Você está na página 1de 140

GILDQ A.

MONT,~EGRO

DESENHO
... ARQUITETONICO
ft ~LIVR:AIMA NOBEL S.A.
m
~ TEL: Z~7- 2144
R.MARIA ANlOMA . 108
1WA llA CONSOL~~~U.49

DESENHO ARQUITETÔNICO
FICHA CATALOGRÁFICA
(Preparada pelo Centro de Catalogação-na-fonte,
Câmara Brasileira do Livro, SP)

Montenegro, Gildo, 1931-


M783d Desenho arquitetônico I Gildo Montenegro. - São Paulo :
Edgard Blücher, 1978.

1. Desenho arquitetônico

17. CDD-744.424
78-0128 18. -720.28

Índices para catálogo sistemático :


1. Desenho arquitetônico 744.424 (17.) 720.28 (1 8.)
GILDO A. MONTENEGRO
Arquiteto. Professor do Curso de Arquitetura
da Universidade Federal de Pernambuco

DESENHO ARQUITETÔNICO
PARA CURSOS TÉCNICOS DE 2.0 GRAU
E FACULDADES DE ARQUITETURA

~~
EDITORA EDGARD BlÜCHER LTDA.
© 1978 Editora Edgard Blücher Ltda.

É proibida a reprodução total ou parcial


por quaisquer meios
sem autorização escrita da editora

EDITORA EDGARD BLÜCHER LTDA.


01000 CAIXA POSTAL 5450
END. TELEGRÁFICO: BLUCHERLIVRO
SJ.o PAULO- SP- BRAsa

Impresso no Brasil Printed in Brazi!


CONTEÚDO

Capítulo 1 INTRODUÇÃO

Capítulo 2 MATERIAL E INSTRUMENTOS DE DESENHO 2


Capítulo 3 COMO USAR OS INSTRUMENTOS DE DESENHO 11

Capítulo 4 NORMAS DE DESENHOS T~CNICOS 24

Capítulo 5 TIPOS DE DESENHOS E DE PAPÉIS 26

Capítulo 6 ESCALAS NUMÉRICAS E GRÁFICAS 29

Capítulo 7 LETRAS E ALGARISMOS. CALIGRAFIA TÉCNICA 33

Capítulo 8
. ----
DIMENSIONAMENTO. COLOCAÇÃO DE COTAS NO DESENHO 37

Capítulo 9 SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO 40

( capítulo 1QJ REPRESENTAÇÃO DE UM PROJETO 46


·-----
Capítulo 11 SIM BOLOS GRÁFICOS 58
~.::::::~-----

Capítulo 12 AS ETAPAS DO DESENHO 66

Capítu~3 NOÇÕES DE DESENHO TOPOGRÁFICO 79

Capítulo 14 DETALHES CONSTRUTIVOS 83

Capítulo 15 CIRCULAÇÃO VERTICAL 94

Capítulo 16 INSTALAÇÕES PREDIAIS 109

Capítulo 17 DETALHES DE ESQUADRIAS 112

Capítulo 18 REPRESENTAÇÃO EM CORES 123

Capítulo 19 PROJETO DE RESID~NCIA COM DOIS PAVIMENTOS 125

Capítulo 20 VOCABULÁRIO TÉCNICO 131


CAPITULO 1

INTRODUÇÃO

É bom lembrar que ...


• O Desenho Arquitetônico é artesanato em plena era da
Tecnologia, mas . ..
• Já existem máquinas, ligadas a computadores, que desenham
levantamentos topográficos completos, planos urbanísticos e
projetos de Arquitetura, inclusive apresentando cortes, tacha·
das e perspectivas e;:ternas e de interiores, na posição que for
escolhida para o observador.
• O Desenho Arquitetônico não é a representação ideal de um
projeto. Seu maior defeito é mostrar pedaços de um projeto
que deverá ser visualisado completo, numa só operação da me-
mória. Perspectivas e maquetes dão boa idéia de conjunto,
mas apresentam outros defeitos. A solução poderá estar no
desenvolvimento de uma ciência nova: a Holografia, uma das
aplicações dos raios "lazer".

• Enquanto não chegam por aqui as tecnologias recentes, vá des·


vendando neste livro os segredos, usando a cabeça e as mãos.

Tomei por base minha experiência, como desenhista e mais tarde como professor
universitário dessa matéria, ao redigir e desenhar um curso que obedece à seqüência da
aprendizagem, o que n~m sempre coincide com a ordem lógica dos assuntos.
Este livro nasceu de uma edição particular que os alunos chamavam de apostila e que
o apoio dos amigos fez esgotar. Atendendo a sugestões refiz e ampliei o trabalho inicial.
O livro é, pois, obra totalmente nova e feita com intenção de informar e de orientar o futuro
desenhista, nada mai s. Se a universidade, em alguns casos, ao longo de 5 anos não con -
segue formar um arquiteto como teria eu a preten são de fazer um arquiteto em pouco mais
de cem páginas 7 Além de absurdo, seria ilegal.
Deixo de apresentar bibliografia. t impossível citar livros dos quais eu usei uma ou
duas frases.. guardadas na memória, sem fichas e arquivo. Por outro lado, muitos assuntos
não se encontram em qualquer outro livro de desenho arquitetônico, nacional ou estrangeiro.
Agradeço a todos quantos me incentivaram com palavras ou com colaboração direta .
Dentre estes citarei o arquiteto Niepce .C. Silveira, autor da capa, o desenhista Helio Marinho,
que desenhou os itens A até E do Capítulo 12, e Helio Pereira, que desenhou o Capítulo 19.
Os demais desenhos foram de minha autoria, portanto não culpem outros.. .
Peço que o leitor não guarde para si suas impressões, sugestões e críticas. Faça com
que cheguem às minhas mãos, de qualquer forma. Será a melhor maneira de avaliar e de
melhorar o trabalho feito.

Recife, 1977

1
CAPITULO 2

MATERIAL
E INSTRUMENTOS
DE DESENHO

O escritório de
desenho é hoje
conhecido pelas
~
palavras da moda:
~

Lá dentro deverá
haver diversos Começaremos pela descrição
equipamentos, daqueles instrumentos. Em seguida
instrumentos e mostraremos como usar cada um
materiais de desenho deles e, finalmente, diremos como
e, o mais importante, deve trabalhar e o que deve
gente que saiba conhecer o Desenhista de
usá-los bem! o ARQUITETO Arquitetura.

PRANCHETA TAMPO DE
MADEIRA
0.90 • I. 20
I.OOli.~O

NAS GRANDES IHDUSTRIAS


USAM-SE PRANCHETAS COM
PEÇAS TAMPO EM POSIÇÃO
PARA INCLINAÇÃO VERTICAL .
DO TAMPO.
BANCO GIRATÓRIO
E DE ALTURA
REGULÃVEL

No comércio encontram -se pranchetas mais sofisti- O tampo ou prancheta serve de apoio para a folha
cadas tendo contrapesos e gavetas, . abajur para de desenho. Há quem diga que o tampo em posição
iluminação, e também banco com encosto, que vertical provoca menos cansaço no desenhista;
realmente poupa os rins . .. nos intervalos. seguramente podemos afirmar que nos desenhos de
Há, ainda, quem prefira chamar de prancheta o grande formato essa é a posição mais ~omoda.
tampo (ver figura), reservando o nome de mesa Quando o tampo é usado na posição vertical torna-se
para o apoio (pés). necessário colocar ao lado do desenhista uma ban-
cada ou mesa para depositar o material de desenho.

2
Desenho Arquitetônico 3

O tampo da prancheta deve ser forrado com papel liso (já se fabricou um Alguém já sugeriu que o
papel especial para isso) ou com plástico não-brilhante de cor verde ou tampo da prancheta fosse
creme em tonalidade clara. O plástico branco fosco pode ser usado, em- feito de material translúcido:
bora apresente o inconveniente de sujar com facilidade. O papel ou o plás- vidro fosco ou acrllico
tico deve ser aplicado bem estirado, sem deixar bolhas ou ondas, sendo leitoso. Vantagem: a
grampeado na face inferior do tampo e nunca nas bordas laterais ou na iluminação - ou parte
face superior. dela - seria feita por
baixo, sem criar sombras
sobre o desenho.
Enquanto essa prancheta
não é fabricada, vejamos
alguma coisa sobre a

ILUMINACAO -
~di~ -na_ S'tÚa- .•. ~da.
\ I
~
área- tW
~o
/ \ ~~ ~
da-~
(J de- ~:
;_. b ~/ _,., tU(. t..âMt-
~~-
~___.

~~
Se a luz vem da direita provoca sombra da PAI'IA TRABALHOS PROLON-
mão e dos esquadros, escurecendo o campo

r
GADOS A LÂMPADA INOICA-
de trabalho e prejudicando a visibilidade. Se OA É A OE MA R C A "SOL A R"
a luz estiver colocada em nossa frente, reflete-se DE VIOI!O AZULADO.
no papel diretamente para a vista, provocando
em pouco tempo o cansaço visual. Portanto

NÃO DEVE HAVEQ Na lâmpada incandescente comum

SDHBRA----::; predominam as radiações


infra-vermelhas, sendo uma das
DA ,.,.CO 114 causas do cansaço visual. A
.Oo~ lâmpada fluorescente, apesar de
~ seus últimos aperfeiçoamentos, não
é recomendada para trabalhos onde
se exigem acuidade visual e atividade
prolongada. Também a lâmpada do
tipo "Solar" tem seu defeito: emite
mais calor do que as lâmpadas
comuns, sendo, também, de menor
rendimento luminoso que estas.

A visTA.
4 Desenlw Arquitetônico

REGUA TÊ A régua tê serve principalmente


pélra traçar linhas pa'ralelas
CABEÇA (FIXA o,. MÓVEL) horizontais.
A régua tê, ou simplesmente o tê,
é também usada como apoio dos
esquadros no traçado de verticais
e de oblíquas. Ver figuras na
página 17.

Ao comprar uma régua tê de cabeça móvel, verifique O substituto mais moderno da régua tê é uma régua
se a parte móvel pode ser retirada. Em geral, trabalhamos deslizante presa por fios paralelos nas bordas laterais
quase exclusivamente com a cabeça fixa e poderemos, da prancheta. Apresenta o único ( 7) inconveniente de
portanto, retirar a cabeça môvel tornando a régua mais não permitir a colocação de objetos sobre a prancheta,
leve e cômoda. pois eles poderiam tocar num dos fios de nailon ou na
régua tirando o paralelismo dos traços.

Uma boa régua graduada será. de preferência,


opaca. Assim, a própria régua cobrirá traços
RÉ lUA GRADUADA
USAR O TRIPLO DECÍMETRO
do desenho, deixando à mostra apenas aqueles
GRADUA DO EM MILÍMETROS.
que se deseja medir. Desaconselhamos, pois,
a régua transparente. A graduação em meios
milímetros causa dificuldades de leitura, e,
também, o mau hábito de alguns desenhistas
~
riscarem a régua com o lápis, provocando
sujeira ou estragos. A graduação em polegadas
poderá ser usada para leitura de desenhos de
GRADUAÇÃO EM MEIOS
procedência inglesa.
MILÍMETROS OU EM POLEGADAS
A escala ou escalfmetro revela-se uma faca de
dois gumes: facilita a medição dos desenhos
em escala, mas exige grande atenção para que
se utilize apenas a graduação correta. Por
outro lado vicia o desenhista, que acaba per-
dendo o hábito de passar as medidas ou cotas
de uma escala para outra. Acreditamos que,
na maioria dos casos, o escalímetro é instru-
mento perfeitamente dispensável.
Desenlw Arquitetônico 5

EsQuADRos DE PLÁSTICO TRANSPARENTE. NÃO DEVE SER GRADUADO

I -
2-
ESQUADRO
ESQUADRO
DE 4!5°
DE 60° OU 300
~
RECOMENDA-SE O COMPRIMENTO

0 ENTRE 30 A ~7Cm

O desenhista fará, periodicamente, a limpeza dos esquadros, regua


tê e regua graduada. Usa-se apenas água e sabão; evitar subs-
tâncias abrasivas, detergentes e solventes. Lavar bem e enxugar
levemente com pano fino ou lenço de papel, de modo a não afetar
as graduações da régua.
Da mesma forma que cri ticamos a régua graduada transparente
devemos rejeitar o esquadro graduado; os motivos são os mesmos
citados na página anterior.

O desenhista deverá escolher entre três tipos de lápis :


A) lápis de desenho técnico: prisma sextavado de
madeira com grafite no eixo
B) lapiseira ou porta - minas: usando minas (grafites)
permutáveis vendidas em caixas.
C) lapiseira profissional: usando minas de plástico
(polimeros) em substituição ao grafite.
Todos esses tipos apresentam diferentes graus de dureza
das minas ou grafite, como mostra o quadro-resumo da
página seguinte.

o L A' PIS DE MADEIRA EXIGE DUAS OPERAÇÕES NO TRABALHO:

1- ~ ( urrt:e) da- ~
2- ~ da. nWnA. (~)
4~~
~-~s-ó­
e-U~
~t;t:i.c
~do.~ .
a..
~ o-
2~ ;j q
/Á;:2i:~~ ~~
údx>- de u,._ Ç;.pq ""'-""

I./I ;'~
I
~cem.~
de O, 5 O, 3 .,___'
B /4 ~
6"-

c ~ ~
----- ~ da. ,amda..
6 Desenho Arquitetônico

GRADUAÇÃO MACIO MÉDIO OURO DURÍSSIMO

DOS
N!!. t N°2 N2 3 -
GRAFITES 68-48-28-1 HB F- H - 2H 3H • •• 9H

NÃO POOE SER USADO USAOO HORMALMEN'Il:


VER OBSERVAÇÕES
ORIENTAÇÃO NOS DESENHOS NÁO ÉUSADO
NOS DESENHOS TÉCNICOS NA PAG. 13
TÉCNICOS

Naturalmente encontraremos variação na classificação dos diversos fabri-


cantes. Assim um grafite tipo B poderá estar muito próximo do HB de
outro fabricante e ambos se assemelharem ao lápis comum, do tipo cilín-
drico, n. •• 1 ou 2. Os números 1, 2 e 3 correspondem à graduação do
lápis comum ou colegial, bem mais variável que a dos grafites técnicos;
por esse motivo os lápis comuns não devem ser usados em trabalhos
profissionais.

COMPASSO : e' ~ l~t.-·~~f">o'o~


~-~ .

ll VI
~ (t2 Q.. t5t:Pr.) e

PONTA SECA LA PIS

O compasso serve para traçar circunferências. Quando ele SOMENTE PARA UM ESCRITÓRI,O SE JUSTIFICA A
não possui a articulação, a agulha e o lápis do compasso COMPRA DE OUTROS COMPASSOS :
tocam o papel em direções oblíquas; ao ser traçada a
circunferência o pequeno furo do centro vai se alargando.
Isso não acontece se a agulha ou ponta seca fura o papel COM PASSO
perpendicularmente, como mostram as figuras. Portanto, CINTEL
a falta de articulação é uma característica dos compassos
de qualidade inferior. O cintel é formado por duas peças
que se prendem sob pressão em uma haste de madeira
ou alumínio. A distância entre as duas peças - ponta e
lápis - é igual ao raio. Algumas lojas vendem o cintel
com haste cromada; verifique, nesse caso, que a haste
não seja curta, pois ela não pode ser aumentada, como
ocorre com uma haste de madeira. O compasso de
redução não é um compasso! Eie serve para passar -
depois de ajustado o eixo móvel - as medidas da pro- COMPASSO OE
REDUÇÃO
porção A para B (redução igual a : ) ou de B para A,

B
portanto ampliação igual a -,;:· O compasso de pontas

secas serve para transportar medidas; raramente é usado


em desenho arquitetônico, embora possa ser útil no de-
senho de máquinas.
Desenho Arquitetônico 7

A borracha é um material fantástico, quero dizer,


aparentado aos fantasmas. Desaparece com a
maior facilidade e surge nos lugares mais impre-.
vistos: debaixo do papel, na prancheta vizinha e
até mesmo na casa do colega . . . Noutros países
o material é chamado de apagador ou raspador
e atualmente ele é fabricado em plástico, fibra
de vidro, pó de vidro e até mesmo borracha. ~
MACIA; PARA LAPIS impossível orientar o principiante na escolha;
BORRACHA DURA; PARA TINTA existem borrachas: digo, apagadores, brancos,
verdes, castanhos, cinzentos, vermelhos, prismá-
ticos, c ilíndricos, enrolados, etc. Experimente, se
possível, antes de comprar.

Falaremos, agora, de quatro instrumentos úteis,


mas não propriamente de primeira necessidade,
para o desenho de arquitetura.
O transferidor apropriado deve ter a graduação
em traços finos e bem legíveis; o tamanho poderá
variar de 15 a 25 em de diâmetro.
TRANSFERIDOR
DE PLÁSTICO. PARA
As curvas francesas, fabricadas em plástico trans-
MARCAÇÃO E LEITURA
parente, são encontradas em diversos tamanhos
DE ÂNGULOS.
e modelos. A curva universal ou régua flexível é
encontrada em vários tipos:

PLÁSTICO
COM EIXO DE CURVA
CHUMBO OU
DE COBRE
FRANCESA

DE GUIA PARA
/
CANETA DE ESTILETE
~ ~ ~~: OXt="ClRD, VAR r'.4NT_
FIO DE COBRE
STAEDC.ER, LE*!OY.
A CURVA ~ a.propriada. part:t. o- ~
1táo- e
c<. ~- P~-.s--e 6e-z. p.arel- c-~
a.. ~ t<.vr-e e S"rfc- 6JéCELENTES para- a-
~ de f.e4..a.s.
Par~ ~MS
FIO DE AÇO
4- ... - .... ' ~~~s-er
MADEIRA us-tl-c:hs 'H-& ~,
rf<r ( o-b
Caf;. r) e
sric- ~
EM DESUSO ~
8 Desenho Arquitetônico

TINTA

N ANQUIN

VERIFIQUE SE A TAioiPA
00 VIDRO POSSUI vÁLVULA
PARA RETIRADA DA TINTA
E HASTE CONTA- GOTAS.

O nanquim é vendido, também, em tubo ou cartucho, assim como em recipiente


de plástico flexivel. Em geral trazem tinta mais fluida, apropriada para as canetas
de estilete. O nanquim vendido em vidros de 20 a 25 cm 3 é, em geral, mais
espesso, sendo mais adequado para a caneta Graphos. Essa tinta pode ser
tornada mais fluida com a adição de água destilada ou álcool. O nanquim de
boa qualidade, depois de aplicado ao papel, seca e torna-se brilhante; ele não
deverá soltar-se do papel (descascar) e nem dissolver quando atingido por
água, pois é indelével. O nanquim de cores possui substâncias corrosivas e por
isso, após o seu uso, os instrumentos devem ser muito bem limpos.

O tira-linhas não deve ser mergulhado no


vidro de nanquim; ele será abastecido pelo
conta-gotas que já vimos. Alguns tira-linhas
possuem, no parafuso de regu lagem, alga-
rismos que permitem graduar uma espessura
constante para o traço; outros possuem
uma das hastes móvel para facilitar a
limpeza, o que é desnecessário.
Ninguém sugere ao médico cirurgião que
use uma faca de cozinha por ser mais
BICO OE PATO
barata do que o bisturi. No entanto, é
TIPO
NORMAL g comum encontrarmos desenhistas pensando
em comprar material mais barato, vale dizer,
material mais ordinário. O instrumento do

,. . / v
MAIOR RESERVA DE TINTA
profissional e do principiante poderá não
I
~ PARA O TRAÇADO DE RETAS
ser o mais caro, mas deve ser bom sempre I
lO N G A S.
I ' Material de desenho . de boa procedência
dura 20, 30 anos; é praticamente indestru -
PARAFUSO DE tível, quando bem cuidado. Portanto ele
REGULAGEM será comprado uma só vez! O material
ordinário vai ser jogado no lixo e, antes
disso, dará muitos aborrecimentos.
Desenho Arquitetônico 9

CANETA "GRAPHOS"
(MARCA COMERCIAL. SEM PRODUTO SIMILAR)

DE TINTA

INDICAçÁO DA SÉRIE DA PENA E DA


ESPESSURA DO TRAÇO

~~zíi........_PONTA
&!!" / METÁLICA ONDE
ENCAIXADA A PENA .
É

(si~~EA A) ( -
AS PENA3 sÃO VENDIDAS À - )
PARTE . PARA UMA BOA APRESENTAÇ~O
PRECISA-SE, PELO MENOS, DE:

• S PENAS DA SÉRIE"A" NÚMEROS:

o, 13
o, 2
0,25 (OU 0,3)

0,4

0,6 .OU 0 ,7
0 0
• UMA PENA DA SÉRIE T NÚMERO:

0,8

A caneta Graphos mostrada acima foi substituida por um novo modelo,


desenhado ao lado, que mantém suas características principais. As demais
séries de penas Graphos - de menor aceitação - são:
R - para normógrafo de chapa. Ver Capítulo 7.
m - para normógrafo de aranha. Idem.
N e Z - para letras góticas e fantasia.
S - para desenhos a mão livre.
CAPITULO 3

COMO USAR
OS INSTRUMENTOS
DE DESENHO

PARA COMEÇAR, VERIFIQUE A PRANCHETA • CORTE O PAPEL NO TAMANHO NECESSÁRIO.


E A ILUMINAÇÃO,

• ONDE COLOCAR O PAPEL?

f..s-t:d er-rado- _!
o~ o-
d~fh?o-)?lA­
~ch
~tê.

ESTA É A POSICÀO CORRETA: O PAPEL BEM


PRÓXIMO OA
CABEÇA 00 TÊ
2 a 3 em

Muita gente acha que é difícil ser um bom desenhista. De fato, uma parte dos que começam
um curso de desenho desiste por julgar que não "dá para a coisa". Vamos deixar bem claro
que se o desenhista espera fazer-se do dia para a noite, como com um bilhete premiado de
loteria, está muito enganado. Um desenhista se faz com doses elevadas de três coisas:
persistência, treinamento e observação. As duas primeiras dependem quase que exclusiva-
mente de cada um. A observação, aliada a uma boa memória visual, é tão importante para
o desenhista como uma orientação segura. t: isso que você vai encontrar neste livro. Não
pense que os pequenos detalhes - que virão em seguida - sejam coisas tolas e dispen-
sáveis. Todos nós encontramos chutadores de bola, às pencas, em qualquer lugar. No
entanto, Pelé só existe um. Leia, grave e aplique todas as recomendações para ser um bom
desenhista, fazendo trabalhos rápidos e da melhor qualidade.

11
12 Desenho Arquitetônico

O LÁPIS
OEVE TER A

PONTA CÔNICA.

MAS NÃO ÉSTE CONE Faça ass i m:

VOCE SABE SEGURAR - o LÁPIS?


LIGEIRA

----
~~-~~
~l
"-.~'-
DIREÇÃO
DO TRAÇO

ISSO ACONTECE SE VOCE


APOIO NO CEDO MÍNIMO . '
EMPURRAR O LAPIS EM
LUGAR DE PUXAR .
OIREÇA-0 00 TRAÇO

O lápis deve ser seguro entre o polegar e o dedo


indicador cerca de 4 a 5 em da ponta, de modo
que a mão fique apoiada no dedo mínimo e a ponta
do lápis esteja bem visível. Sempre puxar o lápis
e nunca empurrar. Põe-se o lápis encostado no
esquadro ou régua tê em posição quase perpendicul ar
ao papel, com pequena inclinação no sentido do
movimento.

4 Q

O uso de grafite macio leva ao desgaste rápido da


ponta cônica, que será repetidamente lixada e, o que
é muito pior, suja os instrumentos (atrito) e logo
depois os d edos e o papel. Um desenho sujo é
a pior recomendação para o desenhista. Não há
motivo para usar grafite B em desenho técnico!

A ponta do lápis deve estar aparente pelo menos


5 mm; um grafite duro pode ter uma ponta maior
sem perigo de quebrar com facilidade. A ponta
cônica não deve ser feita com gilete e sim usando
lixa fina para madeira (n.0 100 ou 150), colada sobre
uma superfície dura, ou lixa de unha.
Desenho Arquitetônico 13

• Rua- ~ 8nL papel ~?a- (v~ ~tc...,lo s) ~


~ F o«- H . .Pode- s-e ~ ~ 4PeT d6- /( 8 ~
para ~>- ~ ae ~ e ~ ~ s>e tt.S'Q..
~ d€ C!-5~ ciç ~

• .zw.a. ~ BffL ~ ~ ~ ~ ffl.ai,5'


.::úu-o's .· 11 ~ 2 H.

O GRAFITE OE O,Smm
OE OIÂM[T RO FAZ TRAÇOS
OE ESPESSURA
PRATICAMENTE
UNIFORME .

0 TRAÇO SEM UHIFORMIOAOE


É OESAGRÁDAVEL.E O DESENHO A l i nguagem
FEITO COM UM SÓ TIPO DE TRAÇO simbÓlico dos
FICA SEM VIDA POR FALTA troços esta' no VoCÉ SABE COMO F AZER TRAÇOS

DE C O N T R A S T E .
CAPÍTULO 11 F I NOS, MÉD I OS E GROSSOS?

T' OOOS ELES SÃO FEITOS COM


QUANDO A TV PONTA CÔNICA F"INA .
E S TÁ ASS I M...

COMO ~ QUE PODE ?

O TRAÇO GROSSO É A SOMA


DE VÁR lOS TRAÇOS F I NOS :

AGOR A ENCHA O
ESPAÇO ENTRE AS PARALELAS
TRAÇO FINO .. .
COW VÁRIOS TRAÇO S F I "'OS .

PORTANTO: O Tras:o grouo não depende de fazer mais força

Para acentuar uma linha é melhor não apertar o


lápis contra o papel e sim rep assar duas ou três
vezes o mesmo traço.
4 Desenho Arquitetônico

PRESSÃ

-+
. y9~~~- - - - - - 1

ERRADO: A POI!ITA NO

...
A REGUA TE
{ MANEJADA PELA MÂO ESQUERDA

O CORPO FICA PARALELO A


OI R t Ç Ã O 00 S T R A Ç 0 S .

../
NÃO USE O TE NA
BORDA INFERIOR
PARA TRAÇA R

VERTICAIS
.•

/
Quando se usa a cabeça móvel
da régua tê deve-se ter o
cuidado de - depois de A verificação do tê se faz desenhando
apertar o parafuso de fixação um segmento de reta sem usar a cabeça
- voltar a régua tê para a do tê; inverte-se. depois, o instrumento
reta que serve de diretriz a de modo que sua cabeça fique no lado
fim de verificar se a nova direito e traça-se nova reta. Se os dois
direção é realmente paralela traços coincidem, isto é, confundem-se,
ou se houve desvio. a régua é retilínea.
Desenho Arquitetônico 15

A REGUA GRADUADA
É UM INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO E NÂO DEVE. N@ ~~s-e~.~
SER USADA COMO APOIO PARA TRAÇAR RETAS. ~.-.ta~~;~~~
~~~~ ~
cada. -11Uld..'c:dh e H.b- ~ .4..d
~~a..~.

~ cYS ~ ,Q6r ~ ~--+-- ---- ···· - - --+


de p.e~ ~ ~ U#C.a. a b
,.....ua. jt:[ ~ e ~ pc-r
~de~\.
• •
E: um erro usar a régua
graduada como apoio para
traçar retas; o lápis suja a
régua, gasta a graduação e
a linha não é regular por I~ posição
falta de apoio do lápis. A
gravação dos traços da
PROCESSO ERRADO'
graduação chega, às vezes, a
causar ondulações no traçado. ~-------~~~
O+ b+ C
-a___...___.__
a+b____ -+
Outro erro comum é usar a +---
~
régua como lâmina para
t b
cortar papel; o atrito aquece
o plástico, derretendo-o e a
~--1+~ -+--_ç_ _ -+
régua fica com falhas, como
mostra a figura. Na figura à
direita encontra-se o processo
correto para marcar medidas
sobre uma reta; faz-se à PROCESSO CERTO:
parte a soma de cada medida A reguo fixo]
com a anterior e marca -se
cada total mantendo fixo o
zero da régua graduada.

Em desenhos de precisão a
régua deve ficar inclinada,
aproximando a graduação do
papel; pode-se fechar um
olho para maior segurança da
medição.

O tecnígrafo é um instrumento
que substitui régua tê,
esquadros, régua graduada e
transferidor. Embora muito
prático é pouco usado por
ter preço relativamente
elevado.
16 Desenho Arquitetônico

ESQUADROS

O esquadro é usado a . d
régua tê ( pola o na
ou no seu Rar)
traçado d · - para o
f e retas paralelas. As
lguras
• mostram a pos1çao
. • das
~aos, segurando esquadros
regua
. tê e lá p•s,
· sendo vistas
' ' de
Ic1ma
d na fi gura menor e vistas de
a o na figura maior.

ESQUADROS
1- TRAÇADO DE PARALELAS
A PALMA ()A MÃO FIXA
-+ .
/
,'

I
UM ESOUADR O. O OU T RO I
I
SERÁ r.IOVIMEWTAOO r
I
I
PELOS DEOOS. I
I•
, --J

2- TRAÇA DO
.I

._........._

UM ESQUADRO '
APOIO, NÃO <:E ~U REGUA· SERVE DE
~ •'lluO MOVIME
· ' NTADO .
Desenho Arquitetônico 17

~. f-- DESVIO A verificação do ângulo reto do esquadro é feita apoiando


ESQUADRO ~"~ um cateto sobre o tê ou régua, e traçando o cateto que ficou
COM DEFEITO na vertical ; inverte-se o esquadro de modo que o vértice que
I
r
I ficava à direita passe para a esquerda e risca-se por c ima do
r
I
~ primeiro traço. O es~uadro é de precisão se os dois traços
r ' se confundem. Os inconvenientes da graduação no esquadro
r
são os mesmos apontados na página 16 para a régua graduada:
a graduação prejudica o traçado.

TIRA· LINHAS

LIMPE A PARTE EXTERNA COM PANO OU PAPEL


ABSORVENTE. AJUSTE A ESPESSURA DD TRAÇO
ENSAIANDO FORA DO DESENHO, MAS EM PAPEL.
DO 'MESMO TIPO.
POUCA TINTA
EXCESSO DE T F'HA

;:; ~ de.
s-e~ e a_ de
~o­
~~~ e ' a
~~
para o--~ - · ·
··- ~ ~ f?t'r&,
18 Desenho Arquitetônico

IMPORTANTE :
I· ANTES DE COMEÇAR O TRABALHO 6 NÃO VOLTAR A TRÁS SÔBRE UM TRAÇO
LIMPAR A PRANCHETA. 7 NÃO USAR O TRIPL O OECIMETRO COMO
Z APONTAR TODOS OS LÁPIS, INCLUSIVE APOIO PARA TRAÇAR RETAS.
OS COMPASSOS. 8 NÃO CORTAR O PAPEL USANDO LÂMI NA
3 NO DESENHO A TINTA LIMPAR AS SÔBRE A PRANCHETA E NÃO USAR COMO
PENAS E VERIFICAR SE AS CANETAS GUIA A REGUA TÊ.
ESTÃO ABASTECIDAS 9 NÁO USAR O COM PASSO PARA ALARGA R
4 NÁO USAR A BORDA INFERIOR 0A FUROS .
REGUA TÊ . NUNCA. 10 LAVAR PERIODICAMENTE COM ÁGUA E
5 NÃO ESPETAR O COMPASSO NA SABÃO OS ESQUADROS, REGUA TE
PRANCHETA NEM NA RÉGUA TÊ. E O TR I PLO DECÍMETRO .

crcUe ~ ?nai.f>.l

O o·/II.q ~ v-i~ 4.rS' ,~


PROVIDENCIE ~ a. HAts de .Jo ~~rros
BOA ILUMINAÇÃO ! a:e ~ ~ ~Se t~
pc;e o- rcsi:,
; (vrt.h d a. prcut--
cÁe~ U't:â. ,CQ,eÇ4NDO 4 v/ST4/
E VEJA COMO VOCE SENTA :
ild ac- ~.

BALANÇO

REFLEXO
AQUI
FOR A DA
ESTÁ \
\
V I S TA
CERTO: /

CORPO COM
ESCORADO LIGEIRA PE APOIADO CORPO APOIADO
INCLINAÇÃO NOS ANTEBRAÇOS
E NÃO NO
T ORA X .
Desenho Arquitetônico 19

IIJUSTE o RIIIO DO COMPASSO


FORA DO DESENHO E USANDO UMA so· MAO.

f FECHA

MARQUE

COLOQUE A
O CENTRO AS S IM: +
PONTA DE AÇO (PONTA SECA) NO
CENTRO, FICANDO O LÁPIS NO PONTO MAIS
PRÓXIMO DE SEU CORPO.

PONTA DE AÇO E LÁPIS


PERPENDICULARES À
P R A N C H E T A.

A primeira figura desta página mostra


como o compasso tem seu raio
ajustado por meio dos dedos
indicador, médio e anular da mão
direita. Para o traçados dos arcos
usa-se o polegar e o indicador.
A finalidade da articulação no
compasso foi explicada na página 6.
Os bons compassos têm a agulha
afiada nos dois extremos, sendo
que uma das pontas apresenta um
rebaixo; ele evita que a agulha se
aprofunde demasiadamente, como
acontece quando se traçam vári as
circunferências com o mesmo centro.

PMi A u :; AR O EXTENSOR AS INSTRUÇÕES s.\0 AS


EXCETO A MANEIRA DE SEGURAR O COMPASSO.

A MÃO ESQUERDA MANTEiol A PONTA SECA


NO CENTRO 011 CIRCUNFERENCIA .. .

• . . A MÃO DIREITA loiOVIMENTA A OUTRA EXTREMIDADE DO


COMPASSO (LÁPIS OU TIRA LINHAS).
20 Desenho Arquitetônico

O compasso balaustrino é o instrumento de desenho que tem


a maior quantidade de nomes; aqui está a coleção mais ou
menos completa: compasso de círculos minimos, compasso -
-bomba, compasso de balaustre e até . o esquisito "esbilro".
Antes de usá-lo, defina o centro e, com a ponta seca, dê uma
leve espetada no papel para evitar que a agulha venha a escor-
regar do centro.

~/;(~~ ---------------

f)
NORMALMENTE O COMPASSO É USADO COM

~ GRAFITE DE PONTA CÔNICA

6-m._ casr:rs ~~ ~ <>-


~ e ~ ~, pO?:te-s--e
a·~~~­
'te,-n. .o- ~ -
Ek
~ de ~-s-e
PONTA SECA PONTA
00 BALAUSTRE EM B ISEL
~~ d-6-
~ a... ,ocntá- ~
PONTA DO B ISEL
FEITA EM
LIXA FINA .

Uma pessoa muito habilidosa e bem treinada pode usar o balaus -


trino com uma só mão, como mostra a figura ao lado. Quando
estiver desenhando à tinta tenha sempre à mão um pedaço de
pano de algodão. O pano velho e não muito fino é o que apre-
senta melhores resultados, pois é mais absorvente. Tamanho:
mais ou menos igual a um lenço. Finalidade : limpar os restos
d e t inta nos instrumentos de modo que eles estejam sempre
prontos para uso imediato.
Desenho Arquitetônico 21

CANETA GRAFOS

PARA ABASTECER

EMPURRAR COM CANIVETE O


PINO METALICO DO CONDUTOR .

NÃO FORÇAR
~-
p
s:
I
O CONDUTOR\/1
IJ
/~
NAO CEDER
DEIXE A
CANETA
"DE MOLHO" -._.-/ 1
DURANTE ALGUMAS HORAS

PARA TRABALHAR

1.2. COLOCAR A PENA

;:::-:::--/
,. """"' ."" ~ 32 LOGO QUE SURJA A TINTA
FECHE AS HASTES E RIS·

,i,~::·"'"g~/
~f\
QUE NO PANO, L I M P E

1?2/ ABERTAS ...


OS EXCESSOS DE TINTA.

A
?y- J ~
~
c-
SOBRE
.. E
SACUDIDAS
DAR

O PAPEL ABSORVENTE
42. ENSAIAR NO PAPEL ANTES
DE FAZERO DESENHO.

OU PANO .. . FORA DO DESENHO .

PARA LIMPAR
,4áUla. 2~3~ ~
~~ - de~ d4-~.
~ o- ~e ~-.:Y.
.4 Wnk ~ ~-w C8m.
~ ~ ~ ~ á.ica-r-
~ de ~ ( 1 ;;:u:v-té) e
~ (20~).

A limpeza das penas, assim como do tira -linhas, deve ser


feita com pano ou papel; nunca usar lâmina de barbear,
ca nivete ou simil ares. Se a tinta secou na extremidade da
pena, usar solvente, água ou o próprio nanq uim e, depois
de algum tempo, limpar normalmente. As penas das séries
A e T usam -se de modo diferente ao traçar. As da série A
são usadas da mesma maneira que o lápis ou tira-linhas. A T
As da série T apóiam- se perpendicularmente (giro de 90° em
relação à série A) e assim deslizam ao longo do esquadro
ou tê. V I S TA LA TERAL
22 Desenho Arquitetbnico

ERROS & CORRI!ÇOES


.,
ERRO MUITO COMUM. QUANDO HOUVER ERRO OU BORRAO NO DESENHO
A TINTA EM PAPEL VEGETAL .. .

PODE SER e SE POSSÍVEL, COLOQUE UM ~ PARA ABSORVER A TINTA.

/
PROVOCADO POR NÃO e:' ACONSELHAVEL PAPEL EM BORRÃO GRANDE.
EXCESSO DE TINTAlNOTIRA·LINHAS) e DEl X E SECAR BEM.
OU CANETA NA POSIÇÃO ERRADA : • RASPE, DE LEVE,COM GILETE FAZENDO UM MOVIMENTO
RÁPIDO DE VAl-E -VEM.
VOLTADA • PASSAR BORRACHA DE TINTA
PARA BAIXO NO LOCAL RASPADO
e REMOVER O PÓ COM ESCOVA

e DESENHAR NORMALMENTE .

DEVE SER ASSIM:

DEFEIT• ;- S A EVITA R Um aparelho que pouco se usa no escritório de desenho é a


raspadeira. espécie de faca curta e muito afiada, hoje substi-
tuída por lâmina de barbear, por pincel de fibras de vidro ou
por apagador elétrico. O apagador ou raspadeira elétrica é um
pequeno motor tendo uma haste onde se adapta a borracha de
tinta ou de lápis. Deve ter sido inventado pelo mesmo preguiçoso
que criou a escova de dentes elétrica I O pincel de fibras de
vidro é muito eficiente; tem apenas o inc;onveniente dos pequenos
f iapos de vidro que entram nos dedos, lembrando a "querida"
dor de dentes. e que são difíceis de serem extraídos. Finalmente
a prosáica e versátil lâmina de barbear do tipo comum é a

------- solução; ela faz milagres na mão do desenh ista habilidoso, desde
que o papel não seja ordinário.

Já dissemos que a ca neta de estilete não é indicada quando se deseja


31ta qualidade. De f ato. seu traço não apresenta a mesma nitidez e
egularid ade que o das penas da sé rie A (Graphos) ou um bom tira-
·linha s. É o que mostra a figura ; à esquerda está o traço irregular e
mpreciso de uma pena 0 .2 de estilete e à direita o traço 0.2 da pena A
1mbos feitos em papel vegetal e ampliados aproximadamente 50 vezes.
Desenho Arquitetônico 23

EXERCI CIOS As figuras desta página devem ser desenhadas ampliando seu tamanho para o
dobro. As setas da primeira figura indicam o sentido do traçado das linhas. Desenhar
a lápis observando a espessura dos t raços: finos, médios e grossos. No desenho
definitivo traçar em primeiro lugar as curvas e, em seguida, as retas. O desenho
deve ser claro, limpo e preciso.

NÃO

NÃO r
CERTO r--
TRAÇADO DE TANGENTES
I ~-~
I !
CERTO

'--- ~
45~--+-- 23

22 ERRADO
,., ' 29

_j_ ~3

r
-+-
-t i
I
i
i
22

I
3
4
66

I
27
I

.
I
+
__ ______ _ _ _ ___.
49
1
CAPITULO 4

NORMAS
DE DESENHOS
TÉCNICOS

O DESENHO TÉCNICO NÃO POOE


SUJEITAR· SE AOS GOSTOS E CAPAI• A NORMA BRASILEIRA DE DESENHO TÉCNICO E' A
CHOS DE CACA DESENHISTA, POIS É NB · 8R . A NORMA DE DESENHO AROUITET.ÔNI CO ESTÁ EM
USADO POR PROFISSIONAIS DI'{ERSOS
PARA A FABRICAÇÃO DE UM OBJETO FASE DE ESTUOOS.
ESPECÍFICO: MÁQUINA, CADEIRA, CASA

As normas técnicas francesas têm as iniciais NF; as alemães


são as DI N ( Deutsche I ndustrie Normen ou Normas da
Indústria Alemã). As nossas são as NB Normas Brasileiras;
o número identifica uma norma específica e a letra R no .L'
final corresponde à abreviatura da palavra "Recomendada" .
Trata-se, então, de uma norma já discutida e aprovada. PNB -43
significa Projeto ou Anteprojeto de Norma Brasileira; observe
que não existe a letra R, pois ela está em estudos. O número
43 refere-se a Desenho Arquitetônico, do mesmo modo que
o número 8 éJelativo a Desenho Técnico (NB-SR). As nossas
normas não têm força de lei. mas devem ser adotadas por
escritórios particulares, por repartições e firmas, pois são
ba seadas em pesquisas e são todas racionais e lógicas, tendo
por objetivo final a unificação e a ordem.

LINHAS Apesar da seriedade com que a AB NT (Assoc iação Brasileira de


ESPESSURA Normas Técnicas ) estuda cada norma, existem aqueles que preferem
adotar padrões próprios, voltando, assim à situação do século pas·
LINHA G R OS S A sado, quando cad a escritório tinha convenções próprias e ninguém
se entendia. Enfim, cada cabeça uma sentença, d iz o provérbio.
:;A:E DA M A:T~~I:R) Mas a idéia de criar padrões técnicos individuais em pleno século XX
diz muito mal dessa cabeça ou desse cabeçudo. Vamos ser coerentes
INHA FINA
ETADE DA ANTERIOft)
e adotar nossas normas, as N B.
,
NO DESENHO ARQUITETÔNICO EM GERAL. E O, 8 m m NA ESCALA DE I: 50
O, 6 mm 1:100
ésf;e ~.e'~~~ !Oe !l.

TIPO 5
LINHAS VISÍVE l S: TRAÇO C H E I O

,
INVISIVEIS: INTERROMPIDO

DE EIXO: TRAÇOS E PONTOS ---- --- -

24
Desenho Arquitetônico 25

FORMATO E DIMENSÕES DO PAPEL

o PONTO DE PARTIDA É O FORMATO AO (LEIA


A ZERO) QUE TEN I m2 DE SUPERFÍCIE E
os LADOS NA ltAZÃO DE I: Vz

E
e
ot
CXI

fORMATO AO
ESCALA 1:30
1189 mm

O formato A1 corresponde ao AO dividido


em duas partes e tem 0,5 m 2 (1 /2 metro
quadrado) ; o formato A2 origina -se da
AI
divisão do A1 em duas partes e tem 0,25 m 2
(1/4 de metro quadrado) .
A escolha do formato do papel não pode
ficar ao gosto de cada um. Deve -se con- A3
siderar: A2
1) Um(\ desenho, feito num determinado
tamanho, _reduzido fotograficamente à
metade do tamanho com sua escala,
ficará reduzido exatamente à metade. O desenhista deve procurar fazer
Isso significa que cada formato deve todas as pranchas de um projeto
ter a metade das dimensões do anterior, com um formato único, isto é, corrj
havendo múltiplos e submúltiplos. as mesmas dimensões) Nem sempre
2) Os formatos-padrões devem levar em isso é possível. De modo algum as
consideração as dimensões dos papéis pranchas de um mesmo projeto
(rolos e folhas) vend idos no comércio. poderão ter tamanhos diferentes.
3) As cópias são cobradas em função da Procurar-se-á, pelo menos, ajustar as
superfície em metro quadrado de dese- pranchas em dois formatos_ A
nho. É, pois, v antajoso que os formatos experiência ajudará muito na escolha
tenham 1m 2 , 1/2 m 2 , 1/ 4 m 2 , etc. do tamanho ideal.

DIMENSÕES DE PRANCHAS • MEDIDAS EM MILÍMETROS


o
REFERÊNCIA 8 c a
2 A O li 8 9 I68 2 15
AO 8 4 I I I8 9 lO 2!l o
AI 594 84 I lO
lO B
A2 420 59 4
A3 297 420 lO c
A4 210 29 7 % 'f-
AS 148 210 -5---'+-

PRANCIIAS I>E PRlil>OA.fiNÂNCi4 I-IO.Q./20A{T4C.


S4Õ FO/e.A.1.4l>4S T->€L.4 ~EPIE"T/ÇAÔ Dé FO~M4S
IGc./JÚS' OV t>o TAMAN~O V/2tNH'O ••• êNTGNlJéU?

A2 A2
CAPITULO 5

TIPOS
DE DESENHOS
E DE PAPÉIS

COMO NASCE O PROJETO?


terá grandes vidraças? Ficará no meio do lote ou será
Quando alguém pretende construir uma escola, um encostada num dos lados? A sala se prolonga pelos
hospital, uma casa, surge a necessidade de fazer o terraços e jardins? A cozinha ficará na frente ou lá
projeto. Sem o projeto não há possibilidade de ser atrás? Os quartos ficarão voltados para os fundos ou
determinado o custo da construção, a quantidade de para a rua? Ou para um dos lados? A sala terá a mesma
tijolos, de telhas, de azulejos, de cimento, etc., nem altura da cozinha?
o tempo que será empregado na construção. Existem dezenas de perguntinhas desse tipo para serem
Devemos esclarecer. logo, a diferença entre projeto e respondidas quando o arquiteto começa o estudo. E
planta. A planta ou as plantas são os desenhos, rolos todas as respostas devem ser justificadas; por que é
de papéis, onde estão representados aquilo que se assim e não assado? Aquilo de abrir um livro de projetos
deseja construir: o projeto. ou uma revista e dizer que deseja " uma casa igual a
O projeto é uma idéia. é o resultado da imaginação essa" é falta de imaginação, no mínimo. Isso nada tem
criadora, escolhendo entre centenas de fatores aqueles a ver com Arquitetura. Arquitetura é, antes de tudo,
que devem prevalecer. A habilidade e o conhecimento criação. O resultado de copiar ou plagiar o que se
serão as bases para equilibrar a Arte e as Ciências publica pode ser uma coleção de plantas, mas nunca
Técnicas no projeto. um projeto!
Se o cliente é uma pessoa aberta, sociável. acostumada Portanto, fazer uma planta está ao alcance de qualquer
a receber amigos, sua casa será completamente diferente pessoa, de qualquer profissão. Elaborar um projeto é
daquela onde o proprietário é um estudioso, retraído, alguma coisa mais séria e o arquiteto - ainda que
que gosta de ouvir música sozinho. A casa será clara, tenha muita experiência e capacidade - precisa parar,
aberta para a rua, de cores vivas ou será discreta, dando pesquisar, pensar, riscar, discu~r. e tornar a riscar. Duas,
para um pátio interno? Será rodeada de terraços ou três, dez, vinte vezes. Ou não se trata de um Arquiteto.

AS ETAPAS DE UM PROJETO
E OS TIPOS DE DESENHO

1) Os estudos preliminares suas primeiras " bolações·'' ou idéias. Pouco a pouco o


Cabe ao cliente dizer os objetivos que pretende atingir projeto vai tomando forma em esboços, novos esboços,
com sua construção. fornecer um programa ou lista de discussões e novos esboços. A tal ponto que ocorre
necessidades. fixar quanto poderá gastar e em quanto o fato de um esboço rejeitado, com poucos dias d_epois
tempo. No diálogo cliente- arquiteto vão surgindo pro- de feito, não mais ser entendido ou "interpretado" pelo
blemas e soluções. Ao mesmo tempo o arquiteto estará próprio arquiteto que o riscou. É uma_das razões porque
fazendo suas pesquisas e anotacões de modo a orientar os esboços são " passados a limpo".

26
Desenlw Arquitetônico 27

Alguns arquitetos
mais desligados dese-
nham nos forros de
por muitos estudos atê chegar à sua pri- pranchetas, nan mesas
meira repreeentaçio grAfica: o e s boç o. de ba r, nos guarJ ana-
são sinÔnimos: croqui , c roquis,boE pos de papel e nos a!
-
ra~, estudo preliminar, r a 6cunhn .
milarc e da outra ex
iates esboços s~o f eitos em "p apel tremidade .

2) O anteprojeto

(J asboyo- e· ·~ Wm.po- ··- umw ~ ~ - e dai s-wye CJ- ~·


c:t

(ú.Udadc a. ~ ~ ?t.Lfq JH?~~ o- !VOB .Q4t. att.da es-c.reven.do- ''a-nk-fYYJieh~l),~ e'


lZ SéGUNf)A ~ ~· (!) ~ e'tMn ~ a. -nuío- Úure, jeih
sem ~· " ~ d.e ~ .. jwn..h a..& ~ e, ;»r ~- tfei.h em
~. ~ ~ ~ e ~ pa/a.ti e pc:úa.td. Para ~.~·J>e os
~ ~ ~ ~ ?Uib : P).Q4/: C.4NS'OIY, FABI?/ANO, / N GRES, 5 0 /0a..Et? e ~
~ ~ 6 ankprojdo, ~- Jle Cú'~, s-e ~ . E~a .].4 ,/a..n.

3) O projeto O projeto, plano geral, ou projeto definitivo é desenhado a


instrumento; deve ser apresentado às repartições públicas e
servirá de orientação para a construção. A representação do
projeto é o assunto principal deste livro.

4) Os detalhes e os projetos complementares

O Projeto completo deve s~r


aco11panbado de detalhes construtivos( portas,
janelas,balc~es,armãrios e outros)e de esp!
cif1ceçÕes de materiais(piaos,paredes, fo~
ros,peças sanitârias,coberta,ferragene,etc)
Com estes dados preparam-se o orçamento, os
projetos de icstalaçÕeB!elêtr1cas,telef~n1-
caa.h1dro-eanithrin~t o proj~to e~truturalt
~ o mAi~ qun vi~r R n~r nooo~nhrio.
Todos ostes projetoa,ohamados '
"Originttis"t chegam à construção sob .Cormt~.
de "c6pies".geralmente feitas em "papel he-
liogrlfico". O papel heliogrâ!ico(tipo azul
ou preto) ê o resultado da ação quimiea do
amoniaco ea presença da luz ou Y1ce-verea.
28 Desenho Arquitetônico

Quando não há padronização pelos órgãos públicos (em


geral a Prefeitura Municipal) o tipo de armário para o
arquivamento definirá o local para colocação do chamado
"carimbo", isto é, o t ítulo ou a identificação da folha
de desenho. Para a mapoteca vertical a posição lógica
é o ângulo superior esquerdo da folha ou prancha de
desenho, pois trata-se do local mais accesslvel à vista
ao ser aberto o móvel. Quando se usa a mapoteca de
gavetas o carimbo será colocado no ângulo inferior
direito.
As dimensões, os dizeres e a divi são do carimbo serão 1'14POrECI1 IIO.Qi.zOIVr4t.
estudados no Capítulo 12, item G. ( [)€ GI111ET4S)

TIPOS DE PAPEL

Papel opaco - branco ou em cores. Por não serem Papel vegetal. É semi transparente, semelhanJe ao papel
transparentes. estes papéis são recomendados para manteiga, apenas mais espesso. Seu peso varia ·de 50
desenhos coloridos. Em geral o anteproj eto é feito a 120 g por m 2 • sendo mais usado o de 90 g/ m 2 .
nesse tipo de papel para valorizar as cores e apresentação. Serve para desenhos a lápis (usar grafite duro, F, H
M arcas e tipos comuns : l~wes, Fabriano, Canson, Piral, ou 2 H) ou a nanquim. A ceita o hidrocor mas não a
Schoeller, papel "guache", papel madeira e outros. As aquarela, n em guache. Não pode ser dobrado. É o mais
lojas e livrarias geral mente possuem mostruários. indicado para o desenho de projetos por ser resistente
As dimensões são de 50 x 70 em, para uns, e 1,00 x ao tempo e por permitir correções e raspagens. É
x O, 70 m para outros. vendido em rolos de 20 m, nas largu ras de 1.1O m ou
de 1.57 m e também nos formatos recomendados pela
Papel " manteiga " . Papel fino, semitransparente e fosco . ABNT, tendo as margens já impressas.
O tipo brilhante, usado para embrulhar manteiga e frios.
no varejo, é totalmente inadequado para desenho. É Papel heliográfico. Encontra-se nas cores azul, marrom
usado para esboços. estudos, detalhes. A ceita bem o ou preto. Uma de suas faces é tratada por processo
nanquim, o lápis (HB até F), o hidrocor, e não pode ser químico e reage em presença do amoníaco; essa reação
usado para aqu arela ou guache. Sendo um papel fino se faz em máquinas copiadoras. Somente os desen hos
não permite correções no desenho feito a nanquim, feitos em papel ma nt eiga ou vegetal podem ser copi ad os
salvo raras exceções. É vendido em folhas de 1.00 x por este processo. Existem diversos tipos de papel
x O,70 m ou em rolos de 20 m e largura de 1,00 m. heliográfico, desde os mais finos aos mais resistentes.
Seu peso está na f aixa de 1O a 45 gramas por m 2 .
CAPITULO 6

ESCALAS
NUMÉRICAS
E GRÁFICAS

No exercício do Capítulo 3 estão desenhados


uma lâmpada e um tinteiro. Essas figuras estão
representadas com suas medidas reais, isto é,
em sua verdadeira grandeza. Muitas coisas não
podem ser desenhadas em suas medidas reais.
Você já pensou em desenhar um automóvel
em seu verdadeiro tamanho? Certamente gas-
taria muito papel e . . . onde seria desenhado?
No chão? E se fosse um desses gigantescos
prédios de apartamentos da gloriosa civilização
industrial?

\liSTA SUPERIOR ESCA~A 1:1 OU ESCA~A NATURAL

ESCALA 1:5 ESCALA 1: 10

lls ~de~ UMA MEDIDA NO DESENHO


S'7:i:c- ~ C<n?r.. o- I
~~à.~: _I_=_D_•
s R A MESMA MEDIDA FEITA
NO OBJETO (REA L )

ESCALA E A

RELAÇÃO ENTRE CADA


MEDIDA DO DESENHO E
A SUA DIMENSÃO !lEAL
NO OBJETO.

29
30 Desenho Arquitetônico

AS ESCALAS DE REDUÇÃO MAIS USADAS SÃO


I: 2 ( NiO É RECOMENDADA PELA A. B. N . T. )- ! : 2,5 - I : 5 - I : I 0 -I : 2 0 - I : 2 5
1 : 50-1:100-1:200-1:500-1:1000

Além das escalas de redução existem as escalas de


ampliação. As minúsculas peças de um relógio não
podem ser desenhadas na escala natural e, muito
menos, em escala de redução. Elas terão de ser
ampliadas, como na figura.

...
PEÇA DO
R ELOGIO
DE PULSO

ESCALA 1:1
ESCALA 20:1
REPRESENTAÇÃO
SIMPLIFICADA

t..s escalas de ampliação recomendadas são 2 :1, 5:1, ~ ck


ll
10:1 , 20:1, 100:1 etc., de acordo com a NB -13 R - ~~­
Norma Brasileira de Desenhos Técnicos de Máquinas
~~
e de Estruturas Metálicas.
ser~
As escalas de redução e de ampliação são chamadas
na.. ~de
numéricas ou métricas.
lO : I,
~e~ unw.,
~ de

As escalas devem ser lidas 1 :50 (um por cinqüenta) , ~ lógico que quando se faz a redução ou ampliação
1:10 (um por dez), 1:25 (um por vinte e cinco), fotográfica de um desenho sua escala fica alterada.
10:1 (dez por um), etc. Uma casa desenhada na escala de 1 :50, reduzida
Em desenhos antigos pode-se encontrar, por exemplo, fotograficamente em 25% de seu tamanho, ficará
a escala de 0,05 (cinco centésimos). Se fizermos as representada na escala de 1 :66,6. Deve- se, pois, ter
operações encontraremos: o máximo cuidado de conferir as escalas numéricas
i ndicadas em livros e revistas. Esse trabalho é dis-
= ~O =
1
0,05 ou seja, 1 :20 na notação atual. pensável quando o desenho é acompanhado de
1 20
escala gráfica.

ESCALA GRÁFICA E' A


REPRESENTAÇÃO DA ESCALA NUMÉRICA

lm
I.-·. 0,5m O
íííl
lm
I
2m
I
Desenho Arquitetônico 31

Imaginemos um desenho que tem ao seu


ARQ(I/TéT(IIf!A lado a escala gráfica. Sendo ambos redu-
MO.b6RNA ... zidos ou ampliados fotograficamente, para
. .. ou isso qualque..- tamanho, suas dimensões serão
EST,~:~' [)G lidas imediatamente, bastando copiar num
C A8éCA pedaço de papel a escala gráfica e aplicá-la
PRA' B~tXo? sobre a figura.

~--
A escala gráfi ca da página anterior é a

.. .~--- <J <l


escala simples. Admitindo desenhada a
escala gráfica simples de 1 :20 não teríamos
condição de marcar com precisão a medida
Mostraremos a construção da escala de transversais para 1 :20. de 1,75 m, por exemplo, pois essa esca la
Inicialmente traçamos a escala simples, sendo, nesse caso, a somente apresenta uma decimal. Pode-
divisão principal igual a 5 em ou 1 :20 = 0,05 m = 5 em. Fare- ríamos, nesse caso, recorrer à escala de
mos traços verticais em cada uma das divisões principais. t..-ansversais.
Sobre os traços verticais marcaremos um segmento qualquer
a ser dividido em dez partes iguais por meio de retas hori-
zontais. Transportamos as divisões do primeiro segmento da
escala simples para a horizontal do extremo inferior. Traçamos
linhas oblíquas, isto é, transversais ligando cada divisão da
horizontal superior com a divisão seguinte na horizontal
inferior. Está construída a escala de transversais.

lm
~
0.5m o lm 2m

~- '
cJi /I ar7I ;·I···f-·I If iI
I b

I d
I
I i - - - - - ·· - --··-·- ···--· . -----
1 -r I I I I I I I I
o
0 .05m I 7 I I I 7 eT T T I I f N

i/! rg/ -f-TI f I ------· ----· ---


h
I i I I I I I I
II I i I I I -- -
I I I I I I 11 1
A leitura da escala se faz baseada em Assim

Divisões principais que representam a unidade de 1 ) O segmento ab representa 1 ,60 m.


medida (inteiro) . 2) O segmento cd corresponde a 1,82 m, pois o alg a-
rismo 1 é lido na d ivisão princ ipal, o 8 na divisão
Divisões do primeiro segmento que correspondem a decimal e o 2 na segunda horizontal (c) que cor-
décimos (1 / 1O) do inteiro. responde a 2 centési mos.
Horizontais que correspondem a centésimos ( 1 / 100) 3) O segmento ef mede 0,35 m.
do inteiro. 4) O segmento gh mede 2,57 m.

Resumo · { numencas
, . { de redução
de ampliação
Esca Ias
gráficas simples
{ de transversais

Cada folha de desenho ou prancha deve ter ind icada


em seu t itulo as escalas usadas nos desenhos, ficando
em destaque a escala principal. As demais escalas
serão repeti das junto a cada desenho.
32 Desenho Arquitetõmco

EXERCICIOS 1) Uma rua está desenhada com 12 mm de largura e mede 24 m. Qual a escala
do desenho?
2) Num projeto desenhado na escala de 1 :50 a altura de um prédio mede 18 em.
Qual a verdadeira grandeza dessa altura 7
3) Uma sala mede 6,20 x 3,80 m. Num desenho feito na escala de 1 :50 quais
serão as medidas?
4) Um objeto foi desenhado no formato A2 e em escala de 1 :25. O desenho é,
em seguida, reduzido fotograficamente para o formato A4. Qual é a escala de
redução dos formatos? Qual a nova escala do desenho? Qual o compri mento,
na fotografia, de uma aresta de objeto que mede 4,20 m em sua verdadeira
grandeza?
5) Construir a escala de transversais para o tftulo de 1 :25 e nela indicar os
comprimentos gráficos correspondentes a 2,93 m- 1.38 m e 0,45 m.
6) Construir a escala gráfica de 1 :2 000 e indicar os comprimentos de 1 870 m-
-2180m e 1710m.
7) Representar na escala de 1:10 os formatos de Al até A4. Ver figu ra e dimensões
no Capítulo 4.
RESPOSTAS
m n~m o lm 2m
5. ! I :
'
I

!
I

! !I iI i /: I 1' ...; - 2 .93m


i
1-e---+~---'-~---!--.---!'--;f--l-f-------=.....:._:__-l--------- -- . - ~

' I
I í ! i L +l-1--:--.,.,-- - -- -- ---t---- - - - - -- ---l 10
1 1
I j • / I J j I' 0 .45 m N
O . OSm+--r-+-+--+-e~---!~-4~----------~---------~
! i i I i
! : I ! T
I ' ! 1I I' ! I ! 1 7 ~--.- -·
-r - ------- -1- - - --
: : I : ~- t
i ' f i - - - ---;
H+r-_:__Ll~-------q;~--
t r r r l c1 - ~ - ~ -- r-- --- - -·-- ·-· --
lkm 0.5km O lkm 2km
6. I i !' II , 1.710m___ _
J------!'----c~l)--+
1 -- I i ------~-----·--------
o
-i-----!-_J_+-_j__ ;_ __ _ j __j ·- -· - --- - + - -- - - ·--··--- o
__L I ; I i ; I ; --,
_J_-;
H-------
o
;·! ' i : : I ' I ! -+-~~-+1-------------1--------- ---
Cll
:>.05k
W---~ - - f--+----1.-1. _;_ --1--/
ll. @ _; :
--+ ----- ··- -- . ~- --- -------·- ---1
1
1 : '
~-~,~ --- j---+--1-~r+rt-
I
1
I
i
· f
;
i

--------------··-·-·- --
1.8 7 0m____ __
21 80m
ü ----------- - - - -- --

---- - -_-_-__---- '


-'------1

AI

7.
A2

A3
Respostas
1) Medida no desenho: D = 12 mm ·
Medida real: R = 24m = 24 000 mm I A4 A4
D 12 1 I
Portanto: - = - - - = - - I
R 24 000 2 000
Resp osta : escala 1 :2 000
2 ) 9 m. 3) Sala de 12,4 x 7,6 em. 4) Redu ção de
1 :4; escala 1 :100; comprimento 4,2 em.
·;(J
CAPÍTULO 7

LETRAS
E ALGARISMOS.
CALIGRAFIA TÉCNICA

LETRAS E ALGARISMOS
PODEM SER DO TIPO

FANTASIA
USADAS EM PUBLICIDADE,
EMBALAGENS, LOGOTIPOS, ETC.

OU DO
TIPO
'
TECNICO
OU BASTÃO, RECOMENDADO
PELAS NORMAS BRASILEIRAS
DE DESENHO TÉCNICO: NB - SR

TIPO INCLINADO:

- bfxcdefghi} k/mnopqrstuvwxyz/234567 .
ABCDEFGH/JKLMNOPQRSTUVWXYZ89 ·

TIPO VERTICA L :

_::ab cd_ef_g_hij kl tttnopqrs tuvwxyz 123456T


ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZB~
33
34 Desenho Arquitetônico

~ e' fe.i!:c- a. '11ui4- ~


d<z,o.e-s-e da..r ~ a#
/'"
t:pc- ~ <m.de crs ~­ /í/ /'~
w ,- '
cks-t~ dA
?tc'S ~ ~ -r
~~- 4!:)'
1'Lc U.po- ~
S't~ ~~-
lcy
r:\ ... de
V ~h:::. ~~
Pa..,ro._ o
r~-<
~/'HASTE
8 C?n PARA
' - ~ RETER
TRAÇO GROSSO~ A TINTA

® ... +·
upo- "r._-/}d- lí/1·.
r--~ _.·/ :
(/ 1. '

~ ~-

,__... PARA TRAÇO Fll\10

~ ''h.."
2·~
em 3
~
~
~ ~,
a.
L
/
a_~

~
1/3 -
- ----· ~3h
e - - ----
------ -- - --
r L

~v-~

~a. o-u.. ~
4 • . . . a.,
&eupa.I I .3/ p..a...ra_
~ a«.. ~ ~cr.

h
A MAIORIA DAS LETRAS PODE
___._..~~~- SER DESENHADA A PARTIR DA
CONSTRUÇÃO DE UMA OVAL

f!iaBlJ6f1dEebTti
VEJA AS EXCEÇÕES:
Desenho Arquitetônico 35

(j)A~ do-~é~ a:
lj-; do.. ~.

0~···
... ~ cU- ~ : t/r a.te' 2;;- h.
~ ~
... ur.t:r.e : 4/; h.
. .. ~ ~ 1xt3es da-s left.as : I I/~ h.

@)!Vas~ ~o­
~ e' de T~ . ••
0

&rdar~~~­
~ de ''aparecer '' m.a.i.r
cfc. 9U(? o- ~~ ~~lc.o:

0 ... TIPO "ARANHA'' COM


RÉGUAS DE LETRAS GRAVADAS

,
E O TIPO MAIS CARO
E O DE M E L ti O R E S
RESULTADOS
36 Desenho Arquitetônico

P120Cl/Ré CO(..OC4R AS LETI<AS


SEGUNDO t.iNHAS /IORiro.-vr4is;
NAÕ SENDO POSS/Vé( SÍGA FlS
iNOiCAÇO'"éS [).4 FÍGC/~4

Um dos melhores exercícios, para o desenhista


habituar-se a traçar letras e algarismos com rapidez
e regularidade, é decalcar em papel manteiga um
texto escrito em máquina de escrever.
Somente depois de conhecer bem o traçado das
letras normalizadas é que o desenhista de Arquite-
tura deve partir para criar sua própria "caligrafia"
com letras de imprensa. Isso se não desejar usar
a caligrafia técnica .
.J'o
()

EVÍT4~ ESCREVGR
NESTA DiRECÁO.
,

Para o desenho de letras em tamanho grande pode-se Quando o desenho é feito a lápis pode-se usar espessura
traçar um quadriculado, como nos exemplos abaixo. mais fina de letras do que a recomendada. O normó-
A diferença entre 1/ 3, que temos recomendado para grafo dá excelente acabamento ao desenho ma s, em
a pauta, e os 2/7 desenhados na figura, é desprezível, geral, toma mais tempo. O principiante deve observar
quando se trata de letras menores que 2 centímetros que o bom desenhista faz deslizar a aranha (lembra
de altura. uma valsa I) sem forçar, sem empurrar o instrumento.
CAPITULO 8

DIMENSIONAMENTO.
COLOCAÇÃO DE
COTAS NO DESENHO

I
COTAS SÀO OS NU MEROS
QUE CORRESPONDEM A UNIDADE USADA é o METRO
AS MEDIDAS . ou O MILÍNIETRO (MENOS UTI LIZADO).

_./LINHA DE
/ EXTENSÃO OU Os desenhos de Arqui t etura, como
2 . 00 .. 1 LINHA DE
1.... os demais desenhos técnicos,
"" REFERfNCIA devem trazer corretamente
LINHA DE MEDII)A
indicadas t odas as suas medidas.
OU LINHA DE COTA
Qualquer medida errada ou mal
indicada dará sempre prejuízos
e aborrecimentos.

No desenho ao lado aparecem as indicações corretas


de cotas em diversos exemplos.
As cotas devem ser escritas na posição horizontal, d e
modo que sejam lidas com o desenho em posição
normal, colocando·se o leitor no lado direito da pran cha.
Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas repre-
1. 30 sentam a verdadeira grandeza das dimensões.
1.. 0.70 ~1 Evite o cruzamento de linhas de cçta. ~ importante!
/.55

AS SETAS PODEM SER


SUBSTITUÍDAS POR :

-------<+
..--+

37
38 Desenho Arquitetônico
,
PRINCIPIO&
GERAIS:

DE
COTA COMO
AS COTAS
05 ÂNGULOS hECES- COHTÍNUAÇAÕ
AS LiNHAS 5ÁRi~S
S!i:RÃO
1>1: COi.A _seRAo D~ LitH-\A
MEt>ioos
ll'l[)icAoAs
EM GRAUS,
E>CCEiO NAS
C0.9ERTAS
E RAMPAS

AS COTAS P~EVALECEM
S08RE AS MEDiDAS
CAl.CUI.AOAS COM BASE
NO t>ESENHO

DE COTA
PAQAL.ELAS
DE'IEM SER
ESPAÇADAS
.IGUALMENTE

Existem outras regras igualmente


importantes :
1) As cotas de um desenho
devem ser expressas na
mesma unidade.
2) Uma cota não deve ser cruzada
por uma linha do desenho.
3) As linhas de cota são 6) No caso de divergência entre
desenhadas paralelas à cotas de desenhos diferentes,
direção da medida. prevalece a cota do desenho
4) A altura dos algarismos é feito em escala maior. Por 4.20
uniforme dentro do mesmo exemplo, há divergência de ~-- ~-----.
desenho. Em geral. usa-se a cotas numa medida indicada
altura de 2,5 a 3 mm. nas escalas de 1 :1 O e 1 :200.
Para. ~ oq,
~~CQ/' um-a..~:
Será considerada válida a
~ Cl,. ~da..
cota escrita no desenho feito
~o-r pM' IUTl- ~
na escala de 1 :10.
o~J,i,i~ e ~
a.. nova- ayéa,

~ ..
t-----.J~----+r
Desenho Arquitetônico 39

POR FAVOR, EVITE

ESTES ERROS:
~
~
l-4 3.30 ~
~Q
14- 1.80
4

r~ ~
.
1.40
-4 ~

1.40
I,. •I
EXERCICIO
Para testar sua capacidade de
~
D observação, o leitor deverá
identificar os erros cometidos
na figura desta página.

3. 20 mts.
14----! 00 I

0,70

Respostas (da direita para a esquerda e de cima para


baixo) :
1) Medida 3,30 cruzada por Iin ha de cota. As extre-
midades das setas são diferentes. 2) Os algarismos
estão muito afastados da linha de cota de 1 ,80. As
setas estão diferentes. 3) A cota 0,70 deveria ser escrita
de baixo para cima (sentido inverso) de modo a ser
lida pelo lado direito da página. 4) A cota 0,85 deveria
ser escrita paralelamente à linha de cota. 5) A linha
de cota correspondente a 1.40 está desenhada com
traço grosso; as setas deveriam ter suas extremidades
nas linhas de referência. 6) A segunda cota de 1.40
deveria ter sua linha de cota em traço fino. 7) A cota
0,70 deveria ser escrita fora da figura. Sendo necessário,
escrever uma cota dentro de uma área hachurada. com
traços paralelos (dev e-se interromper o hachurado ao
redor de letras e algarismos). 8) . A abreviatura de
metro é m, letra mínuscula (sem ponto de abreviatura,
sem t e sem s !) . ~ a lei metrológica brasileira. 9) No
último d esenho, a cota 1,50 está cruzada por linha da
figura. As linhas de referência da cota 0.70 cruzam a
linha de cota de 2,00.
CAPITULO 9

SISTEMAS
DE REPRESENTAÇÃO

~iL
AS PROJEÇO-ES ORTOGONAIS DA GEOMETRIA DESCRITIVA SÃO
USADAS NO DESENHO ARQUITETÔNICO APENAS
MUDANDO OS TERMOS TÉCNICOS .

VISTA DE LADO

PLANTA DE COBERTA

40
Desenho Arquitetônico 41

0 c o

Nestas figuras, tal como na página anterior,


B tudo se passa como se a casa fosse movi-
mentada da posição 1 para a 2, passando
pelas posições A e B, desenhadas ao lado.
Em seguida a casa passa da posição 2 para
a C, D e, finalmente, 3.

A figura da página anterior está


representada aqui em projeções
ortogonais. Em Geometria
Descritiva o número 1 seria a
projeção horizontal e o número
2 a projeção vertical. A linha de
terra não está desenhada por
ser desnecessária. O número 3
corresponde à projeção de perfil.
Os desenhos 1, 2 e 3 são
exatamente os mesmos em
Geometria Descritiva e em
Dese:1ho Arquitetônico ; apenas os
nomes ou termos técnicos é que
são diferentes.
42 Desenho Arquitetônico

Um objeto poderá ficar claramente represen-


tado por uma só vista ou projeção. Esse foi
o caso da lâmpada incandescente apresentada
como exercício no final do Capítulo 6 . Muitos
objetos ficarão bem representados por meio de
três projeções ou vistas. Haverá casas ou
objetos que somente serão definidos com o
uso de maior quantidade de vistas. As figuras
mostram quais seriam as outras vistas.

/f ) \~
DE CIMA

VISTA POR TRÁS

V I STA DO
LADO DIREITO

VISTA 00
LADO ESQUERDO VISTA DE
F R ENTE

As Normas Brasileiras NB -8R


estabelecem a convenção,
usada também pelas normas
italianas, alemãs, russas e
outras. em que se considera o
objeto a representar envolvido
por um cubo (figura ao lado) .
O objeto é projetado em cada
uma das seis faces do cubo e,
em seguida, o cubo é aberto
ou planificado. obtendo-se
as seis vistas. A seqüência
e colocação dessas vistas é
mostrada na página seguinte.
Desenho Arquitetônico 43
VIST A INFERIOR
(RARA MENTE USADA)

LAT ERAL
FACHADA
~
OI REI TA
~o !'ACHADA POSTE RIO A

\
\
@
I
I
-~ ~\ ~ [i]_
0 01 i\ ®\ ®

PLA NTA DE COBERTA


/
v[] \I\ ....... \FACHADA

PRINCIPAL
LATERAL

ou
ESOUER DA

FRONTAL

A prática mostrará que esta ordenação e colocação das


vistas - embora importante como racionalização - não
pode ter maior rigor no Desenho Arquitetônico, pois os
desenhos costumam ser feitos em folhas separadas. Exata-
mente por essa razão, podemos simplificar ou abreviar a
convenção ; na figura abaixo o observador, estando fora
da casa, vê a frente dessa casa (seta n." 2). Quando o
observador caminha para o seu lado esquerdo vê a casa
no sentido da seta n. • 3. Continuando a andar em volta
da casa ou do objeto terá a vista por trás (n.• 6) ou vista
posterior. Ao prosseguir seu caminho chegará ao lado
direito (n.• 4) e dai retornará ao ponto de partida. Em
resumo, as vistas ou fachadas laterais direita e esquerda
referem-se à direita e esquerda do observador.
44 Desenho Arquitetônico

EXERC{CIOS

Apresentamos, nesta página, dois projetos,


sendo cada um deles representado por
duas perspectivas. O leitor deverá desenhar
cada projeto, na escala de 1 :100, apresen-
tando planta de coberta, fachada principal,
duas fachadas laterais e a fachada posterior.

-t o.so o 80 I i: ..L I
B I I I. I ~"t-~-2-
. o-o-J-t-
1,30 0 .80 1,30 .3.50 2.50

Usar papel no formato A3 ou de 35 x 25 em.


Sugerimos fazer, antes de desenhar a
instrumento, um esboço a mão livre de
tod as as plantas e fachadas com a indicação
das medidas.

Embora quase todas as medidas estejam


indicadas nas perspectivas, deve-se consi -
derar normal algumas divergências entre
os desenhos do leitor e as respostas apre-
sentadas na página seguinte.

c
120t
0.40

1.20

o +---+ --~--------~~-----------------+~
L SO 12.9 0
00 5
' I
~ c.
'\,-l..
i.
I ,-t~ ~
L.----------1
'
RESPOSTAS DA PÁGI NA ANT[IUOR
''
''
'

I I jll
"FACHADA LATERAL
I< I
DIREITA
L----------,-- - ~-~
'''
I
I
I
I
I
!<\[ .·-
FACHADA LATERAL
li
ESQUERDA
' I li 1.-< J
FACHADA POSTERIOR
I

PLANTA DE &k ~ i rea.~ bli=/ck / ~ afe.s>tz-


COBERTA 'ltMne .soe o1'8U... ~ ~ ~ C8h1. as
ESC.1:200
'\,-1.. ~ Fa.çcz. """- 1UJ(Jt1- ~ ~.,..,.,.,.-
~ ~
,...-·~:..~

't..""'i.~
\

~:
I 11 ----------------
...
'
M~e~~ I I
~~~
~de ~ 4nrt FACHADA PRINCIPAL
ew CONVeNÇÕes de-
~~
~da.,~
~-~~
~ a:,.~
~ .,.er ~~
~~.C#m ~
~· -~

~ ~ de lJottçc; ~
FACHADA POSTERIOR
y
PLANTA DE COBERTA e ESCALA 1: 200
'='
l!l
~
~
~
~ ~
;:

·. . . . .. .. •'• ' õ.
:::r
·• !'i)•
o
~
FACHADA LATERAL DIREITA FACHADA LATERAL ESQUERDA FACHADA PRINCIPAL VI
CAPITULO 10

REPRESENTAÇÃO
DE UM PROJETO

A Planta de coberta. ou vista


superior, (n. 0 1 nos desenhos do
capitulo anterior) é um dos tipos
de planta ou projeção sobre o
.. plano horizontal. Os mais usados,
que serão estudados em seguid a,
são
PLANTA DE COBERTA planta de coberta
DE CIMA planta de locação
planta baixa
planta de situação

- - - -- - - - -- -- - -,

A planta de coberta, em geral. é


desenhada na escala de 1 :1 00 ou
1 :200. Quando são necessários
maiores detalhes usamos a escala de :::'' ________ _ '
- - - _ _ _ _ _ __ ...J
1 :50. Tratando -se de coberta muito
simples poderemos usar as escalas
de 1 :200 ou 1 :500. PLANTA DE COBERTA • ESC. I : 100

46
Desenhn Arquitetônico 47

• A PLANTA DE . LOCAÇÃO ~
ptTS.iljác 1114. ~
Q. . d~ &:4
~- Par:4-~ fre,.tr ~ ~
~ C4'Wl. c:z. ~ q c:z. c.crber-la.:

Na página anterior e nesta,


como se trata de uma vista
superior, o observador vê em
primeiro lugar a coberta. Nessas
figuras a cobertura avança
além das paredes, de modo
que o contorno destas não
será visto do alto. O contorno
das paredes - quando oculto
pela coberta - é desenhado
com traços interrompidos,
curtos e
finos.

A planta de locação ou, simplesmente a locação, não se


limita à casa ou construção. Ela deve mostrar os muros,
10.00
os portões, árvores existentes ou a plantar, um ponto de
referência que desperte interesse, a calçada ou passeio
e - se necessário - as construções vizinhas.
-<>--
t
A planta de locação serve,
normalmente, como ponto de
partida para a marcação ou
locação da construção no terreno.
As recomendações que fizemos
na página anterior sobre as escalas
das plantas de coberta são
aplicáveis às plantas de locação.
$ ,.1. -- -- - -- -- -,
Observe, no desenho ao lado, que 2 .00
o 1
os afastamentos da construção C!
o
são medidos do muro ou de seu ...
eixo até a parede. Não seria
correto indicar o afastamento
t -t
entre o muro e a extremidade do
telhado ou da coberta, pois as ' NOR .
paredes serão construídas antes ''
'
c ---- - - - • ..J
da coberta. Além dessa seqüência
da construção, pode-se admitir
o
pequena variação na colocação
das telhas, sem maiores
,~
conseqüências, o que não ocorre .'--"
com a posição das paredes. f

CAL.ÇADA
PLANTA DE LOCAÇÃO E DE COBERTA MEIO FIO

ESCAL.A 1:200 R U A
J Desenho Arquitetônico

PLANTA BAIXA

'•
I

-~~ ct.
~~do-~
cú ccrég ~ ...

... ~~
~~
~.
Desenho Arquitetônico 49

Planta baixa
Consideremos, agora, o plano de
corte. Nele estão as paredes,
portas e janelas, assim:

No desenho técnico, a
representação da planta é a
da figura abaixo. Nele
acrescentamos (não é
obrigatório!) o quadriculado
correspondente aos pisos
do terraço e da sala.

r-R_O_J~I;~O- !l~ f~BJI!T_A __ _ __ _ _ _ _ ~


I

PLANTA BAIXA
s A L A Na maioria dos desenhos de Quando há necessidade de ind icar numa
pla nta os m ateriais do piso. das pared es.
projetos arquitetônicos é
do forro, etc., pode ocorrer que o co mparti-

~"
usada a escala de 1 :50. mento d esenhado é peq ueno para con ter
Quando se trata de um a l ist a o u especifi ca ção .de ma teriais. A

•J
cha mada " planta fa lad a· é um desenho
projeto onde aparecem
onde são indicados os diversos materiais
DEPÓSITO poucas paredes, e os de aca ba ment o. No Capitu lo 12 estuda-
1 compartimentos são remos melhor esse ê:ISSu nto.
grandes, pode-se usar a A pl anta de situação indica a forma

escala de 1 :100, detalhando, e as d im ensões do t erreno, os lotes


e as q uadras vizinhas, a orientação
na escala de 1 :20 ou 1 :25,
ri E R R A ç ( os compartimentos que se
repetem (módulos) ou as
( Norte), o re levo do terreno, as ruas
de acesso à constru ção, pontos de
referência que interessem ao serviço,
1 etc. Em gera l, elas sã o d esenhadas
partes mais complexas.
na escala de 1 :500. 1 :1 000 ou
I 1 :2 000 e d evem ab ranger uma área
I I I I
I relativamente grand e.
I I
I I
-- ---- -- - - - - -- - -- _ _ J
____,)
J
L- - ----
..____ _ _
~
~ORTE

~
ENTRADA
:;)

PLANTA BAIXA IZ
c
ESCALA I : 100
u
c
a
z
PLANTA DE SITUAÇÃ c
:li
ESCALA I 000

NORTE
) UJ
o

"'
11:
Q
C( c BECO DO PIRUL:TO
~ J
o IZ

QUADRA B
50 Desenho Arquitetônico

Na grande maioria dos casos, as plantas e


fachadas não são suficientes para mostrar as
divisões internas de um projeto de arquitetura.
Para indicar bem os espaços internos, são
necessários os cortes feitos por planos verticais.

CORTE
PLANO VERTICAL

Na figura acima está o plano AB onde


No desenho acima está a parte que foi "reti-
aparecem, em traço mais grosso, as partes
rada " para permitir a observação do corte AB,
cortadas (ou seccionadas) pelo dito plano
desenhado na página seguinte. Se quizéssemos
vertical. Mais adiante do plano AB avista-se
a representação daquela parte retirada teríamos
uma porta e depois uma parede (lado
o corte BA, ou seja, a primeira letra do corte
esquerdo da figura) , ambas correspondentes
está à esquerda do observador e a segunda
à sala.
à sua direita. Na página seguinte, o corte BA
está desenhado na escala de 1:100. As normas
brasileiras recomendam o uso de letras conse-
cutivas para a indicação dos cortes. Indicações
como AA', BB ' podem dar margem a equívocos,
pois o sinal ' (linha) pode ser confundido com
um borrão na cópia.
Desenho Arquitetônico 51

Para o desenho do corte admitimos que a planta


L----+-~..............~-----T esteja representada e nela marcamos a posição

~--~1-- .J::~:~-- _·_:___ jf_11SC." ,,,


do plano vertical AB : um traço longo e dois
curtos à esquerda e à direita. correspondendo A
e B. As retas atingidas pelo corte são levadas
I I
I
(ver seta) até a linha de terra LT e prosseguem
I
I para cima. Acima de LT marcam- se as alturas,
I
I do piso. das portas. das paredes e telhados. A
s A L A I
I seqüência das operações no desenho será mos-
I

r-" I
I
I
I
I
t rada no Capítulo 12 (item B) .

I
I
I Na prática evitamos desenhar as linhas de chamada
................-,
I
I
-._'\?EPÓSITO I
- ---- I por cima da planta. Estando já t raçada a planta
I I
A I I 8 baixa. que é o primeiro elemento a ser desenhado
I I
I I
I
I
num projeto, marcamos a posição do corte e
colocamos um pedaço de papel manteiga sobre
a planta.

A B

A B

~--El-·
llJ CORTE BA
52 DesenhtJ Arquitetônico

O desenhista deve c6nhecer muitos termos


técnicos de modo que possa falar e entender
a mesma linguagem que o arquiteto. Eis alguns
novos:

CORTE AB • ESCALA 1:50

BEIRAL
p~ seúi-
eni:e .:ú
~d.o-.
P,..-crá.:re ;
c~a. \
~e '-... "
a- s-o-{ - ~--

~o
EMBASAM€."

~-A=--O - - OS ELEMENTOS CORTADOS


PARA OS PELO PLANO SA-0 FEITOS
TRAÇOS NOS
CORTES:
COM TRAÇO GROSSO.
NAS PARTES RESTANTES
USA·SE O TRAÇO FINO
Desenho Arquitetônico 53

A figura mostra outros termos técnicos. Devemos lembrar '


que a terminologia adotada pelas Normas Brasileiras,
embora coincidindo com a de muitos países, é diferente
daquela ainda em uso por algumas repartições (cartórios
e prefeituras, por exemplo). Assim quando a norma fala
de fachada lateral esquerda, o cartório diz "lado direito",
tanto para o lote como para a casa. A mesma confusão
existe para o lado direito (felizmente os termos coincidem
quando se trata de frente e de fundo).

PASSEIO OU
CALÇADA

ALINHAMENTO, T!STADA
OU FRENTE DO LOTE

Na prática profissional, é habitual desenhar as fachadas


em pedaços de papel manteiga colocados sobre a planta,
como deixamos expl icado em página anterior ao estudar
os cortes. Damos na página seguinte a disposição das
quatro fachadas de uma construção, relacionando-as
com a planta e seguindo as regras da Geometria Descri-
tiva. Notar a presença de linhas de chamada, de proje-
tantes e de rotações. Observe, nos exemplos, a aplicação
da .. .

PARA OS , . AS PARTE;> MAIS


TRAÇOS NAS PROXIMAS DO OBSERVADOR
FACHADAS: SÃO. DESENHADAS COM
TRAÇO GROSSO.
REDUZIR A ESPESSURA DOS
TRAÇOS NA MEDIDA EM QUE
ELES ESTÃO MAIS DISTANTES
DO PRIME I R O P L A NO.
54 Desenho Arquitetônico

. v~ ?ta~~
~ ~par!L
<n~~~.

OISPOSIÇÁO DAS
FACHADAS CONFORME A
G!OMETIUA OESCIUTIVA 3.LS30 lrOVHOV.:I 00 1101113.LSOd 'ltO'ItHOV.:I

..,
J> r - .- - - -- -- ------- - 1
n r I
:t
J>
o
J>

BJ ....LLI
J>
-t Q:
ITI
::0 o
J>
r
m
(I)
-
z

C(
o ....
c: i:ij
m Q:
::0
o o
J>
..J
C(

....... a:
(I)
c
....LIJ
C(
r ...J
,.
·I

'- C(
I _____ _ __ _ j I o
L---------------- - C(
:X:
o
PL ANTA
ESC . I: 100 NORTE
) it

FACHADA PRINCIPAL {LESTE)


Desenho Arquitetônico 55
.. Em livros antigos são mencionados o corte transversal
(corresponde ao AB nos nossos desenhos) e o corte
longitudinal. Eles são perpendiculares entre si. Numa
casa de planta quadrada qual seria o corte transversal?
A escolha da posição para os cortes depende de diversos Não há um critério racional para defini- lo. Mas, resol-
fatores. O corte deverá mostrar as alturas de portas e vendo isso, por um critério qualquer, surgirá o problema
de janelas, a altura do forro, a inclinação do telhado e de marcar a posição do corte na planta. Essa posição
outros detalhes. As repartições públicas encarregadas de será indicada por meio de íetras consecutivas. Logo,
examinar os projetos costumam fazer exigências sobre torna-se desnecessário dizer corte transversal AB, pois
a localização dos cortes. Por exemplo, devem passar ·'corte AB" tem o mesmo significado.
pelas escadas mostrando os degraus, deverão mostrar os
sanitários, etc. Enfim, a experiência será melhor conse - Os dois assuntos que se
lheira. seguem poderão parecer
difíceis numa primeira
É muito comum a c~>nfusão que se faz entre corte e leitura. Não haverá
secção ou seção. A rigor são representações diferentes prejuízo se forem estudados
de uma mesma operação de cortar ou seccionar (Geo- em outra oportunidade. O
metria Descritiva). Assim, secção é a representação da leitor poderá passar
parte seccionada. Ver seção AB na figura abaixo. Corte diretamente para o capítulo
é a representação dos elementos seccionados e mais seguinte.
as partes vistas adiante do plano do corte. Ver corte
AB, abaixo. No caso da planta abaixo, de forma irregular,
o corte torna a representação um pouco complicada;
nesses casos sugerimos desenhar a seção.

,__._,-
r-------- - -~

'
-..:.·.-~

c o

PLANTA BAIXA ESOUEMj(TICA


l A

···-. -- - . . - -------------
56 Desenho Arquitetônico

Em alguns casos poderá ser conveniente reduzir a


I r-:
I. I.
quantidade de cortes - sem prejuízo da compreensão
do projeto - fazendo uso do chamado "corte que-
brado". O exemplo a ser apresentado não justifica o E c
corte quebrado e serve apenas para ilustrar a técnica
da representação. Inicialmente, admitiremos desenhados
r---------- ------ --' ---- .-------
'
1) Planta baixa ''
2) Corte AB
3) Corte CO S A L A

4) Corte EF
Os cortes CD e EF serão desenhados tal como foi
exemplificado para o corte AB na página 51 . Ver pri-
meira e segunda etapas na figura abaixo.
DOEPÓ"'O

TERRACO

I I
'
'
'L-- -- --- -- --- ------------------
1
'

PLANTA BAIXA
ESCALA I : 100

Lltic 11.4. ,al.:ur.Já..· X

.L R

~ AB

~ na_~ : Yt

~~~-------+--------

L o
i

CORTE AB CORTE EF
Desenho Arquitetônico 57
G

A planta mostra a posição do corte GH. Observe a


maneira de indicar o corte quebrado; traços fortes fora
da planta e traços finos dentro da planta, ambos com
traços longos e dois curtos. O corte quebrado GH é

SALA
I' uma espécie de soma dos cortes CD (parcial) e EF
' (também parcial). É claro que, na prática, o corte GH
seria desenhado sem que fossem sequer traçados os

h cortes CO e EF.

l
b DEPÓSITO

!'
L
I

-- u
TERRAÇO
I I
''

I I _j

I CORTE GH
I

Nos desenhos antigos era hábito indicar a re-presentação


dos alicerces ou fundações, abaixo da linha do terreno.
H Com o hábito corrente de preparar um projeto de
estrutura, o alicerce ou fundação é detalhado nesse
PLANTA • ESCALA I: I O O
projeto estrutural e, por esta razão, deixou de ser dese-
Outro caso especial é a fachada em desenvolvimento. nhado nos projetos de arquitetura.
O termo pertence à Geometria Descritiva e significa
planificar ou tornar plana, desenvolver ou desdobrar
a superfície de uma figura sobre um plano único. No
Capítulo 9 vimos o desenvolvimento do cubo dos planos
de projeção. A mesma idéia é aplicada na representação
das fachadas quando a planta é irregular e apresenta
trechos curtos e oblíquos.
No exemplo ao lado, o desenho das fachadas A D e
G seria normal ; entretanto as fachadas B, C, E e F
representam, isoladamente, trechos de pouca signifi-
cação. Assim, a fachada A será representada com o
trecho B à direita, ou a fachada D será representada
._ E
com B + C à esquerda e os trechos E + F à direita.
Ou poderemos, igualmente, fazer a fachada G em desen-
volvimento, tendo F à esquerda. São alternativas corretas.
Evitem-se, pois, trechos curtos de fachada em desenhos
isolados, a menos que se trate de paredes perpen -
diculares entre si, como o exemplo da fachada N, D
abaixo.

--)
M

N N
FACHADAS

PLANTA

FACHADA D - EM DESENVOLVIMENTO
CAPITULO 11

SÍMBOLOS
GRÁFICOS

O Desenho Arquitetônico, por ser feito em escala redu- t imprescindivel que o desenhista conheça os símbolos
zida e por abranger áreas relativamente grandes, é gráficos do Desenho Arquitetônico, bem como suas
obrigado a recorrer a símbolos gráficos. Um lavatório, dimensões. A princípio haverá dificuldade para decorar
por exemplo, pode ser representado nas escalas de tantas medidas; com a repetição tudo ficará gravado
1 :1 ou de 1 :5 com todos os seus arcos e suas curvas; na msmória. Muito ajudará, neste sentido, se o leitor
a maioria delas não pode ser desenhada na escala de se der ao trabalho de tirar pessoalmente as medidas
1 :50. Seria um trabalho penoso e demorado, sem neces- das coisas e dos sfmbolos apresentados adiante.
sidade alguma, uma vez que o dito lavatório pode ser
simbolizado por uma figura esquemática. O fato se
repete muitas vezes no desenho de um projeto: nas
bacias sanitárias, nas portas, nas janelas, nas telhas,
nos balcões, etc.

PAREDES
de 0.25 e de 0.15 .
de espessura
Observe os cortes desenhados
ÊS C A L A I: 50
no Capítulo 12 e compare PENA 0.8 .
com o do Capítulo 1O - PODE SER
USADA
página 52, todos feitos na PENA 0.7
mesma escala. O desenho do
Capítulo 12 é de apresentação
mais agradável e corresponde
PAREO"E ALTA:
( POUCO USADO )
à convenção habitualmente
usada por arquitetos e
desenhistas. Ambas, Capítulos
EM GERAL USA-SE ...
10 e 12, são corretas; é uma
questão de gosto usar essa I - PAREDE ALTA ;
ou aquela na escala de 1 :50. COM TRAÇO GROSSO

2- PAREDE A MEIA ALTURA:


COM TRAÇO MÉDIO, ISTO É, METADE
ESPESSURA DO TRAÇO GROSSO

58
Desenho Arquitetônico 59

Quando se desenha na escala de 1 :100 ou 1 :200, as ~ Embora não seja bem aceito para a fase de projeto,
paredes podem ser traçadas "cheias", como fizemos nas há uma técnica de desenho bastante usada na repre-
plantas e cortes do capítulo anterior. Contudo, na escala sentação de anteprojetos: faz-se o contorno de paredes.
de 1 .1 00, há quem prefira usar dois traços feitos com a lápis ou a tinta, com traços finos e pinta-se o inter-
pena 0,4 ou 0,3. Assim está desenhado o exemplo do valo com hidrocor numa das faces do papel vegetal.
Capítulo 19. Na escala de 1 :200 as paredes são cheias; Além da beleza do colorido existe a vantagem da
é impraticável outra representação, a menos que se economia de tempo, pois o desenhista usa uma só
trate - por exemplo - de construção antiga, de pena, já que o contraste será dado pelo hidrocor.
grossas paredes e robustos pilares. Deve-se ter o cuidado de usar tinta não-solúvel em
água (mancha com facilidade) e, também, verificar que
a tonalidade das cópias heliográficas não corresponde
à da cor no original.
~~~ 14.
PORTAS E JANELAS SÃO

PORTAS ESTUDADAS COM DETALHES


NO CAPÍTULO 17
A ~ Uc.f:er-na.. ~ a. ~~
~ dci.r ~ ~ têm (7$' ~
1fh~~
NA LINOUAGEM T~CNICA:
POSSUEM A MESMA COTA

PLANTA

CORTE
0.80 X 2.10
LARGURA )( ALTURA {&n.. ~: 2, /O.-_ 2,20)

No:s- ~ a. ~-ua ~
a. ~ ~ d.4.. ~
EXTERIOR

~ p.a.ra.. O' t:W~ ~; PLANTA CORTE
~ de-i-S'~ .IÕc- ~ PORTA EXTERNA DE GIRO
~ u {(.nUZ_ cÜ.~ ~ ~
te

H.LJS ~ : 1 CH.<.. 2 e-m,~ ~. 0'
o
p""" ~ ~~ a€ ~­ a.s'
õ
111
:!
~ ~-s-e cc-m.o- a.s' e«"~ Cl)
o
o
4
, ,,
---- iJ

,,.,'• CORTES
...
lt:

J\lk ;.-e~ ?>t.M ft..á. PLANTA I ' ::""


'
~ p.re..fira_ CONPt.icAQ :' :"~ PORTA,

~u:Jc. ~ ~: i lia:::: EMBORA


NÃO
~DESENHADA

' o

'\
\
60 Desenho Arquitetônico

PORTAS ESCALA I oo 50

o~ ~~~ ..

CORRER
1- DE IÇA
OU CORREO

PLANTA
A

c
2 _ PORTA PANTOGRÁFICA

3 _PORTA PIVOTANTE

BASCULANTE
.
e'a..~~~
em~

de~

PLANTA

5. PORTA DE
ENROLAR .

CORTf
PLANTA
CORTE
Desenho Arquitetônico 61

.JANELAS VEJA TAMBtM O CAP{TULO 17

J~

I
1.1 O X 0.9 O

............ .,... 1.20

.·· ..·
_ ..·.• PIVOTANTE

LARGURA X ALTURA
PEITORIL

CORREDIÇA

··········~

JANELA DE .JANELA
GUILHOTINA BASCULANTE

NÃO PERMITA QUE OIGAM BASCULHANTE, VASCULANTE,BASCULE.IAliTE ;

PLANTA
CERTO ERRADO
62 Desenho Arquitetônico

PEÇAS SANIT,(RIAS ESCA L A I : 150

LAVABO ou
LAVATÓRIO

!oi
PLANTA

CORTE OU VISTA LATERAL


PLANTA

BACIA ~-N? ~ a.. /u:zda. e


o- .6-<de' Cd"1.. ~ ~ O. 4 0 K o. 60
~~ .. I
8 I 0E OU BIDÊ
4 pare(;ie " ~ - $ C#tL
~ da.a.r P€t;a<S' - I 5 om..

CORTE
h s
OU VISTA EM BACIA E EM BloÉ

PLANTA

CHUVEIRO E BANHEIRA D
PISO REIAI)(AOO
0 5__':t__.,J
0 - -Cl, .0.10
L
BOX DE CHUVEIRO • CORTE

ALTURA: 1.1!10 o 2.00 BANHEI RA· CORTE


Desenho Arquitetônico 63

0.90 X 1.50
• M dVEIS ESCALA I: 50

MESA 0.80 X 1.20


ALTURA 0.78

D
DD CADEIRA
0.4!5 X 0.45
MESA de CENTRO
o
POLTRONA 0 .10 x 0.10 CADEIRA OE DESCANSO

I i/TA-MALAS

J
FORRO

CAMA SOLTEIRO 0.80X 1.90


CASAL 1.50XI.90

PLANTA

0.50 o 0.60 GUARDA-ROUPA EM8UTI DO

Ú:m.M!J-~ pa-t'a o-
~·-~ (máoe!)
CORTE NUM GUARDA-ROUPA EMBUTIDO

NA COZINHA
J\IAÕ SAÕ NORMAS
BALCÃO e~~a
COM
~.~.
S'IHPUFICANDO
PIA
et<. SOFiSTiCAIYDO
o-~.

RE F RI GERA DOR
MÉDIO
0.75

I~
PLANTA

1.50
64 Desenho Arquitetônico

NA "REA DE SERVIÇO
DE LAVAGE~o.6o
~ 0 .30

h·· o.efí · 0 .:55 a 0.'70

MAQUINA DE
LAVAR ROUPAS

PLANTA

lijl PLANTA

ELEMENTOS VASADOS

=~~Cl~~c:::::J~~c::::J~~ PLANTA OU CORTE

uoooo
00000
000 00
0000 00
00 0 0000
0000000

COMBOGÓ DE FACHADA COMBOGÓ DE FACHADA


CIMENTO LOUÇA

AUTOMOVEIS
• 2 00
ESCALA I . 10 0

AUTOMÓVEL
GRANDE I. 70
V\ 1'- AUTOMOVEL
MÉDIO
AUTOMÓVEL
PEQUE NO

o
/
""
I'..
on
<i

REPRESENTAÇÃO
MUITO ESQUEMÁTICA.

CAMINHÃO

h = 2 .70

LA RGURA
2.20 Q 2.60

6.:10 A 10. 00
Desenho Arquitetônico 65

~e ARQUITETA
...J

""z
u
o Q SALA
u
t?
<t
>
w
z
w
...J
11:
<t Q Q T
:E

...ow
~

o
o
a:
Q.

• ~
-
~
Cl
u Observe nas plantas desta página, nas escalas de 1 :100
e de 1 :200, as simplificações feitas nos símbolos gráficos.
11:
Q.
0:
LLI O leitor poderá desenhar a planta desta página na
""o X escala de 1 :50 e acrescentar cortes e as quatro fachadas,
til
ct
LLI além da planta de coberta, com a utilização das con-
ct
u venções apresentadas anteriormente.

r------- - --- - -- -- - -- -- - - - - - ---- --- - - - --- ---- ------ ----- - - ----- ---- -------- ----- -- -------- ~

: I
I

o DD
I

T. SERV.
D I o I
I
I

o o '
''

~ lJ I'
DJ
swcr--- COZINHA
o o SALA
I'
'

1\ lü [ml õ
''
I
'
D I
---
I'
''

F=~
C_ j (l U!
~ llJ[~
I

' '
I
I' '
I
'L...
-----..,. '
QUARTO QUARTO TER R _AÇO

c - -·J i

i
I

I I
I I
L----- ---- --- -------------------------------- -------------- --- --- ------------------
CAPÍTULO 12

AS ETAPAS
DO DESENHO

As técnicas de desenho e a seqüência no trabalho são


elementos importantes para se obter eficiência e quali-
d ade. Muitos não ligam a esses detalhes e desenham
de qualquer maneira, em geral mal e devagar. O pro-
fissional sabe que um trabalho bem feito depende de
bons instrumentos, de bom material e da correta
aplicação deles. Esse é o fator humano e depende
essencialmente de nós.

Cabe-nos fazer um trabalho l impo, e bem apresentado,


ou tentar empurrar um serviço desleixado e sujo. Eu
escrevi "tentar empurrar". Pois é; um serviço ruím
pode ser aceito, por esse ou aquele motivo, mas o
trabalho seguinte será entregue a outro profissional.
Culpa-se, muitas vezes, a pressa. Ela e realmente uma
quase constante, quer nos serviços do arquiteto, quer
nos trabalhos do desenhista. Mas não justifica todas
as falhas! O desenhista competente é bom e rápido,
pois essas qualidades não são incompatíveis. Desculpas
existem aos montes, entretanto um serviço bem feito
deve passar por cima de todos os obstáculos. Chama-se
a isso ter pulso, " raça ", disposição, caráter .. . Seja o
que for, não está à venda nas bancas de revistas.

Muito bem. Palmas!


(Acabou o sermão)

Muita coisa já foi dita em páginas anteriores sobre


material e instrumentos. Já explicamos como se dese-
nham os cortes e as fachadas. Agora trataremos da
seqüência dos trabalhos durante o desenho.

66
Desenho Arquitetônico 67

A• PLANTA I - MARCAR O CONTORNO • EXTERNO DO PROJETO

BAIXA
1!' FASE:
2- DESENHAR A ESPESSURA DAS PAREDES EXTERNAS
3 - DESENHAR AS PRINCIPAIS DIVISÕES INTERNAS

6 . 4S

1.95
~.1'
~.I, 1.80 2.10

-1- ·· - - - · - -- -- -+-+-- o
- H - -- - · -- - - - - --1--t- "!
"'

!!

•,.:
o
10
,..:
o

,.;

o
•"'
-:

o
"'

3.00 3 . 00

PLANTA
41- ~· s-r:iC- ~ e-m
ESCALA I: 50
~~,~~
~~~~
C(,~-
68 Desenho Arquitetônico

A· PLANTA
BAIXA
CONTINUAÇÃO • 2~ FASE

4- OESENHAFl PORTAS E JANELAS

5- DESENHAR OS EQUIPAMENTOS : BALCÃO, BIDÉ, BACIA, ETC.

e- APAGAR OS EXCESSOS DAS LINHAS TRAÇADAS

7 - DESENHAR A PROJEÇÃO DA COBERTA

·- ·- - ..

~
I

II

li I I

'

-
\
)
I
-

Ar~ sãu
~~
~ ,a.la4ás, ~
~-$'€ "·-· -~A.t' I

~v- ) T
?Ltn' ~ I

~~r-~
I

I
-- - f-
'
I I
Desenho Arquitetônico 69

A·PLANTA CONTINUAÇÃO • :39' FASE : 8- DESENHAR AS LINHAS PONTILHADAS



9- ACENTUAR A ESPESSURA DOS TRAÇOS (PAREDES l
BAIXA

...-t-~ ·-· - - - · - --··- .. - _ _ _ _64_~---·· - - -- ·-· - -· ·- - -- --·-----t


t 040_tºf--- ---- -1.9L__ _ ____ r~ _ __::
1-.::.
80 .::.._ _ ___ -~- _ __ ___ __ ?I0__ _____---1!~

o
r - - / - -- -
~ - - - -- ··- - - - - -- - - -- -- - ~ to
g I lg
ra íf:''. ' I
· __:ta

I
I
L o
h: 2.00 ·"'"'
i
I r- -1 COZINHA
1: i I
lil!. l__ J
,, I c:.:.=:--·--- -· - -4
I
:i

:k
~I :
,,
o.
co ; 10
A r-: · a . 8
..r I I
i i··
I 'i
I•o
.: .,
~

o2s._ SALA QUARTO

o i
"'
<f
I

=rI
I
I

o
TERRAÇO "'

t-ºL~---t I
I

·------------ ~-----'·=::::::rJ I ----<>!0


I ~

+ NORT~
!
I
·o
:g
-'- -· -- - - - - --- - -- - - ----- - - --- --- - - - - - -
'ENTRADA
-- ---·-+
t,t- --- -----~3.0~0~--~ --- +U-- --· 3.00
49' FAS E :

lO - COLOCAR LINHAS DE COTA E COTAR.

li -ESCREV ER OS NOMES DOS COMPARTIMENTOS .


12 - INOICAR A POSIÇÃO DOS CORTES , A ENTRADA , O NORTE .
70 Desenho Arquitetônico

B • CORTES
I - COLOCAR PAPEL " MANTEIGA" SOBRE A PLANTA
2- DESENHAR A LINHA DO TERRENO
3- MARCAR A COTA DO PISO (EMBASAMENTO) E TRAÇAR
4- DESENHAR AS PAREDES EXTERNAS E MARCAR SUAS ALTURAS

5- DESENHAR o FORRO, QUANDO HOUVER


6- DESENHAR A COBERTA ou TELHADO

i•27°/o
6
' 0.85

-~
c::;iõi"""" :-~ ~

-< f-0.15
5
0,50
---<

1.20
a 9 7

--< ~

4 0 ,90

3
~
~
2 0.25

CORTE AB
ESCALA 1:50

7-
8-
9-

/0-
11-
Desenho Arquitetônico 71

6nr.. ~ ~ a. lZn/:4 ~ Tct:tcn- ~ ~ ~ ~, ~


~. 4:r ~o-~ a.
~ ~ a. Wuü~ do- ~: 5
da. pd-~ ~ ~ ~ ..
a·~~.
h·~~.
I 2 3 4 .5 ....---,.-----c . ~ ~-da. ~
~ ~ direifã_ e de ~
~~ .
t d. ~ ~ - CÚ? CÚ?tA- ,at:t.ra.
~ e da. ~ pat"'.- a.
di.reiLa.. I
2
3-----
4-----
5-----

~ ....
~ ~ --
0!50
~
DO ' -f-
--
0 .!50

070
- r-
c- r- 0.70
- f-
~

I
:

1.40 1.4!5
......

I
/1
~ R '\
0 .25 ().20

CORTE CO
ESCALA 1: !50
72 Desenho Arquitetônico

I - SERÃO FEITAS DEPOIS DE DESENHADOS OS CORTES


c. FACHADAS 2 - DESENHAR A
COMO
LINHA
SE
DO TERRENO
VÊ NO CAPÍTUI.O 10.
E MARCAit AS MEDIDAS HORIZONTAIS,

3- TODAS As MEDIDAS RELATIVAS 'As ALTUltAS SERÃO TltANSPORTADAS


DOS CORTES PARA AS FACHADAS.
4- AS · FACHADAS NÃO LEVAM LINHAS DE COTA.

o D
OJ
FACHADA LESTE • ESCALA 1:!50

li- REPASSAR TODAS AS LINHAS - A LÁPIS OU A TINTA- EM TRAÇOS FINOS


I
TRANSFORMANDO-OS, ONDE FOR O CASO, EM MEDIOS OU GROSSOS,
ATENDENDO A CONVENÇÃO • CAPÍTULO 10.

FACHADA NORTE e ESCALA 1: 50



Desenho Arquitetônico 73

lO.!lO

L50 6 .45 2 .!15


t t t f

r;7. . .-~·
. -.
~- ·
~
N

r------------ -- - --- -- - ,

O • PLANTA o
111
,.;
DE o
LOCAÇÃO o
n

E DE
COBERTA
ESCAL.A 1:100

L-- - - - - - - - - - - - - - __ _ ____ __ _ _ JI

o
o
..;

---~)·NORTE

1\
ENTRADA o
C!
N

MS SEIO

Meio-fio

~-se, ~- a...s ~ ~ 1:50 ~ de ;:zoo_


74 Desenho Arquitetônico

E• PLANTA DE
SITUAÇÃO QUADRA F

13 19

(I)
lU
18 a:
14 o
..J
I&.
1&1
lU Q 11)

17cr3 ~
•;:)
<
a: <
Q
11)
c
<
;:)
!:)
a:
o i!
c
::1
a:
RUA DOS VENTOS

) N.
QUADRA B

PLANTA DE SITUAÇÃO • ESCALA 1: I 000

~a..~ e
·cuo ~de-
~- ~!:&~
~ ~ tlS' am.S' -
~ ~-
a.~ e
(}- ~ d& Ih~
rlUtA; a.s ~ ~
~de~

~~~:

1
/:500 e 1.'1000.

,
F•CALCULO DE

5 Q 31 117 2
62, 35m2
·Desenho Arquitetônico 75

G • DISTRIBUIÇÃ_
Q o os
DESENHOS EM p R A N cH A s

.----
~ I
_O_ _O_
/
D _O_
LC CAÇÃO
CC BERTA

0 CORTES FACHADAS
'------ 0
PLANTA
BAIXA
I I IISITUAÇÃO
r-,
;

ESQUEMA
UM
DE
''CARIMBO"
G I LD O AZEVEDO MONTENEGR o . ARQUITETO

ESC A L A 2/3 PROJETO PARA CONSTRUÇÃO DE UNA


LOGOTIPO DO
RESIDÊNCIA SITUADA NO LOTE 16 - QUADRA F
ARQUITETO OU
N!' DO PROJETO NA RUA DOS VENTOS, NO LOTEAMENTO DO
JARDIIt'l PARAÍSO -BAIRRO DA FÉ -RECIFE - PE

DATA I E !I CAL. A -- I PRANCHA


DESENHO IPLANTA. ~ACHAo
DAS , COIIITEII
AAI!A!I --
-- OI

PROPRIETÁRIO -------~4-~~~~~/4~~~~--~~~c.-~~~
· ~d[~)~-·~/~~l---------------
----;.~ · ) JOS-{ MACANBIRA

P R O J E T O --+--~---

CREA OOO•D · 7~R

Nos casos de projetos que exigem varaas pranchas, elas


serão desenhadas na seqüência que acabamos de apre-
sentar ainda que, posteriormente. venham a ser nume-
radas na seguinte ordem :
1) Situação
2) Locação
3) Planta de coberta
4) Plantas baixas
5) Cort es
6) Fachadas. Ver o Capítulo 1 9. •
Nos projetos em que a planta, por suas grandes dimensões,
tenha de ser dividida por mais de uma prancha, deve-se
ter o cuidado de fazer uma prancha contendo a planta
completa-- em escala menor-- e simpl ificada ou abreviada
de modo que se tenha, rapidamente, uma idéia do conj'unto.
76 Desenho Arquitetônico

Quando o desenho, seja qual for seu conteúdo -


planta de qualquer espécie, cortes ou fachadas - não
pode ser colocado na prancha na posição que indicamos,
deve-se adotar a solução indicada ao lado.

POSIÇÃO NORMAL : PLANTA

FACHADA : POSIÇÃO NORMAL.

4
>
1-
4
z
11:
1&1
~
4

o
•c
u.
;;;
o
o.

4
o
c
:r
o
c
....

H· V E RI FI CAÇÃO COMPL ETA DE


As cópias são geralmente t iradas em grande quantidade, ~AÇOS, COTAS, ÁREAS, ETC.
de modo que qualquer erro torna-se difícil de ser ANTES DE TIRAR CÓ P IAS
corrigido. Verif ique também a ortografia, não deixando
passar coi sas como ante- proj eto, dispensa, casinha,
garage, sita ( casa sita à ru a.. .). basculhante, mts (em
lugar de metros) , faichada, desenho, livi ng (em lugar
d& sala de estar).
Desenho Arquitetônico 77

I • ESPECIFICAÇOES cte · - ~'ai.~' ~ ~ t,ndic.cz.dt:w' '1tb

~ .. ~-~~ ~ pa.redes, tf-M•f C)-, ~,


,abt,~ e ~ ~ca:k-
~: e' o- ~ ~ c.IÚütt.a
~4 '; de ,<V"!?·
~~~ Uma especificação completa dificilmente poderá ser
t: 25. encaixada num desenho. O desenho terá uma espe-
cificação abreviada, a ser complementada por um caderno
de encargos. Existem diferentes maneiras de especificar
nos desenhos. As mais usadas são
1) Letras e números
2) Símbolos gráficos e números. Por exemplo,
estabelece-se um código de letras e de números:
A - Piso 1 -Cimentado
B - Rodapé 2 -Cerâmica
C -Soleira 3 - Gesso
D - Parede 4 - Lambri de madeira
E - Pintura 5 - Tinta lavável
F - Forro 6 - Fluorescente
G - Iluminação 7 -Azulejo colorido
H - Balcão 8 - Mármore
Portanto, AS significa piso de mármore, E5 corresponde
a pintura com tinta lavável, F3 será forro de gesso.
As referências como A8, E5, F3 serão escritas ou
normografadas em cada dependência muito mais rapida-
mente do que qualquer outro processo. t: claro que
cada pessoa.que recebe a planta deverá ter, igualmente,
a "tradução" do código, que é feita em papel separado
Cada escritório pode estender suas especificações,
ou na própria planta.
incluindo outros elementos da construção (esquadrias,
ferragens, luminárias, etc.). e detalhar melhor cada um 2- Po;:k-J>-e ~CfZ' pt!1r ~ tÚ
dos componentes do projeto. SI 1180L OS GRA'Ftcos fi> de ~-
~:
D, ~ca PISO

o~ PARéDé

o~ FORRO

~a.~~~
?Ul.~~~.·

~
0
8
Na página seguinte o leitor encontrará exemplos de
utilização dos dois processos acima indicados. Lem-
bramos que o primeiro deles é mais flexível - por
n·ã o estar limitado a símbolos gráficos - e que ambos
podem e devem ser utilizados, também, nos cortes e
nas fachadas.
78 Desenlw Arquitetônico

ESPECI.FICAÇÃO

DI < SISTEMA
OE MATERIAIS NA PLANTA

SERVIÇOS
SISTEMA
2

BWC
AI· C5- 08 (~:2 . 10) +07-
QUARTO
A3- 85- .C6- 07- E 12 •
A Pi..s-t:r
~
EII•F7+13·GI8-JI6 F7+13•JI6
B ~ éD
DB f ..
c
o
~

~""~
(i)
L
E p~
v
F r07'r0' L7
SERVIÇO
A4·0 9+7 ·1:13
H l4 PASSAGEM G peça.S' ~
D
H Ba.tcâc- o
SAL A
J /~
Q
A2-B!5· cs- 01
v
~
I ) COZINH. E11 - F7 + 13· JI6

AI · CS- 010(11 : 1.40)·07


E11-F7+13- Hl5 •JI7

D QUARTO TERRAÇO

@~'07 @ ~'07
Relação de materiais
1) Cerâmica esmaltada de 15 x 30 em. Cor
bege .,
2) Cerâmica decorada linha BETA cor branca
e verde. 20 x 20 em
LV0 LV@
3) Taco de peroba encerado. Ver detalhe
4) Cimentado. na cor natural
5) M ármore b ranco
6) Peroba
7) Chapisco e massa única
8) A zulejo decorado ALFA de 1 O x 20 em
na vertical. Cor marrom e creme
9) Azulejo branco com 1O fi ad as
10) A zulej o de cor bege
1 1) Pintura de PVA sobre massa plástica. Cor
castan ho
12) Pintura de PVA sobre massa plást ica. Cor COZINHA
azul celeste SALA
13) P1ntura de cal branca
14) Cimentad o pintado de Epoxi. Cor mos· @6\Y
L:J7 0
tarda
15) Aço i noxid ável
16) Inca ndescente
17 ) Fluorescente
18) Li nha Calumbi na cor branca com ferragem
ITOL linha Capiba
A s esquadrias são detalhadas em pranchas à
parte. onde se ind icam as quantidades, a
m adeira, o acabamento e as ferrag ens.
CAPiTULO 13

NOÇÕES
DE DESENHO
TOPOGRÁFICO

Nem sempre os terrenos são lotes retangulares e planos. Muitos projetos tem seus custos acrescidos por serviços
Há também terrenos de contorno irregular e outros com não previstos inicialmente; não por deficiência do projeto
altos e baixos. A representação da superfície do terreno e sim por falta de dados em decorrência de um levanta-
é estudada em Topografia. É o que diz o próprio nome: mento incompleto. Sempre há quem confunda "econo -
topo = terreno e grafia = representação. mia" e "o mais barato" . . .

O bom construtor sabe que um serviço bem feito


é aquele que é feito uma única vez! Nada custa
tão caro como desmanchar e fazer novamente, com
remendos. Perde-se tempo, trabalho, dinheiro e surgem
aborrecimentos e atritos.

3
8 ÁRVORE

.~ {#n. ~ ~- ~ a.,
~~~edcls~
c4> modo- ~ de ~ S'& ~ N.M.

• eJ ~ pock s-er f&.'to- ?W toa:d


~ ~~de~(~-~~
~ ~ ~~ el:c) 0-Gt. .PC" ~ de
~'as ~a.r, ~
d-e wm.a ~c::io- ~u,. ~.
s-e t'rak.. PLANTA• ESCALA 1:1000
Tt
LEVANTAMENTO PLANINÉTRICO (ACIMA) É O DESENHO OA PROJEÇÃO
HORIZONTAL DE UM TERRENO. CHAMA-SE, TAMBÉM, PLANIMETRIA.

79
80 Desenho Arquitetônico

DE
E A REPRESENTAÇÃO
DOS PONTOS DE MESWIA
COTA OU ALTURA EM
RELAÇÃO A UN PLANO
TOMADO
REFERÊNCIA

CURVA DE flÍVEL c2
c2

I
CURVA DE NIVEL. c,
c,
C2

cl CURVA OE NÍVEL

VERTICAL
Co

PERSPECTIVA

PROJEÇÃO
HORIZONTAL

A, 8 , c , 1J ••• e H , IV, P, Q ...

A: 23 .8
)
M = 23.6 0(21) N ( 20.2)

A
.. p ( 20.5)

B( 201
NN MP MO

... ""' c.oá.s iNrEiRAS


D ~a..;u;:/c. &r..ire . S'i.. "'1'
( Gtt1'n.D- Q , h, c ... )
21 ~ de ?JTAS>m.a-
~ .._~
~ ~ 4.1'
.xic- úwa.d.as
~Q.~·,
n ,., 21 CUI?V4S DF: NfVEl,
p ~~~ .c
~~~a
~ck~.
EXEMPLO DE UM
20 .00 LEVANTAMENTO
P L A N I A L TI MÉTRICO
e

o
~
N

c
ID
<l
o
•c
..,.
...
1/)

... ., "' "' o


PLANTAi ESCALA : I: 200
I
6
I A

SEÇÃO C0

PERSPECTIVA
DA SEÇÃO CO
82 Desenho Arquitetônico

1) Um exercício simples será ampliar a planta ao lado para


a escala de 1 :500 ou de 1 :200 e fazer várias seções.
Fazer, também, seções por planos não- para lelos à fachada,
como FG.
Não apresentamos as soluções deste exercício.
2) Conhecido o levantamento p!animétríco, ao lado, repre-
sentar os muros e as fachadas da casa.
Dados:
Piso da casa na cota 30,50
Cumee~ra na cota 33,90
Inclinação da coberta : i 40%
Altura do muro: 1 m
Escala das fachadas, 1 :500
Atençao: não é um exercício para principiantes!
Orientação: inicialmente escolhemos uma fachada e traçamos
a base do muro, seção BC na elevação Sul, CO na elevação
Leste, etc. O proced•mento é semelhante ao que foi usado
para as seções da página anterior. Aqui as distâncias hori-
zontais devem ser multiplicadas por 2 de modo a passar da
escala 1 :1 000 (planta) para 1:500 (fachada) ou : 1/ 1 000 x
x 2 = 1/500. Desenhamos a fachada da casa de acordo com
as cotas dadas. Procuramos os pontos de tangência de cada
curva com a linha de chamada e levamos para a fachada .
obtendo o perfil do terreno (traço fino) nessa fachada. Depois
c

i.:./
passamos uma paralela à base do muro (h = 1.00) e fazemos
a parte superior do muro paralela à base (parte da fachada PLANTA
Sul) ou escalonada. isto é. em degraus. como está desenhado
ESC. 1:1000
num trecho da fachada Oeste.

35
RESPOSTAS - ---~---- -
- =-+-.::--
34--------------------------

33-----------------------

ESC. I : 500
c
35--------------------------~~~
--~·~------------------------------
34---------------------------------~=--~
ELEVAÇÃO OESTE /
----
~ ----------~~~========~------------------
33---------------------~/~-----------·----------i=====~~======~----------------
32 ----------~--
--··· ----..- - - -- ··- - I

31 ~~·.- ------------·-..--.. --·------···- - - -·- - -


30 ~~~
~---------~~~:J~~~~~·-~··~·:·f·Í :··:·:--·:·:·-~··:·~'f·~;;~~·e:
~ ~~::::~~~~~~;:==~==~
29 ·-·.
:-::E[.
.. :-:.::-:.·:··.·.-:: '>.. ., · . '
o:c_·••
~ ""' .J>.'

28 f.-·,~'···~.·.. ~.•·..:.,.·":-"':-c:-i-·,~
"'-':;-"'=
'::: :-: . : ::::::·:.:...·._.-_·_._-_--_· _____ _ _::M~~---------------
------=:"""'-1-""~=
--~:::::::::::::::---:l
27LA------------------------------------------------------------------------------~8

35-------

3·-------r============7~~~~--~~~~~-----------------------­
ELEVAÇÃO LESTE 33 ---------------t===~==~~~~~~------------~~_:~~---------------------
32 --- · ~-
.
-f---- ------------------------------="'1--=---
30~-----------

c L---------------------------------------------------------------~
CAPiTULO 14

DETALHES
CONSTRUTIVOS

O desenhista não deve limitar-se à utilização das técnicas Quase diariamente são lançados novos produtos e novas
de desenho, dos instrumentos, dos símbolos, etc. Ele técnicas construtivas. Em ambos os casos há elementos
deve conhecer uma construção por dentro, aqu ilo que básicos que são alterados. Neste capítulo damos uma
está por trás das tintas e dos revestimentos, o que existe breve noção de como se proc essa uma construção
por baixo dos pisos e por dentro das lajes, as cana- tradicional e apresentamos diversos materiais de cons-
lizações e outros detalhes. trução. Esperamos que este resumo sirva de ponto de
Esse conhecimento que é dado aqui, e em outros capí- partida para estudos mais demorados do leitor.
tulos, de forma resumida, deve ser complementado com
a vivência da construção, isto é, no acompanhamento
de uma obra em suas diversas etapas. Nenhum livro,
nenhum professor pode substituir aquilo que se chama
'"o saber feito de experiência" !

FuNDAçÃO É A PARTE INFERIOR

OA CONSTRUÇÃO; {ELA QUE TRANSMITE AS


CARGAS OA CONSTRUÇÃO ll() TERRENO.

---- TIPO

-------------
RASA : --------------
l DE POUCA PROFUNDIDADE) . FEITA POR MEIO DE ESTACAS •• .
EXEMPLOS:

• EM RACHÔES (BLOCOS DE PE ORA) • DE MADEIRA


VER FIGURA ABAIXO
• DE CONCRETO ARMA DO

....
EM SAPATA CORRIDA DE CONCRETO

,,~
• METÁLICAS

SÃO SEMPRE FEITAS POR FIRMAS

ESPEC I ALIZ AOAS

• EM SAPATAS ISOLADAS L IGAOAS POR CINTAS .

• EM BLOCOS PRÉ - MOLDADOS- VEJA A PÁGINA SEGUINTE

83
84 Desenho Arquitetônico

CONSTRUÇÃO DE UMA FUNDAÇÃO EM RACHÕES (ETAPAS)

1 MARCAÇÃO DO ALIN HAMENTO DE PAREDES : FEITO NO TERR E NO A PARTIR


DAS COTAS DA PLA.HTA E USANDO FIOS ESTICADOS EM TA SUAS (BANQUE TAS)

~ESCAVAÇÃO E APILOAMENTO DA BASE

----- /
~COLOCAÇÃO
.._.,
DA CAMADA DE CONCRETO MAGRO
BRITA -r AREIA +POUCO CIMENTO

.//
O L ANÇAMENTO DOS RACHÕES E APILOAMENTO
/

8 RADIER DE CONCRETO
PARA IMPERMEABILIZAÇÃO.

A FUNDAÇA O EM RACHOE S É AI NDA


MUITO USADA NO MEIO RUR AL. A INOUS

TRIA APRESENTA UMA SOLUÇÃO NOVA


COM AS VANTAGENS OAS CI"'TAS E DOS
RACHÕES E SEM S EUS IIIICON VENIEN- L A"'ÇAMENTO
TES(U SO OE MAOEIRA,FALTAOE U'II-
OE CON CRETO
FOflM IOAO E DA S PEDR AS, MÃO DE OB RA
OE"'TRO OOS
DEMO R ADA , ETC . )
B L OCOS

FUNDAÇÃO PRÉ - MOLDA DA


A RM AÇÃO OE
F'E R RO DE N TRO
BASE OE CONCRETO DOS BLOCOS
SUBSTITUINDO OS
RACH ÕE S BLOCO EM FORMA OE 'u "

D<J- ~ tk fX~ wirui~~ a_ ~ ~


e' 1.0?1-a.. ~ ~ ~ do- ~ o Prl~*'<o~.
Desenho Arquitetônico 85

TIPOS REPRESENTAÇÃO

o COM ARGAMASSA
Od]8~ "....z .......
IX
ALVENARIA "~ uo
EO SISTEMA CONSTRUTIVO FORMADO
POR 14ATERI .. IS COLOCADOS REGULA.!! DE
0 SEM ARGAMASSA OU
PEDRA SECA
~\J8r?a "w w

PEDRA
MENTE E MANTIDOS Ell POSIÇÃO DE
E QUI L I 8 R I O.
o DE PEDRA
APARE LHA DA
Ell FACHA D AS

{~
DE BA RR O \ARGI L A )

OE CIIIENTO

DE TIJOLO
COM REVESTIMENTO
A PARENTE
I

TIPOS DE TIJOLO

BL OCO OE CIMENTO
MACIÇO
(MANUAL OU PRENSADO)

MEDIDAS APROXIMADAS IIARIAM COM O FABRICANTE. * DE UMA VEZ,


DE UM TI JOLO OU
PAREDE DOBRADA
PAREDES DE TIJOLO

0 A GALGA OU
A CUTELO

0 DE MEIA VEZ OU
DE MEIO TIJOLO

0
OE VEZ E ME IA
ou
DE UM E MEIO
TIJOLO .
86 Desenho Arquitetônico
.,
REPRESENTAÇAO EM PLANTA
OI MADEIRA
!ITRUTURAI

ESC. I : ~O

\\
COLUNA \
( SEÇ lO CI!!CULAit)
LAJE EM
BALANÇO JUNTA DE
DILATAÇÃO

BALANÇO: SITUAçlO DO ELEMENTO APO IADO


NUMA SÓ EXTREMIDADE .

PAINEIS DIVISÓRIOS
SÀO USADOS PARA A SEPARAÇÃO DE
AMBIENTES. UMA BOA OIIIISÓRIA DEl/E TER :

0
ESTRUTURA IHTÁLICA (ALUMÍNIO) .
• PAINEIS PROTEGIDOS CONTRA FOGO.
0
POSSIBILIDADE DE DESMONTAGEM.
0
VERSATILIDADE (PORTAS-JANELAS
-GUICHES- VISORES).
0
ACABAMENTO IIARIADO .
• FACILIDADE OE MONTAGEM.

o I'!:ÇA DE T4MANftOS E DE FORMAS 'lAR IÁIIEIS.

co11aoeo•
o I'OOEM S~R F41R ICAOOS EM CIMENTO ( TIPO I'Q
l'Ul.AR) OU EM POIIC€LANA IIITRIF'ICAOA (EX-
CELENTE ACABAMENTO). RECOMENDADO PARTI-
CIIl.AIIME NTE I'AIIA OS CLIMAS OU ENTE S.
ou
ELEMENTO VASAOO
Desenho Arquitetônico 87

COBERTURA Ê A PARTE SUPER lO R OA CONSTRUÇAO E SERVE OE ~ROTEÇÁO CONTRA O SOL ,A CHUVA, Elt .. .

HORIZONTAL
LAJ E
{ INCLINADA

TELHAS DE BARRO (ARGILA)


• DE SUPERFÍCIES PLANAS
ALUMÍN 1 O
PLÁS T ICO
TELHADO
CIMENTO· AMIANTO
{
ZINCO

~ .CÚPULAS CASCAS

• DE SUPERFÍCIES CURVAS r\
~
- __ _...
... -'

TELHAS DE BARRO (ARGILA)

TELHA'~
~ELHA
~OU
CANAL
. COLONIAL
b T E L H A PLANA

~OU FRAIHESA
ROMA >IA~

TELHAS DE PLÁSTICO f OPACAS

/0./~
TELHAS DE ALUMÍNIO
~ J TRANSLÚCI045
%~ EN CHAPAS

//~-~~'
./
ou./
ROLOS

'l4' ~ I.........,J.Lu.&

~
ONDULADA ~
--"-/\._/
CORRUGADA

AS TELHAS DE PLÁSTICO
TELHAS DE CIM ENTO· AMIANTO TRANSLÚCIDO PO O E N
DE F"ORMAS E TAMANHOS OS MAIS SER USADAS EM CONJUN-
•ONDULADA DIVERSOS
TO CON TELHAS DE CIMEN

._,:·:."::"'"""~ ~
TO -AMIANTO REDUZIND;;-
AS NECESSIDADES DE ILIJ-
IoiiNAÇÁO ARTIFICIAL

-~á,~,

-~~~
aaMQta~
dou.rc d4 ~
~ a.lMta ...__x'
e auo-a. P~ s>er
~- cLún.a.
eCANALI!TE ~- ~~
a.~.

'--~
88 Desenho Arquitetônico

DE UMA ÂGUA . .. DE 2 ÁGUAS ... DE 4 ÁGUAS


TELHADOS

TELHADO "SHEO"

v~~~c~-de~
esf.i.q ~C~= """ J<m.at d81i8 ~~-

/
/ '
/ CALHA OU RINdO -
---
_C\.IMEEIRA - - - -
~~

ESPIGÃO OU
TA CANIÇA

A INCLINAÇÃO (DECLIVE) DE UMA COBERTA PODE SER INDICADA EM :

CD GRAUS- A SER LIDO COM TRANSFERIDOR. SISTEMA EM DESUSO.

® PONTO DE UM TELHADO E" A INCLINAçÃO


DEFINIDA PELA RELAÇÃO ..!!_ ~-
v R~ E
rxda-
!'I TA G E M .
~
v
~ tYS e-alúcr dtJ.
~~
~l.TURA h ( aLI:urt:t)- ~
m - ~ e
i~ <Z- o
t G)vÃo
~ ~
f lA?z..

de ~-
1 NA FIGURA ABAIXO TEMOS :
o PONTo( 1/4, /s, ... l SEMPRE
SE REFERE A COBERTURA COM DUAS ÂGUAS .
oc = .A_ = 2 e-m. = 20-?n.m =
m. /Oun 1 00 -m.m.
=20 (~)por CéH=-207:,

m PORCENTAGEM
Desenho Arquitetônico Gi)
1
A TESOURA PROPRIAMENTE DITA
~~~~~~
TESOURA É FORMADA POR . .. ~ e-~.· e'dijlt;d
OE T E L H A 00 F[ I TA PEHDURAL ~~~. a..~
OE MAOEIIU OU
EMPENA OU / tP o6H t ' tMk, a. ~
DE FERRO «M ~ IZ4 ~- a_ ~­
e' .~ . a& ~
/it.ra.
~a.~de~
" de~. é-~,e~·~/
/
ESCORA OUASHA / L I NHA, TIRANTE OU TENSOR
(PARALELA A PERNA) / ,Q~~~(W
~~~~
"'~~ -

Nas pequenas cons truçõu prefere-se hoje colocar o telha


diretamente s6bre a la je , evitando o uso do madeira . O ponto
fraco e
que o laje pré·fabricodo t pouco homowênea e TRINCA
se n«o houver cuidados Hpeciais.
E NOS GRANDES VÃOS OA ARQUITETURA

ATUAL A S . VANTAGENS ESTÃO TOOA$ COM AS ESTRUTURAS METÁLICAS.

m.a.i..r ,_ :.ves'
~ ,.ápt.'dar -otA.
/.
~-
~~/
e~ cú>~
c/;2.J ~.r.... .;.,.
~~
~<4~
TRELIÇA ARCO ATIRANTAOO

FIRMAS ESPECIALIZADAS DÃO O RIENTAÇÃO AO


PROJETISTA, NÃO APENAS CALCULAM E FABRICAM ,

6-.~~(~)
~
<U'-.U4·ca.r ~
-~~~-
90 Desenho Arquitetônico

os REVESTIMENTOS TRADICIONAIS DE PAREDES SÃO

• ARGAMASSAS... . .. E AZULEJOS, .•.

MASSAGROSSA} 0, Cm
OU EMBOÇO 1,5o2Cm

0,2 0 0,5 em

CERÂMICA~S
·"""- . ··. PASTILHAS
......-~ FOSCAS
~

o
VITRIFICADAS
ESMALTADAS

PEDRAS L A M BRI S DE MADEIRA CHAPAS DE


PLÁSTICO
ALUMÍNIO
TINTAS E VERNIZES

REVESTIMENTOS DE PISOS

A • PISOS DE MADEIRA

TACOS

r f'

(f 1\

(I )

~ ~- .._ ~
,__v-
v

B • PISOS FEI'fOS NO LOCAL

o DESEMPOLADO OU DESEMPENADO CO~ NATURAL

•CIMENTAD'O
{ COLORIDO COM ÓKIDOS
0 "QUEIMAOO"OUALISADO ÀCOLHER
ENDUtiECIDO COM ADITIVOS

0 DE EPOXI S08RE 8ASE OE CIMENTO

de~~cú~
~~.. ~a <>«
~'*' p6r ~·

C • PISOS EM PEÇAS

HIORAUL ICOS OI 'LÁ ST I C O


o LADRILHOS GRANlTICOS o PASTILHAS o CHAPA I DE I O 11 11 A C H A
CERÂMICOS DE ALCATI~A
Desenho Arquitetônico 91

Antes de iniciar o estudo da intersecção de telhados,


apresentamos uma tabela onde anotamos para cada
material de telhado as . . .

INCLINAÇOES MÍNIMAS RECOMENDADAS :

21°
18°
TELHA FRANCESA 16°
TELHA C A N A L 13°

TELHA ONDULADA
70
DE CIMENTO- AMIANT
TELHA OE ALUMÍNI 40

Aviso: O estudo que começa aqui e vai até o final


do capftulo deve ser dispensado numa primeira leitura,
a menos que o leitor tenha muito bons conhecimentos
de Geometria Descritiva.

A Geometria Descritiva demonstra que, quando se trata


de plantas em que as paredes são perpendiculares entre
si, caso do retângulo e do quadrado, o encontro de
duas águas adjacentes se faz segundo um ângulo de
45°, ou seja, a bissetriz do ângulo formado pelas
fachadas. Evidentemente estamos supondo que as águas
do telhado sejam igualmente inclinadas, o que é normal.
Essa propriedade geométrica simplifica o traçado das
plantas de coberta, por tornar desnecessário o desenho
da elevação nesta etapa do trabalho.

Na planta ao lado
começa-se por traçar a
cumeeira no meio do
"
retângulo, paralelamente
ao seu lado maior. v
Depois, pelos vértices,
traçam-se retas a 45°
(espigões) até encontrar
a cumeei ra.

Aqui traçam -se as cumeeiras a e b no centro de cada


bloco e, em seguida, as retas a 45° (bissetrizes dos ângu-
los dos vértices). Na figura, são seis retas. Para completar
o traçado resta resolver o problema que se apresenta
junto do ponto c. Podemos observar que o bloco b é
ma is estreito que o a, portanto a cumeeira b é mais
baixa que a. Essas cumeeiras, por terem alturas dife-
1\ rentes, não se encontram. Devemos, então, ligar os
pontos 1 e 2 por uma reta de 45°. Feito isso, observa-
remos que a reta d corresponde a uma calha ou rincão.
Podemos, agora, desenhar qualquer corte ou fachada
relativa a essa planta.
92 Desenho Arquitetônico

A
>
No caso ao lado, se admitirmos que o bloco
menor tem o beiral mais baixo que o do bloco v
quadrado, teremos de representar uma vista onde v
as alturas dos beirais sejam marcadas; são as
retas A e B na vista M. Agora deveremos definir
a inclinação do telhado, desenhando a vista M
do bloco maior. Noutro local faremos a vista N
do bloco menor e obtemos a altura h da cumeeira.
Esta altura será transportada para a vista M e
marcada a partir do ponto b em bc = h. Uma
horizontal em c determina o ponto d, no bloco
maior (vista). a ser transportado até a cumeeira VISTA M
do bloco menor em e {planta). A partir deste
último ponto traçaremos retas a 45°, comple-
tando a coberta .

c hL~o/o
VISTA N

A planta abcd deverá ser coberta por um telhado


de 4 águas. A cumeeira será a bissetriz 1-2 do
ângulo formado pelas retas ad e bc. Em cada vértice
traçaremos a bissetriz do ângulo correspondente e
prolongaremos até a cumeeira. Representamos a
m o :m fachada ad, depois de obtermos as alturas de dois
pontos da cumeeira por meio das seções M e N,
onde admitimos a inclinação de i = 50%.

.------,---+---. d

A representação das fachadas A e B permite a


determinação imediata do ponto C, em que a
cumeeira mais baixa encontra o telhado do bloco <
A; esse ponto é transportado para a planta, ponto
C'. O problema é, também, resolvido sem recorrer
às fachadas; basta traçar as bissetrizes dos ângulos e
dme e fng.
Desenho A rquítetônico 93

anteriores os_ ~roblemas


Tal como n
· venf1cam
nos pontos A C os que
rincão na d' e_ forma-se um
lrecao d b.
(BA e DC) . a ISSetriz
correspond . O trecho B D
e a uma Ih
e horizontal· é . ca a plana
• a mte -
e dois rseccao
d Panos
1 (t I .
tendo in . _ e hados),
c1naçoes
1
entre si. opostas

_J
<l
a:
UI
....
<l
_J

<l
....
111
>

Ao lado, uma .
conhecime ~plicação de
ntos Ja ad . .
problema n QUiridos· aq .
M e ovo aparece n ' .UI o
. N, pois e . _ os pontos
0
M mterrompi·d o I splgao PR f OI.
' Traçam-se pe a fachada MN
'\ M e N as bissetrizes dos • .
\ · que se angulos
'\
\ sobre o espi - encontram em O
', \ . gao ou t ,
' e1tor mais atento acaniça· A o
___ ..:::~ \
I
estudo do assuntorecomendamos• no
N R
as fachadas d ' que desenhe
e cada uma d as cobertas.

RE~OBRIMENTO
e & r-~~
:z- ~ ~~r-a~ de
.5 a. / O vm
CAPITULO 15

CIRCULAÇÃO
VERTICAL

A concentração das construções nas grandes cidades


criou exigências de aproveitamento cada vez maior dos
terrenos. Assim surgiu a construção de pavimentos
superpostos servidos por uma circulação vertical, em
vez da costumeira circulação horizontal (esta é feita
através de corredores, passagens, terraços e depen-
dências entre si). A circulação vertical faz-se por meio
de escadas, de rampas, de elevadores, de monta-cargas,
de tubos pneumáticos, etc. Estudaremos as três pri-
meiras soluções, dando destaque às escadas por ser
o tipo mais usado de circulação vertical.

A escada apresenta uma nova série de termos técnicos,


que serão mostrados na próxima página.

94
Desenho Arquitetônico @'"' ;
TERMOS TÉCNICOS

AL TU RA ( h)

\.....--.._- --v~----__/
ESPELHO MÁXIMO e = 18 em
DEGRAU PISO MINI MO p = 25 em

Uma escada não pode ser colocada arbitrariamente. Se


o espelho tiver mais de 18 em a escada torna -se cansa-
tiva. Se o piso é menor do que 25 em, o pé não encontra
apoio e pode provocar quedas ou, no mínimo, arranhar
o calcanhar no espelho ao descer. Com pisos de 45 em
f ica a dúvida: daremos passadas maiores ou encurta-
remos os passos? Se os espelhos de uma escada forem
variáveis quebra-se o ritmo, com a possibilidade de
quebrar também algum osso na queda. Para o cálculo
das escadas existem .. .

FORMULAS
/!:.
E1 QUANTIDADE DE ESPELHOS= n' {-

~ [TI
~1
COMPRIMENTO= C= p ( n - 0 - - e s ci'JdO SPm pn tamor (n <: 19)

r' 0 +
yU1\,
COMPR1t4E.NTO • c • patama r p ( n- 2) -.. • escod •J com um pata mar .

~
:i9 a 66 em
. +-
GJ FÓRMULA DE BLCNDEL: 2e + p = 62 em ( MÉDIA)

Numa escada, largura útil é a distância medida entre 0 .60


os guarda- corpos. As larguras mínimas. são

~tn) êiT~
0,60 m - para uma só pessoa. Entretanto reco-
menda-se usar, se possíve l, 0,80 ou
0,90 m
1.80
1,20 m - para du.as pessoas
1,80 m - para três pessoas
96 D~enho Arquitetônico

Vamos desenhar uma escada bem simples, reta, de um


só lance e sem patamar. Em primeiro lugar, os cálculos.

CÁLCULO DE UMA ESCADA (EXEMPLO)•DAOOS : h= Z,45m

VERIFICAÇÃO
FO, RMULA r-:-11 2 45 -c>n=l!..: . e=..!:!..=
L!.J n = -·- • 1 4 , 4 14
e n
17,5cm
0. 17

15 -c> e=.!:!..= .Lil. = 16 .3 em


" 15 '

ESCOLHIDO n = 14
p ESCOLH I DO ENTRE 2 5 a 30 em

FÓRMULA [!] c• 30X(I4-1)•3,90m

DESENHO ESCAL A I :so

• TRACE DUAS HORIZONTAIS COM AFASTAMENTO


IGUAL A "h" (ALTURA DADA).
• COM SEGMENTOS DE 0,5c~r~FICA 0•0,5cm=7cm
COLOQUE O ZERO DA RÉGUA NUMA HORIZONTAL ...

h
O SETE NA OUTRA RET A .

MARQUE NO PAPEL
AS 14 DI VISÕES .
(0 -0,5 - 1,0-1 , 5- 2,0.., .. )

• POR ESTES PONTOS DA DIVISÃO T RACE HORI ZONTAIS.

O proc esso, mostrado acima, pa ra a


divisão da reta (altura) em partes iguais • MARQUE O CONPRIMENTO •c• NA HORIZONTAL E LOGO
SUAS OI VISÕES "p" E POR ELAS TRA ÇE V ERTICAIS .
deve ser usado em lugar d aquele em
que se f az a construção de um triângulo, Bom; e agora?
mais demorado e menos preciso. Calc ular
o valor do espelho e marcar de um por
um seria também inexa to. IL'
.. ~
_l .I
v
i /
A
i v I

/
./

----- --- -- ·- +--- ·-_;;I-L

v I I I I

t------------~3=·=
90~----------------~
Desenho Arquitetônico o
_/v- / /
• NUMERE AS HORIZONTAIS E AS VERTICAIS.
O ENCONTRO DESSAS LINHAS DÁ A PARTE
SUPERIOR OA ESCADA:

/__-

--
HORIZONTAIS o PISOS
14 VERTICAIS. : ESPELHOS
/ /
v v •Na-~®~
12
~ PM ~ 0.90 "111, ~
/
v p
V'
v
do- ~- CM"pb ~ ~
lO
v ~ ~~à.~­
8
/
v li'
~ dade k ~- PrJ. R.

6(
v R
;,-
V" --·

~
4 -,-
2 , li""' • MARQUE A ESPESSURA DA LAJE- 6 c1 10
CENTÍMETROS E TRACE A FACE INFERIOR.
I
v • /)e..Ue 2.10 ?7t de rd.IJ.v.a. ::: ,Q s
o 2 4 6 8 lO 12 13

CORTE AB
~ ~ t:.vre ~
a.~ e a..kje ~
( údt,a. ~ -na. ~).

- --.-- - .----1
n~~=r, -- ,- '
:
I
:

I
'
I

A
L __ _ __
1
_ _ __ __
i ___J_ - - -
'
''
---..!- - - · - - -
:
,''
I

- --'' - -- -.'
.. _ 8
.o~d4~da.~
PLANTA • PAVIMENTO TÉRREO • ESC. 1: 50
~~M'~~
~~(~~)~
~ (~) ~ 1.50.., ~ ~,
~-- ·

c-· -------·---- -___j


DESCE

f-
. ..
A 8
I

PLANTA • PAVIMENTO SUPERIOR


I NO PAVIMENTO SUPERIOR OS DEGRAUS
SÃO TODOS VISÍVEIS . USE TRAÇO CHEIO.

Isso é o ABC da escada, entretanto convém que fique muito


bem entendido antes de passar para outros casos.
98 Desenho Arquitetônico

Passemos ao caso de uma escada com pata-


mar. Dados: largura total = 1.50 m e altura
h = 2,50 m. Aplicando a fórmula I fica: n =
= h/e= 2,50 + 0,17 = 14,8. Faremos n = 14;
em planta teremos 13 pisos e como o patamar
é um deles, restam 12; ou seja, 6 pisos em
cada lance. Portanto, 6 pisos x 0,30 = 1,80 m
será o comprimento de cada lance. Podemos
desenhar o corte. A planta poderá ser feita
posteriormente, quando serão definidos os ele-
mentos visíveis, ou não-visíveis, os seccionados
ou não, o corrimão e os balaustres.

/~ ,_,_ Zêda..r a.r ~ ~ s-elã


(s~ ~ t:úi.x:e) € a~ dv ~-

CORTE AB - ESCALA I: 50

FORMA DOS DEGRAUS

A B

I I
PLANTA- PAVIMENTO TÉRREO
Desenho Arquitetônico 99

Quando existe mudança de direção do eixo da escada


devemos introduzir um elemento novo. É a linha de
piso. linha imaginária traçada com afastamento de 50
a 60 em do guarda-corpo. Ela corresponde ao local
onde o pé é apoiado e, portanto, deve ser igual ou
BALANCEAMENTO DE DE8RAUS maior do que 25 em, em cada degrau. Ao lado está
É UMA COMPENSAÇÃO NOS PISOS QUANDO a planta de uma escada em que o eixo sofre um desvio
OCORRE MUDANÇA DE DIREÇÃO NA ESC~ de 90°. A linha de piso está desenhada em traços
DA . NÁO SE CONHECE PROCESSO PARA curtos. Nos pisos 5 até 8 ela se apresenta menor do
TRAÇADO EXATO. que 25 em. Para manter esse piso mínimo, a linha de
piso teria de sofrer um desvio (veja o arco na figura)
e essa mudança não é natural, isto é, a pessoa tende a
seguir a linha de piso, mantendo afastamento constante
do guarda-corpo! Na figura o piso do degrau v ai se
estreitando até zero e forma uma área perdida onde
o pé não encontra apoio. Outros defeitos: há maior
perigo de queda com a mudança de ritmo das passadas.
O guarda-corpo forma uma aresta viva, quina ou esquina
ponteaguda. Compare com o desenho que se segue e
verá que a diferença é de 1,85- 1,70 = 0.15 m. Isso é
vantagem?

3 2

10 I
F
I G

PLANTA- ESCALA I : 50
A

I. 8~
100 Desenho Arquitetônico

~ claro que não se deve abusar mas, a rigor, somente


duas coisas podem controlar o uso das formas livres
nas escadas: a falta de dinheiro do cliente e a falta de
imag_inação do arquiteto. Pois a tecnologia atual permite
qualquer fantasia, bastando que alguém se disponha
a pagar.

FORMA DAS ESCADAS

ESCADA COM PATAMAR

VISTA 00 CONJUNTO E PROJEÇÃO


HORIZONTAL MOSTRANDO A CON-
VENÇÀO USADA PARA A PLANTA .

ESCADAS HELICOIDAIS

--

ISSO SERÁ UMA


ESCADA "EM CARACOL" ?

S€ €V PECO
êS$é PéSENI-1/STA . ..
~ \

Felizmente a tendência na
arquitetura atual é explorar a
escada, de modo que ela venha
a se integrar; a compor o
ambiente. Surgem, assim, as
ATENÇÃO:
escadas com trechos retos e NAS ESCADAS A ALTURA É
patamares curvos, ou com lances DIVIDIDA EM _!! ESPELHOS
curvos e patamares retos, escadas E A PLANTA EM n-1 PISOS.
helicoidais e outras. ~ importante
que o desenhista domine bem o
cálculo e o traçado de modo a
evitar erros. Existem 99% de
probabilidades de não se poder
c onsertar uma escada d epois de
construída!
Desenho Arquitetônico ((o0
-~

PI?GSTE

,;7
4T~IVÇAO

4AA . . • ~
,
H E LI C E

-:~.\ f~J

~t
r::y- ~
A hé!;oo ' " ooohoddo já "' G•êdo Aotigo. A•q,;mod"
escreveu o livro "Parafuso" e diz-se que foi o primeiro a
aplicar seus conhecimentos: teria inventado um parafuso sem-
-fim para irrigação. Se o grego tivesse registrado a patente
não teríamos hoje essa dúvida e ele estaria riquíssimo, co-
brando " royalty" de cada parafuso. Claro, se aquele soldado
romano não o tivesse degolado quando fazia cálculos na
areia da praia.

o
C/) TRAÇADO :
"'4
Q.
~-{,v Q. ~~-e-
~Aa. "~N ~-

A sugestão melhor para visualizar a hélice


o
PROJEÇÃO
L...J.____J_ _=o,o_ __,__ _j_J
1 11~ o- ~ (aL­
tu.ra_)
(! ctiP-t-'d ir 3?7(.
N~.N~.
é traçar a diagonal de um papel de forma ~ (ff'~ ~
retangular (cartolina) e enrolar em forma ~ áel..s Acrl-
de cilindro; a diagonal passa a ser uma ~ C6m (/.6' ve,.á.
hélice. A base do cilindro (circunferência) uUs ck ~
é a projeção da hélice no plano horizontal. ~--es-1;4~
A altura do cilindro (geratriz) é o passo Q.. h..é/A.ce .
da hélice: distân cia vertical entre dois pontos
da curva.
PROJEÇÃO HORIZONTAL

NA ESCADA HELICOIDAL
O PISO É UM SETOR CIRCULAR.

PC(..f"Q. o- ~ ~
escada., ~ Uf1f4
/MJ1.a ~ ( k/w_ de
pi,S-1)-) ~ de 50 a. 6'0 cnr.
dc--~ e ~cr
.------..
pA.s1Y AB.

AB VARIA DE 18 a 32 em
,-0'..
·ho2 } Desenho Arquitetônico
· '-"·'

'
CALCULO
Dados: h= 2 .75(altura)
L= 0.80( largura) ACHAR : R=?

NA FORMULA [I] n=~ = 6.- ?~ = 16,5 .' . FAZEMOS= n = 17 .

5501'1t. ( *)
• DESE NHE 4 LINHA OE PISO
(CIRCUNFERÊNCIA) COM RAIO OE ""'
17
0,55 m NA ESCALA ESCOLHIDA.
1 6~------~H-------~
15 +-------tft---------+-
14•~--------~-------1-
13 + ----- --+tt------i-
1~+------1#--------~
11 +---- --+tt-·------r
10 4-------~+-------+
• 9
•81--l------++l--------+-
7 --+-- - -
6-+~----tl+--------+­
' -+-~~---+1+--------~
e A PARTIR CESTA CIRCUNFERÊNCIA
4-+--~---tl+--------+ INTERNA lo4AROUE A LARGURA DADA /
3 -1- - - - - E TRACE A CIRCUNFERÊNCIA EXTERNA PLANTA
2-+-----~-------~­
I
ESCALA 1/!10
o

e LEVE PARA O PL4NO VERTICAL 4 COLUNA CENTRAL E O CILINDRO

EXTERNO, OlVIDA AS CIRCUNFERÊNCIAS EM TI- I= 16 PARTES. NUMERE AS


DIVISÕES DE ZERO ATÉ 16.
4

.& c ~ dá. R< so,_ (~ ~ p.éU'a a. ~- de ~ )


(*}~--e. ~t:te~ ~ ~-~ 3,4 ~
~ . ~· EH roDOS OS CASOS O C4lCVL O De R c ' ~Ei ro POR .
,.çNrA r i JI'AS P<H' ~ : Ir.= 2,25"' :. n = 13. ~ P"' 22c-m. ~ 2f!'R =
22><'12 . : R.= 42U-t, IN4C€/ TAIIEL/
F~ 3/4><2!TR=22xt2 fica- R= 56c-m (~)}A ESCO LHE R
F~ 1/2x 2trR..: 22XJ2 ~Cct. R = 84úH.(~)
CONTINÚA •
Desenho Arquitetônico 103

• NO ENCONTRO DAS HORIZONTAIS E OAS VERTICAIS OE MESMO NÚMERO


ESTÃO OS DEGRAUS.TRACE O CONTORNO DA FACE EXTERNA E DE-
POIS A FACE II'ITERNA, OEFII'IINOO A SEGUIR AS PARTES VISÍVEIS.

eACRESCENTE A ESPESSURA DA LAJE E O CORRIMÃO, FORMADOS


POR HÉLICES. RESTA COLOCAR OS BALAUSTRES E INTRODUZIR
AS CONVENÇÕES NAs PLANTAS .

EXERCICIOS
(Alô principiante, passe ao assunto seguinte)
1) Desenhar a planta e elevação de uma escada heli-
coidal.

Dados
Altura h: 2,25 m
largura: 1 m
Piso médio: 0,25 m a 0,60 m da borda interna
Escala do desenho 1 :25
ELE V AÇÃO M
2) Fazer o balanceamento de 12 degraus de uma
.. - - 'T- - ..
escada. I
I '
>,
'

Dados: o esboço da planta com dimensões I ' ~

' ' ''


Piso médio com 0,25 m a 0,55 m da borda 1nterna '
Escala 1 :25

I
I
I
I
I ' ~
I PLANTA -PAV.TERREO IM

0.25 I. 20

3) Calcular ·uma escada semelhante ao esboço abaixo


e destinada a um prédio de vários pavimentos.

Dados
Diferença de cota (h) entre pisos: 2,75 m
largura útil: 1 ,20 m
Prever cornmao interno e guarda-corpo externo com IM
10 em cada um PLANTA· PAI/. SUPERIOR

Escala 1 :50
Apresentar planta, cortes e fachadas
(o?··. Desenho Arquitetônico


ELEVAÇAO A SOBE

-- - - - ~--- - - - -- - - - - - - - - - - --T" - - - - - - - - - - - - -r - - - - - - - - -- --n-,


I
I

'I
-
'

, J\
\
. DESENHO
DETALH ADO
MAIS
DE
I
I ,___ '
~
,"
'
A
.... ) .... UMA ESCADA
' I
I / I
I

'' HELICOIDAL .
I
I
I I I
I I
I / I O CORRI MÃO INTER NO
I I

y ,' I
\ I I FOI ELIMINA.OO PARA
' \ I / I
I
MAIOR C L AREZA DO
'\ .-"
' I DESENHO .
'~ ....
' ' , I '
' ·<.
PLANTA DO
PAV . TÉRREO
ESC. I . 25
Desenho Arquitetônico 105

SOLUÇÓES DOS

Nt 3 . ·.
\I

s-t I
~
n
I
-- I 8 CORTE AB

PLANTA·2S' PAV. EM DIANTE· ESC.I:IOO l


--==n
I I
SOBE__.
i I

'L-- -- - - - - - ---- --- di


··-·---, f-
'
I

'f- - - - - - - - --- -- - --- I


' N
I
L.. _ _ __ _ _ _ - - - - - - - - - · ·-- -· ~ - - - 1

ii
I . ·I· ·-
L- - - - - - - - -
PLANTA · 19
- LU L-c-~~ :J
E SC .'IL .~ I : 50
.
Na página seguinte
apresentamos um gráfico
para evitar cálculos de esca das.
t especialmente, dedicado
aos que não gostam de usar
réguas de cálcu lo nem
máquina de calcular.
106 Desenho Arquitetônico

; ÂO DA QUA NT I OAOE
NSÕES OE PISOS !
lOS DA S E SCADAS

o lm 2m 3m 4m 5m 6m

DETERMINAÇÃO DA QUANTIDADE E Solução: no eixo das alturas (h), encontra-se o valor


i>IMENSOES DE PISOS E ESPELHOS DE dado 2,50 m e por esse ponto traça-se uma paralela
ESCADAS ao outro eixo. Essa paralela vai encontrar a linha oblíqua
do degrau ideal num ponto situado entre as oblfquas
ORIGEM DO GRÁFICO (n) de números 13 e 14: esta é, portanto, a quantidade
Baseia-se na fórmula de Blondel, onde se fez 2e + p = de espelhos que se procura. Fazendo n inteiro e igual
= 62 em, sendo e = 17 em e p = 28 em. a 14, a oblíqua n = 14 encontra a paralela traçada na
altura dada, determinando um ponto X. Ligando esse
FINALIDADE ponto X ao ponto neutro A, traça-se uma reta que tem
a mesma inclinação da escada e permite determinar,
Destina-se a evitar cálculos numéricos na determinação
na faixa correspondente ao espelho de 17 em, o piso
da quantidade e do valor dos espelhos e pisos.
p = 25 em. Veja o item 4, adiante.
Simplifica as tentativas (aproximações) para obter
aqueles valores. Temos, pois, altura dada h = 2,50 m
Fornece, por meio de simples leitura, com aproximação quantidade de espelhos n = 14
de centlmetros, o valor do espelho dos degraus e espelho e = 17 em
permite o cálc ulo de decimais. piso p = 25 em

DESCRIÇÃO OBSERVAÇ0ES
Faixa onde se encontra m os pi50s 1) O gráfico também se aplica ao caso de esc adas
oorre5po ndentes ao espelho @ = ]
helico idais
Degrau 1de al: 17 x 28 e m 2) Quando houver patamar, o gráfico pode ser

. ._
..----
~--- A ltura do espelho
utilizado, desde que se faça previamente a redução de
um espelho - correspondente ao patamar - , voltando
; ' 1 7~ -:~~·
6 em cent ímetros
a introduzi- lo por ocasião do desenho.
Ponto
neutro~ 3) No exemplo apresentado pode-se preferir con-
A siderar n = 13. Para o espelho de 18 em teríamos, na
faixa correspondente, o piso compreendido entre 21 e
23 em, valor que não é aconselhado para escadas retas.
UTILIZAÇÃO
4) Pode-se preferir um espelho de maior altura,
Problema: quantos espelhos deverá ter uma escada com seja e = 18 em. Neste caso a faixa correspondente daria
2,50 m de altura ? Determinar, também, o piso e o o valor do piso igual a, aproximadamente, 26,4 em, o
espelho dos degraus. q ue é admissivel.
Desenho Arquitetônico 107

Rampa é um plano inclinado usado para circulação; deve ser


previsto patamar de descanso em condições semelhantes às
da escada. Quando se destina ao uso de pedestres, a rampa
ideal seria a de 8% de inclinação, entretanto - como ocuparia
muito espaço - prefere-se fazê-la com 1 0%. Neste caso,
para subir 3 m de altura (h = 3.00) são necessários 30 m de
rampa, pois 3m • 10% de 30m, e mais o comprimento do
patamar. As rampas são pouco utilizadas em residências, mas
largamente aplicadas em escolas, hospitais, ediflcios espor-
tivos, mercados, etc., onde a circulação intensa justifica sua
RAMPAS utilização.

' .
ELEVACÂO M

~--- -------------------- --- --~=====================;:===::::::::;-]

.:- ---------- ---------------..t:::=============~


s-)

PLANTA-PAV. TfAitEO•ESC . 1/100 ~~~~~

Na rampa helicoidal o comprimento, para efeito de


cálculo, é o do eixo médio, portanto medido na metade
da largura. No exemplo ao lado h = 2.40 m. Largura:
L = 1,20 m. Sendo h = 10% de 24 m "" 2.40 m temos,
então, comprimento = 24 m = 27tll. Como deve ser
colocado patamar teremos rampa + patamar = 2 nR ou h
24 + 1,20 (largura) = 2nR.
Dai deduzimos que R= 4 m (raio do eixo médio).
Colocamos de cada lado do eixo (circunferência) me-
ELEVAÇÃO N
tade da largura e o guarda-corpo. O leitor atento notará
diversos pontos de semelhança entre as rampas e as
escadas helicoidais, no que se refere a traçado, con-
venções e cálculo.

.
J
:
.
'
I

,-''
.
'
/

,,-' .
-- - - --- -- IH
PLANTA· PAI/. TÉRAEO-ESC.I/100
108 Desenho Arquitetônico

ELEVADOR O corte mostra a caixa do elevador (prisma onde


ele se movimenta), o poço e a casa de máquinas.
Na planta aparecem a cabine do elevador e o
contrapeso. Os fabricantes fornecem todos os
cálculos para definição de medidas e capacidade
CASA DE do elevador.
MÁQUINA$

:J
ÚLTIMO PAV.
iI

Ir

PAV. TIPO

PAV. TÉRREO

POÇO

CORTE AEI • ESCALA I: I 00

A B

Chama-se caixa de escada


ao conjunto, aparente ou
não, formado pela caixa do P L ANTA PARCIAL • PAVIMENTO TIPO
elevador e pela escada. ESCALA I : 150
CAPITULO 16

INSTALAÇÕES
PREDIAIS

UM PROJETO ARQUITETÔNICO COMPLETO

DEVE SER ACOMPANHADO DOS

PROJETOS C O M P LEME N TA R E S DE ÁGUA


ESGOTO
AGUAS PLUVIAIS
LUZ E FORÇA
TELEFONE
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
ESTRUTURA
INSTALAÇÕES ESPECIAIS

Não competem aos arquitetos esses projetos, ainda que


ele saiba e possa fazê-los. É uma questão de eficiência
e de especialização ou divisão do trabalho. Correto e
lógico é que o arquiteto e o projetista de instalações
trabalhem em equipe. Normalmente, os projetos arqui-
tetônicos limitam-se a indicar os pontos de luz, de
telefone e de água. Os pontos de água e de esgoto
deduzem -se das peças sanitárias que são sempre dese-
nhadas na planta ; os de luz e de telefone podem,
também, ser indicados no projeto arquitetônico por
meio de símbolo gráficos apresentados na página
seguinte.

Hl DRANTE
o--~
~· -.
1

109
110 Desenho Arquitetônico

SÍMBOLOS PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

LÂMPAOAS:NOTETO ~ INTERRUPTOR SIMPL:ES s


INCANDESXE

secções
D
FLUORESCENTE
DE 2

NA PAREDE QUADRO DE MEDIDOR DE LUZ

-
(ARANDELA)

TOMADAS ALTA DE DI S T RIBU IÇAO DE LUZ


A C I MA DE 2.00 m

MEDIA CIGARRA d CAMPAINHA

D.so< h.( 1.40

BOTAO DE CIGARRA OU CAMPAINHA


BAI'XA

NO PISO
ALÉM DESTAS HÁ DEZENAS DE OUTRAS
CONVENÇÕES, VARIANDO OS SÍMiiOLOS
E O SIGNIFICADO. CONVÉM FAUR SUIPRE
DUPLA
-[>[> A LEGENOA EXPLICATIVA EM CADA PROJETO.
ALTA

PARA TELEFONE
BAIXA

EXISTEM CHAPAS PER FURADAS


COM SÍMBOLOS RELATIVOS A
ELETRICIDADE,MÓVEIS, PE-
ÇAS SANITÁRIAS E OUTRA S.
O DESENHO GANHA EM R~
PIDEZ E PEROE MUITO
.EM Q UA L I O A O E.

Na página seguinte o leitor encontrará uma planta típica


d e escritório de arquitetura, onde se encontram dese-
nha das diversas espécies de pontos de eletricidade.
Desenho Arquitetônico 1-11

+
0.40 fJf5t IAO 2.10

r-------- - - -- - -- - - - -- -- -- ----- - -·- - ----------------- - ---- -- --- -- -- --- -- -, o


i 1.00 I( 0 .70 : ~
: : o
I

SERVIÇO lill ~~~


I

D
I

: -Q- <J-
!!
ó
I.OOlC0.50
2..
D [[]
D ___AJ~ o
11,,::.' y C\1

D
OI
h•2.00

~o-Q-
~WJD,0~ewc []

~
--+--+••1 I
I
I

t.$X070
1.40
D COZINHA 0 ........ 1"1

I
1.20)(1.20
--o.tõ

--t-"""'1-··1
1
0.801CI.20
0.90
o o
•,..: -~
"-
"'
~ QUARTO

SALA

."'
o
0.20)(0.40
1.70 ..,
~u
·Ó

/_/---
o
i 0.110 X 2.10 co

í
TERRAÇO o:rs

I
I
c;"'
2 .0'JX 1.20
0 90
,._ NORTE ~ : ...
o
I · 'ENTRADA T
L- -- - ---- - - - - -- -- -- -- -- -- - - - -- -- ---- -- -- - - - ---- - - -- --- --- - ------ - - --- --- - ---4
I o
li
!1.00 3 .00 0.15

PLANTA • ESCALA 1: 50
CAPITULO 17

DETALHES DE
ESQUADRIAS

DE MADEIRA

ESQUADRIA É O CONJUNTO DE PORTAS E JANELAS { OE FERRO


DE ALUMINIO

MOVIMENTO FOLHAS T I P O
DE GIRO(DOBRAOIÇAS) DE FOLHA DE FICHAS
PORTAS CORREDI~A DE Z FOLHAS DE COMPENSADO
P I VOTANTE ETC . .. ENVIDRAÇADA
aASCULANTE DE ALMOFADAS
DE ENROLAR

Existem diversos tipos de portas, que classificaremos


quanto ao movimento, ao número de folhas e ao tipo
da folha. Observe na figura novos termos técnicos:

POR TA DE
G I R O

FOLHA DA
PORTA

O marco. ou grade, ou aro. pode ser de dois tipos:


S OLEIRA

• DE CAIXA ; ADUELA
IGUAL À ES PE SSURA
DA PAREDE
G RA O E PARA PORTAS INTERNAS
• !E CANTO: AOUELA
MENOR 00 QUE A ESPES-
S J RA OA PAREDE .
Veja detalhes
PARA PORTAS EXTERNAS
na página seguinte.

112
Desenho Arquitetônico 113

J. --~
' -

... OU TUFOS DE MADEIRA OU POR


PARAFUSO
COM PREGOS VIRADOS.
EM BUCHA
OE NÁILO"'

ALIZAR OU
GUAR NIÇAO
.
AOIJELA

:.-:: -: . ..
I
-r IALTIJRA
A ____s_ I<EM GERAL
2. 10 )
o

ELEVAÇÃO ESC . I : 4 0

CO R TE A- ES C.I : 3

(GR AC E DE CAN TO)


P L ANTA (E S QU EMA 0 0 MOVIMENTO )
114 Desenho Arquitetônico

~ ~ erl.es ~ ~
~ n4. ~ túJ
PORTA DE ALMOFADAS / : 20 Mt. t:to - a. ~ e
;:J~J«.. /.'2-~ ur4s~Xt. ~
~ d.c"tüs.

ElEVAÇÃO- ESC. 1:50

PORTA ENVIDRAÇADA

D
CORTE C - ESC. I : 3

D
ELEVAÇÃO- ESC. I :50

c=
PLANTA v J)~ ~ai.
paKL ~C!$" CORDÃO OU
t:.pcs- de ;...·.ut<-4-.,. BAGUETE FIXADO
~ ~- brr../:3 POR PREGOS

PEQUENOS PREGOS COBERTOS


POR MASSA DE VIDRACEIRO.
Desenho Arquitetônico 115

PORTA DE FICHAS
DIVERSOS TIPOS
DE FICHAS

TRAVESSA /

(EMBUTIDA OU APARENTE) VISTA INTERNA

TIRANTE

BANDEIRA FIX
BANDEIRA TERMOS COMUNS AS
MÓVEL
PORTA S E JANELAS

lf
GRADE OU MARCO DE CANTO
DE CAIXA

VERGA OMBREIRA
AOUELA ALIZAR
TUFO OU TACO BATEDOR OU
BATENTE
COUÇOEIRA TRAVE SS A
FOLHA Pl NAS IO
BANDEIRA: PARTE MONTANTE- PEÇA
ACIMA DA FOLHA . VERTICAL. AQUI

É USADA PARA
EVITA R A FL E-
XÃO DAS VENE-
ZIANAS .
116 Desenho Arquitetônico

TRIL.HO DE FERRO

WOLDLJRA

PARA
REGUI..AGEM

FOLHA DE

COMPENSADO

ENCHI MfN TO DE
RESTOS DE MADEIRA .

PORTA E
CORREDIÇA

I2.10
c D

1~-- DJJ~~ ELEVAÇAO


___!L__
f

-. -. ·..
1.60 TRILHO DE ALUMINIO
EXTERIOR
PLANTA· ES C. I : 50 CORTE VERTICAL- ESC . 1: 3

<l-

I g _p
A
E__g
8
E c
I o
EXTERIOR
. '·::·
CORTE HORIZONTAL. • ESCALA I: 3
Desenho Arquitetônico 117

QUANTO AO MOVIMENTO
• DE GIRO
• CORREDIÇA
• BIISCULANTE
JANELAS • PIVOTANTE-VER CAP. 11
TRAVESSA
• DE GUILHOTINA - IDEM
QUANTO AS FOLHAS
• DE UMA FOLHA
• DE DUAS FOLHAS, ETC. POSTIGO OU FOLHA

DE SEGURANÇA

OLHA

I
I
I
I

o~ ~
I
I
'?ta$
CORTéS aa pOçaS da.
~S'tÚT ~
I
ACENTIJA/J4S M- ~
~ ~.
I
118 Desenho Arquitetônico

:.·.·.-1
...:...:..:..J
RESPINGADOR
. . . ..
~ ,'
..
..
'~
I

JANELA DE Gl RO
IA
....
E
1. 20

ELEVAÇÃO EXTERNA

ESC . 1: 50 CORTE
VERTICAL

~IOR
I I
2.00

PLANTA

PEITORIL EMOECLIVE

*
CORTE AB-ESC. 1: 2

INTERIOR

~
~..·.-.· ·

. .·
.·.·
- - - - -- -- - - -~_ _ _ _ _ ___._ ....... 7~ -- -- -
......
CORTE HORIZONTAL -ESC.1: 2
Desenho Arquitetônico 119

JANELA BASCULANTE

0.70
ELEVAÇÃO · ESC. I: 20

BATEDOR EXTERNO

CORTE VERTICAL· ESCALA I: 2

I I
"- --
'' ......

BATEDOR
INTERNO

- - - -- - -- - ..,...__""---- - - -- - - - - ------'~~

CORTE A8 · ESCALA I: 2
120 Desenho Arquitetônico

~
.JANELA CORREDIÇA
~
. 1- Ic
u I"""
I L..
I
I

I
.... I.!:::=:==A=-=·=· ~===:::r=~-- :r
ELEVAÇÃO ESCALA 1: 20 i D
INTERI O R

1. 20
PLANTA

CORTE C 0 · ESC. I : 2
VIDR O l\mm [ ,, TERIOR
/
)

/
/ J
I 1

-- - -- - - -- ---

....

I TRILHO

r - - - ---- -- - - -

CORTE AB ESCALA I : 2
Desenho Arquitetônico 121

os F E R R os MAIS USADOS SÃO:

2-~ ~-de~~

3-F~ ~-S~: rjJ '/4 " -f.ua:~ ~de ~


. (W't ~ç4~

;1/~- ~ ent, ~

Tetr'Ci.do-s ~ ~
I 3. <t~ - ~ .. fu'ro- ~
~t;.ê.s~~
(= 3J· '11LI1I ál' ~)

~ .. 3.4-42-4.ó-50-
5.5- 6.0-6.4 ێc ...

I fX,(.

u
L lU/.

OS PERF Í S DE ALUMÍNIO OCUPAM DEZENAS DE

PÁGINAS DOS CATÁLOGOS E MUITOS SÃO RETIRADOS DA FABRI-

CAÇÃO PARA DAR LUGAR A NOVOS PERFÍS .

CORTE • ESCALA I: I

OBSERVE A COMPLE lCIOAOE DOS P ERFÍS ACIMA


122 Desenho Arquitetônico

, JANELA BASCULANTE
I.c
----
-- - - - --- ~a
- - ----
- ---- ------ - .r
- -
A -- - --
1·----- ----__ _J ---- - ~ 1--
0.40

- -- - INDICA FOLHA MÓVEL

I li
0.72
I A
É
E L E V AÇÃO AO LADO
SUFICIENTE PARA A

ELEVAÇÃO • ESCALA I : lO FABRICAÇA"0 DESDE QUE


1
SE TRATE DE ESQUADRIA

DE TIPO CONVENCIONAL
.....
' ··
, ...
.·.·:
CORTE AB • ESCALA 1: 2

Um projeto bem estudado deverá detalhar outros ele-


mentos como, por exemplo, balcão de cozinha, balaus-
trada. corrimã o, escada, portão, armário, etc.

Um bom detalhe deve indicar, no caso de esquadria de


madeira, o seu tipo (sucupira, peroba, jequitibá, cedro,
etc.), assim como o acabamento (pintura a óleo, verniz,
cera ou outro acabamento) e as ferragens (dobradiça, CORTE CD
trin cos, maçanetas, f echadura, etc.). ESCA L A 1: 1
CAPITULO 18

REPRESENTAÇAO
EM CORES

No representação dos projetos A CONSTRUIR

usa-se a COR PRETA

em todos os traços.

ISTO NÀO É NORMA, É DISPENSÁVEL


E TEM O INCONVENIENTE DE NÃO
APARECER BEM NAS C O P I A S.

I~ CONVENÇÃO
PAREDE A CONSTRUIR PAREDE A CONSERVAR PAREDE A OEMO L. IR

2~ CONVENÇÃO

É MAIS USADA E RESULTA MAIS EFICIENTE NA INDICAÇÃO DE REF'ORMAS A


PIPfTURA EM COR E 5: VERiooiElHO:A CONSTRU[.R E AloiiARELO • A DE MO L IR .

32 CONVENÇÃO . :· ··.. . · ·
/
. ·.· .. ..... ::: . : .:. : ·.... :.·.·; .. ·.. ·.
RECO MENDAOA

td:a., ~- Vnd<.CAda.. ~ ~ ~ ~ S""'tV' ~ ~ e


&K. tem_ ~, a.. ~ ?tO- 0RtG/JV4L. 4.r> ~ ~ ~ rJM. ~ ~-

123
24 Desenlr:J Arquitetônico

Damos, na figura abaixo, um exemplo de utilização das


cores para a representação de uin projeto de reforma.
Antes de verificar a resposta, o leitor deverá fazer sua
interpretação dos casos representados na planta e
identificados por um número. A soluçllo correta é dada
ao lado do desenho.

• S3.1.HO:>
6 31 SY.1N'f1d l>YN l.I.N31'1
-OS SYOYSn O!S ng~N311
AMARELO - NOJ SYLSl :3.10H ''f.1110d
H'f:)C)10:> 3 0.1.13dYHYd O Hl1
-OW30 1Y13NYr H3110tol31t ·g
C1111 HYHJl.:l ·ç " 'fT~H'f r l:l'IJ
2 -010:> "0.1.13dYI!"Vd H3Z'f.:l
3 'f.1H0d 1!3110W31:l ' I> ' '113N
-yr HYJ0100 3 Ol(ll HIIIBY · ~
'0!11 O HYHJ3.:1 3 l:l]IIOW3H V
-vnv v13N-vr · z · oyllt~ll:lBY·r

'O!JjY.I.311dii3.1.NI
3 4
PLANTA DA REFORMA

ÚM:.cta.cfb'_/ FORA DESTA CONVENÇÃO (VERMELHO E AMARELO) QUALQUER OUTRA COR DEVE SER
USADA COM INDICAÇÃO DE SEU SIGNII'ICAOO.

E~~de~ ~ ~ ~ ~IUJ'f'~de~
'lf.M~~~~~aB~~
~.4~
de~~~ e 9M4 C4-da. ~ ~ s-u.a..r ~ ~-
• VIDRO-VERDE CLAftO • ALVENARIA DE TIJOLOS -VERMELHO

• LÍQUIDOS- AZUL CLARO e CONCRETO CI HZA ~~


• MADEIRA- ALARANJADO • TERRENO- TRACEJAOO MARRON __j
CAPITULO 19

PROJETO
DE RESID~NCIA
COM DOIS PAVIMENTOS

O projeto que ilustra este capítulo é uma feliz solução


para habitação unifamiliar em terreno pequeno. As
d iversas figuras compõem aquilo que é exigido para
apresentação e aprovação de um projeto junto aos
serviços públicos. Deixamos de apresentar as especifi -
cações, os detalhes e a indicação dos pontos de luz.

ILJ
Jg

J ;~~~--~~5. . . 1.- '- - ' - _-l:(.<:.=t_ ~t_ I_ _L_I 2_ _.1_


..•
:

>
T
AV. H. S. 00 LORETO

i
NORTE

<
'
iI

t
I
i
I I
I !
PLANTA DE S I TUAÇÃO
ES CA LA 1:2 000

125
126 Desenho Arquitetônico

MAURICIO DO PASSO CASTRO- ARQUITETO


RUA JOAOUIM NABUCO, 111• GRAÇAS- RECIFE

PROJETO: RESIOENCIA
.. , \•
(
\ , , .. '
LOCAL LOTE 9,QUADRA F _
. LOTEAMENTO Nc LORE1t ~DE - JABOATÃO - ·PE
. PROPRIETÁRIO Z. 8 . R.
-· · ---= ~ . . .

ESCALA
I ! ·' ~ . ' ..
..
... ~ - " ~

PRANCHA
DESENHO PLANTAS E ETC.
DATA JANEIR0/74
ÁREAS

12.50

PLANTA DE LOCAÇÃO
E DE COBERTA

ESCALA 1:200

AV. NOSSA SENHORA DO LORETO


Desenho Arquitetônico 127

ESCALA I . 100
128 Desen ho Arquitetônico

()

~~ .
.............. ··- ----

PLANTA • MVIMENTO SUPERIOR


U C ALA I . 10 0
Desenho Arquitetônico 129

n ~ n
,....o ~ o

. "'
n
~
:O
....

....
"' .. n
g c

i lO - + - - · 2.6q _ _

j~
. i
l
l

i
I
o
"~
I
l
~
o
~
E
.~

J
l
2. 60
2: . 40
i
.... I
1
I
~~
o
o
n

~
,_____ ____j
r
..
.. ~i
..
I~
1:X i;
r

__ ! ~() ___ -1------ .!:....!!0. _____ .. LOO ~


130 Desenho Arquitetônico

li
r---+--- -- -----4 1' I I
J
!
1

111 1 r

....I&J
a:
o
z
ct
o
ct
:r I&J
o
ct
....
11)
1&.. I&J
-l

ct
o
ct
:r
u
ct
1&..
CAPITULO 20

VOCABULARIO TÉCNICO

ABÓBADA,-- Cobertura de secção curva ' · BRISE - Quebra-sol. Elemento horizontal


ou vertical de proteção contra o sol.
ADOBE - Tijolo de barro seco ao ar e não cozido
ADUELA- Peça da grade ou marco de portas e de janelas.
ALGEROZ - Calha. Coletor de águas pluviais.
ALICERCE - Base que serve de apoio às paredes de uma CAIBRO - Peça de madeira sobre a qual se pregam as ripas des-
construção. tinadas a suportar as telhas.
ALIZAR - Peça de madeira que cobre a junta entre a esquadria CAIXILHO - Quadro de madeira ou metal que serve de estru-
e a parede. tura para vidro ou painel de vedação. Esquadria.
ALPENDRE - Parte saliente e aberta de edifício, tendo co- CALHA - Conduto de águas pluviais.
bertura própria CALIÇA - Pó de cal. Resto de demolição.
ANDAIME - Construção provisória de madeira ou ferro, ao la- CANTARIA - Construção de pedras aparelhadas e formando
' do das paredes, para uso dos operários. sólidos geométricos de dimensões e faces regulares.
ANDAR- Pavimento acima do rés do chão.
APARELHO - Acabamento para dar às pedras e madeira• for-
mas geométricas e aparência adequada. Primeira demão
de tinta
APICOAR- Desbastar com ferramenta uma superfície ou pedra.
ARANDELA - Aparelho de iluminação fiXado na puede. CAPIALÇO - Acabamento nos vãos entre
a grade (marco) e o paramento da
ASNA - Peça da tesoura de telhado. Escora._ parede.
AMARRAÇÃO - Disposição dos tijolos.
ASSOALHO - Piso de tábuas. Soalho.
BALANÇO - Elemento com apoio e
contrapeso numa extremidade
I CASCALHO - Seixo rolado. Pedra britada
CHAPEU (de muros) - Coroamento que os protege das águas.
e com a outra livre.
CHAPISCO - I. a camada de revestimento de paredes e de tet<>s
BALAUSTRE - Elemento vertical que, empregado em série, destinada a dar maior aderência ao revestimento fmal.
forma a balaustrada.
OIEIO - Nome dado a uma parede sem aberturas. Parede cega

4-IA< OIUMBADOR - Peça que serve para fiXar qualquer coisa numa
parede.

o~
CLARABÓIA - Vão nas coberturas, em geral protegido com
vidro.
om,._,.,
BALDRAMR - ' " " . ,
tre o alicerce e a parede. Soco. 0'r:. · '-. COMBOGó - Elemento vasado.
COIFA - Cobertura acima do fogão para tirar a fumaça.
JF;;f'ft.l;;;;} COLUNA- Suporte de secção cilíndrica.
BANDEIRA - Parte superior dos vãos acima das folhas. CONCRETO - Aglomerado de cimento, areia, brita e água
BASCULANTE - Folha móvel, segundo eixo horizontal. CONCRETO ARMADO - O mesmo que acima, com ferragem.
BATEDOR - Batente. Rebaixo na aduela onde se encaixam as CONDUITE - Conduto flexível. ~
folhas dos vãos.
~
BEIRAL - Parte saliente da coberta.

.........
BISEL - Corte em chanfro na extremidade \~
~
""" ~
'""
F,
CONTRAFORTE - Reforço de muro ou
parede. O mesmo que gigante
BOLEADO - De perfil curvo. CORDÃO - :Peça de silstentação do vidro na esquadria Ba-
guete. Gacheta.
CORRIMÃO - Peça ao longo e nos lados das escadas servindo

•., BONECA - Saliência de alvenaria onde é &-·~·~


jQ
fixado o marco ou grade de portas e
de j anelas.

.J. COSTELA - Tábua colocada a cutelo para


BRITA- Pedra quebrada em tamanhos variáveis. 7 sustentação. Guia

131
132 Desenho Arquitetônico

COTA- Verdadeira grandeza de uma dimensão. ; FLECHA - Distância vertical entre a /..
COUÇOEIRA - Peça vertical de portas e de janelas. posição reta e a fletida de uma ~
CUMEEIRA - Parte reta mais alta dos telhados onde tem inicio
viga ou peça. I I
as águas. A peça de madeira que a forma. FOLHA - Parte móvel da esquadria.
CÚPULA - Abóbada esférica. FOLHEAR - Revestir de madeira.
CUTELO - Veja costela. FORRO - Vedação da parte superior dos compartimentos da
construção. ·
DEMÃO- Camada de pintura.
FORRO FALSO - Forro que se coloca apÓs a construção da
DOMO - Parte externa da cúpula. Peça pa· laje ou coberta e independente dela.
ra iluminação e ventilação, em geral
de plástico transparente. FRECHA L - Viga de madeira colocada sobre uma parede para
apoio da cobertura e do forro.
FUNDAÇÃO -- Conjunto de obras sobre as quais se apoia uma
construção . Base. Alicerce.
GALPÃO- Construção aberta e coberta
DUPLEX - Apartamento de dois pisos superpostos.
" ED(CULA - Pequena casa. Dependência para empregados.
EMBASAMENTO - Parte inferior de um edifício destinada à
do telhado. J
GÁRGULA- Tubo que se despeja as águas
___.-./-r
~ •

~<
sua sustentação.
EMBOÇO- Segunda camada com que se reveste uma parede.

~ ;~~
EMPENA - Parede em forma de triângulo '-......__
acima do pé direito. '\.
\' /
'-.j
GELOSIA - Treliça de madeira. Sendo móvel c~.
m-ro'"'• ~
ENSAMBLAGEM - Ligação de peças de madeira por meio de
encaixes.
ESCARIAR - Rebaixar, a fim de nivelar,
a cabeça de prego ou parafuso~ \ GRADE - Elemento vasado que forma a esquadria. Marco.
GUARDA- CORPO - Parapeito. Proteção de um vão.
#!!J •• GUILHOTINA - Janela em que as folhas se movem vertical-
ESCONSO - Torto, não paralelo. mente.
ESPELHO - Face vertical de um decrau. Peça que cobre a fe- JUNTA - Espaço entte elementos
chadura ou interruptor, quando embutido.

~
ESPERA - Ferragem ou tijolos salientes pa-
ra amarrar futuros aumentos da cons- ~

~'" ~~ CAVADA BOLE AOA DE ARESTA


VIVA
CHANF .. AOA

LADRILHO - Peça de forma geométrica, de pouca espessura,


de cimento ou barro cozido, em geral destinada a pisos.
ESPIGÃO - Encontro saliente, em desnível, de duas águas do LÂMINA - Bloco vertical numa construção
telhado. Tacaniça. de vários pavimentos.
ESQUADRIA - Fechamento dos vãos. Formada por grade ou
marco e folhas.
ESTACA - Peça de madeira, concreto ou ferro que se crava no
terreno como base da construção.

.";:
ESTRIBO - Peça de ferro destinada a sus-

=~ .~:':'oo " ~ ~
LANTERNIM - Pequena torre destinada a
iluminação e ventilação.

ESTRONCA - Escora de madeira


ESTUQUE - Argamassa muito fma usada para acabamento de
paredes e de forros. Sistema para construção de forros ou pare·
des usando traçados de madeira como apoio.
LEQUE - Degraus na mudança de direção de uma escada.
FÊMEA - Entalhe na madeira para receber
o macho LEVANTAR- Medir e desenhar terreno ou construção.
LINHA - Parte inferior da tesoura onde encaixam as pernas.

~~
Tirante.

r
MACHO FEM EA
LONGARINA - Viga.
MACHO E FÊMEA - Veja fêm ea.
Desenho Arquitetônico 133
PENDURAL- Peça da tesoura.
' PERNA - Idem.
PILAR - Elemento de sustentação tendo secção quadnda ou
retangular.
PILASTRA - Pilar incorporado à parede e
ressaltando.

MÃO DE FORÇA ou MÃO FRANCESA -


Elemento inclinado de apoio destina-
do a reduzir o v~o dos balanços.

PILOTI_S - Elemento de sustentação de um


pavimento térreo. Nome que se dá ao
pavimento térreo quando aberto.

MARCO - Veja grade.


MARQUISE - Cobertura em balanço.
MATA- JUNTA - Elemento que cobre o
encontro de 2 peças. PINÁSIO - Peça que divide e sustenta os vidros nas fo lhas de
esquadrias.
PIQUETE - Pequena estaca fmcada no solo para demarcar pon-
tos de um teneno.
PIVOTANTE - Folha móvel em torno de eixo vertical.
f,JÓDULO - Unidade de medida. PLANTA - Projeção horizontal. Vista superior. Projeção de
MONTA-CARGA - Aparelho para transporte vertical de peque- um corte horizontal numa edificação.
nos objetos. PLATIBANDA - Parede de pouca altura e
MONTANTE- Peça vertical de madeira. acjma da coberta destinada a encobrir
o telhado.
MOSAICO - Painel formado por pequenos pedaços de vidro,
cerâmica ou pastilhas. Mont~m de fotografias aéreas
e m serviços de cartografia.
MUCHARABI - Conjunto de treliças fe-
chando um balcão.

PONTALETE - Pau vertical que suporta alguma coisa.


PONTO - Sistema de referência para indicar inclinação da
coberta.
POSTIGO - Folha cega de porta ou janela para maior segurança
REBOCO - Revestimento fmal de argamassa.

NERVl'RA - Viga saliente ou não de uma laje. Quando oculta RESPINGADOR - Rebaixo ou saliência para desviar as águas
chama-se também viga chata. pluviais

OMBREIRA - Elemento vertical que protege os vãos. RINCÃO - Ângulo reentrante e em declive formado pelo en-
contro das águas de um telhado. A calha que se coloca
ÓCULO - Abertura circular feita numa parede para entrada de neste encontro.
luz.
RIPA - Peça de madeira sobre os caibros.
OSSO - Sem revestimento. Medida no osso: antes de feito o
revestimento. RODAPÉ - Faixa de proteção entre a parte
inferior da parede e o piso. I ~

L@ $
PANO - Extensão de parede.
PARAMENTO - Superfície aparente de uma fachada.
PARAPEITO - Veja peitoril
PARQUÊ - Piso formado por pedaços de madeira, formando
desenhos.
PARTIDO - Disposição do edifício. Exemplo: partido he>-
rizontal.
SACADA - Parte pouco saliente da construção.
PASTILHA - Pequena peça de revestimento. SAIBRO - Barro ou argila usada em substituição à cal nas
PATAMAR - Trecho horizontal entre dois lances de escada. argamassas.
~-- · SAMBLAGEM - Veja ensamblagem
PÉ DIREITO - Distincia entre o piso e o forro de um com-
partimento. SANCA - Moldura na parte superior da parede, se parando-a do
teto.
PEITORJL- Elemento de meia altura que protege os vãos, mu- ·1
reta; parapeito. ( -~ SANEFA - Faixa horizontal de arremate.
134 Desenho ArquitetôniaJ

SETEIRA - Abertu:ra estreita e vertical. TIRANTE - Peça de madeira ou metal destinada a suportar os
empuxos.

TRAÇO DE ARGAMASSA - Proporção entre seus componentes.

TRELIÇA - Amarração de madeira ou metal onde

SOALHO :- Veja assoalho. ""'"m•bort-. v;,. ~


SOCO - Parte aparente do embasamento. Veja baldrame.
SOLEIRA - Parte inferior da porta.
TACANIÇA- Veja espigão.
TAPUME - Divisão de tábuas. Tabique. VARANDA - Construção pro tegida pelo prolongamento da
cobertura.
TELHA - Elemento colocado na superficie externa da cober-
ta para impermeabilizá-la. V ASIO - Vão ou abertu:ra.
TELHADO - CoberttUa onde se usam as telhas. VÃO - Abertura. Distáncia entre os apoios.
TERÇAS - Peças de madeira onde se pregam os caibros. VERGA - Viga que fecha a parte superior de uma abertura.
TESOURA - Viga de madeira ou me!Bl destinada a suportas ·. ZENJTAL- No alto, no zênite. Iluminação zenital: feita através
a cobertura. de abertura no teto.

impresso na
planimpress gráfica e editora
rua anhaia, 247 . s.p.

Você também pode gostar