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UNAMA - Classificação e Ensaios de Caracterização
UNAMA - Classificação e Ensaios de Caracterização
BELÉM - PA
2010
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ____________________________________________________ 4
1. CONCEITO_______________________________________________________ 4
2. CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS _________________________________ 4
3. MATERIAL DE ENCHIMENTO (FILLER) ________________________________ 4
3.1 CONDIÇÕES GERAIS ___________________________________________ 5
3.2 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ______________________________________ 5
4. ESCOLHA DO AGREGADO _________________________________________ 6
5. ENSAIOS ________________________________________________________ 7
5.1 GRANULOMETRIA (DNER - ME 083/94) ____________________________ 7
5.2 FORMA E TEXTURA (DNER - ME 086/94) ___________________________ 9
5.3 RESISTÊNCIA AO CHOQUE E AO DESGASTE (ME 035/94) ___________ 10
5.4 DURABILIDADE (SANIDADE) (DNER - ME 089/94) ___________________ 11
5.5 LIMPEZA (EQUIVALENTE DE AREIA) (ME 054/94) ___________________ 12
5.6 ADESIVIDADE AOS PRODUTOS ASFÁLTICOS (ME 078/94 E ME 079/94) 13
5.7 MASSA ESPECÍFICA APARENTE (ME 064/79) ______________________ 14
5.8 DENSIDADE REAL, APARENTE E EFETIVA DO GRÃO _______________ 14
5.8.1 DENSIDADE REAL (Gsa) (Apparent Specific Gravity) ______________ 16
5.8.2 DENSIDADE APARENTE (Gsb) (Bulk Specific Gravity) ____________ 18
5.8.3 DENSIDADE EFETIVA (Gse) _________________________________ 19
6. MISTURA DE AGREGADOS ________________________________________ 19
6.1 DENSIDADE TEÓRICA MÁXIMA DA MISTURA ASFÁLTICA ____________ 20
CONCLUSÃO ____________________________________________________ 21
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INTRODUÇÃO
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1. CONCEITO
A variedade de agregados passíveis de utilização em revestimentos asfálticos
é muito grande. Contudo, cada utilização em particular requer agregados com
características específicas e isso inviabiliza muitas fontes potenciais.
Agregados correspondem à aproximadamente 77% de volume e 94% de seu
peso na composição das misturas asfálticas. Quanto à sua origem, os agregados
podem ser:
Naturais (seixo rolado, areia de rio, areia de campo, etc.);
Processados (britagem de rocha ou seixo rolado);
Sintéticos ou artificiais (escória de alto forno e argila expandida);
Revestimento fresado (reaproveitamento de materiais de revestimentos
destruídos ou recuperados); tem se tornado uma fonte importante de agregado,
contribuindo para minimizar o prejuízo ambiental que é causado por este tipo de
resíduo.
Como não é seu escopo receber qualquer carga e seu volume é mínimo, não
há nenhum tipo de ensaio de caracterização deste material. Porém a DNER-EM
367/97 especifica condições gerais e técnicas para caracterização e aceitação de um
material para enchimento.
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3.1. Condições Gerais
d.2) peso;
d.3) fabricante.
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d) A cinza volante deve obedecer às exigências das normas DNER-ME 180/94
e ME-181/94.”
Como a norma cita, os materiais mais utilizados como filer são: o cimento
Portland, o pó calcário, a cal hidratada e a cinza volante.
Há também os materiais provindos de resíduos. Como diz a norma, para um
material ser caracterizado como filer é necessário apenas ter a granulometría
adequada. Em nossa pesquisa, encontramos artigos sobre: pó de serra e resíduo de
rochas graníticas.
Para pesquisadores, o interessante é fazer ensaios com mistura asfáltica
utilizando diferentes materiais de enchimento.
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Recolhe-se a amostra dividida em dois recipientes. O agregado de um dos
recipientes é separado e, o outro, é então passado novamente no quarteador,
sendo dividido em duas porções. O procedimento é realizado até se obter a
quantidade desejada em um dos recipientes.
Quarteamento manual:
Os agregados são colocados em um monte em forma de cone, que é
transformado em um tronco de cone com o auxílio de uma pá de achatamento. O
tronco de cone é dividido diametralmente em quatro partes aproximadamente iguais.
Duas partes opostas de agregados são tomadas e misturadas. Esta operação é
repetida até se obter a quantidade de material desejada para os ensaios de
caracterização.
Quarteador de amostras
5. ENSAIOS
5.1 Granulometria (DNER - ME 083/94)
O ensaio de granulometria determina a distribuição percentual dos diferentes
tamanhos dos grãos do agregado. É representada pela curva de distribuição
granulométrica (porcentagem de material passando na peneira em questão × log do
diâmetro da abertura da peneira).
A granulometria afeta quase todas as propriedades importantes de uma mistura
asfáltica, dentre elas: rigidez, estabilidade, durabilidade, permeabilidade,
trabalhabilidade, resistência à fadiga, resistência à fricção e resistência a danos por
umidade. Um exemplo de curva de distribuição granulométrica é apresentado na. A
seqüência de peneiras usualmente utilizadas neste ensaio está listada na Tabela a
seguir.
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Número 2” 1 ½” 1” 3/4” 3/8” Nº 4 Nº 10 Nº 40 Nº 100 Nº 200
Abertura (mm) 50.8 38.1 25.4 19.1 9.5 4.8 2.09 0.42 0.15 0.075
Peneiras usualmente utilizadas
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A Tabela 2 apresenta os limites das faixas granulométricas do DNER (ES
313/97) bem como duas faixas utilizadas em capas (Faixa 3) e binder (Faixa 7) de
obras aeroportuárias.
% Passando
Peneira DNER Aeronáutica
Faixa A Faixa B Faixa C Faixa 3 Faixa 7
2” 100 - - - -
1 ½” 95 - 100 100 - - -
1” 75 – 100 95 – 100 - - 100
3/4” 60 - 90 80 – 100 100 100 72 – 96
1/2” - - 85 – 100 80 – 98 61 – 89
3/8” 35 – 65 45 – 80 75 – 100 - -
Nº 4 25 – 50 28 – 60 50 – 85 55 – 80 38 – 66
Nº 10 20 – 40 20 – 45 30 – 75 40 – 66 25 – 50
Nº 40 10 – 30 10 – 32 15 – 40 22 – 40 12 – 28
Nº 80 5 – 20 8 – 20 8 – 30 12 – 26 7 – 18
Nº 200 1–8 3–8 5 – 10 3–8 3–7
Distribuição granulométrica dos agregados
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onde:
f = índice de forma
P1 = soma das percentagens retidas no crivo 1, de todas as frações que
compõem a graduação;
P2 = soma das percentagens retidas no crivo 2, de todas as frações que
compõem a graduação;
n = número de frações que compõem a graduação escolhida.
Quando f = 1, diz-se que o agregado é de ótima cubicidade. Quando f = 0, o
agregado é lamelar (achatado ou alongado). As especificações exigem um f ≥ 0,50
para que o agregado passe no teste de forma.
O resultado do ensaio possui grande influência sobre a estabilidade da mistura
asfáltica, pois os agregados lamelares são facilmente quebrados pela ação do tráfego,
dando origem à formação acelerada de “panelas” na pista da rodovia. Prefere-se
utilizar agregados de textura rugosa e arestas vivas (cúbicas), pois os mesmos tendem
a desenvolver mais atrito interno e melhor adesividade. Um bom agregado é livre de
partículas muito alongadas, lamelares, achatadas e arredondadas.
Crivos
onde:
An = desgaste do agregado por abrasão, ensaiado na graduação n, com
aproximação de 1%;
n = graduação (A, B, C ou D), escolhida para o ensaio;
Pn = peso total da amostra seca, antes do ensaio;
P’n = peso do material retido na peneira de 1,7 mm, após o ensaio.
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Os resultados deste ensaio são decorrentes de exames quantitativos e
qualitativos, tais como:
a) Porcentagem em peso de cada fração da amostra que, após o ensaio, passa
através da peneira na qual a fração foi originalmente retida;
b) Média ponderada calculada em função da porcentagem de perda de cada
fração e com base na granulometria da amostra ou, de preferência, na granulometria
da porção do material da qual a amostra é representativa. O resultado é dado como
perda em peso, que deve ser menor ou igual a 12%;
c) Número de partículas maiores de 19 mm do ensaio, após; o ensaio quantas
foram afetadas e como foram (desintegração, fendilhamento, esmagamento, quebra,
laminagem, etc.).
O equivalente de areia deve ser superior ou igual a 55% para que o agregado
miúdo possa ser utilizado em misturas betuminosas.
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Agitador para realização do ensaio de equivalente de areia
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onde :
G = densidade do material
γ = massa específica do material em g/cm3
γa = massa específica da água (1 g/cm3)
onde:
V = volume do material
M = massa do material
G = densidade do material
γa = massa específica da água (1 g/cm3)
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Densidade aparente do grão
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Onde.
Ps = peso do agregado (g)
Pi = peso imerso em água (g) (imerso após 24 horas)
onde:
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Picnômetros (densidade real para agregados miúdos)
onde:
Va = volume de água nos poros dos agregados (g);
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Note que Pi acima foi considerado como o peso imerso do agregado
inicialmente seco, portanto, igual a “Ps – E”. Caso o agregado fosse imerso estando na
condição SSD, o Pi seria dado por “Ph – E”. O denominador da equação acima seria o
volume de água deslocado após imergir-se o agregado úmido, portanto, volume de
água nos poros permeáveis mais volume dos sólidos, ou seja, “Va + Vs”, o que levaria
ao mesmo resultado final para Gsb.
A finalidade da determinação das densidades é o cálculo de densidades
teóricas das misturas betuminosas. É comum a utilização das densidades reais dos
grãos nos cálculos volumétricos do projeto de misturas conforme é discutido adiante.
Existe ainda um terceiro tipo de densidade dos grãos, a densidade efetiva (Gse).
onde:
Pb = teor de asfalto (porcentagem da massa total da mistura total);
Gmm = densidade teórica máxima da mistura asfáltica não compactada
6. MISTURA DE AGREGADOS
Quando uma amostra é ensaiada considerando diferentes frações do material
(p.e., graúdos e miúdos), a densidade média (real ou aparente) pode ser computada
como uma média ponderada das várias frações usando a seguinte equação:
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onde:
G = densidade média;
G1, G2, ..., Gn = densidade para fração 1, 2, ..., n;
P1, P2, ..., Pn = percentual do peso das frações 1, 2, ..., n.
onde:
Gse = densidade efetiva do agregado;
Pb = teor de asfalto (concentração em massa do ligante). É expresso como
percentual da massa total da mistura ou percentual por massa total do agregado (é
mais comum usar-se o percentual por massa total da mistura).
O teor de asfalto efetivo é a concentração em massa de ligante asfáltico que
não é perdida por absorção. O teor de asfalto absorvido é a concentração em massa
de ligante asfáltico absorvido pelo agregado.
A expressão acima é uma das maneiras de se determinar a densidade teórica
máxima de uma mistura asfáltica não compactada. Para sua utilização, é necessário
dispor-se da densidade efetiva dos agregados (Gse) que pode ser aproximada pela
média das densidades aparente e real, conforme dito anteriormente.
Uma segunda maneira de obter-se a densidade teórica máxima da mistura é
através de um ensaio de laboratório. Enquanto no Brasil isto é raramente feito, nos
Estados Unidos trata-se de um ensaio rotineiro (ASTM 2041, AASHTO T209). A
densidade teórica máxima (Gmm) é dada por:
20
onde,
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CONCLUSÃO
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