Macau tornou-se uma peça essencial do império português na Ásia desde 1557, servindo como ponte diplomática, bastião militar e centro de evangelização. Portugal estabeleceu o Colégio de São Paulo em Macau no século XVI, a primeira universidade no leste asiático, para apoiar a missão de evangelização na China e Japão.
Macau tornou-se uma peça essencial do império português na Ásia desde 1557, servindo como ponte diplomática, bastião militar e centro de evangelização. Portugal estabeleceu o Colégio de São Paulo em Macau no século XVI, a primeira universidade no leste asiático, para apoiar a missão de evangelização na China e Japão.
Macau tornou-se uma peça essencial do império português na Ásia desde 1557, servindo como ponte diplomática, bastião militar e centro de evangelização. Portugal estabeleceu o Colégio de São Paulo em Macau no século XVI, a primeira universidade no leste asiático, para apoiar a missão de evangelização na China e Japão.
Terra portuguesa desde 1557, Macau rapidamente se afirmou como peça
essencial do império asiático de Portugal. Usada como ponte diplomática,
bastião militar e centro de agitação religiosa, de Macau saíam para ocidente e para o Japão porcelana e seda; do Japão chegava-lhe prata e da Índia as cobiçadas especiarias. Ali se abrigavam, ainda, as embarcações portuguesas que dominavam o comércio do Extremo Oriente, caçando piratas e impondo a paz portuguesa, e foi em Macau que cedo passou a ter centro a enorme tarefa de missionação da China e do Japão.
Para suprir as necessidades humanas e intelectuais da obra evangelizadora,
Portugal espalhou pela Ásia escolas e universidades. A par do que se fez em Goa, onde ainda no século XVI - é dizer, poucas décadas após ter chegado - Portugal estabeleceria duas reputadas instituições de ensino superior, os portugueses criaram em Macau o Colégio de São Paulo. Primeira universidade criada na Ásia oriental, o Colégio foi fundado por Alexandre Valignano e possuía vasto programa académico, proporcionando ensino nas áreas da teologia, da filosofia, da geografia, da matemática, da música e da astronomia, assim como cursos de português, latim, japonês, vietnamita e mandarim. Foi dali que se dirigiu - e ali que foram formados e preparados os missionários para a conquista de almas no Extremo Oriente - o grande esforço de missionação que o Padroado português empreendeu na China e, logo, no Japão. Eis, portanto, que ainda antes de 1600 Portugal semeava universidades pelo Oriente. Já os holandeses, tão frequentemente exaltados - e cujo legado civilizacional será, na melhor das hipóteses, pouco mais que nada -, esperariam até 1849 para fundar uma universidade em Batávia. Decididamente, Portugal nada tem a aprender - e menos terá a admirar - naquele império de merceeiros.