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CAPÍTULO I
Introdução
A ética é muitas vezes conotada como hábito de bem-fazer ao próximo. Porém muitos
confundem a ética e os costumes. Costume é algo que tem a ver com a cultura e hábitos de um
certo grupo social e a ética é algo que exige convenções, crença e aceitação de todos e tende a
orientar o que se deve ou o que não se deve fazer, diferencia o bem do mal.
No mundo actual os conflitos de interesses surgem como uma problemática muito relevante e
muito interessante. Hoje assiste-se a uma série de condutas preocupantes e típicas num conjunto
de classes profissionais que nos propomos aqui analisar.
Obviamente, que as profissões que aqui analisamos não são as únicas profissões em que se
colocam a problemática de conflitos de interesses. Ainda que os conflitos de interesses surjam
em diferentes profissões, o objecto que pretende acautelar é comum a todas elas. Neste sentido,
devemos referir que o que se visa proteger com a regulação dos conflitos de interesses é a
preservação de valores como a legalidade, lealdade, confiança e ética.
O presente trabalho enquadra-se na cadeira de Ética e Antropologia, do curso de Licenciatura em
Administração Pública e gestão” sob o tema “ Ética e Conflitos de Interesses na
Administração Pública” e está estruturado da seguinte forma: Capítulo I, que engloba para
além da Introdução, os Objectivos Geral e Específicos, e a Metodologia, Capítulo II que
apresenta o Enquadramento Conceptual e a Revisão da Literatura e por fim o Capitulo III
constituído pelas Considerações Finais e Referências Bibliográficas.
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1.2 Objectivos
1.2.1Geral
Compreender a Ética e conflitos de interesses na administração pública.
1.2.2 Objectivos específicos:
Descrever o papel dos Recursos Humanos na responsabilidade social
Descrever os conflitos de interesses;
Descrever as diferentes formas de procedimentos na tomada de decisão na AP;
Analisar os obstáculos na tomada de decisão na Administração Pública.
1.3 Metodologia
A elaboração deste trabalho foi possível através de técnica bibliográfica, que consistiu na revisão
da literatura de obras dos autores que abordam a Ética e conflitos de interesses, consulta
documental que consistiu na leitura de alguma legislação sobre a matéria.
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CAPÍTULO II
Para Chiavenato (1993, p. 500), Conflito significa a existência de ideias, sentimentos, atitudes
ou interesses antagónicos e colidentes que podem se chocar. Sempre que se fala em acordo,
aprovação, coordenação, resolução, unidade, consentimento, consistência, harmonia, deve-se
lembrar que essas palavras pressupõem a existência ou a iminência de seus opostos, como
desacordo, desaprovação, dissensão, desentendimento, incongruência, discordância,
inconsistência, oposição – o que significa conflito. O conflito é a condição geral do mundo
animal.
De acordo com Chiavenato (2004, p.416), “O conflito é muito mais do que um simples acordo
ou divergência: Constitui uma interferência activa ou passiva, mas deliberada para impor um
bloqueio sobre a tentativa de outra parte de alcançar os seus objectivos”.
Para Wisinski (1994, citado em Beck, 2009), o conflito é um fenómeno normal e natural. É visto
como uma dinâmica interpessoal e, quando tratado de maneira correcta, pode ser gerido, muitas
vezes resolvido e, provavelmente, terá resultados bastante criativos.
Segundo Chiavenato (1997: 710) a tomada de decisão “é o processo de análise e escolha entre
várias alternativas disponíveis do curso de acção que a pessoa deverá seguir ”.tem como
fundamento o guião da acção a ser praticada por exemplo: quando não analisada pode incorrer
em um erro, o processo disciplinar que não foi bem analisado e levado ao Tribunal
Administrativo pode voltar-se contra o instrutor e o dirigente que despachou-o,
Bem-estar Social - "É o bem comum, o bem da maioria, expresso sob todas as formas de
satisfação das necessidades colectivas. Nele se incluem as exigências naturais e espirituais dos
indivíduos colectivamente considerados; são as necessidades vitais da comunidade, dos grupos e
das classes que compõem a sociedade". (Netto, 1998).
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2.1.2 Revisão da Literatura
Muito se ouve falar em "conflitos de interesses", seja no âmbito relações humanas, institucionais
ou jurídicas, mas pouco se explica acerca deste termo tão amplo. De facto, penso que a expressão
carece de uma conceituação e não o faço aqui com o objectivo de esgotar o tema - longe disso -
mas apenas com o escopo de trazer breves consideração acerca dessa figura cada vez mais
comum na prática do Direito e das relações humanas, sociais, empresariais, etc., como um todo.
É comum assistirmos ao fim de relações humanas e institucionais antes que seus objectivos se
cumpram porque as partes entram em conflito. Com frequência, as desavenças se dão por
motivos facilmente superáveis, mas as pessoas envolvidas não sabem como buscar o
entendimento nem dispõem de instrumentos para tal. Em muitos casos, sequer percebem que se
envolveram em uma disputa e não entendem o fracasso da relação.
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(1)Netto, José P..2001.Ética e Crise dos projectos de transformação social. In D
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A dificuldade de identificar os conflitos decorre, principalmente, da falta de clareza com que o
problema se apresenta. É fácil perceber uma divergência se há ataques frontais, mas a maioria
das disputas assume contornos sutis. Duas pessoas que almejam o mesmo cargo, por exemplo,
não revelam suas intenções, mas fazem o que podem para desmerecer o concorrente.
Conflito, etimologicamente, traz a ideia de luta. A palavra latina conflictu quer dizer choque. O
estrategista prussiano Von Clausewitz, contemporâneo de Napoleão Bonaparte, afirmava que “o
conflito é o encontro de duas vontades irreconciliáveis”. As pessoas entram em conflito porque
percebem que têm menos poder e auto-estima do que seus interlocutores ou quando uma das
partes identifica uma invasão em seu espaço objectivo (corpo e bens) ou em seu mundo
subjectivo (sentimentos, valores, crenças e ideias).
Para que haja valores e mudanças na AP, deve se pautar por um código de conduta
nomeadamente:
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a) A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais que são
primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou
função, ou fora dele, já que reflectirá o exercício da vocação do próprio poder do Estado.
Seus actos, comportamentos e atitudes serão direccionados para a preservação da honra e
da tradição dos serviços públicos. Ex: ao receber um expediente do cidadão deve tratar
com urgência aceitável pela lei
b) O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim,
não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o
desonesto, consoante as regras. Ex: seguir as normas da AP
e) O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido
como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade,
o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior património. Ex: ele também
despido do seu poder de administrativo é um cidadão comum.
f) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida
particular de cada servidor público. Assim, os factos e actos verificados na conduta do
dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida
funcional. Ex: Um funcionário fora do serviço deve si comportar bem.
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g) Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do
Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente
declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo
constitui requisito de eficácia e moralidade, desejando sua omissão comprometimento
ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. Ex: Não dar informação ao
cidadão sobre a quantidade do armamento que o país usa.
h) Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que
contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública.
Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro,
da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto
mais a de uma Nação. Ex: o cidadão deve ser informado sobre o andamento do seu
expediente onde se encontra.
j) Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao sector em
que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra
espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou
ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços
públicos.
k) O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos
erros, o descaso e os acúmulos de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e
caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública. Ex; Não cumprir
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ordens ilegais dos seus superiores, retirar bens patrimoniais do Estado para o uso pessoal
do chefe.
Para que se alcance uma Função Pública que esteja à altura das necessidades do cidadão, é
necessário que ocorram algumas mudanças, em Moçambique, sendo implementados vários
programas com vista a tornar a Função Pública num verdadeiro servidor público, destacando o
programa de combate à corrupção e a reforma do sector público.
As normas éticas na função pública são acompanhadas pelo Universalismo; Padrões culturais e
sociais; Racional incluindo processos analíticos e cognitivos; Emoções ou com base nas
necessidades; Religiosos; Profissionalismo.
A tomada de decisões na administração pública pressupõe o seguimento de um conjunto de
deveres e obrigações estabelecidos no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado
(EGFAE) que devem ser interiorizados e compreendidos de forma a transformar a obrigação
devoção. Esta acção implica a formulação de normas éticas e deontológicas que deverão
determinar a conduta do funcionário no desempenho da actividade profissional.
Nestes termos, a tomada da decisão ética na Administração Pública deve ter em conta os
princípios éticos plasmados no artigo 6 da Lei n.º 16/2012 de 14 de Agosto em que o servidor
público, além dos deveres gerais contidos na CRM, e sem prejuízo do que dispõe a legislação
específica, pauta a sua actuação pelos seguintes deveres e princípios éticos:
Segundo (Mazula 2005) citando a Resolução nr. 10/97 de 29 de Julho, do Conselho de Ministros,
pode ler-se no “desempenho da sua valiosa e insubstituível função social, deve a administração
pública através dos seus funcionários, pautar a sua conduta por princípios, valores e regras
baseadas na justiça, na transparência e na ética profissional de forma a estabelecer e garantir a
necessária relação de confiança entre os cidadãos e os serviços públicos;
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Ainda o autor refere que de acordo com a Lei 7/2000 de 15 de Junho, explicita aquelas normas
de conduta aplicáveis aos titulares de cargos governativos, incidindo nas normas da ética
profissional e insistindo na transparência, no respeito e na dignidade no exercício das suas
funções; e citando o Decreto nr. 55/2000 de 27 de Dezembro, alarga aquelas normas de conduta
aos que cessaram as suas funções. Para além das normas acima mencionadas existem ainda as
seguintes:
Ex; A Administração pública tem obrigação de garantir o bem-estar do cidadão; ou seja todos
tem direito a educação gratuita de primeira e sétima classe.
Ex: O EGFAE é um instrumento legal, onde estão plasmados os direitos e deveres dos
funcionários públicos e as penas sancionais no caso de incumprimento dessas normas;
Ex: Todos os funcionários que exercem cargos de direcção e chefia tem obrigação de declarar os
seus bens anualmente, e não devem receber ofertas que influenciam na sua tomada de decisão.
Ex: Perspectiva-se aquilo que a nossa administração pública será ate 2025, tendo em conta que
verifica-se evoluicão em relação aos tempos passados, sendo que poucas instituições usam
maquinas de dactilografar, uso de computadores, internet, scâner, scapes, o que facilita a
resolução mediata na tomada de decisão.
Ex: No exercício das suas funções o funcionário público não deve se menter em esquema de
cobranças ilícitas e aliciamento
Lei nº 8/2003 (LOLE); Lei nº 7/98 de 15 de Junho (Conduta dos dirigentes superiores do
Estado);
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Ex: Estabelece normas de funcionamento dos serviços na administração local, por ex: Provincia,
Distrito, Localidade e prevê limites no exercício das suas funções. O dirigente máximo não deve
exceder aquilo que é as suas atribuições na tomada de decisão.
Todos nós temos uma hierarquia de valores que formam nosso sistema de valores. O sistema é
identificado em termos da relativa importância que atribuímos a valores como liberdade, prazer,
auto-respeito, honestidade, obediência e justiça, (Robbins, 2002:60).
Administração Pública como uma pessoa colectiva de direito Público, que goza de uma
personalidade jurídica, também defende alguns valores para o seu funcionamento a destacar:
Interesse público; legalidade; neutralidade; imparcialidade; integridade/honestidade;
responsabilidade; Altruísmo; justiça; Igualdade; Isenção.
De salientar que ao abordarmos a conduta ética na administração pública não podemos nos
omitir em citar os valores éticos a observar nomeadamente:
Prestação de contas no exercício das suas funções a Administração pública deve prestar
contas de cada exercício económico;
Justiça no exercício das suas funções e no seu relacionamento com as pessoas singulares
ou colectivas, a Administração Pública deve actuar de forma justa;
De acordo com Chiavenato (1997), tomar decisões - tarefa que estamos habituados a lidar em
nosso dia-a-dia - contudo actualmente estão desaparecendo as chamadas decisões sem ou de
pouca importância, a cada minuto decidimos coisas que irão repercutir seriamente em nosso
futuro, por isso, decidir não é simplesmente escolher entre o que se supõe ser certo ou errado. A
tomada de decisão é uma actividade complexa que envolve escolha entre alternativas, levando-se
em consideração uma série de critérios que auxiliam no processo decisório, com a finalidade
atingir metas.
O erro fundamental é presumir que, uma vez que muitas decisões deram certo elas tenham que se
repetir, ter confiança em suas decisões é fundamental - todas as decisões são passos para o
desconhecido, os tomadores de decisão de todos os níveis escolhem ou recusam um plano de
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acção. Contudo é muito fácil equivocar-se e tomar decisões erróneas. Pode haver escolhas que
não se tenha considerado – informações sobre opções podem ser imperfeitas, assim como o
conhecimento das circunstâncias presentes – a experiência do passado pode ser irrelevante – a
previsão do futuro pode ser ampla e ainda assim sujeita a grande margem de erro.
Para a teoria comportamental não é somente o administrador quem toma as decisões. Todas as
pessoas dentro de uma organização em todas as áreas de actividades, em todos os níveis
hierárquicos e em todas as situações estão continuamente tomando decisões relacionadas ou não
com seu trabalho. A organização é um complexo sistema de decisões que de forma fundamental
existe seis:
Tomador de decisão pessoa que faz a selecção entre várias alternativas de actuação;
Objectivos propósitos ou finalidade que o tomador de decisão alcançar com sua acção;
Preferências critérios com juízo de valor do tomador de decisão que vai distinguir a
escolha;
Estratégia direcção ou caminho que o tomador de decisão sugere para melhor atingir os
objectivos e que dependem dos recursos que se dispõem;
Situação aspectos ambientais dos quais vela-se o tomador de decisão, muitos dos quais
foram de controlo, conhecimento ou compreensão e que afectam a opção;
Segundo Chicuecue (2007), os obstáculos na tomada de decisão são manifestados nas relações
inter-pessoais dentro das organizações, tendo como principal enfoque, os seguintes paradigmas:
a) Obstáculos Estruturais
São aqueles em que se destaca a formalização, ou seja, o grau em que na organização enfatiza o
seguimento de regras e procedimentos no desempenho do papel de seus membros. A
centralização e concentração do poder constituem também uma barreira estrutural, contudo, no
contexto moçambicano esta barreira está sendo ultrapassada com a consolidação dos processos
de descentralização e desconcentração do poder.
Ex: A centralização do poder, isto é tido depende do órgão central para tomada de decisão, não
existe representação ao nível local com o poder de tomada de decisão, exemplo concreto, a
emissão do registo criminal depende do órgão central.
Dizem respeito às normas e influências de poder dentro das instituições. É comum na cultura
institucional vigente no serviço público onde impera o corporativismo e o desinteresse pelo
desempenho, a existência de normas e comportamentos que reforçam o conformismo, a
relutância em comunicar ideias hostilidades para com a pessoa divergente e o cultivo
generalizado da indiferença ou do medo da crítica.
Ex: O conformismo dos membros da organização, temendo expressar-se com medo de serem
conotados com qualquer filiação partidária que não seja do partido no poder.
c) Obstáculos Processuais
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São os ligados aos procedimentos e regulamentações que frequentemente inibem a inovação,
com ênfase na manutenção do status e a falta de estímulo à realização das tarefasde forma usuais.
O excesso da burocracia na Administração Pública, representa uma grande barreira processual.
Ex; Os funcionários não se empenham no máximo para o alcance dos objectivos da organização,
conformando-se simplesmente com a remuneração mensal
d) Obstáculos de Recursos
Ex: A colocação de técnicos que não se identicam com a organização, não tem nenhum mérito
para a realização das actividades que lhes são colocadas, estando na organização só por questão
de acomodação.
Residem nos membros individuais da organização ou no seu clima. Como por exemplo, citamos
o medo de correr riscos, a intolerância à ambiguidade, o dogmatismo, a inflexibilidade, entre
outros.
De acordo com Vasquez (2008) o problema do que fazer em cada situação concreta é um
problema prático-moral e não teórico-ético. Ao contrário, definir o que é bom não é um problema
moral, cuja solução cabe ao indivíduo em cada caso particular, mas um problema geral de
carácter teórico, de competência do investigador da moral, ou seja, do ético.
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CAPITULO III
O Estudo cumpriu os seus objectivos pois permitiu a compreensão profunda do tema ética nos
conflitos de interesses na AP. E atendendo a complexidade do tema, a autora considera que a
Administração Pública visa a prossecução do interesse público, no respeito pelos direitos e
interesses legalmente protegidos dos cidadãos e pautar pela ética na implementação e tomada de
decisões baseando-se nos instrumentos legalmente aprovados e sem descurar da parte moral do
tomador da decisão.
O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como
acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse
trabalho pode ser considerado como seu maior património.
A Função Pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida
particular de cada servidor público. Assim, os factos e actos verificados na conduta do dia-a-dia
em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida profissional
funcional.
Referências bibliográficas
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Chiavenato, Ildalberto (2003), Introdução a teoria geral da Administração. 7.ª Edição, Rio de
Janeiro, Editora Campus.
Chicuecue, Noel (2007), Tomada de decisão ética na Função Pública. Maputo:UEM Imprensa
Universitária
Legislação
Decreto nr. 55/2000 de 27 de Dezembro, normas de conduta aos que cessaram as suas funções.
Lei nº 8/2003 (LOLE); Lei nº 7/98 de 15 de Junho (Conduta dos dirigentes superiores do
Estado);
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