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Ana Castilho: Seus primeiros acordes no violão saíram quando você tinha apenas
6 anos. Como você aprendeu a tocar violão?
Gustavo Mioto: Fui aprendendo na curiosidade, dedilhando sozinho e depois fiz
algumas aulas. É fácil quando é uma coisa que você se identifica, tudo fica mais fácil.
AC: Como foi produzir este clipe com a blogueira Flavia Pavanelli? Muito difícil?
Animador?
GM: Foi incrível, já conhecia a Flavia há um tempo e, como surgiu essa oportunidade de
gravar um novo videoclipe, logo pensamos nela. Ela é uma ótima profissional e tem
exatamente o perfil que estamos querendo para esse novo trabalho. Foi maravilhoso
com tudo pensado nos mínimos detalhes. Espero que todos gostem!
AC: Você mesmo compõe suas canções. Como rola esse processo? Você vive
algo e já pensa que daria uma boa música?
GM: Comecei a escrever letras aos 13 anos, quando tive minha primeira desilusão
amorosa. O primeiro CD foi todo baseado nesse primeiro amor que me trouxe muita
inspiração. Desilusões sempre são mais inspiradoras (risos).
AC: Sua música com a Cláudia Leitte, Eu Gosto de Você, foi um sucesso. Se
pudesse fazer uma parceria musical com mais alguém, quem seria?
GM: Acho que o sonho de todo cantor é dividir o palco ou fazer uma parceria com o
Roberto Carlos, realmente seria um grande sonho.
AC: Quais são seus planos e expectativas para o futuro?
GM: Acho que trabalhar bastante e levar minha música para mais e mais pessoas.
O pai do meu pai era pastor de ovelhas numa aldeia bem pequena, nas montanhas
da Galícia, ao norte da Espanha. Antes de o dia clarear, ele abria o estábulo e saía com
as ovelhas para o campo. Junto, seu amigo inseparável: um cachorrinho ensinado.
Numa noite de neve na aldeia, depois que os irmãos menores dormiram, meu avô
sentou ao lado da mãe na luz quente do fogão a lenha:
– Mãe, eu quero ir para o Brasil, quero ser um homem de respeito, trabalhar e
mandar dinheiro para a senhora criar os irmãos.
Ela fez o que pôde para convencê-lo a ficar. Pediu que esperasse um pouco mais,
era ainda um menino, mas ele estava determinado:
– Não vou pastorear ovelhas até morrer, como fez o pai.
Mais tarde, como em outras noites de frio, a mãe foi pôr uma garrafa de água
quente entre as cobertas para esquentar a cama dele:
– Doze anos, meu filho, quase um homem. Você tem razão, a Espanha pouco
pode nos dar. Vá para o Brasil, terra nova, cheia de oportunidades. E trabalhe duro,
siga o exemplo do seu pai.
Meu avô viu os olhos de sua mãe brilharem como líquido. Desde a morte do
marido, era a primeira vez que chorava diante de um filho. [...]
VARELLA, Dráuzio, Nas ruas do Brás. São Paulo: Cia das letrinhas, 2000, p. 5.
6. Observe o trecho: “Antes de o dia clarear, ele abria o estábulo e saía com as
ovelhas para o campo.” Sobre os verbos destacados:
a) Estão no presente do indicativo, mostrando que a ação está no momento presente.
b) Estão no pretérito mais-que-perfeito, atribuindo uma linguagem rebuscada.
c) Estão no pretérito perfeito do indicativo pois expressam uma ação contínua.
d) Estão no pretérito imperfeito do indicativo, expressando uma ação contínua.