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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 3

1. Poética do Porão ........................................................................................................... 4

1.1. Capelães de Bordo ..................................................................................................... 4

1.1.1. A Rede Religiosa .................................................................................................... 4

1.2. O Livro dos Vice-Reis ............................................................................................... 6

1.3. A Biblioteca da Globalização .................................................................................... 6

1.4. Os Tradutores ............................................................................................................ 7

Conclusão ......................................................................................................................... 9

Bibliografia ..................................................................................................................... 10
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Introdução

O presente resumo responde às exigências da Filosofia da História, portanto é um


resumo de uma das partes da obra do filósofo alemão Peter Sloterdijk “Palácio de
Cristal: Para Uma Teoria Filosófica da Globalização”. Mas nesta obra tocamos
exerciam ente dos pontos referentes a poética do porão; Capelães de Bordo; a rede
religiosa; o livro dos Vice-Reis; a biblioteca da globalização e finalmente falamos dos
tradutores.

Geralmente este resumo tem como objectivo conhecer o pensamento de Peter Sloterdijk
no seu posicionamento em relação a globalização, portanto uma vez que este olha o
fenómeno globalização como sendo uma globalização que se desenvolveu no seio dos
sistemas capitalistas e este fenómeno condiciona de uma certa forma em tudo no mundo
moderno.

Nesta obra Sloterdijk vê que os países que conseguem assimilar as novas tecnologias
possuem as multinacionais mais avançadas, dispondo de vantagem comercial adicional
em relação aos demais e de maior autonomia para realizar as suas políticas. Esses são os
globalizadores são esses os países que, em grande medida, controlam as decisões
internacionais tomadas em fóruns como o G – 8, que reúne as sete economias mais
fortes.

Portanto, o resumo apresenta a seguinte estrutura: introdução onde tentamos expor


aquilo que iremos abordar durante o resumo, desenvolvimento onde apresentamos as
ideias referentes ao resumo, conclusão é bibliografia.
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1. Poética do Porão

Antes de entrar amos no pensamento de Sloterdijk queremos nos perceber o termo


porão referido neste ponto, como trata-se de um navio, o porão neste caso é o grande
espaço situado entre o duplo-fundo e uma coberta, e destinados a arrumação da carga.

Neste ponto Sloterdijk inicia afirmando que muitas pessoas percebem com facilidade os
aspectos mentais e emocionais da experiência do porão, por elas disporem de pontos
referências ligados ao interior das rulotes e as habitações dos automóveis. O facto de
dispor de tais meios de circulação não se teria tornado para a maioria de indivíduos
modernos uma prática de movimento indispensável, agradável, se os veículos com as
suas formas interiores não retomas sem as estruturas elementares da formação de esferas
em pequenas dimensões especiais.

Seguido a esta ideia Sloterdijk, nos apresenta um fenómeno da circulação de navios o


automóvel e a rulote. E a forma que este tomou na idade moderna que lhe permitiu
enfrentar o alto mar. E isto, para Ele, corresponde a uma regar social na qual, os
conjuntos humanos que se lançam para o exterior só mantém a coerência se
conseguirem tapar as fugas e afirma, ar a primazia do interior no elemento invisível.

Tal como anteriormente as naves das igrejas assumiram essa prestação de repetir na
terra firme, para serem navios capazes de transportar as almas cristãs no mar da vida
terrestre, assim também os navios e da expedição deverão no espaço exterior confiar-se
ao espaço que repelem como forma de abrigo que se leva em viagem, e que se ordena
por si própria.

1.1. Capelães de Bordo

1.1.1. A Rede Religiosa

A omnipresença do factor religioso nas navegações dos primeiros tempos designa antes
um segundo mecanismo esfero-poético e todo poderoso. Para as expedições dos
primeiros navegadores sobre o oceano pudessem ter êxito, as tribulações não
precisavam apenas de uma segurança quanto ao seu ofício, mas teriam também de
encontrar um apoio nas rotinas metafísicas das suas terras natais.
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Sloterdijk dos que o barco implica o perigo do naufrágio e das tormentas, e os santos
ofereciam assistências aqueles que conheciam. Este, avança dizendo que os religiosos
navegadores para compreender a sua função tinham que em duas direcções diferentes:

 Para os marinheiros a bordo, que havia que estabilizar pelo ritual e controlar pela
motivação, e para os novos homens do exterior, que se tornavam cada vez mais
interessantes no seu papel de futuro auditores da mensagem cristã;
 Para os embarcados, a religião cristã proporcionava um motor e um refúgio, este
último sobretudo no quadro da navegação das nações católicas sob a figura
omnipresente da protectora Virgem Maria, é nela que encontravam o refúgio.

Um manto situado no céu é realçado em símbolo denso e personalizado do invólucro,


ainda que, na mesma época, as cosmologias tivessem começado a fazer do céu
uma coisa metafísicamente desesperante.

Para Sloterdijk do lado das terras virgens, a religião cristã, na era dos Descobrimentos
representava aproximadamente a missão da sua segunda época, e isto retomando
totalmente a sua dupla função de extensão neo-apostólica das igrejas e da protecção
acessível do colonialismo.

As pretensões à supremacia do catolicismo pós-colombiano apareceram com a maior


clareza quando o Papa, referindo-se às origens da sua função, se proclamou verdadeiro
senhor supremo do mundo que havia sido circum-navegado.

Para as missões protestantes, no início foram claramente envolvidas em funções


nacional-colonial.

A missão cristã, ou como chama Sloterdijk “exportação das confissões”, é certamente


para este autor o principal agente de um princípio de continuidade socio esferológico na
passagem do Antigo ao Novo Testamento, pois, no encontro com os estrangeiros, podia
colocar no primeiro plano os motivos de uma possível comunidade de espécie e de culto
entre descobridores e os descobertos.

As igrejas no seu modo de ser hoje, existem apenas sob forma não reunida e têm de
provar o que valem nas reuniões locais, vêem-se constantemente confrontadas com o
dever de organizarem o seu funcionamento em média menos espectaculares, acessíveis
em permanência a nível operacional e capazes de construírem tradição.
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Sloterdijk avança dizendo que na província de Heidegger não o único lugar em que os
humanos são os que habitam a linguagem, como morada do Ser. Até nos pontos
dispersos do espaço global recentemente explorado, instalam sob telhados improvisados
as sua tradições e as seguranças rituais.

1.2. O Livro dos Vice-Reis

Neste ponto, vimos que os chefes das expedições da globalização, os vice-reis, os


almirantes e os seus oficiais, levam consigo para longeas suas concepções religiosas e
os seus modelos dinásticos. Aquilo a que se chamou de exploração das colónias apenas
testemunha a for, a mais maciça do laço dos colonizadores com a sua terra mãe.

Os livros dos vice-reis estão por escrever, é por eles que os reis estão sempre em todo o
lado presentes nas extensões externas do velho mundo, e, boa não visitem pessoalmente
as suas colónias. Nestes dias felizes da globalização, as riquezas provenientes do
ultramar provêm que o vasto mundo não tem outro destino senão pagar o tributo às
casas europeias.

Sloterdijk disse que Papa, o portador da coroa de três pisos queria fazer o seu trono uma
hipermajestade para o conjunto do globo. Com efeito, são as suas tropas de elite, os
Jesuítas, que lhes estão directamente devotados pelo quarto voto, na sua qualidade de rei
e senhor do catolicismo combatente.

1.3. A Biblioteca da Globalização

Para os pioneiros da exploração da terra, virando para este mundo, hábeis meios e vias
que lhe permitam obrigar-se sob um dos baltaquinos seculares da globalização, até um
espírito livre de todo e qualquer compromisso religioso tinha boas perspectivas de se
sair bem no projecto “último globo”.

Quem não trazia novas terras a um rei europeu ou um novo crente à igreja, podia
mesmo assim entrar nos portos europeus como conquistador e portador de riquezas,
desde que soubesse tornar-se útil como agente das ciências empíricas europeias. Essas
disciplinas apertas ao mundo, que se agrupam em torno na geografia e da antropologia,
para Sloterdijk constituem-se, pateticamente como novas ciências com o início da era
da expansão.
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Este autor diz que o que caracteriza esses conhecimentos é o facto de se coleccionarem
à maneira de um segundo capital, mas um capital que devia pertencer ao conjunto de
uma humanidade instruída e que não devia ser subtraído ao uso público e civil por
teóricos dos arcanos, açambarcadores do saber, mágicos locais, em sobretudo pelos
príncipes e seus portadores de segredos.

As ciências empíricas com os seus géneros filiais, o relato de viagem, a utopia e o


romance exótico, tendem a transformar todos os objectivos externos em observações e
todas as observações em comunicações que entram no grande livro da teoria neo-
europeia. Para Sloterdijk os observadores só existem como sujeitos que hão de escrever
o que viram e encontraram.

As investigações essenciais desenrolam-se sob a forma de competição. Às corridas aos


objectivos que há que atingir corresponde na ocorrência uma competição no campo da
honra científica. O que vale em especial para a investigação polar fundamentalmente
histerizada, cujos protagonistas se apresentavam como os rapsodos da sua própria causa
é como publicista do seu sofrimento de investigadores. Nos tempos heróicos da
globalização, os seus heróis nunca poderiam ter dito ideias suficientemente claras ou
turvas sobre os seus objectivos.

Nisso, Sloterdijk traz uma realidade de Frederico II da Prússia monde nas suas relações
pessoais com o circum-navegador do globo e naturalista ReinholdForster, foi obrigado o
que o facto de se coleccionarem relatar experiências pode também ter fé subversiva ou
eventualmente uma face desprovida de tacto.

1.4. Os Tradutores

O autor inicia este ponto dizendo que enquanto a participação nas ciências empíricas
europeias podia desenvolver-se sob a protecção de superbalquinos de um fantasma de
livro enciclopédico, a missão dos linguistas e dos etnólogos era de estudar a fundo o
tecido linguístico através de uma profusão de encontros individuais com as línguas
estrangeiras isoladas.

Ele diz que nas línguas europeias encontrava-se uma pluralidade linguística e tal
pluralidade desafia toda e qualquer visão global, o sonho de uma hiperlíngua que
integrasse tudo terá forçosamente de se desintegrar por si próprio. Para os
descobridores, tal como os descobertos, só havia dias estratégias que lhes permitiam
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orientar-se nessa situação neobabilónica: por um lado, a imposição pela força das
línguas dos senhores coloniais como línguas de uso universal; E por outro lado a
penetração das diferentes línguas por meio de discursos traduzidos por novos senhores.

Na concepção de Sloterdijk quanto a isso, diz que quer nos inclinemos para as teorias
pessimistas ou as optimistasda tradução, o certo é que o bilinguismo ou multilinguismo
exercem uma das principais funções de baldaquino durante a globalização terrestre. As
línguas europeias dos senhores é que recobriu as línguas locais, não foram as línguas
locais que absorveram as dos colonizadores.

No que toca a me sabem cristã, esta não pôde esperar, no seu segundo ciclo de missão,
que a procura dos outros provenientes das cinco mil línguas estrangeira chegasse até lá.
Teve de se traduzir a si própria as línguas dos outros a fim de lhes explicar o seu alcance
sagrado.

O trabalho desenvolvido pelos tradutores cristãos durante os últimos quinhentos anos


para proclamarem a sua fé utilizando outras línguas é a prestação cultural mais
extraordinário da história da humanidade. No século XX, o Novo Testamento existia em
mais de 1800 traduções em línguas verdadeiras.
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Conclusão

O filósofo alemão Sloterdijk, no assunto referente a poética do porão, ele observa que
existe um conjunto de pessoas que se lançam para o exterior só mantém a coerência se
conseguirem tapar as fugas e afirma, ar a primazia do interior no elemento invisível.
Nisso vimos que também as igrejas assumiram a mesma pretensão assumidos pelos
navios, daí encontramos esta comparação das igrejas com o porão neste autor.

Portanto, da para perceber que sua esferológica, Sloterdijk tece veementes críticas à
mídia atual e a alguns intelectuais que, na abordagem do tema globalização, na grande
maioria das vezes só têm feito referência aos acontecimentos mais recentes, como se
fosse fato novo a intenção do espírito humano de se aventurar pelo mundo, de forma
globalizante, em toda a sua esfericidade, não necessariamente, mas principalmente com
fins económicos.

Os pontos de vista correntes sobre globalização têm uma característica muito própria, o
cômico discreto. Trata-se de um filosofar selvagem que manifestamente se sente mais à
vontade quando os artistas do ofício não se encontram presentes. Daí que hoje em dia os
topo mais filosóficos tanto da política como da teoria da cultura corram mundo
praticamente sem qualquer notável participação desse ofício.

Ao falar do fenómeno globalização este autor parte mesmo da época dos


descobrimentos onde verificamos claramente o contacto do povo europeu com os outros
povos, portanto é nesta época que certamente encontramos o multiculturalismo.
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Bibliografia

SLOTERDIJK, Peter. Palácio de Cristal: Para Uma Teoria Filosófica da


Globalização. Relógio D’ Água Editores. 2008.

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