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Nomes:​ Gabriela Martins nº 8

João Paulo Vasconcellos nº 12

3ºA

Levantamento Literário - Mayombe

1–

• ​Narrador (personagem / observador): ​O narrador varia de acordo com a história


contada, diversos personagens fazem a narração da obra. É personagem e
observador.

“O professor pouco dormiu. A perna molhada doía-lhe atrozmente. Para que insistira?
A sua participação não modificaria em nada as coisas. Sabia que não era um
guerrilheiro excepcional, nem mesmo um bom guerrilheiro. Mas insistira.”

“Eu, O Narrador, Sou Teoria. Manuela sorriu-me e embrenhou-se no mato, no mato


denso do Amboim, onde despontava o café, a riqueza dos homens. O café vermelho
pintava o verde da mata. Assim Manuela pintava a minha vida.”

• ​Foco​ ​narrativo (1ª ou 3ª pessoa):​ 1ª e 3ª pessoa.

“Saiu, batendo com a porta. Tremendo, Sem Medo deixou-se cair na cadeira. Acendeu
um cigarro avidamente como se cada chupaça fosse a última. Imbecil, pequeno
imbecil! Acabou o cigarro. Os papéis acumulavam-se à sua frente. Dum gesto, varreu
a secretária. Levantou-se e caminhou pela sala. Imbecil, pequeno imbecil!”

“Eu, o Narrador, Sou Milagre. Nasci em Quibaxe, região kimbundo, como o Comissário
e o Chefe de Operações, que são dali próximo.”

​• ​Personagens protagonistas, antagonistas e secundários:

Protagonistas: ​Comandante Sem Medo, Mayombe, Comissário Político João, Ondina,


Teoria, Verdade, Lutamos e Mundo Novo.

Antagonistas:

Secundários:

• ​Espaço (físico/psicológico/ mítico): ​Físico.

“O rio Lombe brilhava na vegetação densa. Vinte vezes o tinham atravessado.”

• ​Tempo (cronológico/psicológico/mítico): ​Cronológico.

“E saiu, batendo com a porta. A guerra estava aberta, o Comissário sabia que tinha
feito mais um inimigo. Às quatro da manhã, quando se preparavam para partir, o
Comissário perguntou aos outros: [...]”
• ​Enredo (plural/singular/temporal/atemporal): ​Plural e temporal, já que, apesar da
variedade de narradores e de histórias contadas por ângulos diferentes, segue uma
lógica cronológica.

“ Eu, o Narrador, Sou Mundo Novo. Recuso-me a acreditar no que diz Sem Medo. Lá
está ele, ali, no meio dos jovens, rasgando-se nas raízes da mata, rastejando,
triturando os ombros contra o solo duro, putrefato e húmido do Mayombe [...]”

• ​Desfecho (aberto/ fechado): ​Aberto, já que deixa pontas abertas em relação às


consequências da guerrilha no mayombe. Deixa claro apenas a morte de alguns
integrantes do grupo de guerra.

• ​Anticlímax: ​Preparação da batalha contra o povo tuga.

“O Comissário quis assumir sozinho a responsabilidade, pensou Sem Medo. Era o que
tinha a fazer. Despediu o velho e mandou o jipe de urgência buscar o Chefe do
Depósito. Enquanto esperava, foi resolvendo os pequenos assuntos dos militantes de
Dolisie. Mas o seu pensamento estava longe. Os tugas no Pau Caído era uma má
notícia. Em breve descobririam a Base. Além disso dali podiam cortar o caminho do
reabastecimento, a entrada em Angola não era bastante camuflada, prestava-se bem
a ataques. E aquele tipo do João que fora sozinho e furioso! Eles lá saberão o que
hão-de fazer, não tenho que me preocupar.”

• ​Clímax: ​Morte do Comandante Sem Medo e Lutamos no fim da batalha.

“O Comissário atirou-se de joelhos no chão, ao lado de Sem Medo e o seu punhal


mordeu com raiva a terra. Escavava freneticamente, ao ritmo dos soluços. Um a um,
os guerrilheiros ajoelharam-se ao lado dele e imitaram-no. Os obuses caíam agora
mais longe, em ritmo decrescente. Os homens cavaram rápido, eletrizados pelo
Comissário, o qual se esvaía no buraco que alargava.Puseram os corpos do
Comandante e de Lutamos no buraco e taparam-nos.

2–

I–

a) Qual seria a Missão a que se refere o título do capítulo?

Tomar o controle de uma serralheria que estava sob domínio português, podendo
assim libertar os trabalhadores locais, que eram da tribo de Lutamos..

b) Por que a personagem sofria e sorria sem ânimo?

Teoria, por conta do esfolamento no joelho, sentia-se um estorvo na missão e


pensava que poderia prejudicar os objetivos do grupo por provavelmente não poder
continuar a acompanhá-lo, mas para não transparecer isso para o comandante, deu
um sorriso sem ânimo e escondeu o seu sofrimento.
II –​ “O romance retrata a vida dos guerrilheiros, a diferença de visões durante a guerra
relata também a questão da mestiçagem e a complexidade do significado de tal
conceito. Analisa também as diferenças das etnias e os conflitos regionais das
mesmas, na guerra construída no processo de libertação de Angola como País.
Portanto, a obra expõe diversos conflitos internos das tribos antagônicas.” - Argumente
e justifique as afirmações acima com 3 passagens da obra Mayombe.

III -​ A palavra Mayombe, significa etimologia africana angolana, mestiçagem misturas


de etnias e povos, ou seja, hibridismo biológico. - O que significa a Mayombe no
contexto da obra? Justifique sua resposta com elementos do livro em questão.

No contexto da obra, Mayombe, representa a pluralidade étnica. Lar de múltiplas tribos


angolanas, que, mesmo diferentes, lutam contra o imperialismo português. Através de
trechos da narração também é possível identificar a personificação do local.

“​O ​Mayombe ​tinha criado o fruto, mas não se dignou mostrá-lo aos homens:
encarregou os gorilas de o fazer, que deixaram os caroços partidos perto da Base,
misturados com as suas pegadas. E os guerrilheiros perceberam então que o
deus-​Mayombe​ lhes indicava assim que ali estava o seu tributo à coragem dos que o
desafiavam…”

IV -​ Com base na leitura da obra Mayombe de Pepetela não é possível afirmar que:

d) Cada personagem desempenha uma fala individual e concisa mostrando que a


harmonia, entre as distintas tribos, permite maior ênfase ao objetivo de libertar Angola
de Portugal.

Justifique:​ O que ganha maior ênfase na obra são as disputas entre tribos, não a luta
para libertar Angola de Portugal.

3 –​ Através de fotomontagem e/ou desenho caracterize quatro personagens da obra


analisada justificando a relação nome e codinome das mesmas.
Teoria:​ Mestiço, de mãe angolana e pai português, o intelectual da história , era
professor, sofria por conta de sua mistura racial, “Teoria” vem da capacidade
intelectual da personagem.

Ondina: ​Personagem feminina, que motiva transformações e amadurecimentos em


alguns dos guerrilheiros, possui personalidade forte e quebra paradigmas. Ondina é
um nome que caracteriza o espírito da água.
Mayombe:​ Local no qual se passa a história, componente essencial que, na narrativa,
parece ter vida.
Sem Medo:​ Comandante, antes se chamava Esfinge, ganhou o nome de Sem Medo
por ter resistido sozinho a um ataque de um grupo inimigo.

4 –​ Faça uma charge, usando a linguagem escrita e visual, determinado a mensagem


central da obra em questão.

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