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Relatáorio Anual de Acidentes de Transito em Fortaleza - 2015 PDF
Relatáorio Anual de Acidentes de Transito em Fortaleza - 2015 PDF
ACIDENTES DE TRÂNSITO
FORTALEZA
20
15
RELATÓRIO ANUAL
ACIDENTES DE TRÂNSITO
FORTALEZA
20
15
DEZEMBRO, 2016
EQUIPE TÉCNICA
PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA
Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra – Prefeito
Secretaria Municipal de
Conservação e Serviços Públicos
Autarquia Municipal de
Trânsito e Cidadania
1. INTRODUÇÃO P.01
8. POLÍTICAS &
P.44
AÇÕES IMPLEMENTADAS
PREFÁCIO DO PREFEITO
Junto a nós, na desafiadora missão de garantir mais segurança em nossas ruas, temos
uma rede de organismos internacionais, capitaneados pela Bloomberg Philanthropies,
que reúne outras nove cidades em todo o mundo, determinadas a encontrar soluções
sustentáveis e que atendam à nossa realidade. Fortaleza está alinhada à comunidade
internacional num esforço global, liderado pelas Nações Unidas, na "Década de Ação
pela Segurança no Trânsito", para reduzir ao máximo o número de vítimas do trânsito
até o ano de 2020.Tenho convicção de que, aqui em Fortaleza, faremos o melhor
trabalho para preservar a vida e garantir, em escala crescente, a segurança e a
dignidade para ir e vir.
Em nome de toda equipe da saúde, incluindo representantes do SAMU, Instituto Dr. José
Frota (IJF) e demais agentes, gostaria de registrar nossa gratidão a senhora Secretária de
Saúde Socorro Martins. Os parceiros da saúde nunca mediram esforços na coleta de dados
para que pudéssemos construir este documento. A Polícia Rodoviária Estadual e ao
Departamento de Trânsito do Estado do Ceará, instituições fundamentais na construção de um
novo momento para segurança viária em Fortaleza, o nosso muito obrigado. A grande parceria
com a Polícia Rodoviária Federal, que também tem garantido total apoio a política municipal
de combate aos acidentes.
O
presente relatório apresenta as sistema é constantemente aprimorado e
estatísticas dos acidentes e integra informações oriundas de
vítimas de trânsito registrados diversos órgãos permitindo análise
na cidade de Fortaleza durante o ano de quantitativa e qualitativa da ocorrência
2015 e faz parte de um esforço da gestão de acidentes de trânsito na cidade de
municipal em compreender melhor a Fortaleza.
problemática da segurança viária,
identificando o padrão de ocorrência Além das informações coletadas pela
desses acidentes, o perfil dos indivíduos AMC, o SIAT integra informações dos
que mais se envolvem nesses acidentes seguintes órgãos: Coordenadoria
( g r u p o s d e r i s c o ) e n t re o u t r a s Integrada de Operações de Segurança -
informações pertinentes ao assunto. Ao CIOPS; Departamento Estadual de
dispor deste conjunto de informações, Trânsito do Ceará - DETRAN-CE; Perícia
torna-se possível a orientação mais Forense do Ceará - PEFOCE; Instituto Dr.
eficiente de ações e políticas públicas José Frota - IJF; Polícia Rodoviária
para atenuar a intensidade desta Estadual do Ceará - PRE; Polícia
problemática, já reconhecida pela Rodoviária Federal - PRF; Serviço de
Organização Mundial da Saúde - OMS Atendimento Móvel de Urgência - SAMU
como uma das principais causas de e o Sistema de Informações de
mortalidade no mundo, sendo a Mortalidade - SIM gerenciado pela
principal na faixa etária entre 15 e 29 Secretaria Municipal de Saúde - SMS.
anos. Além das estatísticas
mencionadas, no final do documento, Durante a análise dos dados é importante
são apresentadas ações já executadas ou observar que há duas perspectivas
em execução que buscam contribuir principais de análise do fenômeno da
para uma maior segurança no trânsito. violência no trânsito: a de acidentes e a
de vítimas. Acidente de trânsito é
Os dados aqui utilizados foram definido como uma colisão ou qualquer
compilados pelo Sistema de Informação impacto em uma via provocando morte,
de Acidentes de Trânsito de Fortaleza – ferimento ou danos materiais (ABNT,
SIAT, gerenciado pela Autarquia 2015). Vítima de trânsito, por sua vez,
Municipal de Trânsito e de Cidadania de refere-se a todo indivíduo ferido ou
Fortaleza - AMC, desde 2001. O referido morto envolvido em um acidente de
01
trânsito. O número de acidentes de são apresentados os perfis das vítimas
trânsito envolvendo vítimas feridas ou fatais e feridas envolvidas nestas
fatais, portanto, tende a ser usualmente ocorrências. Em seguida, a quinta seção
menor que o número de vítimas, dado se utiliza dos indicadores recomendados
que um acidente por ter mais de uma pela OMS para caracterização da
vítima de trânsito. morbimortalidade no trânsito em
cidades, apresentando os resultados
Este anuário está dividido em sete para Fortaleza. Estes indicadores
seções, sendo esta primeira de função compõem a lista de referência global
introdutória. Na leitura das demais (OMS, 2013) para avaliação da saúde
seções o leitor irá perceber a existência pública e estão alinhados com os
de uma lacuna de informação entre 2012 objetivos estratégicos 3.6 e 11.2 da
e 2014, atualmente em fase de Agenda 2030 da Organização das
tratamento e consolidação. Desta forma Nações Unidas - ONU (ONU, 2016).
toda análise comparativa foi feita entre os
anos de 2015 e 2011, que é o penúltimo Posteriormente, a sexta seção traz uma
ano com dados consolidados. No estimativa do custo financeiro que o
próximo anuário pretende-se recuperar fenômeno local da acidentalidade
os dados desses anos para não se perder provoca ao sistema de saúde pública. Na
a série histórica compilada pelo SIAT. sétima seção, são apresentados os
pontos críticos, divididos em dois
A segunda seção traz um panorama da rankings: interseções semaforizadas e
cidade de Fortaleza, contextualizando o não semaforizadas. Por fim, na oitava
leitor à realidade local. Logo após, a seção são descritas as ações
terceira seção juntamente com suas desenvolvidas com o objetivo de reverter
subseções dedicam-se à quantificação, a problemática descrita ao longo do
tipificação e apresentação dos padrões relatório.
espaço-temporais das ocorrências,
destacando regiões geográficas
problemáticas e períodos críticos.
02
2. FORTALEZA EM NÚMEROS
A
cidade de Fortaleza, capital do EM 2015, A FROTA VEICULAR DE
Estado do Ceará, é a 5ª maior FORTALEZA ULTRAPASSOU A MARCA
DE UM MILHÃO DE VEÍCULOS
cidade do país, com uma
CIRCULANTES, COM AS
população estimada para o ano de 2015 MOTOCICLETAS APRESENTANDO
de cerca de 2,59 milhões de habitantes e CRESCIMENTO CONSIDERÁVEL NOS
uma área total de 314,9 km². Sua ÚLTIMOS ANOS.
densidade é de aproximadamente
8.287,4 habitantes/km², sendo a cidade Estado do Ceará (DETRAN/CE, 2015).
mais densa dentre as capitais no Brasil, Atualmente a capital apresenta uma taxa
de acordo com o IBGE (IBGE, 2016). de motorização de 2,56 hab./veículo.
1.009.695
FIGURA 01: FROTA VEICULAR DE FORTALEZA (EM MILHARES)
+41,6% VEÍCULOS
(FROTA TOTAL)
20
712.996
VEÍCULOS 18 125
(FROTA TOTAL) 17 120
15 113
13 107 274
100 256
11 236
9 92 214
7 85 192
6
4 68 79 161
3 60 134
3 115
54 98
49 86
70 77
570 591
512 542
449 480
390 418
337 353 373
324
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
MOTOCICLETAS & ÔNIBUS &
AUTOMÓVEIS OUTROS*
MOTONETAS CAMINHÕES
*OUTROS: CHASSI PLATAFORMA, SIDE-CAR, TRATOR, TRICICLO, UTILITÁRIO
03
ÁREA 314,9KM²
POPULAÇÃO 2.591.188 HAB.
591.119 AUTOMÓVEIS
273.709 MOTOCICLETAS
ÔNIBUS E
124.758 CAMINHÕES
TAXA DE HAB.
MOTORIZAÇÃO 2,56 (
VEÍCULO
)
EM 2015, A FROTA
A Figura 01 apresenta a evolução da frota
por tipo de veículo, com destaque para DE MOTOCICLETAS
as motocicletas, que dentre os tipos de REPRESENTOU 27,1%
veículos, foi a que apresentou o maior
crescimento.
DO TOTAL DE VEÍCULOS
04
3. ACIDENTES TOTAIS EM 2015
3.1 QUANTIFICAÇÃO E TIPIFICAÇÃO
DE ACIDENTES
A
seção relacionada à caracterização TABELA 01: EVOLUÇÃO DOS ACIDENTES EM FORTALEZA
05
23.534
FIGURA 02: EVOLUÇÃO DE ACIDENTES TOTAIS
25.903
2011
2009
2005
2008
2015
2006
2007
2010
2002
2012
2003
2013
2004
2014
FIGURA 03: EVOLUÇÃO DE ACIDENTES C/ VÍTIMAS FATAIS E FERIDAS - 2015
360 367
355
9.933 10.058
305
8.704
7.961
2011
2011
2009
2009
2005
2006
2007
2008
2010
2015
2005
2006
2007
2008
2010
2015
2002
2012
2002
2012
2003
2004
2013
2014
2003
2004
2013
2014
FIGURA 04: DISTRIBUIÇÃO DE ACIDENTES POR TIPO E SEVERIDADE
06
Apesar de representarem apenas 10,4% no entanto, um erro comum na
do total de acidentes, conforme tipificação de acidentes é considerar a
apresentado na Figura 04, os acidentes colisão com uma bicicleta como um
do tipo choque com objeto fixo, atropelamento de ciclistas. Neste
atropelamentos e capotamentos/ relatório, acidentes com ciclistas foram
tombamentos somam 147 acidentes classificados como colisões.
com vítimas fatais. A Tabela 02 traz a
distribuição dos tipos de colisão para os Explorando mais a fundo os
anos de 2011 e 2015. atropelamentos, é possível ver que as
motocicletas e os automóveis são os
Verificando, ainda, a Figura 04 percebe- grandes responsáveis, em números
se que a ocorrência do tipo absolutos, pelos atropelamentos
atropelamento apresenta uma envolvendo vítimas feridas e/ou fatais,
severidade relativamente elevada. Em como vistos na Tabela 03 e Figura 05. No
7,4% dos atropelamentos registrados entanto, apesar de numericamente
ocorre uma mor te, haja visto a s i m i l a r, h á q u e s e f a z e r u m a
fragilidade física dos pedestres em diferenciação na participação destes
comparação com outros veículos. dois tipos de veículos.
Destaca-se que atropelamentos
ocorrem, por definição, com pedestres,
TABELA 02: DISTRIBUIÇÃO DOS TIPOS DE COLISÕES, COMPARAÇÃO COM ÚLTIMO ANO CONSOLIDADO
07
TABELA 03: DISTRIBUIÇÃO DOS VEÍCULOS ENVOLVIDOS EM ATROPELAMENTOS - 2015
C/ VÍTIMAS C/ VÍTIMAS
VEÍCULO ATRP. S/ VÍTIMAS TOTAL
FATAIS FERIDAS
MOTOCICLETA 49 463 13 525
AUTOMÓVEL 48 403 12 463
BICICLETA 0 7 0 7
ÔNIBUS 11 78 2 91
OUTROS 9 67 5 81
NÃO INFORMADO 2 77 339 418
TOTAL 119 1.095 371 1.585
525
45,0% MOTOCICLETAS 9.3% 88.2% 2.5%
463
AUTOMÓVEIS 10.4% 87.0% 2.6%
39,7%
7
0,6% BICICLETAS 0.0% 100% 0.0%
91
7,8% ÔNIBUS 12.1% 85.7% 2.2%
81
6,9% OUTROS 11.1% 82.7% 6.2%
08
3.2 DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL
DE ACIDENTES
TABELA 05: DISTRIBUIÇÃO MENSAL DOS ACIDENTES
E
s t a s u b s e ç ã o a p re s e n t a a
distribuição temporal das ACIDENTES
MÊS C/ FATAIS C/ FERIDOS
ocorrências, desagregando as TOTAIS
análises por mês, dia e faixa horária. JANEIRO 2.287 25 865
FEVEREIRO 1.772 25 727
MARÇO 1.936 23 797
O mês de dezembro foi o que apresentou
ABRIL 1.747 14 666
a mais alta severidade, enquanto o mês
MAIO 2.163 31 891
de abril apresentou a mais baixa, JUNHO 2.007 24 877
considerando tanto fatais, quanto JULHO 1.905 23 843
feridos. A Figura 06 e a Tabela 05 AGOSTO 2.035 27 818
apresentam a distribuição mensal dos SETEMBRO 1.830 29 898
acidentes com vítimas fatais e feridas. OUTUBRO 1.945 28 841
NOVEMBRO 1.910 25 912
DEZEMBRO 1.997 31 923
TOTAL 23.534 305 10.058
1.747
TOTAIS
0
JAN
MAI
JUN
AGO
JUL
DEZ
FEV
NOV
SET
OUT
MAR
ABR
31 31 923
29 891 898
865
25
666
C/ FERIDOS
C/ FATAIS
14
0 0
JAN
MAI
JUN
JAN
MAI
JUN
AGO
AGO
JUL
DEZ
JUL
DEZ
FEV
NOV
FEV
NOV
SET
OUT
SET
OUT
MAR
ABR
MAR
ABR
09
FIGURA 07: DISTRIBUIÇÃO SEMANAL DE ACIDENTES
3.776
3.642
3.480
3.376
QUI
DOM
SEG
SAB
QUA
SEX
TER
59 1.548
56 1.525 1.523
49
36 38 38 C/ FERIDOS 1.406
29 1.366 1.368
C/ FATAIS
1.322
QUI
QUI
SEG
SEG
SAB
SAB
DOM
DOM
TER
TER
SEX
SEX
QUA
QUA
10
ACIDENTES C/
01 VÍTIMAS FERIDAS
A
s tabelas apresentadas a seguir
trazem os acidentes
ACIDENTES C/
desagregados por dia da semana
e faixa horária, possibilitando uma
02 VÍTIMAS FATAIS
análise mais profunda destes padrões. O
índice ao lado contempla tabelas, onde a
numeração deve ser utilizada para
COLISÕES C/
identificação dos conteúdos. 03 VÍTIMAS FERIDAS
No geral, observa-se que, nos dias úteis,
o período com maior freqüência de
acidentes, foi durante o horário COLISÕES C/
comercial se estendendo até o final do 04 VÍTIMAS FATAIS
pico da noite (7h-20h). Nos sábados
houve uma grande concentração de
ocorrências, estendendo-se desde o
final da manhã do mesmo dia até o início ATROPELAMENTOS C/
da madrugada de domingo. Nos dias 05 VÍTIMAS FERIDAS
úteis, observa-se uma concentração das
ocorrências com vítimas feridas e fatais
durante o pico da manhã (7h-8h).
ATROPELAMENTOS C/
A Figura 08 apresenta a distribuição
06 VÍTIMAS FATAIS
horária dos acidentes com vítimas fatais.
A faixa horária crítica é no período de 18h FIGURA 08: DISTRIBUIÇÃO HORÁRIA
DOS ACIDENTES COM VÍTIMAS FATAIS 23,2%
às 21h, quando aconteceram 23,2% dos
acidentes fatais de 2015. O intervalo de
15h às 18h também apresentou um
elevada freqüência de acidentes fatais, 16,8%
totalizando 16,8% das fatalidades. 14,0%
11,1% 11,7%
8,9%
7,6%
6,7%
11
FAIXA HORÁRIA
01 TABELA 07: ACIDENTES C/
VÍTIMAS FERIDAS
12
03 TABELA 09: COLISÕES C/
VÍTIMAS FERIDAS
13
05 TABELA 11: ATROPELAMENTOS C/
VÍTIMAS FERIDAS
14
3.3 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL
DE ACIDENTES
P
ara a análise espacial dos padrões de uma análise comparativa entre as diferentes
acidentes foram gerados mapas Kernel densidades para um mesmo mapa, porém,
(de calor). Essa ferramenta permite a para cada mapa gerado, há diferenciação de
estimação de curvas de densidade através de escala, não sendo recomendada a comparação
métodos estatísticos que pondera cada destas intensidades entre os mapas.
observação pela distância de outras
adjacentes. A espacialização das ocorrências Analisando, por exemplo, o Mapa A (Figura
juntamente com a identificação dos períodos 09) que traz a espacialização dos acidentes
horários críticos possibilitam uma orientação com vítimas feridas ou fatais, percebe-se uma
mais eficiente de ações de fiscalização e concentração nas áreas centrais, bairro Centro
educação em zonas de intensidades críticas e Aldeota, bem como nas vias de acessos a
identificadas. estas áreas, além de outras centralidades
menores como Parangaba e Montese. No
O índice ao lado apresenta os mapas gerados Mapa B (Figura 10) é possível identificar zonas
de A a H, onde as páginas a seguir trarão as críticas em relação aos acidentes com vítimas
figuras relacionadas aos índices. É importante fatais. Neste mapa, destacam-se trechos da
pontuar que os mapas de calor possibilitam Av. Leste-Oeste e da Av. Silas Munguba, entre
outros.
15
A ACIDENTES C/ VÍTIMAS
FATAIS OU FERIDAS E ACIDENTES C/ MOTOCICLISTAS
FATAIS OU FERIDOS
B ACIDENTES C/
VÍTIMAS FATAIS
F ACIDENTES C/ MOTOCICLETAS
FATAIS
C ATROPELAMENTOS C/
VÍTIMAS FATAIS OU FERIDAS
G ACIDENTES C/ VÍTIMAS FERIDAS
OU FATAIS AOS FINAIS DE SEMANA
D ATROPELAMENTOS C/
VÍTIMAS FATAIS
H ACIDENTES C/ VÍTIMAS FATAIS
AOS FINAIS DE SEMANA
16
A FIGURA 09: ACIDENTES C/ VÍTIMAS
FATAIS OU FERIDAS
17
B FIGURA 10: ACIDENTES C/
VÍTIMAS FATAIS
18
C FIGURA 11: ATROPELAMENTOS C/
VÍTIMAS FATAIS OU FERIDAS
19
D FIGURA 12: ATROPELAMENTOS C/
VÍTIMAS FATAIS
20
E FIGURA 13: ACIDENTES C/ MOTOCICLISTAS
FATAIS OU FERIDOS
21
F FIGURA 14: ACIDENTES C/ MOTOCICLETAS
FATAIS
22
G FIGURA 15: ACIDENTES C/ VÍTIMAS FERIDAS
OU FATAIS AOS FINAIS DE SEMANA
23
H FIGURA 16: ACIDENTES C/ VÍTIMAS FATAIS
AOS FINAIS DE SEMANA
24
4. PERFIL DAS VÍTIMAS FIGURA 17: EVOLUÇÃO DE VÍTIMAS FERIDAS
16K
FERIDAS
14.287
13.886
13.161 13.063 14K
11.577 11.806 12.069 12.115
10.630 11.124 12K
9.676
10K
8K
6K
4K
2K
2011
2007
2002
2012
2005
2009
2015
2008
2006
2010
2003
2013
2004
2014
N
o ano de 2015, tem-se o registro FIGURA 18: DISTRIBUIÇÃO DE VÍTIMAS
FERIDAS POR TIPO (2015)
de um total de 11.124 vítimas PEDESTRES 1.142 / 12,1%
feridas envolvidas em acidentes MOTOCILISTAS 6.016/ 64,0%
de trânsito (ver Figura 17). Ao analisar a CICLISTAS 268 / 2,9%
curva da evolução deste número ao PASSAGEIROS 421 / 4,5%
longo dos anos, pode-se visualizar um CONDUTORES DE
1.276 / 13,6%
VEIC. 4 OU MAIS RODAS
aumento em comparação ao último ano
OUTROS 276 / 2,9%
consolidado, 2011, porém é importante
pontuar que os dados de 2011 não foram TIPO DE VEÍCULO PASSAG.
2 OU 3 RODAS 245
alimentados pela base de dados do 4 OU MAIS 126
25
FIGURA 19: EVOLUÇÃO DE VÍTIMAS FATAIS
FATAIS
381 381
365 365 400
333 331 341 339 343
312 315 350
300
250
200
2011
2009
2005
2008
2015
2006
2007
2010
2002
2012
2003
2013
2004
2014
Diferentemente do conjunto de dados FIGURA 20: DISTRIBUIÇÃO DE VÍTIMAS FATAIS POR TIPO (2015)
referente às vítimas feridas, para as PEDESTRES 119 / 37,8%
vítimas fatais, não houve variação na MOTOCILISTAS 110 / 34,9%
forma como estes dados foram CICLISTAS 16 / 5,1%
c o l e t a d o s , re s u l t a n d o e m u m a PASSAGEIROS 49 / 15,5%
diminuição efetiva de 66 mortes no CONDUTORES DE 21 / 6,7%
trânsito entre 2011 e 2015, VEIC. 4 OU MAIS RODAS
TIPO DE VEÍCULO PASSAG.
representando, relativamente, 17,3% a
2 OU 3 RODAS 14
menos em vítimas fatais (Figura 19). 4 OU MAIS 35
TOTAL 49
26
FERIDAS
27
FATAIS
Na Tabela 14, abaixo, é possível ANUALMENTE, PEDESTRES E
visualizar a série histórica das vítimas MOTOCICLISTAS APRESENTAM-SE COMO
AS PRINCIPAIS VÍTIMAS FATAIS. A
fatais, desagregadas por tipo de usuário.
PREFEITURA DE FORTALEZA RECONHECE
Observando a evolução da distribuição ESTE PADRÃO E VEM ORIENTANDO
das vítimas ao longo dos anos, vê-se que AÇÕES DE EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO E
ao passo que o número absoluto de FISCALIZAÇÃO PARA ESTES DOIS TIPOS
pedestres mor tos apresentou DE USUÁRIOS. O PROJETO PILOTO DA
diminuição importante entre 2011 e ÁREA DE TRÂNSITO CALMO NO BAIRRO
RODOLFO TEÓFILO É UM EXEMPLO DE
2015 (de 169 para 119), os
INTERVENÇÃO INFRAESTRUTURAL COM
motociclistas vem crescendo O OBJETIVO DE AUMENTAR A
gradualmente desde 2003, SEGURANÇA DOS PEDESTRES.
diferenciando-se dos pedestres em
2015 por apenas nove fatalidades, 2015 com apenas 16, quanto em
resultando em participações percentuais números relativos ao analisar a
similares dentre todas as categorias de participação desta classe
vítimas para o ano de 2015. percentualmente ano após ano, onde
ciclistas representavam
A maior diminuição histórica se deu na aproximadamente 15% das vítimas fatais
classe dos ciclistas, tanto em números em 2002, passando a representar
absolutos ao observar a série numérica aproximadamente 5% do total das
entre 2002, com 60 ciclistas mortos, até mortes em 2015.
28
A Figura 21 traz as distribuições percentuais para FIGURA 21: COMPARAÇÃO ENTRE 2011 E 2015 DAS
FERIDAS
A Figura 22 traz uma comparação entre as FIGURA 22: COMPARAÇÃO ENTRE 2011 E 2015 DAS
DISTRIBUIÇÕES ENTRE GÊNEROS PARA
distribuições de gênero para os anos de 2011 e VÍTIMAS FERIDAS
2015, não apresentando diferenças relevantes. 20,7% 17,2%
Em seguida, a Tabela 16 apresenta uma matriz
que cruza as variáveis gênero e tipo do usuário,
variando a intensidade por cores. Analisando
paralelamente as Tabelas 15 e 16 tem-se, por fim, 79,3% 82,8%
que o perfil básico das vítimas feridas são
motociclistas, homens, de idade entre 18 e 59 2011 2015
anos.
TABELA 16: CRUZAMENTO TABULAR ENTRE TIPO DO USUÁRIO E GÊNERO, PARA VÍTIMAS FERIDAS (2015)
COND. PASSAG. 2 PASSAG. 4
GÊNERO MOTOC. CICLI. PEDES. OUTROS NÃO INF. TOTAL
AUTO RODAS RODAS
MASC. 889 4.838 208 97 49 701 224 1237 8.243
FEMI. 255 488 29 152 72 369 32 319 1.716
NÃO INF. 132 690 31 26 25 72 20 169 1.165
TOTAL 1.276 6.016 268 275 146 1.142 276 1.725 11.124
29
A comparação da distribuição das idades das FIGURA 23: COMPARAÇÃO ENTRE 2011 E 2015 DAS
DISTRIBUIÇÕES DE IDADE PARA VÍTIMAS FATAIS
FATAIS
vítimas fatais entre os anos de 2011 e 2015 é
ilustrada na Figura 23, onde não há variações 2011 2015 47,0%
45,0%
significativas. Abaixo, a Tabela 17 traz uma
matriz, relacionando os campos idade e tipo
do usuário, adotando a metodologia utilizada 27,5%
25,2% 23,5%
para vítimas feridas, retornando como 22,4%
principal vítima fatal pedestres com mais de
30 anos.
3,5%
1,3% 2,3%
0,6% 0,7% 1,0%
0 a 9 10 a 12 13 a 17 18 a 29 30 a 59 60+
TABELA 17: CRUZAMENTO TABULAR ENTRE TIPO DO USUÁRIO E IDADE, PARA VÍTIMAS FATAIS (2015)
COND. PASSAG. 2 PASSAG. 4
IDADE MOTOC. CICLI. PEDES. OUTROS NÃO INF. TOTAL
AUTO RODAS RODAS
0-9 0 0 0 0 0 2 0 0 2
10-12 0 0 0 1 1 1 0 0 3
13-17 0 2 0 7 0 2 0 0 11
18-29 10 51 5 9 5 6 0 0 86
30-59 10 53 4 15 5 54 0 0 141
60+ 1 3 7 3 3 53 0 0 70
NÃO INF. 0 1 0 0 0 1 0 0 2
TOTAL 21 110 16 35 14 119 0 0 315
Para as distribuições de gênero, entre 2011 e FIGURA 24: COMPARAÇÃO ENTRE 2011 E 2015
DAS DISTRIBUIÇÕES ENTRE GÊNEROS PARA
2015 (Figura 24), vê-se que o percentual de VÍTIMAS FATAIS
mulheres que morreram no trânsito aumentou de 15,1% 24,2%
15,1%, em 2011, para 24,2% em 2015. A Tabela
18 traz a matriz relacionando as variáveis gênero e
tipo do usuário, onde, analisando em paralelo à
Tabela 17, tem-se que o perfil das vítimas fatais é 84,9% 75,8%
composto por pedestres, homens, com 30 anos
ou mais, sendo motociclistas homens 2011 2015
igualmente relevantes.
TABELA 18: CRUZAMENTO TABULAR ENTRE TIPO DO USUÁRIO E GÊNERO, PARA VÍTIMAS FATAIS (2015)
COND. PASSAG. 2 PASSAG. 4
GÊNERO MOTOC. CICLI. PEDES. OUTROS NÃO INF. TOTAL
AUTO RODAS RODAS
MASC. 21 100 16 16 7 78 0 0 238
FEMI. 0 9 0 19 7 41 0 0 76
NÃO INF. 0 1 0 0 0 0 0 0 1
TOTAL 21 110 16 35 14 119 0 0 315
30
5. INDICADORES OMS
A
Organização Mundial da Saúde, por a p re s e n t a d o s o s d o i s i n d i c a d o re s ,
meio do documento "Lista de referência desagregando para determinadas classes de
global de 100 indicadores de saúde veículos e usuários.
fundamentais" (OMS, 2015) aponta a taxa de
mortalidade e morbidade por acidentes de Na Tabela 19, vê-se que os resultados para o
trânsito como um indicador global para aferir, ano de 2015 em comparação com 2011 são
comparativamente a nível local, nacional e positivos, apresentando uma redução de
internacional, a intensidade da problemática 35,7%, ao analisar o número de mortes por dez
da violência no trânsito, podendo ser aplicado mil veículos registrados e 21% ao analisar o
a contextos urbanos. número de mortes por cem mil habitantes. Os
dois valores são os menores registros
Há duas formas de se caracterizar as taxas de numéricos desde o ano de 2002, como pode
morbimortalidade, diferenciando-as pelo ser visto nas Figuras 25 e 26.
denominador. No primeiro caso, temos o
cálculo do número de mortes ou feridos divido Ao desagregar as duas taxas pelo tipo de
pelo número de veículos registrados, usuário da via, vê-se que pedestres e ciclistas
possibilitando relativizar a problemática de tiveram as maiores reduções percentuais para
acordo com o crescimento anual da frota. Já, a taxa de mortos por cem mil habitantes, já
para o segundo caso, tem-se o cálculo do para a taxa de mortos por dez mil veículos, a
número de mortes ou feridos divido por cem maior diminuição percentual, se deu entre os
mil habitantes, relativizando a motociclistas, mesmo com o aumento em
morbimor talidade de acordo com o número absoluto das mortes entre os anos de
crescimento populacional. Nesta seção, serão 2011 e 2015.
TABELA 19: SÉRIES HISTÓRICAS PARA AS TAXAS DE MORTES/10 MIL VEÍCULOS E MORTES/100 MIL HABITANTES;
E DIFERENÇAS PERCENTUAIS ENTRE 2011 E 2015 DESAGREGADAS POR TIPO
MORTES/ 10 MORTES/ 100
ANO FROTA TOTAL POPULAÇÃO
MIL VEÍC. MIL HAB.
2002 9,38 406.057 17,16 2.219.837
2003 7,80 426.712 14,76 2.256.233
2004 7,41 446.570 14,19 2.332.657
2005 7,75 470.985 15,37 2.374.944 MORTOS/ 100 MIL HABITANTES
2006 6,78 503.044 14,11 2.416.920 TIPO 2011 2015 15/11%
2007 6,24 543.634 13,70 2.473.614 CONDU. 1,01 1,00 -0,6%
2008 5,80 591.375 13,87 2.473.614 MOTOC. 4,20 4,17 -0,7%
2009 4,83 645.765 12,45 2.505.552 CICLI. 1,53 0,62 -59,8%
2010 5,12 712.996 14,88 2.452.185 PEDES. 6,82 4,52 -33,8%
2011 4,85 785.370 15,38 2.476.589
2012 - 848.297 - 2.500.194
2013 - 908.074 - 2.551.806
2014 - 964.724 - 2.571.896
2015 3,12 1.009.695 12,16 2.591.188
31
FIGURA 25: MORTES TOTAIS/ 10 MIL VEÍCULOS
9,00 1.009,7
7,8 7,7 1.000K
8,00 7,4
6,8
7,00 785,4
6,2 800K
5,8
6,00
5,1
4,9
5,00 600K
503,0
4,8
4,00 406,1
3,1
400K
3,00
-35,7%
2,00
200K
1,00 Nº TOTAL ANUAL
DE VÍTIMAS FATAIS
0,00 0
FROTA ANUAL TOTAL
2011
2009
2005
2008
2015
2006
2007
2010
2002
2012
2003
2013
2004
2014
8,00 2.300K
2.219,8
6,00
2.200K
4,00
2.100K
2,00
0,00 2.000K
2011
2009
2005
2008
2015
2006
2007
2010
2002
2012
2003
2013
2004
2014
32
A Tabela 20 apresenta a série histórica visto os vales de 2007 e 2009 e o pico de
para a taxa de mortalidade por dez mil 2008, porém, 2015 apresenta o segundo
veículos para veículos de quatro ou mais menor registro histórico desde 2002,
rodas e motocicletas, além do registro estando acima somente do ano de 2007
anual da frota destes dois tipos de (Figuras 27 e 28).
veículos. Para motocicletas, é possível
visualizar uma tendência clara de Comparando os dois conjuntos de
diminuição ao longo dos anos, em valores, entre motocicletas e veículos de
paralelo ao aumento da frota de motos 4 ou mais rodas, vê-se que a dimensão
que vem sendo de grandes proporções. da problemática para motociclistas é
Vale ressaltar que os números de bem maior, com alguns anos sendo
veículos apresentados vem de registros cinco vezes a mais, outros chegando a
oficiais do DETRAN-CE. mais de dez vezes, reforçando o
posicionamento deste grupo de usuários
Para os veículos de quatro ou mais rodas, como pontos focais problemáticos.
a tendência de diminuição da taxa não é
tão clara quanto das motocicletas, haja
33
FIGURA 27: MOTOCICLISTAS MORT0S/ 10 MIL MOTOCICLETAS
14 13,1
300K
265,2
12
250K
9,7 9,9
10 8,7 9,2
186,7 200K
7,8
8 7,2
82,7
4,1 100K
4
57,3 Nº ANUAL
-25,5%
50K DE VÍTIMAS FATAIS
2
MOTOCICLISTAS
0 0
FROTA ANUAL DE
2011
2009
2005
2008
2015
2006
2007
2010
2002
2012
2003
2013
2004
2014
MOTOCICLETAS
MOTOCICLISTAS MORTOS/
FROTA DE MOTOCICLETAS
10 MIL MOTOCICLETAS
0,00 0
2011
2009
2005
2008
2015
2006
2007
2010
2002
2012
2003
2013
2004
2014
MOTORISTAS MORTOS/
FROTA DE VEÍC. 4 RODAS
10 MIL VEÍC. 4 RODAS
34
Para as vítimas feridas (Tabela 21), de É importante destacar que as
imediato, ao comparar as séries inclinações das curvas para estes
históricas com o das fatalidades, indicadores diferem, naturalmente, pelo
identifica-se que a dimensão do fato de que a taxa de crescimento anual
problema é contundentemente maior. da frota é constantemente superior à taxa
de crescimento anual populacional
Mais uma vez, pontua-se que a fonte de (Figuras 29 e 30). Esta diferença aponta
dados SAMU não foi utilizada no ano de a relevância em se utilizar as duas
2011, não sendo recomendadas métricas em paralelo para se ter um
comparações diretas entre 2015 e entendimento mais amplo da
aquele ano. Acompanhando a série problemática da segurança viária.
histórica, como um todo, vê-se que a
taxa de feridos por dez mil veículos
apresenta uma tendência de diminuição
ao longo dos anos, o que não pode ser
observado para a taxa de feridos por cem
mil habitantes, que se tem mantido
estável.
TABELA 21: SÉRIES HISTÓRICAS PARA AS TAXAS DE FERIDOS/10 MIL VEÍCULOS
E FERIDOS/100 MIL HABITANTES
35
FIGURA 29: FERIDOS TOTAIS/ 10 MIL VEÍCULOS
350,00 1.200K
303,3
294,7 1.009,7
300,00 271,3 276,0 1.000K
261,8
240,3
250,00 785,4
800K
199,6
186,9
200,00
169,9
600K
503,0
150,00 123,2
406,1 110,2
400K
100,00
50,00
200K Nº TOTAL ANUAL
DE VÍTIMAS FERIDAS
0,00 0
FROTA ANUAL TOTAL
2011
2009
2005
2008
2015
2006
2007
2010
2002
2012
2003
2004
2013
2014
100,00
2.100K
0,00 2.000K
2011
2009
2005
2008
2015
2006
2007
2010
2002
2012
2003
2013
2004
2014
36
Ao desagregarmos a taxa de feridos por O ano de 2015, no entanto, apresentou
dez mil veículos entre veículos de quatro as menores taxas, para os dois tipos de
ou mais rodas e motocicletas, vê-se, na vítimas e veículos, na série histórica
Tabela 22 e Figuras 30 e 31, que a compreendida desde 2002. Este fato
distribuição segue o padrão já sofre influência direta do rápido
identificado anteriormente, onde o crescimento da frota destes dois tipos de
número de ocorrências envolvendo veículos nos últimos dez anos (entre
motociclistas é significativamente maior 2005 e 2010).
que o número de ocorrências
envolvendo condutores de veículos de
quatro ou mais rodas.
37
FIGURA 31: MOTOCICLISTAS FERIDOS/ 10 MIL MOTOCICLETAS
800 300K
728,7 265,2
700 664,9 681,1
637,0 250K
600 560,9 569,7
300 264,2
82,7 226,8 100K
200 57,3
Nº ANUAL
-14,1% 50K DE VÍTIMAS FERIDAS
100
MOTOCICLISTAS
0 0
2011
2009
2005
2008
2015
2006
2007
2010
2002
2012
2003
2013
2004
2014
FROTA ANUAL DE
MOTOCICLISTAS FERIDOS/
MOTOCICLETAS
FROTA DE MOTOCICLETAS
10 MIL MOTOCICLETAS
800K Nº ANUAL
716,2
DE VÍTIMAS FERIDAS
45,0
700K CONDUTORES DE VEÍCULOS
40,0 38,7 37,7
37,9
DE QUATRO OU MAIS RODAS
579,9
600K
35,0 33,5 33,0 FROTA ANUAL VEÍCULOS
31,8 DE QUATRO OU MAIS RODAS
30,0 500K
413,3
25,1 24,4
25,0 22,6 400K
346,2 21,9
20,0 17,8
300K
15,0
200K
10,0
5,0 100K
0,0 0
2011
2009
2005
2008
2015
2006
2007
2010
2002
2012
2003
2013
2004
2014
MOTORISTAS FERIDOS/
FROTA DE VEÍC. 4 RODAS
10 MIL VEÍC. 4 RODAS
38
6. CUSTO ESTIMADO
N
esta seção, são apresentados os subjetivos, relativos à sobrevida
custos estimados dos acidentes esperada das pessoas mortas no
de trânsito ocorridos na cidade trânsito, aos sofrimentos físicos e
de Fortaleza. Para tanto, foram utilizados psicológicos das vítimas, dos seus
os valores monetários apresentados pelo parentes e amigos”. Considerando que
Instituto de Pesquisa e Economia foram registrados, em 2015, 305
Aplicada (IPEA) no relatório intitulado acidentes com vítimas fatais, 10.058
“Impactos Sociais e Econômicos dos acidentes com vítimas feridas e 13.171
Acidentes de Trânsito nas Aglomerações acidentes sem vítimas, e corrigindo os
Urbanas Brasileiras” de 2003. A Tabela valores estimados pelo IPEA para
23 apresenta os valores monetários dos Dezembro de 2015 (31/12/2015) a
custos médios dos acidentes por p a r t i r d o Í n d i c e d e P re ç o s a o
severidade segundo o IPEA. Consumidor Amplo (IPCA), os custos
estimados em Fortaleza com acidentes
Destaca-se que os custos totais dos de trânsito somaram a quantia
acidentes apresentados no relatório do aproximada de R$ 507.000.000, um
IPEA foram estimados considerando-se aumento de 6,4% comparado com o ano
apenas os custos diretos e indiretos. No de 2011, estando os números deste ano
entanto, conforme citado no referido subestimados dada a não tabulação da
relatório “existem custos intangíveis e fonte SAMU.
TABELA 23: ESTIMATIVA DE CUSTO ANUAL POR TIPO DE VÍTIMA; COMPARAÇÃO ENTRE 2011 E 2015
TIPO DE CUSTO UNITÁRIO P/ Nº DE CUSTO PARCIAL P/ CUSTO TOTAL
ANO
ACIDENTE TIPO DE ACIDENTE OCORRÊNCIAS TIPO DE ACIDENTE ANUAL
S/ VÍTIMAS R$ 7.116,24 15.432 R$ 109.817.815,68
2011 C/ FERIDOS R$ 31.542,54 7.960 R$ 251.078.618,40 R$ 476.561.930,36
C/ FATAIS R$ 315.164,84 367 R$ 115.665.496,28
S/ VÍTIMAS R$ 7.116,24 13.171 R$ 93.727.997,04
2015 C/ FERIDOS R$ 31.542,54 10.058 R$ 317.254.867,32 R$ 507.108.140,56
C/ FATAIS R$ 315.164,84 305 R$ 96.125.276,20
*
500 MILHÕES
*ESTIMATIVA COM BASE EM ESTUDO REALIZADO PELO IPEA (2003)
39
veicular menor tende a ser mais crítico do que
7. PONTOS CRÍTICOS um local mais demandado, se ambos tiverem a
mesma severidade de acidentes. Destaca-se
que os Volumes Médios Diários Anuais -
O
s vintes cruzamentos semaforizados e VDMA foram estimados a partir dos dados do
não semaforizados apresentados nos Controle de Tráfego por Área de Fortaleza -
mapas e tabelas a seguir representam CTAFOR e dos equipamentos de fiscalização,
os mais críticos da cidade, em termos de aplicando os fatores de expansão do relatório
freqüência e severidade dos acidentes de de Modelagem no Apoio à Decisão no
trânsito durante o ano de 2015. O método Planejamento, Operação e Gestão dos
utilizado, conhecido como Controle de Sistemas de Transporte Público e de
Qualidade da Taxa - CQT, consistiu no cálculo Circulação Viária de Fortaleza (ASTEF/UFC,
da Taxa Observada de Severidade dos 2015). Após o cálculo da taxa Observada,
Acidentes - TO e da Taxa Esperada de procedeu-se com o cálculo da Taxa Esperada
Severidade dos Acidentes - TE de cada de Severidade dos Acidentes - TE, de cada
cruzamento, assumindo que as ocorrências de interseção (Equação 4). Esta taxa define o valor
acidentes de trânsito seguem uma distribuição esperado de severidade de cada interseção
de probabilidade de Poisson. A diferença entre considerando suas características
essas taxas foi o critério de ranqueamento dos operacionais. Para tanto, as interseções
locais críticos. semaforizadas e não semaforizadas foram
separadas em duas populações. Por fim,
Cruzamentos com taxa observada (TO) calculou-se a diferença ( Δ ) entre a TO e TE,
maiores que taxa esperada (TE) tendem a ser conforme Equação 5, classificando os
mais propensos a ocorrência de acidentes, não cruzamentos.
por razões aleatórias, mas, sim por To = UPS
deficiências próprias. (1)
MVE
UPS=1a+4b+6c+13d (2)
A primeira etapa do método consistiu no
cálculo da Taxa Observada de Severidade dos MVE = VDMA x t x 365
6 (3)
Acidentes TO conforme a Equação 1. Nessa 10
taxa os acidentes são ponderados por sua λ 1
Te = λ + k + (4)
severidade, calculando-se a Unidade Padrão MVE 2 x MVE
40
FIGURA 33: INTERSEÇÕES SEMAFORIZADAS
07 12
06
03 16
13
05
08 11 15 09
17 02
10 19
04 14
20 01
18
41 42
FIGURA 34: INTERSEÇÕES NÃO SEMAFORIZADAS
06 16
20 09 19
08
14 02
01 18 12
03 04
05
10
13
11
15
17
07
42
TABELA 24: INTERSEÇÕES SEMAFORIZADAS
ACIDENTES C/ VÍTIMAS
RANKING CRUZAMENTOS
FATAIS FERIDAS S/ VÍTIMA
UPS To Te Δ?
1º Av Dr Silas Munguba X Av Dos Expedicionarios 2 15 11 97 3,9 2,6 1,3
2º Av Domingos Olimpio X Av Da Universidade 1 5 9 52 3,2 2,8 0,5
3º Av Cel Carvalho X Av Maj Assis 0 8 11 51 2,9 2,7 0,2
4º R. Pro Heribaldo Costa X R. Porto Velho 1 6 10 49 2,9 2,9 0,1
5º Av Duq Caxias X R. Vinte E Quatro De Maio 0 9 12 48 2,8 2,8 0,0
6º Av Francisco Sa X Av Dr Theberge 0 9 5 47 2,7 2,7 0,0
7º Av Prs Castelo Branco X Av Dr Theberge 0 8 7 47 2,4 2,7 -0,3
8º Av Cel Carvalho X Av Sgt Herminio Sampaio 0 8 10 46 2,4 2,8 -0,4
9º Av Eng Alberto Sa X Av Eng Santana Junior 1 6 5 42 2,3 2,8 -0,5
10º Av Domingos Olimpio X Av Imperador 0 7 13 41 2,1 2,6 -0,5
11º Av Bezerra De Menezes X R.Amadeu Furtado 0 9 1 39 2 2,7 -0,6
12º Av Prs Castelo Branco X Av Pasteur 0 8 7 39 1,9 2,6 -0,7
13º Av Abolicao X R. Julio Ibiapina 0 7 8 38 2 2,7 -0,8
14º Av Gov Raul Barbosa X Av Gal Murilo Borges 0 5 16 36 1,7 2,6 -0,9
15º Av Bezerra De Menezes X Rua Dom Lino 0 6 11 35 1,8 2,7 -0,9
16º Av Alm Henrique Saboia X Av Abolicao 0 7 7 35 1,7 2,7 -1,0
17º Av Carapinima X Av 13 De Maio 1 5 1 34 1,5 2,6 -1,1
18º Av Dos Expedicionarios X Av Prs Costa E Silva 0 7 4 34 1,6 2,6 -1,1
19º Av Antonio Sales X Av Aguanambi 1 4 5 34 1,5 2,6 -1,1
20º Av Godofredo Maciel X R.Nereu Ramos 1 3 7 32 1,5 2,6 -1,1
43
8. POLÍTICAS & AÇÕES IMPLEMENTADAS
E
ntre 2013 e 2016, o paradigma O primeiro tema, Desenho Urbano,
do planejamento urbano apresenta as intervenções
sofreu uma evolução, infraestruturais, englobando o Programa
incorporando fortemente os conceitos de Expansão da Malha Cicloviária, o
de priorização de modos de transporte Programa de Implantação de Faixas
sustentáveis como transporte coletivo, Exclusivas, a Área de Trânsito Calmo e o
bicicletas, deslocamentos pedonais e o Programa de Apoio à Circulação de
conceito da preservação da vida humana Pedestres. Em seguida, as ações de
como máxima no convívio viário entre f i s c a l i z a ç ã o s ã o a p re s e n t a d a s ,
usuários, fortalecendo uma visão de ressaltando o foco específico sobre a
segurança global no trânsito. prevenção e o monitoramento de
comportamentos de risco. Após, são
A Prefeitura Municipal de Fortaleza apresentados os feitos realizados na área
compreende a dimensão dramática do de educação no trânsito, fomentando
problema da segurança viária, não só no cada vez mais os ideais de segurança
município, mas a nível global. Tal viária com base na proteção à vida e
contexto problemático exige uma priorização de modos de transporte
abordagem analítica que integre diversas fisicamente mais frágeis. Por fim, as
áreas do conhecimento, demandando, ações empreendidas no que diz respeito
também, propostas de intervenção ao registro e análise dos dados de
multisetoriais e multitemáticas. Neste acidentes que subsidiam as ações
sentido, a PMF lançou em dezembro de anteriormente descritas.
2015 o Programa de Segurança no
Trânsito contemplando ações nas frentes
de Engenharia de tráfego (Desenho
Urbano), Fiscalização e Educação no
trânsito e, por fim, Geração e Análise de
Dados.
44
PROGRAMA DE EXPANSÃO DA qualidade e eficiência deste modo de
DESENHO URBANO
INFRAESTRUTURA CICLOVIÁRIA transporte torna-o mais atrativo em
relação a outros modos historicamente
Entre 2013 e 2016, houve um aumento mais propensos a estarem envolvidos
de cerca de 180% na malha cicloviária em acidentes de trânsito como as
de Fortaleza, seguindo as motocicletas. Entre 2013 e 2015, o
recomendações do Plano Diretor número de quilômetros de faixas
Cicloviário na alocação destas exclusivas existentes em Fortaleza saltou
infraestruturas. Em números absolutos, a de 3,3km para 98,2km. Tal intervenção
rede passou de 68,4km para 193,8km no impacta diretamente na velocidade
referido período. O ato de pedalar, por operacional dos coletivos, como
sua vez, torna-se mais confortável, uma observado nas Av. Dom Luiz e Av. Santos
vez que há uma reorganização do espaço Dumont, as quais apresentaram ganhos
viário, objetivando deslocamentos mais nas faixas horárias de pico de 144% e
seguros para os ciclistas. 207%, respectivamente.
PROGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DE
FAIXAS EXCLUSIVAS
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ÁREA DE TRÂNSITO CALMO PROGRAMA DE APOIO À
DESENHO URBANO
CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES
Em 2016, foi inaugurada a primeira Área
de Trânsito Calmo de Fortaleza no bairro Este projeto consiste na implantação de
do Rodolfo Teófilo, numa região com diferentes infraestruturas como
presença de hospitais e o Campus prolongamentos de calçadas, travessias
universitário de Porangabussu da UFC. elevadas, mini canteiros, faixas em
Em um quadrilátero definido, foram diagonal e lombadas educativas. Tais
implantados quatorze prolongamentos infraestruturas são dispostas em locais
de calçadas, três travessias elevadas, estratégicos do sistema viário com o
bem como a velocidade foi reduzida para objetivo de elevar a segurança viária dos
30km/h e as sinalizações vertical e pedestres.
horizontal foram reformuladas, dando
foco ao pedestre como usuário
prioritário da região.
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Entre 2015 e 2016, foram implantadas Em 2016, foram implantadas três faixas
26 travessias elevadas, havendo em em diagonal, infraestrutura que, além de
cada local de implantação outras ações garantir a segurança, otimiza o tempo de
como colocação de iluminação direta, travessia dos pedestres em interseções
redução de velocidade local para de grande fluxo veicular. Seis mini
30km/h ou 40km/h, instalação de placa canteiros foram instalados, reduzindo a
de regulamentação, piso tátil, correções exposição do pedestre aos riscos de
e ampliação da calçada, além de ações acidentes.
educativas e de comunicação junto à
comunidade local. A instalação deste
tipo de infraestrutura se deu inicialmente
como um projeto piloto em quatro
pontos do bairro de Messejana, em
frente a escolas públicas, tendo sido um
sucesso de aceitação por parte da
população, tornando-se posteriormente
uma política em expansão na cidade.
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A Organização Mundial da Saúde Outro passo relevante foi a aquisição de
reconhece que a existência de leis equi pamentos para aferi ção de
FISCALIZAÇÃO
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O processo educativo utilizado tem dois De posse deste conhecimento, espera-
focos convergentes. Primeiro, é se que se entenda que o comportamento
EDUCAÇÃO
necessário fomentar uma mudança dos usuários no trânsito é parcela
positiva de comportamento dos vários relevante causadora do problema, mas,
tipos de usuários, na direção da redução também, promotora da solução.
da morbimortalidade no trânsito. A
Gerência de Educação para o Trânsito da Como ação transversal educativa e de
AMC desenvolveu e executou diversas base, a Prefeitura de For taleza
campanhas com focos específicos de reinaugurou a Escola de Mobilidade e
acordo com o tipo de usuário. Trânsito, direcionada à educação infantil,
ensinando conceitos básicos e
Além da disseminação de conteúdos estimulando o convívio pacífico e seguro
sobre as leis de trânsito e as condutas entre diferentes modos. Estão previstas
seguras, é realizado um trabalho de para o ano de 2017 campanhas
propagação de informação de qualidade educativas com foco em dois fatores de
a respeito da problemática da violência risco, o não uso ou uso inadequado de
no trânsito, fazendo com que a capacetes e o ato de beber e dirigir.
sociedade compreenda a dimensão
trágica dos números de mortos e feridos
e, também, da dura sobrecarga ao
sistema público de saúde.
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E m 2 0 1 5 , f o r a m re t o m a d o s o s Em 2016, foi dado início à Comissão
processos de integração e tabulação de Gestora de Dados de Mortalidade, grupo
DADOS
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REFERÊNCIAS
ABNT (2015) NBR ISO 39001 - Sistema de gestão da segurança viária (SV)
Requisitos com orientações para uso. Associação Brasileira de Normas Técnicas.
OMS (2016). Decade of action for road safety 2011-2020: saving millions lives
2011. Disponível em:
http://www.who.int/violence_injury_prevention/publications/road_trafc/saving_milli
ons_lives_en.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2016. Organização Munidal de Saúde.
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APOIO ELABORAÇÃO
Secretaria Municipal de
Conservação e Serviços Públicos
Autarquia Municipal de
Trânsito e Cidadania
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