8 12
Aço duro 4 6 8 12
Madeira 8 10 15 20
*EM RELAÇÃO À TENSÃO DE RESISTÊNCIA DO MATERIAL
σ tr σ cr τ cr σ te ε
SAE-1010 350 350 260 130 33
SAE-1015 385 385 290 175 30
SAE-1020 420 420 320 193 26
SAE-1025 465 465 350 210 22 Aços carbono,
recozidos ou
SAE-1030 500 500 375 230 20 normalizados.
SAE-1040 580 580 435 262 18
SAE-1050 650 650 490 360 15
SAE-1070 700 700 525 420 9
SAE-2330 740 740 550 630 20 Aços Ni, recozidos
SAE-2340 700 700 525 485 25 ou normalizados.
SAE-3120 630 630 475 530 22 Aços Ni-Cr,
SAE-3130 680 680 510 590 20 recozidos ou
normalizados.
SAE-3140 750 750 560 650 17
SAE-4130 690 690 520 575 20 Aços Cr-Mo,
recozidos ou
SAE-4140 760 760 570 650 17 normalizados.
SAE-4320 840 840 630 650 19 Aços Ni-Cr-Mo,
recozidos ou
SAE-4340 860 860 650 740 15 normalizados
SAE-5120 610 610 460 490 23 Aços Cr, recozidos
SAE-5140 740 740 550 620 18 ou normalizados
SAE-8620 620 620 465 560 18 Aços Ni-Cr-Mo,
recozidos ou
SAE-8640 750 750 560 630 14 normalizados
AISI-301 770 770 580 280 55
Aços inoxidáveis
AISI-302 630 630 470 248 55
austeníticos
AISI-310 690 690 515 315 45
Aços inoxidáveis
AISI-410 490 490 370 264 30
martensítico
120 600
Fo.Fo. à à -- -- -- Ferro fundido
240 850
Cobre 225 225 168 70 45
Latão 342 342 255 120 57
Bronze 280 280 210 -- 50
Alumínio 180 180 135 70 22
7- TRAÇÃO E COMPRESSÃO
F F
σt = σc = (MPa )
A A
A
A
F
onde:
σ => Tensão Normal uniforme que pode ser tração simples ou compressão
simples
CRITÉRIO DE PROJETO:
σ≤σ
σ tr σ cr
Sendo: σ =
S ou σ =
S
(MPa )
F .L
δ = (mm)
E. A
8- CISALHAMENTO PURO
F
τC = (MPa )
A
onde:
CRITÉRIO DE PROJETO:
τc ≤ τ c
τcr
Sendo: τc =
S
(MPa )
τ
As tensões de resistência ao cisalhamento ( cr ), para os materiais em geral,
obedecem aproximadamente a seguinte relação com referência à tensão de
resistência à tração ( σ tr ):
τ cr = 0,6 a 0,8 σ tr
Se a carga “F” atua da maneira que se vê na figura abaixo, as partes “B” são
tracionadas contra o rebite, ocasionando uma TENSÃO DE COMPRESSÃO
NAS SUPERFÍCIES de contato “M”.
M
F
B
t
F
B
t
M
Num caso como este, normalmente se usa a área projetada do rebite para o
cálculo da compressão na superfície “M”, ao se aplicar a fórmula
( σ c = F A ).
σc = F A ∴ σ c = F (t.D ) (MPa )
σ c = F n.(t.D ) (MPa )
10- FLEXÃO
Mf
σf =
Wf (MPa )
a
LINHA
h
NEUTRA
onde:
If
Wf =
a
Prof. Luiz Gustavo 17
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
onde:
LINHA
NEUTRA
σ fr = σ tr ou σ cr
Q.M s
τc =
b.I f
Onde:
SEÇÃO RETANGULAR
3 Q
τ c máx = . τ c máx ⇒ 50% maior que τ c simples
2 A
SEÇÃO CIRCULAR
4 Q
τ c máx = . τ c máx ⇒ 33% maior que τ c simples
3 A
VERIFICAÇÃO:
τc máx
≤ τc
CONVENÇÃO DE SINAIS
MOMENTO NO PONTO
FORÇAS NORMAIS
+ -
-
OBS.:
APOIOS
TIPOS DE ESTRUTURAS
CONVENÇÃO DE SINAIS
TRAÇÃO
+
-
COMPRESSÃO
13- TORÇÃO
x
Mt
LINHA NEUTRA
R
L
Mt
τt =
Wt (MPa )
onde:
M t = F .x
onde:
F => Força aplicada (N)
N
M t = 9550. ( N .mm)
n
onde:
It
Wt =
R
onde:
τ tr = τ cr
x
Mt
ϕ
L
180.M t .L
ϕ=
π .G.I t (graus )
M t .L
ϕ= (rad )
G.I t
onde:
DISTORÇÃO (γ )
τt
γ=
G (rad )
onde:
γ => Distorção
14- FLAMBAGEM
14.1- DEFINIÇÃO
F
L
EIXO DE MENOR
MOMENTO DE INÉRCIA
I=b.h3/12
Denomina-se carga crítica, a carga axial que faz com que a peça venha
a perder a sua estabilidade e comece a flambar.
π 2 .E. A
Fcr =
λ2
(N ) eq. 1 (CARGA CRÍTICA)
onde
lf
λ=
R (ÍNDICE DE ESBELTEZ)
Onde:
I f MÍN
R= (RAIO DE GIRAÇÃO) TABELA 6
A
Onde:
2
lf
λ = 2
R2
2
If I
R =2 => f
A A
2 2
lf l f .A
λ = 2
=>
If If
A
If
π 2 .E.I f
Fcr = 2
MÍN
(N )
lf eq. 2 (CARGA CRÍTICA)
Tensão Crítica de Flambagem é a tensão que faz com que a peça perca
a sua estabilidade e comece a flambar.
A tensão crítica deverá ser menor ou igual à tensão de
proporcionalidade (abaixo do escoamento) do material. Desta forma, observa-
se que o material deverá estar sempre na região de deformação elástica.
F π 2 .E
σ fl = cr
A => σ fl = 2
λ
(MPa ) (EQUAÇÃO DE EULER)
CRITÉRIO
σ fl ≤ σ proporcionalidade
OBS.: Para que em uma barra não ocorra a flambagem, o valor de tensão
desenvolvido pela força de compressão atuante deve ser menor que o da
Tensão Admissível Crítica de Flambagem ( σ fl ), isto é:
F σ fl
σc = ≤σ fl onde σ fl =
A S
DIMENSIONAMENTO
FIGURA FÓRMULA
A = b.h
h
A = a2
a
D π .D 2
A=
4
π .(D 2 − d 2 )
A=
d
D
4
ALFABETO GREGO