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Índice
Introdução .................................................................................................................................. 3

1. O debate naturalista sobre a origem de todas as coisas ......................................................... 4

2. Concepção individual sobre a substância primordial............................................................. 5

Conclusão................................................................................................................................... 6

Bibliografia ................................................................................................................................ 7
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Introdução

A presente reflexão sobre a origem do universo, surge no âmbito de procurar responder às


exigências da cadeira de Metafísica e, consequentemente tem como o objecto de estudo o
cosmo, ou seja, a natureza.

O objectivo central deste trabalho é analisar profundamente as causas identificadas pelos


naturalistas, e a partir desta análise, reflectir individualmente o que terá dado origem ao
universo, ou seja, a todas as coisas explicando como seria possível. Entretanto, é neste âmbito
que surge uma profunda importância neste trabalho, porque estimula o pensamento e leva-nos
a reflectir em torno do universo inteiro.

Para a concretização deste trabalho, foi possível primeiramente pelo uso do método
bibliográfico, e por diante tendo culminado no uso do método reflexivo-crítico para a sua
culminação.

Portanto, o trabalho segue a seguinte estrutura: 1. O debate naturalista sobre a origem de


todas as coisas; 2. Concepção individual sobre a substância primordial, conclusão e
bibliografia.
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1. O debate naturalista sobre a origem de todas as coisas

O ponto central ao surgir a filosofia foi a preocupação em relação ao conhecimento sobre


qual seria a causa que deu origem a todas as coisas. No entanto, esse debate levou uma
reflexão profundo na escola de Jónia, tendo em conta de que nada vem do nada. Entretanto,
foi a partir deste pressuposto de que tudo que deriva, deve ter origem a partir de uma causa
profunda capaz de gerar o universo.

No entanto restamos agora saber o que foi coleccionado pelos naturalistas acerca da causa
primordial que teria dado origem a todas as coisas. No entanto, Tales de Mileto, foi o
primeiro pensador a indagar estes problemas, e na sua abordagem disse que a água é a origem
de todas as coisas e que Deus é aquela inteligência que tudo faz da água.

A razão que leva Tales ao afirmar que é a água a origem de todas as coisas, porque vê, em
todas as transformações dos corpos, apesar de assumir diferentes estados (sólido, líquido e
gasoso), seria a arché, a substância primordial, a origem única de todas as coisas, presente
em tudo o que existe (Cfr. COTRIM & FERNANDES apud WILSON, 1989:43).

Não só, mas também vários outros foram os pensadores que tentaram contribuir a sua
perspectiva sobre a origem de todas as coisas. Anaximandro discípulo de Tales de Mileto
procurou aprofundar as concepções do mestre sobre a origem única de todas as coisas, mas
se opôs ao afirmar que o princípio primordial seria algo que transcendesse os limites do
observável, ou seja, não estaria ao alcance dos sentidos, como era o caso da água de Tales. O
filósofo propôs o ápeiron, o indeterminado ou ilimitado como principio de todas as coisas.

Mais adiante, Aneximandro Anaxímenes admitia que a origem de todas as coisas é


indeterminada, no entanto, ele se recusava a atribuir o princípio de todas as coisas a algo que
estivesse fora dos limites da observação ou da experiência sensível. Neste caso, o ar é um
elemento invisível quase inobservável, no entanto, ele é observável na medida em que é a
própria vida, a força vital que anima o mundo, percebido na respiração. Neste caso, temos
Heraclito que menciona o fogo e o devir, em diante Empédocles afirmara que existem 4
elementos: fogo, terra, ar e água (Cfr. BORNHEIM, 1998:24-55).

Alem dos naturalistas acima mencionados, a seguir é de destacar que Pitágoras destaca os
números, e Demócrito destaca o tomismo.
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2. Concepção individual sobre a substância primordial

Partimos nesta reflexão com a ideia de que tudo tem sua causa, no entanto, é neste âmbito em
que podemos referenciar como a substancia primordial que deu a origem a todas as coisas: a
terra.

Podemos considerar a terra como um elemento que se comporta como o fenómeno do


magnetismo terrestre, é o resultado do fato de que toda a Terra se comporta como um enorme
ímã. Que cria atracão e faz com a partir desta atracão surge as pequenas partículas que se
unindo fariam surgir corpos, ou seja, matérias vivas e não vivas.

A medida que há atracção, acontece uma intensidade magnética que determinam a


intensidade do campo e as intensidades em direcção horizontal e vertical. A intensidade do
campo magnético da Terra varia nos diferentes pontos da superfície, criando espaço, para que
habite a matéria, ou então as coisas.

A terra possui todos elementos possíveis para dar a origem a todas as coisas, é a partir da
terra que as plantas, os animais e todos os seres inanimados que se fixam e se seguram, mas
também, que se figuram por toda a sua existência. Nada poderia existir sem que existisse a
terra, porque ela constitui um lugar de habitação de todos seres que possuem a finitude. A
terra é complementaridade da existência da matéria, através das propriedades que ela possuí
para a existência destes seres. Que neste caso podemos dar o parecer do oxigénio, a água, e
dentre outras condições necessárias para a existência dos seres na terra.

Algo que poderia dar origem a todas as coisas, não poderia ser uma substância que actuasse
apenas no surgimento das coisas, na configuração das mesmas, mas deve ser algo que está
presente em todos os momentos da existência dos seres e que ainda intervém na existência
destes seres.

Todavia, a matéria tem sua origem na terra, se cria, recria e encontra a sua finitude na terra,
apenas podemos afirmar que só a alma é que é capaz de transcender para um outro mundo,
por ela ser algo espiritual e algo movido pelo ser divino, que é (Deus).
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Conclusão

Portanto, os interesses dos naturalistas estenderam-se ao pensamento à natureza da percepção


e da compreensão, à matemática, à meteorologia, à natureza da explicação e aos papéis da
matéria, da forma, dos mecanismos causais e da estrutura no mundo. Quase todos os Pré-
socráticos parecem ter algo a dizer sobre a embriologia, e fragmentos de Diógenes e
Empédocles mostram um grande interesse pelas estruturas do corpo.

Sob nota conclusiva importa referenciar que em oposição aos naturalistas, a terra constitui a
substância primordial, porque nela possui todos elementos possíveis, e é nela que
encontramos todos recursos para manter a nossa existência.
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Bibliografia

WILSON, Regis. Os Pensadores: Os Pré-Socráticos. Editora Abril. 1989.

BORNHEIM, Gerd A. Os filósofos pré-socráticos. Editora Cultrix: São Paulo.1998

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