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Manual Efeciencia Eletrica PDF
Manual Efeciencia Eletrica PDF
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manual de boas práticas
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manual de boas práticas
ÍNDICE
1. Introdução 7
2. Ar Comprimido 8
2.1 Medidas sem Custos de Utilização de Ar Comprimido 9
3. Iluminação 10
3.1 Iluminação em instalações industriais
3.1.1 Pavilhões com altura inferior a 6 metros: utilização de balastros eletrónicos
3.1.2 Pavilhões com alturas superiores a 6m: lâmpada de vapor de sódio de alta pressão
3.1.3 A quantidade de luz adequada 11
3.1.4 Armaduras estanques
3.1.5 Luz e controle de qualidade
3.1.6 Sensores de luz natural e regulação de fluxo 14
3.1.7 Cálculo 15
3.1.7.1 Tipo de local Pot. (W/m2)
4. Motores 16
4.1 Utilização eficiente de energia em motores
4.2 Aplicações típicas de motores
4.3 Sistemas de força motriz
4.4 Utilização eficiente dos motores
4.5 Perdas e Rendimento 17
4.6 Perdas típicas nos motores
4.7 Desvantagens do sobredimensionamento
4.8 Motores de alto rendimento
4.9 Motores de Alto Rendimento 18
4.10 Decisão de Instalação de Motores de Alto Rendimento
4.10.1 Instalação de um novo equipamento ou motor
4.10.2 O motor existente avariou
4.10.3 O motor existente está fortemente sobredimensionado
4.10.4 Reparação/Rebobinagem
4.10.5 Controlo de Velocidade 19
4.10.6 Aplicações com carga variável ou parcial
4.10.7 Bombas e Ventiladores
4.10.8 Métodos Convencionais de Controlo de Velocidade
4.10.9 Variadores Eletrónicos de Velocidade (VEVs)
5. Fator Potência 21
5.1 Energia Reativa, Potência Ativa, Reativa e Aparente
5.2 Fator de Potência 22
5.2.1. Causa dos baixos Fatores de Potência 23
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manual de boas práticas
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manual de boas práticas
7. Setor Doméstico 54
7.1 Como poupar energia em casa?
7.1.1 Casa-de-banho:
7.1.2 Cozinha
7.1.3 Quarto
7.1.4 Despensa
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1 INTRODUÇÃO
A ideia de desenvolver um projeto desta natureza resultou da constatação do peso crescente da fatura
energética na estrutura de custos das empresas industriais, bem como da imposição legal da elaboração
de Planos de Racionalização de Consumos de Energia (PRCE). A eficiência energética assume, cada vez
mais, um papel relevante na gestão das empresas, na medida em que contribui diretamente para
a competitividade das unidades industriais.
De acordo com o Decreto-Lei nº 71/2008, de 15 de abril, as empresas que no ano civil imediatamente
anterior tenham tido um consumo energético superior a 500 toneladas equivalentes petróleo (500 tep/
ano), são obrigadas a realizar auditorias energéticas e a elaborar Planos de Racionalização de Consumos
de Energia (PRCE).
Como qualquer fator de produção, a energia deve ser gerida contínua e eficazmente, devendo
o processo começar pelo diagnóstico da empresa.
A auditoria energética é a radiografia ao desempenho energético da unidade fabril.
Através dela, avalia-se quanta energia é efetivamente consumida e de que forma é essa energia utilizada,
estabelecem-se os principais fluxos e identificam-se os setores ou equipamentos onde é prioritário atuar.
De acordo com o mesmo decreto-lei, a auditoria energética é uma obrigação legal, surgindo, assim,
como um instrumento fundamental, que o gestor de energia possui para contabilizar os consumos de
energia, a eficiência energética dos seus equipamentos e as perdas que se verificam, tendo como
finalidade última reduzir essas perdas sem afetar a produção, isto é, economizar energia através do uso
mais eficiente da mesma, dando, depois, lugar aos já referidos Planos de Racionalização do Consumo
de Energia.
O manual de boas práticas é o culminar das auditorias energéticas, sendo elaborado com a participação
de todos os parceiros.
Ar comprimido;
Na iluminação;
Na correção do fator potência;
Na utilização da energia renovável;
No utilização da energia no setor doméstico
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2 AR COMPRIDO
O ar comprimido é um fluido de utilização intensiva em inúmeras empresas industriais como:
Controlo e a instrumentação;
Acionamentos pneumáticos;
Sopragens;
Limpezas;
Formas de Produção de Ar Comprimido.
Muito embora se trate duma forma cómoda e segura de "transmitir" energia a um processo, o seu custo
é, normalmente, mais elevado do que a utilização direta de energia elétrica ou hidráulica.
Face aos elevados custos energéticos do ar comprimido, devem ser adotadas as seguintes medidas
de otimização e racionalização:
Desligar o compressor nos períodos de paragem, como pausa para refeições e períodos de
não laboração;
Produzir o ar comprimido a uma pressão mínima de laboração, uma vez que os consumos
energéticos aumentam quase proporcionalmente com a pressão;
Escolher um compressor de ar corretamente dimensionado para as necessidades do processo;
Garantir que o ar aspirado pelo compressor é limpo e frio.
A manutenção periódica do compressor (limpeza de grelhas, filtros, lubrificação, etc.) e também
essencial para um funcionamento perto dos valores de fábrica;
A eliminar todas as fugas de ar é imprescindível para a redução do consumo energético;
Evitar velocidades de escoamento do ar superiores a 6 m/seg, utilizando, para esse efeito,
diâmetros de tubagem dimensionados com folga suficiente; este sobredimensionamento da tubagem,
para além de garantir menores perdas de carga, permite também, fazer face a um eventual aumento
de consumo de ar na instalação;
Evitar o mais possível, curvas e outros acidentes no traçado da rede.
Nos troços retos, adotar uma inclinação apropriada, que permita o escoamento da água condensada na
tubagem; para isso, deverão também instalar-se purgadores, nos pontos mais baixos da rede, e proceder,
regularmente, à verificação do correto funcionamento destes dispositivos. Remover, ou isolar
convenientemente com válvula (ou tampão), eventuais troços da rede de distribuição, que deixaram
de ser utilizados;
Verificar regularmente, o correto funcionamento dos equipamentos e ferramentas pneumáticas,
e cumprir os prazos de manutenção recomendados.
Regular a pressão de trabalho em função da utilização; o recurso a eventuais válvulas redutoras de
pressão, localizadas junto dos utilizadores, traduz-se sempre por uma economia de energia, a par duma
melhoria na segurança de manuseamento. Um caso típico, são as pistolas pneumáticas usadas para
limpeza e/ou secagem de materiais ao longo do processo, equipamentos que, normalmente, trabalham
com uma pressão de ar demasiado elevada, contribuindo para grandes desperdícios de energia; nestes
casos deverão ser ensaiadas pressões de trabalho mais baixas (mantendo o nível de satisfação desejado)
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manual de boas práticas
pois, por exemplo, uma pistola regulada a 1.4 bar, consome um terço do ar, que uma outra que labora
a 6.2 bar;
Instalar electroválvulas nos equipamentos principais consumidores de ar, por forma a isolá-los
convenientemente, quando os mesmos se encontram fora de serviço.
fig 1
Se tivermos um compressor a 8,5 bar e reduzir para 5,5 bar a a redução será de 0,02 kWh. O que para
um dia tipo de 7 horas e 8m3 corresponderia a uma poupança de ≈ 4,12€/dia.
Face aos elevados custos (e consumos) energéticos que estão associados à produção deste fluido,
a deteção sistemática e a posterior eliminação das fugas de ar, deverão constituir uma das rotinas da
manutenção; esta deverá ser implementada de forma regular, com uma periodicidade que não deverá
ir além duma semana.
b. eliminação de fugas de ar
Diâmetro do orifício Caudal de ar
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3 ILUMINAÇÃO
Uma instalação de iluminação bem implementada pode contribuir para a rentabilidade de uma
atividade, permitindo:
ganhos financeiros: estar atento à qualidade de iluminação deve conduzir a uma reflexão sobre
os custos de exploração e de manutenção da instalação;
ganhos ambientais: com uma boa iluminação há menos energia consumida e, com frequência,
menos lâmpadas utilizadas para recolher e tratar;
aumento da duração de vida das lâmpadas: o balastro eletrónico protege a lâmpada contra
variações de tensão ou curto-circuito. A regulação da alimentação aumenta a duração de vida da
lâmpada em 50%, o que reduz os custos de manutenção e o número de lâmpadas a substituir.
3.1.2 Pavilhões com alturas superiores a 6m: lâmpada de vapor de sódio de alta pressão
As instalações com altura superior a 6 m, é, na maior parte das vezes, mais económico optar por outras
lâmpadas de descarga:
as de vapor de sódio de alta pressão: pelo seu excelente rendimento luminoso (mais de 100
lm/W) e a sua longa duração de vida (até 18000 horas);
as de iodetos metálicos: se a natureza da atividade exigir uma luz branca ou uma melhor
qualidade de restituição de cores;
as lâmpadas de indução: graças à sua excecional duração de vida (60000 horas) são
particularmente adequadas nos casos em que os custos de manutenção são elevados (dificuldade
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manual de boas práticas
Este sistema permite economizar 20% no consumo de energia elétrica. O investimento suplementar é
assim rapidamente rentabilizado.
as condições de utilização das armaduras industriais são muitas vezes difíceis, e existem
específicos dedicados a cada tipo de risco: choques mecânicos, corrosão, ambientes explosivos,
humidade, poeiras, etc. No projecto de iluminação, que inclui o caderno de encargos da
instalação, estes riscos devem ser bem identificados;
um aparelho estanque standard não constitui uma garantia universal para os problemas
ambientais e a armadura mais resistente aos choques mecânicos não é forçosamente a melhor
adaptada para uma atmosfera química (ácidos lácticos, gasóleo, etc.).
Enfim, as lâmpadas devem apresentar um índice de restituição de cores pelo menos igual a 85,
principalmente se for necessário apreciar a qualidade das cores.
A iluminação interior é em geral realizada com lâmpadas fluorescentes. Para funcionar, estas lâmpadas
têm necessidade de equipamento auxiliar, que tem um consumo próprio. Por exemplo, uma lâmpada
de 58 W alimentada por um balastro ferromagnético standard consome cerca de 12 W
suplementares. As lâmpadas com balastro eletrónico são mais caras, mas as suas características
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permitem realizar importantes economias de consumo. Sem contar que estes balastros permitem às
lâmpadas emitir mais luz, e portanto menos armaduras a instalar para um resultado igual. Além disso,
os balastros eletrónicos prolongam a duração de vida das lâmpadas em cerca de 50%: as intervenções
de manutenção (substituição das lâmpadas) são portanto menos frequentes. Os custos de manutenção
tornam-se portanto mais reduzidos e a solução que parece à partida mais custosa revela-se como a mais
rentável no balanço global. De facto o balastro eletrónico constitui um primeiro nível do equipamento:
permite em seguida por em Ação um ou mais sistemas de comando automático da iluminação, adiante
indicados. Várias configurações de gestão da iluminação permitem uma redução dos consumos até
50%. Ganhos de 70% podem ser obtidos com configurações mais complexas:
armadura com balastro eletrónico: permite poupar até 25%;
armadura com balastro eletrónico e com regulação manual: permite poupar até 35%;
armadura com balastro eletrónico, e programação por interruptor horário: permite uma
poupança até 35%;
armadura com balastro eletrónico, com regulação de fluxo luminoso e deteção de presença:
permite uma poupança até 40%;
armadura com alimentação eletrónica, com regulação de fluxo e célula de gestão de luz: permite
uma poupança até 50%.
Divisão adequada dos circuitos de iluminação A maior ou menor divisão dos circuitos de iluminação,
ou seja o número de lâmpadas que é controlado por um mesmo disjuntor / interruptor é, em muitos
casos, uma condicionante importante das potencialidades de racionalização energética dos sistemas
de iluminação.
Cada situação necessitará de uma análise crítica individual. No entanto recomenda-se, como medida
de carácter geral, a colocação de um interruptor para controlar, no máximo, 3 a 6 pontos de luz.
Nas situações em que o controlo desta iluminação é realizado de forma manual, a localização dos vários
interruptores revela-se também importante para a implementação de algumas boas práticas, podendo
optar-se por centralizar ou descentralizar os vários comandos.
Nos casos em que haja apenas um responsável pelo acionamento dos sistemas de iluminação, deverá
optar-se por centralizar vários interruptores, em um ou dois locais; pelo contrário, quando é o pessoal
do próprio sector que controla a sua iluminação geral, o comando desta deverá estar na própria secção,
sob pena de ser ligada, ou desligada, apenas no início e no fim do período de trabalho.
Relativamente à iluminação localizada dos postos de trabalho, idealmente o seu controlo deverá ser
individual, por forma a poder ser desligada em todas as situações de interrupção do trabalho, mesmo
nas pequenas paragens.
Desligar os sistemas de iluminação nos períodos de paragem é boa prática, de aplicação generalizada
a todas as áreas em que se regista consumo energético, assume também grande importância ao nível
da iluminação.
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manual de boas práticas
Mesmo no caso das lâmpadas fluorescentes, cuja vida útil diminui um pouco, com a frequência de
acendimentos, esta prática justifica-se sempre que o período de paragem seja superior a cerca de
15 / 20 minutos.
Nos casos em que o horário de funcionamento assuma um carácter rígido e bem definido, a solução
mais eficiente consiste em instalar sistemas simples de controlo automático da iluminação, por exemplo
interruptores horários, eliminando-se potenciais situações de esquecimento.
Instalar sistemas automáticos de controlo por muito rígida que seja a implementação de procedimentos
manuais, o recurso a sistemas automáticos de controlo é, na maioria dos casos, a forma mais eficiente
de gerir os circuitos de iluminação.
Estes sistemas automáticos permitem otimizar a utilização das instalações de iluminação, resultando
normalmente em economias de energia significativas, sem prejuízo dos níveis de conforto visual
necessários em cada local e/ou atividade.
Os sistemas de utilização mais generalizada são do tipo “tudo ou nada”, podendo ser acionados por
interruptor horário, por detetor de presença ou por fotocélula sensível ao nível de luminosidade.
Uma das utilizações mais comuns deste tipo de sistema, consiste no controlo da iluminação de zonas
exteriores, recorrendo-se a interruptores crepusculares, que ligam e desligam esta iluminação,
respetivamente, ao cair da noite e ao início da manhã.
Esta solução, de baixo custo, garante uma eficiência máxima, devendo ser aplicada em todas as áreas
exteriores.
É mais vantajosa que os sistemas mais antigos por interruptor horário, pois estes obrigam a uma
intervenção manual, para ajustamento do relógio ao longo do ano, sendo por isso menos eficientes
e mais falíveis.
Em espaços interiores qualquer dos sistemas de controlo referidos pode ser aplicado, dentro das
seguintes condições:
o controlo por temporização, por interruptor horário, embora seja menos flexível e mais
limitado que os restantes, continua a ser uma boa solução em instalações que tenham um
funcionamento bem definido, podendo ser utilizado para desligar a iluminação no final do dia,
na paragem para almoço, e ao fim de semana;
os detetores de presença são normalmente utilizados em zonas pouco frequentadas (sanitários,
armazéns, arrumos, caves, etc.) e atuam apenas, como o nome indica, quando detetam
a presença de alguém na respetiva área, garantindo uma utilização mínima da iluminação
no local;
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manual de boas práticas
o controlo por fotocélula é aplicável em locais que disponham de boa iluminação natural,
e permite gerir racionalmente o funcionamento dos circuitos de iluminação geral; a fotocélula
poderá ficar colocada, quer no exterior, quer no interior, junto a uma janela, ou noutro local
que se pretenda utilizar como referencial de luminosidade;
A aplicação destas fotocélulas a sistemas de controlo “tudo ou nada” deve, no entanto, ser combinada
com uma boa iluminação localizada dos postos de trabalho, pois caso contrário o corte brusco da
iluminação geral dos setores pode dar origem a problemas vários, como por exemplo, quebras de
produção e mesmo acidentes de trabalho.
Para além dos sistemas mais vulgares “tudo ou nada”, existem atualmente sistemas de controlo por
regulação do fluxo luminoso que embora de maior custo constituem muitas vezes a solução mais
eficiente, quer do ponto de vista energético, quer da produtividade e da própria segurança.
Estes sistemas permitem regular o fluxo luminoso de forma contínua, sendo igualmente controlados
por uma fotocélula, que em função do nível de iluminação natural, ajusta o fluxo da iluminação
artificial, por forma a manter constante o valor da luminosidade pretendido no local; desta forma
evitam-se os problemas dos sistemas “tudo ou nada”, com economias de energia significativas.
O desenvolvimento dos balastros eletrónicos veio facilitar a aplicação deste tipo de controlo às
armaduras fluorescentes, com resultados muito positivos, ao nível do seu consumo elétrico.
Para locais com pouco movimento, por exemplo corredores, existem atualmente balastros eletrónicos,
que, associados a detetores de movimento, permitem efetuar com eficiência grandes poupanças de
energia neste tipo de locais.
Em vez de se desligar completamente a iluminação, na ausência de pessoas, é efetuada uma regulação
de fluxo luminoso para cerca de 10%.
Desde o momento em que alguém entre no local, o fluxo luminoso é novamente regulado para 100%.
A temporização para a diminuição de fluxo luminoso pode ser regulada pelo detetor de movimento.
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3.1.7 Cálculo
3.1.7.1 Tipo de local Pot. (W/m2)
Armazenamento e arquivos 6
Halls e corredores 12
Outros locais com área >30 m2 15
Outros locais com área <=30 m2 18
Locais que requerem uma iluminância média de exploração de mais de 600 lux ou local no qual
a iluminação geral não é suficiente para assegurar o conforto visual
local com menos de 30 m2 4 W/m2, por 100 lux
local com mais de 30 m2 3 W/m2, por 100 lux
Para além dos sistemas mais vulgares “tudo ou nada”, existem atualmente sistemas de controlo por
regulação do fluxo luminoso que embora de maior custo constituem muitas vezes a solução mais
eficiente, quer do ponto de vista energético, quer da produtividade e da própria segurança.
Estes sistemas permitem regular o fluxo luminoso de forma contínua, sendo igualmente controlados
por uma fotocélula, que em função do nível de iluminação natural, ajusta o fluxo da iluminação
artificial, por forma a manter constante o valor da luminosidade pretendido no local; desta forma
evitam-se os problemas dos sistemas “tudo ou nada”, com economias de energia significativas.
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4 MOTORES
4.1 Utilização eficiente de energia em motores
Bombas
Compressores
Ventiladores
Moinhos
Misturadores
Elevadores
Bombas
Compressores
Ventiladores
Moinhos
Misturadores
Elevadores
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manual de boas práticas
constantes e
perdas no ferro circuito magnético independentes da 20%
carga
constantes e
rolamentos, ventoinha e parte
perdas mecânicas independentes da 9%
rotativa
carga
perdas devidas a
saturação de ferro;
constantes e
perdas suplementares acabamento das superfícies independentes da 16%
do entreferro; carga
harmónicos
fig 3
4.10.4 Reparação/Rebobinagem
Fatores de índole técnica e económica que devem ser pesados aquando da decisão de reparar/substituir:
Apurar previamente o estado geral do motor danificado a fim de prever em que condição ficará
após a reparação;
Preço do motor e da reparação;
Número de horas de operação;
Fator de carga;
Custo da eletricidade;
No caso da substituição, e assumindo que um motor reparado sofre uma quebra de rendimento de
1%, a compra de um EEM é normalmente vantajosa do ponto de vista do tempo de retorno do capital
investido ("payback time") e em termos de tempo de vida do motor.
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manual de boas práticas
ventiladores desumidificadores
bombas condicionadores de ar
compressores etc
fig 4
4.10.7 Bombas e Ventiladores
Os métodos convencionais de controlar caudais em bombas e ventiladores baseiam-se no uso de
dispositivos de estrangulamento (válvulas, persianas, etc.) que restringem o caudal mas introduzindo
simultaneamente perdas consideráveis.
Diagrama geral dos variadores eletrónicos de velocidade que utilizam inversores na saída
ligação DC
inversor
alimentação retificador CC para CA
trifásica CA para CC filtro com frequência
motor
e tensão variável
fig 5
1 1
Poupança = − × PN × N × €
kWh
STD EEM
Diferença de Preço
Payback =
Poupança anual
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manual de boas práticas
5 FATOR POTÊNCIA
5.1 Energia Reativa, Potência Ativa, Reativa e Aparente
A intensidade da corrente elétrica absorvida pela maioria das instalações elétricas em unidades
industriais, apresenta-se desfasada (geralmente em atraso) relativamente à tensão aplicada de um
ângulo Φ, pelo que pode decompor-se em duas componentes:
Componente Ativa Ia, em fase com a tensão de alimentação
• Us - tensão simples para cargas monofásicas;
• Uc - tensão composta para cargas trifásicas.
I = Intensidade Total
Ia = I cos Φ
Ir = I sen Φ
fig 6
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manual de boas práticas
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fig 7
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manual de boas práticas
1.0 1
1.23 0.9 0
1.56 0.8 0
2.04 0.70
2.78 0.6 0
4.0 0.5 0
6.25 0.40
11.1 0.30
fig 9
De acordo com a tabela anterior, verifica-se que, para um fator de potência à volta de 0,7,
situação frequente em muitas instalações industriais, a secção dos condutores necessita ser dupla
da necessária para um fator de potência unitário.
Quando uma instalação absorve uma potência próxima do valor para que foi dimensionada, os
circuitos ficam de imediato sujeitos a sobrecarga se o fator de potência baixa. Quando isto
acontece ou quando se instalam novos equipamentos, aumentando assim a potência instalada,
verifica-se que a atitude normalmente tomada pelos utilizadores consiste em instalar novos
circuitos para redistribuição das cargas.
Contudo, seria economicamente mais vantajoso fazer subir o fator de potência ao nível de cada
recetor, evitando assim o trânsito de energia reativa pelos cabos de alimentação, reduzindo as
perdas energéticas por aquecimento e incrementando a sua capacidade de transporte.
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manual de boas práticas
Nos Quadros Parciais mais importantes e no Quadro Geral da instalação é recomendável a utilização
de fasímetros fixos, que representam um investimento pouco significativo face às vantagens decorrentes
da sua utilização.
Como se sabe, um grande consumo de energia reativa conduz a um fator de potência baixo, o que
significa na prática que se está a desperdiçar uma quantidade de energia sem produzir trabalho útil.
Esta situação é prejudicial não só ao produtor e consumidor de energia mas também à economia,
especialmente nos países que, como Portugal, importam de terceiros quase toda a energia primária
para transformar em energia elétrica.
Referimos duas maneiras de melhorar o fator de potência. No entanto, só uma delas é frequentemente
usada, a compensação artificial recorrendo à utilização de condensadores estáticos, que corresponde
em associar ao recetor que queremos compensar um elemento capacitivo que lhe vai fornecer a energia
reativa necessária.
A solução de reduzir o consumo de energia reativa apresenta-se mais complexa, dado que requer um
conhecimento detalhado, não só do regime de trabalho das cargas, como também das modificações
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manual de boas práticas
a efetuar nas instalações de modo a permitir uma distribuição de funcionamento das cargas com bom
e mau fator de potência que no conjunto permitam bons valores de fator de potência.
Para fazer a compensação liga-se um condensador em paralelo com a carga indutiva, de tal forma que
as componentes reativas da carga e do condensador tendem a compensar-se. Essa compensação pode
ser parcial, caso a componente capacitiva não anule totalmente a componente indutiva, ou total no
caso de as duas componentes se anularem mutuamente obtendo-se um fator de potência unitário.
Este último caso corresponde à melhor situação possível em que só circula a potência ativa.
Neste sentido, e considerando que a compensação do fator de potência influencia a redução do
consumo de energia primária necessária para a produção de energia elétrica, a compensação do fator
de potência pode ser considerada como uma forma de condicionamento da procura de eletricidade.
fig 11
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manual de boas práticas
fig 12
fig 13
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manual de boas práticas
Se considerarmos por exemplo, o caso de uma fábrica onde se chegou à conclusão de que é necessário
fazer a compensação do fator de potência, o estudo prévio vai debruçar-se sobre a localização dos
condensadores, tendo que se ponderar os prós e os contras da localização em diversos pontos,
correspondentes às compensações referidas antes:
No quadro geral da fábrica;
No quadro parcial de um grupo de motores;
Em cada motor ou carga isolada.
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manual de boas práticas
A compensação pode ser feita ao nível do quadro geral, dos quadros parciais ou ao nível das máquinas.
A primeira solução é a mais aconselhável quando se tem por objetivo imediato a redução da faturação
de energia reativa.
No caso da compensação parcial e local, o objetivo não pode ser apenas o de diminuir a fatura de
energia elétrica pela diminuição de Q, mas também o de melhorar o rendimento da própria instalação,
pois que se a compensação é local deixa de circular energia reativa na própria instalação, diminuindo as
perdas por efeito de joule e consequentemente a faturação de energia ativa. Permite ainda diminuir o
investimento em cablagem de instalações novas, com a diminuição da secção dos condutores necessária
para uma mesma potência ativa.
Em contrapartida, a compensação descentralizada tem a desvantagem de ser mais cara, pelo que têm
que se efetuar cálculos para verificar se o aumento do custo da descentralização compensa em relação
ao acréscimo de vantagens obtidas.
Sabe-se que nem sempre os motores estão a funcionar à plena carga, o que faz variar o seu fator de
potência. Assim, para um dado nível de compensação definido admitindo o regime nominal de
funcionamento, nada garante que o fator de potência se mantém num regime de carga diferente.
O que acontece normalmente é que na situação de baixar a carga da instalação, ou em vazio, não só
o fator de potência não é o mesmo, como podem ocorrer sobretensões perigosas se a capacidade ligada
permanecer determinada para a carga nominal.
Para resolver este problema utiliza-se a compensação automática, agrupando baterias de condensadores
em escalões, e em função da carga e do fator de potência detetado e desejado, os condensadores são
automaticamente controlados de modo a obter sempre o fator de potência dentro dos limites
previamente estabelecidos.
Chegados à conclusão que é aconselhável fazer a compensação, como calcular a potência dos
condensadores a instalar.
Um processo simples, essencialmente utilizado na compensação centralizada, é utilizar as faturas
de energia e uma estimativa do número de horas de funcionamento.
30
manual de boas práticas
Como exemplo consideremos a figura que representa uma hipotética instalação e a localização das
várias escolhas possíveis para a compensação.
Neste sentido, ao ligar ou desligar cargas alimentadas por uma linha, aumenta ou diminui a corrente
a transportar, que por sua vez aumenta ou diminui a queda de tensão entre o início e o fim da linha.
Os aumentos ou diminuições das quedas de tensão são traduzidos por variações da amplitude de tensão
na carga.
31
manual de boas práticas
5.4.2 Condensador
Por definição o condensador gera energia reativa quando ligado a uma fonte de corrente alternada.
Por este facto ele tem sido associado a diversos modos de controlo para compensar o factor de potência.
Dado uma instalação industrial ter um diagrama de carga variável ao longo do tempo, é de considerar
que também a energia reativa necessária seja variável com o tempo.
O condensador, sendo um elemento de capacidade fixa, de valor determinado no ato da sua construção,
é associado a elementos de controlo para que a saída de VAr’s seja o mais próxima possível da necessária
em cada instante ao longo do tempo. Assim temos vários tipos de controlo associados aos
condensadores.
Ligação direta do condensador em paralelo com a carga este método é basicamente utilizado quando
se pretende compensar o fator de potência de uma carga individual, sendo o condensador ligado ou
desligado ao mesmo tempo que a carga, como representado na figura seguinte:
Pondamprora, ses et, avocaecus hocchuit, Ti. Gra? Mantis cre por quid contiu etia rehenat iliceperis
fig 14
32
manual de boas práticas
fig 15
5.4.2.2 Ligação de condensadores em baterias e controlo automático
(por relé varimétrico).
Este método é análogo ao anterior, o operador é substituído por um relé varimétrico, que liga ou
desliga, através de contactores, os elementos de bateria necessários em cada momento ao ajuste mais
próximo do factor de potência desejado.
No relé varimétrico é introduzido o valor de referência pretendido como resultado e das leituras
efectuadas e das referenciadas faz o controlo ligando e desligando o mais adequado para o momento.
Este método comparado ao anterior melhora a eficiência, evitando erros do operador e diminui a mão
de obra.
fig 16
O conjunto é ligado em paralelo com a rede onde se pretende compensar o fator de potência.
Para que o tirístor conduza é necessário que lhe seja enviado um impulso de corrente na porta,
e permaneça em condução até ao instante em que a corrente passa por zero.
Caso se pretenda que ele continue em condução é necessário o reenvio do impulso de comando.
Controlando o momento do envio dos impulsos de controlo para a condução dos tirístores podemos
controlar a energia reativa fornecida, desde o máximo admissível pelo condensador até ao mínimo
de zero. Ao desligar o condensador, este fica com a tensão aos seus terminais igual ao valor de tensão
de linha no momento de corte, pelo que normalmente os condensadores têm associada uma resistência
que permite a descarga nos momentos em que estes estão desligados.
fig 17
Esta estrutura de ligação tem a vantagem de aproveitar o condensador, para fornecer a energia reativa
necessária mas também, se selecionado como filtro dos harmónicos produzidos pelas diversas
interrupções e restabelecimento de condução provocados pelo controlo da válvula de tirístores, elimina
ruídos que podem interferir em leituras e eventuais sinais de comando usados na instalação.
Neste caso, o condensador é dimensionado para permitir fornecer a energia reativa máxima necessária
à compensação da instalação quando ligado permanentemente. O que vai regular a saída de energia
reativa desde o zero ao valor máximo é a oposição feita pela bobine que, é controlada pela válvula
bidirecional de tirístores.
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manual de boas práticas
6 ENERGIAS RENOVÁVEIS
6.1 Energia fotovoltaica
Existem dois tipos de sistemas fotovoltaicos:
sistemas autónomos.
sistemas ligados à rede;
No último caso, o aproveitamento da energia solar precisa de ser ajustado à procura energética. Uma
vez que a energia produzida não corresponde (na maior parte das vezes) à procura pontual de energia
do consumidor em causa, torna-se obrigatório considerar um sistema de armazenamento (baterias)
e meios de apoio complementares de produção de energia (sistemas híbridos).
No caso dos sistemas com ligação à rede, a rede pública de distribuição de eletricidade opera como
um acumulador de energia elétrica. Nestes sistemas, a totalidade da energia produzida é injetada
na rede pública de distribuição de energia elétrica.
De início, o local preferencial para a instalação técnica fotovoltaica, foi o topo dos telhados dos
edifícios. Posteriormente, a integração dos sistemas fotovoltaicos em diferentes tipos de prédios
(apartamentos, escolas, centros comerciais), tem vindo a ganhar um espaço cada vez maior.
Paralelamente, a utilização da tecnologia fotovoltaica em diferentes formas de construção, como
por exemplo nos painéis anti-ruído das auto-estradas, está também a crescer de forma acentuada.
Um outro tipo de projeto, também em franca expansão, refere-se aos grandes projectos fotovoltaicos
que são construídos à superfície do solo, formando grandes centrais fotovoltaicas ligadas à rede. Este
tipo de projeto fotovoltaico tem vindo a ser promovido por empresas operadoras do sector eléctrico.
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manual de boas práticas
O desejado retorno do capital investido inicialmente, tem uma influência decisiva no cálculo dos custos
de produção de energia. Os cálculos económicos que excluem os juros e a valorização do capital
investido, apresentam-se com extrema simplicidade. Neste caso, são considerados os custos de
investimento inicial e determinados os custos gerais nos quais se incorrerá durante o tempo de vida
útil do sistema, custos de operação nomeadamente os custos operacionais, de manutenção, prémios de
seguros, entre outros eventuais custos que, como já referido, assumem uma reduzida expressão com o
presente tipo de sistemas.
Se as instalações fotovoltaicas são integradas no edifício durante a sua construção, tendo sido
considerada a sua localização desde o início do projeto de construção do edifício, os sistemas
fotovoltaicos integrados nos telhados ou nas fachadas podem ter como resultado poupanças
consideráveis nos materiais de construção.
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No entanto, apenas uma parte da quantidade total da radiação solar atinge a superfície terrestre. A
atmosfera reduz a radiação solar através da reflexão, absorção (ozono, vapor de água, oxigénio, dióxido
de carbono) e dispersão (partículas de pó, poluição). O nível de irradiância na Terra atinge um total
aproximado de
1.000 W/m2 ao meio-dia, em boas condições climatéricas, independentemente da localização. Ao
adicionar a quantidade total da radiação solar que incide na superfície terrestre durante o período de
um ano, obtém-se a irradiação global anual, medida em kWh/m2. Esta parâmetro varia de um modo
significativo com as regiões, como se pode observar na figura 2.20.
fig 18
Fonte: Atlas Europeu de Radiação Solar – referência Scharmer, K and J.Greif, Eds (2000)
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Nos dias claros, a fração da radiação direta prevalece. No entanto, na maioria dos dias cobertos de nuvens
(especialmente no Inverno), a radiação solar é quase completamente difusa. Em Portugal, a proporção da
radiação solar difusa durante um ano, é cerca de 40 % para 60 % de radiação direta.
Devido à trajetória do Sol, a altura do Sol muda durante o dia e também durante o ano.
Influências climatéricas locais como as nuvens, a chuva ou a neve, levam a uma maior redução
da radiação.
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manual de boas práticas
fig 19
A orientação da instalação solar, tem por resultado diferentes níveis de irradiação. Em Portugal,
a orientação ótima de uma instalação é a Direção Sul, com um ângulo de 35º de inclinação. Neste
caso, o nível de irradiação é quinze por cento maior do que numa área horizontal (ângulo de
inclinação: β = 0).
A construção de instalações solares em telhados inclinados, com orientações diferentes à da posição
ótima, traduz-se numa menor produção de energia devido à redução da radiação. Uma orientação para
Sudoeste ou Sudeste dos telhados, ou uma inclinação entre 20º e 50º, implicam uma redução máxima
da energia produzida de dez por cento. Os telhados com uma orientação que varie ainda mais da
posição ótima, podem também ser explorados, mas nesta situação a menor irradiação deverá ser
equacionada.
A utilização das fachadas para a integração de tecnologias solares implica uma produção de energia
menor, devido à redução significativa da irradiação. Neste caso, a boa visibilidade da instalação solar,
aspetos de design, entre outros fatores, têm um papel vital para a decisão final sobre a construção da
fachada com este material.
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Tendo em conta que o Sol se encontra a 143 milhões de quilómetros da Terra apenas uma pequena
fração da energia irradiada está disponível. No entanto a energia fornecida pelo Sol durante um quarto
de hora é superior à energia utilizada, a nível mundial, durante um ano.
Os astrofísicos consideram que o sol tem aproximadamente 5 biliões de anos. Com uma expectativa
de existência de 10 biliões de anos o sol pode ser considerado como fonte de energia para os próximos
5 biliões de anos. Assim, de uma perspetiva humana, o sol apresenta uma disponibilidade ilimitada.
A radiação solar tem diversas componentes: a radiação solar direta proveniente do sol, que atinge a terra
sem qualquer mudança de direção e a radiação difusa, que chega aos olhos do observador através da
difusão de moléculas de ar e partículas de pó. A radiação difusa inclui também a radiação refletida pela
superfície terrestre. A soma da radiação difusa e direta equivale à radiação solar global EG.
Quando o Sol se localiza verticalmente, acima de uma determinada localização, a radiação efetua o
caminho mais curto através da atmosfera. Por outro lado, quando o Sol se encontra num ângulo mais
baixo a radiação percorre um caminho mais longo, sofrendo a radiação solar uma maior absorção e
difusão e estando disponível uma menor intensidade de radiação. O fator “Massa de Ar” (MA)
define-se como a medida do número de vezes que o caminho da luz solar até à superfície da terra
corresponde à espessura de uma atmosfera. Usando esta definição com o Sol numa posição vertical
(JS = 90°) obtém-se um valor de MA = 1.
A nebulosidade ou o estado do céu é o segundo fator decisivo - depois das condições astronómicas – a
afetar a disponibilidade de radiação solar. A energia irradiada tal como a quantidade de radiação difusa
e direta varia com a quantidade de nuvens.
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Com base em dados de irradiação difusa e direta, para a Cidade de Lisboa, verifica-se que a
proporção média da radiação solar difusa é de 40% da radiação global, sendo que nos meses de inverno
esta proporção aumenta.
Para diferentes ângulos de incidência do sol ao longo do ano, a uma determinada latitude, existe um
valor máximo de radiação produzida que poderá ser obtido se a superfície recetora estiver inclinada a
um determinado ângulo. O ângulo de inclinação ótimo, para os meses de Inverno (menor radiação)
é maior que no Verão por causa da menor altura solar.
A tecnologia solar térmica usa a fonte ilimitada de energia oferecida pelo sol e fornece um contributo
ativo na diminuição dos perigos relacionados com a diminuição dos recursos energéticos.
Este problema deve-se à emissão de substâncias perigosas, tais como o dióxido de enxofre, monóxido
de nitrogénio e dióxido de carbono. O dióxido de enxofre e o monóxido de nitrogénio são substâncias,
que contribuem para o aparecimento de chuvas ácidas, enquanto que o dióxido de carbono contribui
para o aumento do efeito de estufa, que é responsável pelo aquecimento da atmosfera terrestre. Neste
momento, a concentração de CO2 na atmosfera aumenta a taxas cada vez mais elevadas.
Cada metro quadrado de superfície de coletores solares que se instala contribui para a proteção do
clima:
Os proprietários destes sistemas não têm que esperar por decisões política ou mudanças globais.
Transmitem uma imagem positiva aos mais jovens;
Os sistemas solares são um sinal de um nível de responsabilidade elevado, uma consciência e
empenho em relação à proteção ambiental;
Os proprietários de sistemas solares tornam-se menos dependentes do aumento dos preços
de energia;
Operadores de sistemas solares beneficiam de vantagens em taxas e financiamento do governo;
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Sistemas solares térmicos para abastecimento de água quente são tecnicamente desenvolvidos
e têm um tempo de vida de 20 anos;
Um sistema solar standard instalado na latitude de Portugal pode fornecer energia suficiente
para cobrir a 100% a energia necessária para ter água quente entre os meses de Maio a Setembro;
A instalação de sistemas solares para aquecimento de água nas piscinas é económico e pode ser
amortizado num curto espaço de tempo;
Durante o tempo de vida útil os sistemas solares disponibilizam uma reserva de energia cerca de
13 vezes maior do que a utilizada na sua construção;
Os sistemas solares requerem pouca manutenção e a energia produzida está constantemente
disponível;
A tecnologia solar cria emprego na produção, instalações e serviços de manutenção;
Com a diminuição crescente das reservas de energia estamos perante um esforço para a
distribuição relativa. Os que começam a usar sistemas de energia solar no tempo certo
contribuem significativamente para diminuir guerras cujo objetivo passa pelo controlo
de recursos energéticos.
O objetivo específico do programa Água Quente Solar para Portugal é a criação de um mercado
sustentável de coletores solares para o aquecimento de água, com ênfase na vertente "Garantia da
Qualidade", de cerca de 150.000 m2 de coletores por ano, que poderá conduzir a uma meta da
ordem de 1 milhão de m2 de coletores instalados e operacionais até 2010.
Por forma a atingir o objetivo definido, foi delineada uma estratégia de intervenção nas seguintes linhas:
Promoção de imagem
Propõe-se explorar o interesse económico e social da opção "energia solar" para o aquecimento de água,
através da divulgação de uma mensagem que realce os benefícios para o consumidor da utilização deste
vasto recurso energético, nomeadamente através de campanhas dirigidas ao grande público e aos profis-
sionais do setor, a criação de uma linha verde e o desenvolvimento de um website dedicado na Internet,
onde estarão disponíveis informações técnicas e listagens de instaladores e equipamentos certificados.
Certificação de qualidade
Esta linha de intervenção propõe introduzir o conceito de garantia de qualidade dos componentes e das
instalações, gerando maior confiança nos utilizadores, mediante:
certificação obrigatória de colectores e sistemas solares térmicos, na sequência de ensaios
de qualificação;
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Observatório
Para sistemas de combustão estacionários, cuja única função seja a produção de calor, predominam os
combustíveis sólidos, no que diz respeito à biomassa. A madeira, como resíduo ou matéria-prima, pode
ser usada para geração de calor, com baixos custos de processamento, de trituração ou secagem.
A utilização de energia mecânica para produção de energia elétrica gera aproximadamente dois terços
de calor, para um terço de eletricidade, o que demonstra o aumento da eficiência económica da
cogeração (produção simultânea de calor e eletricidade) em aplicações estacionárias.
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A utilização de biodiesel na Europa, por exemplo, como uma mistura de etanol em França, e o uso de
etanol puro no Brasil, são exemplos de uso de fontes de biomassa com sucesso, no setor dos transportes.
O biogás, proveniente dos aterros, da reciclagem de resíduos agrícolas ou de outros resíduos orgânicos
pode ser utilizado, em centrais estacionárias para produção de energia.
6.6 Bioenergia
6.6.1 Bioenergia - energia proveniente do sol
A energia solar, disponível em forma de radiação à superfície da terra, excede 11.000 vezes a energia
atualmente necessária à humanidade. A biomassa é uma forma de armazenamento da energia solar. As
plantas convertem a energia solar através da fotossíntese, com uma eficiência de 0,1%, e armazenam-na,
durante muito tempo, nas folhas, nos caules, nas flores, etc. Em condições limite, a energia na biomassa
pode ser armazenada infinitamente, sem perdas.
A biomassa é a única energia renovável que pode ser convertida em combustíveis gasosos, líquidos ou
sólidos, por meio de tecnologias de conversão conhecidas. Neste contexto, o portador universal de
energia renovável pode ser usado num vasto campo de aplicações no setor da energia.
Presentemente, é possível fornecer energia a partir da biomassa para toda a gama de aplicações
energéticas, desde o aquecimento de imóveis até ao fornecimento de combustíveis para aplicações
móveis, nomeadamente para os transportes.
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Em contraste com o uso direto da energia solar ou eólica, a biomassa como portadora de energia
renovável está sempre disponível. Geralmente, depois do tratamento da biomassa, esta é convertida
em três grandes formas de energia:
eletricidade,
calor,
combustível.
Esta flexibilidade permite à biomassa estar em concorrência direta com a energia produzida por
fontes fósseis.
Em contraposição aos recursos fósseis, os recursos renováveis a partir de materiais orgânicos, requerem
muito menos energia para a sua extração, processamento e venda. Como consequência, a sua produção
e processamento significam menores emissões de dióxido de carbono para a atmosfera. Para além disso,
as emissões de outros poluentes é mais baixa.
No final do ciclo de vida, os materiais orgânicos podem, na sua generalidade, ser usados sem restrições,
para a produção de energia regenerativa, contrastando com a maioria dos produtos químicos de
recursos fósseis.
Deste modo, com a utilização da madeira é possível poupar outras fontes de energia, tais como o
carvão, o óleo e o gás, e introduzir um segundo ciclo de vida para os produtos. A valorização energética
destes produtos fecha o ciclo do carbono natural.
O carbono armazenado na madeira e noutros produtos de fibra biológica é retido durante todo o
tempo de vida do produto. Por exemplo, uma tonelada de madeira usada para construção ou produção
de mobiliário contém 500 kg de carbono, que por sua vez armazena 1,8 toneladas de dióxido de
carbono.
As formas de biomassa no planeta são diversas. Para além disso, existem diferenças nas utilizações
primárias de biomassa. Além da indústria alimentar, a biomassa pode ser usada noutras indústrias,
tais como, de manufaturação ou construção.
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Quando o uso original termina, pode ser efetuado um uso energético secundário da biomassa.
Por exemplo, os resíduos orgânicos que são uma mistura de material desperdiçado, pode ser usado
como fonte de produção de energia regenerativa.
A energia contida nos resíduos orgânicos é geralmente usada através da geração de biogás. Nos aterros,
existe uma conversão dos resíduos orgânicos em metano. Nalguns casos, contudo, pode ser vantajosa a
fermentação direta destes resíduos em sistemas de tratamento anaeróbio. Para resíduos com alto teor de
madeira, existe a possibilidade de serem sujeitos a secagem e à queima.
Uma área de estudo de aplicações da biomassa passa pela criação de colheitas para fins energéticos, que
crescem para uso direto como combustível. Esta questão será discutida nas secções seguintes, analisando
os diversos tipos de fontes de biomassa.
Consequentemente, deve ser cumprida uma gama completa de requisitos legais, desde a origem até ao
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controlo epidémico. A biomassa vegetal encontra-se, geralmente num estado sólido agregado.
Tem ainda uma forma geométrica e um teor de água que, na maior parte dos casos e por razões
técnicas, define o uso energético direto.
No desbaste das florestas, além dos troncos das árvores, que são usados para as indústrias de mobiliário
e construção, são também recolhidos resíduos de madeira de qualidade inferior. Por cada hectare de
floresta, podem ser obtidas, a partir destes resíduos, 0,4 - 0,8 toneladas de lenha seca.
Para além disso, outras quantidades de resíduos de madeira, recolhidas durante ações de manutenção
da floresta, permitem um rendimento combustível anual de cerca de 1,5 toneladas por hectare, para
uma área florestal de uso permanente.
Nas explorações florestais, as árvores são derrubadas com o auxílio de máquinas, que utilizam um braço
com uma serra elétrica montada.
Adicionalmente, estas máquinas podem remover automaticamente os ramos do tronco, retirar a casca
escura da madeira e cortar o tronco em partes.
Este método significa que parte do valor acrescentado do processamento da madeira é efetuado antes
da madeira sair da floresta.
Quando os troncos redondos são transformados em pranchas e vigas, são produzidas grandes
quantidades de resíduos. Contudo, a maior parte destes é utilizada na indústria da madeira para outros
materiais. Estilhas de madeira que não têm casca, por exemplo, é uma matéria-prima para
o processamento de cartão de elevada qualidade.
Contudo, outra parte destes resíduos continua a ter fragmentos de impurezas e é, portanto, inadequada
para a utilização como matéria-prima. Estes pedaços de casca são ideais para reciclagem energética.
Devido ao elevado teor de cinzas, estes resíduos são principalmente utilizados em centrais de
fornecimento de calor de grandes dimensões e em centrais de cogeração, como substrato
de co-aquecimento.
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Até à data, tem sido apenas possível conseguir uma reciclagem energética, a grande escala, de palha
em centrais de cogeração.
Para além dos materiais referidos, os produtos no final do seu ciclo de vida são ideais para a reciclagem
energética. O processamento e a combustão de madeira velha é um exemplo.
Devido à sua utilização prévia, esta biomassa pode estar contaminada com substâncias tóxicas, tais
como químicos, tintas ou algo similar. Por esta razão, muitos países definem restrições à reciclagem
energética da madeira velha.
Para além da possível utilização de madeira velha, a madeira recolhida durante as atividades de gestão
do território, nomeadamente em trabalhos de manutenção nas estradas e auto estradas e dos trabalhos
em parques florestais, deve ser tida em conta. Estes resíduos de madeira são geralmente uma mistura
de madeira, folhas e troncos.
A utilização energética serve também como um meio para a eliminação destes resíduos. O teor
energético destas misturas é relativamente baixo, devido ao grande número de impurezas,
nomeadamente por causa das quantidades de solo que geralmente existem na mistura, que gera um
teor elevado de cinzas. As outras impurezas existentes, tais como embalagens de plástico, sacos
e outros resíduos conduzem a níveis elevados de substâncias tóxicas libertadas para a atmosfera.
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Uma vez que as emissões de CO2 dos biocombustíveis líquidos não são contabilizadas para o aumento
do efeito de estufa, estes combustíveis apresentam um menor potencial de poluição, relativamente aos
combustíveis fósseis. Contudo, no que respeita à eficiência estes biocombustíveis apresentam níveis
menores, nomeadamente em competições automobilísticas.
Das fontes de biocombustíveis líquidos, têm correntemente aplicações comerciais no mercado: o óleo
vegetal, o biodiesel e o etanol.
6.6.3.2.2 Biodiesel
As características de qualidade mais importantes para o ácido gordo éster metilílico (biodiesel) são
regulamentadas, para a Europa, na pré-norma pr EN 14 214:
Apenas os combustíveis que vão de encontro a este critério são aprovados para utilização em veículos.
Na Europa, o biodiesel é o único biocombustível líquido disponível no mercado geral, nas estações de
distribuição. Embora as grandes empresas de óleo mineral por toda a Europa não ofereçam biodiesel
nos seus postos de distribuição, em muitos países existe uma rede de estações de enchimento
independentes, que fornece o produto biodiesel.
6.6.3.2.3 Etanol
O etanol é usado em pequena escala, como combustível puro, para motores movidos a gasolina. É em
contraposição, muito utilizado como componente de mistura nos combustíveis fósseis. É possível
misturar etanol até 10% em volume com combustíveis para motores a gasolina, sem haver necessidade
de converter os motores.
Na produção desta mistura de combustível, e porque o etanol é solúvel em água, deve assegurar-se
que não existe contaminação com água, nomeadamente no enchimento ou no armazenamento.
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manual de boas práticas
Por um lado, por processos microbiológicos, tal como a fermentação anaeróbia do metano e, por outro
lado, através da conversão termoquímica da biomassa sólida em processos de gaseificação.
O biogás é criado pela fermentação da biomassa animal e vegetal, sem a ação do oxigénio. Neste caso,
uma simbiose de grupos de bactérias realiza a decomposição química dos compostos de carbono, em
produtos finais gasosos – metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2). Na prática, esta situação
acontece, por exemplo, em aterros.
A conversão termoquímica da biomassa sólida em gases combustíveis tem lugar durante a gaseificação
ou durante a combustão lenta, com défice de oxigénio. Das cadeias de carbono na biomassa criam-se
os gases combustíveis, monóxido de carbono (CO), hidrogénio (H2) e, em pequenas quantidades, o
metano (CH4).
As fontes gasosas de biomassa são obtidas a partir da conversão de biomassa sólida ou resíduos de
suinicultura, tais como estrume. A fermentação anaeróbia de metano e a produção termoquímica
de gases de síntese são dois métodos diferentes de transformação da biomassa, em fontes gasosas
de bioenergia:
Biogás;
Gases de síntese;
Produtos de biomassa sólida;
Paletes de madeira;
Estilhas de madeira;
Toros;
Briquetes de madeira;
Fardos de palha.
Mesmo existindo exemplos de abastecimento de biogás em redes de gás natural, estes produtos estão
geralmente ligados a uma instalação, não estando facilmente disponíveis no mercado. No entanto, já foi
testado o uso de biogás em automóveis ou máquinas agrícolas.
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manual de boas práticas
importante, para qualquer fonte de energia, é o seu poder calorífico. No caso da biomassa, esta
característica é directamente influenciada pelo conteúdo de água.
A biomassa é um produto natural. Como tal, o teor natural de água varia consideravelmente, mesmo
que não sofra influências externas. Na prática, a forma mais rápida de calcular esse teor é com base em
valores recolhidos ao longo de vários anos.
O teor de água típico para a biomassa lenhosa fresca é entre 40 e 60 %. As plantas verdes podem ter
um teor de água mais elevado, até 80 %. A biomassa com secagem ao ar livre, atinge um teor de água
que, dependendo da estação do ano e da humidade ambiental, varia entre 12 e 18 %.
Os produtos de biomassa com secagem artificial, tais como briquetes, têm um teor de água máximo
de 10 %. Contudo, um armazenamento impróprio pode conduzir a uma absorção de água por estes.
De referir que um teor de água acima de 10 % torna as briquetes inutilizáveis.
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manual de boas práticas
Os requisitos técnicos para uma conversão total dos combustíveis sólidos, nesta cadeia de processo são:
O ar oxidante deve ser fornecido em excesso;
O controlo do processo deve conduzir a uma mistura suficientemente boa dos gases
combustíveis e do ar de combustão fornecido;
A mistura combustível/ar produzida no processo necessita de um tempo de atuação na área
de reação;
Todo o processo necessita de uma temperatura de combustão suficientemente elevada.
Esta pode ser convertida nos geradores em energia elétrica. Na prática a eficiência de conversão máxima
atingida para a eletricidade ronda os 40%. O resto da energia continua a existir na forma de calor.
Num sistema de cogeração, a eletricidade e o calor são produzidos ao mesmo tempo. Em contraste com
uma central de condensação, na qual o calor produzido em cogeração é dissipado por meio de um
permutador de calor, em centrais de cogeração a energia elétrica e térmica são utilizadas imediatamente.
Uma vez que esta mistura de ar/gás não se auto inflama com as pressões de compressão criadas nos
motores diesel, a ignição externa tem de ser fornecida, tal como com os motores de ignição, por faísca.
Assim, os motores diesel de injeção piloto usam bocais de injeção existentes e introduzem diesel e óleo
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de aquecimento no cilindro, junto com a mistura comprimida de gás/ar. Este jacto de combustível
inflama, como resultado da compressão, e consequentemente inflama a mistura e o processo de
combustão realiza-se. A quantidade de óleo inflamado, necessário para operar o motor, é deste modo
cerca de 7-10% da saída total atingida do motor. O tempo de vida deste tipo de motor é cerca de
30.000 a 40.000 horas de funcionamento.
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manual de boas práticas
7 SETOR DOMÉSTICO
7.1 Como poupar energia em casa?
7.1.1 Casa-de-banho:
Chuveiro – tomar banho de chuveiro em vez de encher a banheira, a fim de se gastar
3x menos água;
Banheira – não usar água demasiadamente quente;
Lavatório – não deixar as torneiras a gotejar mesmo quando estiverem estragadas, devendo-se
consertá-las o mais rápido possível, de forma a se procurar poupar cerca de 1400 litros de
água por mês;
Escova de dentes – desligar a água enquanto se escova os dentes. Se todos agíssemos da mesma
forma, seria possível poupar cerca de 16.500 litros de água por ano;
Armário dos remédios – não desperdiçar muito lixo, escolhendo embalagens familiares e que
sejam de produtos recicláveis.
7.1.2 Cozinha
Lava louça – não deixar a torneira aberta enquanto se lava a loiça;
Forno – manter a porta do forno fechada enquanto se cozinha: um quarto do calor perde-se
quando a porta está aberta;
Fogão – por um testo nas panelas e tachos, pois assim cozinha-se muito mais depressa;
Frigorífico – não ter a porta aberta por muito tempo. Deve-se decidir o que se pretende, antes
de a abrir;
Utensílios – sempre que possível utilizar utensílios manuais e não eléctricos;
Armário da cozinha – escolher armários de tamanho largo e cujo tipo de madeira seja reciclável
ou reutilizável.
7.1.3 Quarto
Janela – no Verão, fechar as cortinas para que o Sol não aqueça o quarto;
Cama – no Inverno, usar mais cobertores em vez de se ligar o aquecimento;
Interruptor – desligar a luz quando se sai do quarto ou quando não se precisar delas acesas;
Livros – consultar livros sobre as várias formas de poupar energia;
Lâmpada – tentar usar lâmpadas fluorescentes pois elas utilizam 40% menos energia.
7.1.4 Despensa
Máquina de lavar – lavar a roupa em água fria. Cerca de 90% da energia utilizada pela máquina
é gasta a aquecer a água;
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manual de boas práticas
Cesto – ao usar o secador de roupa deve-se preparar um cesto cheio de roupas prontas para
a secagem; desta forma, seca-se toda a roupa de uma vez só e a máquina não tem que voltar
a aquecer;
Máquina de secar – pôr-se o máximo de roupas que se puder no secador de cada vez que se
secar a roupa. Pendurar as meias e outras roupas mais pequenas em vez de as secar no secador;
Produtos de limpeza – adquirir garrafas recicláveis ou recarregar as embalagens vazias;
Filtros – não esquecer de limpar o filtro do secador. Gasta-se muito mais energia quando o
filtro está entupido;
Fusíveis – nunca tocar na caixa de fusíveis;
Esquentador – não aquecer demasiado a água, pois estar-se-á a gastar demasiada energia.
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