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05/06/2018 Colaborar - Web Aula 1 - Planejamento e Controle da Cadeia de Suprimentos - Cursos Livres

Além destes aspectos bastante relevantes na Gestão da Cadeia de Suprimentos, há


que se levar em conta que as empresas participantes precisam integrar seus fluxos,
que são críticos para a gestão da cadeia, de forma que os seguintes elementos
possam transitar entre as organizações, criando maior sinergia entre elas:

O fluxo de informação é necessário para que as empresas possam cooperar e


acompanhar adequadamente os processos da cadeia de suprimentos. Assim, apenas
por meio do compartilhamento de informações é possível haver integração entre as
atividades realizadas para atingir o objetivo de atendimento das necessidades dos
clientes.
O fluxo financeiro permite a manutenção das transações entre as empresas e a
diluição dos riscos entre todos os membros da cadeia, bem como a realização de
investimentos conjuntos para implementar melhorias nas operações.
O fluxo de produtos é essencial em uma cadeia de suprimentos, pois são os produtos
que devem chegar rapidamente, com qualidade e a um preço competitivo às
prateleiras do ponto de venda final, ficando disponíveis para os consumidores.
O fluxo de serviços também ajuda na manutenção da parceria entre as empresas
membros de uma cadeia de forma que a prestação de serviços atenda às
necessidades operacionais de todas as organizações, permitindo que os serviços ao
cliente sejam igualmente de alta qualidade.
Por fim, o fluxo de conhecimentos que permite em última instância o desenvolvimento
de inovações, passando pelo compartilhamento de melhores práticas, implementação
de mudanças, ampliação das áreas de atuação e outras atividades pertinentes.
Os relacionamentos de parceria, segundo Mchugh; Humphreys, e Mcivor (2003),
guardam alguns aspectos comuns como, por exemplo: relacionamento de longo prazo
baseado em confiança mútua e em cooperação mais do que em competição; forte
interesse do fornecedor pela qualidade dos produtos que são entregues; e cooperação
visando o aumento de desempenho dos fornecedores.
Quando o fornecedor passa a se preocupar com a qualidade dos produtos e serviços
que são entregues ao consumidor final, ele se compromete com essa qualidade,
buscando alternativas de processos que melhorem o desempenho de suas atividades
e permitam o fornecimento de melhores matérias-primas e insumos.
É comum também uma redução no número de fornecedores, uma vez que uma
relação de cooperação deve ser estabelecida, aproximando fornecedores e produtores.
Com o aumento da confiança e estreitamento das relações, essa redução é bastante
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comum. Isso porque a empresa produtora (que adquire insumos dos fornecedores)
passa a atribuir maior credibilidade aos produtos fornecidos em termos de qualidade,
preço e confiabilidade de entrega. Além disso, é bastante difícil, se não impossível,
manter um relacionamento estreito com um número demasiado grande de
fornecedores.
Pires (2009) apresenta a importância da atividade de Desenvolvimento de
Fornecedores, uma vez que a seleção das empresas fornecedoras deixa de ser uma
“simples” atividade de cotação de preços e prazos de entrega com nível de qualidade
satisfatório, mas alcança um nível de relacionamento em que uma empresa participa
na gestão da outra. Nesse sentido, toda ação realizada pela empresa contratante,
cliente, visando gerar um aumento do desempenho do fornecedor, ou mesmo de sua
capacidade, em longo ou curto prazo, é considerado desenvolvimento de
fornecedores.
Esse estreitamento das relações permite que cada empresa mantenha o foco em suas
competências centrais, de modo a não desperdiçar esforços naquelas atividades que
não são seu ponto forte. Vale ressaltar que as competências centrais dos participantes
de uma cadeia devem ser complementares, assim as necessidades não atendidas pela
competência central serão atendidas pelas competências centrais das empresas
parceiras e vice-versa, o que permite que mais etapas do processo de atendimento às
necessidades dos clientes sejam realizadas por competências centrais, ou seja,
aquelas em que as empresas realmente são boas. Esse conceito é fundamental na
prática do outsourcing, que não deve ser confundido com terceirização. Enquanto esta
tem um aspecto mais operacional, sendo uma decisão facilmente revertida, sendo,
muitas vezes, temporária; aquele possui um caráter estratégico, que envolve uma
parceria colaborativa entre as empresas e é de difícil reversão.
O outsourcing gera uma relação de interdependência entre as empresas envolvidas,
uma vez que produtos e serviços necessários às operações de uma empresa são
transferidos para outra. Assim, a empresa que irá realizar estes serviços e/ou fornecer
os produtos tem o compromisso de constantemente buscar a melhoria de suas
competências e infraestrutura, uma vez que seu cliente praticamente deixa de possuí-
las e sem elas não pode realizar suas operações.
Os fornecedores, independente de em qual ponto do processo de produção eles
participem, devem garantir o padrão de qualidade dos produtos e serviços fornecidos,
devem garantir os prazos de entrega e, mais que isso, devem buscar ao máximo
possível que seus produtos e serviços incorporem aspectos inovadores e que os
preços sejam competitivos.
A empresa cliente deve cooperar com seus fornecedores por meio de algumas
atividades: avaliando suas operações, oferecendo incentivos (que podem ou não ser
financeiros – podem ser em serviços, por exemplo) para que o fornecedor implemente
as mudanças esperadas, provocando uma competição saudável entre seus
fornecedores, ou ainda, investindo conjuntamente com o fornecedor na melhoria de
processos e/ou em treinamentos para os funcionários.
Handfield et al (2000) estabeleceram sete passos para a implementação do
desenvolvimento de fornecedores:

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