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SEMIOTÉCNICA
O exame físico geral é realizado pela inspeção e palpação. São fundamentais: fácies,
nível de consciência, o estado nutricional, o estado de hidratação e o desenvolvimento físico. O
paciente deve ser analisado inicialmente à beira do leito/cama e depois em decúbito dorsal e/ou
lateral. Algumas etapas do exame físico exigem de o paciente ficar em outras posições, inclusive
de pé ou andando. É interessante respeitar o seguinte script:
O grau do nível de consciência é estabelecido entre dois extremos estado de vigília e estado de
coma IV. A percepção do mundo externo é o que caracteriza o estado de vigília e é resultante
dos processos que envolvem o sistema reticulo-talâmico.
Para a praticidade devem ser analisados quatro parâmetros para avaliação do nível de
consciência:
Perceptividade:
Reatividade:
Capacidade de reagir a estímulos inespecíficos, p. ex. desviar os olhos para o lado de uma fonte
de barulho. Também pode-se analisar o estímulo à dor.
Deglutição:
Reflexos:
A partir desses dados é possível caracterizar o estado de coma dentro da seguinte graduação:
o Traumatismo cranioencefálico
o Acidente vascular cerebral
o Neoplasias cerebrais
Semiologia Médica
o Infecções do sistema nervoso central (encefalites e meningites)
o Epilepsias (síndromes convulsivas)
o Diabetes mellitus
o Insuficiência hepática e renal
o Intoxicação exógenos (álcool, inseticidas, barbitúricos, psicotrópicas)
o Malária
FALA E LINGUAGEM
DESIDRATAÇÃO
Caracterizado pela diminuição total dos eletrólitos e água total do organismo, seguindo os
seguintes elementos:
o Sede
o Queda abrupta de peso
o Mucosas secas
o Estado geral comprometido
o Oligúria
o Abatimento
Essas alterações variam com o grau de desidratação. A desidratação pode ser classificada
segundo dois aspectos: a intensidade (variação de peso) e a osmolaridade (natremia).
PESO
VARIAÇÃO DO PESO
Sobrepeso e obesidade: paciente acima do peso normal máximo. A maneira como o tecido
adiposo de distribui pelo corpo é de extrema importância clínica, dessa forma, existem dois tipos
de obesidade:
obesidade periférica ou ginecoide em que a gordura se deposita nas coxas, nádegas, e regiões
próximas à pelve. Mais comum em mulheres e não se relaciona com doenças.
Coloração
Continuidade ou integridade
Umidade
Textura
Espessura
Temperatura
Elasticidade
Mobilidade
Turgor
Sensibilidade
Lesões elementares
Fotossensibilidade e fotodermatose
COLORAÇÃO
PALIDEZ
Atenuação ou desaparecimento da cor rósea da pele. Nas pessoas morenas é possível verificar
a palidez nas regiões palmo-plantares, por esse motivo é primordial que se avalie toda a
extensão tegumentar. A palidez pode ser localizada ou generalizada.
Semiologia Médica
A palidez generalizada traduz diminuição das hemácias circulantes nas microcirculações
cutâneas e subcutânea. A causa pode ser a vasoconstrição generalizada em consequência de
estímulos neurogênicos ou hormonais p.ex. em grandes emoções ou sustos, redução real das
hemácias (anemias), entre outros.
A palidez localizada tem na isquemia a sua principal causa. Nesse sentido, para notar um
uma nítida alteração segmentar de coloração deve-se comparar as regiões homólogas.
VERMELHIDÃO OU ERITROSE
FENÔMENO DE RAYNALD
É uma alteração cutânea que depende das pequenas artérias e arteríolas das
extremidades e que resulta em modificações da coloração. Inicialmente se observa palidez, a
seguir a extremidade torna-se cianótica e o episódio termina em vermelhidão.
CIANOSE
Leve
Moderada
Intensa
Assim quando determinada a cianose é hora de determinar o tipo de cianose:
Cianose de tipo central:
Há insaturação arterial excessiva, permanecendo normal o consumo de oxigênio nos capilares.
Cianose periférica:
Ocorre pela perda excessiva de oxigênio a nível capilar.
Cianose tipo misto:
A sua origem é resultado das misturas dos mecanismo do tipo central e periférica.
Semiologia Médica
Cianose por alteração da hemoglobina
Alterações bioquímicas da hemoglobina podem impedir a fixação do oxigênio pelo pigmento. O
nível de insaturação se eleva até atingir valores capazes de ocasionar cianose.
LESÕES ELEMENTARES
Classificação:
É uma área de coloração diferente que a da pele que a circunda, no mesmo plano do tegumento
e sem alterações na superfície. A identificação é feita através da palpação.
MÁCULAS PIGMENTARES
Hipocrômicas ou acrômicas:
Diminuição ou ausência de melanina (vitiligo)
Hipercrômicas:
Aumento da melanina (pelagra/cloasma)
Semiologia Médica
MANCHAS VASCULARES
Decorrem de distúrbios da microcirculação da pele. São diferenciadas das manchas
hemorrágicas por desaparecerem após compressão:
1. Telangiectasia: dilatação dos vasos terminais. Podem ser percebidas nas pernas de
mulheres (microvarizes).
2. Mancha hiperêmica ou eritematosa: decorre da vasodilatação, tem cor rósea ou
vermelho-viva e desaparece à digito pressão ou à vitropressão. Surgem nas doenças
exantemáticas (sarampo, varicela, rubéola)
MANCHAS HEMORRÁGICAS
São também chamadas de “sufusões hemorrágica”. Não desaparecem pela compressão, o que
as diferencia dos eritemas. Não desaparece por se tratar de sangue extravasado. Podem ser
classificadas em:
a. Petéquias (quando em pontos)
b. Víbices (quando em forma linear)
c. Equimoses (quando em placa)
Semiologia Médica
DEPOSIÇAO PIGMENTAR
Pode ser por deposição de hemossiderina, bilirrubina (icterícia), pigmento carotênico, corpos
estranhos (tatuagem) e pigmentos metálicos (prata, bismuto).
PÁPULAS
São elevações sólidas da pele, de pequeno tamanho (até 0,5cm de diâmetro), superficiais, bem
delimitadas. Com bordas facilmente percebidas quando se desliza uma polpa digital sobre
a lesão, p. ex. (picada de inseto, leishmaniose, blastomicose, verruga, acne, hanseníase.
TUBÉRCULOS
Elevações maiores que 0,5cm, situadas na derme, pode ser mole ou firmes. A pele
circunjacente tem cor normal ou pode estar eritematosa, acastanhada ou amarelada. Os
tubérculos podem ser observados na tuberculose, hanseníase, esporotricose, sarcoidose e
neoplasias.
NÓDULOS, NODOSIDADES E GOMA
São formações sólidas localizadas na hipoderme, mais perceptíveis pela palpação. Quando de
pequeno tamanho são nódulos, se mais volumosos são nodosidades. Podem ser dolorosas
ou não. A pele circundante estará normal, eritematosa ou arroxeada.
Semiologia Médica
QUERATOSE
É uma modificação circunscrita ou difusa da espessura da pele que se torna mais consistente,
dura e inelástica, em consequência de espessamento de camada córnea. O exemplo mais
conhecido é o calo.
VEGETAÇÕES
Aumento da espessura da pele, que se mantém depressível e sem acentuação das estrias.
LIQUENIFICAÇÃO
ESCLEROSE (E FIBROSE)
EDEMA
VESÍCULA
É uma elevação circunscrita da pele que contém líquido em seu interior. A diferença entre
pápula e vesícula é que a primeira é uma lesão sólida e a segunda é produzida por uma coleção
líquida. Faz-se a punção para sanar qualquer dúvida entre essas lesões.
BOLHA
Também é uma elevação da pele contendo substância com líquido. Diferencia-se da vesícula
pelo tamanho, as bolhas são maiores.
PÚSTULA
ABSCESSOS
EROSÃO OU EXULCERAÇÃO
ULCERAÇÃO
É a perda del
.imitada das estruturas que constituem a pele e que chegam a atingir a derme, sendo esse o
7motivo que a diferencia da escoriação. A ulceração deixa cicatriz.
INFECÇÕES CUTÂNEAS
Semiologia Médica
As respostas inflamatórias cutâneas frente às infecções são extremamente variadas em suas
apresentações clínica e etiológica. As infecções virais são causadas principalmente pelo vírus do
grupo herpes: herpes simples I e II, varicela-zoster, citomegalovírus, epsteim-barr, herpes vírus
humano 6 e 8, causando lesões cutâneas vésico-bolhosas e até manifestações sistêmicas.
IDENTIFICAÇÃO: 13 itens
HDA: (dor)
o Localização
o Tipo? Mal referida, queimação
o Irradiação
o Intensidade
o Fatores de melhora e piora
o Duração
o Sintomas associados
Interrogatório sintomatológico
o Pele e fâneros
Anasarca
Pele seca, mancha
o Cabeça
Exoftalmia (olho protuso)
Cacosmia (cheiro psicológico)
Perversão (não reconhece o cheiro)
Hiposmia (perda gradual do cheiro)
Anosmia (perda total do cheiro)
Epistaxe (sangramento nasal)
Acuidade auditiva
Surdez
Quelite (rachadura dos cantos labiais)