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Arquitetura do futuro usa pneus velhos, barro e garrafas

para construir casas

A arquitetura do futuro está diretamente ligada às técnicas do passado. O projeto Earthship Biotecture é
prova disso. O conceito, criado pelo norte­americano Michael Reynolds, busca construir casas sustentáveis
e autossuficientes utilizando sistemas simples e de baixa tecnologia.

As casas construídas dentro dos parâmetros de Earthship são feitas, sempre que possível, com materiais
reaproveitados e todas elas possuem sistemas de aproveitamento de calor e produção de energia limpa.
Esses cuidados reduzem drasticamente os impactos da obra, quando comparada às tradicionais,
aumentam a eficiência e promovem a independência energética.
Foto: Reprodução/Facebok

Apenas no estado norte­americano do Novo México, onde o projeto está situado, Reynolds já construiu
mais de 15 residências sustentáveis feitas com materiais reaproveitados, como pneus, garrafas, latas e
argila. Em sua apresentação, o projeto é classificado como um sistema de construção que vai além dos
padrões estabelecidos pelo selo LEED, uma das certificações de construção sustentável mais populares do
mundo.
Foto: Reprodução/Facebook

As técnicas de bioconstrução utilizadas nos projetos de Earthship estão diretamente ligadas às formas mais
antigas e tradicionais de construção. O uso de materiais disponíveis em abundância, como areia, terra e
madeira, não é nenhuma novidade. Atrelado a isso estão os cuidados com os elementos naturais em todas
as fases do projeto, para que recursos como a luz solar e a ventilação natural sejam totalmente
aproveitados.
Foto: Reprodução/Facebook

Em entrevista à CNN, Reynolds explicou o que leva esta metodologia a ser a solução para problemas atuais
e futuros. Segundo ele, o grande benefício é conseguir ter moradias e até mesmo construções de grande
porte que funcionem de maneira independente das estruturas governamentais. Não é necessário gastar
muito tempo e dinheiro desenvolvendo sistemas de produção e distribuição de energia se cada residência
consegue se manter sozinha.
Foto: Reprodução/Facebook

Além disso, o fato de ser construído com matérias­primas alternativas não significa que a residência perde
valor de mercado, pelo contrário. Entre as casas construídas dentro dos padrões de Earthship existem
residências comercializadas por até US$ 1,5 milhão. A redução dos custos com os materiais permite um
lucro ainda maior do que o de algumas casas construídas de forma tradicional.
Foto: Reprodução/Facebook

Com o intuito de disseminar o conceito de bioconstrução, o Earthship possui cursos e oficinas presenciais
de construção. Mas, qualquer pessoa pode acessar o material didático no próprio site do projeto para
aprender a trabalhar com os materiais e entender tudo o que é necessário para construir sozinho uma casa
sustentável. As técnicas sustentáveis ainda incluem projetos de residências com agricultura orgânica,
reaproveitamento e tratamento de água e resíduos. As possibilidades são inúmeras e variam de acordo
com as necessidades e condições de cada local.
Foto: Reprodução/Facebook

Redação CicloVivo

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