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Livro do professor

Realizado pelo Conselho Europeu Com o apoio da


de Jovens Agricultores Comissão Europeia
O CEJA agradece aos diferentes colaboradores que tornaram possível a realização do conjunto pedagógico Tellus.

Comissão Europeia:
Direcção Geral da Agricultura e da Pesca
Direcção Geral da Educação e da Cultura

Organizações europeias:
CIBE Confederação Internacional dos Produtores Europeus de Beterraba
EFMA Associação Europeia dos Produtores de Adubos
ECPA Associação Europeia para a Protecção das Culturas
ESA Agência Espacial Europeia
FEDESA Federação Europeia para a Saúde Animal
FEFAC Federação Europeia dos Fabricantes de Alimentos Compostos
Europabio Associação Europeia das Bioindústrias
EUFIC Centro Europeu para a Informação sobre a Alimentação e a Nutrição

Ministérios:
Alemanha Ministério federal para a protecção do consumidor, a alimentação e a agricultura
Áustria Ministério federal da agricultura, silvicultura e ambiente.
Bélgica Agriinfo
Ministério valão da agricultura e do meio rural
Finlândia Ministério da agricultura e das florestas
Ministério da educação
Grécia Ministério da agricultura
Demetra (organização para a educação e a formação em agricultura)
Irlanda Ministério da educação e das ciências
Luxemburgo Ministério da agricultura, da viticultura e do desenvolvimento rural.
Ministério da educação nacional e da formação profissional.
Países Baixos Ministério da agricultura, do ordenamento do território e da pesca.

Outros: Syngenta (sementes e medicamentos para as plantas)

Direcção de edição: Elisabeth Vallet


Redacção: Anne Delauney, Michel Huber, Joëlle Millière, Jean-Claude Parot.
Ilustrações: Jean-Marc Dubois

Copyright © CEJA – Fevereiro 2002


D/2002/9406/1
Reprodução autorizada desde que referida a fonte.

Esta obra é uma publicação do CEJA.


A Comissão Europeia não se responsabiliza pela utilização que pode vir a ser feita das informações contidas nesta publicação.
Livro do professor
SUMÁRIO

I. La mallette Tellus Páginas

1) Porquê Tellus? 5

2) Que ferramentas podemos utilizar para descobrir a agricultura europeia? 7

3) Pistas para a utilização da maleta. 7

- A banda desenhada 7

- Os livros de informação 8

- As fichas pedagógicas 9

II. Actividades artísticas

1) Obras de arte 16
“O semeador“ - Vincent Van Gogh 17
“As respigadoras“ - Jean-François Millet 18
“Lavoura de Nevers“ - Rosa Bonheur 20
“L’Automne” - Giuseppe Arcimboldo 21
“A carroça de feno“ - John Constable 22
“O dia sombrio“ - Pieter Bruegel 24
“Natureza morta com figos“ - Luis Eugénio Mélendez 26
“Cena de lavoura“ - Antiquités grecques 28
“O pomar“ - Gustav Klimt 29
“A surpresa“ - Ferdinand von Wright 31

2) Poemas europeus 32
Bélgica: “ O rap das galinhas“ 32
“Uma galinha em cima de um muro“ - Maurice Carême 32
Dinamarca: : “A mulher e os ovos“ - H.C. Andersen 33
Alemanha: “A borboleta apaixonou-se pela rosa“ - Heinrich Heine 34
Espanha: “ Poema “ - Manuel Machado 35
Irlanda: : “A canção das vacas“ - Tomas McKeoghan 36
Itália: “Saint-Martin” - Giosue Carducci 37
“Tarde de Outubro“ - Giovanni Pascoli 37
Luxemburgo: : “O ratinho Ketti “ - Auguste Liesch 38
Países Baixos:: “Os camponeses I “ - Theun De Vries 39
Áustria: “Aparas de madeira“ - Toni Riser 40
Portugal : “Quem o soube“ - Luis de Camões 41
Finlândia: “ Saku, o porco “ 42
Reino Unido: “As maçãs“ - Laurie Lee 43
III. Os países da União Europeia e a sua agricultura Páginas

Bélgica 44
Dinamarca 45
Alemanha 46
Grécia 47
Espanha 48
França 49
Irlanda 50
Itália 51
Luxemburgo 52
Países Baixos 53
Áustria 54
Portugal 55
Finlândia 56
Suécia 57
Reino Unido 58

IV. O CEJA 59

V. Os ajudantes do Tellus 62

VI. Contactos úteis 62

VII. Os ajudantes escolares europeus 67


I. A MALETA TELLUS

I.1) PORQUÊ TELLUS?

Até há cerca de um século, em quase toda a Europa, a maioria das crianças viviam no meio rural e
conheciam bem a vida e as actividades do campo. Os seus professores baseavam-se na vivência quo-
tidiana para transmitir conhecimentos sobre o mundo vivo, os territórios, as sociedades… Muitas vezes,
eles próprios faziam parte do mundo rural.

No entanto, nos dias de hoje o contexto é muito diferente. Existe uma concentração muito acen-
tuada das actividades e das pessoas nas cidades, que não param de crescer. Nos meios rurais, os
agricultores já não são o grupo maioritário. Muitas famílias já não têm «raízes rurais». Enquanto
isso, as pessoas das cidades, consumidoras dos produtos provenientes da terra, têm apenas uma
representação muito ténue do que são hoje as condições de vida e de trabalho na agricultura.

Surgiram numerosas clivagens:

 Porque antigamente, a maioria da população consumia o que produzia (limitando-se essen-


cialmente a uma economia de subsistência). Isso não é o que acontece actualmente;
 Porque existem distâncias cada vez maiores a separar os locais de produção e de consumo;
 Porque os produtos agrícolas sofrem cada vez mais transformações antes de chegarem ao
consumidor.

Daí resulta um desconhecimento recíproco. As pessoas já não depositam toda a sua confiança
nos agricultores. Surgem novas preocupações como a preservação do ambiente. Em conse-
quência das recentes crises do sector agro-alimentar (BSE, febre aftosa…), a sociedade torna-se
cada vez mais exigente em relação à origem dos produtos alimentares.
Este contexto geral constituiu a base da operação TELLUS. Destinada aos alunos do primeiro e
segundo ciclo, pretende restabelecer a tranquilidade das relações entre dois mundos, que ape-
sar de ligados, não se conhecem suficientemente bem.

5.
A «descoberta da agricultura europeia» constitui um objecto
pedagógico particularmente digno de interesse:

 Faz referência a uma grande variedade de conhecimentos. As fichas pedagógicas da male-


ta TELLUS mostram que com o tema «descoberta da agricultura europeia», existem numerosas
situações de aprendizagem que podem ser utilizadas para trabalhar, com base no programa
escolar existente, as diferentes matérias: Matemática, Língua materna, mas também História,
Geografia, Ciências da vida e da terra, Iniciação tecnológica, Educação cívica e artística…
Ao incentivar o contacto dos jovens alunos com os agricultores do seu país ou de outros países
europeus, ao incentivar o desenvolvimento de trocas entre escolas, a acção proposta tende a
unir a escola e a cidade para o proveito de todos.
 Costuma suscitar de forma espontânea a curiosidade dos alunos: interesse pelo «vivo» e
pela «natureza», aspecto concreto das «coisas da terra», curiosidade por profissões que lhes
podem interessar: conselheiros agrícolas, técnicos de equipamentos e materiais agrícolas, vete-
rinários… É verdade que, hoje em dia, os alunos têm contactos esporádicos com o campo.
Poucos têm a oportunidade de viver numa família de agricultores, as suas representações limitam-
se às emissões de televisão, a alguma leitura, às impressões e às recordações dos trajectos entre o
local de residência e local de férias… Mas ninguém fica indiferente à visita a uma exploração.
O material proposto ajuda a compreender que a agricultura que «alimenta os homens» também
proporciona alguns produtos não alimentares: as plantas têxteis, a colza energética, o couro…
As crianças sabem que a agricultura necessita de vários equipamentos (que por vezes os fasci-
nam) e de diferentes competências, que muitas das produções agrícolas são colocadas à dispo-
sição dos consumidores após uma transformação mais ou menos complexa. Eles descobrem que
os agricultores não são apenas produtores de recursos alimentares, mas que também desem-
penham um papel na dinâmica do espaço rural. Especialmente, porque necessitam de um deter-
minado número de serviços indispensáveis à sua actividade, mas também porque oferecem
diversos serviços relacionados com a função de «receber na quinta» (quarto de hóspedes, quin-
tas pedagógicas…). A observação das paisagens agrícolas permite aos alunos tomarem
consciência do papel desempenhado pelo agricultor na manutenção das paisagens: os alunos
compreendem o papel da agricultura na manutenção das paisagens, e contribui para a carac-
terização das identidades regionais. Enfim, face à actualidade apresentada os media, os alunos
têm as suas próprias questões sobre a relação complexa entre a agricultura e o ambiente, ou
sobre as escolhas dos agricultores face aos problemas de segurança sanitária dos alimentos e
num sentido mais abrangente da «qualidade» na agricultura.
 O tema «descoberta da agricultura europeia» conduz a uma reflexão sobre a Europa. O
papel principal da agricultura é frequentemente esquecido uma vez que não é possível esperar
qualquer desenvolvimento humano sem um mínimo de segurança no abastecimento de produ-
tos vitais. Este abastecimento constitui responsabilidade dos sectores da agricultura, da pesca e
da floresta. As situações difíceis de alguns países em vias de desenvolvimento destacam as difi-
culdades inerentes às carências de um sector primário deficiente.
O suporte TELLUS cruza duas dimensões: a da agricultura em relação com o ser vivo e o territó-
rio, e a da construção europeia. No âmbito desta construção europeia, também é importante
considerar as outras políticas (económica, monetária ou social). Além disso, nesta construção é
reforçada a solidariedade dos povos que, devem esquecer o seu passado de divisões, olharem
de frente os seus vizinhos e, pensar que têm diversas razões para colocar o que os une à frente
de tudo mais. A base cultural comum, assim como o nível de desenvolvimento de cada país, não
devem conduzir a uma introspecção, mas sim convidar a estar atento aos outros povos do pla-
neta e empenhar-se numa via de cooperação que respeite as identidades de cada um. Pode-se
reconhecer na operação Tellus, uma contribuição garantida para a educação da cidadania, a
todos os níveis, do local ao planetário.

6.
I.2) QUE FERRAMENTAS PODEMOS UTILIZAR PARA
DESCOBRIR A AGRICULTURA EUROPEIA?

A maleta TELLUS reúne um conjunto de documentos de cariz educativo e pedagógico destinado a


apresentar as realidades da agricultura da União Europeia às crianças dos 9 aos 11 anos, que estão a
terminar o primeiro e secundo ciclos.

A maleta contém:
 Uma banda desenhada "Missão Tellus" ;

 Seis livros de informação sobre as produções agrícolas, mas também sobre as actividades flo-

restais, a pesca e a aquacultura, destinada aos alunos;


 As fichas pedagógicas;

 Um livro do professor que engloba uma apresentação do conjunto Tellus e sugere pistas de

leitura e de exploração pedagógica. Incluem-se diversas informações sobre cada um dos países
da União Europeia e uma recolha das obras de arte e de poemas;
 Um sítio na Internet que propõe uma outra abordagem para descobrir a agricultura europeia

e que vai permitir actualizar a documentação TELLUS (endereço do sítio: www.ceja.educagri.fr).

I.3) PISTAS PARA A UTILIZAÇÃO DA MALETA.

3.1. A banda desenhada "Missão Tellus"


Evoca a missão especial de quatro jovens astronautas europeus que são enviados para instalar uma

actividade agrícola num meio até agora improdutivo, situado num planeta descoberto recentemente.
Deve ser realizada uma primeira leitura para que os alunos compreendam bem o objectivo da missão
Tellus. Poderemos então recordar, no plano histórico, que a agricultura nasceu em algumas regiões da
Terra, os "berços da agricultura", e que só aconteceu de forma generalizada na Terra quando os povos
iniciaram as suas migrações e necessitaram de tratar a terra.
Para além do carácter lúdico desta história de imagens, numa mistura de ficção e realidade, que pode
seduzir os jovens alunos, a intenção é fazer com que compreendam que a produção das plantas ou
dos animais não é uma actividade elementar que se faz por si.
É certo que se pode assinalar o contraste entre a profusão dos instrumentos da sala de pilotagem do
foguetão, onde são aplicadas as tecnologias mais elaboradas e o conteúdo, perfeitamente banal, do
compartimento de três níveis: as caixas de sementes das plantas cultivadas mais conhecidas, do mate-
rial agrícola, alguns animais da quinta... Mas LED, o simpático robot cujas travessuras perturbam não
só os responsáveis da base espacial (p1, 2ª imagem) como também os astronautas alarmados pelas
suas intervenções ruidosas nos níveis inferiores da fuselagem, dá uma ideia, através dos seus variados
comentários, das inúmeras dificuldades que coloca a gestão dos seres vivos e as acções necessárias para
garantir a alimentação do homem.
Para além da própria história, a referência ao trabalho de uma missão precedente (texto da primeira
imagem da BD), e a vista panorâmica final ("as cúpulas") querem assinalar que o agricultor, para
conseguir os seus objectivos deve ser capaz de conseguir equilíbrios delicados, para além das interac-
ções entre o solo, o clima (luminosidade, calor, humidade) e as plantas, sem as quais não seria possí-
vel qualquer produção alimentar.
A dimensão «tempo», inseparável de todo o processo agrícola, é finalmente introduzida: preparação
de um espaço (aqui, a construção das cúpulas e a identificação de um local adequado foram objecto
de uma missão anterior), colocação das primeiras populações (objecto da missão evocada), e mais
tarde, sugere-se um episódio para a recolha dos vegetais e utilização dos produtos animais.

As personagens da missão Tellus reaparecem nos 6 livros(especialmente o LED) e nas fichas pedagógicas
propondo exemplos de actividades a ser realizadas com base aos diferentes matérias.

7..
3.2. os livros de informação sobre as produções agrícolas
Os seis livros apresentam as diferentes facetas das actividades e preocupações dos agricultores,
dos produtores, dos silvicultores, dos pescadores e dos aquacultores.
 Livro 1 A agricultura na Europa
 Livro 2 As grandes culturas
 Livro 3 Horticultura, viticultura e culturas específicas
 Livro 4 A produção animal na Europa
 Livro 5 As florestas na Europa
 Livro 6 Pesca e aquacultura na Europa

Cada livro é construído com base no mesmo esquema dado que, em todos os casos, uma uni-
dade temática rege a organização da matéria tratada numa página dupla. Desta forma, a coe-
rência do conjunto é real: a estrutura do livroaparece de forma evidente no sumário que, desde
o início, apresenta o encadeamento das páginas duplas; no topo de cada página dupla, existem
notas que ajudam os alunos a não perderem de vista as ligações que devem ser estabelecidas
com um capítulo bem identificado através de um objecto de estudo preciso. No final do docu-
mento, surgem duas ferramentas preciosas: por um lado, os mapas que ilustram a posição da
maioria das produções ao nível europeu e por outro lado, uma rubrica «palavras difíceis» onde
são explicados alguns termos utilizados no texto que não foram abordados de forma explícita.
O texto foi concebido para uma leitura directa pelas crianças. Redigido em curtos parágrafos, é
fácil de abordar e é complementado com numerosas fotografias, gráficos, esquemas e anota-
ções, por vezes desenfreados do LED, que adora contar os factos curiosos e as histórias. Também
temos a opinião de algumas pessoas: entre elas, Sirpa, a agricultora finlandesa, George, o pro-
dutor escocês, Janny, o agricultor francês ou Celestino, o produtor espanhol... assim como tan-
tos outros agricultores europeus.
Estes livros são compostos por informações técnicas e científicas sobre uma grande variedade de
produções agrícolas, sem nunca entrar no discurso do «especialista»: é mais uma aproximação
de cultura geral que uma visão enciclopédica, mesmo nos casos em que foi dada uma atenção
especial com o intuito de recordar a diversidade europeia. Também são evocadas, no mesmo
estado de espírito europeu, as relações entre a actividade agrícola e o ambiente, as diferentes
missões da agricultura (que não produz apenas produtos alimentares), as responsabilidades dos
agricultores e a sua posição na nossa sociedade à medida que os consumidores avançam com
novas exigências…
A matéria dos livros presta-se a um grande número de actividades; nós sugerimos algumas:
 Descoberta dos diferentes aspectos de uma produção agrícola e das técnicas aplicadas para
o conseguir, através da leitura individual ou em conjunto de um dos livros informativos e da exe-
cução do trabalho nas fichas pedagógicas correspondentes;
 Aproximação temática objectiva, através da exploração das páginas duplas indicadas nos dife-
rentes livros e seleccionadas em função das questões transversais, como por exemplo: os agri-
cultores e a água, os agricultores e as paisagens, a luta biológica na agricultura, as produções
não alimentares da agricultura, agricultores europeus e a Política Agrícola Comum… É possível
imaginar assim uma divisão do trabalho entre pequenos grupos de alunos, que se devem infor-
mar utilizando os elementos das páginas duplas ou simples, e chegar a um acordo para obter a
resposta pretendida;
 Confrontação entre os aspectos locais da agricultura ou da produção animal…, com base no
conhecimento dos alunos e nos dados mais abrangentes apresentados no livro: acções compa-
rativas (pontos comuns e diferenças);

8.
 Iniciação à leitura e ao comentário de imagens e de esquemas;
 Em relação aos problemas da actualidade, pesquisa no conjunto dos livros as informações que per-
mitam colocar o problema em causa no seu contexto e falar sobre esse assunto com um mínimo de
conhecimentos: utilização de um sumário, de um léxico, de mapas, indicações dos parágrafos úteis…
 Preparação e realização de pequenos debates: por exemplo, debate entre alunos, em que uns defen-
dem o ponto de vista dos agricultores, e outros defendem os consumidores de produtos agrícolas ou
dos utilizadores do espaço rural… (jogo de papéis).

3.3. as fichas pedagógicas


Estas fichas não têm intenção de apresentar o conjunto exaustivo das actividades realizáveis a partir do
tema «descoberta da agricultura europeia». Limitam-se a indicar algumas pistas, dado que é perfeita-
mente aceitável declinar as situações propostas para adaptá-las aos contextos geográficos e agrícolas
dos alunos, e às intenções pedagógicas dos seus professores.
Os professores têm toda a liberdade de reproduzir estas fichas e distribuí-las na aula. Cada ficha cor-
responde à sua unidade, e não existe qualquer obrigação de as explorar todas. Os professores podem
escolher aquelas que, num determinado momento da progressão, melhor se adaptam ao seu próprio
projecto, quer se insira ou não na temática «descoberta da agricultura».
Estas fichas requerem frequentemente a mediação do professor. Na aula, é ele quem apresenta o
exercício, quem organiza a sua execução num tempo definido pelo trabalho individual de cada aluno
ou pelo trabalho de grupo, quem avalia a validez e a pertinência das respostas apresentadas. Mas as
actividades também podem ser desenvolvidas pelos alunos fora da sala de aula: em casa ou «no terre-
no»…
Os livros Tellus, o recurso a um dicionário e a um atlas simples e, em alguns casos, a consulta de algu-
mas obras existentes na biblioteca da aula ou da escola, juntamente com os esclarecimentos do pro-
fessor, são a informação necessária para realizar com eficácia as actividades sugeridas.
Na sua diversidade, as fichas pedagógicas TELLUS mostram que não existe qualquer intenção de criar
uma nova matéria de ensino, mas sim explorar um tema, o da agricultura europeia, como suporte ao
mesmo tempo rico e cómodo para adquirir os diversos conhecimentos e sabedorias da quase totali-
dade das matérias ensinadas no primeiro e segundo ciclos. Se a biologia e as ciências da terra encon-
tram no tema «agricultura» várias oportunidades de colocar em prática os conhecimentos e as acções
experimentais, as outras disciplinas também podem beneficiar com isso, a Matemática, a História, a
Geografia, a expressão oral e escrita na língua materna (enriquecimento do vocabulário), mas também
com a educação do gosto; a educação cívica, - a partir de exercícios sobre a construção europeia ou
sobre os direito e deveres do consumidor - , ou mesmo a educação artística (por exemplo as artes plás-
ticas).
Nota: para além das fichas, este livro de ensino contém igualmente uma recolha de poemas e de algu-
mas reproduções de obras de arte inspiradas no mundo rural que proporcionam reflexões e propostas
para a sua exploração pedagógica.

9.
Quadro de recapitulação das fichas pedagógicas

Ficha Título Objectivo Disciplinas ou domínio(s) Tipo(s) de actividade


de actividade

1 A Europa e a União Europeia Situar a União Europeia na Europa GEOGRAFIA Localizar num mapa
2 O que é a União Europeia Estabelecer pontos de referência na construção da União Europeia HISTÓRIA Informar-se
3 Os climas na Europa Compreender a importância do clima no modo de vida GEOGRAFIA Comparar dados
4 Boletim Meteorológico Saber ler e analisar um boletim meteorológico CIÊNCIAS E TECNOLOGIA Analisar dados
5 A origem das plantas cultivadas Compreender de que forma as mudanças humanas modificaram os HISTÓRIA/GEOGRAFIA Informar-se
produtos cultivados
6 O que é uma exploração agrícola ? Representar a estrutura de funcionamento de uma exploração agrícola GEOGRAFIA/LÍNGUA Perguntar
7 As profissões Entender a diversidade da agricultura através das diferentes especialidades LÍNGUA Informar-se

8 A agricultura e a paisagem Compreender a influência da agricultura sobre a paisagem GEOGRAFIA Observar e identificar
9 Ser agricultor Compreender a profissão de agricultor LÍNGUA Imaginar
10 As diferentes formas de conservar os alimentos Entender a adaptação da conservação ao tipo de produto BIOLOGIA Perguntar
11 As mil e uma informações de uma embalagem alimentar Compreender as informações dadas pelas embalagens alimentares EDUCAÇÃO PARA O CONSUMO Observar e analisar

12 Fazer arte com erva ! Aprender a observar ARTES PLÁSTICAS Criar


13 A estufa Compreender o princípio da estufa BIOLOGIA Experimentar
14 O ciclo da água Através do estudo do ciclo da água, compreender que a água é um CIÊNCIAS Classificar e informar-se
bem raro e precioso
15 Qual a melhor batata para fazer o melhor puré ? Conhecer as diferentes variedades de batata e as suas qualidades BIOLOGIA/EDUCAÇÃO DO GOSTO Experimentar

16 A germinação das sementes Compreender o princípio da germinação BIOLOGIA Experimentar


17 De onde vêm as sementes ? Compreender o que é uma semente, a fecundação, a polinização BIOLOGIA Informar-se
18 As necessidades das plantas Compreender a fotossíntese BIOLOGIA Experimentar
19 Os solos Descobrir os diferentes tipos de solo e a sua importância para as CIÊNCIAS Experimentar
diferentes culturas
20 Os solos e as plantas Compreender a utilidade dos sais minerais para a cultura das plantas CIÊNCIAS Analisar dados
21 As famílias de alimentos Conhecer melhor a sua alimentação BIOLOGIA Classificar e comparar
22 Comer não é mais do que saborear ! Descobrir que os 5 sentidos são usados quando comemos BIOLOGIA/EDUCAÇÃO DO GOSTO Interrogar-se
23 A conservação dos alimentos Descobrir o conceito de bactéria e compreender a necessidade de BIOLOGIA Experimentar
proteger os alimentos
24 Aprende a reconhecer as sementes Aprender a reconhecer diferentes sementes e a associá-las à planta BIOLOGIA Observar e experimentar
correspondente
25 Um pouco de cálculo Calcular a partir de situações concretas do trabalho do agricultor MATEMÁTICAS Calcular
26 A agricultura em gráfico Realizar gráficos a partir de números MATEMÁTICAS Construir um gráfico
27 Como se cultivam os cereais ? Reconhecer as diferentes fases da cultura de um cereal : o trigo BIOLOGIA Classificar dados

28 O milho : a planta e a cultura Conhecer a cultura do milho GEOGRAFIA/BIOLOGIA Informar-se


29 As plantas açucareiras Conhecer as principais fontes de produção de açúcar BIOLOGIA/GEOGRAFIA Testar os conhecimentos
30 O que é um tubérculo de batata ? Compreender o que é um tubérculo BIOLOGIA Propor e verificar
31 As culturas e as criações do teu país Entender a agricultura do seu país GEOGRAFIA Representar e comparar
32 A produção de cereais no mundo Identificar as zonas de produção dos principais cereais GEOGRAFIA Fazer um mapa
33 Visita a uma padaria e prova de pão Conhecer a profissão de padeiro e aprender a saborear EDUCAÇÃO DO GOSTO Saborear e cozinhar
34 Uma horta na escola Compreender a organização e a evolução de uma pequena cultura BIOLOGIA Experimentar
35 Frutos e legumes para todas as estações Tomar consciência do carácter sazonal da produção de frutas e BIOLOGIA Perguntar
legumes e dos meios técnicos que permitem a sua realização
36 Provar as maçãs Conhecer diferentes variedades de frutos e reconhecer EDUCAÇÃO DO GOSTO Experimentar
as suas características
37 O transporte dos frutos e dos legumes por toda a Europa Compreender a importância do transporte na disponibilidade das GEOGRAFIA Localizar
frutas e legumes nas lojas
38 O que é que sabes sobre os bovinos ? Conhecer melhor os bovinos, BIOLOGIA Informar-se
as produções e os métodos de criação animal
39 Conheces o frango ? Conhecer melhor o frango e as actividades a ele associadas BIOLOGIA Informar-se
40 As criações especiais Conhecer outras formas específicas de criação animal BIOLOGIA/LÍNGUA Informar-se
41 As diferentes maneiras de fazer criação Saber recolher informações nas etiquetas relativamente às criações EDUCAÇÃO PARA O CONSUMO Informar-se
de acordo com as etiquetas
42 A paisagem e a criação Ler as paisagens, compreender a sua organização GEOGRAFIA Observar
43 Um dia para um agricultor da Europa do Norte Tomar conhecimento de outros modos de vida LÍNGUA Informar-se
44 Um dia para um agricultor da Europa do Sul Tomar conhecimento de outros modos de vida LÍNGUA Informar-se
45 A agricultura na Alemanha Tomar conhecimento de outros modos de vida LÍNGUA Informar-se
46 Um agricultor na Dinamarca Tomar conhecimento de outros modos de vida LÍNGUA Informar-se
47 O leite : da teta à garrafa Entender as diferentes etapas do processamento do leite GEOGRAFIA Classificar e perguntar
48 Transformar o leite Conhecer os diferentes produtos derivados do leite BIOLOGIA Experimentar
49 A prova de leites Aumentar os conhecimentos sobre o leite EDUCAÇÃO DO GOSTO Experimentar
50 Duas formas de digestão Compreender a digestão e conhecer o aparelho digestivo BIOLOGIA Compreender
51 A Europa dos queijos Entender a diversidade da produção de queijo GEOGRAFIA/EDUCAÇÃO DO GOSTO Compreender
52 Dos campos até ao prato Entender a organização da produção de carne de vaca LÍNGUA Organizar e representar
53 A carne no talho Enriquecer o vocabulário com diferentes termos relativos às diversas LÍNGUA Perguntar
partes da vaca e às diversas formas de as cozinhar
54 Reconhecer as árvores Reconhecer os diferentes tipos de árvores BIOLOGIA Observar
55 Um estudo da floresta Estabelecer uma ficha de identidade da floresta BIOLOGIA Observar
56 O ciclo natural na floresta Compreender o ciclo dos vegetais BIOLOGIA Analisar dados
57 Questionário sobre a floresta, as árvores e a madeira Conhecer a floresta, as suas características e a sua utilização CIÊNCIAS Compreender
58 As utilizações da madeira Compreender a particularidade dos diferentes tipos de madeira LÍNGUA Interrogar-se
59 Peixes, crustáceos e bivalves Questionar-se acerca da origem dos produtos pesqueiros GEOGRAFIA Situar-se num mapa
60 As diferentes técnicas de pesca Compreender e decorar as diferentes práticas da pesca LÍNGUA Compreender
61 A aquacultura Compreender as características da aquacultura LÍNGUA/BIOLOGIA Compreender
A tabela recapitulativa das fichas pedagógicas enumera na última coluna, especialmente através
de verbos de acção, a natureza das competências «transversais» solicitadas especialmente por
esta ou aquela ficha. Cada uma, refere-se, como é lógico, aos homens e às actividades dos cam-
pos, mas de tal forma que «ultrapassa» o conteúdo e pretende contribuir de forma geral para o
desenvolvimento intelectual dos jovens alunos. O professor pode explorar uma ou outra ficha
devido ao seu conteúdo mais específico sem, no entanto, organizar uma «sequência aborreci-
da» da descoberta da agricultura.
De forma a ajudar os professores a tirar o melhor partido destas fichas, podem ser indicadas as
seguintes informações complementares:

 Ficha 1 : A Europa e a União Europeia


O trabalho pode ser organizado em pequenos grupos estando cada um encarregado de
desenhar uma bandeira e, em seguida, reunir os desenhos e colocá-los num mapa da Europa
de grande dimensão de forma a ficar visível em toda a classe.
 Ficha 2 : O que é a União Europeia?
O mapa pedido será mais evidente se decidir colocar em evidência o núcleo fundador (os 6
de 1957) através de uma cor base e, em seguida, distinguir as sucessivas adesões através de
traços desenhados no mesmo sentido, mas cada vez menos apertados.
 Ficha 3 : Os climas na Europa
É útil assinalar no mapa os grandes conjuntos climáticos: domínio mediterrânico, domínio
temperado oceânico, domínio temperado continental, domínio oceânico frio
 Ficha 10 : As diferentes formas de conservar os alimentos
Propor a visita a um supermercado para assinalar todas as formas de comprar um produto (carne
ou legumes...), e trabalhar sobre as diferentes condicionantes ligadas ao modo de conservação.
Pensar na 4ª gama, nos produtos ultra-congelados, nos pratos preparados (conservas ou
outros), na charcutaria, no leite em pó, no leite para bébé...
 Ficha 11 : as mil e uma informações de uma embalagem alimentar!
Vários objectivos desta ficha:
1. Saber encontrar e utilizar as datas de consumo, a lista de composição, os conselhos de
conservação, ver os logotipos de reciclagem, e as notas tais como AOC, indicação da prove-
niência geográfica (IPG), diferentes etiquetas, certificado agro-biológico…
2. Trabalho de leitura de imagens: anotar os diferentes públicos alvo em função das embala-
gens. É necessário que as embalagens estudadas sejam variadas de acordo com o público alvo.
 Ficha 15 : Qual a melhor batata para fazer o melhor puré?
Escolher bem as variedades: escolher as variedades primores, as batatas conservadas e variar
as cores.
Organizar o trabalho por grupos. Cada grupo deve testar uma variedade diferente.
 Ficha 16 : A germinação das sementes
Possível prolongamento para os outros meios de reprodução dos vegetais: enxertia, bolbos,
rebentos, mergulhia (morangueiro, clorofito). Estes métodos podem ser descobertos ao visi-
tar as estufas de um horticultor ou os jardineiros da cidade.
Os esquemas solicitados devem englobar as seguintes legendas:
Para a semente: tegumento, rebento, cotilédones
Para a planta: raízes, caule, folha...
Recordar o desenvolvimento de uma semente: o tegumento é desfeito pelo rebento.
O rebento desenvolve-se para formar inicialmente a raiz, depois o caule e, em seguida, as
duas primeiras folhas. Os cotilédones vão murchando pouco a pouco porque o rebento utili-
za as suas reservas.

12.
 Ficha 17 : De onde vêm as sementes?
Descobrir a variedade dos cereais através das sementes, mas também através das plantas.
Pode pedir sementes a um agricultor ou a um jardineiro.
Levar espécies que permitam observar todos os estados desde a floração ao fruto: flores do campo,
arbustos, plantas de feijão do jardim… O mais importante é que essas plantas sejam fáceis de observar.
Observar:
 O botão,

 A flor (as sépalas, as pétalas, o gineceu que contém os óvulos, os estames e o pólen),

 O fruto (é o gineceu transformado que contém os óvulos fecundados e transformados em sementes).

É possível estudar a floração do trigo.


Possível prolongamento:
 A reprodução das coníferas.

 Os diferentes tipos de frutos: as frutas carnudas, as frutas com casca, as frutas com caroço, as

frutas com grainha...


 Ficha 18 : As necessidades das plantas
Proposta de experiências se as crianças não tiverem ideias a este respeito:
A água:
as crianças sabem que as plantas necessitam de água. Mas o que fazem as plantas? Absorvem a água.
1. Colocar nos vasos a água coberta com uma camada de óleo. Coloque as plantas mergulhando as
radículas na água e no óleo.
2. Realizar culturas hidropónicas (com a vantagem de poder observar as radículas). Fechar a parte
superior do vaso para impedir a evaporação. Criar uma experiência comparativa sem planta. Medir
a variação do nível da água.
Os sais minerais:
1. Comparar 2 culturas hidropónicas: com água destilada/com água da torneira. Só a água não é
suficiente para a planta, também necessita de sais minerais existentes na água e na terra.
2. Aplicar diferentes quantidades de adubo nas culturas hidropónicas: sem adubo, com a dose acon-
selhada e excedendo a dosagem. A carência de sais minerais é mortífera, a situação inversa também
(o mesmo para a água).
A luminosidade:
1. Impedir que algumas folhas da planta recebam luz. Ficam amareladas. A clorofila verde é destruída.
2. Fechar uma planta dentro de uma caixa de cartão deixando apenas a abertura de uma fenda. A
planta dirige-se para a fonte de luminosidade. A planta necessita de luz. É a sua fonte de energia.
 Ficha 19 : Os solos
Certificar-se de que as amostras são bastante diferentes: arenoso, argiloso, rico em matéria orgâni-
ca. As crianças devem observar as diferentes camadas de terra: os grãos de areia mais grossos no
fundo, as finas partículas de argila na parte superior e, em seguida, a água límpida onde flutuam os
detritos vegetais. Assinalar que o solo não é um meio abiótico.
 Ficha 21 : As famílias de alimentos
Descrever as 6 grandes famílias de alimentos:
1. Carnes, peixes, ovos.
2. Leite, queijos, produtos lácteos.
3. Manteiga, óleo, noz: matérias gordas.
4. Pão, massas, batata, arroz…
5. Legumes, frutas...
6. Água, sumos de fruta...
Obter esta classificação através da selecção das crianças.
Alguns pratos são completos: contêm os ingredientes de todas as famílias.

13.
 22 : Comer não é mais do que saborear
É necessário o esquema da língua.
Pedir aos alunos para enumerarem os diferentes sabores: amargo, salgado, doce, ácido.
Prolongamento: trabalho sobre o sabor doce: os alunos podem levar alimentos doces/não
doces - frutas, iogurtes doces e não doces, bolos, chocolate de leite, chocolate preto, cenou-
ra, pão, rabanetes, salgados.
 Ficha 23 : a conservação dos alimentos
Prolongar a ficha para a questão: de onde vêm esses bolores? Explicar que os espórios exis-
tem no ar tal como o pólen. É possível trabalhar com cogumelos.
A última parte propõe um inquérito.
Possível prolongamento através do inquérito:
 O aluno pode testar várias técnicas descobertas em sequência do inquérito.

 O aluno pode corresponder-se com outros alunos europeus que tenham realizado o mesmo

trabalho para comparar os resultados.


A criança deve descobrir sozinha a função do frigorífico.
 Experimentar o funcionamento do frigorífico

 Descobrir o desenvolvimento dos fungos nos alimentos.

 Informações sobre uma boa utilização do frigorífico.

 Ficha 26
O quadro que representa a evolução do número de agricultores não inclui pessoas que não
trabalham a tempo inteiro na agricultura e cuja actividade principal se inclui num outro sec-
tor que não o agrícola.
 Ficha 30 : O que é um tubérculo de batata?
Descobrir o que são os tubérculos e os «olhos» a partir das hipóteses das crianças e das experiências.
Ficha que necessita de um conhecimento sobre as diferentes partes das plantas: caule, botão,
folha, flor, fruto, raiz, semente.
Informações sobre a biologia do tubérculo: é um caule grosso para guardar as reservas. Os
olhos são botões protegidos por uma folha muito pequena (um nó). A partir dos olhos, desen-
volve-se um caule aéreo no qual se desenvolvem os botões, as folhas (reduzidas sob a terra e
normais à superfície), raízes e caules subterrâneos. A extremidade destes caules subterrâneos
vai desenvolver-se para formar um tubérculo.
Indicar pistas de experiências consoante as hipóteses das crianças, se precisarem de ajuda:
 As crianças pensam que o tubérculo pode ser uma raiz: orientá-las para a observação dos

olhos, que são os botões que só podem ser encontrados nos caules. Propor a observação
da germinação: germinar os tubérculos num determinado número de vasos, sacrificando
um ou dois de forma regular para observar o seu desenvolvimento. Para observar apenas o
início da germinação, poderá colocar um tubérculo em cima do humus, coberto com um
plástico preto, e depois proceder à sua observação regular.
 Outra possibilidade: é uma semente. Observar o interior das diferentes sementes e compa-

rar com a batata.


Possibilidade de avançar para um trabalho sobre a reprodução das plantas sem semente: bol-
bos, botões...
 Ficha 31 : As culturas e produções animais do teu país
O professor deve proporcionar aos alunos uma indicação da escala a adoptar para que a tone-
lagem (produção vegetal), ou os efectivos (produção animal) bastante contrastados possam
ser correctamente representados.
 Ficha 32 : A produção dos cereais no mundo
Podem ser realizados 3 mapas ou apenas um que demonstre os contrastes através de traços
de cores diferentes que se cruzam perpendicularmente e uma cor base (para o arroz).
 Ficha 37 : O transporte dos frutos e dos legumes em toda a Europa
Utilizar o mapa para apresentar os grandes eixos rodoviários. Informe-se sobre a passagem
pelos mercados abastecedores do seu país.

14.
 Ficha 38 : O que sabes sobre os bovinos?
Prolongamento: realizar o mesmo tipo de fichas para outras famílias de animais: ovinos, caprinos…
 Ficha 42 : A paisagem e a produção animal
Legendas das fotografias:
Arvoredo: local de produção animal
Pastos: local de produção animal
Grandes culturas: não é um local de produção animal mas produz alimentos para os animais.
 Ficha 43 : O dia de trabalho de um agricultor da Europa do Norte
Esta ficha pode proporcionar uma discussão sobre:
 As diferenças de vida nos diversos países, as regiões, os climas;

 O isolamento...

 Ficha 49 : Saborear os vários tipos de leite


Conselhos sobre a utilização da tabela.
Pode adicionar à lista proposta o leite de soja.
Recordar os componentes do leite: no leite, distingue-se:
 A nata, matéria gorda, que sobe à superfície quando se deixa o leite em repouso;

 A caseína, proteína do leite, que engrossa e se deposita no fundo do recipiente por acção da aci-

dez. É esta proteína que dá a coloração branca ao leite;


 O soro lácteo ou soro de leite.

 Ficha 50 : Duas formas de digerir


Este trabalho pode ser realizado depois de ter estudado a digestão do Homem.
Facilitar explicações sobre a digestão de um ruminante (ver caderno 4).
 Ficha 51 : A Europa dos queijos
Pode solicitar que as crianças observem os queijos nas lojas e depois os descrevam na sala de aula.
 Ficha 55 : Um estudo sobre a floresta
Para esta visita, proporcionar os meios para reconhecimento dos vegetais observados: distribuir
alguns documentos para ajudar ao reconhecimento, recolher algumas amostras para analisar na
aula. Seria também interessante chamar a atenção sobre a forma de gerir o povoamento florestal:
floresta homogénea, floresta mista, bosque, mata, talhadia composta...
 Ficha 56 : O ciclo natural da floresta
A observação da madeira permite às crianças compreender melhor a decomposição dos vegetais e
lançar hipóteses que vão depois servir para as folhas.
Os seres vivos decompositores do solo:
Os fungos e as bactérias: fragmentam e digerem parcialmente as folhas. A humidade é indispensável!
Insectos: a formiga come os animais mortos, o escaravelho (bosteiro) come os excrementos dos
outros animais.
O bicho da terra, tal como outros insectos e ácaros, come os fragmentos das folhas. Além disso, mis-
tura a terra da superfície para o fundo. A centopeia come os insectos.
Crustáceo: o bicho-de-conta come vegetais.
Mas existem mais…
A última camada corresponde ao húmus: a terra negra sem vestígio de folhas.
Na aula, o objectivo é chegar à ideia do ciclo natural através do desenho. A partir daí é interessan-
te comparar com o meio «campo cultivado»: o ciclo é interrompido pela recolha e o enriquecimento
do solo deve ser garantido pelo agricultor.
 Ficha 58 : As utilizações da madeira
Trata-se de descobrir que as madeiras têm propriedades diferentes. É isso que justifica as diferentes
utilizações. O contacto com profissionais pode proporcionar mais informações sobre o tema. Na
aula, as crianças podem observar as cores, o peso, podem experimentar a dureza, a flexibilidade...
e fazer uma tabela de comparação.
Também é possível pegar em pedaços de madeira para fazer um pouco de dendrocronologia: obser-
var os cernes, o núcleo e o alburno, os
15.
II. ACTIVIDADES ARTÍSTICAS

II.1) ESTUDO DE OBRAS DE ARTE INSPIRADAS


NO MUNDO RURAL (ARTISTAS EUROPEUS)

Os ficheiros pedagógicos que correspondem às obras seleccionadas irão articular-se todos em redor de
uma mesma linha :
1. Observar
2. Compreender
3. Construir

Cada uma das fases do trabalho propostas poderá variar de acordo com a obra estudada : a técnica
(pintura, desenho, modelismo), o tema, a época, etc…

1. OBSERVAR (referente à educação do olhar) :


Trata-se de " entrar " na obra descrevendo-a através de uma leitura clássica (sem hierarquização
das diferentes rubricas abaixo enumeradas) :

 Descrever o que se vê nos diferentes planos (primeiro plano, segundo plano, plano de fundo, …)
 Assinalar os elementos significativos (o tema, o ambiente, o local,…)
 Exprimir-se em consonância com a obra representada: isto faz-me pensar em…, isto recorda-
me…, ou é como…
 Melhorar essa primeira abordagem completando-a com uma leitura mais detalhada, tendo em
conta as cores, as formas utilizadas, por exemplo, ou os pormenores que tenham escapado
numa primeira leitura.

2. COMPREENDER (trata-se de uma fase de pesquisa mais " activa", em que o rela-
cionamento da obra com outros elementos permite uma leitura num contexto mais alarga-
do)
 Estabelecer relações com os textos : literários, poéticos, históricos, documentários, …
 Estabelecer relações com outras produções plásticas, de épocas e de culturas diferentes.

3. CONSTRUIR
As etapas anteriores permitem abordar a obra mais de perto. Assim, as propostas de actividades
podem alcançar todo o seu sentido sem se tornarem simples elementos formais. O objectivo des-
tas propostas é permitir que a criança se expresse ela mesma, sozinha ou em grupo, utilizando
processos ou técnicas variadas.

16.
Vincent Van Gogh (1853 -1890)

Vincent van Gogh nasceu em 1853 em Groot Zunder,


Brabant (Países Baixos), morreu em Auvers sur Oise em
1890. Passou grande parte da sua vida em França : em Paris,
Saint Rémy de Provence e, depois, em Auvers sur Oise.

”O Semeador” (1888)
Óleo sobre tela, 64 X 80.5 cm
Kröller-Müller Museum, Otterlo

OBSERVAR COMPREENDER
O grande círculo amarelo ao centro, representando o oi para homenagear o quadro de Jean-François Millet
Sol, atrai de imediato o olhar neste quadro de Van “O Semeador” , de 1850, que Van Gogh fez este qua-
Gogh datado de 1888. dro.
Em contraluz, o personagem único situado na metade Van Gogh tinha uma grande admiração pelo pintor
superior da imagem avança para o lado direito. Este francês, que, para ele, representava o guia espiritual ”o
personagem tem um chapéu. É um semeador : o seu pintor da Humanidade” e ”o pintor essencialmente
braço esquerdo está dobrado e segura o saco cheio de moderno que abriu horizontes” (Carta a Théo
sementes. Com o braço direito estendido, o homem 429/455).
lança as sementes sobre a terra trabalhada. Além disso, o tema do Semeador tinha para ele um
O campo que o homem tem de semear ocupa dois ter- significado simbólico ; o personagem podia represen-
ços da paisagem onde ele se encontra. O homem e a tar o semeador bíblico, referindo assim a parábola que,
terra trabalhada são pintados com a mesma harmonia na altura, na Holanda, era muito utilizada nas prega-
de cores : amarelo, ocre, azul e cinzento. A terra encn- ções. ”O semeador anuncia a vida nova da
tra-se salpicada de pequenos retoques ”em forma de Primavera seguinte, e simboliza assim a eternidade da
vírgula”, unidos ou sobrepostos, que seguem o ritmos Natureza como é vivida no campo” .
dos torrões de terra. O homem parece avançar pelo Foi a partir de 1880 que Vincent Van Gogh começou a
campo a flutuar ; tem vestidas umas calças e uma cami- conhecer o quadro de Millet, através de descrições ou
sa azuis, sobre a qual colocou o seu saco de pano com de gravuras. A partir destas, Van Gogh faz mais de trin-
sementes. Tem ainda um chapéu amarelo. O campo ta desenhos e nove quadros, um dos quais
que ele semeia poderia estender-se até ao horizonte, se é este que aqui apresentamos.
não estivesse limitado por uma barra vertical, cor ama- Os seus Semeadores anteriores mantiveram-se fiéis ao
relo-ouro, trabalhada em traços verticais (provavelmen- tom sombrio do quadro de Millet, mas este, feito em
te um campo de trigo), sobre a qual se ergue o Sol. Arles, é testemunha das suas preocupações em relação
Van Gogh pinta os raios solares através de uma série de à cor. Neste quadro, Van Gogh coloca em prática a lei
pequenos traços, que se sucedem num camafeu de do contraste simultâneo. 
amarelo-alaranjado-ocre.
O pintor equilibra esta profusão de luz amarela colo-
cando ao longe, à direita, uma casa com paredes azuis
e à direita do semeador um conjunto de árvores, tam-
bém elas pintadas de azul. 

CONSTRUIR
 Pesquisa sobre a cor : encontrar a paleta cromática utilizada por Van Gogh (gamas de amarelo e azul).
 Construir um círculo cromático : procurar no quadro de Van Gogh quais as cores utilizadas. Relacionar as cores
entre si : o contraste das cores complementares, o contraste das cores quentes e das cores frias.
 Pesquisa sobre o toque e a matéria : tentar encontrar o gesto utilizado por Van Gogh : variando as ferramentas (pin-
céis, trinchas), encontrar o traço ”em forma de vírgula”, o trabalho de sobreposição e de acumulação dos traços
seguindo a natureza do motivo a pintar (exemplos : os torrões, os raios de sol).
 A composição do quadro : ”ampliar o horizonte do quadro de Van Gogh.” Dar maior importância ao céu, avan-
çando para além dos limites propostos pelo quadro.
 Imitar : Como no quadro ”As Respigadoras” , de Millet, imitar o gesto do Semeador, o seu andar e o seu
movimento. 
17 .
Jean-François Millet (1814 -1875)

Jean-François Millet nasceu perto de Cherbourg, em 1814


(França), e morreu em 1875, em Barbizon (F).

" As Respigadoras " (1857)


Óleo sobre tela, 83.5 X 111 cm
Museu de Orsay, Paris

OBSERVAR COMPREENDER
No primeiro plano do quadro, destacam-se três perso- Em 1846, a França, como toda a Europa, estava em
nagens sobre uma paisagem de planície luminosa. crise. As más colheitas agravam a situação dos meios
São três respigadoras curvadas para o chão, onde, com populares, e a questão social torna-se no assunto de
um gesto decidido, apanham as espigas deixadas pelas eleição para a imprensa e para a literatura. É neste
ceifeiras. contexto que Jean-François Millet, depois de ter feito
As três têm camisa, saia comprida, um avental e um vários retratos e pinturas decorativas, destinados aos
lenço colorido que lhes prende o cabelo. clientes da burguesia, se dedica pela primeira vez a um
A primeira respigadora, com um lenço azul, baixa-se, tema naturalista, " O Joeirador " , que mostra a nobre-
estendendo a mão direita na direcção de uma espiga, za do homem no seu trabalho.
com o braço esquerdo dobrado atrás das costas. A Ao contrário dos seus contemporâneos, Troyon ou
respigadora do meio, com uma camisa branca e com Breton, Millet não idealiza o tema que retrata. " É o lado
um lenço vermelho, curva-se para apanhar com a mão humano, verdadeiramente humano, que me toca. " ,
direita uma espiga. A respigadora da direita tem as escreve ele.
costas viradas para nós e está a atar uma respiga, que A partir de 1849, Millet instala-se no campo, em
se apressa a colocar no seu avental. Barbizon, perto da floresta de Fontainebleau. Dedica as
Deste grupo de mulheres, só se vê o perfil desta última ; manhãs a trabalhar e a cultivar o seu jardim, reservan-
as outras, absorvidas no seu trabalho, não têm tempo do a tarde para a pintura.
para deitar um olhar para nós, espectadores. É em 1850, com " O Semeador " , que Millet vai alcan-
Ao fundo, no horizonte mais claro, um grupo de cei- çar a notoriedade. As suas cenas rústicas recuperam um
feiras apressa-se a formar molhos, medas, e a carregar ideal clássico, ao mesmo tempo que mostram a reali-
as carroças, sob o olhar atento de um personagem dade do camponês : " Os plantadores de batata " , " As
" empoleirado " num cavalo, à direita do grupo, o admi- respigadoras " , " O Angelus " ou ainda " Camponês a
nistrador das terras. descansar sobre a enxada " .
Por fim, no plano de fundo, ao longe, as casas da Estes quadros podem ter sido considerados pelos
aldeia mais próxima e a verdura das árvores fecham o conservadores como tendo um papel de reivindicação
quadro. social, enquant que outros, lhe atribuem um pepel
Um céu coberto de nuvens brancas, iluminado pela luz moralizador e educativo. Mas poucos prestaram aten-
do entardecer, banha esta cena realista do trabalho dos ção às suas qualidades plásticas únicas.
camponeses. Para Van Gogh, Millet era o " pai " de uma pintura espi-
As três camponesas do primeiro plano destacam-se do ritual, na qual os temas quotidianos adquiriam um valor
conjunto pela sua actividade, mas também pelos meios universal, quase religioso.
plásticos utilizados pelo pintor : de tamanho maior, elas O pintor holandês coleccionava fotografias e gravuras
cumprem a sua tarefa no espaço mais escuro do qua- das obras de Millet, fazendo, a partir delas, inúmeros
dro, reforçando a distância em relação às ceifeiras – sem estudos de desenho e quadros.
que um espaço transitório assegure a ligação entre " O Semeador " foi para ele uma obra de referência,
estes dois grupos de personagens (Na verdade, não para a qual iria realizar diversas versões. Uma delas,
existe segundo plano). datada de 1888, encontra-se na selecção de quadros
Millet quis chamar a atenção sobre os mais humildes, aqui proposta. 
que, depois da colheita, vão, antes do pôr-do-sol, apan-
har as espigas esquecidas 
18.
Jean-François Millet (1814 -1875)

" As Respigadoras " (1857)


Óleo sobre tela, 83.5 X 111 cm
Museu de Orsay, Paris

CONSTRUIR

 Em grupos de três, reproduzir a cena, tentar descobrir os gestos das Respigadoras. Esta situação pode ser objecto
de sessões de esboços ou de filmagens.
 Pormenorizar e estudar a roupa das Respigadoras : o vestuário (a cor, a forma, o material).
 Fotocopiar o quadro e cortar as personagens :
 Alterar o contexto : incluir as respigadoras numa outra paisagem.
 l Organizar o grupo de forma diferente.
 Imaginar uma sequência de banda desenhada : Millet propõe-nos um instantâneo, imaginar a cena anterior e a
cena seguinte.
 Modelar em argila ou em plasticina as Respigadoras. 

19.
Rosa Bonheur (1822 -1899)

Consultar também o pintor Paulus POTTER


na representação animalista (O Touro 1647
Museu Mauritshuis, em Haia). 

" Lavoura de Nevers ; O amanhar da vinha "


Óleo sobre tela, 1.34 X 2.60 cm
Museu de Orsay, Paris

OBSERVAR
O elemento principal aparece aqui claramente em primeiro plano : uma primeira junta de bois com pelagens bran-
cas e vermelhas seguida por uma outra junta que lavra a terra. São acompanhados por homens que os conduzem
(que os picam) ou que seguram o arado. O conjunto homem/animal regista-se entre a terra lavrada e fresca (no pri-
meiro plano) e o céu azul, luminoso e com tons ligeiramente rosados.
No plano de fundo à esquerda, de onde vem o grupo, uma colina com encostas suaves, verdes e arborizadas é o
único elemento de relevo.
O grupo representado em pleno esforço parece efectuar uma ascensão lenta e determinada ao dirigir-se para a direi-
ta do quadro. O esforço exercido é acentuado pelo ponto de vista escolhido pelo artista ligeiramente por baixo.
A luminosidade que aparece da esquerda favorece a pelagem dos animais, a camisa branca do trabalhador bem
como a matéria da terra lavrada. 

COMPREENDER
Em que momento do dia, em que época do ano, podemos situar a cena de trabalho aqui representada ?
A luz, a natureza da tarefa efectuada, são indícios suficientes para elaborarmos uma resposta : de manhã ? No
Outono ?...
Em que país, em que região nos encontramos ?
Trata-se de um trabalho pesado ao qual damos o nome de " amanhar a vinha " destinado a preparar uma terra em
pousio aqui amontoada e endurecida pela plantação de vinha. Estamos na região de Nevers, em França.
Quais foram as motivações da pintora para realizar este quadro ?
Rosa Bonheur é uma mulher, célebre pintora realista animalista da segunda metade do século XIX. Este quadro cor-
responde a uma encomenda do estado francês em 1849.
Esta artista interessa-se sobretudo pela forma das pelagens e do pêlo dos animais e executa inúmeros esboços escul-
pidos destes animais de forma a realçar todas as suas características.
Ficou muitas vezes associada à sua visão realista e sensível do mundo rural descrito pelo escritor francês George Sand
na obra " O Pântano do Diabo ", " François, o enjeitado " ou " A pequena Fadette ".
Esta cena de lavoura pode ser comparada com uma outra relativa à representação antiga da primeira metade do
século VI a.c. : um grupo em terracota que representa uma cena de lavoura (o atrelado mais simples é composto por
um único par de bois e a ferramenta é o arado mais ligeiro, uma vez que já não se utiliza a pesada charrua).

CONSTRUIR
Algumas pistas para actividades a realizar com crianças :
 Imaginar a vida deste atrelado transportado para a vida real e representar diferentes episódios (no estilo de " banda
desenhada ").
 Transportar a cena para a actualidade e tirar fotografias ou representar a mesma tarefa recorrendo aos meios
actuais (técnicas de desenho e de pintura).
 Imaginar a paisagem do quadro plantada com vinhas e representá-lo mantendo o mesmo ângulo de visão.
 Elaborar um inventário das diferentes matérias apresentadas nesta obra (a terra, o pêlo dos animais, a folhagem,
o tecido da roupa dos homens...), definindo-as : macia, rugosa, regular, leve, pesada, fria, quente, etc...
e representá-las através da colagem de materiais pré fabricados que poderão ser equivalentes, ou com uma matéria
que é obtida juntando cola ou areia à pintura... ou trabalhando a pintura com diversas ferramentas.
Como fazia Rosa Bonheur no seu trabalho preparatório, modelar em três dimensões esta cena de lavoura ou outros
trabalhos referentes à quinta. 
Giuseppe Arcimboldo (1527-1593)

Arcimboldo nasceu por volta do ano 1527 em Milão (Itália). Tornou-


se retratista na corte de Maximiliano, Rei da Boémia. Permaneceu na
corte até ao reinado de Rodolfo II, deixando a corte em 1587, para
regressar a Milão vindo a morrer em 1593.
" O Outono " (1573)
Óleo sobre tela, 76 X 63 cm
Museu Nacional do Louvre, Paris

OBSERVAR COMPREENDER

Destacando-se sobre um fundo preto, uma persona- Esta obra pertence a uma série de quatro quadros repre-
gem de perfil olha para a esquerda. sentando cada um deles uma estação do ano.
Tem um olhar fixo e uma atitude estática. Assim o Inverno e a Primavera estão representados frente
É uma personagem fantástica, composta por elementos a frente, o mesmo acontecendo com o Verão e o Outono.
vegetais. Frutas, legumes, folhagens sobrepõem-se e Nesta série, é também associada uma outra onde as
combinam-se para atribuírem à cara desta criatura personagens representam os quatro elementos. Assim
estranha as suas formas arredondadas, alongadas, ao Outono corresponde a Terra, personagem compos-
maleáveis ou rígidas. ta por animais selvagens : veados, alces, javalis, donin-
O título indica-nos de que se trata de uma representação has, coelhos, raposas mas também carneiros, cavalos,
do Outono pintada por Giuseppe Arcimboldo em 1573. vacas ou ainda ... elefantes, leões e macacos !
Uma análise mais pormenorizada destaca a presença de É necessário assim voltar a situar na vida do pintor e no
vegetais característicos do Outono : maçãs, pêras, uvas, contexto da época estas estranhas associações.
melão, ameixas, figos, romãs, nêsperas, castanhas, Proveniente de uma família de nobres de Milão,
cogumelos, rabanetes, cenouras, mas também ramos, Giuseppe Arcimboldo trabalha com o seu pai Biagio em
folhas e espigas. desenhos para vitrais, tapeçarias, ornamentações para a
A estes elementos juntam-se pedaços de madeira per- catedral e também em pintura de brasões. Muito rapi-
tencentes a toneis, símbolo das vindimas outonais. damente a sua popularidade ultrapassa as fronteiras.
Estas tábuas, separadas, compõem o busto da persona- Em 1562, segundo um pedido reiterado por Fernando
gem, um ramo flexível atado é disposto em círculo para I, instala-se na corte de Praga como retratista, partici-
os prender. pando igualmente na organização de festas da corte
Todo o conjunto é trabalhado com realismo e minúcia. dando provas de um grande espírito inventivo.
Os elementos facilmente identificáveis são pintados em Ao estabelecer contacto com os príncipes e com a corte
tons quentes : vermelhos, ocres, amarelos e alaranjados, que expressavam o gosto por objectos estranhos e por
bem como os tons verdes. singularidades da natureza através da constituição de
O conjunto é invadido por uma luz doce, no entanto " gabinetes de curiosidade " , Arcimboldo pôde encon-
dois pontos específicos do quadro captam a luz de trar uma fonte de inspiração importante criando com-
forma mais acentuada : o anverso do chapéu do cam- posições plenas de imaginação como é o caso dos seus
peão representa a orelha e o melão representa o topo retratos " Estações " (em relação aos quais produziu
da cabeça da personagem.  várias séries), " Elementos ", ou ainda " O Bibliotecário ",
" O Jurista ", " O Jardineiro " etc... 
CONSTRUIR
 Reunir os vegetais ou as representações enumerados e constituir o próprio " gabinetes de curiosidades ".
 Fazer recortes em revistas e catálogos de decoração de plantas, flores, legumes, etc..., classificá-los utilizando dife-
rentes critérios : formas, cores, variações em torno de uma mesma categoria, por exemplo.
 Podemos também realizar, " à maneira de Arcimboldo " um retrato, uma personagem ou um animal imaginário
por associação dos elementos vegetais retirados das revistas, dos catálogos, utilizando a técnica da colagem.
Esta associação e esta representação de personagens ou de animais podem também ser realizadas com elementos
vegetais reais. Podemos assim guardar na memória esta composição tirando umas fotografias ou desenhando aqui-
lo que construímos.
Para os mais corajosos ou para os mais apaixonados, poderá nascer através destas associações, uma família inteira
construindo assim uma galeria de retratos tal como fez Arcimboldo. 
21.
John Constable (1776 -1837)

John Constable nasceu em 1776 em East Bergholt


(Suffolk), e morreu em 1837 em Londres (Reino Unido).

" A carroça de feno " (1821)


Óleo sobre tela, 130.2 X 185.4 cm
National Gallery, Londres

OBSERVAR COMPREENDER

O quadro de John Constable, de grande formato, John Constable iniciou o seu ofício de moleiro tal como
convida o observador a conhecer uma paisagem rural o seu pai, proprietário de vários moinhos a água e a
verdejante à beira de um rio agradável. vento. Em 1799, apesar das reticências da família, opta
No primeiro plano central, uma carroça puxada por por uma carreira artística e parte para Londres para
uma junta de bois de pêlo negro está parada no meio estudar na " Royal Academy ". Experimenta inicialmen-
de um baixio. Duas personagens estão empoleiradas na te a pintura de retrato e a pintura sacra antes de encon-
carroça, um homem com uma camisa clara e uma trar o seu género preferido : a paisagem.
criança com o braço esticado e apontado à sua frente, Nesta época, o público manifesta um gosto muito vivo
conduzem a junta de bois. pela paisagem pitoresca e Constable sacrifica-se a esta
A passagem da junta de bois deixa quase imperturbável moda ao decidir estudar as paisagens do Norte de
o cão branco malhado de preto e castanho que, da Inglaterra.
margem esquerda, se vira para a cena, onde os patos Contudo, as paisagens do seu vale natal tornam-se cada
de se encontram à superfície da água, enquanto a per- vez mais da sua preferência. O pintor realiza a partir
sonagem armada com uma grande vara surge das moi- destas paisagens muitos desenhos e aguarelas sobre a
tas na outra margem do rio. natureza.
À esquerda, em segundo plano, junto ao curso de Ganha também o hábito de efectuar esboços a óleo
água, uma pequena casa com fachadas brancas meia onde transmite a medida da sua originalidade e do seu
escondida pelos arbustos destaca-se no meio de um talento.
conjunto de grandes árvores que crescem espalhadas Constable recusa o pitoresco preferindo pintar as cenas
pelo curso de água. correntes da vida rural. Coloca-se como observador da
À direita desta cena estende-se um vasto campo paisagem e estuda em maior pormenor os efeitos da
marcado por árvores de grande porte, é uma paisagem luz.
aberta que se estende e se alarga para além dos limites É em relação ao céu que concentra a sua atenção enu-
do quadro. merando os seus estudos, por volta do ano 1820 : " O
Um céu em tormenta, invadido por nuvens, sombrias à céu é a fonte de luz na natureza e é ele que determina
esquerda, mais claras à direita, ilumina a paisagem com todas as coisas ".
uma luz em contraste. Este céu ocupa um lugar impor-
tante tanto pelo seu tamanho como pela Em França, a sua obra recebe a admiração de pintores
luminosidade e o movimento que transmite ao quadro. românticos como Géricault e Delacroix entusiasmados
Ao apoiar-se em diversos pontos de luz : o reflexo da pela frescura e o brilho da sua pintura devido à liberda-
luz na superfície da água, a claridade das fachadas da de dos seus coloridos.
casa, ou a mancha branca da camisa da personagem
central, o pintor leva o olhar do observador a circular Em Inglaterra, Constable foi ultrapassado por Ruskin, e
pelo interior do quadro proporcionando-lhe esta sensa- pelo sucesso alcançado por Turner e pelos pintores do
ção de vida e de movimento. período pré Raphaello.
John Constable deixa-nos assim um instantâneo da vida A sua influência permaneceu, no entanto, considerável
rural do Vale do Stour, em Inglaterra, no século XIX.  em França junto dos pintores de Barbizon e dos
Impressionistas associados a este estudo da luz vibrante
e mutável que Constable soube aplicar nas suas obras,
uma grande prova de um profundo conhecimento da
natureza. 

22.
John Constable (1776 -1837)

" A carroça de feno " (1821)


Óleo sobre tela, 130.2 X 185.4
National Gallery, Londres

CONSTRUIR
Elaborar um inventário sobre os elementos da paisagem.
 Elaborar sobre o quadro de Constable um repertório das matérias traduzidas pelo pintor : a água, o céu, a terra,
a erva, a folhagem, etc... Tentar restituí-las de forma plástica através da pintura, trabalhando com as ferramentas e
os passos apropriados para a materialização da mesma. Esta amostra poderá ser apresentada sob a forma de um
caderno de estudos ou de pesquisas.
 Seguindo os passos de John Constable, observar o céu e representá-lo tendo em atenção :
 as diferentes formas das nuvens

 as alterações de luminosidade

Anotar a hora e a data de forma a estudar as variações da luz e da claridade na paisagem.

A organização de diferentes planos


 Definir os diferentes planos do quadro. Fazer fotocópias tendo em conta os planos definidos.
 Cortar cada fotocópia para cada nível de plano. Colar num suporte cada uma destas cópias na vertical obede-
cendo à ordem da composição. O resultado será a apresentação de um quadro em relevo. Podem igualmente ser
acrescentados ao quadro outros elementos que surjam da sua imaginação...

Explorar a paisagem
 Numa folha de papel Canson preta, recortar uma janela com cerca de 4 cm de largura. Fazê-la passar pela repro-
dução da paisagem de Constable. Parar sobre determinada parte do quadro que mais lhe agrade.
Poderemos reproduzir esta " mini paisagem " seleccionada, escolher outras e reconstruir isoladamente ou em grupo
o quadro de Constable. 

23.
Pieter Bruegel (vers 1525 -1569)

A data e o local de nascimento não são determinados com


exactidão : situa-se entre 1525 e 1530, na vila de Breughel,
próximo de Breda no Brabant. Morreu em Bruxelas no ano
1569 (Bélgica)
" O dia sombrio " (1565)
Óleo sobre tela, 118 X 163 cm
Museu Kunsthistorisches, Viena

OBSERVAR COMPREENDER

É de um promontório, que o observador abraça com o " O dia sombrio " pertence a um conjunto de seis qua-
olhar uma vasta paisagem numa atmosfera pesada e dros que descrevem as actividades ao longo do ano,
sombria, para observar o despertar do homem e da executadas por um mercador de Anvers em 1565.
natureza dando seguimento a um frio e branco período Actualmente são conhecidos cinco destes quadros : " O
invernoso. dia sombrio " com dominantes cromáticas de castanho
O quadro está dividido em duas partes : a primeira e cinzento, " A Ceifa " com gamas de verde claro, " A
composta por cores quentes, (os tons terra e ocre) dis- Colheita " nas dominantes de amarelo, " A entrada dos
sociada da segunda parte com cores frias (os verdes, os rebanhos " com tons dourados cromados e " Os caça-
azuis e os cinzentos). dores na neve " com a luz branca do Inverno.
As zonas iluminadas ou as superfícies claras captam a Falta apenas o período primaveril em relação ao qual
luz ainda escassa deste dia conduzindo o olhar do podemos imaginar que Bruegel terá utilizado a gama
observador para as roupas das personagens, para as cromática dos verdes claros.
habitações ou ainda para o cume das montanhas. No século XVI, a pintura de paisagem afirma-se sob a
As árvores nuas lançam a sua silhueta negra na paisa- influência de Joachim Patinir (1475-1524) que, para
gem composta por terra, água e céu. integrar no seu quadro uma vasta paisagem, optava por
No primeiro plano à direita, as personagens distraem- utilizar uma posição sobrelevada. Foi este mesmo pro-
se com diversas ocupações : uma criança com uma cesso que Bruegel passou ao seu filho mais velho e que
coroa de papel na cabeça e com uma lanterna evoca o lhe serviu para compor os quadros das estações. As rela-
Epifânio enquanto o casal que o acompanha e come ções do homem com a natureza : o homem não tem
" gaufres " (bolo típico belga), faz referência ao período outra escolha senão integrar-se neste elemento(a natu-
do Carnaval. reza) para aí sobreviver ou viver em harmonia.
Mais à esquerda, um camponês poda um salgueiro, Bruegel dedica sempre às suas personagens retiradas do
enquanto os seus companheiros apanham os ramos. mundo rural vitalidade e humor nas cenas realistas ou
Nesta época do ano, os rebentos de salgueiro são cor- nas cenas alegóricas elementos que lhe valeram vários
tados para a construção de cercas. Atrás deles ainda, apelidos como é o caso de " Pierre, o Cómico ", ou
uma outra personagem empoleirada numa escada, " Bruegel, o Camponês ", ou ainda " Bruegel, o Velho "
arranja a parede da sua casa. uma forma de o diferenciar dos seus filhos e netos. 
A um nível inferior, em segundo plano, na vila com
casas agrupadas, as ruas, parecem ainda desertas
excepto à esquerda, onde um grupo de pessoas entra
numa estalagem.
No rio que banha a vila, os barcos batem-se e balançam
nas ondas agitadas.
Mais longe ainda, as montanhas sombrias sucedem-se
até à linha do horizonte num céu com nuvens ameaça-
doras.
Os elementos naturais nem sempre são favoráveis ao
homem que apesar disso assume a sua condição adap-
tando-se ao ritmo das estações. 

24.
Pieter Bruegel (vers 1525 -1569)

" O dia sombrio " (1565)


Óleo sobre tela, 118 X 163 cm
Museu Kunsthistorisches, Viena

CONSTRUIR
A evolução da paisagem ao longo do ano

 Representar uma paisagem com grandes traços (técnica gráfica) : elementos de relevo, presença de vegetação, de
habitações, por exemplo.
 Reproduzir esta paisagem (através de fotocópia) no número de exemplares que se pretendam apresentar para as
épocas do ano. Fazer variar esta paisagem consoante a estação representando as características ligadas à luz, à vege-
tação, às actividades representativas do período escolhido através da utilização de cores, ou através de detalhes
(vegetação, animais, personagens).

Criar uma paisagem


 Representar ou reproduzir tudo ou parte de uma paisagem " deserta ". Animá-la adicionando personagens que
tenham sido desenhadas ou recortadas (personagens nascidas da sua imaginação ou personagens retiradas de
fotografias). 

25.
Luis Eugénio Mélendez (1716 -1780)

Luis Eugénio Mélendez nasceu em Madrid (Espanha), em 1716. Filho


do pintor Francisco Mélendez. Viajou por Itália (Roma, Nápoles) e,
depois, em 1755, volta a Madrid, onde morre, em 1780.

" Natureza-morta com figos "


Óleo sobre tela, 37 X 49 cm
Museu do Louvre, Paris

OBSERVAR COMPREENDER

O tema deste quadro de dimensões modestas introduz- A natureza-morta, um género menor ?


nos num universo quotidiano do século XVIII. É na Antiguidade que se encontra a origem da nature-
Nem cena pitoresca, nem composição imaginária ; os za-morta, com a representação de flores, de
elementos que o compõem pertencem à realidade de vitualhas, de muitos objectos que servem para decorar
uma vida simples e sem artifícios, longe das opulentas as salas de festas e banquetes.
mesas da pintura flamenga de finais do século XVII ou A natureza-morta afirma-se plenamente como género
das exuberantes naturezas-mortas italianas. artístico no século XVII, tanto em Itália e Espanha como
nos países do Norte.
Em primeiro plano, sobre uma mesa ou sobre uma Este género pode satisfazer o gosto pelo pormenor, a
placa em madeira, é colocado um pão e um prato de curiosidade universal dos objectos da realidade, mas
figos. pode também representar bizarrerias, através de com-
Atrás destes elementos, no plano de fundo, encontra- posições fantasistas como as imaginadas por
se um cesto de vime de onde sai uma caixa redonda em Arcimboldo.
madeira, parcialmente coberta com um pano branco Cada país, cada época projectam neste estilo a sua
de textura áspera. A sombra de um objecto – provavel- concepção da vida, exuberante ou austera, alegórica ou
mente uma faca – aparece na parte direita do cesto. realista, sóbria ou opulenta, colorida ou monocrómica.
Todos estes objectos obedecem a uma sábia disposição,
a uma calma ordem clássica, inscrevendo-se numa Mélendez, um especialista da naturezas-mortas
construção triangular. Ao longo da sua vida, Luis Mélendez pintou um núme-
Iluminados com uma luz intensa que vem da esquerda, ro significativo de naturezas-mortas, um género deco-
os objectos sobressaem sobre um fundo escuro e uni- rativo no qual se especializou. Muitas delas encontram-
forme. se hoje no museu do Prado, em Madrid.
A harmonia de cores engloba uma grande gama de O pintor privilegia a representação de objectos e de
cores quentes : amarelos, ocres, ocre castanho, subtil- " toda a espécie de comestíveis produzidos pelo clima
mente equilibradas por um contraste de verdes : a cor espanhol " .
dos figos. Mélendez ilimuna as suas composições com uma luz
intensa – a luz dos países mediterrânicos nos quais viveu
Luis Eugenio Mélendez, numa expressão minuciosa das – que cria sombras fortes e contrastes pronunciados. 
texturas, convida o espectador a aproximar-se e a
entrar no coração dos elementos por ele pintados :
 O pão com a côdea dourada, fendida e crocante.

 Os figos verdes, maduros não em demasia, bem

recheados com a sua polpa vermelha e doce.


 O cesto largo de vime, repleto de objectos ou de

vitualhas, como a faca na qual nos apressamos a pegar


ou o pano, ali mesmo à mão, colocado sobre o cesto.
É um quadro intimista, tanto pelas suas dimensões,
como pela presença de objectos acessíveis a qualquer
um. 

26.
Luis Eugénio Mélendez (1716 -1780)

" Natureza-morta com figos "


Óleo sobre tela, 37 X 49 cm
Museu do Louvre, Paris

CONSTRUIR
Compor uma natureza-morta
 Reunir elementos : frutas, legumes, objectos, utensílios de cozinha, e compor uma natureza-morta.
Cada um pode compor a sua própria natureza-morta, mas podem também fazê-lo colectivamente, acrescentando,
um de cada vez, um elemento ao conjunto. Podem também criar-se regras de organização : alinhar os objectos, ins-
crever a sua composição num triângulo ou num rectângulo, por exemplo.
 Representar essa natureza-morta variando os pontos de vista (de frente, de lado, de cima, de baixo, de perto, de
mais longe, etc...). A representação pode ser feita recorrendo a diferentes técnicas : do simples esboço (lápis,
carvão,...) a uma representação mais elaborada, usando a cor (pastel, guache, acrílico...).
 Com a ajuda de um projector, fazer variar a iluminação que incide sobre a composição, para evidenciar diferentes
elementos.
Estas duas abordagens também podem dar lugar a vistas que irão permitir facilmente evidenciar todas as variações
possíveis à volta da combinação estudada.

Uma natureza-morta dos nossos dias


Compor uma natureza-morta com objectos actuais. Comparar os objectos, os produtos actuais, com representações
mais antigas e mais clássicas.

Variação sobre o género


Variar os tipos de naturezas-mortas pela escolha de objectos particulares :
 As naturezas-mortas com flores, com frutos, com legumes, com produtos do mar, com produtos lácteos, etc...
 As naturezas-mortas que variam conforme as estações : produtos de Verão, de Outono, etc...
 As naturezas-mortas compostas segundo as cores dominantes : vermelhos, verdes, ocres ... 

27.
Antiguidades gregas

Autor anónimo

Cena de lavoura
Grupo em terracota, primeira metade do século VI a.C.
Museu do Louvre, Paris

OBSERVAR COMPREENDER

A estatueta de pequenas dimensões – 11 cm de altura A planície da Beócia encontra-se no interior, perto da


e 22 cm de largura – representa uma cena de lavoura cidade de Tebas, na Grécia. Esta planície fértil, irrigada
na Grécia Antiga : uma parelha de bois atrelada a um por dois pequenos rios, o Ismenos e o Dircée, produz
arado e o agricultor. muitos cereais, que permitem a criação de cavalos e de
É uma peça em terracota, na qual ainda é possível ver bois. Naquela altura, fazia-se o culto da deusa Deméter,
vestígios de pintura ocre, que indicam as características deusa da terra cultivada, e da sua filha, Core.
dos elementos que compõem a peça : manchas colori-
das no pêlo e cabeça dos animais, roupa do homem. Na altura, a região era dominada por ricos proprietários
Os animais são representados numa atitude estática : na de terras, que empregavam escravos ou trabalhadores
verdade, parecem estar parados, bem equilibrados agrícolas (tetes) para cultivar as suas terras. Mas a char-
sobre as quatro patas, enquanto que, atrás de si, o agri- rua não era uma ferramenta muito utilizada, e muitos
cultor parece fazer força para guiar o arado. trabalhadores tinham de se contentar com uma enxada
Num estilo muito aperfeiçoado, o artista anónimo para lavrar a terra.
conseguiu dar, com meios plásticos simples (modela- Esta estatueta representa uma cena da vida quotidiana,
gem do barro, pintura), uma expressão realista, dando datada do século VI a.C. Pertence ao período dito
assim um testemunho precioso sobre a vida quotidiana " arcaico " . Neste período, foram feitas poucas escultu-
na planície da Beócia no século VI a.C.  ras, pois a arte grega exprimia-se muito mais através da
decoração a preto ou vermelho dos vasos, presentes em
todas as etapas da vida e da morte. 

CONSTRUIR

Actividades de modelagem
Com argila ou com plasticina, formar personagens ou animais presentes nas actividades agrícolas .
Podem inspirar-se nos personagens dos quadros de Van Gogh (" O Semeador ") ou de J.F. Millet ("As Respigadoras "),
por exemplo.
Podem também modelar animais presentes ou personagens que participem em diferentes contextos : criação animal,
floresta, meio marítimo, etc...
Depois de secas, pode pensar-se em pintar as esculturas, depois de as envernizar (verniz mate ou brilhante). 

28.
Gustav Klimt (1862 -1918)

Gustav Klimt nasceu a 1862 e morreu em


1918 em Viena (Áustria).

" Paisagem de jardim "


Óleo sobre tela, 110 X 110 cm
Carnegie Institute, Petersburgo

OBSERVAR COMPREENDER

A paisagem onde nos inserimos é um quadro de for- Mesmo se a obra de Gustav Klimt é mais conhecida
mato quadrado com 1,10 m de largura. pelas suas personagens estilizadas, idealizadas ou oníri-
O horizonte colocado muito alto, acentua a sensação cas, é importante lembrar que a pintura de paisagem
do observador de entrada nesta paisagem, envolvido corresponde a um quarto da sua produção pictórica.
fisicamente pelas ervas e as flores campestres com cores
vivas (vermelhos, amarelos, azuis). A sobreposição dos elementos vegetais, a passagem de
Klimt pinta uma vegetação abundante e densa um plano próximo para um plano mais afastado que se
utilizando uma rica gama de verdes que traduzem em efectua sem rupturas, ou a ausência de contrastes de
pleno tanto as ervas ou as folhagens das árvores como sombras e de luz, exprimem um tempo suspenso, imó-
as colinas longínquas arborizadas. O pintor aperfeiçoa o vel, propício à meditação ou à contemplação.
conjunto através de pequenos O formato quadrado das suas paisagens (a maioria tem
toques de pincel coloridos que se sobrepõem. a mesma dimensão : 1,10 m de largura) reforça a
Os elementos da paisagem : o campo, as árvores, as impressão de calma e estabilidade, acentuada ainda
flores, os bosques são indicados pela alteração de cores pela ausência de uma personagem ou de actividade
ou pela alteração do ritmo dos toques de pincel sem a humana.
presença do desenho, ou do contorno desses elemen-
tos. Klimt estabelece uma distância entre o homem e a
natureza e pinta paisagens de forma a que elas se pos-
A construção do quadro repousa sobre um enquadra- sam tornar motivos de superfícies decorativas.
mento fotográfico que " corta " os elementos do qua- Embora não tendo deixado nenhum desenho de paisa-
dro como a objectiva de uma máquina fotográfica gens, sabemos no entanto que ele trabalhava a nature-
(observar a árvore da esquerda ou esta mais central). za utilizando um livro de esboços e recorrendo também
Deste prisma, podemos destacar dois planos : um a fotografias para pintar depois os quadros em atelier.
plano próximo composto essencialmente por um gran- Podia também recorrer a binóculos ou a uma longa
de campo e um plano mais afastado constituído por visão para construir este espaço pictórico tão particular
prados, árvores e colinas arborizadas e alguns retalhos e tão próximo que projecta o observador para dentro
do céu. Uma luz idêntica envolve este conjunto agradá- do quadro. 
vel onde está ausente qualquer personagem. 

29.
Gustav Klimt (1862 -1918)

" Paisagem de jardim "


Óleo sobre tela, 110 X 110 cm
Carnegie Institute, Petersburgo

CONSTRUIR

Trabalho de pincel : adaptar o gesto ao motivo.


 Tal como Gustav Klimt, produzir toques com o pincel onde se pode variar :
 A qualidade (ligeira, apoiada, em ponto, em pequeno traço)

 O tamanho

 A orientação

Unir, sobrepor, cruzar os toques de forma a obter efeitos que melhor correspondam ao motivo que se pretende
obter(folhagem, casca de árvore, flores, etc...).

Trabalho sobre o enquadramento :


 Recortar numa folha de papel espessa uma janela quadrada de 3 ou 4 cm de largura. Segurar na janela pelas extre-
midades e observar a paisagem diante dos olhos :
 Enquadrar, escolher um ponto de vista particular.

 Mudar de ponto de vista, avançar ou recuar a janela para fazer variar o seu enquadramento (como o zoom da

máquina fotográfica).
 Representar o ponto de vista escolhido (sobre um caderno de esboços tal como Gustav Klimt).

 A técnica utilizada pode ser a do lápis (de papel ou de côr) ou da caneta de feltro.

Da mesma maneira, o enquadramento pode também ser trabalhado com uma máquina fotográfica. O ponto de vista
escolhido será neste caso objecto de uma filmagem. 

30.
Ferdinand von Wright (1822 -1905)

Ferdinand von Wright nasceu em 1822, na província de Savo


(Finlândia).
" A surpresa " (1880)
Óleo sobre tela, 85 X 187 cm
Ateneum Art Museum, Helsínquia

OBSERVAR COMPREENDER
Esta cena representa os animais da quinta. Ferdinand é o mais novo dos três irmãos Von Wright
Em primeiro plano, numa cerca, os protagonistas : três que se dedicaram à pintura, é também o mais novo dos
gansos e um jovem bezerro branco, elemento central quinze filhos da família.
do quadro. Ferdinand partilhava com os irmãos mais velhos o
No plano de fundo, confundido na escuridão de um mesmo fascínio pela Natureza, e vai beneficiar dos ensi-
estábulo, um bezerro preto, espectador da cena que se namentos de :
desenrola à sua frente. Magnus, que queria ser ilustrador de animais e que pin-
Dois dos gansos enfrentam o jovem animal, com o tercei- tava todos os animais que via.
ro agachado junto ao chão, parecendo juntar-se, se não Wilhelm, que se torna desenhador na Academia das
ao confronto, pelo menos aos protestos dos outros dois. Ciências.
O jovem bezerro branco, em pé, com os olhos redon-
dos, enfrenta-os, e parece espantado com tanta A atitude pouco encorajadora do pai e a vida na longín-
confusão. qua província de Savo, na Finlândia, fazem com que os
Atrás dele, o bezerro preto arregala os olhos com medo irmãos não possam ter acesso fácil ao material adequa-
ou com admiração. O que se passou ? do.
Um balde virado e algumas penas no chão dão-nos a ideia Por isso, eles próprios fabricavam as cores, utilizando
de um descuido por parte do jovem animal branco, que plantas ou até mesmo café. Assim, a aguarela foi a pri-
descobre com surpresa a reacção violenta dos gansos. meira técnica que desenvolveram, muito antes da pin-
O cenário é sóbrio : uma cerca num terreno de terra tura a óleo.
batida, as paredes do estábulo em toros de madeira, e,
no seu prolongamento, uma cancela em madeira. Fora Ferdinand, pintor solitário, não se interessava pela vida
da cerca, à esquerda, adivinha-se uma paisagem de dos seus contemporâneos, preferindo pintar cenas de
árvores e um rio. predadores e das suas presas, que ilustravam o eterno
Uma luz clara e uniforme banha esta cena, onde domi- combate entre os fortes e os fracos.
na o bege, o castanho, o cinzento e o branco, e onde o A sua pintura animal baseia-se numa observação cuida-
único elemento de contraste se encontra no interior da e num virtuosismo técnico que permitem ao pintor
obscuro do estábulo.  compor vários quadros, que viriam – embora tardia-
mente – a suscitar o entusiasmo do público. 
CONSTRUIR
Raconter :
Contar :
 Imaginar a história, o diálogo que se trava entre os animais do quadro.
 Desenvolver um princípio, uma continuação ...
 Representá-los em forma de banda desenhada.

Educação dos sentidos :


 Reunir materiais que se encontram representados neste quadro : penas, pele (sintética), madeira, terra, palha...
 Sentir, tocar e apontar as várias características : por exemplo, macio, liso, rugoso, granuloso, áspero, frio, etc...
 Compor um quadro de materiais, colocando-os sobre uma base.

Trabalho sobre os materiais :


 Como representar os materiais acima referidos ? Conforme a idade das crianças, utilizar técnicas gráficas, ima-
gens ou gravuras.
 Variação sobre os materiais : encontrar outras cores de pêlo, de penas, de terra, outras texturas. 
II.2) POEMAS EUROPEUS

Bélgica

“De Kippenrap”
klas 6A, Gemeentelijke Sportbasisschool
uit Heusden
”O rap das galinhas”
Turma 6A, ensino básico, Escola de Heusden

De kip legt een ei A galinha põe um ovo


in de wei, No prado,
de koe trapt er op A vaca passou-lhe por cima
’t is kapot ! E partiu-o !
De dooier komt er uit Saiu a gema
’t is een spruit ! Como uma fonte !
Wie lust er dat ? E quem vai comer tudo ?
Pat, de kat ! ! !  O gato Patudo!! ! 
“Une poule sur un mur”
Maurice Carême, A cloche-pied.
« Uma galinha em cima de um muro »
Maurice Carême, (Ao pé-coxinho).
Une poule sur un mur
Uma galinha em cima de um muro
A pondu quatorze œufs frais.
Pôs catorze ovos frescos.
Mais pendant qu’elle pondait,
Mas, enquanto os punha,
Le soleil d’août les cuisait.
O sol de Agosto cozia-os.
Une poule sur un mur
Uma galinha em cima de um muro
A couvé quatorze œufs durs.
Chocou catorze ovos cozidos.
Il en sortit des poulets
De onde nasceram pintos
Aussi durs que des galets.
Tão duros como seixos.
C’est depuis que l’on voit,
Folle encor de désarroi,
Desde então temos visto,
Une poule sur un mur
Ainda um pouco confusa,
Qui picote du pain dur,
Uma galinha em cima de um muro
C’est depuis lors que l’on voit
A dar bicadas em pão duro,
-Picoti et Picota-
Desde então temos visto,
Une poule qui cent fois
-Picaqui e Picacolá-
Grimpe au mur et saute en bas. 
Uma galinha que cem vezes
Sobe para o muro e salta para o chão. 
32.
Dinamarca

“Konen med Æggen” - En gammel Historie sat i Rim


“A mulher e os ovos“ – Um velho conto em verso
H. C. Andersen

Der var en Kone paa Landet, Era uma vez uma mulher do campo,
Hun havde en Høne blandt Andet. Que, entre outras coisas, tinha uma galinha.
Nu, lægge Æg er Hønens Fag, E, como a função das galinhas é pôr ovos,
Og denne gav eet hver evige Dag ; Esta punha um ovo por dia ;
Det var et Par Snese, da de blev talt, A galinha punha muitos ovos,,
See, det fandt Konen ikke saa galt ! O que agradava muito à mulher !
Hun dem forsigtig i Kurven fik, Ela colocava-os cuidadosamente num cesto,
Tog den paa Hovedet og gik. Que depois punha à cabeça, e lá ia ela.
Til Staden styrede hun sin Gang ; Partia em direcção à aldeia ;
Men hun var ene og Veien var lang, Mas a mulher ia sozinha, e o caminho era longo,
Skjøndt hun gik til af alle kræfter. E ela caminhava com toda a firmeza das suas forças.
Nu tænkte hun over og regned’ efter, Reflectia e contava enquanto caminhava,
Hvor godt hun fik sine Æg betalt, Para ver bem quanto iriam render-lhe os seus ovos,
Og det var jo heller ikke saa galt : Teve uma ideia que lhe pareceu muito boa :
“Ja vist !” saaledes hun gaaer og taler, « Claro ! « , diz ela enquanto caminha,
“For disse faaer jeg en heel Rigsdaler. « Vou receber uma moeda de ouro por estes ovos.
For den vil jeg kjøbe to Hons, lad see ! E com essa moeda, vou poder comprar duas galinhas !
Med den der hjemme har jeg da tre ; Contando com a que tenho em casa, fico com três ;
Hver laegger Æg, og om ikke længe Cada uma delas vai pôr ovos, e, em pouco tempo,
Kan jeg handle igjen og komme til Penge ; Vou poder fazer negócio e ganhar ainda mais dinheiro ;
Jeg kjøber tre Høns, til de tre jeg har ; Vou comprar mais três galinhas,.para além das três que já terei ;
See det bliver sex. Deres Æg jeg ta’er ; Isso vai dar um total de seis. Vou pegar nos seus ovos ;
Jeg sælger de halve, den anden Rest Talvez só em metade, e deixo o resto
Skal ruges til Kyllinger, det er bedst ! Não podia haver melhor ideia !
Jeg faaer da en Hønsegaard ; tænk Dig bare ! Vou então ter uma criação de galinhas, que maravilha !
Og den tager til. Det er holdende Vare ! Que vai crescer. Cada vez mais !
En deel lægger Æg, en deel ruger ud- Algumas galinhas vão pôr os ovos, outras vão chocá-los-
Hvor jeg bliver rig, Du søde Gud ! Vou ficar rica, meu Deus !
Jeg kjøber to Gæs og et lille Faar, Depois, compro dois gansos e um borreguinho,
Og bedre og bedre Handelen gaaer E o negócio vai correr cada vez melhor
Med Æg og med Høns og med Fjer og med Uld. Com os ovos, as galinhas, as penas e a lã.
Tilsidst faaer jeg Pengeposen fuld ! Finalmente vou poder encher o meu porta-moedas !
Jeg kjøber en Gris, jeg kjøber en Ko, Depois, compro um porco, compro uma vaca,
Hvo veed, maaskee kan jeg kjøbe to ? E, talvez, quem sabe, por que não duas ?
See det giver af sig ! og efter et Aar Cada coisa a seu tempo ! E, ao fim de um ano,
Har jeg Hus og Folk og Køer og Faar. Vou ter uma casa, empregados, vacas e ovelhas.
Saa kommer en Frier ind i min Stue, Depois, vai chegar um pretendente a minha casa,
Han kysser min Haand, og jeg bliver Frue ! Vai beijar a minha mão e pedir-me em casamento !
For han har en Gaard, som er større end min ! Porque ele tem uma quinta ainda maior do que a minha !
Jeg bliver saa fornem, saa stolt og saa fiin, Vou tornar-me tão fina, tão distinta e delicada,
Jeg taaler ikke den mindste Snakken, Que vou deixar de poder dizer palavrões,
Jo, jeg skal vide at kneise med Nakken ! Vou apenas acenar negativamente com a cabeça! »
Og ret som hun sagde det, gjorde hun saa. E, ao mesmo tempo que dizia isto, abanou a cabeça.
Klask ! Æggene der paa Jorden laae ! Catapum ! Todos os ovos caíram ao chão !
Med dem den hele Lyksalighed faldt- E com eles, lá se foi toda a sua felicidade-
Og det var i Grunden ikke saa galt !  E talvez tenha sido melhor assim ! 
33.
Alemanha

“Der Schmetterling ist in die Rose verliebt”


“A borboleta apaixonou-se pela rosa“
Heinrich Heine

Der Schmetterling ist in die Rose verliebt, A borboleta apaixonou-se pela rosa,
Umflattert sie tausendmal. E voa à volta dela sem parar.
Ihn selber aber, goldig zart, Mas o raio de sol, cheio de charme,
Umflattert der liebende Sonnenstrahl. A bela borboleta vem também rondar.

Jedoch in wen ist die Rose verliebt ? Mas quem escolheu a rosa como seu amor ?
Das wüsst ich gar zu gern. O que eu não faria para o saber.
Ist es die singende Nachtigall ? Terá sido o rouxinol cantador ?
Ist es der schweigende Abendstern ? Ou a silenciosa estrela do anoitecer ?

Ich weiss nicht, in wen die Rose verliebt : Não sei por quem a rosa se apaixonou :
Ich aber lieb euch all’ : Mas no meu coração cabem todos eles :
Rose, Schmetterling, Sonnenstrahl, A rosa, o raio de sol, a borboleta,
Abendstern und Nachtigall  O rouxinol e a estrela do anoitecer 

34.
Espanha

Manuel Machado

¡Qué hermosos están los cielos! Como estão bonitos os céus !


¡Qué bonita la mañana! Como está bonita a manhã !
¡Cuánta frescura en el campo! Quanta frescura no campo !
¡Cuánta alegría en el agua! Quanta alegria na água !

Corre, corre, mí caballo, Corre, corre, meu cavalo,


por la veredita blanca, pela vereda branca,
que bien sabes el camino pois conheces bem o caminho
donde te guían mis ansias. por onde te guiam os meus desejos.
No te pares junto al bosque Não pares junto ao bosque
ni en las frescas enramadas, nem nos verdes prados,
hijas del arroyo claro filhos do claro rio
que de la colina baja. que desce pela colina.

Sigue, sigue por la senda Continua, continua pela senda


que a los dos lados derrama que dos dois lados derrama
campos verdes con adornos campos verdes adornados
de amapolas coloradas de papoilas coloridas.
Ya pasas los olivares. Já passaste pelos olivais.
Ya la vereda se acaba… E já se acabou a vereda...
Y, entre las hojas tejidas, E, entre as folhas tecidas,
de lejos se ve la casa. ! já de longe se vê a casa !
¡Qué hermosos están los cielos!
Como estão bonitos os céus !
¡Qué bonita la mañana!
Como está bonita a manhã !
¡Cuánta frescura en el campo!
Quanta frescura no campo !
¡Cuánta alegría en el agua! 
Quanta alegria na água ! 

35.
Irlanda

“Amhran na mbo”
“A canção das vacas“
Tomas McKeoghan

D’eirigh me ar maidin agus chuaigh me ag blean na bo


D’eirigh me ar maigin agus chuaigh me ag blean na bo
O yea, Chuaigh me ag blean na bo

Amhran ar an sean nos a chasaim chuile maidin don bho


Talann si an bainne is bionn si sasta go leor
O yea, Bionn si sasta go leor

Ach ansin thainig athru an aisteach ar an mbo


Thosaigh si ag bleastail, is ni thalfadh si aon bhainne nios mo
O no, ni thalfadh si aon bhainne nios mo

Curfa

He rock and roll, He rock and roll


He rock and roll
O smaoinigh me ar phlean chas me rock and roll
B’fheidir nar thaitin an sean nos lei nios mo
O no nior thaitin an sean nios lei nios mo
O anois bionn an chreaic a’m is me ar blean ne bo
O tosaionn si ag pramsail is talann si an bainne gan stro
O yea talainn si an bainne gan stro 
Esta manhã levantei-me para ir ordenhar a minha vaca
Esta manhã levantei-me para ir ordenhar a minha vaca
É verdade, para ir ordenhar a minha vaca

Todas as manhãs lhe canto uma velha canção


E é com alegria que ela me dá o seu leite
É verdade, é com alegria

Mas, de repente, algo de diferente aconteceu


Ela começou a mugir e deixou de dar leite
É verdade, deixou de dar leite

Refrão

Ei rock 'n' roll, ei rock 'n' roll


Ei rock 'n' roll

Tive então a ideia de lhe cantar um rock 'n' roll


Talvez já estivesse farta da velha canção
Pois, talvez já estivesse farta

Experimentei então cantar um rock enquanto ordenhava a minha vaca


E ela começou a mexer-se e voltou a dar-me leite
36. É verdade, voltou a dar-me leite 
Itália

“San Martin”
“San Martin“
Giosue Carducci

La nebbia a gl’irti colli A névoa, de golas levantadas,


piovigginando sale, levanta-se quando chuvisca,
e sotto il maestrale e sob o mistral,
urla e biancheggia il mar urra e empalidece o mar,
ma per le vie del borgo mas nos caminhos da aldeia
dal ribollir de’tini das tinas em fermentação
va l’aspro odor de i vini o cheiro ácido dos vinhos
l’anime a rallegrar. vem animar o espírito.

Gira su’ ceppi accesi


Sobre os troncos em brasa
lo spiedo scoppiettando :
o espeto vira, crepitando :
sta il cacciator fischiando
o caçador assobia
su l’uscio a rimirar
e, da ombreira da sua porta,
tra le rossastre nubi
por entre as nuvens avermelhadas
stormi d’uccelli neri,
vem observar os voos dos pássaros negros,
com’esuli pensieri,
que migram ao crepúsculo,
nel vespero migrar. 
para só mais tarde voltarem. 

“Sera d’ottobre”
“Noite de Outubro“
Giovanni Pascoli

Lungo la strada vedi su la siepe Ao longo da estrada, vês sobre a sebe


ridere a mazzi le vermiglie bacche : Rir as bagas vermelhas em cachos :
nei campi arati tornano al presepe Nos campos trabalhados, as vacas
tarde le vacche. Voltam lentamente para os estábulos.
Vien per la strada un povero che il lento Na estrada, um pobre homem de passo lento
passo tra foglie stridule trascina : Pisa as folhas secas :
nei campi intuona una fanciulla al vento : Nos campos, uma rapariga canta ao vento :
Fiore di spina !  Flor de espinhos ! 

37.
Luxemburgo

“D’Maus Ketti” (extract)


“A ratinha Ketti“ (excerto)
Auguste Liesch

D’Maus Ketti sëtzt bei hirem Lach O ratinho Ketti está sentado junto ao seu buraco
Zu Biermereng am Feld ; Em Biermereng, no campo ;
“Wéi schéin, denkt si, ass d’Liewen dach, “Como é bela a vida,
Wéi gutt ass’t op der Welt. Como é bom viver na terra.
Todos os campos destas redondezas
All Stécker, zwou Stonn an der Rond,
Me pertencem, não há dúvida ;
Si meng, dat ass gewëss ;
Vivo pura e simplesmente
Ech liewen einfach a gesond
Alimentando-me de trigo e de avelãs.
Vu Wees an Hieselnëss.
E, quando não me sinto bem,
An ass et mir net an der Rei, E quando sinto um aperto no coração,
Sinn ech zevill puppsat, Visto a minha roupa de domingo
Ginn ech am sonndesse Gezei E vou a Munref-les-Bains. »
No Munref an de Bad.” De repente, ele levanta a orelha e diz :
Op eemol lauschtert se a seet : « Estou a ouvir raspar qualquer coisa.
“Ech héiren eppes kribblen. Que vejo eu ali na charneca ?
A wat gesinn ech op der Heed Quem está ali a fazer este barulho ?
Do uewen esou wibblen ? Não é possível ; está ali um ladrão !
Um ratinho estranho ousou vir aqui roubar! »
Ass dat erlaabt, déi Déiwerei !
Mas depois diz : « Meu Deus !
Eng friem Maus kënnt hier mausen !”
É o meu primo Mim de Clausen! »
Mee gläich dropp rifft se : “Heielei !
E Ketti precipita-se como o vento,
Meng Kusinn Mim aus Clausen !”
Os dois lançam-se nos braços um do outro :
An d’Ketti leeft ewéi de Wand, « De onde vens tu, meu pequeno ?
Si leie sech am Arem : Não tiveste muito calor ?
“A wou kënns du dann hier, mäi Kand ? Anda, vamos seguir este caminho,
War et dir net ze warem ? E vamos abrigar-nos.
Komm, huel dee klenge Pad elo, Como sabes, a minha casa fica ali,
Da gi mer ënner Daach. Perto do ribeiro.“ 
Mäin Haische läit, du weess et jo,
Do ënne bei der Baach.” 

38.
Pays-Bas

“De Boeren I”
“Os camponeses I“
Theun De Vries (nascido em 1907)

Goudig en somber zwijgen heerscht in de verre dampen.


Over den donkeren akker schrijdt langzaam een donker man en zaait.
De hoeven der zware paarden stampen door de walmende voren.
De stilte huivert er van.
Geel en grauw in het rond ontbranden aarzlende lampen.
Weeklagend om het verloren jaar zwerven winden moe.
Zij strooien het laatste zomersche purper tusschen de kerkhofkruisen,
sidderen en vergeten een oogwenk verder te ruischen…
Eensklaps raast een snelle vlucht vogels voorbij.
Dan sluit de dag zich toe. 

Um silêncio profundo e tenebroso reina sobre as brumas longínquas.


Caiu a noite sobre os campos, enquanto um homem semeia lentamente.
Os cascos dos cavalos calcam os sulcos que fumegam.
O silêncio torna-se gritante.
Com hesitação, acedem-se as lâmpadas, com os seus clarões amarelos e pálidos.
Cansados de soprarem durante o ano anterior, os ventos arrastam-se em lamúrios.
Espalham as últimas folhas púrpura do Verão por entre as cruzes do cemitério
E, trementes, esquecem o seu murmúrio...
De repente, pássaros em voo rasgam o céu.
É mais um dia que passa. 

39.
Áustria

“Der Acker” aus dem Buch “Hölzene Späne”


“O campo“ extraído do livro “Aparas de madeira“
Toni Riser

Schwere Traktoren ziehen Eisen Pesados tractores puxam os seus arados


durch die gehackte Wintererd’ Através da terra trabalhada do Inverno
Eggenzähne und Pflüge reissen Os dentes da grade e a charrua
den Boden auf – Saatbeet werd. Rasgam o solo – e a terra é semeada.

Se o Verão traz arbustos e restolho


Trägt im Sommer Staude und Halm
Sob o sol ou sob a chuva
bei Sonnenschein und Regen
O campo dá-nos sempre
bringt halt doch der Acker
O nosso pão 
immer unser Brot zum Leben 

40.
Portugal

“Quem ora soubesse”


Luis de Camões

D’Amor e seus danos


me fiz lavrador ;
semeava amor
e colhia enganos.
Não vi, em meus anos,
homem que apanhasse
o que semeasse.

Vi terra florida
de lindos abrolhos :
lindos para os olhos,
duros para a vida.
Mas a rês perdida
que tal erva pace
em forte hora nace.

Com quanto perdi,


trabalhava em vão ;
se semeei grão,
grande dor colhi.
Amor nunca vi
que muito durasse,
que não magoasse.

41.
Finlândia

“Saku sika”
Kirjasta Kukkuluuruu mita kuuluu, Kolobri 2000
“Saku, o porco“
de Kirjasta Kukkuluuruu mita kuuluu, Kolobri 2000

Saku sika, Saku sika Porco Saku, porco Saku


eiko sua haittaa lika ? A sujidade não te incomoda ?
Painvastoin, painvastoin ! Claro que não, claro que não !
Korvat juuri mutaan kastoin. Ainda agora meti as orelhas na lama.
Röh, röh, röh  Cuic, cuic, cuic 

42.
Reino Unido

“Apples”
“As Maçãs“
Laurie Lee

Behold the apples’ rounded worlds : Aqui estão as carnudas maçãs :


juice-green of July rain, De suco verde, das chuvas de Julho,
the black polestar of flower, the rind A sombria estrela polar da flor, a casca
mapped with its crimson stain Adornada com a sua pintura vermelha
The russet, crab and cottage red Maçã reineta, maçã selvagem e maçã vermelha
burn to the sun’s hot brass Fervem sob os raios quentes de sol
then drop like sweat from every branch Depois, de cada ramo caem pingos de humidade
and bubble in the grass Que se enrolam na erva
They lie as wanton as they fall, As maçãs ali ficam, caídas, como mulheres ligeiras,
and where they fall and break, E lá, onde elas caem e se abrem,
the stallion clamps his crunching jaws, O cavalo exercita os seus fortes dentes,
and starling stabs his beak E o estorninho afia o seu bico
In each plump gourd the cidery bite Em todas as maçãs gordas e carnudas
of boys’ teeth tears the skin ; E os dentes das crianças rasgam a casca ;
the waltzing wasp consumes his share, A vespa bailarina fica com a sua parte,
the bent worm enters in A minhoca ondulante entra na sua polpa
I, with as easy hunger, take E eu, cheia de fome,
entire my season’s dole ; gasto todo o meu dinheiro para as comprar ;
welcome the ripe, the sweet, the sour, Bem haja a maturidade, a doçura, a acidez,
the hollow and the whole.  A abundância e a plenitude. 

43.
III. OS PAÍSES DA UNIÃO EUROPEIA E
A SUA AGRICULTURA

N.B. : os números em itálico correspondem aos totais da União Europeia.

Bélgica

 Um país para três comunidades  Um país densamente povoado


O Reino da Bélgica estende-se ao longo de 30 519 km . 2
A Bélgica tem 10,2 milhões de habitantes.
É banhado pelo Mar do Norte. O país é um dos mais densamente povoados da Europa :
É composto por três regiões : 330 habitantes por km2. No entanto, a Ardena arborizada,
 A Flandres, a noroeste, onde se fala neerlandês. com 50 habitantes por km2, é a excepção.
 A Valónia, a sudeste, onde se fala francês. 57 % dos belgas falam neerlandês, 42 % falam francês e 1 %
 Bruxelas, a capital (e região), com um milhão de fala alemão.
habitantes.

 Explorações agrícolas de dimensão  Uma agricultura mais intensiva no


média noroeste
 1 400 000 ha são utilizados pelos agricultores. A Flandres associa uma planície arenosa e pólderes conquis-
 Existem 67 200 explorações agrícolas, das quais apenas 2 % tados ao mar. A região orientou-se mais para a criação
ultrapassam os 100 ha. industrial, para a cultura de estufa e para a horticultura.
 Dimensão média das explorações : 21 ha (UE : 18,5 ha). Os planaltos do centro estão consagrados à cultura de
 68 % do espaço agrícola estão em regime de arrendamento. trigo, de cevada, de batata e de beterraba açucareira.
 A agricultura belga produz 1 % da riqueza nacional e As Ardenas arborizadas proporcionam algumas clareiras uti-
emprega 3 % dos trabalhadores (ou seja, 79 000 pessoas). lizadas na criação animal, nomeadamente de bovinos.
A zona este da Bélgica (Limbourg, planalto de Herve) é
uma região consagrada principalmente à produção láctea.

As culturas principais As criações industriais

Trigo 1 600 000 toneladas 105 000 000 Bovinos 3 000 000 cabeças 82 000 000
Cevada 350 000 toneladas 53 000 000 Suínos 7 000 000 cabeças 123 000 000
Batata 3 000 000 toneladas 50 000 000 Leite 3 600 000 toneladas 124 000 000
6 000 000 toneladas 117 000 000 Carne 1 800 000 toneladas
Beterraba açucareira
1 000 000 toneladas 17 000 000 300 000 toneladas
Açúcar de beterraba da qual carne de aves
200 000 toneladas
Ovos

Estufas e horticultura A madeira

Legumes frescos 1 530 000 toneladas 52 700 000 Madeira bruta 3 000 000 m3
Frutas de mesa 700 000 toneladas 11 940 000

A pesca
44. Pesca 30 000 toneladas 5 975 000
Dinamarca

 Uma península rodeada por  Um quinto da população


várias ilhas vive em copenhaga
O Reino da Dinamarca tem uma superfície de 43 080 km2. A Dinamarca tem uma população de 5,3 milhões de habi-
É composto pela península de Jutelândia e por várias ilhas de tantes.
tamanhos muito diversos. Na maior, Sjælland, situa-se a capi- A densidade populacional média é de 120 habitantes por km2.
tal, Copenhaga. A capital, Copenhaga, tem 1 milhão de habitantes.
A Dinamarca tem 7 000 km de costa.
Este país encontra-se numa posição estratégica entre o Mar
do Norte, a oeste, e o Mar Báltico, a este.

A agricultura dinamarquesa  Explorações agrícolas até ao mar


 2 700 000 ha de terrenos agrícolas. A Dinamarca beneficia de bons solos. As explorações agríco-
 57 831 explorações agrícolas, 10,6 % das quais têm mais de las estão presentes em todo o lado.
100 ha.  Os cereais ocupam 54,7 % da superfície agrícola,

 Dimensão média das explorações : 47 ha (UE : 18,5 ha).  pasto (prados temporários e naturais) : 28,4 %,

 25,2 % dos terrenos agrícolas estão em regime de arrenda-  colza e ervilhas : 2,4 %,

mento.  sementes, gramíneas para os prados, e sementes para

a indústria : 8,7 %,
 Um grande exportador de produtos  tubérculos (batata e beterraba açucareira) : 4,7 %.

agrícolas No entanto, a agricultura dinamarquesa continua orientada


para a produção de leite e para a criação de suínos, apesar da
A Dinamarca continua a ser um dos primeiros países agrí-
superprodução e da baixa de preços.
colas do mundo, em termos de exportações.
A agricultura dinamarquesa produz 3 % da riqueza do país
(P.I.B.) e emprega 6 % dos trabalhadores (ou seja, 80 000 pes-
soas, das quais 40 % são assalariadas).

As culturas em bom local As produções vegetais

Trigo 4 432 955 toneladas 105 000 000 Legumes frescos 220 000 toneladas 52 700 000
Cevada 37 790 toneladas 53 000 000 Frutas de mesa 51 000 toneladas
Centeio 347 782 toneladas
Batata 1 502 137 toneladas 50 000 000 A madeira
3 545 178 toneladas 117 000 000
Beterraba açucareira
1 497 162 toneladas 17 000 000 1 159 000 m3
Açúcar de beterraba Madeira bruta
Madeira para combustível 556 000 m3

1º exportador mundial de carne de porco Um país virado para a pesca

Bovinos 2 000 000 cabeças 82 000 000 Pesca 1 400 000 toneladas 5 975 000
Ovinos 120 000 cabeças 95 000 000 de pescado
Suínos 13 000 000 cabeças 123 000 000
Carne de aves 205 100 toneladas
4 657 000 toneladas 121 869 000
Leite
47 900 toneladas
Manteiga
290 000 toneladas
Queijo
78 200 toneladas
Ovos

45.
Alemanha

 As duas alemanhas agora são uma só  Uma população muito densa


Desde a reunificação, em 1990, a nova República Federal da A Alemanha tem 83 milhões de habitantes. É um dos países
Alemanha estende-se por 357 000 km2, no centro da Europa. mais densamente povoados da Europa, com 225 habitantes
A integração da antiga Alemanha de Leste teve as suas difi- por km2.
culdades. Berlim, a capital, tem actualmente 3,5 milhões de habitantes.
A Alemanha é agora composta por 16 Estados (Länder), que
beneficiam de alguma autonomia.

 Explorações agrícolas de dimensões  Predominam as grandes culturas


médias A maior parte das terras é utilizada para a cultura de trigo, de
 17 200 000 ha são utilizados pelos agricultores. ceveda, de batata e de beterraba açucareira.
 Existem 535 000 explorações agrícolas, 5 % das quais ultra- No entanto, Schleswig-Holstein, a norte, Bade-
passam os 100 ha. Wurtemberg e a Baviera, ao sul, desenvolvem uma policul-
 Dimensão média de uma exploração agrícola é de 32 ha tura orientada para a criação de vacas leiteiras, de suínos e de
(UE : 18,5 ha). aves de capoeira.
 63 % dos terrenos agrícolas estão em regime de arrenda- Nos vales do Reno e do Mosela é cultivada uma vinha muito
mento. afamada.
 A agricultura alemã produz 1 % da riqueza do país e empre- O maciço xistoso renano encontra-se coberto por florestas.
ga 3 % dos trabalhadores (ou seja, 657 000 pessoas, Os Altos Alpes Bávaros estão orientados para o turismo, prin-
28 % das quais são assalariadas). cipalmente no Inverno.

Primeiro produtor mundial de cevada Quarto produtor mundial de suínos


Trigo 20 000 000 toneladas 105 000 000 Bovinos 14 000 000 cabeças 82 000 000
(9º a nível mundial) Ovinos 2 000 000 cabeças 95 000 000
Cevada 13 500 000 toneladas 53 000 Suínos 26 000 000 cabeças 123 000 000
(1º a nível mundial) (4º a nível mundial)
Batata 13 000 000 toneladas 50 000
Carne de aves 770 000 toneladas
Beterraba açucareira 28 000 000 totoneladas 117 000
de capoeira
(3º a nível mundial)
Ovos 820 000 toneladas
Açúcar de beterraba 4 100 000 toneladas 17 000 000

Sétimo produtor mundial de vinho As frutas e legumes

Vinho 8 500 000 hl (7e a nível mundial) 155 000 000 Legumes frescos 3 800 000 toneladas 52 7000 000
Frutas de mesa 3 000 000 toneladas

A pesca Madeira bruta

Pesca 220 000 toneladas 5 975 000 Madeira bruta 29 000 000 m3

46.
Grécia

 Uma península montanhosa  A agricultura desempenha um papel


A República da Grécia é uma península montanhosa rodea- fundamental
da por várias ilhas. Tem uma superfície de 131 990 km2. A agricultura grega produz 21 % da riqueza do país (P.I.B.).
Picos recortados, sendo o mais alto o Monte Olimpo (2 917 m), Emprega 23 % dos trabalhadores (600 000 pessoas, 14 %
dominam as águas azuis do Mediterrâneo. das quais são assalariadas).
 3 500 000 ha são utilizados pelos agricultores, 27 % dos
A maior das ilhas gregas, Creta, estende-se ao longo de
266 km, de este a oeste. quais encontram-se em regime de arrendamento.
 Existem 821 000 explorações agrícolas, 0,1 % das quais
A Grécia tem 10,5 milhões de habitantes. Tem uma densi-
dade populacional de 78 habitantes por km2. ultrapassam os 100 ha.
 Dimensão média das explorações : 4,5 ha (UE : 18,5 ha).

 Uma irrigação indispensável


O interior da península e das principais ilhas não é cultivável.
Apenas 44 % dos solos são cultivados.
22 % estão cobertos por florestas.
A irrigação permite uma agricultura intensiva em algumas bacias
interiores e nas planícies do litoral.

Produções tipicamente
mediterrânicas Criadores de ovinos

Arroz 220 000 toneladas 2 400 000 Bovinos 1 000 000 cabeças 82 000 000
Azeitona 2.227.000 toneladas 9 724 000 Ovinos 9 000 000 cabeças 95 000 000
Azeite 430 000 toneladas Suínos 1.000 000 cabeças 123 000 000
Vinho 4 000 000 hl 155 000 000 Aves de capoeira 170 000 toneladas
Citrinos 1 039 000 toneladas 8 710 000 (carne)
Frutas (total) 2 500 000 toneladas Lã 10 000 toneladas
Legumes frescos 3 980 000 toneladas 52 700 000 Ovos 110 000 toneladas
Algodão (fibras) 380 000 toneladas
Tabaco 140 000 toneladas

As grandes culturas A madeira

Trigo 2 000 000 toneladas 105 000 000 Madeira bruta 1 600 000 m3
Milho 2 000 000 toneladas 36 000 000
Ceveda 350 000 toneladas 53 000 000

A Pesca

Pesca 150 000 toneladas 5 975 000

47.
Espanha

 Um estado e 17 regiões autónomas


O Reino de Espanha tem uma superfície de 504.800 km2. A capital Madrid, conta com cerca de 5 milhões de habi-
É composto por 17 regiões autónomas. Cada região tem o tantes.
seu próprio governo, que partilha as competências da admi- As ilhas Baleares no Mediterrâneo e as ilhas Canárias no
nistração pública com o governo central. Atlântico fazem parte integrante do país.
As regiões possuem largas competências nomeadamente no A língua oficial do país é o castelhano.
domínio da agricultura. Existem 3 outras línguas regionais oficiais :
A população espanhola é de 40 milhões de habitantes com uma  o catalão (nas regiões da Catalunha, nas Ilhas Baleares e na

densidade média de 78 habitantes por km2. A população tem ten- Comunidade de Valença)
dência a concentrar-se nas regiões do litoral. As regiões do inter-  o basco (região do País Basco)

ior, à excepção da aglomeração madrilena, estão a despovoar-se.  e o galego (região da Galiza).

 O solo é utilizado em 54 % para a  « Huertas » e grandes culturas


agricultura  O interior da península, quando a agricultura aqui é possí-
 25 600 000 ha são destinados à agricultura (ou seja 54 % vel (Castela, Noroeste) está orientado para o cultivo de
da superfície total). cereais, de batatas, de oleaginosas e de beterraba doce.
 A agricultura espanhola produz 3 % da riqueza do país  As zonas irrigadas (« huertas ») dos grandes vales e das
(P.I.B.) e emprega 6,4 % dos trabalhadores (720 000 pes- planícies costeiras produzem frutos (citrinos) e legumes
soas sendo 38,5 % assalariadas). (tomates). Estes produtos são em grande parte destinados
 Existem 1 210 000 propriedades sendo que 4 % ultrapassa à exportação sendo também utilizados no mercado interno
100 ha. e na indústria de sumos e de conservas.
 O dimensão média de uma exploração é de 21 ha  A produção de frutas e de legumes representa o primeiro
(UE : 18,5 ha) com grandes variações : sector agrícola espanhol (mais de um quarto da produção
- o dimensão média de uma produtora de cereais : 40 ha final a nível económico). É igualmente o sector mais
- o dimensão média de uma produtora de legumes : 6 ha dinâmico.
 27 % da superfície agrícola corresponde a terrenos em regi-  O cultivo vinícola espanhol é o mais alargado da União
me de arrendamento. europeia (mais de um milhão de hectares). As produções
 As oliveiras, a vinha e os frutos secos constituem uma pai- vinícolas de qualidade estão a aumentar.
sagem de culturas extensivas características de muitas  Os oliveirais : Espanha é o primeiro produtor mundial de
regiões espanholas. azeite e de azeitonas de mesa.

4º produtor mundial de cevada Culturas mediterrânicas


Trigo 5 000 000 toneladas 105 000 000 Citrinos 5 127 000 toneladas 8 710 000
Milho 4 000 000 toneladas 36 000 000 (4º a nível mundial)
Cevada 9 000 000 toneladas 53 000 000 Frutas de mesa 9 500 000 toneladas
Arroz 797 000 toneladas 2 400 000 (incluindo citrinos)
Batata 3 000 000 toneladas 50 000 000 Bananas 330 000 toneladas
Azeitona 3 395 000 toneladas 9 724 000 Algodão (fibras) 115 000 toneladas
Azeite 900 000 toneladas Legumes frescos 12 130 000 toneladas 52 700 000
Beterraba doce 8 000 000 toneladas 117 000 000
Açúcar de beterraba 1 200 000 toneladas 17000 000
3º produtor mundial de vinho

Vinho 35 000 000 hl 155 000 000


5º produtor mundial de suínos

Bovinos 6 000 000 cabeças 82 000 000


Ovinos 24 000 000 cabeças 95 000 000 A madeira
Suínos 22 000 000 cabeças 123 000 000
Ovos 580 000 toneladas Madeira bruta 10 000 000 m3
Aves de capoeira 580 000 toneladas
Lã 31 000 toneladas
Um país de pesca

Pesca 930 000 toneladas 5 975 000


França

 Entre a europa do norte e a europa  Um francês em cada sete vive na


do sul região parisiense
A República Francesa é banhada pela Mancha, ao norte, pelo A França conta com uma população de 59,1 milhões de
Mediterrâneo, ao sul, e pelo Oceano Atlântico, a oeste. A habitantes, com uma densidade populacional média de 108
superfície total do país é de 544 000 km2, incluindo a ilha da habitante por km2.
Córsega. Paris, a capital, conta com mais de 2 milhões de habitantes,
A França metropolitana está dividida em 22 regiões e 95 depar- e a área metropolitana de Paris conta com 8 milhões de habi-
tamentos. O país conta com quatro departamentos ultramari- tantes.
nos (Guiana francesa, Guadalupe, Martinica e Reunião).

O gigante verde da união europeia  Grandes culturas e culturas


 A França é o maior país agrícola da Europa ocidental e, jun- especializadas
tamente com a Itália, o maior produtor de vinho do A Bacia parisiense está orientada para as grandes culturas
mundo. (cereais, plantas para a indústria ...), o oeste está orientado
 28 350 000 ha de terrenos agrícolas. para a criação animal,
 680 000 explorações agrícolas, das quais 10 % ultrapassam o sudoeste, para a policultura-criação animal.
os 100 ha. Nos grandes vales e no sul mediterrânico reinam as cultu-
 Dimensão média das explorações : 42 ha (UE : 18,5 ha). ras especializadas (frutas, legumes, vinha ...).
 A agricultura produz 2 % da riqueza do país (P.I.B.) e A floresta ocupa mais de um quarto do território. A agricul-
emprega 6 % dos trabalhadores (ou seja, 960 000 pessoas, tura de montanha é ainda bastante dinâmica.
das quais 24 % são assalariadas).
 66% dos terrenos agrícolas estão em regime de arrendamento.

Todos os tipos de criação animal 4º produtor mundial de trigo


Bovinos 20 000 000 cabeças 82 000 000 Aveia 635 000 toneladas
Ovinos 9 000 000 cabeças 95 000 000 Trigo 37 000 000 toneladas 105 000 000
Suínos 16 000 000 cabeças 123 000 000 (4º a nível mundial)
Cavalos 350 000 cabeças Milho 15 000 000 toneladas 36 000 000
(5º a nível mundial)
Leite 25 000 000 toneladas 124 000 000 Cevada 10 000 000 toneladas 53 000 000
Manteiga 460 000 toneladas (5º a nível mundial)
Queijo 1 600 000 toneladas Arroz 107 000 toneladas 2 400 000
Ovos 950 000 toneladas Batata 7 000 000 toneladas 50 000 000
Carne 6 500 000 toneladas Colza (sementes) 4 600 000 toneladas
Da qual carne de aves 2 300 000 toneladas Beterraba açucareira 31 000 000 toneladas 117 000 000
Lã 22 000 toneladas (1º a nível mundial)
Açúcar de beterraba 4 900 000 toneladas 17 000 000

A madeira Frutas e legumes

Floresta 15 000 000 ha Legumes frescos 6 300 000 toneladas 52 700 000
Madeira bruta 36 000 000 m3 Frutas de mesa 3 100 000 toneladas

A pesca 1º produtor mundial de vinho

Pesca 580 000 toneladas 5 975 000 Vinho 59 000 000 hl (1º a nível mundial) 155 000 000

Culturas especializadas

Tabaco 26 000 toneladas 49.


Linho 60 000 toneladas
Irlanda

 Uma ilha verde  Uma terra de emigração


A Irlanda ocupa uma superfície total de 70 284 km .2
A população da Irlanda conta actualmente com 3,7 milhões
Compreende um vasto planalto calcário central, recortado de habitantes, 1 milhão dos quais vive na área de Dublin, a
por colinas e montanhas costeiras, tendo a mais alta 1 040 capital do país. A densidade populacional é de 50,4
m. O Shannon é o rio mais longo (368 km). Existem habitantes por km2. Antigamente, a taxa de emigração na
inúmeros lagos. A Irlanda está dividida em quatro Irlanda era a mais elevada da Europa. Em muitos países do
províncias : Ulster, Munster, Leinster e Connacht. Cada mundo, como nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália,
província está dividida em condados. Existem 26 condados por exemplo, muitas pessoas são de origem irlandesa.
na República da Irlanda. 6 condados da província do Ulster De acordo com a constituição irlandesa, o irlandês é a
pertencem à Irlanda do Norte (Reino Unido). língua principal do país, e os documentos oficiais são
publicados em inglês e em irlandês. No entanto, o inglês é a
primeira língua da grande maioria da população irlandesa.

 Uma agricultura importante


 Existem 143 900 explorações agrícolas.
A agricultura é muito importante na economia irlandesa.
 A dimensão média de uma exploração agrícola na irlanda é
 Quase 5 000 000 ha das terras na Irlanda são utilizadas para
de 29 ha (UE : 18,5 ha). 47 % das explorações agrícolas têm
a agricultura.
menos de 20 ha.
 90 % dos terrenos agrícolas são prados.
 As produções bovina e láctea representam 60 % do valor da
 A agricultura e a produção agro-alimentar produzem
produção agrícola total.
10,5 % da riqueza do país (P.I.B.) e empregam 10,5 % dos
trabalhadores.

As grandes culturas não estão ausentes Criadores de ovinos e de bovinos

Aveia 120 000 toneladas Bovinos 6 000 000 cabeças 82 000 000
Trigo 650 000 toneladas 105 000 000 Ovinos 5 000 000 cabeças 95 000 000
Cevada 1 000 000 toneladas 53 000 000 Suínos 2 000 000 cabeças 123 000 000
Batata 500 000 toneladas 50 000 000
Beterraba açucareira 2 000 000 toneladas 117 000 000 Leite 5 043 000 toneladas 124 000 000
Açúcar de beterraba 240 000 toneladas 17 000 000 Manteiga 135 000 toneladas
Legumes frescos 245 000 toneladas 52 700 000 Queijo 106 000 toneladas
Frutas de mesa 17 000 toneladas Ovos 402 000 000 ovos

Carne 1 000 000 toneladas


Da qual carne de aves 130 000 toneladas

Lã 13 000 toneladas

A madeira A pesca

Madeira bruta 2 000 000 m3 Pesca 280 000 toneladas 5 975 000

50.
Itália

 Uma península e duas grandes ilhas  Uma elevada densidade


A República italiana (301 270 km ) é constituída por uma
2
A Itália tem uma população de cerca de 58 milhões de
península, que se prolonga a Sul do arco alpino no mar habitantes e uma densidade média de 189 habitantes por
Mediterrâneo, e a várias ilhas. As duas principais ilhas são a km2.
Sicília, a sudoeste, e a Sardenha, a oeste. Roma, a capital conta com 2,7 milhões de habitantes.
A Itália está dividida em 20 regiões,cinco das quais gozam de
uma certa autonomia : a Trentina, a Frioule, o Vale d’Aoste, a
Sardenha e a Sicília.

 As pequenas explorações agrícolas  Uma policultura à escala de um país


dominam Uma dorsal estéril é cercada por bacias e planícies litorais
 14 835 000 ha de terrenos são destinados à agricultura. férteis.
 Existem 2 315 000 explorações agrícolas, sendo que 1 % A planície do Pó permanece o bastião da agricultura italiana
ultrapassa os 100 ha. com o seu centro irrigado. A Sicília oferece melhores
 Dimensão média das explorações : 6,5 ha (UE : 18,5 ha). condições agronómicas que a Sardenha.
 24 % da superfície agrícola correspondem a terrenos em Produtor de arroz
regime de arrendamento.
 A agricultura produz 3 % da riqueza do país (P.I.B.) e
emprega 9 % dos trabalhadores (ou seja, 1 800 000 pes-
soas, das quais 15 % assalariadas).

Produtor de arroz As produções animais


Trigo 8 000 000 toneladas 105 000 000 Bovinos 7 000 000 cabeças 82 000 000
Milho 10 100 000 toneladas 38 900 000 Ovinos 11 000 000 cabeças 95 000 000
Arroz 1 185 000 toneladas 2 400 000 Aves de capoeira 1 200 000 toneladas
Azeite 3 751 000 toneladas 9 724 000 Queijos 1 000 000 toneladas
Huile d’olive 500 000 toneladas Ovos 620 000 toneladas
Soja 1 200 000 toneladas Lã 11 700 toneladas
Beterraba doce 13 000 000 toneladas 117 000 000
(9º a nível mundial)
Açúcar 1 700 000 toneladas 17 000 000

2º produtor de vinho A madeira


Vinho 5 700 000 hl 155 000 000 Madeira bruta 9 500 000 m3
(2º a nível mundial)
Citrinos 2 101 000 toneladas 8 710 000
(6º a nível mundial) A pesca
Legumes frescos 15 150 000 toneladas 52 700 000
Frutas de mesa 10 000 000 toneladas 280 000 toneladas 5 975 000
Pesca
(incluindo citrinos)

51.
Luxemburgo

 No coração da europa
O Grão-Ducado do Luxemburgo é um país sem litoral com O Luxemburgo tem uma população de 430 000 habitantes,
uma superfície de 2 586 km2. com uma densidade populacional de 166 habitantes por
O Ösling, a norte, é um planalto com 559 m de altura que km2.
faz parte das Ardenas. A Gutland, ao sul, eleva-se a uma O luxemburguês, a língua falada, tornou-se na língua oficial
altura média de 250 m. Os principais rios são o Mosela, o em 1984. O francês é normalmente utilizado a nível admi-
Our e o Sûre. nistrativo. O alemão é a língua mais corrente na imprensa
escrita.

 Uma agricultura discreta ...  ... Em progresso constante


 127 000 ha de terrenos agrícolas. Um terço do território está coberto por florestas. Os terre-
 A agricultura emprega 2,2 % dos trabalhadores (15 % dos nos agrícolas concentram-se na Gutland sedimentar, a sul,
quais assalariados). onde metade das explorações produzem cereais. As pasta-
 2 461 explorações agrícolas, 47 % das quais ultrapassam os gens aumentam. O Ösling, uma parcela das Ardenas, a
50 ha (e 9 % ultrapassam os 100 ha). noroeste, é menos favorável à prática da agricultura. No
 Dimensão média das explorações : 53 ha (UE : 18,5 ha). vale do Mosela, a este, produz-se a vinha.
 54 % da superfície agrícola estão em regime de arrenda-
mento.

Principais grandes culturas As produções animais


Trigo 61 000 toneladas 105 000 000 Bovinos 210 000 cabeças 82 000 000
Cevada 63 000 toneladas 53 000 000 Ovinos 7 000 cabeças 95 000 000
Batata 21 000 toneladas 50 000 000 Suínos 85 000 cabeças 123 000 000

Uma vinha de qualidade

Vinho 160 000 hl 155 000 000

52.
Países Baixos

 Terras arrancadas ao mar  Uma densidade muito elevada


Os Países Baixos (540 840 km ) encontram-se nas planícies
2
Os Países Baixos têm uma população de mais de 16 milhões
do noroeste da Europa. A Norte e a Oeste do país, encontra- de habitantes, com uma densidade populacional média de
se o Mar do Norte. Uma grande parte do país encontra-se 452 habitantes por km2. Este valor faz deste país o país de
abaixo do nível do mar. Os pólderes são terras conquistadas maior densidade populacional da União Europeia e um dos
ao mar. A terra é sulcada por lagos, rios e canais. A região a países mais densamente povoados do mundo. A densidade
sudeste apresenta um relevo de planaltos ; é a única região populacional alcança o seu nível máximo na conurbação de
protegida pelas inundações em caso de ruptura dos diques. Randstad, que engloba as cidades de Amesterdão, Haia,
O ponto mais alto é o Vaalserberg, com uma altura de 321 Roterdão e Utrecht.
metros, em Limbourg. O neerlandês é a língua nacional. Na zona nordeste do país,
Os Países Baixos estão divididos em doze províncias. na província da Frísia, fala-se uma segunda língua oficial, o
frísio.

 Uma agricultura altamente  Os jardineiros da europa


mecanizada Os terrenos agrícolas foram conquistados ao mar ou conse-
 2 000 000 ha de terrenos agrícolas. guidos à custa das charnecas e das turfeiras do delta do
 Existem 108 000 explorações agrícolas, 1,5 % das quais têm Reno, do Mosa e do Escalda e das colinas arenosas que o
mais de 100 ha. rodeiam.
 Dimensão média das explorações : 19 ha (UE : 18,5 ha). 28 % Esta luta difícil traduz-se pelo aparecimento de ilhéus de
dos terrenos agrícolas estão em regime de arrendamento.. agricultura de alto rendimento, que não se limita aos pól-
 A agricultura produz 3 % da riqueza do país e emprega 5 % deres. Uma agricultura mais tradicional é mantida na
dos trabalhadores (210 000 pessoas, 27 % das quais são Zelândia e na Frísia. A zona de Randstad continua a minar o
assalariadas). espaço rural.
 A horticultura representa 42 % do valor da produção agrícola.

 A exploração de flores de corte é particularmente impor-

tante (16 % do valor da produção agrícola).

Horticultura primeiro Criação intensiva


Legumes frescos 3 700 000 toneladas 52 700 000 Bovinos 4 000 000 cabeças 82 000 000
Frutas de mesa 714 000 toneladas Ovinos 1 500 000 cabeças 95 000 000
Suínos 13 000 000 cabeças 123 000 000

Leite 11 500 000 toneladas 124 000 000


As grandes culturas Manteiga 150 000 toneladas
Queijo 630 000 toneladas
Trigo 1 100 000 toneladas 105 000 000 Ovos 580 000 toneladas 7 500 000
Cevada 240 000 toneladas 53 000 000
Batata 8 000 000 toneladas 50 000 000 Carne 2 600 000 toneladas
Beterraba açucareira 7 000 000 toneladas 117 000 000 da qual carne de aves 675 000 toneladas
Açúcar de 1 100 000 toneladas 17 000 000
beterraba A pesca

Pesca 510 000 toneladas 5 975 000


A madeira
53.
Madeira bruta 9 000 000 m3
Áustria

 Um país montanhoso  Um quarto dos austríacos vive na


A República da Áustria, na Europa Central, é um país mon- capital
tanhoso onde os Alpes ocupam os dois terços da superfície A população austríaca é de 8,1 milhões de habitantes.
do solo. O ponto culminante é o Grossglockner, que se Viena, a capital, conta com mais de 1,7 milhões de habi-
eleva a 3 797 m. tantes..
A superfície total é de 83 857 km2. A Áustria é composta por
nove Estados federais (Länder).

 40 % de terrenos agrícolas  Uma agricultura de piemonte


 3 420 000 ha de terrenos agrícolas. A Áustria associa uma agricultura de montanha orientada
 210 000 explorações, sendo que 1,5% ultrapassam os 100 ha. para a criação leiteira e uma agricultura de piemonte mais
 Dimensão média das explorações : 16 ha (UE : 18,5 ha). diversificada. As margens do Danúbio acolhem vinhas cuja
 21 % dos terrenos agrícolas são em regime de produção é principalmente destinada ao mercado nacional.
arrendamento.
 A agricultura produz 2 % da riqueza do país (P.I.B.) e
emprega 7 % dos trabalhadores (180 000 pessoas, sendo
10 % assalariadas).

As culturas Frutas e legumes


Trigo 1 200 000 toneladas 105 000 000 Legumes frescos 530 000 toneladas 52 700 000
Cevada 1 200 000 toneladas 53 000 000 Frutas de mesa 200 000 toneladas
Milho 1 700 000 toneladas 36 000 000
Batata 1 000 000 toneladas 50 000 000
Beterraba doce 3 000 000 toneladas 117 000 000

Vinha Os Bovinos e Suínos dominam


Vinho 2 800 000 hl 155 000 000 Bovinos 2 000 000 cabeças 82 000 000
Suínos 3 000 000 cabeças 123 000 000

Leite 3 100 000 toneladas 124 000 000


Manteiga 45 000 toneladas
A madeira Queijo 102 000 toneladas
Aves de capoeira 107 000 toneladas
Madeira bruta 11 000 000 m3 Ovos 100 000 toneladas

54.
Portugal

 Mediterrânico e atlântico  Uma terra de emigração


A República de Portugal (91 980 km ) delimita o litoral atlân-
2
Portugal tem uma população de 10 milhões de habitantes. A
tico da península Ibérica. Possui dois arquipélagos no Oceâno densidade média aumentou para 107 habitantes por km2,
Atlântico, os Açores e a Madeira. sendo mais elevada em toda a zona costeira a norte de Lisboa.
Os Açores e a Madeira são regiões autónomas. Lisboa e Porto são as principais cidades.
Avalia-se em 3 milhões o número de portugueses dispersos
pelo mundo, sendo a França, a Alemanha e o Luxemburgo os
destinos tradicionalmente mais escolhidos dentro da União
Europeia.

A agricultura produz cerca de um A agricultura mediterrânica menos


quinto da riqueza do país irrigada
 3 800 000 ha são destinados à agricultura. Devido à influência do Oceano, a agricultura portuguesa é a
 Existem 420 000 explorações agrícolas sendo que 2 % ultra- menos irrigada das agriculturas mediterrânicas. As terras irri-
passa os 100 ha. gadas constituem uma fraca percentagem das terrenos agrí-
 Dimensão média das explorações : 9 ha (UE : 18,5 ha). colas. Fora dos maciços montanhosos não cultivados, domi-
 29 % dos terrenos agrícolas são em regime de arrendamento. nam as regiões de cultivo com pluviosidade. Uma especiali-
 A agricultura produz 17 % da riqueza (P.I.B.) e emprega dade : as plantações de sobreiros para a produção de rolhas.
17 % dos trabalhadores (520 000 pessoas sendo 18 %
assalariadas).

Produções mediterrânicas Criador de ovinos


Arroz 143 000 toneladas 2 400 000 Bovinos 1 000 000 cabeças 82 000 000
Azeite 334 000 toneladas 9 724 000 Ovinos 3 600 000 cabeças 95 000 000
Huile d’olive 40 000 toneladas Suínos 2 000 000 cabeças 123 000 000
Vinho 5 500 000 hl 155 000 000 Aves de capoeira 270 000 toneladas
Citrinos 324 000 toneladas 8 710 000 Ovos 85 000 toneladas
Frutas de mesa 712 000 toneladas Queijo 65 000 toneladas
(incluíndo citrinos) Lã 9 000 toneladas
Legumes frescos 2 700 000 toneladas 52 700 000

Grandes culturas Madeira bruta


Trigo 360 000 toneladas 105 000 000 Bois brut 47 000 000 m3
Milho 800 000 toneladas 36 000 000
Cevada 30 000 toneladas 53 000 000
Batata 1 000 000 toneladas 50 000 000
A Pesca

Pesca 210 000 toneladas 5 975 000

55.
Finlândia

 Banhada pelo mar báltico  Uma densidade muito enfraquecida


A República da Finlândia (Suomi, em finlandês) estende-se A Finlândia tem uma população de 5 milhões de habitantes
na zona setentrional da Europa. É banhada pelo Mar Báltico a e uma densidade média de 16 habitantes por km2. Cerca de
oeste e a sul. A Finlândia ocupa uma superfície de mais de 338 60 % da população vive nas zonas urbanas.
000 km2. Existem inúmeros lagos (milhares), muito presente Helsínquia agrupa 500 000 habitantes.
na zona leste do país. As explorações agrícolas só existem no A vida rural representa um grande atrativo para os
Sul do país. Finlandeses. Existem mais de 400 000 residências de Verão
em toda a zona rural finlandesa.
Uma pequena população lapónica (Sami) vive na região
Norte. Possui a sua própria língua e manteve, em certa medi-
da, o seu estilo de vida tradicional. Existem duas línguas ofi-
ciais na Finlândia : 93,4 % da população fala finlandês e 5,9 %
fala sueco.

A agricultura finlandesa  Silvicultura em primeiro lugar


 2 200 000 ha de terras estão destinadas à agricultura. A floresta cobre 2/3 do país (floresta boreal de coníferas, a
 Existem 91 400 explorações agrícolas sendo que 2 % possui Norte, floresta mista mais a sul). As turfeiras, existentes na flo-
mais de 100 ha. resta ou zonas desarborizadas, representam 30 % do territó-
 Dimensão média das explorações agrícolas : 24 ha (U.E. : rio. A silvicultura e as indústrias a ela ligadas, como a indústria
18,5 ha). de pasta de papel e de papel, constituem uma das bases da
 22% dos terrrenos agrícolas são em regime de arrendamento. economia do país.
 A agricultura produz 6 % da riqueza do país (P.I.B.) e A sul da floresta, existe a lavoura.
emprega 9 % dos trabalhadores (126 000 pessoas sendo A produção leiteira representa 40 % do valor da produção
que 6 % são assalariadas). agrícola total ; a criação de renas representa menos de 5 %
(constitui um rendimento particularmente importante na
Lapónia).

Um rebanho de 196.000 renas Principal produtor de pasta de papel


Bovinos 1 000 000 cabeças 82 000 000 Floresta 20 000 000 ha
Suínos 1 000 000 cabeças 123 000 000 Papel 10 000 000 toneladas
Aves de capoeira 61 000 cabeças (25 % das exportações mundiais)
Renas 196 000 cabeças 400 000 Papel de jornal 1 500 000 toneladas
Madeira bruta 30 000 000 m3
Leite 2 500 000 toneladas 124 000 000
Manteiga 53 000 toneladas
Queijo 90 000 toneladas
Ovos 63 000 toneladas

A Pesca As culturas não estão ausentes

Pesca 145 000 toneladas de pescado 5 975 000 Aveia 1 588 000 toneladas
Trigo 254 000 toneladas 105 000 000
Cevada 1 900 000 toneladas 53 000 000
Centeio 24 000 toneladas
Batata 1 000 000 toneladas 50 000 000
Beterraba açucareira 1 000 000 toneladas 117 000 000
Açúcar de beterraba 160 000 toneladas 17 000 000
Legumes frescos 240 000 toneladas 52 700 000
Frutas de mesa 13 000 toneladas
56.
Suécia

O mais vasto país nórdico  Fraca densidade populacional


Situada no centro da Europa setentrional, a Suécia é o mais A Suécia possui uma população de 9 milhões de
vasto (450 000 km2) e o mais populoso Estado nórdico. habitantes, sendo que 85 % vivem na metade sul do país. A
Metade da superfície terrestre é ocupada pela floresta e densidade média da população é de 21 habitantes por km2.
menos de 10 % são destinados à agricultura. Perto de mil A população Sami (lapões) conta com 15 000 a 17 000
lagos invadem os campos, que são relativamente planos. pessoas..
Uma longa cadeia montanhosa, a Skanderna, estende-se a
nordeste e culmina a 2 123 m.

 Explorações agrícolas extremamente  Dois grandes espaços agrícolas


vastas O norte do país permanece sem cultivo. A floresta boreal de
 3 100 000 ha de terrenos agrícolas. coníferas e a floresta mista norte-europeia a sul cobrem a
 Existem 89 600 explorações, 8% das quais têm mais de 100 ha. maior parte do país. Na metade sudeste duas vastas « clarei-
 Dimensão média das explorações : 35 ha (UE : 18,5 ha). ras » agrícolas enquadram a aglomeração de Estocolmo e o
 48 % dos terrenos agrícolas são em regime de arrendamento. seu prolongamento em direcção a sudoeste.
 A agricultura produz 2 % da riqueza do país (P.I.B.) e

emprega 3 % dos trabalhadores (82 000 pessoas sendo


24 % assalariadas).

Culturas industriais Criações diversificadas

Aveia 1 200 000 toneladas Bovinos 2 000 000 cabeças 82 000 000
Trigo 2 000 000 toneladas 105 000 000 Ovinos 440 000 cabeças 95 000 000
Cevada 1 900 000 toneladas 53 000 000 Suínos 2 000 000 cabeças 123 000 000
Batata 1 000 000 toneladas 50 000 000 Renas 200 000 cabeças 400 000
Beterraba doce 3 000 000 toneladas 117 000 000 Carne de aves 87 000 toneladas
Açúcar de beterraba 500 000 toneladas 17 000 000 Leite 3 300 000 toneladas 124 000 000
Legumes frescos 250 000 toneladas 52 700 000 Manteiga 59 000 toneladas
Frutas de mesa 29 000 toneladas Queijo 128 000 toneladas
Ovos 106 000 toneladas

Principal produtor europeu


de madeira bruta A pesca

Florestas 24 500 000 ha Pesca 410 000 toneladas de pescado 5 975 000
Madeira bruta 47 000 000 m3
produzida em 98

57.
Reino-Unido (Inglaterra, País de Gales, Escócia, Irlanda do Norte)

 Um arquipélagono atlântico, no mar  Uma forte densidade


do norte e na mancha A população do Reino-Unido atinge os 60 milhões de
O Reino-Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte possui habitantes, com uma densidade média de 239 habitantes
uma superfície de 244 111 km2. por km2.
Engloba : Londres, a capital, conta com 7 milhões de habitantes.
 A ilha da Grã-Bretanha, constituída pela Inglaterra,

Escócia, e País de Gales, de longe a maior,


 Irlanda do Norte (Ulster), situada na parte nordeste da

ilha da Irlanda.

 Grandes explorações agrícolas  Progressivamente mais intensiva para


 16 170 000 ha de terrenos agrícolas. sudeste
 233 000 explorações agrícolas sendo que 18 % possui mais A agricultura do Reino-Unido intensifica-se de noroeste para
de 100 ha. sudeste passando pelas selvagens terras altas escocesas até às
 Dimensão média das explorações : 70 ha (U.E. : 18,5 ha). planícies de trigo do sudeste de Inglaterra. Entre estes dois
 35 % dos terrenos agrícolas são em regime de arrendamento. extremos : uma zona de pastagens naturais seguida de uma
 A agricultura produz 2 % da riqueza do país (P.I.B.) e zona de culturas para pasto de gado, orientadas para a
emprega 2 % dos trabalhadores (ou seja, 416 000 de pes- criação.
soas, sendo 38 % assalariadas).

8º produtor mundial de cevada Rei da carne de carneiro na Europa

Trigo 1 500 000 toneladas 105 000 000 Bovinos 11 000 000 cabeças 82 000 000
Cevada 7 500 000 toneladas 53 000 000 Ovinos 28 000 000 cabeças 95 000 000
(8º a nível mundial) Suínos 6 000 000 cabeças 123 000 000
Batata 7 000 000 toneladas 50 000 000
Beteraba doce 10 500 000 toneladas 117 000 000 Leite 15 000 000 toneladas 124 000 000
(10º a nível mundial) Manteiga 140 000 toneladas
Açúcar de beteraba 1 700 000 toneladas 17 000 000
Queijo 400 000 toneladas 17 000 000
Carne 4 000 000 toneladas
Proveniente de
aves de capeira 1 500 000 toneladas
Ovos 600 000 toneladas
Lã 70 000 toneladas
Frutas e legumes

Legumes frescos 2 850 000 toneladas 52 700 000


Frutas de mesa 310 000 toneladas

A madeira A pesca

Madeira bruta 4 700 000 m3 Pesca 830 000 toneladas 5 975 000

58.
IV. O CONSELHO EUROPEU DOS JOVENS
AGRICULTORES (CEJA)

Fundado em Roma em 1958, o CEJA engloba actualmente 22 organizações membros dos 15 países
da União Europeia e 6 membros associados do Chipre, da Polónia, da Hungria, da República Checa,
da Bulgária e da Eslovénia, que representam em conjunto os interesses de cerca de um milhão de
jovens agricultores.

Os objectivos do CEJA :

 Informar, formar, organizar e representar os jovens agricultores na Europa,


 Facilitar a instalação de jovens no domínio agrícola,
 Actuar como fórum de comunicação e de diálogo entre os jovens agricultores na Europa,
 Promover o desenvolvimento da agricultura e das zonas rurais no seio da União Europeia,
 Informar a sociedade sobre os papéis da agricultura.

As preocupações do CEJA

 Fazer prevalecer condições e incentivos económicos à instalação de empresários agrícolas,


 Reagir face ao envelhecimento da população agrícola profissional,
 Acompanhar o desenvolvimento da política agrícola comum (PAC) fomentando o debate
para além das revisões sectoriais da Agenda 2000 previstas para 2002-2003
 Encorajar o desenvolvimento de um comércio equitativo e em conformidade com o livre-
câmbio promovido pela Organização Mundial do Comércio,
 Aumentar o seu envolvimento no processo de alargamento, nomeadamente através da cria-
ção de laços fortes e estáveis entre os jovens agricultores dos Países da Europa Central e
Oriental (PECO),
 Continuar a garantir a máxima protecção dos consumidores e o melhor diálogo possível
 Continuar a informar, encorajar as trocas e consolidar a informação entre jovens agricultores
na Europa,
 Dar atenção às novas ferramentas no sector agrícola.

CEJA 23-25 rue de la science


Bte 11
1040 Bruxelles
tel : +32.2.230.42.10
fax : +32.2.280.18.05
http://www.ceja.org
ceja@ceja.be

59.
Organizações de jovens agricultores, membros do CEJA

BELGIUM/ BELGIE / BELGIUM ESPAGNE / ESPAÑA / SPAIN

GROENE KRING (VZW) JUVENTUDES AGRARIAS DE COAG


Waversebaan 99 c/Agustín de Bethancourt 17, 5°
B-3050 OUD HEVERLEE E-28003 MADRID
Tél. +32/16/47 99 99 Tél. +34/91/534 63 91
Fax : +32/16/47 99 85 Fax : +34/91/534 65 37
e-mail : info@groenekring.be e-mail : coag.f@teleline.es

FÉDÉRATION DES JEUNES AGRICULTEURS (FJA) ASOCIACIÓN AGRARIA JÓVENES


Chaussée de Namur 47 AGRICULTORES (ASAJA)
B-5030 GEMBLOUX Agustin de Bethancourt 17,
Tél. +32/81/60 00 60 E-28003 MADRID
Fax +32/81/60 05 27 Tél. +34/91/533 67 64
e-mail : fnjap@skynet.be Fax : +34/91/534 92 86
e-mail : asaja@asaja.com
DANEMARK / DENMARK
FRANCE
DANMARKS LANDBOUNGDOM
Udkaersvej 15, Skejby JEUNES AGRICULTEURS (JA)
DK-8200 ÅRHUS N 14, rue La Boétie
Tél. +45/87/40.50.00 F-75 382 PARIS cedex 08
Fax +45/87/40.50.85 Tél. +33/1/42 65 17 51
e-mail : lnm@lr.dk Fax +33/1/47 42 62 84
e-mail : jeunes.agriculteurs@wanadoo.fr
ALLEMAGNE / DEUTSCHLAND /
GERMANY IRLANDE / EIRE / IRELAND

BUND DER DEUTSCHEN LANDJUGEND (BDL) MACRA NA FEIRME


Ernst-Reuter Platz 3-5 Irish Farm Centre, Bluebell
D-10587 Berlin IRL-DUBLIN 12
Tél. +49/30.31.904.253 Tél. +33/1/42 65 17 51
Fax +49/30.31.904.206 Fax +33/1/47 42 62 84
e-mail : info@landjugend.de
ITALIE / ITALIA / ITALY
GRECE / ELLAS / GREECE
ASSOCIAZIONE NAZIONALE GIOVANI
PANHELLENIC FEDERATION OF YOUNG AGRICOLTORI (ANGA)
FARMERS’ ORGANIZATIONS (GESASE) Corso Vittorio Emanuele 101
Kifisias avenue 16, I-00186 ROMA
GR-11526 ATHENS Tél. +39/06/686 98 50
Tél. +30/1/77 117 11 Fax +39/06/686 49 49
Fax +30/1/77 101 57 e-mail : anga@mail.confagricoltura.it
e-mail : KKOSTAS@comline.gr

60.
MOVIMENTO GIOVANILE-CONFEDERAZIONE PORTUGAL
NAZIONALE COLTIVATORI DIRETTI (CNCD)
Via XXIV Maggio 43, ASSOCIAÇAO DOS JOVENS AGRICULTORES
I-00187 ROMA DE PORTUGAL (AJAP)
Tél. +39/06 46 82 394 - 48 24 371 Rua D. Pedro, V, 108-2°
Fax +39/06 46 82 393 P-1250 LISBOA
e-mail : ciotta@coldiretti.it Tél. +351/213 431 485/6/7/8
Fax +351/213 431 490
ASSOCIAZIONE GIOVANI IMPRENDITORI e-mail : ajap@ajap.pt
AGRICOLI (AGIA-CIA)
Via Flaminia 56 FINLANDE / FINLAND
I-00196 ROMA
Tél. +39/06 32 03 564 CENTRAL UNION OF AGRICULTURAL
Fax +39/06 32 03 566 PRODUCERS AND FOREST OWNERS (MTK)
e-mail : R.Zambelli@cia.it P.O. Box 510
SF-00101 HELSINKI
LUXEMBOURG Tél. +358/9/13 11 51
Fax +358/9/13 11 5408
LETZEBUEGER JONGBAUEREN A JONGWENZER e-mail : marjatta.boman@mtk.fi
5 Avenue Marie-Thérèse
L-2132 LUXEMBOURG SUEDE / SWEDEN
Tél. +352/447 43 252
Fax +352/447 45 1 LRF-Ungdomen
Klara Östra Kyrkogata 12
CENTRALE PAYSANNE - Service jeunesse - S-105 33 STOCKHOLM
Lëtzebuerger Bauerejugend Tél. +46/8 787 5000 - 787 5482
Bd. d’Avranches 16 Fax +46/8 200 832
L-2980 LUXEMBOURG e-mail : lrf.ungdomen@lrf.se
Tél. +352/48 81 61-1
Fax +352/40 03 75 ROYAUME-UNI / UNITED KINGDOM
e-mail : letzeburger.bauer@netline.lu
THE YOUNG FARMERS’CLUBS OF ULSTER (YFC)
PAYS-BAS / NEDERLAND 475 Antrim Road
UK-BELFAST BT15 3BD, Northern Ireland
NEDERLANDS AGRARISCH JONGEREN Tél. +44/1232 37 07 13
KONTAKT (NAJK) Fax +44/1232 77 79 46
Postbus 816 e-mail : yfc@dnet.co.uk
NL-3500 AV UTRECHT
Tél. +31/30/27 69 869 SCOTTISH ASSOCIATION OF YOUNG
Fax +31/30/27 10 577 FARMERS’CLUBS (SAYFC)
e-mail : post@najk.nl Ingliston, Newbridge
UK-MIDLOTHIAN EH28 8NE, Scotland
AUTRICHE / AUSTRIA Tél. +44/131 333 24 45
Fax +44/131 333 24 88
ÖSTERREICHISCHE LANDJUGEND e-mail : finlay@cm-systems.co.uk
Löwelstraße 12
A-1014 WIEN NATIONAL FEDERATION OF YOUNG FARMERS’
Tél. +43/1 53 441 306 CLUBS (NFYFC)
Fax +43/1 53 441 328 National Agricultural Centre, Kenilworth,
e-mail : pkfoerd@pklwk.at UK-WARWICKSHIRE CV8 2LG
Tél. +44/1247 6857 200
Fax +44/1247 6857 229
e-mail : post@nfyfc.org.uk

61.
VI. CONTACTOS ÚTEIS

BELGIUM  Landbrugets Samfundskontakt / Public


relations service of the Danish farmers
 Plattelandsklassen Axeltorv 3
Leemweg 24 1609 København V
B-9980 Sint-Laureins Tél. + 45/3314 5672
Tél. + 32/9/379 74 77 Web site : www.Samfundskontakt.net/
Fax + 32/9/379 74 78
E-mail : info@plattelandsklassen.be Landbrugets Samfundskontakt is a department of
Web site : http://plattelandsklassen.be Danish Agricultural Council. The purpose of
“Landbrugets Samfundskontakt” (public relation ser-
A Flemish organization aiming at promoting country vice of the Danish farmers) -is to increase understan-
life and regional environment through visits to farms ding between townspeople and farmers. We improve
and education materials. the contact between them- by providing towns-
people- with information about farming and also by
DENMARK inviting as many of them as possible to see and expe-
rience farming.
 Danmarks Landboungdom / Danish Young Experiences
Farmers Organization : Farm visits are organised for both adults and children.
Udkærsvej 15, Skejby Come and see how your food is produced - and how
8200 Århus N. the farmer is managing the environment of the open
Tél. + 45/8740 5000 country.
Web site :www.Landboungdom.dk Information
Exhibitions, debates, lectures and information about
The Danish Young Farmers organization is a national farming, livestock, food, consumption etc.
democratic organisation with 84 local unions distribu- If you need a visiting teacher, a lecturer, a panellist or
ted by 14 regional organizations. The organization a co-organiser for an event about farming or food, we
has about 6600 members between 16 and 35 years. would be pleased to help you find the right person.
All young people interested in rural life or agriculture
can be a member of The Danish Young Farmers.  Landbrugsrådet / Danish Agricultural
Council
The objective of the Danish Young Farmers Axelborg
Organization is to promote the general purpose of the Axeltorv 3
farm youth work, which is : 1609 København V
- To inform young people on agricultural conditions Tél. +45/3314 5672
and to give advice on the content and extend of the Web site : www.Landbrugsrådet.dk
agricultural education.
- To offer young people participation to the agricultu- Danish Agricultural Council is a joint committee of the
ral education and in arrangements of general and main agricultural organizations in Denmark. They
social character. represent farmers’ unions, co-operatives and other
- To offer them a background for attending in the agricultural relations.
democratic management of the agricultural unions
work.  Danmarks 4H / Danish 4H
- To contribute to greater independence, sense of res- Udkærsvej 15, Skejby
ponsibility and interest in the social conditions among 8200 Århus N
young people in rural areas. Tél. + 45/8740 5000
- To be industrial political spokesmen for young far- Web site : www.Danmarks4H.dk
mers.
The Danish 4H organization is arranging practical acti-
vities for children and young people. They can make
individual or group projects in relation to animals,
nature, gardening and household. Around Denmark
there are also a number of 4H-farms.

62.
 Landbrugets Rådgivningscenter / The  The Danish Outdoor Council
Danish Agricultural Advisory Centre The Council is an umbrella organisation for more than
Udkærsvej 15, Skejby 90 Danish NGOs, who are all involved in outdoor acti-
8200 Århus N vities. The primary purpose of the Council is to pro-
Tél. + 45/8740 5000 mote the access to outdoor recreation for NGOs and
Web site : www.lr.dk the general public, while also taking environmental
and nature protection issues under consideration. The
The Danish Agricultural Advisory Centre (DAAC) is Danish Outdoor Council is the Danish member of the
organized and owned by The Danish Farmers’’ Unions Foundation for Environmental Education in Europe,
and The Danish Family Farmers’’ Associations. DAAC’’s and hosts the European Co-ordinations for both the
International Department is offering to other countries Learning About Forests and the Blue Flag pro-
its assistance in core activities closely linked to exper- grammes. More information on the Council can be
tise put into practise in Denmark like : found at : www.friluftsraadet.dk
- Development of agricultural advisory systems based
on user influence - in co-operation with farmers’ orga-
nizations
- Development of links between the agricultural advi-
sory service and the agricultural schools for future far-
mers
- Development of links between the agricultural advi-
sory service and the agricultural research institutes
and universities.

 Arla Foods amba


Skanderborgvej 277
P. O. Box 2400
DK-8260 Viby J
Tél. +45/89 38 10 00
Fax +45/86 28 16 91
E-mail : arla@arlafoods.com

Arla Foods’ objective is to be the consumers’ and cus-


tomers’ preferred dairy. In Northern Europe - with a
wide range of dairy products.
In Southern Europe - with selected ranges of cheese
and butter.
Outside Europe - with a product range adapted to the
individual markets.
Moreover, Arla Foods intends to maintain and develop
its position as an innovative global supplier of added
value, milk-based ingredients for leading food produ-
cers throughout the world.
Other links (web sites) where to find facts about
Danish agriculture :
www.landbrug.dk
www.agrofact.dk

63.
 The Foundation for Environmental GERMANY
Education in Europe
The Foundation for Environmental Education in  IMA - Information. Medien. Agrar
Europe is a truly European organisation, which is Auerberger Allee 1
rapidly becoming Global. Its founding fathers were D-53117 Bonn
experts of a group on environmental education of the Tél. +49/228/ 55 979 0
Council of Europe. Representatives of France, Spain, Fax +49/228/ 55 979 20
Germany and Denmark signed the founding charter in Web site : www.ima-agrar.de
1981 in the Netherlands.
The aim of the Foundation for Environmental Informations and teaching medias about/for “school
Education in Europe is to foster environmental educa- and agriculture”.
tion. This aim is fulfilled through both environmental
education actions, lobbying and awareness raising at  Centrale Marketing-Gesellschaft der
national and European level. The Foundation is, howe- deutschen Agrarwirtschaft
ver, first and foremost a pragmatic and action-orien- Web site : www.cma.de
ted organisation.
Presently, the organisation includes members from Information about food
more than 20 European countries. They represent all
corners of Europe : North, South, East and West.  Auswertungs- und Informationsdienst für
You can learn more about the Foundation for Ernährung, Landwirtschaft und Forsten
Environmental Education in Europe and its pro- (aid)
grammes at : Friedrich-Ebert-Str. 3
www.feee.org D-53177 Bonn
www.blueflag.org Tél. +49/228/ 84 99 0
www.eco-schools.org Fax +49/228/ 84 99 177
www.youngreporters.org E-mail : aid@aid.de
www.learning-about-forests.org Web site : www.aid.de

 Learning About Forests Teaching medias for food agriculture, environment


The Learning About Forests programme is the fourth
programme of the Foundation for Environmental  Agranet
Education in Europe. The goal of the Learning About Web site : www.agranet.de
Forests programme is to inspire the participating
countries to help pupils and teachers of primary Portal-site for facts about German agriculture (various
schools to use the forests as an outdoor learning faci- institutions)
lity. Pupils and teachers will be introduced to life in the
forests, and learn to appreciate the forests as part of GREECE
modern society. The programme focus on the values
that the forest represents to us all, both for outdoor  OGEEKA DEMETRA
enjoyment and as a renewable and sustainable resour- 29 Acharnon
ce that can be used and re-used. The programme thus 10432 Athènes
helps to increase young peoples’ knowledge of forests
and the use of forests.
You can learn more about the programme at :  Ministère de l’agriculture
Learning About Forests European Co-ordination 2 Acharnon
The Danish Outdoor Council 10432 Athènes
Scandiagade 13
DK - 2450 Copenhagen SV
Denmark
Tél. +45/ 33 79 00 79
Fax +45/ 33 79 01 79
E-mail : kam@friluftsraadet.dk
Homepage : www.learning-about-forests.org

64.
SPAIN THE NETHERLANDS
 www.redr.es  NAJK
Postbus 816
The Spanish Rural Development Network is an associa- 2500 AV Utrecht
tion made up of 164 local action groups working Tél. +31 30 2769869
throughout Spain to promote rural development. Fax +31 30 2710577
99 of these groups are responsible for managing the E-mail : post@nakj.nl
“Leader” project and the remaining 65 are involved in Web site : www.najk.nl
the national “Proder” programme.
www.infoagro.com provides information on agricul-  Agriterra
tural training courses and centres of education. Willemsplein 43-ii
The following websites provide news on agriculture 6811 KD Arnhem
and agriculture and environment policy : Tél. + 31 264455445
www.agroterra.com ; Fax +31 264455978
www.agroguia.com ; E-mail : agriterra@agriterra.nl
www.europaagraria.com ; Web site : www.agriterra.org
www.elagricultor.com ;
www.agricultura.com ; AUSTRIA
www.lagacetarural.com ;
www.agrodigital.com  Österreichische Landjugend
Löwelstrasse 12, 1010 Wien
 Spanish Teachers’Association Tél. 01/53441-0
Web sites : www.aede.org www.landjugend.at
www.aede.org/espana aktuelle Veranstaltungen

IRELAND  Österreichische Jungbauernschaft


Brucknerstrasse 6, 1040 Wien
 Agri Aware Tél. 01/5058173-0
Waverley Office Park www.jungbauern.at
IRL-Dublin 12 über 600 Agrarlinks
Tél. +353/1/ 460 11 03/05
Fax + 353/1/450 89 12  Aktuelle Agrarinformation
Web site : www.agriaware.ie www.agrar-net.at

Teaching medias for food agriculture, environment PORTUGAL


 Bord Glas  Associação dos Jovens Agricultores de
Web site : www.bordglas.ie Portugal
Rua D. Pedro V, 108 – 2.º
The horticultural Development Board in Ireland. Bord P - 1269-128 Lisboa
Glas promotes increased consumption of all quality
horticultural produce.  Direcção Geral do Desenvolvimento Rural
Av. Defensores de Chaves, 6
LUXEMBOURG P – 1000 Lisboa
Tél. + 351 213579276
 Administration des Services Techniques de Fax + 351 213535872
l’Agriculture www.dgdrural.pt
Web site : http://www.asta.etat.lu/
 Direcção Geral de Veterinária
 Institut Viti-vinicole Largo da Academia das Belas Artes, 2
Web site : P – 1200 Lisboa
http://www.meridian.lu/vin/de/index.htm Tél. + 351 213239500
Fax + 351 213463518
 Office national du remembrememt www.dgv.min-agricultura.pt
Web site : http://www.etat.lu/ONR/

65.
 Gabinete de Planeamento e Política  MKL
Agro-Alimentar - GPPAA Urheilutie 6
Rua Padre António Vieira, 1 FIN-01300 VANTAA
P – 1070 Lisboa Tél. +358/9/4174 000
Tél. + 351 213819300 Fax +358/9/4174 0400
Fax + 351 213876635 Web site : www.agronet.fi/mkl

 Instituto Financeiro de Apoio ao MKL is an advisory organisation for farmers and rural
Desenvolvimento da Agricultura e Pescas – entrepreneurs.
IFADAP
Av. João Crisóstomo, 11  SLC
P – 1000 Lisboa Fredriksgatan 61 A 34
Tél. + 351 213116200 FIN-00100 HELSINGFORS
Fax + 351 213528030 Tél. +358/9/586 0460
www.ifadap.min-agricultura.pt Fax +358/9/694 1358

 Instituto Nacional de Garantia Agrícola – Central Union of Swedish speaking agricultural produ-
INGA cers (SCL) is covering the interests of agriculture,
Rua Fernando Curado Ribeiro, 4 – G forestery, horticulture and the whole countryside.SLC
P – 1600 Lisboa has 18 000 members and is active in the Swedish
Tél. + 351 21 7518500 speaking areas along the southern and western coast
Fax + 351 217518600 of Finland.
www.inga.min-agricultura.pt
 National Board of Education
 Ministério da Agricultura, Web site : www.edu.fi
Desenvolvimento Rural e das Pescas
Praça do Comércio Their web site gives information about Finnish educa-
P – 1149-010 Lisboa tion system.
Tél. + 351 21 3234600
Fax + 351 213234601 UNITED KINGDOM
www.min-agricultura.pt
 Royal Agricultural Society of England
FINLAND National Agricultural Centre
Stoneleigh Park
 Finfood UK-Warwickshire CV8 2LZ
Vernissakatu 8A Tél. +44/2476 696969
SF-01300 Vantaa Fax +44/2476 696900
Tél. +358/9/61 55 45 01 Web site : www.rase.org.uk
Fax +358/9/61 55 45 05
Finland´s Food Information Association is a govern-  Scottish Farm and Countryside
ment funded but functionally independent associa- Educational Trust
tion, the aim of which is to provide accurate and up- Royal Highland Centre
to-date information about Finnish agriculture and UK-Ingliston - Edinburgh EH 29 8NF
food production to consumers and the media. Our
main channels of distribution are the Internet and e-
mail, but the we also publish some printed material

 MTK
Simonkatu 6
P.O.Box 510
FIN-00101 HELSINKI
Tél. +358/9/1311 5316
Fax +358/9/1311 5409
Web site : www.mtk.fi
A central union of agricultural producers and forest
owners in Finland. It represents farming families, other
rural entrepreneurs and families owning forests.

66.
VII. OS AJUDANTES ESCOLARES EUROPEUS

As “parcerias escolares europeias” permitem o intercâmbio entre escolas de outros países da União
Europeia.

O programa “Socrates”
O novo tratado de Amesterdão, concede à União Europeia, nomeadamente, a responsabilidade de “pro-
mover o desenvolvimento do mais alto nível de conhecimentos dos povos por intermédio de um amplo
acesso à educação e à actualização permanente”.
O programa Socrates faz parte da política estabelecida pela Comissão Europeia para concretizar estas
orientações.

A acção 1 do programa Socrates (Comenius) está destinada ao ensino escolar:


A acção Comenius visa melhorar a qualidade e reforçar a dimensão europeia do ensino escolar (nomea-
damente, nas escolas do 1º e 2º Ciclo).
A Comunidade incentiva a cooperação transnacional entre as escolas subsidiando parcerias multilaterais
(acção 1: Parcerias escolares) através de projectos escolares.

Parcerias e projectos escolares:


A parceria deve abranger estabelecimentos escolhidos entre, no mínimo, três países elegíveis com um
grau de representação equilibrado sem predomínio de determinados países. É possível participar em
várias parcerias.
A responsabilidade da coordenação da parceria é confiada a um dos estabelecimentos participantes. Uma
das suas funções é assegurar a concretização do projecto e garantir a sua orientação pedagógica.
Diferentes domínios temáticos abrangentes podem constituir a base de desenvolvimento de um projecto.
Os projectos pluridisciplinares, e aqueles que desenvolvam métodos pedagógicos e tecnologias de infor-
mação e de comunicação inovadores, são particularmente incentivados.
Cada projecto escolar pretende desenvolver um ou vários temas, graças a um conjunto de actividades
educativas que devem:
- ser integradas nas actividades habituais do estabelecimento
- ser inseridas no programa de ensino
- implicar um ou vários grupos-aulas
- oferecer uma dimensão extra disciplinar o mais ampla possível.

Apoio financeiro
Para estes projectos, pode ser concedido um subsídio às parcerias escolares. A duração deste financia-
mento pode ser de 3 anos, mediante a realização de um exame anual.
Serão igualmente concedidas bolsas de modo a permitir aos funcionários dos estabelecimentos elegíveis
a persecução de visitas preparatórias, de uma semana no máximo, num outro país participante, lançando
assim as bases de um futuro projecto escolar.
Outro tipo de bolsas destinadas aos professores e aos directores dos estabelecimentos permite facilitar os
intercâmbios de professores (1 a 4 semanas), promover estágios em empresas destinados aos professores
(1 a 4 semanas), ou visitas de estudo (máximo 1 semana).

Contactos:
Os estabelecimentos que desejam participar nestas parcerias poderão entrar em contacto com os estabe-
lecimentos dos outros países através da sua Agência nacional Comenius ou por Internet no seguinte
endereço:
http://europa.eu.int/comm/education/socrates/comenius/index.html

67.
Conseil Européen des Jeunes Agriculteurs
23-25 Rue de la science Bte 11 • B-1040 Bruxelles • tel : + 32.2.230.42.10 • fax : + 32.2.280.18.05
Email : ceja@ceja.be • http://www.ceja.org

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