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Manual Bastao Policial PDF
Manual Bastao Policial PDF
POLÍCIA MILITAR
CENTRO DE CAPACITAÇÃO DESENVOLVIMENTO E PESQUISA
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR COSTA VERDE
MANUAL BÁSICO DE
BASTÃO POLICIAL
MP – 02 -07 - PM
2007
1
MANUAL BÁSICO DE
BASTÃO POLICIAL
MP – 02 -07 - PM
PORTARIA
Resolve:
PREFÁCIO
Este trabalho é fruto de pesquisas e de mérito, por que é um Manual que na sua maior
parte, incursiona em assuntos práticos, vivenciado no dia a dia da profissão policial, mas que
ninguém, este Oficial, tivera a iniciativa de escrever.
Os policiais mais velhos e experientes, que tiveram o aprendizado haurido da tradição
e dos conflitos do cotidiano, transmitem os princípios do conhecimento empírico aos mais
novos. Porém, não havia nada escrito, um guia para o inicio da aprendizagem, para pesquisa,
e onde procurar os assuntos de natureza dos nossos manuais.
Temos por objetivo, padronizar o nivelamento do conhecimento da tropa nas áreas de
Policiamento Ostensivo; Ordem Unida; Armamento, Munição e Explosivos; Bastão policial;
Redação Oficial; Cerimonial e Protocolo; e a reedição do Manual de Educação Física Policial
Militar.
Procurou-se nestes manuais, observar a realidade da tropa, a realidade criminal de
nosso Estado, bem como o “Modus Operandi” de nossa Instituição, razão pela qual os
instrutores da Academia de Policia Militar Costa Verde, imbuídos de conhecimento,
experiência pessoal e profissional que labutam na preservação da Ordem Pública. A riqueza
de conteúdo é de utilidade incontestável policial militar.
Minhas congratulações ao Ten Cel PM Sampaio; Ten Cel PM Wilquerson; Ten Cel
PM Otomar; Ten Cel PM Chaves; Ten Cel PM Celso; Ten Cel PM Serbija; Maj PM Setúbal;
Maj PM Cezar Gomes; Maj PM Alberto; Ten PM Wangles; Ten PM Luiz Prado; Ten PM
Lavor; pela ousadia de escrever e que continuem nessa trajetória.
AGRADECIMENTOS
Este Manual foi confeccionado pela Academia de Polícia Militar Costa Verde e
submetido a apreciação crítica e avaliação do Conselho de Coronéis que tiveram a
oportunidade de oferecer sugestões e subsídios, a realidade de nossa Polícia Militar de Mato
Grosso.
Sua realização só foi possível graças ao empenho dos Oficiais instrutores que
lecionam, escrevem, estudam, pesquisam e acompanham a evolução do conteúdo de suas
disciplinas na Academia de Polícia Militar Costa Verde:
- Ten Cel PM Sampaio; Ten Cel Wilquerson; Ten Cel PM Otomar; Ten Cel PM
Chaves; Ten Cel PM Celso; Ten Cel PM Serbija; Maj PM Alberto; Maj PM Setubal; Maj PM
Cezar Gomes , Ten PM Wangles, Ten Luiz Prado; Ten Lavor.
- Ao Ten Cel PM Catarino, Comandante da Academia de Polícia Militar Costa Verde
por fomentar o conhecimento dentro dos preceitos científicos e de fornecer aos Policiais
Militares os meios necessários para o saber.
- A Prof MSC Lucia Regina de Souza por conduzir estes Manuais dentro de uma
leitura cientifica e de normatização técnica.
- Aos Soldados PM Padovezi, Natalino e Aparecida pela digitação e compreensão da
realização e da importância deste trabalho para a Polícia Militar.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................ 09
4 TÉCNICAS PREVENTIVAS.................................................................................... 27
4.1 TÉCNICAS DE BASE ........................................................................................... 27
4.2 FORMA DE JÓQUEI OU CAVALEIRO ............................................................ 27
4.3 FORMA DE ARCO E FLECHA OU ARQUEIRO ............................................. 27
4.4 FORMA DO FELINO OU GATO ......................................................................... 28
4.5 FORMA AJOELHADO .......................................................................................... 28
4.6 FORMA DE RASTEIRA ....................................................................................... 28
4.7 TÉCNICAS DE GUARDAS E ESQUIVAS ........................................................... 29
4.7.1 ANDAR .................................................................................................................. 29
4.7.2 VIRAR ................................................................................................................... 29
4.7.3 RODAR ................................................................................................................. 29
4.7.4 ESQUIVAR ............................................................................................................ 30
4.8 TÉCNICAS DE ROLAMENTO ............................................................................. 30
4.8.1 Rolamento frontal ....................................................................... ......................... 30
4.8.2 Rolamento de costas ............................................................................................. 31
4.8.3 Rolamento progressivo ............................................................... ......................... 31
4.8.4 Rolamento regressivo ................................................................. ......................... 31
4.8.5 Rolamento com salto em altura .................................................. ........................ 32
4.8.6 Rolamento com salto em distância ............................................ ......................... 32
4.8.7 Rolamento em mergulho ............................................................ ......................... 32
4.9 ROTINA DE APLICAÇÃO .......................................................... ......................... 33
4.10 TÉCNICAS DE PRESSÃO NO CORPO HUMANO ........................................ 36
4.10.1 Nível de trauma por áreas vitais e vulneráveis ...................... ......................... 36
4.10.2 Pontos de pressão no corpo humano ...................................... ......................... 37
4.11 TÉCNICAS DE SAQUE E EMPUNHADURA........................... ........................ 38
6
6 TÉCNICAS OFENSIVAS........................................................................................... 47
6.1 TÉCNICAS BÁSICAS COM O BASTÃO ............................................................ 47
6.1.1 Contra ataque alto ................................................................................................ 47
6.1.2 Contra ataque baixo .............................................................................................. 48
6.1.3 Contra ataque duplo ............................................................................................. 48
6.1.4 Bloqueio de braço (quebramento) ...................................................................... 49
6.1.5 Bloqueio de perna (chute) .................................................................................... 50
6.1.6 Contra ataque na virilha ...................................................................................... 51
6.1.7 Rasteira .................................................................................................................. 51
6.1.8 Plexo ......................................................................................... ............................. 52
6.1.9 Traquéia .................................................................................. .............................. 53
6.2 ROTINA DE APLICAÇÃO DO BASTÃO ........................................................... 53
6.3 APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS EM LUTA COMBINADA ............................... 56
6.4 TÉCNICAS DE CHAVE DE BRAÇO SEM O BASTÃO .................................... 57
6.4.1 Primeira chave ....................................................................................................... 58
6.4.2 Segunda chave ....................................................................................................... 58
6.4.3 Terceira chave ....................................................................................................... 59
6.4.5 Quarta chave ......................................................................................................... 59
6.4.6 Quinta chave .......................................................................................................... 60
6.5 TÉCNICAS DE SAÍDAS DE CHAVE .............................. ................................... 61
6.5.1 Saída da primeira chave ....................................................................................... 61
6.5.2 Saída da segunda chave ............................................................ ............................ 62
6.5.3 Saída da terceira chave ......................................................................................... 62
6.5.4 Saída da quarta chave .......................................................................................... 62
6.5.5 Saída da quinta chave ........................................................................................... 63
6.6 TÉCNICAS DE CHAVE DE BRAÇO COM O BASTÃO ................................. 63
6.6 .1Primeira chave ....................................................................................................... 64
6.6 .2 Segunda chave ........................................................................... .......................... 64
6.6.3 Terceira chave ....................................................................................................... 64
6.6.4. Quarta chave .............................................................................. ........................ 65
6.6.5 Quinta chave .............................................................................. ........................... 66
6.6.6 Sexta chave ................................................................................ ........................... 66
6.6.7 Sétima chave .............................................................................. ........................... 67
6.7 TÉCNICAS DE PROJEÇÃO ........................... ........................... ......................... 68
6.7.1 Contra ataque puxando na diagonal .......................................... ........................ 68
6.7.2 Segurando o pescoço, arremessando com o quadril .......................................... 69
7
INTRODUÇÃO
FINALIDADE DO MANUAL
Este manual visa estabelecer normas que padronizem a utilização técnica do bastão
policial na atividade policial militar, tendo em vista a missão e os objetivos legais da Polícia
Militar.
Portanto, o policial militar deve, como primeira medida, tentar negociar, mediar e/ou
persuadir esses indivíduos a cessarem suas ações. Comunicação é o caminho preferível para
se alcançar os objetivos da aplicação da lei.
Porém, os objetivos da legítima aplicação da lei não podem sempre ser atingidos pelos
meios da comunicação, permanecendo basicamente duas escolhas: ou a situação é deixada
como está, e o objetivo da aplicação da lei não é atingido, ou o policial decide usar a força
para alcançar tal objetivo.
Quando o policial militar vê-se obrigado a fazer “Uso da força”, ou até mesmo da
“Arma de fogo”, não deve deixar de observar os princípios da Ética, da Legalidade, da
Necessidade e da Proporcionalidade, a fim de obedecer o conceito do uso crescente
(escalonado) de força.
Para tanto, a Polícia Militar deve desenvolver e fazer uso de técnicas, equipamentos e
armas, as mais amplas possíveis, permitindo um uso diferenciado de força e de armas
incapacitantes não-letais, restringindo, assim, o uso de meios capazes de causar a morte ou
ferimentos graves.
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Da mesma forma, verificamos que a prática da defesa pessoal no meio policial militar é
necessária, assim como a utilização do bastão, enquanto arma do Kung Fu, pois já vimos que
essa é uma arte militar e, como as artes marciais em geral, proporciona coordenação motora e
humildade e dota o policial militar de equilíbrio e autoconfiança para desempenhar suas
ações.
OBJETIVOS GERAIS
O policial militar somente deve recorrer ao uso da força quando todos os outros meios
para atingir um objetivo legítimo tenham falhado, portanto, o uso da força se justifica quando
comparado com o objetivo legítimo.
O policial militar deve ser moderado no uso da força e armas de fogo e agir em
proporção à gravidade do delito cometido.
ÉTICA
Conduta correta
LEGALIDADE nas atividades NECESSIDADE
policiais militares
PROPORCIONALIDADE
a. Presença física – a simples presença do policial militar faz com que o infrator não
ofereça resistência;
c. Uso de força física – se a situação for favorável, ou seja, o infrator não estiver armado
e/ou seu porte físico for inferior aos dos policiais militares, e esses estiverem em
superioridade numérica e tiverem o treinamento apropriado em técnicas de defesa pessoal,
pode-se tentar utilizar a força física para dominar o infrator;
d. Armas não-letais de contato indireto – são as armas que evitam o contato físico
imediato entre o policial militar e o infrator, podendo ser utilizadas a alguns metros de
distância. Ex.: Espargidores de gás lacrimogêneo, tasers, granadas de efeito moral ou de
agentes químicos, munições de impacto e de borracha;
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f. Uso de força letal – é a utilização de armas de fogo, das quais o policial militar pode
fazer uso para fazer cessar uma agressão contra si ou contra outras pessoas, desde que os
recursos anteriores não possam ser utilizados ou, quando utilizados, não obtiveram êxito.
A Tonfa tem origem oriental, sendo usada em moinhos de cereais como o arroz e o
milho. Portanto, a Tonfa é uma adaptação de um instrumento agrário sendo utilizado como
instrumento de defesa.
A seguir, apresentamos gravuras de moinhos originários da China, em que se observa a
utilização da tonfa.
Como se vê nas gravuras anteriores, a tonfa era utilizada de duas formas, conforme a
necessidade (debulhar, descascar etc.) e o cereal para o qual estava sendo empregada no
moinho. Veja os diagramas a seguir:
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A Tonfa era chamada de Kwai na antiga China (ou Tonkuwa no chinês falado na ilha
de Okinawa). Durante a Invasão japonesa na China, o Imperador japonês confiscou todas as
armas que estivessem em mãos dos chineses, a fim de evitar possíveis rebeliões.
Brilhantemente o rapaz conseguiu se defender do ataque. Foi um fato que jamais saiu da
mente dos que presenciaram a cena. Nascia para os chineses que se refugiavam nas lavouras,
a esperança de serem livres. Os chineses passaram a se utilizar de várias outras ferramentas
agrárias, tais como a vara longa, o tridente, e enxada, além dos remos dos barcos dos
pescadores e até mesmo o Nunchaco, como armas para se defenderem dos japoneses.
A seguir, apresentamos gravuras de outros instrumentos agrícolas que passaram a ser
utilizados como armas de defesa:
1. Bo – bastão longo usado para carregar, pendentes de suas extremidades, grandes bandejas
de cereais ou baldes de água.
Com o fim da guerra, muitos chineses e muitos japoneses imigraram para a tão sonhada
América, dentre eles, os grandes mestres das artes marciais que levaram consigo muitos
conhecimentos sobre as artes marciais. Nascia a partir do fim da Segunda Guerra a febre das
artes marciais.
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O cinema passou a criar vários filmes nos quais, tinham-se como heróis os dragões das
artes marciais, os ninjas, os combates mortais, os grandes torneios, o qual trouxe a grande
fascinação de todos por este encantado mundo das artes marciais.
Os EUA foi o primeiro país a utilizar a Tonfa na segurança. É muito fácil notar em
todas as mobilizações policiais nos EUA, o uso da Tonfa pelos policiais, bem como também
nos filmes.
Após alguns anos em teste a Tonfa ganhou um novo nome, um manete aperfeiçoado, e
devido a avançada tecnologia ganhou um material mais resistente do que a madeira, ou seja,
um material sintético, como por exemplo a fibra de carbono e o polietileno.
Finalmente nos anos 70, a Tonfa substituiu definitivamente o cassetete e passou a ser
conhecida como Monadnock, ou Cassetete Americano, iniciando seus primeiros passos pelo
mundo da segurança.
Nos anos 80, a Tonfa passou a ser difundida na Europa, como Inglaterra, Alemanha,
Dinamarca, França, dentre outros. Os países europeus foram os primeiros a instituírem uma
legislação sobre a utilização da Tonfa. Hoje já existem Tonfas fabricadas com diversos tipos
de matérias-primas, as mais usadas são fibra de carbono e polietileno.
Em 1985, a Tonfa finalmente chegou ao Brasil, porém com um tamanho que não se
adequava aos padrões de altura dos brasileiros, pois o comprimento dela era de
aproximadamente 80 cm, o que tornava impossível alguns movimentos. Para que a Tonfa
tenha um tamanho eficiente ela deve ficar aproximadamente de 06 a 08 cm abaixo do
cotovelo, dessa forma ela teve a necessidade de ser adaptada aos padrões de altura do
brasileiros, passando a ter aproximadamente 60 cm.
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Arma branca é todo objeto constituido de lâmina com capacidade de perfurar ou cortar.
Algumas armas brancas são: canivete, faca, facão, navalha, estilete, tesoura, chave-de-fenda,
florete, espada, sabre, maça, machado, mangual, punhal etc.
Armas químicas são agentes, mais utilizados em controle de distúrbios civis e que podem
afetar muitas funções humanas, provocando, choro, náusea, vômito, e algumas vezes dor, na
forma de uma sensação de queimadura. Devido a seus longos nomes, são designados
simplesmente por duas letras, como Cloroacetofenona (CN) ou Ortoclorobenzilmalononitriolo
(CS). Estes agentes podem ser espargidos como vapor ou misturados com água e, embora
sejam tóxicos, não se acredita que podem causar dano à saúde em suas limitadas aplicações de
pouca persistência. Os sintomas normalmente desaparecem dentro de 24 horas de exposição.
Algumas armas químicas são: espargidores de gás lacrimogêneo ou fumígenos, gás pimenta
etc.
Arma de fogo é um artefato utilizado para propulsão de projéteis sólidos por meio de uma
rápida expansão de gases obtidos pela queima controlada de um propelente, geralmente
sólido, que na maioria dos casos é a pólvora, contido em uma câmara fechada por todos os
lados exceto por aquele que conduz o projétil (munição) através de um orifício cilíndrico
denominado cano ou tubo. Algumas armas de fogo são: revólver, pistola, fuzil, carabina,
garrucha etc.
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CONCEITO: Pode-se definir armas não letais como: sistemas de armas explicitamente
desenvolvidos e primariamente empregados a fim de incapacitar pessoas e materiais,
enquanto que ao mesmo tempo minimizam mortes, invalidez permanente e danos indesejáveis
à propriedade e ao meio ambiente.
A
2
C III
II
B
I
1
O bastão policial pode ser confeccionado de várias maneiras, como madeira, plástico,
borracha e até mesmo alumínio, de maneira que irá variar o seu peso, resistência e poder de
absorção de impactos. O bastão policial descrito a seguir é de policarbonato, material muito
resistente, leve e com grande poder de absorção de impactos.
Confeccionado de forma maciça, por extrusão, na cor preta, com uma haste em corpo
único de 60 cm, arredondado nas pontas e com diâmetro de 3,5 cm e peso entre 500 e 600
gramas.
Empunhadura auxiliar superior anatômica à mão, medindo 14 cm, com 15 ou 16 sulcos
transversais formando ressaltos conjugados um ao outro, proporcionando conforto e firmeza
na empunhadura.
Empunhadura principal (martelo do bastão) com 12,5 cm de comprimento e 3,5 cm de
diâmetro, anatômica aos dedos da mão para melhor manuseio do bastão, sendo que a
extremidade possui maior diâmetro (4,5 cm) para evitar que escape da mão, fixado ao corpo
do bastão à aproximadamente 16 cm da extremidade da empunhadura auxiliar superior, com 5
sulcos transversais formando quatro ressaltos conjugados um ao outro, proporcionando
conforto e firmeza na empunhadura.
Gravado com letras em baixo relevo, sentido longitudinal da ponta da empunhadura
auxiliar inferior para a superior, a inscrição: POLÍCIA MILITAR (com 1 cm de altura) e logo
abaixo ESTADO DE MATO GROSSO (com 0,5 cm de altura).
4,5 cm
2,0 cm
3,5 cm
12,5 cm DIÂMETRO
14,0 cm 10,5 cm
60 cm
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3.2 TREINAMENTO
Assim como qualquer atividade física, o treinamento das técnicas apresentadas neste
manual deverá ser precedido do devido aquecimento, prevenindo, assim, possíveis lesões
musculares e tendinosas e preservando a saúde do policial militar, permitindo, a esse, atingir
padrões de desempenho técnico (físico e psicológico) compatível com a funcionalidade
operacional desejada na Polícia Militar. É dividido em 03 (três) fases:
Aquecimento – Conjunto de atividades que visam preparar física e psicologicamente o
policial militar para uma atividade física mais intensa na execução do trabalho principal. O
aquecimento divide-se em 03 (três) fases:
Alongamento – Esta fase deverá ter a duração de 03 (três) a 05 (cinco) minutos, sendo que os
exercícios deverão ser realizados de forma lenta, constante e sem balanceios; a respiração
deve permanecer natural; e deve-se permanecer de 15 (quinze) a 20 (vinte) segundos em cada
posição, com a musculatura tencionada.
01 02 03 04
23
08
05 06 07
09
10 11
12
01 – Hiper-extensão do tronco;
02 – Flexão lateral do tronco;
03 – Extensão do tríceps;
04 – Extensão dos ombros;
05 – Hiper-extensão dos ombros;
06 – Flexão do tronco a frente;
07 – Extensão do quadríceps;
08 – Extensão dos flexores e extensores das coxas;
09 – Extensão da panturrilha;
10 – Flexão e extensão da parte interna da perna;
11 – Extensão da virilha;
12 – Inclinação para trás com joelhos dobrados.
Circundução
Flexão e Extensão
02 – Ombros
Circundução
dos braços para Circundução dos
frente braços para trás
03 – Cotovelos
Antebraços fixos na
horizontal.
Circundução dos braços.
04 – Pulsos
Circundução dos
pulsos.
25
08 – Pernas
26
09 – Joelhos
10 – Tornozelos
Circundução dos
tornozelos.
Corrida – É realizada num ritmo lento à moderado, com duração de 02 (dois) a 03 (três)
minutos.
4 TÉCNICAS PREVENTIVAS
4.2 Forma de Jóquei ou Cavaleiro – corpo ereto, deixando a coluna reta, pernas abertas e
flexionadas numa distâncias igual a duas vezes a largura dos ombros. Apoio central no
quadril, proporcionando proteção lateral.
4.3 Forma de Arco e Flecha ou Arqueiro – corpo voltado para um dos lados e inclinado
para frente com a coluna reta. Perna da frente flexionada e a de trás esticada, pisando com
força, empurrando o peso do corpo para frente.
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4.4 Forma do Felino ou Gato – corpo ereto, perna traseira flexionada, servido como ponto
central de equilíbrio; perna dianteira flexionada sem apoiá-la ao solo.
4.5 Forma ajoelhada – utilizada para fuga, principalmente para treinar equilíbrio e aumentar
a flexibilidade da perna.
4.6 Forma de rasteira – esta posição facilita na fuga e aproximação com aplicação de
rasteira ou início para se aplicar uma tesoura de solo.
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4.7.1 Andar – partindo da posição do gato, alternando pernas e braços, sendo que os
pés não se elevam do solo e sim deslizam por ele, parando novamente na posição do gato após
cada passo.
4.7.2. Virar – partindo da posição do gato, vira para trás, mudando a perna que estava à
frente e o braço, sempre protegendo o centro do corpo.
31
4.7.3. Rodar – partindo da posição do gato, a perna dianteira bate firme com o pé mais
a frente; a perna traseira gira por trás da dianteira, parando novamente na posição do gato,
voltado para o sentido contrário, com a mesma perna a frente.
32
4.7.4. Esquivar – partindo da base do gato, o pé dianteiro bate firme a frente; com um
salto a perna traseira gira pela frente da dianteira, parando novamente na posição do gato,
voltado para o sentido contrário do que partiu, com a outra perna a frente.
4.8.3. Rolamento progressivo – rolar para frente, obliquamente ao corpo, por sobre um
dos ombros. Para treinamento costuma-se rolar alternando-se o ombro.
4.8.5. Rolamento com salto em altura – deslocando-se para frente, saltar e, ao cair,
efetuar o rolamento frontal ou progressivo. Normalmente utilizado a fim de superar
obstáculos verticais.
4.8.6. Rolamento com salto em distância – deslocando-se para frente, saltar e, ao cair,
efetuar o rolamento frontal ou progressivo. Normalmente utilizado a fim de superar
obstáculos horizontais.
01 02 03
04 - 05 06
36
10 - 11 12
13 14 15
01) Caichi – posição inicial, corpo ereto, calcanhares unidos e pontas dos pés ligeiramente
separados (como na posição de sentido). Os braços ligeiramente flexionados, com as
mãos fechadas e coladas ao lado da cintura;
02) Plexo – posicionar-se na base arco e flecha, à esquerda, esticar o braço esquerdo, com a
mão aberta e a palma para frente, atingindo o opositor na altura do plexo; o braço
direito para trás, com a mão fechada;
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03) Defesa baixa – com um passo com a perna direita, rodar o corpo, posicionando-se na
base cavaleiro, defendendo, com a mão esquerda, um ataque na altura do quadril (o
braço direito simula o ataque), vindo da direita;
04) Defesa alta – adotar a base arco e flecha à direita, defendendo, com o braço direito
flexionado e a mão fechada, um ataque na altura do peito ou cabeça (a mão esquerda
segura o braço direito simulando o atingimento do braço do opositor na defesa), vindo
da direita;
05) Plexo – com um passo com a perna esquerda, rodar o corpo, posicionando-se na base
arco e flecha, adotando a mesma posição dos braços da 1ª posição de “Plexo” (Tempo
2);
06) Contra ataque no queixo – Girar o braço direito duas vezes, No 1º giro o braço bate na
mão esquerda, simulando a retirada da pegada do opositor, no 2º giro a mão esquerda
pára o movimento do braço, simulando golpe no queixo desse;
07) Chute – desferir um chute com a perna direita (que está atrás), na altura do abdômen do
opositor. Ao mesmo tempo a mão esquerda vai a frente, a fim de defender qualquer
tentativa de reação, e a direita vai para o lado da cintura;
08) Defesa baixa – retornar com a perna que deu o chute e posicionar-se na base cavaleiro,
defendendo um ataque como no Tempo 3;
13) Soco – avançar com a perna que deu o chute (direita), posicionando-se na base arco e
flecha, desferindo um ataque (soco) com a mão direita. A esquerda posiciona-se ao lado
da cintura;
14) Rasteira – saltar e cair na base rasteira, com a perna esquerda esticada;
De acordo com a figura a seguir, o corpo humano é escalonado em três áreas vitais ou
vulneráveis, conforme o trauma decorrente de aplicação de pressão ou de golpe com ou sem o
bastão:
1) ÁREA VERDE
Trauma de nível baixo. Os ferimentos tendem a ser leves e com rápida recuperação,
podendo, excepcionalmente, perdurar por tempo moderado.
2) ÁREA AMARELA
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Trauma de nível médio. Os ferimentos tendem a perdurar por mais tempo, porém,
também temporários.
3) ÁREA VERMELHA
Trauma de nível alto. Os ferimentos tendem a ser sérios e de longa duração, podendo,
conforme a intensidade do golpe aplicado, ocasionar a inconsciência, a lesão grave ou, em
casos extremos, a morte.
02
01
04 22
03
05 06
07 08
23
09 10
11
12
13 14
15 16
17
24 25
18
19 26
20 27
21
28
29
40
4.11.1. Saque
Este movimento visa aprimorar a técnica de sacar e embainhar o bastão em curto espaço
de tempo e, por razões de ordem unida do meio militar, é executado em quatro tempos.
4.11.2. Empunhadura
Este exercício visa dominar o manuseio do bastão após o saque e embainhá-lo com
eficiência, precisão, facilidade e agilidade.
5 TÉCNICAS DEFENSIVAS
Fig. 07
Faixa 1
Faixa 2
Faixa1 – até 3m, é a faixa da integridade física, na qual o policial militar com
movimentos de guardas e esquivas e técnicas básicas defensivas e de chaves e
estrangulamentos apresentados nos itens anteriores, consegue desviar-se, bloquear ou ainda
contra-atacar um golpe.
43
Faixa 2 – até 7m, é a faixa do controle psicológico, na qual o policial militar deve
manter-se alerta, procurando estar consciente do que ocorre a sua volta e pronto para adotar
medidas defensivas.
5.2 POSIÇÕES DE DEFESA COM O BASTÃO
Tempo 1 – É a Empunhadura (item 14.2), com a diferença de que, na execução dos dois
giros (Fig. 06), o bastão passa da mão forte para a mão fraca;
Tempo 2 – Defesa alta, com o bastão protegendo a cabeça e o corpo na base cavaleiro
(Fig. 08);
Tempo 5 – Recuar a perna direita, se posicionando na base arco e flecha, com defesa
baixa (defender a perna) (Fig. 11);
Tempo 6 – Voltar com a perna direita para frente, posicionando-a como na posição
inicial; a mão esquerda trás o bastão ao peito; e a mão direita segura na
empunhadura auxiliar superior;
Tempo 8 – A mão esquerda solta o bastão e segura o porta bastão; a mão direita introduz a
extremidade da base de corte no porta bastão;
Para as técnicas defensivas, deve-se partir de uma posição inicial, conforme mostrado
nas figuras ao lado:
Fig. 13 Fig. 14
5.3.1. Defesa Alta
Na defesa alta simples o bastão policial é posicionado por sobre o braço do praticante,
protegendo-o. A mão que está empunhando o bastão executa um movimento ascendente a fim
de parar um ataque por cima. A outra mão auxilia na defesa, não envolvendo o bastão com os
dedos, mas com a palma da mão estendida apoiada na base de estocagem.
Fig. 16
Defesa Alta
Simples.
Fig. 15
Na defesa alta dupla o bastão é posicionado como extensão do braço que o empunha,
sendo preso pela outra mão, sem envolvê-lo, mas sim apoiando com a mão espalmada a base
de corte. Nas defesas altas (simples e dupla), o praticante deve ter o cuidado de afastar a
cabeça da extremidade da base de apoio do bastão.
Fig. 18
Defesa Alta
Dupla.
46
Fig. 17
Na defesa baixa simples, como já foi visto na alta, o bastão policial é posicionado por
sobre o braço do praticante, protegendo-o. A mão que está empunhando o bastão executa um
movimento descendente a fim de parar um ataque por baixo. A outra mão auxilia na defesa,
não envolvendo o bastão com os dedos, mas com a palma da mão estendida apoiada na base
de estocagem.
Fig. 20
Defesa Baixa
Simples.
Fig. 19
Na defesa baixa dupla o bastão é posicionado como extensão do braço que o empunha,
sendo preso pela outra mão na extremidade da empunhadura auxiliar inferior. A flexão das
pernas nas defesas baixas (simples e dupla) auxilia na defesa, pois diminui a silhueta do
praticante e facilita o bloqueio de golpes abaixo da linha da cintura.
Fig. 22
47
Defesa Baixa
Dupla.
Fig. 21
5.3.3. Defesa Lateral para Fora
Na defesa lateral para fora simples, o bastão policial é posicionado por sobre o braço
do praticante, protegendo-o. Esse braço executa um movimento enérgico de dentro para fora,
tendo como base o corpo do praticante, bloqueando um ataque. O bastão policial deve
permanecer o mais próximo possível da vertical. A outra mão do praticante pode permanecer
em posição que possibilite um contra-ataque ou auxiliar a mão que empunha o bastão.
Defesa Lateral
Simples
(para fora)
Fig. 23
Na defesa lateral para fora dupla, o bastão é segurado pela mão forte na empunhado
principal e pela outra mão na extremidade da empunhadura auxiliar inferior, sendo que o
bastão deve permanecer o mais próximo possível da posição vertical. Como na defesa lateral
simples, deve-se executar um movimento enérgico de dentro para fora, tendo como base o
corpo do praticante, bloqueando um ataque.
Fig. 26
48
Defesa Lateral
Dupla
(para fora)
Fig. 25
Fig. 28
Defesa Lateral
Simples
(para dentro)
Fig. 27
Na defesa lateral para dentro dupla, o bastão é segurado pela mão forte na empunhado
principal e pela outra mão na extremidade da empunhadura auxiliar inferior, sendo que o
bastão deve permanecer o mais próximo possível da posição vertical. Como na defesa lateral
simples, deve-se executar um movimento enérgico de fora para dentro, tendo como base o
corpo do praticante, bloqueando um ataque.
Fig. 30
49
Defesa Lateral
Dupla
(para dentro)
Fig. 29
6 TÉCNICAS OFENSIVAS
As técnicas ofensivas visam aprimorar a capacidade do policial militar, após uma defesa,
revidar a ação de um opositor, utilizando técnicas ofensivas de contra-ataque, de chave-de-
braço, de estrangulamento ou de projeção, a fim de possibilitar a sua imobilização e/ou a
condução.
A fim de criar rotina de treinamento das técnicas, essas são apresentadas com tempos
para a sua execução e os movimentos iniciam e terminam na posição de descansar (Fig. 01),
sendo que em cada técnica o “Tempo 1” corresponde à técnica anterior e o “Tempo 2”
corresponde à técnica em exercício no momento.
Tempo 3 – Embainhar o bastão, permanecendo na base arco e flecha e com a mão direita
na empunhadura principal;
Esta técnica é para a fuga de um ataque, contra atacando as pernas do opositor, na altura
da canela e do joelho.
Fig. 32
Tempo 4 – Retornar a posição inicial (Fig. 05).
Fig. 34
Fig. 33
Tempo 1 – Sacar, contra atacando a base do agressor, na base de joelho (Fig. 33);
Tempo 2 – Passando da base de joelho para a arco e flecha, atacar o plexo do agressor
(Fig. 34);
Fig. 36 Fig. 37
Fig. 35
Tempo 2 – Defender um ataque (soco) com a mão esquerda, agarrando o braço que o
agressor utilizou para atacar, na altura do pulso, e o torcendo, procurando
deixar o cotovelo do agressor para cima (Fig. 36). Puxar para sua retaguarda,
na base arco e flecha invertido, pressionando o braço do agressor com o
bastão, na altura do cotovelo (Fig. 37);
Fig. 39
Fig. 40
Fig. 38
Tempo 1 – Executar o saque (Fig. 38), parando na base arco e flecha, como no exercício
anterior;
54
6.1.7. Rasteira
Fig. 42 Fig. 43
55
Tempo 2 – Girar 180º o bastão, a base de corte, que está para trás, passa para frente, como
um prolongamento do braço (Fig. 42). Girar o bastão por sobre a mão (seta
da Fig. 42), passando da empunhadura principal para a empunhadura auxiliar
inferior. Dar um passo a frente com a perna esquerda, passando para a base
cavaleiro (Fig. 43), encaixando a base de apoio do bastão na perna direita do
agressor, por trás do joelho e puxando-a, de baixo para cima, ao mesmo
tempo em que a mão esquerda empurra o peito do agressor de cima para
baixo, a fim de levá-lo ao solo;
Tempo 3 – Voltar com a perna esquerda para trás, na base arco e flecha inicial, e
embainhar o bastão;
6.1.8. Plexo
Tempo 3 – Voltar com a perna esquerda para trás, na base arco e flecha inicial, e
embainhar o bastão;
Tempo 4 – Retornar a posição inicial (Fig. 05).
6.1.9. Traquéia
Tempo 1 – Executar o saque na base de arco e flecha;
04 05 06
07 08 - 09
- 10 11 12
01) Cruzar arma – posição inicial. Mão direita na empunhadura auxiliar superior do bastão,
na altura do ombro, e mão esquerda na auxiliar inferior, na altura da cintura;
58
02) Ataque queixo – avançar a perna direita, posicionando-se na base arco e flecha; girar o
bastão, movendo a base de corte, de trás para a frente, atingindo o queixo do opositor,
de baixo para cima;
03) Ataque clavícula – girar o corpo, posicionando-se na base de arco e flecha invertido;
girar o bastão, atingindo a clavícula do opositor;
04) Defesa chute – avançar com a perna de trás (direita), posicionando-se na base cavaleiro,
segurando as duas empunhaduras auxiliares do bastão, defendendo um chute do opositor
na região da virilha;
05) Ataque costelas – ainda na base cavaleiro ou passando para a base arco e flecha
(esticando a perna direita), golpear a região das costelas do opositor com a extremidade
da base de corte do bastão;
06) Bloqueio chute – recuando a perna direita, posicionar-se na base de joelho e bloquear
um chute do opositor;
07) Rasteira – tirando o joelho direito do chão e esticando a perna esquerda por detrás do
agressor, girar o bastão, segurando na empunhadura auxiliar inferior, e golpear a região
da canela ou patela, derrubando o opositor;
08) Plexo solar – voltar para a base de joelho e, segurando a empunhadura auxiliar superior,
estocar o plexo do opositor, que está no solo;
10) Em guarda – realizar um movimento em “X” com o bastão, parando novamente ao lado
do corpo, e, em seguida, um movimento na diagonal com o braço direito, de cima para
baixo e da esquerda para a direita;
59
11) Ataque plexo – atacar o plexo do agressor, com a base de estocar do bastão, ao mesmo
tempo em que retorna com a mão direita para o lado do corpo;
02
01
04
03
05 06
60
07
08
01) Saque - O opositor, em um primeiro golpe, ataca com a mão direita em direção a
cabeça. Sacar o bastão, posicionando-se na base arco e flecha, contra atacando o golpe;
02) Defesa - O opositor, em um segundo golpe, ataca com a mão esquerda a cabeça.
Defender com a mão esquerda;
04) Defesa chute - O opositor ataca chutando com a perna direita. Girar o bastão de cima
para baixo e defender um chute do opositor, permanecendo na base arco e flecha
invertida;
05) Contra ataque na virilha - Passar para a base arco e flecha inicial e contra atacar a
virilha (região escrotal) do opositor;
06) Rasteira - Girar o bastão por sobre a mão, segurando na empunhadura auxiliar inferior;
dar um passo para frente e, na base cavaleiro, aplicar a técnica de rasteira com o bastão;
61
07) Plexo - Com o opositor caído, aplicar a técnica de plexo com o bastão na base
ajoelhado; e
Fig. 46
Fig. 47
opositor para baixo a para trás e o cotovelo para cima e para frente, dando um passo em
direção do opositor e forçando-o a ir ao solo (Fig. 49), a fim de imobilizá-lo ou algemá-lo.
Tanto essa chave, quanto a 1ª, ao levar o agressor ao solo não se deve dobrar a coluna e sim
ajoelhar, mantendo a coluna sempre reta.
63
Fig. 49
Fig. 48
Fig. 50 Fig. 51
64
Fig. 52 Fig. 53
6.4.5. Quinta Chave – defesa de um soco, esquivando-se para trás e para o lado do
corpo do opositor (para fora), defendendo o soco com o braço contrário que o opositor
utilizou para atacar, a defesa é feita batendo-se e segurando a região do cotovelo do agressor;
dando-se um passo em frente e em direção do opositor, o outro braço desfere um golpe no
queixo do opositor, de baixo para cima e com a sola da mão (calcâneo); após o golpe, essa
mesma mão segura a nuca e pressiona a carótida do opositor com as pontas dos dedos.
Lembrando que o braço passa por baixo do braço do opositor; dando-se outro passo a frente
coloca-se atrás do opositor, passando o outro braço por baixo do braço do opositor e
cruzando-se os dedos das mãos atrás da nuca do opositor, imobilizando-o (Fig. 54) ou
derrubando-o (Fig. 55)
65
Fig. 54
Fig. 55
Fig. 56
6.5.1. Saída da primeira chave – O
opositor aplica a chave (Fig. 56). O policial
militar, antes do agressor completar a
chave, executa um rolamento frontal se
desvencilhando das mãos do opositor
(figuras seguintes).
66
Fig. 57
Fig. 59
Fig. 62
6.5.4. Saída da quarta chave – O
opositor aplica a 4ª Chave (Fig. 62). O policial
militar, antes do opositor completar a chave e
ao ter seu braço encaixado com o desse, passa
a tentar aplicar a mesma chave no opositor.
Fig. 64
Fig. 66
6.6.1. Primeira Chave – é utilizada na defesa de um soco da mão direita do opositor. O
policial militar, partindo da posição inicial e após a adoção da ação inicial já citada, com a
mão esquerda empunha a empunhadura principal do bastão, passando-se o braço esquerdo por
cima do braço direito, prendendo, assim, o braço do opositor entre o bastão e suas duas mãos
(Fig. 67), levando-o ao solo (Fig. 68).
Fig. 68
Fig. 67
Fig. 69 Fig. 70
69
6.6.3. Terceira Chave – partindo da posição e ação inicial (Fig. 66), esta chave é
utilizada para defender um soco da mão direita do opositor. O braço desse é preso como na
primeira chave. A diferença é que a extremidade da empunhadura auxiliar inferior do bastão é
apoiada na região da articulação de seu braço esquerdo (região do ponto de pressão mediano).
A mão direita, que empunhava o bastão, passa a segurar o braço direito do opositor,
pressionando o ponto de pressão cubital ou mediano (Fig. 71). Esta chave pode ser utilizada
para conduzir o opositor ou para levá-lo ao solo (Fig. 72 e 73).
Fig. 73
Fig. 71
Fig. 72
6.6.4. Quarta Chave – partindo da posição e ação inicial (Fig. 66), esta chave é
utilizada para defender um soco da mão esquerda do opositor. O braço desse é preso como na
segunda chave. A diferença é que a extremidade da empunhadura auxiliar inferior do bastão é
apoiada na região da articulação de seu braço esquerdo (região do ponto de pressão mediano),
como na terceira chave. A diferença é que a mão direita, que empunhava o bastão, passa a
pressionar o braço esquerdo do opositor, na altura do cotovelo, forçando para baixo e agindo
no ponto de pressão cubital. Esta chave pode ser utilizada para conduzir o opositor ou para
levá-lo ao solo (Fig. 74 e 75).
70
Fig. 74
Fig.75
6.6.5. Quinta Chave – partindo da posição e ação inicial (Fig. 66), esta chave é
utilizada para defender um soco da mão direita do opositor. O braço desse é preso como na
primeira chave. A diferença é que a extremidade da empunhadura auxiliar inferior do bastão é
apoiada na região da articulação de seu braço direito (região do ponto de pressão mediano). A
mão direita, que empunha o bastão, passa a segurar o braço direito do opositor, pressionando
o ponto de pressão cubital ou mediano, como na terceira chave (Fig. 76). Esta chave é
utilizada, basicamente, para conduzir o opositor (Fig. 77).
Fig. 77
Fig. 76
6.6.6. Sexta Chave – partindo da posição e ação inicial (Fig. 66), esta chave é utilizada
para defender um soco com a mão esquerda do opositor. O braço desse é preso como na
segunda chave. A diferença é que a extremidade da empunhadura auxiliar inferior do bastão é
apoiada na região da articulação de seu braço direito (região do ponto de pressão mediano)
(Fig. 78).
A mão direita, que empunhava o bastão, passa a segurar o braço esquerdo do opositor,
na altura do cotovelo, pressionando o ponto de pressão cubital e forçando o braço do agressor
71
para baixo do bastão (Fig. 78). Esta chave pode ser utilizada para conduzir o opositor
ou levá-lo ao solo (Fig. 79).
Fig. 78
Fig. 79
Fig. 81
Fig. 80
72
Fig. 82
Fig.83
73
Fig. 85
Fig. 84
Fig. 87
Fig. 86
Tempo 1 – Defender um ataque (soco) com o braço oposto ao que o opositor utilizou,
segurando-o na altura do pulso (Fig. 86);
Tempo 2 – Com sua outra mão, segurar a região do ombro do outro braço do opositor
(Fig. 86);
Tempo 3 – Puxar o braço, de baixo para cima, e empurrar o ombro, de cima para baixo,
desequilibrando o opositor. A perna pode ser usada para auxiliar no
desequilíbrio, dando uma rasteira no opositor;
74
Tempo 4 – Na queda, soltar o ombro do opositor e segurar seu braço que já está seguro
pela outra mão, imobilizando-o no solo (Fig. 87).
Tempo 2 – Com seu outro braço, envolver o pescoço do opositor (Fig. 88).
Fig. 92
Tempo 1 – Defender
Fig.como
91 no exercício anterior;
Tempo 2 – Segurar, com a outra mão, a região da axila do opositor (Fig. 91);
Tempo 3 – Empurrar a mão do opositor para trás, ao mesmo tempo em que puxa o
ombro, fazendo-o deslocar para frente e dar um passo;
Tempo 4 – Calçar a perna que o opositor utiliza para dar o passo, fazendo-o desequilibrar
e cair (Fig. 92).
Tempo 1 – Sacar o bastão policial, esquivar o corpo para a esquerda e defender o golpe
do opositor (Fig. 93);
Tempo 3 – Soltar o pulso do opositor, dar um passo posicionando-se atrás desse e segurar
a extremidade da empunhadura inferior (base de corte) do bastão policial, por
trás do pescoço do opositor (Fig. 95);
77
Tempo 4 – Soltar a empunhadura principal (base de apoio), passar o braço por baixo do
bastão policial e encaixar a mão na nuca do opositor, imobilizando-o (Fig.
96).
Fig. 97
Fig. 99
Fig. 98
Fig. 100
Tempo 3 – Soltar o pulso do opositor, dar um passo posicionando-se atrás desse e segurar
a extremidade da empunhadura inferior (base de corte) do bastão policial, por
trás do pescoço do opositor (Fig. 99);
Tempo 4 – Com uma pressão um pouco maior, encaixar o pescoço do opositor entre o
bastão policial, na traquéia, e os dois braços se cruzando na nuca,
posicionando-se na base do arqueiro, com as costas do opositor pressionada
pelo joelho (Fig. 100), imobilizando.
Fig. 101
26.1. Pressão na nuca – com uma das
mãos, aplicar uma torção no pulso do
conduzido; com a outra, empunhar o bastão
policial na empunhadura auxiliar inferior e
encaixar a empunhadura principal na nuca do
conduzido. Caminhar para frente, forçando-o a
andar para trás (Fig. 101).
79
Fig. 102
Fig. 103
Fig. 54
81
São sinais que indicarão a presença ou não de vida, sendo representados principalmente
por:
7.1.3. Ferimentos
São lesões em qualquer parte do corpo que causam dor e que podem, dependendo da
gravidade, comprometer a vida da vítima. O policial militar, nesses casos, deve: confortar a
vítima; estancar a hemorragia (se necessário, com torniquete); limpar e enfaixar o local do
ferimento; imobilizar o órgão atingido e só então transportá-la cuidadosamente com o bastão
policial.
7.1.4. Fraturas
São lesões causadas em qualquer osso do organismo, quando acontece ruptura de sua
estrutura, podendo ser fechadas (com ou sem desvios) ou expostas. O policial militar, nesses
casos, deve: não tentar endireitar o local da fratura; imobilizar o local (nas articulações acima
e abaixo da fratura); estancar a hemorragia (se for o caso); e só então transportar a vítima
cuidadosamente com o bastão policial.
Mobilização é o ato de movimentar uma vítima para retirá-la de uma situação de perigo
ou para iniciar sua remoção para o atendimento especializado e deve ser executada quando a
vítima estiver sem condições de movimentar-se por si só ou inconsciente. A condução deve
ser iniciada quando já estiver estancada a hemorragia e/ou imobilizada as lesões, se for o caso.
A mobilização com o bastão policial será realizada por 05 (cinco) policiais militares,
sendo 04 (quatro) com o bastão policial, nas posições demonstradas na figura abaixo
(espáduas, costas, coxas e panturrilhas) e 01 (um) segurando a cabeça da vítima.
Essa técnica permite levar ao solo um indivíduo em atitude suspeita que empreenda
fuga à ordem de parar. Consta do lançamento do bastão policial, em movimento giratório e
paralelamente ao solo, na altura das panturrilhas ou dos calcanhares desse indivíduo,
provocando uma queda.
84
O bastão possui diversas denominações, dentre elas: Tonfa, Tunfa, Tuifa, Tunqua,
Tonfwa, Tonkwa, Tunkuwa, Kwai.
Este tipo de bastão é o mais utilizado pelas forças policiais, sendo que existem diversos
fabricantes, porém com pouca diferenciação entre os modelos. Abaixo, apresentamos dois
modelos mais comumente encontrados:
85
Como variação do bastão utilizado pelas forças policiais, algumas instituições adotaram
o bastão telescópico, feito de metal, que possui uma parte expansível para o seu emprego, a
qual permanece embutida para diminuir o seu tamanho e facilitar a sua condução.
86
Bastão articulado
Modelo confeccionado com inspiração no nunchaku.
Bastão Curvado
Modelo de bastão composto, em sua base de corte, por um lançador de munição cal.12,
com o objetivo de disparar munições não-letais químicas ou de impacto controlado
(mecânicas).
88
DE COURO
Frente
Verso
89
DE NYLON
Frente
De Plástico
De Nylon
90
91
Frente
Costas
93
Ao comando de “DESCANSAR”:
Ao comando de “SENTIDO”:
1) Deve-se unir os calcanhares com energia, ao mesmo tempo em que se bate com a
mão direita à coxa, como na posição de “Sentido” sem armas.
Ao comando de “COBRIR”:
95
Ao comando de “APRESENTAR-ARMA”:
Ao comando de “CRUZAR-ARMA”:
Ao comando de “OMBRO-ARMA”:
104
Ao comando de “OMBRO-ARMA”:
105
Ao comando de “DESCANSAR-ARMA”:
107
Tempo 1 – a mão direita baterá com energia à coxa, como na posição de “Sentido”.
Tempo 3 – a mão esquerda baixará energicamente o bastão, deixando-o com uma inclinação
de 45º com relação à vertical.
8.9.4. Acelerado
Ao comando de “ACELERADO, MARCHE”, o bastão policial, desembainhado, será
conduzido na posição de “Cruzar-arma”.
8.9.5. Alto
Para as voltas a pé firme, o policial militar poderá executá-las com o bastão policial nas
posições de “Descansar-arma (Sentido)”, “Ombro-arma” ou “Cruzar-arma”, se
desembainhado, e como se estivesse desarmado se o bastão policial estiver embainhado.
Nas voltas em marcha, o bastão policial permanecerá na posição em que estiver sendo
utilizado nos deslocamentos.
No passo ordinário o bastão policial poderá ser trocado de posição, dentre “Descansar-
arma”, “Ombro-arma” e “Cruzar-arma”, da mesma forma como se estivesse parado, sendo
que cada tempo será executado quando o pé esquerdo chocar-se com o solo.
9 CONCLUSÃO
Esperamos que cada policial militar procure se aprimorar cada vez mais no emprego do
bastão policial, tornando-se potencialmente apto para fazer frente à situações críticas durante
a atividade policial militar, sem necessidade de recorrer às armas de fogo.
114
115
REFERÊNCIAS
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Profissionais de Segurança Pública e Privada.
02. AGUIAR, Antônio Carlos Maria de (3º Sgt PMAM) - 6º Dhuen Kung Fu. Proteção
Pessoal (com especialização em KWAY). Método de Ensino Chuan Shu Tão Kung Fu.
Aguiar Kuoshu Association. 1ª Edição.
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do Estado Maior Geral da PMMT, 1996. 1ª Edição.
05. C 22-5 – Manual de Campanha – Ordem Unida – Estado Maior do Exército, 1ª Parte –
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1ª Edição.
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abril / maio 2001. Editora Magnum Ltda.
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09. Manual de Ordem Unida com Bastão Perseguidor – BP-60, Polícia Militar do Estado do
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10. OSTERNACK, Gilson Macedo. Manual Básico do Bastão TONFA – B/PP20 e B/PP24
(Ostensivo e Velado) e B/PP07 (pequeno defensor).
11. ROVER, Cees de. Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário para Forças
Policiais e de Segurança. Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Genebra, 1998.
12. SANDES, Wilquerson Felizardo (Cap PMMT) & BARBOZA, Celso Henrique Souza
(Cap PMMT). Educação Física Policial Militar – Uma proposta de vida saudável.
Manual Policial Militar. Cuiabá, Diretoria de Ensino da PMMT, 1999. 1ª Edição.
13. SHIKANAI, Ichitami & COSTA, Alcino Lagares Côrtes (Maj PMMG). Manual técnico
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Militar da PMMG, 1987. 1ª Edição.
14. UNIMED. Primeiros Socorros - Medicina do trabalho. Sua empresa cumprindo a lei.
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