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Apresentação

Sumário
Apresentação ................................................................................................................................................................................................. 4

Estrutura do curso ........................................................................................................................................................................................ 6

Aula 1 - Introdução...................................................................................................................................................................................... 8

Conteúdos .................................................................................................................................................................................................. 8

Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) ..................................................................................................................10

Aula 2 - Engatinhando - Obtenção de Dados e SIG .....................................................................................................................14

Obtenção de Dados ..............................................................................................................................................................................14

Obtenção indireta – Sensoriamento Remoto.........................................................................................................................14

Obtenção direta – Coleta de dados a campo ........................................................................................................................22

Sistemas de Informação Geográfica (SIGs) ..................................................................................................................................31

SIG Web ................................................................................................................................................................................................31

SIG Desktop .........................................................................................................................................................................................33

Aula 3 - Ficando em pé - Visualizando dados geográficos ......................................................................................................45

Estruturas de Dados..............................................................................................................................................................................45

Tipos de estruturas................................................................................................................................................................................45

Fenômeno/Estrutura .............................................................................................................................................................................49

SRC Geográfico ..................................................................................................................................................................................60

SRC Projetado.....................................................................................................................................................................................61

Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS 2000) ..............................................................................68

Aula 4 - Primeiros passos - Utilizando dados vetoriais ...............................................................................................................69

Formatos de dados vetoriais .............................................................................................................................................................69

Operações com dados vetoriais.......................................................................................................................................................70

Consulta por atributos ....................................................................................................................................................................70

Consulta espacial ...................................................................................................................................................................................75

Análises espaciais ..................................................................................................................................................................................81

Análise estatística básica ....................................................................................................................................................................89

Matriz de distância ................................................................................................................................................................................92

Integração de dados.............................................................................................................................................................................96

Criando seus próprios vetores ....................................................................................................................................................... 101

Criando camadas pontuais ......................................................................................................................................................... 102


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Criando camadas lineares ........................................................................................................................................................... 107

Criando camadas poligonais ..................................................................................................................................................... 110

Acessando dados vetoriais na INDE ............................................................................................................................................ 114

Aula 5 - Andando de mãos dadas - Utilizando dados matriciais ......................................................................................... 119

Operações com dados vetoriais.................................................................................................................................................... 119

Operações com dados matriciais ................................................................................................................................................. 119

Pirâmides ........................................................................................................................................................................................... 120

Ferramenta Raster .......................................................................................................................................................................... 123

Recorte por máscara ..................................................................................................................................................................... 125

Filtro .................................................................................................................................................................................................... 127

Álgebra de mapas .......................................................................................................................................................................... 130

Análise de Terreno ......................................................................................................................................................................... 133

Aula 6 – Criando Mapas e Tabelas .................................................................................................................................................... 147

O que é um Mapa? ............................................................................................................................................................................. 147

Projetos no QGIS................................................................................................................................................................................. 148

Aula 7 - Modelagem e conversão de dados ................................................................................................................................ 179

Conversão de Dados Geográficos ................................................................................................................................................ 179

Interoperabilidade Sintática ....................................................................................................................................................... 179

Interoperabilidade Semântica ................................................................................................................................................... 186

Modelagem de dados............................................................................................................................................................................ 186

Diagrama de Transformação .............................................................................................................................................................. 192

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Apresentação

Olá! Seja muito bem-vindo(a) ao curso Introdução ao Geoprocessamento. Este é um curso de


geoprocessamento. Antes de iniciarmos, saiba que considerando a amplitude desse conhecimento, aqui serão
apresentadas apenas noções básicas para que você possa ter um primeiro contato com o tema.
Além do mais, é importante pontuar que o curso nasceu da necessidade de atender às demandas de
capacitação dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
e do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Mas qual seria a importância do Geoprocessamento para a área ambiental?

Por meio do emprego de técnicas computacionais e matemáticas para o tratamento de informações


espaciais, o geoprocessamento contribui tanto para uma melhor obtenção e armazenamento de dados, quanto
para o apoio à execução de atividades da área ambiental, como as análises necessárias ao licenciamento
ambiental, gestão de unidades de conservação, fiscalização e monitoramento ambiental, avaliação de impactos
socioambientais, entre outros.
Como dá para perceber, uma das palavras que mais utilizaremos em nosso curso é
“geoprocessamento”. Então vamos conhecer a sua origem?

A representação do nosso ambiente demanda a coleta de informações sobre


a distribuição geográfica de recursos naturais bem como a compreensão do uso e
ocupação do solo. Essa representação era feita apenas em documentos e mapas
em papel, tornando muito difícil a análise integrada de dados.

Com o desenvolvimento das tecnologias da informação, tornou-se possível


armazenar e representar dados referentes à diferentes temas em ambiente
computacional, abrindo espaço para o surgimento do geoprocessamento.
(CÂMARA; DAVIS; MONTEIRO, 2001, p. 1)

Mas, afinal, o que é geoprocessamento?

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A representação do nosso ambiente demanda a coleta de informações sobre
a distribuição geográfica de recursos naturais bem como a compreensão do uso e
ocupação do solo. Essa representação era feita apenas em documentos e mapas
em papel, tornando muito difícil a análise integrada de dados.

Com o desenvolvimento das tecnologias da informação, tornou-se possível


armazenar e representar dados referentes à diferentes temas em ambiente
computacional, abrindo espaço para o surgimento do geoprocessamento.
(CÂMARA; DAVIS; MONTEIRO, 2001, p. 1)

Em outras palavras, Geoprocessamento é a tecnologia que tem a capacidade de integrar dados de


diversas áreas do conhecimento a partir da componente espacial – o “onde” as coisas acontecem.
Nesse sentido, se em seu estudo o “onde” é uma questão importante, então, é do Geoprocessamento
que você precisa.

Você viu que Geoprocessamento é uma disciplina do conhecimento. Mas quais são as ferramentas
usadas para operacionalizar as técnicas matemáticas e computacionais?
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são essas ferramentas. Eles permitem realizar análises
complexas, uma vez que integram dados de diversas fontes e criam bancos de dados georreferenciados.
No nosso curso, utilizaremos o Software QGIS, que é um software livre com uma comunidade muito
ativa e com bastante usuários do Governo Federal.
Quer conhecer o QGIS? Então acesse o site: http://qgisbrasil.org/

*Softwares livres são aqueles que possuem o código aberto. Código aberto, ou open source, em inglês, consiste
em um modelo de desenvolvimento no qual os arquivos-fonte de um programa são liberados para visualização e alteração
do usuário. A distribuição do programa é gratuita e qualquer modificação que for feita pode ser colocada à disposição de
outras pessoas, para que estas tenham acesso às melhorias, e possam, também, contribuir com o processo. (BRAGA, 2011,
p. 3)

Muito bem! Agora que estamos a par das definições primordiais do curso, veremos como está
estruturada a nossa jornada.

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Estrutura do curso

O curso está estruturado de forma que, a cada aula, você ganhe mais independência. Assim, no final,
você será capaz de utilizar as ferramentas básicas de geoprocessamento em suas atividades de gestão ambiental
pública.
Quanto à divisão, o curso é composto por dois módulos: Módulo 1: Conhecendo o
Geoprocessamento e Módulo 2: Estudos de caso.

Módulo 1: Conhecendo o Geoprocessamento


Este módulo compreende sete aulas:
Aula 1 - Introdução
Aula 2 - Engatinhando - Obtenção de dados e SIG
Aula 3 - Ficando em pé – Visualizando dados geográficos
Aula 4 - Primeiros passos - Utilizando dados vetoriais
Aula 5 - Andando de mãos dadas - Utilizando dados matriciais
Aula 6 - Andando - Criando Mapas e Tabelas
Aula 7 - Correndo - Conversão de dados e Modelagem

A cada aula, apresentaremos novas ferramentas ou funcionalidades e os conceitos associados a elas,


bem como atividades práticas para fixação. Ao final deste módulo, você dominará um conjunto
substancial de ferramentas que permitirá a execução do Módulo 2.

Módulo 2: Estudos de caso


Este módulo possui três aulas:
Aula 1 - Matriz de Distância
Aula 2 - Identificação de Interferência Espacial
Aula 3 – Planejamento de saída a campo

Em cada aula, apresentaremos um estudo de caso, no qual serão utilizadas as funcionalidades e


ferramentas apresentadas no Módulo 1.
Cabe ressaltar que cada estudo de caso tem como intuito se aproximar das atividades executadas pelos
órgãos que integram o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).

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Nas aulas em que forem propostas atividades práticas, você deverá fazer o download dos dados de
alguma das plataformas de disponibilização de dados oferecidas pelo governo. Você aprenderá como fazer isso
durante as aulas.
As aulas contarão, ainda, com três seções especiais:

Para incentivar a sua reflexão, são apresentadas situações-problema, no início e fim de


cada aula, a partir das quais você perceberá a importância das funcionalidades, ferramentas e
conceitos aprendidos.

Esta seção tem por finalidade indicar fontes de conhecimento complementar.

Aqui é a hora de conhecer os processos práticos do curso. Sinta-se convidado(a) a realizá-los de forma
simultânea, para fixar a aprendizagem.

Acabamos a apresentação!
Aqui, você conheceu o conceito básico de Geoprocessamento, bem como a estrutura preparada para a
aprendizagem desse tema, visando à aplicação nas atividades da área ambiental.

Agora é hora de começarmos nossa jornada.

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Aula 1 - Introdução

Olá! Bem-vindo(a) à primeira aula do módulo. Antes de iniciarmos, que tal uma retomada? Na
apresentação, conhecemos noções básicas que orientarão o curso, bem como a sua estruturação.
E o que será visto aqui?

Nesta aula, veremos com mais detalhes os conteúdos que serão abordados nas demais aulas e,
também, aprenderemos a acessar os dados da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE).
Antes disso, vamos fazer uma reflexão.

Pense na sua realidade...


Provavelmente você já deva ter precisado de alguma informação sobre determinado
lugar e não conseguiu encontrar. Por exemplo:
Onde existem Unidades de Conservação (UC) em determinado estado?
Existe alguma Terra Indígena na área de influência de um empreendimento?

Conteúdos

Pensando em auxiliá-lo nessas situações que você pode se deparar na prática, confeccionamos este
módulo pautado nos seguintes conteúdos:

Obtenção de dados
Este conteúdo será visto na Aula 2, na qual você aprenderá duas formas de obtenção de dados:
 Direta - obtida quando se vai a campo.
 Indireta - obtida a partir de sensores remotos.

SIG
Você verá o SIG durante todo o curso, contudo, será na Aula 2 que ele ganhará enfoque. Nessa
aula, aprenderemos sobre as tipologias de SIG e como instalar o QGIS, que será a ferramenta de SIG que
utilizaremos para realizar as tarefas práticas do curso.

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Visualização de dados Geográficos
Este conteúdo será abordado na Aula 3, na qual você aprenderá a abrir e visualizar os dados
geográficos e a consultar os valores de seus atributos. A simples sobreposição de camadas em um SIG
nos permite fazer inferências sobre as relações entre as camadas.

Dados Vetoriais
Na Aula 4, você conhecerá os formatos de arquivos mais utilizados para lidar com dados
vetoriais e, também, aprenderá a calcular buffer, consultar atributos, fazer consultas espaciais, entre
outros.
É muito importante adquirir esses conhecimentos. Com eles você poderá responder a perguntas
que costumeiramente aparecem durante suas atividades, como:
 Quais municípios são cruzados pela BR-020?
 Quantas edificações estão dentro da Área de Preservação Permanente (APP)?

Dados Matriciais
Os dados matriciais serão abordados na Aula 5. Lá, você conhecerá os formatos mais utilizados
e aprenderá a otimizar a visualização desses dados por meio da criação de pirâmides e ajustes de
histograma, operações algébricas com matrizes e georreferenciamento de imagens.
Existem satélites que disponibilizam imagens gratuitamente a cada 8 dias. Então, saber utilizar
esses dados é muito importante para gestão/monitoramento do território.

Elaboração de Mapas Temáticos


A elaboração de mapas temáticos – com legenda, escala, norte, figuras e tabelas – será o foco
da Aula 6. Essa atividade serve, principalmente, para comunicar dados que possuem relação com o
território.

Conversão de dados
Na Aula 07, você aprenderá a converter os arquivos vetoriais em diferente formatos. Isso
possibilitará que os dados que você utiliza no QGIS possam ser visualizados no Google Earth, por
exemplo.

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Modelagem de Dados
A modelagem de dados será vista na Aula 7. Nessa parte, você aprenderá a pensar e a estruturar
seus problemas relacionados à geoinformação e desenhá-los a fim de documentar e comunicar a forma
como os problemas foram resolvidos. Quer um exemplo para ilustrar?
Imagine que foi pedido para que você analise a situação das APPs de uma determinada Bacia e
identifique as propriedades que estão utilizando as APPs de forma ilegal. Quais são os dados necessários
para realizar esse trabalho? Como eles se relacionam? Quais ferramentas são necessárias para realizar as
análises?

Agora que você conhece o conteúdo que será trabalhado nas demais aulas, vamos entender um pouco
sobre as iniciativas do governo que dizem respeito à disponibilização de informação, bem como saber onde
acessar dados oficiais.

Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE)

A INDE foi instituída pelo Decreto nº 6.666, de 27 de novembro de 2008, com a seguinte definição:

conjunto integrado de tecnologias; políticas; mecanismos e procedimentos


de coordenação e monitoramento; padrões e acordos, necessário para facilitar e
ordenar a geração, o armazenamento, o acesso, o compartilhamento, a
disseminação e o uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital
e municipal."

A INDE possui um portal, denominado SIG Brasil, que é a entrada para acessar informações sobre
normas e legislações, além de notícias e dados sobre geoinformação no Brasil.
O endereço do portal é: http://www.inde.gov.br/

Você aprenderá, a seguir, a navegar pelo portal para encontrar as informações que desejar.

Sinta-se convidado(a) a realizar, em paralelo, a atividade que será demonstrada na próxima tela. Isso é
muito importante para fixar o processo e para fazer você se sentir mais preparado(a) para realizá-lo no seu dia
a dia.

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Primeiro de tudo, você deve entrar no site http://www.inde.gov.br/, já apresentado. Ao clicar, você será
redirecionado(a) à outra aba. Volte à aba do curso para continuar a ver os passos.

1. Na tela inicial do site, você deve clicar na opção “Geo serviços”.

2. Na opção “Visualizador de Mapas” é possível visualizar todos os dados de todos os órgãos que
fazem parte da INDE, como mapas.

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3. Clique no botão “Acessar”, embaixo de VINDE.

4. Você deve digitar o termo que deseja pesquisar no campo “Camada”.


5. Em seguida, clicar em “Consultar”.
(Ao digitar “Terra indígena” não se esqueça do acento – isso pode comprometer sua busca)

6. Ao marcar o “checkbox”, a camada é pintada na tela. Se for realmente a camada que você
deseja, é só clicar no ícone de camadas e aparecerão algumas opções.

7. Basta clicar na opção “Download Shapefile” e você terá em seu computador os dados sobre
Terras Indígenas do Brasil.

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Você se interessou pela questão de acesso à informação?

Então acesse o Conteúdo extra 1, disponível na seção “Material adicional” da Plataforma,


que preparamos para você ampliar sua formação e, consequentemente, servir como subsídio
para aprimorar sua prática.

Muito bem! Chegamos ao final desta aula.

Aqui, você viu o conteúdo que será abordado durante o curso e aprendeu a acessar dados geográficos
oficiais por meio do visualizador da INDE.
Na próxima aula, serão vistas as formas de se obter dados e, também, será explorada a questão do SIG.

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Aula 2 - Engatinhando - Obtenção de Dados e SIG

Olá! Para relembrarmos: na aula passada, você viu os conteúdos que serão abordados durante o nosso
curso e, também, aprendeu como acessar dados na INDE.
Agora, daremos mais um passo na nossa aprendizagem e veremos as formas de obtenção de dados
geográficos e as ferramentas necessárias para utilizá-los: os SIGs. Além disso, faremos o download e a instalação
do QGIS.
Este é um conteúdo primordial para começar a se trabalhar com o Geoprocessamento. Ele será
extremamente útil nas suas atividades, portanto, comprometa-se a realizar os exercícios práticos que serão
sugeridos. Vamos começar?

A informação apresentada na forma de mapa é uma ferramenta muito importante para


conhecer e planejar o uso e a ocupação do território. Você já se perguntou como são adquiridos
os dados e qual a tecnologia envolvida para que nós possamos produzir nossos mapas de
maneira tão fácil?

Obtenção de Dados

A obtenção de dados pode ser realizada de maneira direta, quando vamos a campo coletar as
informações, ou de maneira indireta, por meio de sensores remotos.

Obtenção indireta – Sensoriamento Remoto

Sensoriamento remoto (SR) é a ciência de obtenção de informação sobre um objeto (alvo), área ou
fenômeno, por meio da análise de dados adquiridos por um dispositivo (sensor) que não está em contato direto
com o objeto, área ou fenômeno sob investigação.
A partir de agora, veremos algumas informações importantes acerca do SR para embasar nosso estudo.

Princípio
O Sensoriamento Remoto é baseado nas medições da interação entre a Radiação Eletromagnética
(REM) e os alvos terrestres.

Espectro Eletromagnético

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O espectro eletromagnético é o intervalo completo da radiação eletromagnética que vai da região das
ondas de rádio até os raios gama. Atualmente são conhecidas radiações com comprimento de onda que variam
desde 10-6m até cerca de 1011m.
As radiações com comprimento de onda superior a 0,74m são ditas infravermelhas. Por outro lado,
aquelas cujo comprimento de onda é inferior a 0,36m chamam-se ultravioletas. Logo, o espectro
eletromagnético é subdividido em três faixas: ultravioleta, visível e infravermelha.
Dependendo das suas freqüências, as radiação do espectro são portadoras de quantidades de energia
diferentes. Quanto mais curto o comprimento de onda, mais alta é a energia de um fóton.
Abaixo, conheceremos os tipos de radiação eletromagnética:

Rádio AM: A faixa de rádio AM é reservada para a transmissão das rádios que operam com
Amplitude Modulada. As ondas de rádio são facilmente refletidas pela camada ionizada da
atmosfera (ionosfera) e por isso podem ser emitidas e captadas a grandes distâncias. Quando
produzidas pelo homem, são provenientes de oscilações de elétrons em antenas metálicas.
Essas ondas são habitualmente produzidas em circuitos eletrônicos e utilizadas para emissões
de rádio e televisão.

Ondas Curtas e Rádio: As faixas de frequência das ondas curtas e rádio são utilizadas por
diversos serviços tais como rádio-amadorismo, aeronáutica, bombeiros, polícia e rádio-taxis.

Televisão e Rádio FM: Nessa faixa de frequência operam os canais de televisão e as rádios FM.
A faixa reservada às rádios FM está entre o canal 6 e 7 da televisão.

Radar e Micro-ondas: As frequências na faixa do radar e micro-ondas são utilizadas


amplamente em telecomunicações, transportando sinais de dados. Como não são refletidas pela
ionosfera, para serem captadas a longa distância, as microondas são transmitidas por estações
repetidoras ou via satélites. Também são utilizadas nos lares para aquecer alimentos nos
chamados "fornos de micro-ondas".

Infravermelho: A radiação na faixa do infravermelho é emitida pelos átomos em vibração de


um corpo aquecido. O calor abrasante que sentimos quando tomamos um banho de Sol, ou
quando estamos próximos a uma lareira, é, em grande parte, devido à radiação infravermelha.

Luz Visível: A radiação visível é capaz de excitar as células fotossensíveis da retina do nosso
olho, causando-nos a sensação da visão. Os seres vivos têm sensibilidade diferente para cada
faixa do espectro. As abelhas e os beija-flores, por exemplo, conseguem enxergar frequências
dentro da faixa do ultravioleta o que os ajuda a localizar o néctar das flores. A "luz" constitui
uma estreita faixa do espectro eletromagnético dividida em intervalos arbitrários e

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aproximados, pois não há limites nítidos entre as cores. A transição entre cores vizinhas se dá
de maneira gradual, como se pode verificar em um arco-íris.

Ultravioleta: Os raios Ultravioleta são ondas eletromagnéticas de frequências superiores à da


luz violeta, podendo chegar até 108Hz. Grande parte da radiação ultravioleta emitida pelo Sol
em direção ao nosso planeta é absorvida pela camada de ozônio, protegendo-nos assim, dessa
perigosa radiação eletromagnética. Esse tipo de radiação é emitida por átomos excitados, como
nas lâmpadas de vapor de Hg (mercúrio), acompanhando a luz por elas emitidas. Dependendo
da quantidade da radiação ultravioleta, podem ocorrer sérios danos à saúde como o câncer de
pele.

Raio X: Os Raios X foram descobertos pelo físico alemão Wilhelm Röntgen em 1901 que, por
desconhecer a sua natureza, denominou-os "raios X". Tem a propriedade de atravessar
materiais de baixa densidade, como por exemplo os nossos músculos, e de serem absorvidos
por materiais de densidade mais elevada, como os ossos do nosso corpo. Essa propriedade
permite que os raios X sejam amplamente utilizados para se obterem as radiografias. No mundo
atual, os raios X encontram uma série de outras aplicações como na pesquisa sobre a estrutura
da matéria.

Raios Gama: Os raios Gama são liberados em explosões atômicas e têm comprimentos de onda
ainda menores do que o tamanho dos átomos. Fótons de raio-gama levam mais energia que
fótons de raio X, e são consequentemente mais mortais. Atualmente, ainda não sabe o limite de
energia que os raios Gama podem conter. Eles são, até hoje, o comprimento de onda limite do
espectro eletromagnético conhecido. Além desse ponto, o espectro permanece um mistério.

Processo de aquisição
Você já parou para pensar em como funciona o processo de imageamento por sensores remotos?
Abaixo, apresentamos o fluxo de forma simplificada:

Legenda:
A - Fonte de Energia ou Iluminação
B - Interação REM/Atmosfera
C - Interação REM/Alvo
D - Registro da Energia pelo Sensor
E - Transmissão, recepção e processamento
F - Interpretação e Análises
G - Aplicações

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No SR, há dois tipos de sensores:

Sensores Ativos: Utilizam REM artificial, produzida por radares instalados nos próprios
satélites. Essas ondas atingem a superfície terrestre, na qual interagem com os alvos, sendo
refletidas de volta ao satélite. Sua vantagem é que o comprimento de ondas emitido pelos
radares atravessam as nuvens, portanto, esses sensores podem ser operados sob qualquer
condição atmosférica. Já sua desvantagem é que devido ao grande comprimento de onda, o
processo de interação com os alvos não capta informações sobre as características físicas e
químicas das feições terrestres tão detalhadamente quanto os sensores passivos. Confira uma
imagem para ilustrar:

Energia de fonte artificial - O sensor emite a radiação na direção dos objetos e, então, capta a REM
refletida.

Você viu no item “Espectro Eletromagnético” que existe uma relação entre as características
da REM e a temperatura do corpo que está emitindo a REM, certo? Como podemos relacionar
isso com os sensores ativos?
Quanto mais quente o corpo, menor é o comprimento de onda que ele emite e maior é a
frequência e a energia que a REM "carrega". Com isso, entendemos que sensores ativos só emitem
REM no comprimento das ondas de rádio, pois para emitir REM na faixa do visível o sensor teria que
ter uma temperatura superior a 1727°C.

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Sensores Passivos: Os sensores passivos captam a energia refletida ou emitida de um alvo que
foi iluminado por uma fonte de radiação externa, geralmente o sol.

Esquema de funcionamento dos sensores passivos.

Vantagens do Sensoriamento Remoto


A grande vantagem do SR é que ele permite a produção de dados, de forma controlada, de quase toda
a superfície da terra. Com esses dados, é possível estimar variáveis geofísicas e biofísicas, por exemplo: variação
de altitude, temperatura, biomassa, concentração de clorofila, concentração de sedimentos, etc.
Esses dados são utilizados para modelagem de processos: naturais; de mudanças climáticas,
eutrofização, desertificação, desastres naturais; antrópicos; de desflorestamento, poluição, expansão urbana.

Limitações do Sensoriamento Remoto


Apesar das vantagens, o SR apresenta algumas limitações:
Embora existam muitos dados disponibilizados de forma gratuita, os custos envolvidos na
pesquisa, no desenvolvimento de tecnologias, no lançamento de satélites e na manutenção dos
sistemas são altos.
Os dados de SR devem ser usados considerando as escalas de tempo e espaço dos processos a
serem investigados.
A atmosfera absorve parte da REM emitida pelo Sol, portanto, existem lacunas do espectro que
não podem ser imageadas.

Características dos Dados


Agora que você já viu como são produzidos os dados por meio de sensoriamento remoto, é importante
entender algumas características desse tipo de dado:

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Resolução Espacial: Informa-nos sobre o menor tamanho dos objetos que podem ser
identificáveis em uma imagem. Por exemplo, em uma imagem com resolução espacial de 30m
não é possível identificar um automóvel.

Resolução Temporal: Diz respeito ao intervalo de tempo que um sensor demora para passar
por cima de uma mesma área. Por exemplo, o Sistema LandSat 7 tem uma resolução temporal
de 16 dias. Isso significa que a cada 16 dias ele gera uma imagem de um mesmo local na terra.

Resolução Espectral: É a medida da quantidade e largura das faixas espectrais que o sistema
sensor capta. Na figura abaixo, percebemos que o sistema sensor vermelho, devido à pequena
largura de cada faixa, possui um grande número de bandas espectrais e uma grande
sensibilidade espectral. O sistema sensor azul, por sua vez, possui poucas bandas e uma menor
sensibilidade espectral, que se deve à grande largura de cada faixa. Comparando os dois
sistemas sensores, verifica-se que o primeiro (vermelho) pode caracterizar e distinguir melhor
um objeto na imagem do que o outro sistema, pois, quanto maior o número de bandas e menor
a largura do intervalo, maior a discriminação do alvo na cena e melhor a resolução espectral.

Espectro Eletromagnético (A) e Resolução espectral (B)

Resolução Radiométrica: Refere-se à capacidade do sistema sensor em detectar as variações


da radiância espectral recebidas dentro de cada faixa. A radiância de cada pixel passa por uma
codificação digital, obtendo um valor numérico expresso em bits, denominado de Número
Digital (ND). Esse valor é facilmente traduzido para uma intensidade visual ou, ainda, para um

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nível de cinza, localizado em um intervalo finito (0, K-1), onde K é o número de valores possíveis,
denominados de níveis de quantização. Quanto maior o K, melhor será a identificação de
objetos em uma cena.

Você saberia dizer o porquê de continuarem produzindo imagens de satélites com resoluções
espaciais de 1km, 250m e 30m, apesar da evolução da tecnologia?
Bom, isso se deve ao fato desses sensores que geram imagens com baixa resolução espacial
terem, por outro lado, uma alta resolução temporal. Já pensou ter que gerar uma imagem com 50cm
de resolução a cada 8h? Como processar, transmitir e analisar essa quantidade de dados? Além do
mais, os fenômenos estudados se apresentam em escalas muito maiores, tais como: cidades, biomas,
Onde encontrar
regiões, imagens
países, oceanos, etc. de satélites
Agora que conhecemos as características dos dados, você pode se perguntar: “Mas onde encontrá-los
para poder usá-los nas minhas atividades?”
Você sabia que existem inúmeras imagens de satélites que podem ser utilizadas de forma gratuita?
Aqui no Brasil, por exemplo, temos o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que disponibiliza um canal
para fazer o download dessas imagens. Para acessar o catálogo de imagens do INPE, basta ir para o seguinte
endereço: http://www.dgi.inpe.br/CDSR/
Veja, a seguir, como é simples.

1. Caso a página seja carregada em Inglês, é possível alterá-la para nosso idioma, escolhendo
“Português” na caixa de seleção, no canto superior esquerdo.

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2. A página inicial exibe informações de como fazer para pesquisar, cadastrar-se e fazer o
download. Siga as orientações da página e você terá acesso a mais de 40 anos de imagens de satélite.

Além do INPE, temos o Centro de Sensoriamento Remoto (CSR), que é um órgão especializado,
integrante da estrutura do Ibama e apresenta-se como instrumento executivo alinhado às principais diretrizes
do Ministério do Meio Ambiente (MMA): desenvolvimento sustentável, fortalecimento do Sistema Nacional de
Meio Ambiente (Sisnama), transversalidade e controle social.
O CSR desenvolve diversas atividades, entre elas, podemos destacar as seguintes:

SisCom - Sistema Compartilhado de Informações Ambientais: Permite consultas ao banco


de dados geográficos do CSR/Ibama e aos de várias outras instituições de meio ambiente
conveniadas. Possui serviços de mapas interativos, geoserver, download de imagens
georreferenciadas e de camadas (shapefiles) e, ainda, possibilita consultas relativas a
desmatamentos. Acesse em: http://siscom.ibama.gov.br/

PMDBBS - Projeto de Monitoramento dos Biomas Brasileiros: Projeto desenvolvido pela


Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF)/MMA, pelo CSR/Ibama e pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para monitoramento, por satélite, do
desmatamento dos biomas brasileiros. Possui dados relativos à evolução da antropização

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nesses biomas, estatísticas, apresentações, imagens de satélite CBERS e Landsat
georreferenciadas e camadas. Acesse em: http://siscom.ibama.gov.br/monitora_biomas/

Mapas Interativos: O CSR/Ibama possui serviços de mapas interativos com temáticas


variadas, correspondendo às diversas frentes de atuação da instituição. Assim, há os mapas
gerais com acesso ao banco de dados do CSR/Ibama e os mapas interativos específicos, como
fiscalização, licenciamento e queimadas. Acesse em: http://siscom.ibama.gov.br/mapas/

Geoserver: O CSR/Ibama tem seu Geoserver. Esse serviço permite a visualização e o


download de camadas vetoriais do banco de dados do Ibama, em diversos formatos (WMS,
WFS, KML, SHP, ZIP). Acesse em: http://siscom.ibama.gov.br/geoserver/web/

Monitoramento da Amazônia: Uma das mais importantes linhas de atuação da Diretoria de


Proteção Ambiental (Dipro)/Ibama é o monitoramento e o controle do desmatamento da
Amazônia. Existem diversos programas de monitoramento da Amazônia, com frequências e
metodologias diversas, tais como o DETER, o PRODES e o Indicar. Acesse em:
http://siscom.ibama.gov.br/deter/

CTF - Cadastro Técnico Federal: O Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente


Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais (CTF/APP) é o registro obrigatório de
pessoas físicas e jurídicas que realizam atividades passíveis de controle ambiental. Acesse em:
http://siscom.ibama.gov.br/ctfapp/#/ e veja onde você encontra estatísticas e mapas sobre as
atividades cadastradas.

Obtenção direta – Coleta de dados a campo

GNSS
A coleta de dados em campo é feita principalmente a partir de dispositivos conectados ao Global
Navigation Satellite System (GNSS).
O GNSS permite que receptores sobre a superfície terrestre possam determinar a sua localização em
comparação com os sinais dos satélites, adquirindo sua posição em um sistema de referência espacial
conveniente. A precisão da localização será dada conforme o tipo de técnica de posicionamento utilizada.
Hoje, existem dois sistemas GNSS funcionando operacionalmente. Um é o GPS, de origem americana,
o outro é o GLONASS, que é russo.
Os receptores podem ser classificados, quanto ao uso, em: Geodésicos (precisão de milímetros);
Topográficos (precisão de centímetros); e Navegação (precisão de metros).

22
Aplicativos para Celulares
A maioria dos celulares modernos já possuem receptores do sistema GPS integrados, o que possibilita
que o celular seja um coletor de dados com precisão métrica. Para aplicações mais gerais, nas quais as
informações são mais importantes do que a precisão da localização, um celular resolve a maioria dos problemas.
Vamos imaginar um exemplo prático? Suponha que você sai a campo, utilizando seu celular, e encontra
uma clareira. Mesmo que no seu celular haja um erro de 5 metros na posição da clareira, isso não invalida o
dado.
Existem diversos aplicativos disponíveis para coletar dados em campo que podem ser utilizados para a
maioria dos trabalhos que envolvem monitoramento e/ou fiscalização de áreas. Um aplicativo gratuito e simples
de usar, para quem utiliza smartphone com sistema operacional android, é o SW Maps - Mobile GIS. Você pode
obtê-lo por meio do Google Play. A seguir, aprenda a baixá-lo e utilizá-lo.

1. Em seu smartphone android, entre no Google Play e procure por SW Maps. Ao encontrar, clique
nele.
1

2. Clique em “Instalar”.

23
3. Aceite a solicitação de acesso.

4. Aguarde a instalação.

24
5. Clique em “Abrir”.

6. Na primeira vez em que abrir o programa, será solicitado que se crie um novo projeto. Nomeie-o
e clique em “Create”.

25
7. Em seguida, são apresentadas as possibilidades de criação de um novo projeto. Clique
em “Create blank Project” para começar um projeto do zero.

8. Aqui é mostrada a opção de criação de camadas (layers) para as quais coletaremos os


dados. Clique no botão “+” para adicionar uma nova camada.

26
9. Selecione a opção “GPS Recorded Feature”. Ao fazer isso, você usará a sua posição para
desenhar o elemento geográfico de interesse.

10. Dê um nome à layer. Selecione a opção “Polygon”. Feito isso, clique em “ADD”.

10

27
11. Para começar a rastrear a sua posição e desenhar o polígono, clique em “REC”.

11

12. Aqui será exibida a layer que você desenhará. Em “Description”, você pode adicionar
uma descrição do objeto. Clique em “REC” para, efetivamente, começar o rastreamento.

12

28
13. O rastreamento começou! Caminhe pelo perímetro que deseja mapear. Ao final, clique
em “Stop” para parar o rastreamento.

13

14. Para compartilhar o polígono desenhado, clique no menu e em seguida na opção


“Share”.

14

29
15. Selecione a opção “Share KMZ”. O KMZ pode ser aberto no Google Earth e no QGIS.

15

16. Será aberta uma tela para enviar o arquivo KMZ por e-mail. Envie os dados coletados
em campo para o seu próprio e-mail e faça o download do dado. Nas próximas aulas você
aprenderá como utilizá-lo.
16

Parabéns! Chegamos ao final deste passo a passo.

30
Viu como é fácil? Agora você pode utilizá-lo com segurança nas suas atividades.

Até agora vimos onde acessar dados geográficos oficiais e como eles são produzidos. Na sequência,
você aprenderá a utilizá-los a partir de ferramentas necessárias para esse processo, que são os
Sistemas de Informação Geográfica (SIGs).

Sistemas de Informação Geográfica (SIGs)

SIGs são sistemas automatizados usados para armazenar, analisar e


manipular dados geográficos”. (DAVIS, 2014)

Os SIGs são programas que possuem as seguintes características:

Inserir e integrar, numa única base de dados, informações espaciais provenientes de


dados cartográficos; dados censitários; cadastro urbano e rural; imagens de satélite; e
redes e modelos numéricos de terreno.
Oferecer mecanismos para combinar as várias informações, bem como para consultar,
recuperar, visualizar e imprimir o conteúdo da base de dados georreferenciados.

Os SIGs podem ser divididos em duas categorias: Web e Desktop.

SIG Web

Funcionam em um navegador web e o seu processamento é feito na “nuvem”. Aqui,


apresentaremos 3 SIGs que funcionam em um navegador web: o BDGEx e o VINDE, que têm foco na
disponibilização de dados, e o OSM, que é um projeto de mapeamento colaborativo.

BDGEx

31
O Banco de Dados Geográficos do Exército (BDGEx) é um SIG que contém todos os dados do
mapeamento sistemático confeccionado pelo Exército. No Portal é possível consultar e fazer
downloads dos produtos. Alguns produtos necessitam de autorização para download.

VINDE
O Visualizador da INDE (VINDE) foi concebido para ser o portal que dá acesso aos dados
disponibilizados na INDE. Nele é possível consultar, visualizar e fazer downloads de dados das mais
diversas instituições. Você aprendeu a utilizar esse SIG na Aula 1, está lembrado(a)?

32
OSM
O Open Street Map (OSM) (tradução livre: Mapa Aberto de Ruas) é um projeto de mapeamento
colaborativo com a finalidade de criar um mapa livre e editável do mundo, inspirado por sites como a Wikipédia.

SIG Desktop

É um software instalado em seu computador pessoal, que utiliza grande parte dos dados e
do processamento local, mas há, contudo, a possibilidade de consumir dados e processamento por
meio de serviços web. Aqui, conheceremos os dois SIGs Desktop mais utilizados no mundo: o QGIS e
o gvSIG.

gvSIG
O gvSIG é um software livre, de fonte aberta, desenvolvido pela Conselleria d'Infraestructures
i Transports (CIT) da Comunidade de Valência, com o apoio da União Europeia. Para saber mais sobre
o gvSIG, acesse: http://www.gvsig.com/

33
QGIS
Como vimos na Apresentação, o Software QGIS é um software livre com uma comunidade
muito ativa e com bastante usuários do Governo Federal.

Aqui, adotaremos o QGIS para realizar os exercícios práticos propostos. Por isso,
aprenderemos, a partir de agora, a baixar e instalar o QGIS no computador, bem como algumas
funcionalidades básicas.
Que tal você realizar o processo no seu computador, ao mesmo tempo que acompanha o
passo a passo? Assim, você fixará muito mais a aprendizagem.

34
1. Para iniciar, você deve entrar no site do QGIS: www.qgis.org/pt_BR/site/
2. Na página inicial do site, clique na opção “PARA USUÁRIOS”

TESTE

3. Clique na opção “Baixar o QGIS”.

35
4. Dessa forma, aparecerão as opções de sistemas operacionais que suportam o QGIS.
Escolha o seu.

TESTE

5. Observe a versão e escolha o download mais indicado ao seu sistema operacional.


* A escolha da versão é muito importante quando se fala em suporte. Geralmente, as últimas versões lançadas,
de qualquer software, por serem mais recentes, ficam prejudicadas quanto à suporte, pois, por serem lançamento, ocorre
de nem todos os erros terem sido verificados. Opte sempre pela versão de Longo Prazo (em inglês Long-Term Support -
LTS), porque, dessa forma, há a garantia de que os desenvolvedores resolverão os erros que aparecerem.

36
Pronto! Agora que você já fez o download, podemos instalar o QGIS. Para isso, dê um
duplo clique com o botão esquerdo sobre o arquivo que você fez o download e, assim,
aparecerá a tela inicial do instalador.
6. Para começar, clique em “Próximo”.

7. Em seguida, é exibida a licença do QGIS, leia-a e clique em “Eu Concordo”.

8. Nesta tela, é possível escolher a pasta em que você deseja instalar o QGIS. Se desejar
alterar a pasta escolhida por padrão pelo programa, clique em “Procurar…”.
37
9. Continue a instalação, clicando em “Próximo”.

10. São oferecidos alguns conjuntos de dados para serem utilizados como exemplo. Você
não precisa marcar nenhum, pois o nosso curso oferecerá um conjunto de dados daqui do
Brasil para executarmos nossas tarefas.
Então, basta clicar em “Instalar” e seguir para a próxima tela.

10

38
11. A instalação se iniciou, aguarde.
12. Ao terminar, clique em “Próximo”.
Pronto! Agora você já tem o QGIS instalado na sua máquina.

11

12

Quando o QGIS é iniciado, uma tela, semelhante a esta figura, é exibida. Agora veremos
algumas funcionalidades.

39
Barra de Menus – Essa barra oferece acesso a diversos recursos do QGIS. Ela está organizada
na forma de um menu hierárquico padrão. A maioria das opções apresentadas possuem uma
ferramenta correspondente. Veremos essas opções/ferramentas conforme formos
precisando delas.

Barra de Ferramentas – Essa barra fornece acesso direto à boa parte das funções que estão
na barra de menus, além de ferramentas adicionais para interagir com o mapa.

40
Cada item da barra de ferramentas tem ajuda pop-up disponível. Segure o mouse sobre o
item e uma breve descrição do propósito da ferramenta será exibida.

Cada barra de ferramentas pode ser movida de acordo com as suas necessidades. Para mover,
basta clicar e segurar com o mouse a parte da barra que possui 3 linhas horizontais.

41
Além disso, as barras de ferramentas podem ser ligadas ou desligadas usando o menu de
contexto, que você habilita ao clicar com o botão direito do mouse na área da barra de
ferramentas.
Painel do Buscador – Nesse painel, é possível navegar por todas as fontes de dados
geográficos existentes no seu computador, bem como acessar a fontes de dados externas,
previamente catalogadas.

Teste

Painel de Camadas - O painel de camadas lista todas as camadas do projeto. A barra de


ferramentas do painel de camadas permite você:
• adicionar um novo grupo;
• gerenciar a visibilidade das camadas;
• filtrar legenda por conteúdo exibido;
• filtrar legenda por expressão;
• expandir tudo;
• fechar tudo; e
• remover camada ou grupo.

42
Visualizador do Mapa (também chamado de Map Canvas) - É o coração de um SIG. Os mapas
são exibidos nesta área. O mapa apresentado corresponderá às camadas que você adicionou
no seu projeto e às configurações de como essas camadas serão exibidas.

Teste

43
Barra de status - Essa barra fornece informações gerais sobre a visualização do mapa, como:
coordenada do centro do visualizador de mapa, escala, rotação e projeção. É possível alterar
esses elementos a partir da própria barra.

teste

Ótimo! Você chegou ao fim do passo a passo. Agora você está por dentro dos passos básicos
para utilização do QGIS.

Que tal conhecer o contexto histórico que permeia os SIGs?

Então acesse o Conteúdo extra 2, disponível na seção “Material adicional” da Plataforma,


que trata desse assunto e, com isso, você ampliará sua formação.

Muito bem! Finalizamos a segunda aula do curso. Aqui, vimos como os dados são obtidos e,
também, a definição de SIG e suas tipologias. Além disso, você aprendeu a instalar o QGIS na sua
máquina, bem como as funcionalidades básicas desse sistema.
Na próxima aula, você conhecerá os dados geográficos que podem ser utilizados em um SIG
e aprenderá a visualizá-los de forma correta.

44
Aula 3 - Ficando em pé - Visualizando dados geográficos

Olá! Seja bem-vindo(a) à segunda aula do curso. Lembra-se do que viu na aula passada? Lá, você
conheceu as formas de obtenção de dados geográficos e a ferramenta necessária para utilizá-los: o SIG.
Agora que você já instalou o QGIS em seu computador, é chegada a hora de conhecer os tipos de
dados que podem ser utilizados em um SIG e, também, de aprender a visualizá-los corretamente.

Como você sabe, a Terra é redonda – ou quase isso. Mas, na maioria das representações
existentes, o que se tem é um mapa plano, seja impresso, seja apresentado na tela do
computador. Você sabe o que é necessário para representar a Terra na tela de um computador?

Estruturas de Dados

Segundo Goodchild (1990), podemos dividir os fenômenos da natureza, conforme sua espacialidade,
em dois tipos:
Fenômenos Discretos: São representados por um elemento único que possui atributos não
espaciais e podem estar associados a múltiplas localizações geográficas. A localização pretende
ser exata e o objeto é distinguível de seu entorno. Exemplos: um lago, um rio, uma estrada, um
prédio, etc.
Fenômenos Contínuos: Representam a distribuição espacial de uma variável que possui valores
em todos os pontos pertencentes a uma região geográfica em um dado tempo.

Tipos de estruturas

Nos SIGs, existem dois tipos básicos de estrutura de dados para representar esses fenômenos. São eles:

Vetor: Uma camada vetorial é composta por uma ou mais feições. Mas o que é feição? É a
representação de um objeto, composta de uma geometria mais os atributos alfanuméricos que
a caracterizam. Veja um exemplo, abaixo:

45
Uma feição pode ser representada por:
o Pontos: Um ponto é um par ordenado (x, y) de coordenadas. Camadas do tipo ponto
são utilizadas para representar torres de uma linha de transmissão, estações de
monitoramento de qualidade da água, etc.

Elementos Pontuais e suas respectivas coordenadas

46
o Linhas: As linhas podem ser elementos lineares (compostos por dois pares de
coordenadas [(x0, y0), (x1, y1)]) ou poligonais (compostos por dois ou mais pares de
coordenadas [(x0, y0), (x1, y1), (x2, y2), …, (xn, yn)]). Os elementos lineares são utilizados
para representar estradas, linhas de drenagem, linhas de transmissão de energia, etc.

Ferrovias

o Polígonos: Um polígono é uma região do plano delimitada por um anel. Um anel é uma
linha poligonal com quatro ou mais pontos, em que o primeiro e o último pontos são
iguais e não possuem autointerseção. Ex.: [(x0, y0), (x1, y1), (x2, y2), (x3, y3), (x4, y4)], em
que (x4, y4) = (x0, y0). Os elementos poligonais são utilizados para representar áreas
homogêneas e limites, tais como: Unidades de Conservação, Estados, reservatórios
artificiais, etc.

Estados Brasileiros

47
Raster: O raster é uma representação matricial do espaço. Assim, você tem uma matriz P (m,
n) composta de m colunas e n linhas. O cruzamento de uma coluna e de uma linha é chamado
célula ou pixel, que possui o valor da variável de que trata o dado. As imagens de satélite, as
fotografias aéreas e os modelos digitais de terreno são exemplos de dados raster. Eles podem
ser usados para atualização cartográfica, monitoramento, classificação de uso e cobertura da
terra, etc.
* Pixel é a aglutinação de Picture e Element, ou seja, elemento de imagem, sendo “Pix” a abreviatura em inglês
para Pictures. É o menor elemento de um dispositivo de exibição – por exemplo, um monitor – ao qual é possível atribuir
uma cor. Em outras palavras, um pixel é o menor ponto que forma uma imagem digital, sendo que o conjunto de milhares
de pixels formam a imagem inteira.

Exemplo de raster

Você pode estar se perguntando: “É possível fazer a conversão de raster para vetor e vice-versa?” Sim!
É possível fazer conversões entre essas estruturas de dados. No entanto, quando a conversão é feita no sentido
vetor -> raster existe perda de informação. Abaixo, visualize como pode ser entendido o processo de conversão:

48
NOTA: Em alguns momentos, ao nos referirmos aos dados do tipo raster, utilizaremos
a nomenclatura “dado matricial” como sinônima, uma vez que é um termo também
reconhecido na literatura da área.

Fenômeno/Estrutura

Até agora, vimos que existem dois tipos de fenômenos (contínuos e discretos) e dois tipos básicos de
estruturas de dados (raster e vetor). Usualmente, utilizam-se os dados vetoriais para representar os fenômenos
discretos e os dados do tipo raster para representar os contínuos. Veja exemplos:

Fenômeno Discreto/Vetor - Mapa representando as estradas do DF

Fenômeno contínuo/Raster - Raster representando o relevo da Serra da Mantiqueira.

Até aqui nós enfocamos a parte teórica, a partir de agora, vamos nos debruçar na prática. E como
faremos isso?
Lembra-se daqueles dados que baixamos na Aula 1? Então, aprenderemos a visualizá-los no QGIS. Se
você não tiver mais em seu computador, baixe o arquivo “BC250_Terra_Indigena_A” na seção “Material adicional”
da Plataforma. Vamos começaremos com os dados vetoriais. Preparado(a)?

49
1 – Para começar, clique no botão “Adicionar camada vetorial”.

2 – Na caixa de diálogo que abrir, clique em “Buscar”.

2 – Na caixa de diálogo que abrir, clique em “Buscar”.

3 - Navegue até a pasta na qual está o arquivo .sph, selecione-o e clique em “Abrir”.

3 - Navegue até a pasta na qual está o arquivo .sph, selecione-o e clique em “Abrir”.

50
0

4 - Clique no botão “Abrir”.

Após isso, você chegará a um resultado semelhante a este. A simbologia de representação


do dado é escolhida aleatoriamente. Na Aula 07, você aprenderá a alterar essa simbologia.

51
A barra de ferramenta de navegação possui as seguintes ferramentas:
Mover o mapa com o mouse.
Centralizar o mapa na feição selecionada.
Aproximar o mapa.
Afastar o mapa.
Aproximar à resolução nativa do pixel (exclusiva para camadas do tipo raster).
Enquadrar todos os dados na tela.
Aproximar o mapa da feição selecionada.
Aproximar o mapa da camada selecionada no painel de camadas.
Voltar à visualização anterior.
Avançar para a próxima visualização (é habilitada após usar a ferramenta
anterior)
Atualizar o mapa.

52
No começo desta aula, você viu que os dados vetoriais são compostos de feições, as quais
possuem atributos alfanuméricos que complementam a descrição do objeto representado.
Agora, aprenderá a como visualizar essas informações.
1. Clique sobre a camada de Terra indígena para selecioná-la.

2. Em seguida, clique na ferramenta de “Identificar feições”.

53
3. Clique sobre uma feição da camada Terra Indígena no mapa.

4. A informação será exibida no painel de resultados.

4. A informação será exibida no painel de resultados.

5. Clique, novamente, sobre a camada Terra indígena para selecioná-la.


4

54
5

6. Em seguida, clique na ferramenta “Tabela de Atributos”.

55
7. Será exibida uma tabela com todas as informações que a camada contém.

Muito bem! Chegamos ao fim deste passo a passo.

Agora, você aprenderá a visualizar os dados do tipo raster. Para isso, será necessário adicionar a camada
raster “TrueMarble_2km.tif”. Baixe-a na seção “Material adicional” da Plataforma.

56
1. Para iniciar, clique no botão “Adicionar camada raster”.

2. Navegue até a pasta na qual está o arquivo .tif, selecione-o e clique em “Abrir”.

57
A imagem aparecerá sobre as outras camadas adicionadas anteriormente. Para visualizar
essas outras camadas por cima, basta:
3 - Clicar e segurar a camada raster, arrastando-a para baixo.

4. Pronto! Agora é possível visualizar todas as camadas. A ferramenta de “Identificar


Feições”, também funciona para camadas do tipo raster. A diferença, nesse caso, é que ela
traz informação sobre os valores do pixel.

58
Parabéns! Você finalizou o passo a passo.

Você notou que todas as camadas apareceram juntas, no mesmo lugar, mesmo tendo sido
baixadas de lugares diferentes? Isso aconteceu porque elas estão georreferenciadas.
Mas, você sabe o que significa “estar georreferenciada”?

Sistema de Referência de Coordenadas (SRC)

Uma informação está georreferenciada quando associada a uma localização na Terra. Essa localização
pode ser expressa de várias formas:

-45.00, -15.00 -45.00, -15.20 500000.00, 8341674.00

Os três pares de coordenadas acima, embora diferentes, representam a mesma localização sobre a
superfície da Terra. Contudo, se forem apresentados dessa forma, estão incompletos. E por quê?
Porque é necessário declarar o Sistema de Referência de Coordenadas (SRC) ao qual eles estão
associados.
Para entender o SRC, é importante ter noção de que a forma da Terra é muito complexa para ser
representada. Assim, são feitas duas simplificações para facilitar essa representação:
Geoide - É uma superfície física que leva em conta a distribuição da gravidade. É como se os
oceanos fossem prolongados sobre os continentes, desconsiderando o relevo.
Elipsoide - É uma superfície matemática de fácil descrição. É formada a partir da rotação de
uma elipse sobre um de seus eixos. Obs.: A elipse, quando possui os dois eixos iguais, é um
círculo. Assim, uma esfera também é um elipsoide.

59
E qual dessas duas superfícies é mais precisa para representar a Terra?
Em 1984, foi definido o Sistema Geodésico Internacional - WGS84 (do inglês World Geodetic
System), no qual o elipsoide é o que melhor se adequa à superfície terrestre e que tem seu centro coincidente
com o centro de massa da terra.
Os parâmetros do elipsoide do WGS84 são os seguintes:
a = 6378137.0 m
b = 6356752.314 245 m
O WGS84, além de elipsoide, é também um Datum. O Datum é que define a origem de um sistema de
coordenadas geográficas, sendo formado por um elipsoide e pela informação de translação com relação ao
WGS84. No caso do Datum WGS84, temos os seguintes parâmetros:
• Elipsoide - WGS84
• ToWGS84 - [0,0,0,0,0,0]
* A informação de translação consta dos parâmetros de deslocamentos entre o centro de dois Datum. Do
Datum SAD69 para o SIRGAS 2000, para medições feitas a partir de 01/01/1994, por exemplo, tem-se os seguintes
parâmetros de translação, segundo o IBGE: DX = -67,35 m; DY = +3,88 m; DZ = -38,22 m.

Os SRCs são divididos em duas categorias: SRC Geográfico e SRC Projetado.

SRC Geográfico

O SRC Geográfico é composto pelos seguintes parâmetros:


Datum
Prime Meridian (Meridiano de Origem) - É a origem do sistema para se medir as longitudes.
Hoje, o meridiano de origem mais comum é o Greenwich. Entretanto, ele pode variar, já foi
Paris, Lisboa, entre outros.
O Equador é sempre a origem do sistema para se medir as latitudes.

60
Nesses sistemas, as coordenadas são descritas em termos de longitude e latitude. A unidade de medida
é o Grau Decimal.

Nos SRCs Geográficos, um mapa do mundo terá uma aparência similar ao do mapa abaixo.

Os paralelos e meridianos são


igualmente espaçados, fazendo com
que, ao se afastar do equador em
direção aos polos, a deformação seja
máxima.

SRC Projetado

O SRC Projetado recebe esse nome porque ele é a projeção da terra sobre uma superfície. Essas
superfícies podem assumir diversas formas:

61
O SRC Projetado é composto pelos seguintes parâmetros:
SRC Geográfico
Parâmetros da Projeção
Existem uma infinidade de projeções. Você aprenderá sobre a projeção Universal Transversa de
Mercator (UTM), pois é o Sistema de Projeção adotado para o Mapeamento Sistemático Brasileiro.
A projeção UTM é dada pelo posicionamento de um cilindro transversalmente ao equador.

Principais características da Projeção UTM:


1 - O mundo é dividido em 60 fusos, em que cada um se estende por 6º de longitude. Os fusos são
numerados de um a sessenta começando no fuso 180º a 174º W Gr. e continuando para leste. Cada um desses
fusos é gerado a partir de uma rotação do cilindro, de modo que o meridiano de tangência divida o fuso em
duas partes iguais de 3º de amplitude.
Para saber o Meridiano Central de um fuso UTM, basta utilizar a fórmula seguinte:
MC = -183° + 6 x F
MC = -183 + 6 x 23
MC = -183 + 138
MC = -45

2 - A cada fuso, associamos um sistema cartesiano métrico de referência, atribuindo à origem do


sistema (interseção da linha do Equador com o meridiano central) as coordenadas 500.000 m, para contagem
de coordenadas ao longo do Equador, e 10.000.000 m ou 0 (zero) m, para contagem de coordenadas ao longo

62
do meridiano central, para os hemisfério sul e norte, respectivamente. Isso elimina a possibilidade de ocorrência
de valores negativos de coordenadas.

Fusos UTM no Brasil:

Pensando na questão prática, surge a seguinte pergunta: “Como utilizar o SRC dentro do SIG, mais
especificamente no QGIS?”

63
1. Na camada, basta clicar com o botão direito e, em seguida, em propriedades.

3 1

2. Na tela que é aberta, há uma opção que mostra o SRC da camada.

64
Importante: realizar uma alteração no SRC pode fazer com que a camada fique deslocada.
Vamos fazer um teste para ver de que forma isso acontece?

1. Clique no botão com o globo para abrir a caixa de diálogo do SRC.

2. Digite 31979 no campo “Filtro”.


3. Clique na linha que aparece embaixo.
4. Depois clique em “OK”.

65
Dessa forma, os polígonos referentes à camada de Terra Indígena desaparecem.
5. Clique na ferramenta “Zoom ver tudo”

Isso acontece porque o SRC da camada foi definido erroneamente.

Repita o processo anterior, colocando no “Filtro” o número 4326, que é o código do SRC
Geográfico WGS84.
Tudo voltará ao normal!

66
É possível mudar o SRC da visualização.
1. Para isso, clique no ícone de globo.

1
2. Na caixa de diálogo que abrir, digite 5880 no campo “Filtro”.
3. Clique na linha que aparece embaixo.
4. Clique em “OK”.

67
5. Note que a Figura se “deformou” para se adequar ao novo SRC selecionado.

5 .

Ótimo! Você acabou o passo a passo.

Nós estudamos, recentemente, sobre o sistema geodésico internacional WGS84. Mas fica o
questionamento: “Qual o sistema geodésico de referência adotado no Brasil?”

Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS 2000)

No Brasil, desde 25 de fevereiro de 2015, o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas


(SIRGAS2000) é o único sistema geodésico de referência oficialmente adotado pelo país. Entre 25 de fevereiro
de 2005 e 25 de fevereiro de 2015, admitia-se o uso, além do SIRGAS2000, dos referenciais South American
Datum 1969 (SAD 69) e Córrego Alegre.
O emprego de outros sistemas que não possuam respaldo em lei pode provocar inconsistências e
imprecisões na combinação de diferentes bases de dados georreferenciadas. No QGIS, o código do SRC para o
SIRGAS é o 4674.
É muito importante ter certeza do SRC das camadas que estamos abrindo no QGIS! Caso o SRC esteja
errado, as camadas aparecerão deslocadas, como vimos anteriormente. Porém, se isso acontecer, não será mais
um problema. Agora, você já sabe como fazer para colocar o SRC correto.

68
Ótimo! Finalizamos esta aula. Aqui, vimos questões teóricas relacionadas à estrutura de dados, bem
como ao Sistema de Referência de Coordenadas (SRC). E, também, trabalhamos questões práticas: como
visualizar os dados e os atributos da feições em um SIG e como alterar o SRC das camadas e do projeto. Até
agora, demos uma pincelada na questão dos dados vetoriais. Contudo, na próxima aula, nosso estudo se
aprofundará nessa questão.

Aula 4 - Primeiros passos - Utilizando dados vetoriais

Oi! Que bom revê-lo em mais uma aula.


Que tal começarmos lembrando do conteúdo da aula passada?
Lá, você aprendeu sobre o Sistema de Referência de Coordenadas (SRC) e, também, a visualizar dados
geográficos, além de entender que os dados possuem dois tipos de estrutura: vetor e raster.
E é no estudo dos dados vetoriais que nos concentraremos aqui.
Preste bastante atenção, em especial nos exercícios práticos. À primeira vista eles podem parecer
complicados, mas você verá que são processos simples que, com toda certeza, poderão ser utilizados de forma
eficaz nas suas futuras atividades. Lembre-se de realizá-los em paralelo com o QGIS.
Vamos começar?

Formatos de dados vetoriais

SHAPEFILE
O formato shapefile, desenvolvido pela ESRI, é composto de três arquivos que devem ser mantidos
juntos – sempre na mesma pasta – para que funcionem. São eles:
shp - desenho (ponto, linha ou polígono)
shx - ligação entre desenho e dados.
dbf - dados
Um shape pode ser composto de outros arquivos não obrigatórios, mas que são essenciais:
Prj: Define o SRC.
Cpg: Tipo de codificação da tabela de atributos
Xml: Armazena os metadados.
A criação e o uso desses arquivos dependem do ambiente no qual são gerados.
Atenção: Cada shapefile contém apenas um tipo de objeto espacial, ou seja, em um shape de pontos
você encontra apenas pontos, assim, um shape de linhas não armazena polígonos nem pontos e a mesma regra
vale para um shape de polígonos.
Formato de dado implementado pela Google. Consiste em um arquivo de texto (formato XML) que
pode armazenar pontos, linhas e polígonos no mesmo arquivo.
KML
Formato de dado implementado pela Google. Consiste em um arquivo de texto (formato XML) que
pode armazenar pontos, linhas e polígonos no mesmo arquivo.

69
Atenção: o SRC dele é fixo, usando apenas o datum WGS84.
DXF
Formato usado para o intercâmbio de dados gerados em CAD (Computer Aided Design). Esse arquivo
não é considerado como georreferenciado, mas, por ser proveniente de uma plataforma CAD, pode ser usado
em um SIG. Ele também pode armazenar pontos, linhas e polígonos no mesmo arquivo.
Desenho assistido por computador (DAC) ou CAD (do inglês: computer aided design) é o nome
genérico de sistemas computacionais (softwares) utilizados pela engenharia, geologia, geografia, arquitetura e
design para facilitar o projeto e desenho técnicos.
GPX
O gpx é um arquivo de texto que permite que os dados gerados em um SIG sejam carregados em um
GPS e vice-versa. Também trabalha com um SRC fixo no caso WGS84 e pode armazenar vários objetos espaciais
em um mesmo arquivo.

Poder visualizar suas informações em um mapa facilita a identificação de diversas situações


que você não veria caso estivesse lidando com planilhas e gráficos. Mas um SIG faz muito mais do
que isso.
Você sabe o que mais é possível fazer em um SIG?

Operações com dados vetoriais

Agora que conhecemos os principais formatos de dados vetoriais, é hora de aprender as seguintes
operações que permitem o processamento desses dados:

Consulta por atributos


No QGIS, você pode buscar os dados independentemente de como as tabelas de atributos estão
organizadas. Agora vamos praticar um pouco, abra o QGIS e carregue o shape BC250_Terra_Indigena_A.shp
(Disponível na plataforma digital do curso).
Lembre-se de que na aula anterior você aprendeu a como carregar um shape.

Agora, você fará sua primeira consulta por atributos. O objetivo dela é encontrar uma terra indígena
pelo nome.

70
1. Para começar, abra a tabela de atributos da camada “BC250_Terra_Indigena_A”. Caso você
ainda tenha dúvidas sobre esse processo:

1. Clique sobre a camada Terra indígena para selecioná-la.


2. Em seguida, clique na ferramenta “Tabela de Atributos”.
3. Será exibida uma tabela com todas as informações que a camada contém.

71
2. Na tabela de atributos, clique em “Mostrar todas as feições”

3. Selecione a opção “Filtro de campo”.

72
4. Selecione a coluna “nometi”

5. Escreva “aripuanã”.
6. Clique em “Aplicar”.

5 5

PRONTO! A Terra indígena Aripuanã foi filtrada na sua tabela de atributos.


73
7. Note que a barra inferior de consultas mudou. Nela, agora aparece a expressão "nometi"
LIKE '%aripuanã%‘ – isso significa que você pode fazer novas consultas na coluna “nometi”, apenas
substituindo o texto entre as aspas e os sinais de porcentagem, por exemplo ‘%rio negro%’ ou
‘%novas%’.

8. Clique na ferramenta “Aproximar mapa das linhas selecionadas”.

74
9. O mapa será centralizado nas camadas selecionadas.

Consulta espacial

As consultas espaciais permitem que você responda a algumas perguntas, como:

Quais unidades de conservação estão contidas no estado de Goiás?


Quais municípios são cortados por terras indígenas?

Note que essas perguntas possuem, ao menos, duas camadas de dados: unidades de conservação e
estados; municípios e terras indígenas. Assim, as consultas espaciais ocorrem a partir da posição de um objeto
em relação a outro.

A consulta espacial é baseada no relacionamento que as feições de duas camadas podem ter.
Os testes que a consulta espacial pode fazer são os seguintes:

75
Contém

Dentro

Igual

76
Intercepta

Sobrepõe

Toca

77
Disjunto

Agora que você já sabe que a consulta espacial se refere a relações entre os objetos, bem como
quais são as relações existentes, vamos realizar nossa primeira consulta espacial.
Primeiro de tudo, baixe o arquivo “IBGE_Malha_Municipal_2010”, disponível na plataforma
digital do curso. Feito isso, carregue o shape.
Note que a camada de terras indígenas ainda está aberta.
O propósito dessa consulta é conhecer os municípios que são intersectados por terras
indígenas. Vamos lá?
1. Clique no botão de consulta espacial.

78
1. Clique no botão “Adicionar camada vetorial”.
2. Na caixa de diálogo que abrir, clique em “Buscar”.
3. Navegue até a pasta na qual está o arquivo .sph, selecione-o e clique em “Abrir”.
4. Clique no botão “Abrir”.

2
3

2. Selecione a camada de municípios (IBGE_Malha_Municipal_2010).


3. Selecione a regra de intersecção (Intercepta).
4. Selecione a camada de terras indígenas (BC250_Terra_Indigena_A).
5. Clique em “Aplicar”.

3
4

79
6. Abre-se uma tela com a lista dos municípios que são intersectados pelas terras indígenas.
7. Pronto! Agora você pode fechar a janela de consulta que sua pesquisa não será perdida.

Perceba que os municípios selecionados ficam destacados em amarelo.


Você também pode ver o resultado da consulta olhando a tabela de atributos.

80
1. Clique sobre a camada Terra indígena para selecioná-la.
2. Em seguida, clique na ferramenta “Tabela de Atributos”.
3. Será exibida uma tabela com todas as informações que a camada contém.

Para saber mais sobre a relação espacial (também conhecida como relação topológica) entre dados
georreferenciados, disponível na plataforma digital do curso.

Análises espaciais

As ferramentas de análise espacial são úteis para que você possa gerar novos dados e informações
importantes usando dados georreferenciados.
As principais ferramentas para análise espacial, as quais você aprenderá neste curso, são:

81
Buffer
O buffer (ou área de interesse) constrói uma área de interesse em torno de um ponto (a), linha (b) ou
polígono (c), a partir de um raio de distância pré-definido.

E como usar o buffer no QGIS?


Veremos a seguir.

Antes de mais nada, baixe o arquivo “icmbio_unidades_conservacao”, clicando aqui. Após isso,
carregue o shape. (Caso queira relembrar o processo, clique aqui). As camadas de terras indígenas e
dos municípios devem estar abertas.
O objetivo, aqui, é construir uma outra camada com a abrangência de 5000m. Vamos iniciar?
1. Clique em vetor.
2. Selecione “Geoprocessamento”.
3. Clique em “Buffer(s)...” 1

2
3

82
1. Clique no botão “Adicionar camada vetorial”.
2. Na caixa de diálogo que abrir, clique em “Buscar”.
3. Navegue até a pasta na qual está o arquivo .sph, selecione-o e clique em “Abrir”.
4. Clique no botão “Abrir”.

4. Abre-se uma tela. Nela, selecione a camada “icmbio_unidades_conservação”.


5. No campo “Segmentos para aproximar”, digite 20. Esse campo refere-se ao contorno da
geometria. Sendo assim, com valores mais baixos, menos segmentos de reta comporão a geometria de
saída e menos suave ela será, já com valores mais altos, maior a suavidade, pois a mesma será
composta por mais segmentos de reta.
6. Defina a distância do buffer em 5000 metros.
7. Nomeie o arquivo de saída como: buffer_5000_icmbio_unidades_conservacao.
8. Clique em “OK” e pronto.

83
4

5
6

Fique atento ao escolher o nome dos arquivos, pois para cada uma das rotinas de análise novos
arquivos são gerados. Dependendo do trabalho, você pode precisar criar vários arquivos (entre testes e
versões finais) e acabar se perdendo entre eles. Por isso, use nomes que comuniquem o que é e como
aquele dado foi gerado.
O resultado é uma camada com um polígono com área de interesse de 5000 metros no entorno da
geometria anterior, conforme você pode ver ao lado.

84
O buffer é uma ferramenta que se apoia no cálculo de distância, logo, o SRC a ser usado tem que ser
o do tipo projetado, ou seja, deve-se adotar um sistema métrico para medidas.

Cortar

Esta ferramenta, também conhecida como clip, permite o corte de uma geometria a partir de uma
outra, ou seja, você consegue extrair a área de intersecção de duas áreas sobrepostas.

Atenção: Para o funcionamento de qualquer rotina que dependa da sobreposição de camadas, é


necessário que as mesmas estejam no mesmo SRC. Aprendemos a como ver o SRC da camada na
aula passada.

1. Na camada, basta clicar com o botão direito e, em seguida, em propriedades.


2. Na tela que é aberta, há uma opção que mostra o SRC da camada.

85
Quer aprender a usar a ferramenta de corte no QGIS?
Então, prepare-se!

Aqui, você também vai usar o arquivo “vegetacao.shp”, se ele estiver aberto no seu QGIS, pode
dar sequência aos passos. Caso não, baixe-o aqui e carregue o shape (Dúvidas sobre o processo? clique
aqui). A camada “buffer_5000_icmbio_unidades_conservação” precisa estar aberta.

1 - Clique no menu “Vetor”.


2 – Selecione “Geoprocessamento”.
3. Clique em “União”.

1. Clique no botão “Adicionar camada vetorial”.


2. Na caixa de diálogo que abrir, clique em “Buscar”.
3. Navegue até a pasta na qual está o arquivo .sph, selecione-o e clique em “Abrir”.
4. Clique no botão “Abrir”.

86
Unir

4. Escolha a camada buffer_5000_icmbio_unidades_conservacao.


5. Escolha a camada Vegetação.
6. Nomeie o arquivo de saída como uniao_veg_5000_uc.shp.
É importante que você observe as características do arquivo de saída. Ou seja, em um único
arquivo foram registrados os atributos e as geometrias dos dados.
7. Clique em “OK”.

4
5

8. A nova camada possui as geometrias das duas camadas anteriores. Para conferir, vamos abrir
a tabela de atributos.

87
Verifique que para cada geometria existem os atributos de vegetação e do tipo de parque. Para
as geometrias que estão fora da área do parque o campo “no_classif” ficou nulo. Se você contabilizar
essas informações, poderá saber quanto da camada de vegetação está dentro e quanto está fora da área
de influência do parque.
Veremos como fazer isso na próxima ferramenta.

Existem várias outras ferramentas de análise espacial e é importante que,


aos poucos, você se sinta confortável para explorá-las. Lembre-se que em SIG
existem várias maneiras de resolver um problema, a mais correta é aquela se
adapta à sua realidade.

88
Quer saber mais sobre as ferramentas que o QGIS dispõe para análise espacial?
Então, acesse a plataforma digital do curso.

Análise estatística básica

O Group Stats é um plugin que facilita o cálculo de estatísticas para grupos de feições em uma camada
vetorial.
É esse plugin que iremos utilizar para calcular quanto da camada de vegetação está dentro e quanto está fora
da área de influência do parque. Para isso, você utilizará a camada “uniao_veg_5000_uc”, que criou
anteriormente.

Antes de mais, vamos aprender a instalar do plugin. É muito simples!


1. No menu “Complementos”, clique na opção “Gerenciar e instalar Complementos”.

89
2. Na caixa de busca, digite Group Stats.
3. Clique sobre o plugin.
4. Clique em “Instalar complemento” e aguarde a finalização da instalação.
5. Em seguida, clique em fechar.

4
5

Após a instalação do plugin, aparecerá um novo ícone para acionar a ferramenta.


6. Clique na ferramenta Group Stats.

90
É aberta uma janela na qual você precisa definir algumas informações:
7. Nesta área (Fields), ficam os campos e funções disponíveis para calcularmos as nossas
estatísticas.
8. Clique e arraste o campo “no_classif” de “Fields” para a área de Columns (Colunas).
9. Clique e arraste o campo “STRING” de “Fields” para a área de “Rows” (Linhas).
10. Clique e arraste o campo “Area” e a função “sum” para a área de “Value”.
11. Clique em “Calculate”.
12. Aqui será exibido o resultado do cálculo.

12
22

10
9

11

91
O resultado é uma tabela que exibe a soma de cada tipo de vegetação dentro e fora do parque.
Note que a célula (linha 1, coluna 2) está vazia. Ela é o campo nulo que vimos na ferramenta de
união, que representa o que não está na área de influência do parque.

Matriz de distância

A distância entre os objetos espaciais nos ajuda a realizar um variado conjunto de análises. As
matrizes de distância nos ajudam a relacionar as distâncias entre os objetos. Essa funcionalidade precisa
atender a dois requisitos para um funcionamento adequado:

92
Vamos ver como a matriz de distância funciona na prática?

Antes de mais nada, baixe o arquivo “Torre_Telecomunicação”, clicando aqui. Feito isso,
carregue o shape. (Caso queira relembrar o processo, clique aqui).
1. Clique em “Vetor”.
2. Selecione “Analisar”.
3. Clique em “Matriz de distância”.

2 3

93
1. Clique no botão “Adicionar camada vetorial”.
2. Na caixa de diálogo que abrir, clique em “Buscar”.
3. Navegue até a pasta na qual está o arquivo .sph, selecione-o e clique em “Abrir”.
4. Clique no botão “Abrir”.

2
3
1

94
4. No campo “Entrar com camada de ponto” escolha Torre_Telecomunicação.
5. No campo “Entrar com o campo de identificação exclusivo” selecione LAYER.
6. No campo “Local da camada de ponto alvo” defina Torre_Telecomunicação.
7. No campo “Campo exclusivo de identificação alvo” informe LAYER.
8. Escolha “Matriz de distância padrão (N x T)”.
9. Defina onde o arquivo de saída será registrado. Salve o arquivo como “distancia.csv”
10. Clique em “OK” e pronto.
Note que o arquivo de saída é do tipo .CSV, ou seja, uma tabela que pode ser aberta no seu
software de trabalhar com planilhas.

4
5
6

10

95
O resultado é uma tabela cruzada que contém a distância entre todos os elementos para todos
os elementos da camada.

Muito bem! Finalizamos mais este passo a passo.

Integração de dados

A integração de dados possibilita integrar diferentes fontes de dados às camadas espaciais. Nesse
caso, é necessário que essas fontes de dados possuam uma chave para que os campos (de uma tabela) e
objetos (espaciais) possam se relacionar entre si.

Ficou curioso sobre como fazer integração de dados no QGIS? Veremos isso a seguir.

96
Junto com as suas camadas, carregue a tabela distancia.csv gerada no exercício anterior. Fazer
isso é muito simples e bem parecido com abrir um dado vetorial.
1. Para começar, clique no botão “Adicionar uma camada de texto delimitado”.

2. Ao abrir a tela, no campo “Nome do Arquivo” localize o endereço do arquivo.


3. Em “Formato do arquivo”, selecione a opção CSV.
4. Marque a opção “Sem geometria (atributo apenas de tabela)”. Note que caso você disponha
de coordenadas na sua tabela de atributos, você não usará essa opção.
5. Clique em “OK” e pronto, a tabela do tipo CSV estará carregada. Com isso, você está apto a
ligar camadas espaciais com dados geométricos, que é o que faremos na sequência.

97
6. Clique duas vezes sobre o nome da camada (Atenção! Clique apenas sobre o nome, evitando
clicar sobre os ícones)

Com isso, abre-se a janela de propriedades da camada. (Outra forma de acessar essa janela é
clicar sobre a camada com o botão direito e selecionar propriedades).
7. Selecione a aba de “Uniões”.
8. Clique no botão de adição.

98
Abre-se a tela “Adicionar união de vetor”
9. Escolha a tabela do tipo .csv - distancia.
10. Selecione a opção ID.
11. Selecione a opção LAYER.
12. Marque a opção “Armazene a camada unida na memória virtual”.
Atenção! a junção desses dados não será salva no shapefile, mas sim no projeto.
13. Clique em “OK”.

9
12 10

11

13

99
14. Clique em “OK”.

14

15. Abra a tabela de atributos da camada Torre_Telecomunuicação e veja como ficou a junção
que você fez.

15

100
O resultado do processo de integração adiciona a tabela de atributos da camada às
informações contidas no arquivo.csv
Essa funcionalidade pode ser utilizada quando, por exemplo, você tem uma camada de
propriedades rurais com seu respectivo número de matrícula e tem uma tabela no excel com as
matrículas das propriedades e outras informações, proprietários, multas, etc. Basta você unir as duas
utilizando o campo da matrícula.

Acabamos, aqui, o processo de integração.

Criando seus próprios vetores

Você percebeu que, ao executar os processos de análise espacial, novas camadas (shapefiles) vetoriais
foram criadas. Essa é uma forma de gerar novas camadas, mas você também pode criá-las conforme sua
necessidade, sem necessariamente usar tais processos.
A partir de agora, você vai criar seu primeiro arquivo vetorial. Começaremos com uma camada
simples de pontos, porém, entenda que os passos usados para criar e editar uma camada de pontos são
exatamente os mesmos para criar linhas e polígonos.

101
Criando camadas pontuais

O exemplo que vamos desenvolver é generalista, portanto, fique à vontade para criar nomes e
campos que atendam a alguma demanda específica sua.
Existem diferentes caminhos para criar novas camadas vetoriais, entretanto, o mais usual é:
1. Camada
2. Criar camada
3. Camada do tipo shape

(Caso goste de atalhos, experimente apertar as teclas Ctrl+Shift+n)

1
2 3

102
4. Escolha tipo “Ponto”.
5. Use UTF-8 para codificação de arquivo, padrão recomendado pela INDE.
6. Use o EPSG 4674 – Sirgas 2000, também recomendado pela INDE.
7. Em “Novo atributo”, construa a sua tabela de atributos, definindo o nome das colunas e o
tipo de dado. Adicione os campos conforme a figura. Você pode adicionar outros campos caso deseje.
8. Insira o campo na lista. Essa lista será transformada na sua tabela de atributos.
9. Lista com os campos da sua futura tabela de atributos.
10. Caso queira excluir um item, selecione-o na lista e remova-o clicando neste botão.
11. Clique em “OK”. Será exibida uma janela para informar onde o arquivo deverá ser salvo.
Defina o local e nomeie-o de camada_ponto.shp.
O novo arquivo será carregado na sua lista de camadas.

4
5
6
7

9
10
11

103
Agora você vai inserir feições na camada “camada_ponto”. O procedimento para inserir dados
é o mesmo para pontos, linhas e polígonos, ou seja, basta repetir os mesmos passos, atentando-se para
o tipo de feição que será registrado, pois você já viu que um shape só armazena um tipo de feição por
arquivo.

104
12. Selecione a camada “camada_ponto”, dando um clique simples sobre ela.
13. Habilite a edição.
14. Clique sobre a ferramenta de adicionar feição. Obs.: essa ferramenta é sensível ao contexto.
Então, se a camada é de pontos, ela adicionará pontos, se a camada é de linha, ela adicionará linha e se
a camada for de polígonos, ela adicionará polígonos.
15. Clique no local no mapa em que você deseja inserir um novo ponto.
Atenção! O ponto não aparecerá ainda, primeiro você precisa inserir os atributos desse ponto.

13 14

12
15
2

105
16. Preencha a tabela de atributos.
17. Clique em “OK” para ver o ponto.

16

17

18. Salve as alterações da camada.


Para parar a edição repita o passo 13 (clique no ícone de lápis).

18

Viu como foi fácil?


Agora vamos aprender a criar um camada simples de linhas.

106
Criando camadas lineares

1. Clique em “Camada”.
2. Selecione “Criar camada”.
3. Clique em “Camada do tipo shape”
1

2 3

4. Escolha tipo “Linha”.


5. Use UTF-8.
6. Use o EPSG 4674 – Sirgas 2000.
7. Adicione os campos conforme a figura. Você pode adicionar outros campos caso deseje.
8. Insira o campo na lista. Essa lista será transformada na sua tabela de atributos.
9. Lista com os campos da sua futura tabela de atributos.
10. Caso queira excluir um item, selecione-o na lista e remova-o clicando nesse botão.
11. Clique em “OK”. Defina o local onde ele será salvo e nomeie-o de camada_linha.shp.
O novo arquivo será carregado na sua lista de camadas.

4
5
6
7

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11
107
Agora você vai inserir feições na camada camada_linha.

12. Selecione a camada camada_linha, dando um clique simples sobre ela.


13. Habilite a edição.
14. Clique sobre a ferramenta de adicionar uma nova feição.
15. Desenhe uma linha no mapa clicando com o botão esquerdo. Para finalizar o desenho da
linha clique com o botão direito.

13 14

12

15

108
16. Preencha a tabela de atributos.
17. Clique em “OK” para ver a linha.

15

15

18. Salve as alterações da camada.


Para parar a edição repita o passo 13 (clique no ícone de lápis).

18

109
Para finalizar o tópico, vamos ver como criar uma camada simples de polígonos.
Preparado(a)?

Criando camadas poligonais

1. Clique em “Camada”.
2. Selecione “Criar camada”.
3. Clique em “Camada do tipo shape”

2 3
1

110
4. Escolha tipo “Polígono”.
5. Use UTF-8.
6. Use o EPSG 4674 – Sirgas 2000.
7. Adicione os campos conforme a figura. Você pode adicionar outros campos caso deseje.
8. Insira o campo na lista. Essa lista será transformada na sua tabela de atributos.
9. Lista com os campos da sua futura tabela de atributos.
10. Caso queira excluir um item, selecione-o na lista e remova-o clicando nesse botão.
11. Clique em “OK”. Defina o local onde ele será salvo e nomeie-o de camada_poligono.shp
O novo arquivo será carregado na sua lista de camadas.

4
5
7 6

9
10
11

Agora você vai inserir feições na camada “camada_polígono”.

111
12. Selecione a camada “camada_polígono”, dando um clique simples sobre ela.
13. Habilite a edição.
14. Clique sobre a ferramenta de adicionar uma nova feição.
15. Desenhe um polígono no mapa clicando com o botão esquerdo. Para finalizar o desenho do
polígono clique com o botão direito.

13 14

12

15

112
16. Preencha a tabela de atributos.
17. Clique em “OK” para ver o polígono.

16

17

18. Salve as alterações da camada.


Para parar a edição repita o passo 13 (clique no ícone de lápis).

18

113
O QGIS possui uma grande variedade de ferramentas de edição. Acesse o
site
http://docs.qgis.org/2.14/pt_PT/docs/user_manual/working_with_vector/editing_g
eometry_attributes.html?highlight=edição e entenda, ainda mais, como editar
dados vetoriais.

Acessando dados vetoriais na INDE

Agora você acessará dados vetoriais na INDE. É importante lembrar que a INDE disponibiliza
seus dados via serviço, isso é muito útil, pois você não precisa fazer o download de dados a todo
momento, assim como isso garante que você terá o dado na sua versão mais atual.
Existem vários serviços de dados, no exemplo que veremos a seguir, acessaremos o serviço
WFS, contudo, os passos para acessar os outros serviços são basicamente os mesmos, há apenas
algumas variações que são necessárias para adequar os acessos aos serviços.

No endereço “http://www.inde.gov.br/geo-servicos/catalogo-de-servicos.html” você pode consultar


quais catálogos de serviços compõem atualmente a INDE.
No entanto, aqui, vamos usar o catálogo do IBGE. Assim, você vai acessar os serviços do seguinte
endereço “http://www.geoservicos.ibge.gov.br/geoserver”

114
1. Para iniciar, clique no botão para adicionar um serviço WFS.

2. Na janela que abrir, clique em “Novo” para uma nova conexão. Suas conexões serão salvas e
poderão ser acessadas em diferentes projetos.

Abre-se uma nova tela.

115
3. Dê um nome para sua conexão. Use IBGE - INDE.
4 Defina o endereço no qual os serviços serão consultados. Neste caso:
http://www.geoservicos.ibge.gov.br/geoserver/ows (Note que o “ows” acrescido ao final serve para
definir o consumo de serviços do tipo Open Web Service).
5. Clique em “OK”.

3
4

6. Clique em “Conectar”.

116
Ao se conectar, é exibida uma lista com as camadas disponíveis no serviço. Essa lista pode ser
filtrada. Você irá carregar o limite do território brasileiro.
7. Escreva Brasil e aperte o ENTER do seu teclado.
8. Localize e selecione a camada Limite Brasil.
9. Clique em “Adicionar”
Pronto! Você carregou um serviço do tipo WFS. Esse serviço traz o arquivo vetorial para sua
máquina.

O resultado é a camada CGEO:Brasil adicionada ao projeto.

117
Puxa! Quantas informações foram vistas aqui, não é mesmo?
Primeiramente, você conheceu os formatos de dados vetoriais e, depois, aprendeu diversas operações
que podem ser realizadas com esses dados.
Pode parecer muita coisa agora, mas quando usar na prática, verá que tudo isso transcorrerá de
forma tranquila.

Na próxima aula, vamos nos aprofundar no estudo dos dados de raster (ou matriciais).

Para dar sequência ao curso, você deve realizar os exercícios de fixação desta aula. Para isso, clique no
botão de fechar a janela (localizado no canto superior direito da tela), retorne à página inicial do curso
(acessando-o por meio do menu "Meus Cursos") e clique no item “Exercícios de Fixação”, que está ao lado da
Aula 4.
Até a próxima!

118
Aula 5 - Andando de mãos dadas - Utilizando dados matriciais

Olá! Bem-vindo(a) a mais uma etapa do curso.


Na aula passada, você aprendeu sobre os dados vetoriais. Viu que esses dados possuem atributos
alfanuméricos relacionados a cada geometria e utilizou algumas ferramentas para consultar e analisar essas
geometrias e atributos.
Aqui, nesta aula, você aprenderá a utilizar os dados matriciais. Lembra-se de que o dado matricial
representa a variação de um atributo no espaço?
Então, agora veremos como melhorar a visualização dos dados matriciais e algumas operações que
podem ser feitas sobre eles.

Operações com dados vetoriais

Esse é um dos formatos de raster mais populares do mundo. Ele é extensão do padrão TIFF (Tagged
Image File Format), que é um padrão aberto e extensível de imagem. O GeoTIFF adiciona tags ao TIFF, que
carregam informações sobre o SRC e resolução da imagem.
É o resultado de um esforço de mais de 160 empresas de sensoriamento remoto, SIG e Cartografia
para o estabelecimento de um formato de intercâmbio padrão para imagens georreferenciadas.

Para esta aula, é importante relembrar de dois conceitos:

Pixel é a aglutinação de Picture e Element, ou seja, elemento de imagem, sendo “Pix” a abreviatura
em inglês para Pictures. É o menor elemento de um dispositivo de exibição – por exemplo, um monitor – ao
qual é possível atribuir uma cor.

A resolução espacial nos informa sobre o menor tamanho dos objetos que podem ser identificáveis
em uma imagem. Por exemplo, em uma imagem com resolução espacial de 30m não é possível identificar um
automóvel.

Muito bem! Agora que você conheceu o principal formato de dados matriciais, é hora de aprender as
operações que permitem o processamento desses dados.
Vamos lá?

Operações com dados matriciais

Os arquivos para execução das atividades práticas desta aula serão indicados por meio de links nos
momentos em que forem necessários. Contudo, todos estão disponíveis na biblioteca do curso, caso prefira.
119
Para iniciar, você deve baixar o arquivo “extrato_LS08”, disponível na biblioteca virtual do curso. Feito isso,
abra esse arquivo no QGIS.

Pirâmides

1. Para iniciar, clique no botão “Adicionar camada raster”.


2. Navegue até a pasta na qual está o arquivo .tif, selecione-o e clique em “Abrir”.

120
1. Para começar, clique com o botão direito sobre a camada extrato_LS08.
2. Em seguida, escolha a opção “Propriedades”.

3. Na tela que abrir, clique no ícone “Pirâmides”.


4. Existem três itens que podem ser configurados:
4.1. “Formato de visão geral”:
Aqui é possível escolher se os arquivos serão:
1. criados no mesmo arquivo; ou
2. criados separadamente.
Na primeira opção, caso algo de errado, o arquivo pode ser corrompido. Escolha a segunda opção caso não
tenha um backup do arquivo original.
4.2. “Método de reamostragem”
Aqui é possível escolher o método de reamostragem que será utilizado:
1. Nearest Neighbour
2. Average
3. Gauss
4. Cubic
5. Mode
6. None
4.3. “Resoluções”:
Aqui é possível escolher os níveis que serão criados. Cada nível tem a metade do tamanho do nível
anterior.

121
*A reamostragem é o cálculo da nova cor que um pixel de um nível da pirâmide deverá ter. No processo de “piramidação”,
como na figura abaixo, um pixel de um novo nível vai ocupar, por exemplo, a área de quatro pixels do nível anterior. Assim,
a reamostragem é o processo matemático para definir a cor do novo pixel. Pode ser, por exemplo: A =
(A1+A2+A3+A4)/4.

(Clique em cada um deles – que estão em destaque azul – para obter mais informações).
5. Clique em “Construir Pirâmides”.
6. Clique em “OK”

4.3

4.1
5

4.2

Para saber mais sobre reamostragem e seus métodos, leia o arquivo sobre
o tema disponível na plataforma digital.

122
Ferramenta Raster

Caso o conjunto de ferramentas raster não apareça em sua interface, clique com o botão direito
do mouse na barra de ferramentas (local indicado) e habilite-o.
Essas ferramentas (de 1 a 6) têm como objetivo melhorar a visualização das camadas matriciais.
O funcionamento das ferramentas 1 e 3, por exemplo, varia conforme a extensão da tela. Elas aumentam
o contraste para que a área enquadrada seja a melhor possível.
A seguir, conheceremos mais detalhadamente cada uma delas. Para este processo, a camada
extrato_LS08 deve estar aberta.

1 2 3 4 5 5 6 6

123
Clique nos locais indicados de 1 a 4, em destaque azul, para conhecer a funcionalidade de cada
ferramenta e, também, ver o resultado que elas provocam na imagem.

1 2 3 4

1. Trecho de corte cumulativo local, utilizando a extensão atual, limites padrão e valores
estimados. Máximo contraste utilizando a extensão atual da imagem.
2. Trecho de corte cumulativo local, utilizando toda a extensão do conjunto de dados, limites
padrão e valores estimados. Máximo contraste utilizando toda a extensão da imagem.
3. Extensão do histograma utilizando a extensão atual. Melhora o contraste utilizando a
extensão atual da imagem

1 2 3 4

124
5. Aumenta/diminui brilho.
6. Aumenta/diminui contraste.

Recorte por máscara

Para começar, é preciso que você baixe o arquivo mascara.shp, disponível na plataforma
digital do curso. Após isso, adicione-o ao projeto. A camada extrato_LS08 deve estar aberta.

1. Feito isso, clique no menu “Raster”


2. Selecione “Extrair”.
3. Em seguida, clique em “Recorte”.

125
1. Clique no botão “Adicionar camada vetorial”.
2. Na caixa de diálogo que abrir, clique em “Buscar”.
3. Navegue até a pasta na qual está o arquivo .sph, selecione-o e clique em “Abrir”.
4. Clique no botão “Abrir”.

2
3

4. Selecione a camada extrato_LS08.


5. Indique o local onde a nova camada será salva.
6. Marque a opção “Camada máscara”.
7. Selecione a camada que será utilizada como máscara.
8. Selecione a opção “Criar uma banda alfa de Saída”. 4

9. Por fim, clique em “OK” 5

6
9 7

126
10. Na árvore de camadas, desabilite as camadas “mascara” e “extrato_LS09”.
Veja o resultado!

10

Filtro

A função do filtro é remover os ruídos que a imagem possui e que não representam
informações relevantes. Veja como funciona.
Para começar, é preciso que você baixe o arquivo MDS_Abuna.tiff, clicando aqui. Após isso,
abra-o no QGIS, caso você ainda tenha dúvidas sobre esse processo, relembre aqui.
1. Feito isso, clique no Menu “Raster”.
2. Selecione “Análise”
3. Clique em “Filtro”.

2 3

127
1. Para iniciar, clique no botão “Adicionar camada raster”.
2. Navegue até a pasta na qual está o arquivo .tif, selecione-o e clique em “Abrir”.

4. Selecione a camada MDS_Abuna.


5. Indique o local onde a nova camada será salva.
6. Escolha o “Limite”, no qual você deve definir o limite máximo de tamanho, em pixels, das áreas a
serem removidas.
7. Escolha uma opção para a “Conexão de pixels”. É possível escolher dois tipos de vizinhança:
• 4–

• 8-

8. Em seguida, clique em “OK”.

128
4

5
6
7

Note que a imagem ficou suavizada.

Ótimo! Você terminou de ver este processo.

129
Álgebra de mapas

A função da álgebra de mapas é possibilitar a criação de novas camadas de informação a partir da


integração de outras camadas. Essa funcionalidade pode ser utilizada para calcular a diferença entre
um modelo digital de superfície e um modelo digital de terreno. O resultado indicará a altura dos
elementos do terreno (construções, árvores, etc.). Veja como funciona.

*No Modelo Digital de Terreno (MDT) a cota é relativa ao terreno, já no Modelo Digital de Superfície (MDS) a cota
sofre influência da vegetação e das edificações, como mostra a imagem abaixo:

1. Para iniciar, clique no botão “Adicionar camada raster”.


2. Navegue até a pasta na qual está o arquivo .tif, selecione-o e clique em “Abrir”.

130
3. Indique o local onde a nova camada será salva.
4. Dê um duplo clique sobre a camada MDS_Albuna@1.
5. Clique no sinal de subtração.
6. Dê um duplo clique sobre a camada MDT_Albuna@1.
7. Em seguida, clique em “OK”.

4
3
6

A operação que você realizou pode ser representada da seguinte maneira:

Altura_Abuna

131
MDS_Abuna

MDT_Abuna

O resultado é a imagem que indica a altura dos elementos do terreno (construções, árvores, etc.).

132
Análise de Terreno

A ferramenta de análise de terreno possui 5 subferramentas. A partir de agora, veremos as quatro mais
utilizadas, que são:

Declividade

Para esta tarefa, você utilizará somente o arquivo MDT_Albuna.tif.


1. Para iniciar, clique no menu “Raster”.
2. Depois em “Análise do Terreno”
3. E, em seguida, em “Declividade”.

133
4. Selecione a camada MDT_Albuna para gerar a declividade.
5. Indique o local onde a nova camada será salva.
6. Preencha o “Fator Z” que, neste caso, será 1.0: O fator z é um multiplicador utilizado para igualar as
unidades da escala vertical com as unidades da escala horizontal. Se o SRC tiver as unidades em grau decimal e a altitude
estiver em metros, é necessário colocar um fator de 0.00000892857, que é a quantidade de graus em 1 metro.
7. Em seguida, clique em “OK”.

O resultado é um arquivo que expressa a declividade do terreno em grau decimal.

134
Aspecto

Para esta atividade, você utilizará somente o arquivo MDT_Albuna.tif


1. Clique no menu “Raster”,
2. Selecione “Análise do Terreno”.
3. Clique em “Aspecto”.
1

2
3

4. Selecione a camada MDT_Albuna.


5. Indique o local onde a nova camada será salva.
6. Preencha o “Fator Z” que, neste caso, será 1.0: O fator z é um multiplicador utilizado para
igualar as unidades da escala vertical com as unidades da escala horizontal. Se o SRC tiver as unidades em
grau decimal e a altitude estiver em metros, é necessário colocar um fator de 0.00000892857, que é a
quantidade de graus em 1 metro.
7. Clique em “OK”.

135
O aspecto informa o azimute em que uma vertente está orientada.
O raster de saída tem valores que variam de 0° a 360°.

*Azimute é o ângulo formado entre o norte e o alinhamento em questão. É medido a partir do norte, no sentido horário,
podendo variar de 0º a 360º.

Sombreamento

Para esta tarefa, você utilizará somente o arquivo MDT_Albuna.tif


1. Clique no menu “Raster”,
2. Selecione “Análise do Terreno”,
3. Clique em “Sombreamento”.

2
3

136
4. Selecione a camada MDT_Albuna para gerar o sombreamento.
5. Indique o local onde a nova camada será salva.
6. Preencha o “Fator Z” que, neste caso, será 1.0.
7. Azimute e Ângulo vertical são os parâmetros para simular a posição do sol.
8. Clique em “OK”.

O resultado é um arquivo que representa as sombras do relevo. Esse dado facilita a percepção
das formas do relevo.

Você finalizou este passo a passo.


137
Relevo

Para esta tarefa, você utilizará somente o arquivo MDT_Albuna.tif


1. Clique no menu “Raster”.
2. Selecione “Análise do Terreno”.
3. Clique em “Relevo”.

2
3

4. Selecione a camada MDT_Albuna para gerar a coloração de relevo.


5. Indique o local onde a nova camada será salva.
6. Preencha o “Fator Z” que, neste caso, será 1.0.
7. Clique em “Criar automaticamente”
8. Clique em “OK”.

4
5

6
7

138
O resultado é um arquivo com o relevo colorido. Esse dado facilita a percepção das formas do
relevo.

Agora que você aprendeu algumas das operações que podem ser realizadas com dados raster, conheça, na
sequência, mais uma forma de acesso a esses dados.

QuickMapServices Plugin

O plugin QuickMapServices permite que você inclua no QGIS camadas do Google Maps, Bing Maps,
entre outros. Seu uso é extremamente simples. Vamos vê-lo na prática?

139
1. Para começar, clique no menu “Complementos”
2. Clique em “Gerenciar e Instalar Complementos”.

1 2

3. Na caixa de busca, digite QuickMap.


4. Clique sobre o plugin.
5. Clique em “Instalar complemento” e aguarde a finalização da instalação.
6. Após finalizar, clique em “Fechar”.

3
4

140
7. Clique no menu “Web”.
8. Selecione “QuickMapServices”
9. Selecione “Google”
10. Clique em “Google Satellite”.
7

10

Esse plugin é uma excelente alternativa para trabalhos exploratórios, quando se quer conhecer
uma área, e se tem pouco tempo para procurar imagens.

141
Às vezes, quando obtemos uma imagem e ela não está perfeitamente georreferenciada, podemos
dizer que ela está “deslocada”.
E o que podemos fazer nesses casos?
Veja a seguir.

Georreferenciamento

Na figura abaixo, por exemplo, temos a camada Google Satellite (colorida) e mais uma imagem não
georreferenciada (em escala de cinza). Perceba a discrepância entre elas.
Esse é problema simples de resolver. Para isso, é necessário ter um outro dado geográfico para servir
de referência.
O processo de georreferenciar consiste em identificar pontos semelhantes na imagem deslocada e na
imagem que servirá de base. Os pontos na imagem base são chamados de pontos de controle.
Vamos ver como funciona na prática?

A instalação do plugin é muito simples.


1. Clique no menu “Complemento”.
2. Clique na opção “Gerenciar e Instalar Complementos”.

1
2

142
3. Na caixa de busca, digite Georreferenciador.
4. Marque o checkbox. Por ser um plugin já disponibilizado no QGIS, não é necessária a instalação.
5. Clique em “Fechar”.

3
4

143
Para começar, é preciso que você baixe o arquivo 1997_Fx28A_F9A.jpg, disponível na plataforma
digital. Após isso, abra-o no QGIS.
Após isso, abra o Google Satellite, conforme vimos no processo anterior.
A imagem 1997_Fx28A_F9A.jpg, está um pouco “deslocada” com relação à imagem do google. Vamos
georreferenciá-la!
Assista ao vídeo sobre como georreferenciar uma imagem.

1. Para iniciar, clique no botão “Adicionar camada raster”.


2. Navegue até a pasta na qual está o arquivo .tif, selecione-o e clique em “Abrir”.

144
1. Clique no menu “Web”.
2. Selecione “QuickMapServices”
3. Selecione “Google”
4. Clique em “Google Satellite”.
1

Como resultado do georreferenciamento, você terá um resultado próximo a isso.

Muito bem! Finalizamos este processo.

145
Chegamos ao final desta aula, que, por sinal, foi bastante produtiva.
Nela, você aprendeu a: otimizar a leitura de arquivos matriciais; visualizá-los melhor; tirar ruído das
imagens; fazer álgebra com imagens; fazer análises de terreno; inserir camadas disponíveis na WEB no QGIS; e
georreferenciar uma imagem.
Na próxima aula, você aprenderá a criar mapas e tabelas.

Para dar sequência ao curso, você deve realizar os exercícios de fixação desta aula. Para isso, clique no
botão de fechar a janela (localizado no canto superior direito da tela), retorne à página inicial do curso
(acessando-o por meio do menu "Meus Cursos") e clique no item “Exercícios de Fixação”, que está ao lado da
Aula 5.

Até breve!

146
Aula 6 – Criando Mapas e Tabelas

Olá! Bem-vindo(a) à quinta aula do curso.


Nas aulas anteriores, você viu como obter, visualizar e analisar dados vetoriais e matriciais. Aqui,
daremos um passo além, e você aprenderá a como produzir mapas para impressão.
Vamos começar?

O que é um Mapa?

Segundo o IBGE, mapa é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos
geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma figura planetária,
delimitada por elementos físicos e político-administrativos, destinada aos mais variados usos, como temáticos,
culturais e ilustrativos.
Quer ver exemplos?

MAPA 1

147
MAPA 2

Projetos no QGIS

Cada mapa corresponde à junção de camadas de dados, sejam vetoriais ou raster. Para reunir as
camadas, montar seu mapa e garantir que sempre que necessário essas informações estejam disponíveis, o
QGIS e ferramentas similares permitem que sejam criados projetos.
A função do projeto no QGIS é manter as informações da sessão de trabalho. As informações armazenadas no
projeto são:
• Camadas adicionadas.
• Propriedades da camada, incluindo uma simbolização.
• SRC do mapa.
• Layout de mapas para impressão.
Você deverá salvar seu trabalho em projetos para manter, principalmente, a simbolização e os layouts de
mapas.

148
Agora vamos aprender a criar um projeto para elaborar nosso primeiro mapa e, com isso, garantir
que nada se perca.

O QGIS salva o projeto em um arquivo .qgs. Salvar um projeto é muito simples, pois funciona
como na maioria dos softwares que você usa normalmente.
1. Clique no botão “Salvar”.

2. Informe o nome do projeto.


3. Clique em “Salvar”.

149
Agora que você já sabe como criar/salvar um projeto, podemos aprender a criar mapas.
Vamos lá?

1. Para esta atividade, você deve fazer o download das camadas “bcim_lim_unidade_federação”
e “unidades do ibama” no visualizador da INDE.
2. Feito o download, abra os arquivos no qgis.
3. Adicione a camada Stamen Watercolor utilizando o plugin QuickMapServices Plugin.

Primeiro de tudo, você deve entrar no site http://www.inde.gov.br/, já apresentado. Ao clicar,


você será redirecionado(a) à outra aba. Volte à aba do curso para continuar a ver os passos.
1. Na tela inicial do site, você deve clicar na opção “Geo serviços”.

150
2. Na opção “Visualizador de Mapas” é possível visualizar todos os dados de todos os órgãos
que fazem parte da INDE, como mapas.

3. Clique no botão “Acessar”, embaixo de VINDE.

151
4. Você deve digitar o termo que deseja pesquisar no campo “Camada”.
5. Em seguida, clicar em “Consultar”.

6. Ao marcar o “checkbox”, a camada é pintada na tela. Se for realmente a camada que você
deseja, é só clicar no ícone de camadas e aparecerão algumas opções.

7. Basta clicar na opção “Download Shapefile” e você terá em seu computador os dados
pesquisados.

152
1. Clique no botão “Adicionar camada vetorial”.
2. Na caixa de diálogo que abrir, clique em “Buscar”.
3. Navegue até a pasta na qual está o arquivo .sph, selecione-o e clique em “Abrir”.
4. Clique no botão “Abrir”.

1. Para começar, clique no menu “Complementos”


2. Clique em “Gerenciar e Instalar Complementos”.
3. Na caixa de busca, digite QuickMap.
4. Clique sobre o plugin.
5. Clique em “Instalar complemento” e aguarde a finalização da instalação.
6. Após finalizar, clique em “Fechar”.

1
2

153
3
4

7. Clique no menu “Web”.


8. Selecione “QuickMapServices”
9. Selecione “Stamen”
10. Clique em “Stamen Watercolor”. 7

10

154
4. Ordene as camadas para que fiquem conforme esta figura. Quer relembrar como executar essa
ação? Então, clique aqui.
Obs: Essas camadas serão utilizadas nos processos para criação da mapa que veremos aqui.

Para visualizar uma camada por cima da outra, basta


clicar e segurar a camada desejada e arrastá-la para baixo.

155
A simbologia de uma camada é a forma como esta será apresentada no
mapa. A vantagem de se utilizar um SIG em relação a outras formas de
representar dados com aspectos espaciais é que, com um SIG, você pode alterar
facilmente a aparência dos dados com os quais está trabalhando. A aparência
visual do mapa – que depende da simbologia das camadas individuais – é muito
importante.
O usuário final dos mapas que você produzirá terá que ser capaz de ver
facilmente o que o mapa representa. Para isso, é muito importante que você
explore os dados com os quais está trabalhando, além de primar por uma boa
simbologia.
Tenha em mente que: fazer uso de uma boa simbologia não é um luxo. Na
verdade, é essencial produzir mapas e informações que as pessoas sejam capazes
de usar.

Como você viu, para que um mapa atinja seu objetivo, que é comunicar espacialmente uma
informação, é necessário que ele seja harmonioso, daí se diz que a cartografia é uma ciência e arte.
Vamos começar a deixar os elementos do mapa mais harmoniosos. Para isso você aprenderá, a seguir,
a alterar a simbologia das camadas.

1. Dê um duplo clique sobre a camada “BCIM_Unidade_FederacaoPolygon”.

156
2. Clique na aba “Estilo”.
3. Clique em “Preenchimento Simples”.
4. Clique no campo “Borda”.

2
4

5. Selecione a cor branca (ponto mais alto da escala).


6. Clique em “OK”.

157
7. Clique sobre o campo “Estilo de preenchimento”.

8. Selecione a opção “Denso 6”.

158
O visual da camada deve se parecer com a figura abaixo.

Agora você continuará alterando a simbologia da camada BCIM_Unidade_FederacaoPolygon.

1. Dê um duplo clique sobre a camada “BCIM_Unidade_FederacaoPolygon”

159
2. Clique na aba “Rótulos”.
3. Marque a opção “Rotular esta camada com”.
4. Selecione o campo sigla. O valor desse campo aparecerá no mapa.
5. Clique sobre a opção “Buffer”.
6. Marque a opção “Desenhar buffer do texto”.
7. Clique em “OK”.

3 4

O resultado deve ser similar a este.

160
A partir de agora, veremos como alterar a simbologia da camada adm_edif_pub_civil_ibama_p.
Vamos lá?

1. Dê um duplo clique sobre a camada “adm_edif_pub_civil_ibama_p”.

2. Clique na aba “Estilo”.


3. Escolha o símbolo “star 3”.
4. Preencha o campo
“Tamanho” com o valor 1,40000.
5. Clique em “OK”.

2 4

161
O visual da camada deve se parecer com a figura abaixo.

Muito bem! Agora você irá confeccionar seu primeiro mapa para impressão.
Preparado(a)?

1. Primeiro de tudo, você deve renomear as camadas:


“adm_edif_pub_civil_ibama_p” para “Ibama” e
“BCIM_Unidade_FederacaoPolygon” para “UF”.
Para isso, clique com o botão direito sobre a camada e, em seguida, em “Renomear”.
2. Clique na ferramenta “Novo Compositor de Mapas”.
2

162
3. Nomeie o novo compositor.
4. Clique em “OK”.

3 4

5. Com isso, uma janela se abre. É nela que iremos trabalhar nos próximos passos.

163
Arrastar compositor – move o papel
Aproximar - aproxima o papel Aba com as informações sobre o
Selecionar/mover Item - seleciona/move os itens do mapa. papel.
Mover item do conteúdo - move o mapa dentro do papel.

Adicionar novo mapa - adiciona o mapa no papel.


Adicionar imagem.
Adicionar rótulo.
Aba com as propriedades dos itens.
Adicionar nova legenda.
Sempre mostra as propriedades dos
Adicionar nova barra de escala.
itens selecionados.
Adicionar figura.
Adicionar seta.
Adicionar tabela de atributo.

Papel - onde o mapa e seus elementos


são desenhados.

Agora que você conhece os elementos básicos do compositor de mapas, já está apto(a) a começar a
confeccionar seu primeiro mapa.
Além das camadas e sua simbologia, um mapa também deve conter pelo menos os seguintes
elementos: título, orientação, legenda, escala, fonte e projeção cartográfica. A seguir, veremos o que é cada
um desses elementos e como inseri-los no layout do nosso mapa.
Primeiramente, vamos inserir o título. Ele é o elemento que nos permite identificar o assunto que está
sendo representado no mapa. Se dermos respostas a estas três questões: o quê, onde? quando?, podemos
elaborar corretamente o título de um mapa.

164
1.Clique na ferramenta de “Adicionar rótulo”.
2. Clique no papel e arraste. Dentro do quadrado desenhado aparecerá palavra QGIS.
3. Clique na aba “Propriedades do item”.
4. Preencha o título com o seguinte texto:
Unidades do Ibama - Brasil - 2016
5. Clique para configurar a fonte. Coloque o tamanho 28.
3

2 4

1
5

6. Selecione a opção “Centro”, para o alinhamento horizontal do texto.


7. Selecione a opção “Meio”, para o alinhamento vertical do texto.
8. Marque a opção “Fundo”.
Note que o título vai se alterando, conforme você altera os valores dos parâmetros.

165
Agora você irá inserir a orientação. Ela normalmente aparece na forma da rosa dos ventos, desenhada
no mapa ou com a presença de uma seta que indica um dos rumos da rosa dos ventos, na maior parte dos
casos o Norte.

1.Clique na ferramenta de “Adicionar imagem”.


2. Clique no papel e arraste. Aparecerá somente um quadrado. É necessário escolher a imagem.
3. Clique na aba “Propriedades do item”.
4. Selecione a seta que será usada para indicar o Norte.
3

2
1

A partir de agora, você aprenderá a inserir a legenda. Ela serve para nos ajudar a decodificar o
significado das cores, dos símbolos e dos sinais convencionais utilizados no mapa. É muito importante para
que possamos ter uma leitura correta do mapa.

166
1. Clique na ferramenta de “Adicionar nova legenda”.
2. Clique no papel na posição que deseja que a legenda apareça.
3. Clique na aba “Propriedades do item”
3

4. Marque a opção “Atualização Automática”.


5. Marque a opção “Fundo”.
6. Altere o campo “Cor do fundo de tela” para que a simbologia da UF seja visível na legenda.

5 6

167
Agora você vai ver como inserir a escala. Ela é o elemento que estabelece a relação entre a área
representada no mapa e a área correspondente na realidade. Pode estar representada na sua forma gráfica ou
na sua forma numérica.

Escala Gráfica Escala Numérica

Escala é a relação entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e sua medida real.
Duas figuras semelhantes têm ângulos iguais dois a dois e lados homólogos proporcionais.
Verifica-se, portanto, que será sempre possível, por meio do desenho geométrico, obter-se figuras
semelhantes às do terreno.
Sejam:
D = um comprimento tomado no terreno, denominado distância real natural.
d = um comprimento homólogo no desenho, denominado distância prática.
Como as linhas do terreno e as do desenho são homólogas, o desenho que representa o terreno é
uma figura semelhante a dele, logo, a razão ou relação de semelhança é a seguinte:
d
D
É essa relação que chamamos de ESCALA.

1. Clique na ferramenta de “Adicionar Escala”.


2. Clique no papel, na posição que deseja que a escala apareça.
3. Clique na aba “Propriedades do item”.
3

168
4. Mude para 1 segmento à esquerda.
5. Mude para 2 segmento à direita.
6. Preencha o campo “Tamanho” com o valor 250000.
7. Clique na ferramenta “Selecionar/Mover Item” e ajuste o conteúdo do mapa para enquadrá-
lo da melhor forma possível.

4 5

E o próximo passo?
Bem, agora você aprenderá a inserir a fonte. Ela é essencial pois indica quem produziu o mapa.

169
1. Clique na ferramenta de “Adicionar Rótulo”.
2. Clique no papel e arraste para o local desejado. Ao fazer isso, dentro do quadrado
desenhado, aparecerá a palavra QGIS.
3. Clique na aba “Propriedades do Item”.
4. Preencha o título com o seguinte texto: Fonte: Curso introdução ao geoprocessamento.
5. Clique para configurar a fonte. Coloque o tamanho 8.
Obs. : Ajuste a caixa de texto, usando os pontos da borda, assim como você fez quando inseriu
o título. 3

1 4

6. No “Alinhamento horizontal” do texto, marque a opção esquerda.


7. No “Alinhamento vertical” do texto, marque a opção topo.

170
A próxima etapa é aprender a inserir a projeção. Ela consiste na informação sobre o SRC utilizado
para compor o mapa.

1. Clique na ferramenta de “Adicionar Rótulo”.


2. Clique no papel e arraste para o local desejado. Ao fazer isso, dentro do quadrado
desenhado, aparecerá a palavra QGIS.
3. Clique na aba “Propriedades do item”.
4. Preencha o título com o seguinte texto: Sistema de Referência de Coordenadas: Geográfico,
SIRGAS 2000.
5. Clique para configurar a fonte. Coloque o tamanho 8.
Obs. : Ajuste a caixa de texto, usando os pontos da borda, assim como você fez quando inseriu
o título e a fonte.

4
1

171
6. No “Alinhamento horizontal” do texto, marque a opção direita.
7. No “Alinhamento vertical” do texto, marque a opção meio.

Para finalizarmos, de fato, o primeiro mapa, basta você aprender a exportá-lo.


Vamos lá?

1. Clique na ferramenta “Exportar como imagem”.

172
2. Selecione o nome do mapa.
3. Selecione o local onde deseja salvar o mapa.
4. Clique em salvar.

2
3

Pronto! Você gerou seu primeiro mapa.


A figura que você salvou deve se parecer muito com a figura ao lado.
Caso não, veja o que errou e repita o processo.

173
Ok. Você cumpriu o primeiro objetivo, que é construir o Mapa 1. Agora, iremos incluir uma tabela
nesse mapa para completar a tarefa e, com isso, construir o Mapa 2.
Preparado(a)?

Para elaborar o segundo mapa proposto, devemos criar um novo layout.


1. Clique no “Gerenciador do Compositor”.

2. Na janela que abrir, clique em “Duplicar”. Ao fazer isso, você duplica o layout existente para
poder manter o mapa anterior.

174
3. Nomeie o novo layout como “mapa com tabela”.
4. Clique em “OK”.

5. No “Gerenciador do Compositor” aparece o novo layout.


6. Clique em “Fechar”.

Para finalizar o processo de construção do Mapa 2, você aprenderá a inserir a tabela de atributos.

175
1.Clique na ferramenta de “Adicionar Tabela de Atributos”.
2. Clique no papel e arraste. Dentro do quadrado desenhado aparecerá a tabela de atributos.
3. Clique na aba “Propriedades do item”.
4. Selecione a camada UF.
5. Clique no botão “Atributos”.

4
5

2
1

6. Abre-se a janela de atributos. Nela você deve configurar o que aparecerá na tabela do mapa.
7. Utilize o campo “geocodigo” para ordenar a apresentação da tabela.
8. Clique no botão com o símbolo de “mais” para adicionar a classificação.
9. Clique em “OK”.
6

8
7

176
Agora temos o nosso novo layout com uma tabela que relaciona geocodigo, sigla e os nomes
dos estados.
Para gerar uma nova figura, vamos repetir os passos do processo de exportação:
10. Clique na ferramenta “Exportar como imagem”.

11. Selecione o nome do mapa.


12. Selecione o local onde deseja salvar o mapa.
13. Clique em salvar.

11

12

13

177
Confira se o mapa que você salvou se parece com a figura ao lado.
Se sim? Parabéns!
Caso não, retorne aos passos, identificando onde errou, e repita o processo.

Finalizamos a confecção do Mapa 2 e, dessa forma, você concluiu o objetivo desta aula.

Ótimo! Chegamos ao fim desta aula.


Agora você sabe quais são os elementos essenciais para a composição de um mapa, além de ter
aprendido a inseri-los no QGIS, a partir da elaboração de dois mapas.
Na próxima e última aula, você conhecerá os processos de modelagem e conversão de dados.

Para dar sequência ao curso, você deve realizar os exercícios de fixação desta aula. Para isso, clique no
botão de fechar a janela (localizado no canto superior direito da tela), retorne à página inicial do curso
(acessando-o por meio do menu "Meus Cursos") e clique no item “Exercícios de Fixação”, que está ao lado da
Aula 6.
Até a próxima!

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Aula 7 - Modelagem e conversão de dados

Saudações! Boas-vindas à sétima aula de nosso curso, que marcará também o final do primeiro módulo.
Nas aulas anteriores, você aprendeu a utilizar o QGIS para visualizar, consultar, analisar e plotar
informações.

Nessa aula você aprenderá a como converter os dados geográficos entre diferentes formatos.
Você verá também como organizar conceitualmente as informações geográficas, para que haja uma
documentação sobre como os dados se relacionam entre si.

O uso dos SIGs ainda é muito restrito, muitas pessoas utilizam ferramentas
CAD e o Google Earth. Assim, como fazer para compartilhar os dados que
produzimos com pessoas que não utilizam SIG?

Conversão de Dados Geográficos

A conversão de dados é um dos meios pelos quais conseguimos que sistemas diferentes possam se
comunicar. Essa comunicação entre sistemas se chama interoperabilidade.
A interoperabilidade possui duas dimensões: uma sintática e outra semântica.

Interoperabilidade Sintática

Na interoperabilidade sintática os sistemas entendem a forma como os dados são escritos. Podemos
dizer que é o “formato” do arquivo. Por exemplo:
O Google Earth só entende arquivos no formato .kml e .kmz, o QGIS consegue ler e escrever esses
arquivos. Assim, dizemos que a interoperabilidade sintática é alcançada entre QGIS e Google Earth.
Apesar do nome, a conversão sintática nada mais é do que um “salvar como”.
Vamos aprender como é simples.
Para isso, faça o download da camada bcim_lim_unidade_federacao, no visualizador da INDE. Abra o
QGIS e adicione a camada de Unidades da Federação.

Vamos relembrar esse processo:

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Primeiro de tudo, você deve entrar no site http://www.inde.gov.br/, já apresentado. Ao clicar,
você será redirecionado(a) à outra aba. Volte à aba do curso para continuar a ver os passos.
1. Na tela inicial do site, você deve clicar na opção “Geo serviços”.

2. Na opção “Visualizador de Mapas” é possível visualizar todos os dados de todos os órgãos


que fazem parte da INDE, como mapas.

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3. Clique no botão “Acessar”, embaixo de VINDE.

4. Você deve digitar o termo que deseja pesquisar no campo “Camada”.


5. Em seguida, clicar em “Consultar”.
(Ao digitar “Terra indígena” não se esqueça do acento – isso pode comprometer sua busca)

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6. Ao marcar o “checkbox”, a camada é pintada na tela. Se for realmente a camada que você
deseja, é só clicar no ícone de camadas e aparecerão algumas opções.
7. Basta clicar na opção “Download Shapefile” e você terá em seu computador os dados sobre
Terras Indígenas do Brasil.

Ótimo! Relembramos aqui o processo de download da camada.

1. Clique no botão “Adicionar camada Vetorial”.

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2. No Diálogo que se abrirá, clique no botão “Buscar”.

3. Navegue até a pasta onde estão os arquivos .shp, selecione-os e clique em “Abrir”.

4. Clique no botão “Abrir”.

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1. Clique com o botão direito sobre a camada.
2. Clique em “Salvar Como...”

3. Escolha o Formato “Keyhole Markup Language [kml]” – Esse é o arquivo que exportaremos
para o Google Earth.

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4. Escolha o local onde irá salvar o arquivo. Nomeie-o de “estados.kml”
5. Escolha o SRC. Para o formato .kml a projeção deve ser sempre a EPSG:4326.
6. Clique em “OK”.

Como resultado, temos um arquivo .kml que pode ser aberto no Google Earth.
Com o Google Earth instalado, execute os seguinte passos:
1. Clique em “Arquivo”.
2. Em seguida, clique em “Abrir”.

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3 - Procure pelo arquivo estados.kml.
4 - Clique em “Open”.

Ao lado, Temos o mesmo conteúdo que tínhamos no QGIS, mas agora importado no Google
Earth.

Interoperabilidade Semântica

A interoperabilidade Semântica cuida do significado do conteúdo do arquivo. Essa parte é muita mais
complexa e envolve a existência de vocabulários controlados, taxonomias, ontologias e outros métodos de
organização e recuperação de informações.
Para saber mais, clique acesse: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/papers/geobr_geoinfo2002.pdf

Modelagem de dados

A modelagem de dados é uma técnica que consiste em abstrair os elementos do mundo real para o
universo conceitual. O modelo será melhor quanto maior for a capacidade dele de representar a realidade e
facilitar a comunicação.
Para representar o mundo real (hidrografia, relevo, uso e ocupação do solo, vegetação e outros), bem
como os processos e fenômenos existentes (assoreamento, queimadas, desmatamento, deslizamentos de terra
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e outros) é necessário estabelecer modelos que permitam demonstrar como os dados estão organizados e quais
os relacionamentos entre eles.
Com estes modelos é possível dar suporte aos processos de análise desses dados visando a diferentes
finalidades, tais como:

• Análise de impactos ambientais;


• Identificação de ilícitos ambientais;
• Controle da qualidade ambiental;
• Preservação da biodiversidade.

Para compreender melhor o que é um modelo, vamos fazer um exercício.


Foi pedido ao seu setor que confeccione o mapeamento de uma bacia hidrográfica com a finalidade
de identificar a situação das áreas de preservação permanente relacionadas ao incisos I, II e IV do artigo 4° da
LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012.
Para executar o trabalho de forma eficaz é preciso executar os seguintes passos:

Analisar os incisos I, II e IV do artigo 4° da LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012

LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012


O Novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, oriunda do Projeto de Lei nº
1.876/99) é a lei brasileira que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, tendo revogado o Código Florestal
Brasileiro de 1965.

Artigo 4º
• Inciso I
• Inciso II
• Inciso IV

Art. 4° Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos
desta Lei:

Este artigo explica o que são consideradas áreas de preservação permanente em zonas rurais e urbanas.

Inciso I
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros,
desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:

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a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;
b) b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros
de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de
largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos)
metros de largura;

Inciso II
Este inciso trata das APPs relacionadas aos lagos e lagoas.
Na definição da app há diferenciação se o lago
está em área urbana ou rural.

II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de
superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
b) b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

Inciso IV
Este inciso trata das APPs relacionadas às nascentes.
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação
topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;

Identificar o elementos geográficos que devem ser mapeados

Da SITUAÇÃO PROBLEMA já temos nosso primeiros 4 elementos:

1. A Bacia hidrográfica - Camada do tipo polígono. É o limite espacial do trabalho


2. As Áreas de Preservação permanente - Camada do tipo polígono. É o objeto de estudo do trabalho,
são as áreas que deveriam ter a sua vegetação natural preservada
3. Uso e cobertura da terra - Camada do tipo polígono. Possui os elementos que compõem a cobertura
da terra, nela serão identificadas vegetação natural e outros elementos que permitam identificar se a APP está
preservada.
4. SItuação APP - Camada do tipo polígono. Possui os elementos de cobertura da terra dentro das
APPs. Se a cobertura não for natural, a APP não está preservada.

No Artigo 4º temos um novo elemento: zoneamento urbano e rural.

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Zoneamento - Camada do tipo polígono. Geralmente é um documento municipal ligado ao Plano
Diretor de Ordenamento territorial que indica quais regiões do municípios são urbanas e quais são rurais.

Identificar as ferramentas de geoprocessamento que podem ser utilizadas

No Inciso I do artigo 4º é falado das APPs de curso d’água.


Nas alíneas é indicada a área de abrangência da APP em função da largura do curso d’água.

1. Trecho de curso d’água - Camada do tipo linha. Representa o centro de um trecho de curso d’água.
Os trechos são desenhados em função da largura dos cursos d’água. Assim o trecho é um “pedaço” de um curso
d’água que tem a mesma largura. Essa camada deve conter dois campos, largura do rio e largura da app.
2. APP de Curso d’água - Camada do tipo polígono, representa as APPs relacionadas aos curso d’água.

http://www.ciflorestas.com.br/cartilha/img/content/img-1.jpg

No Inciso II do artigo 4º é falado das APPs de lagos e lagoas naturais.


Nas alíneas é indicada a área de abrangência da APP em função da área da superfície do lago ou lagoa
e de sua localização com relação ao zoneamento rural e urbano .

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1. Massa D’água - Camada do tipo Polígono. Representa a área superficial dos lagos e lagoas. Essa
camada deve conter dois campos, área da superfície da massa d’água e largura da APP.
2. APP de Massa d’água - Camada do tipo polígono, representa as APPs relacionadas aos curso d’água.

No Inciso IV do artigo 4º é falado das APPs de nascentes

1. Nascente - Camada do tipo Ponto. Representa o centro das nascentes o ou olho d’água.
2. APP de Nascente - Camada do tipo polígono, representa as APPs relacionadas às nascentes.

Desenhando o Modelo

Ao lado, você pode ver as classes identificadas na análise do problema, desenhadas como um diagrama.
Essa forma de representação serve para facilitar o entendimento do que tem que ser mapeado.
Pode ser desenhado a mão em uma folha de papel ou em qualquer ferramenta de diagramação. O
importante é documentar.

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As ferramentas de geoprocessamento que devem ser utilizadas para executar esse trabalho são as
seguintes:

1. Para geração das APPs é necessário utilizar a ferramenta Buffer.


a. Para chegar a APP é preciso gerar buffer para as camadas.
I. nascente - A ferramenta de Buffer gerará a camada APP_nascente.
II. trecho_curso_d_agua - A ferramenta de Buffer gerará a camada APP_curso_d_agua.
III. massa_d_agua - A ferramenta de Buffer gerará a camada APP_massa_d_agua.

2. Para deixar todas as APPs em único arquivo é necessário utilizar a ferramenta União.
a. A união das camadas APP_nascente, APP_curso_d_agua e APP_massa_d_agua gerará a camada
APP.

3. Para identificar a situação das APPs é necessário utilizar a ferramenta Cortar.


a. Cortar a camada uso_cobertura_terra pela camada APP resultará na camada situacao_app.
I. Na camada situacao_app.
1. O que for cobertura nativa será APP preservada.
2. O que for cobertura antropizada será APP Invadida.

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A utilização das ferramentas de processamento de dados geográficos permite gerar cenários estimados
que facilitam a compreensão do mundo real, entretanto, é importante que complementarmente sejam
realizados trabalhos de campos para refinar resultados, corrigindo o seu modelo para que você possa gerar um
cenário próximo ao que existe no mundo real. Assim, a utilização de buffer, por exemplo, é uma ferramenta a
ser utilizada com cautela, pois apesar de bastante útil para dar auxílio a análises, um buffer gerado
automaticamente jamais representará precisamente os elementos do mundo real.

Diagrama de Transformação

O Diagrama de transformação indica as classes e os processos de transformação utilizados para


chegar ao resultado esperado.
A notação para o desenho do diagrama é a OMT-G, você pode saber mais sobre isso acessando o
arquivo: http://www.dpi.inpe.br/livros/bdados/cap3.pdf

Nessa aula você aprendeu a converter dados e viu que antes de utilizar um Sistema de Informação
Geográfica para resolver um problema é necessário executar 3 etapas:
• Analisar o problema
• Identificar o elementos geográficos que devem ser mapeados
• Identificar as ferramentas de geoprocessamento que podem ser utilizada

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Adotar essa abordagem para a resolução de problemas facilita a operacionalização dos processos,
uma vez que tudo o que será feito foi pensado e documentado previamente.
Parabéns, pois você acaba de concluir o Módulo 1. Lembremos que, durante ele, você desenvolveu
diversas habilidades para lidar com dados geográficos.

Agora, você está pronto(a) para iniciar o Módulo 2, no qual colocaremos cada uma dessas habilidades
em prática por meio de estudos de caso.
Dessa maneira, você simulará processos semelhantes aos que utilizará em seu contexto real de
atuação.
Antes disso, você deve realizar os exercícios de fixação desta aula. Para fazê-lo, clique no botão de
fechar a janela (localizado no canto superior direito da tela), retorne à página inicial do curso (acessando-o
por meio do menu "Meus Cursos") e clique no item “Exercícios de Fixação”, que está ao lado da Aula 7.

Até breve!

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