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Conhecimentos Bancarios Cesar Frade 2011 PDF
Conhecimentos Bancarios Cesar Frade 2011 PDF
Olá pessoal!
Vamos ao que interessa! Como será o curso? Essa matéria não é das mais
tranqüilas para se estudar. Temos muita legislação e devemos explorar essas
Leis e Regulamentos. Tentarei sempre que possível “traduzir” o que está
escrito nos normativos, mas acho que é impossível ministrar essa matéria sem
que sejam feitas citações e cópias de uma parcela da Legislação. A minha
parte será dividida em três grandes blocos: as instituições, o mercado e os
produtos. É importante ressaltar que não seguiremos apenas uma banca pois
esses concursos estão, constantemente, sendo feitos cada hora por uma banca
examinadora.
Possuo um estilo peculiar de dar aulas. Prefiro tanto em sala quanto em aulas
escritas que elas transcorram como conversas informais. Entretanto, quando
tenho que dar aulas de Teoria gosto de explicar não apenas a matéria mas
também a forma como vocês devem raciocinar para acertar a questão.
Acredito que todos aqui estão muito mais interessados em passar no concurso
do que aprender tudo Microeconomia.
Desta forma, estarei fazendo uma mescla entre um papo informal (papo que
ocorrerá sempre que for possível) e a teoria formal. Mas nunca deixarei de
ensinar qual o raciocínio que vocês devem utilizar para acertar as questões.
Acredito que a matéria sendo exposta de forma informal torna a leitura mais
tranqüila e isso pode auxiliar no aprendizado de uma forma geral. Exatamente
por isso, utilizo com freqüência o Português de uma forma coloquial.
1
A Chicago Board of Trade - CBOT é a maior bolsa de derivativos agrícolas do mundo.
2
A dissertação “Contágio Cambial no Interbancário Brasileiro: Uma Análise Empírica” defendida em 2003 foi
publicada na Revista da BM&F, o paper aceito na Estudos Econômicos e em alguns dos mais importantes Congressos
de Economia da América Latina – LAMES. Versava sobre o risco sistêmico a ser propagado via mercado de câmbio e
as contribuições da Câmara de Compensação de Câmbio da BM&F para a mitigação desse risco.
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Tese de Doutorado é um parto e a gestação já está durando alguns anos. Acho que pode ser que ela não saia.
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Curso Online – Conhecimentos Bancários
Área Bancária em Geral – BB, CEF, BNB, BASA, BRDES, BNB
Teoria e Exercícios
Profs. César Frade, Dicler Ferreira e Erick Moura
das instituições. Mas garanto que quando chegarmos na parte do mercado e
produtos, a matéria ficará muito interessante.
Estimados(as) Concurseiros(as),
Sou Erick Moura, moro em Brasília e tenho 38 anos. Estou no
serviço público federal desde fevereiro de 1988, quando ingressei na Marinha
do Brasil, por meio de concurso público prestado para o Colégio Naval.
Graduei-me em Ciências Navais, pela Escola Naval, no ano de 1994.
Sem dúvida, nesses mais de 22 anos de serviço público, o estudo
sempre foi presente em minha vida.
Assim, não poderia deixar de ser diferente o gosto pelo desafio dos
Concursos Públicos nos quais colecionei sucessos ao longo de minha trajetória.
Desde 2007, após alguns concursos prestados, estou na
Controladoria-Geral da União – CGU, onde exerço o cargo de Analista de
Finanças e Controle, considerado um dos melhores cargos do serviço público
federal.
Após algum tempo em exercício na CGU, decidi contribuir para as
pessoas que ainda não obtiveram êxito em alcançar a aprovação em um
concurso público.
Módulo II – Mercado
Módulo IV – Produtos
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Teoria e Exercícios
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Este curso terá mais 800 páginas e vamos resolver mais de 350 questões
sobre a matéria. Cada módulo, individualmente, terá mais de 150
páginas e mais de 80 exercícios. Estaremos trabalhando, SEMPRE, com
questões de anos anteriores. Mesmo que o conceito já tenha mudado é
interessante colocarmos e alertar para as mudanças recentes. E, se durante o
curso, alguma regra mudar, nos comprometemos a colocar uma aula extra
explicando as mudanças, pois como vocês sabem o SFN é muito dinâmico e,
mensalmente, existem mudanças.
Finalmente, gostaria de dizer a vocês que muito mais do que saber toda a
matéria, é importante que você saiba fazer uma prova e esteja tranqüilo neste
momento! Portanto, tente aprender a matéria, mas certifique-se que você
entendeu como deve proceder para marcar o “X” no lugar certo. Não interessa
saber a matéria, interessa marcar o “X” no lugar certo e ver o nome na lista.
Ministério da Ministério da
Fazenda Previdência Social
4
Na próxima aula será mostrado o Organograma Completo do SFN.
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Teoria e Exercícios
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O Conselho Monetário Nacional – CMN foi criado pela Lei 4.595/64 e veio para
substituir o conselho da SUMOC – Superintendência da Moeda e do Crédito –
com o objetivo de normatizar o sistema financeiro nacional.
Na verdade, o CMN é uma reunião que tem como objetivo básico formular as
mais variadas regras para o desenvolvimento e bom funcionamento do
Sistema Financeiro Nacional – SFN.
6
Apesar de existir essa regra, não me lembro nenhum normativo em que ela tenha sido utilizada. O normal é
a convocação de uma reunião extraordinária mesmo que seja pelo telefone.
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No Banco Central, a Secretaria do CMN funciona como se fosse um Departamento do BACEN. Estando ela ligada,
diretamente, ao Secretário-Executivo da instituição.
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Teoria e Exercícios
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Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Questão 5
a) o ministro da Fazenda.
b) o presidente do BB.
c) o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, hoje
denominado Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
d) seis membros nomeados pelo presidente da República, após aprovação pelo
Senado Federal, escolhidos entre brasileiros de ilibada reputação e notória
capacidade em assuntos econômico-financeiros, atualmente com mandato de
quatro anos.
e) o ministro da Indústria e Comércio, hoje denominado ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Questão 7
(CESPE – Banco do Brasil – 2003-1) – Zelar pela liquidez e pela solvência das
instituições financeiras.
Questão 8
Questão 9
Questão 10
QUESTÕES RESOLVIDAS
Questão 1
Resolução:
Dessa forma, vemos que os itens que aparecem na questão estão dispostos
nos incisos V, VI, XII e XXI. Assim sendo, o único que não constitui uma
atribuição do CMN e sim do BACEN é a execução da política monetária,
conforme disposto no artigo 10 da mesma Lei, incisos IV e V.
Já sei, já sei. Vocês devem estar pensando que é impossível decorar isso para
a prova e o examinador pode levá-los ao erro. Mas podemos fazer uma
analogia.
Gabarito : C
Questão 2
Resolução:
Esse é outro tipo de exercício bastante comum. Observe os verbos e veja que
aquele que pode ser competência do CMN é o item “zelar pela liquidez das
Gabarito: C
Questão 3
Resolução:
a) bancária;
b) de mercado de capitais;
c) de crédito rural;
d) das Instituições Financeiras Públicas Estaduais ou Municipais, que operem
em crédito rural; e
e) crédito industrial.
No entanto, gravem uma coisa. É muito comum que o examinador faça uma
prova dessa matéria pegando a Lei e perguntando algo que nela está escrito.
Como a Lei 4.595/64 não mostra, em seu artigo 7º, que houve revogação do
mesmo, fica complicado para o examinador saber que não funciona daquela
forma.
Esse tipo de equívoco é bem mais comum do que você pensa. E a sua
pergunta é: O que devo fazer?
Duas são as respostas. A primeira é rezar para que não ocorra esse tipo de
equívoco na sua prova. E a segunda é estude das duas formas e saiba o que
vale e o que não vale pois se o examinador errar, você deve marcar a que ele
acha verdadeira para não ficar dependendo do recurso que faremos
posteriormente. Observe que esse examinador usou a legislação antiga de
forma equivocada.
Gabarito: C
Questão 4
Resolução:
Gabarito : E
Questão 5
a) o ministro da Fazenda.
b) o presidente do BB.
c) o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, hoje
denominado Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
d) seis membros nomeados pelo presidente da República, após aprovação pelo
Senado Federal, escolhidos entre brasileiros de ilibada reputação e notória
capacidade em assuntos econômico-financeiros, atualmente com mandato de
quatro anos.
e) o ministro da Indústria e Comércio, hoje denominado ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Resolução:
Gabarito: A
Questão 6
Resolução:
Conforme podemos ver acima, a questão está ERRADA pois essa não é uma
atribuição do Conselho Monetário Nacional segundo a Lei 4.595/64.
Gabarito: E
Questão 7
(CESPE – Banco do Brasil – 2003-1) – Zelar pela liquidez e pela solvência das
instituições financeiras.
Resolução:
Gabarito: C
Resolução:
Gabarito: C
Questão 9
Resolução:
Gabarito: C
Questão 10
Resolução:
Segundo os objetivos do CMN disposta na Lei 4.595/64, não está entre eles a
regulação dos serviços de compensação de cheques e outros papéis.
Gabarito: E
GABARITO
1- C 2- C 3- C 4- E 5- A
6- E 7- C 8- C 9- C 10- E
Abraços, César
Frade
EORIA E EXERCÍCIOS CONHECIMENTOS MÓDULO I – AULA 01
BANCÁRIOS – MÓDULO I - SFN PROFESSOR
CÉSAR FRADE
Olá pessoal!
Estamos aqui para a nossa primeira aula de Conhecimentos Bancários – Módulo Sistema Financeiro Nacional.
Como já falei, o Sistema Financeiro Nacional é o conjunto de regras que regulamentam a transferência de recursos dos
agentes superavitários para os agentes deficitários. E, boa parte da aula, será a exposição da legislação. Sei que a
matéria é chata mas é necessária.
Arauj720893001
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Arauj72089300
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NegryN
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Henrique
Henrique
LuizLuiz
Assim como o Conselho Monetário Nacional, ao longo dos anos sua composição
foi sendo alterada. Atualmente, o CNSP possui seis membros, quais
sejam:
Sei que não é tão simples memorizar as pessoas que fazem parte do CNSP
mas aí vai uma dica valiosa. Dois dos seis cargos são de pessoas específicas,
ou seja, um cargo é ocupado pelo Ministro da Fazenda (mas pode mandar
representante) e o outro cargo é ocupado pelo Superintendente da SUSEP.
Observe que a estrutura do CNSP está sob o comando do Ministério da
Fazenda, logo, o Ministro é o Presidente. E como o órgão fiscalizador das
normas emanadas pelo CNSP é a SUSEP, seu superintendente (cargo mais alto
na instituição) é o vice-presidente.
I - de Saúde;
II - do Trabalho;
III - de Transporte;
IV - Mobiliária e de Habitação;
V - Rural;
VI - Aeronáutica;
VII - de Crédito;
VIII - de Corretores.
Questão 11
Questão 12
Questão 13
Questão 14
A Lei define que o CNPC possui 8 integrantes com direito a voto, sendo que
cada um tem dois anos de mandato e é possível a recondução ao cargo. São
integrantes do CNPC:
É importante ressaltar alguns aspectos acerca desse Conselho. Ele possui nove
membros e não oito como alguns podem ter pensado. Observe que o
Presidente do CNPC, ou seja, o Ministro de Estado da Previdência Social além
de participar da votação ordinária exercerá o voto de qualidade (voto de
desempate) caso haja necessidade.
Não poderá ser designado ou reconduzido como membro do CNPC pessoa que
mantenha vínculo matrimonial, de companheirismo ou de parentesco até o
terceiro grau com membros participantes do Conselho Nacional de Previdência
Complementar ou da Câmara de Recursos de Previdência Complementar.
IV - apreciar:
a) no âmbito do CNPC, pedidos de deliberação sobre matéria não
relacionada na pauta, de preferência para a inclusão de matéria na
pauta da sessão seguinte ou de adiamento da deliberação sobre
matéria incluída na pauta; ou
b) no âmbito da CRPC, pedidos de preferência ou de adiamento de
julgamento de processo incluído na pauta;
O CNPC terá uma reunião ordinária trimestral caso não haja matéria para ser
incluída na pauta. No entanto, poderão ser convocadas reuniões
extraordinárias a qualquer momento para o exame de matérias ou questões
urgentes, a juízo do Presidente ou da maioria dos membros do colegiado. As
convocações para essas reuniões extraordinárias devem ser expedidas com,
no mínimo, três dias úteis de antecedência.
O Banco Central do Brasil é uma autarquia que foi criada pela Lei 4.595/64
com o intuito de substituir a Superintendência da Moeda e do Crédito – SUMOC
no que tange à fiscalização do sistema financeiro e também nas medidas de
políticas monetárias.
Fabricar moeda é função da Casa da Moeda e isso consiste em dar forma e cor
a um pedaço de papel que, em princípio, não teria valor algum. Na verdade, a
Casa da Moeda trabalha com a confecção de dispositivos de segurança com o
objetivo de transformar um papel comum em especial, para com isso ter
possibilidade de imprimir naquele papel a moeda que será usado pelos
brasileiros, dificultando sua falsificação.
O parágrafo primeiro do artigo 164 diz que o Banco Central do Brasil só pode
emprestar para instituições financeiras e nunca poderá fazer empréstimo ao
Tesouro Nacional. Esses empréstimos ao Tesouro teriam a finalidade de
financiar o Governo Federal com uma simples emissão de moeda. Tal medida
tenta conter uma emissão desenfreada uma vez que a nossa autoridade
monetária ainda é controlada pelo Poder Executivo. Controlada no sentido de
não ter uma independência formal apesar de ter tido nos últimos anos uma
independência de fato.
Por fim, o parágrafo segundo informa que o Banco Central pode comprar e
vender títulos do Tesouro com o objetivo de fazer política monetária, de
controlar a quantidade de recursos que tem na economia.
A mesma Lei ainda define outras competências para o Banco Central do Brasil:
Decreto 3.088
A taxa SELIC (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos
federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia) pode ser
determinada com ou sem viés. Caso, ao final da reunião do COPOM tenha sido
definido um viés para a taxa, isto significa que foi dada ao Presidente do Banco
Central a prerrogativa de alterar a taxa SELIC na direção do viés sem que seja
necessária a convocação de uma nova reunião do Comitê.
Questão 15
Questão 16
Questão 17
a) Tesouro Nacional.
b) Ministério do Planejamento.
c) Casa da Moeda.
d) Banco Central do Brasil.
e) Superintendência da Moeda e do Crédito.
Questão 18
IV - as cédulas de debêntures;
VI - as notas comerciais;
• Renúncia;
• Condenação judicial transitada em julgado; e
• Processo Administrativo Disciplinar.
Questão 19
Questão 20
Questão 21
Questão 22
Questão 11
Resolução:
Entendo que deve haver um questionamento da sua parte pelo fato de essas
duas atividades não serem relacionadas ao Seguro. Entretanto, operações de
Previdência Privada Aberta são feitas por seguradoras, uma vez que no
momento em que há a “aposentadoria” o que se faz é a aquisição de um
seguro de renda.
Gabarito: C
Questão 12
Resolução:
Gabarito: C
Questão 13
Resolução:
Portanto, a questão está ERRADA uma vez que não há nenhum representante
do BNDES.
Gabarito: E
Questão 14
Resolução:
Gabarito: E
Questão 15
Resolução:
Observe que os verbos dos itens a, b, c e d não dão idéia de ação, mas sim de
um agente legislador. E dessa forma, essas seriam funções do CMN. A
realização de operações de compra e venda de títulos públicos é uma das
formas clássicas de se fazer política monetária, também chamada de
operações de mercado aberto.
Gabarito: E
Questão 16
Resolução:
“Art. 52. Até que sejam fixadas as condições do art. 192, são
vedados:
Gabarito: C
Questão 17
a) Tesouro Nacional.
b) Ministério do Planejamento.
c) Casa da Moeda.
d) Banco Central do Brasil.
e) Superintendência da Moeda e do Crédito.
Resolução:
Gabarito: D
Questão 18
Resolução:
Decreto 3.088
A taxa SELIC (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos
federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia) pode ser
determinada com ou sem viés. Caso, ao final da reunião do COPOM tenha sido
Gabarito: E
Resolução:
Vamos, para resolver essa questão, usar o macete que ensinei a vocês. O item
I é função da CVM pois ela fiscaliza esse mercado, portanto, deseja o seu pleno
funcionamento e sua expansão.
O item II está errado pois operações com seguros, previdência privada aberta
e capitalização não é função da CVM, mas da SUSEP. E, essa autarquia, tem a
preocupação de proteger a poupança popular. Não confunda poupança popular
com caderneta de poupança. Quando se fala em poupança popular, está
fazendo referência à economia dos recursos da população.
Gabarito: D
Questão 20
Resolução:
Vamos tentar fazer da mesma forma que fizemos a questão anterior. Veja,
fiscalizar companhias abertas é função da CVM pois ela está entre os agentes
citados, quais sejam, companhias abertas, investidores, corretoras e bolsas.
Logo, esse item é verdadeiro.
1
Observe que em um grande número de questões o examinador coloca o texto literal da Lei.
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MÓDULO I – AULA 01
CURSO ONLINE – TEORIA E EXERCÍCIOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO I - SFN
PROFESSOR CÉSAR FRADE
I - publicar projeto de ato normativo para receber sugestões de
interessados;
II - convocar, a seu juízo, qualquer pessoa que possa contribuir com
informações ou opiniões para o aperfeiçoamento das normas a serem
promulgadas.”
Gabarito: A
Questão 21
Resolução:
Observe que a questão pergunta o que a CVM disciplina. Em uma leitura rápida
você pode se equivocar, por exemplo, na letra c. Pois poderia pensar que a
CVM não efetua a negociação e intermediação no mercado derivativos. No
entanto, ela disciplina esses itens.
Lembre-se que o artigo 2˚da Lei 6.385/76 determina o que são valores
mobiliários, mas o parágrafo primeiro deste artigo diz:
Gabarito: D
Questão 22
Resolução:
Fonte: www.cvm.gov.br
Gabarito: A
Questão 23
Resolução:
Dessa forma, a CVM está subordinada ao CMN e junto com este Conselho ou
complementando-o, efetua normatizações acerca do Mercado de Valores
Mobiliários. A Lei que criou a CVM (6.385/76) informa algumas atribuições a
serem seguidas pelos órgãos, conforme descrito abaixo:
Gabarito: A
Questão 24
Resolução:
Gabarito: C
Galera,
Com isso terminamos nossa primeira aula de SFN. Essa aula foi um pouco mais
completa, mais longa, porque há a necessidade de vocês terem uma noção
forte do que é o Sistema Financeiro Nacional como um todo.
No mais, vimos que essa parte é tranqüila na compreensão mas possui uma
infinidade de regras que podem traí-los na prova.
César Frade
Olá pessoal!
Desculpe ter atrasado essa aula. No entanto, fiquei pensando qual seria a
melhor forma de apresentá-la e cheguei à conclusão de que deveria modificar
a ordem das aulas e a ementa nesse módulo.
Na verdade, no final, teremos tudo que foi prometido mas irei modificar os
itens que estão sendo cobrados.
Colocarei alguns itens que são cobrados de vez em quando e que não
aparecem explicitados no Edital do BB (último) mas que, na minha opinião,
fazem parte da matéria que poderia ter sido cobrada.
1. INTRODUÇÃO
Primeiro, vamos entender o que é uma ação e o que ocorre quando uma
pessoa compra a ação de uma determinada empresa.
1
A integralização do capital seria o ato de o proprietário da empresa, efetivamente, tirar dinheiro do seu bolso e
“colocar” na empresa. É como se o proprietário da empresa estivesse “comprando” sua própria empresa e para isso
efetua um pagamento na conta bancária da empresa.
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MÓDULO II – AULA 01
CURSO ONLINE – TEORIA E EXERCÍCIOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO II
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“unidade de contribuição para a formação do capital das
sociedades limitadas. Representa a menor parcela em que se
divide o capital da sociedade.”
Na verdade, quando você adquire uma padaria, por exemplo, você está
adquirindo uma parcela de uma empresa (ou a totalidade da mesma) e isso
seria exatamente o mesmo que adquirir uma ação da Cia Vale.
Você acredita que ser sócio de uma padaria é mais interessante do que ter um
pedaço da segunda maior mineradora do mundo ou de uma empresa que
produz petróleo e possui grandes reservas e plataformas de exploração? Qual
desses negócios você acha que daria o maior retorno financeiro a você?
Muito provavelmente a resposta a esta última pergunta contradiz o que foi dito
anteriormente. Mas tudo isso tem uma explicação. Caso você opte por comprar
uma ação da Cia Vale você passará a acompanhar, diariamente, o
resultado/desempenho da Bolsa e da Cia Vale na Bolsa. Assim, quando o preço
da ação cair pensará que está perdendo seu “suado” recurso. No entanto, você
tem que se lembrar que a ação da Cia Vale está sendo marcada a mercado2 e,
portanto, a todo instante você consegue avaliar o seu investimento. Ou seja, é
possível saber quanto seria possível receber de recursos financeiros caso
optasse por vender aquele conjunto de ativos naquele momento.
Por outro lado, se você adquirir uma padaria será que você marcaria a
mercado o seu investimento? Ou seja, será que todo dia você mandaria um
corretor de imóveis avaliar o seu investimento? Claro que não, logo, você
somente consegue visualizar o retorno do seu investimento após um longo
prazo.
2
A marcação a mercado ocorre quando o ativo está sendo precificado a todo instante. Segundo o dicionário de finanças
da Bovespa, marcação a mercado é a “contabilização do valor de determinado ativo, dia a dia, pelo seu valor de
mercado no dia, independentemente do valor ou da taxa contratada, na data em que foi adquirido.”
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Quando uma crise com a proporção daquela que ocorreu em 2008 se inicia,
todos os capitalistas ficam com receio de fazer qualquer tipo de investimento.
Logo, se você fosse dono de uma padaria e tivesse o interesse de vendê-la
antes de iniciada a crise, conseguiria auferir muito mais recursos do que após
o seu início. Isso ocorre porque a crise faz com que as pessoas passem a ter
mais medo daquilo que está por vir e optem em ficar mais líquidas, ter mais
recursos em seus bolsos.
Só para que o leitor tenha uma idéia do que isso representa, vamos imaginar
quanto o investidor teria, em 15 de novembro de 2010, se tivesse aplicado R$
11.000,003 em ações da Cia Vale no dia 01 de janeiro de 1995. Esse investidor
teria, nesta data, aproximadamente, R$ 660.000,00 4
, sendo que esse
investimento teria atingido o valor de R$ 702.000 no dia 22 de maio de 20085.
Isso representa um retorno médio mensal de algo em torno de 2,16% ao mês
durante todo o período.
Interessante observar que mesmo com a crise de 2008, essas ações da VALE
que equivaliam a um carro mil cilindradas no ano de 1995 nunca estiveram
cotadas abaixo de R$ 250.000,00.
3
Esse era o valor, aproximado, de um carro 1000 zero quilômetro na mesma época.
4
Um carro 1000 novo semelhante àquele cotado em 1995 está valendo algo em torno de R$ 23.000,00
5
Simulações feitas com auxilio do site da Vale e supondo que os dividendos distribuídos no período foram todos
reaplicados na empresa com a aquisição de novas ações.
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Fonte: Vale.com
Será que a padaria teria subido tanto de preço? E não vá me dizer que você
recebeu um salário durante todo esse tempo ou algo do tipo, pois isso não
pode ser contabilizado desta forma.
2. BOLSAS E MERCADOS
No Brasil, tínhamos duas grandes bolsas que não eram concorrentes dado que
transacionavam produtos diferentes. Elas, juntas, formavam a maior6 parte do
mercado de renda variável do país. Essas bolsas efetuaram a abertura de seus
capitais na Bovespa, separadamente. Após essa abertura começaram a
preparar sua fusão e surgiu daí uma das maiores bolsas do mundo. Passemos
6
É importante ressaltar que existiam outras bolsas mas que elas representavam
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agora a estudar alguns dos conceitos mais importantes existentes nesse tipo
de mercado e também essas duas grandes bolsas que existiam no mercado
brasileiro e que estão se fundindo.
7
PETR4 é o código da Petrobrás na Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA. Todas as ações são negociadas por
meio de códigos pré-estabelecidos pela BOVESPA.
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Mercado Primário: “Colocação de títulos resultantes de novas
emissões.”
Primeira pergunta: É a primeira vez que esse carro está sendo negociado? A
resposta é sim, pois você foi até a concessionária e comprou um carro que
ninguém o havia utilizado, correto? Dessa forma, podemos concluir que esse
carro foi negociado no mercado primário, dado que o mesmo está sendo
negociado pela primeira vez.
8
Ações, Debêntures, Títulos Públicos, CDBs, RDBs são chamados de forma genérica de títulos ou papéis.
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Exemplificando. Quando a Petrobrás resolve captar recursos via emissão de
novas ações, ela fará um aumento de capital, aumentando o número de ações
em seu contrato social e, posteriormente, efetuará uma oferta pública de
ações. Após essa oferta pública ser concluída, a empresa estará recebendo os
recursos das vendas desses papéis9.
Segunda pergunta: quem ficará com os recursos obtidos com a venda deste
carro? Neste caso, você, que efetuou a venda do carro, receberá o
pagamento efetuado e não mais a fábrica.
Dessa forma, podemos tirar mais uma conclusão. Quando algum bem ou título
é negociado no mercado secundário, a empresa não recebe nenhuma
parcela dos recursos originados na venda, dado que o atual dono do bem
é a pessoa que tem o direito de receber os recursos provenientes da venda.
9
Forma comumente utilizada para se referir a ações ou quaisquer títulos do mercado financeiro.
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acionistas anteriores terão uma participação menor na empresa, ou seja,
passarão a ter uma participação de 90,9%10.
Questão 1
10
Existiam 10.000 ações dos antigos donos e agora existem mais 1.000 ações, portanto, os antigos proprietários
10.000
possuem = 90,9%
11.000
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Recentemente houve a fusão dessas duas bolsas com a criação da BM&F
BOVESPA. No entanto, tanto fisicamente quanto em termos de negócios, as
duas instituições ainda possuem separações claras conforme as que iremos
apresentar. Com o passar do tempo, o ganho de sinergia com essa fusão irá
incrementar o mercado no país, reduzindo o custo e também o risco das
operações. Importante ressaltar que o risco das operações e da própria Bolsa
reduzir-se-á porque a análise será feita com base na posição conjunta de cada
investidor em cada uma das bolsas.
11
Derivativos são contratos efetuados entre os agentes onde um deles efetua uma compra e o outro uma venda para uma
data futura. Posteriormente iremos abordar esse assunto de forma bem clara.
12
Esse tipo de produto é bastante difundido no mercado norte-americano. Apesar de ser recente no Brasil, vem
ganhando força nos últimos períodos.
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Os FIIs são fundos que devem aplicar a grande maioria dos recursos que
conseguem captar, em imóveis. Portanto, quando você compra quotas de um
fundo imobiliário e esse fundo adquire um hospital, na verdade, você estará
tendo parte daquele capital e será revertido a seu favor o lucro que aquele
empreendimento poderá dar. Existem fundos de investimento imobiliários
montados para a construção de imóveis e seu fim ocorre com a alienação
daquilo que foi construído. Mas existem fundos que trabalham exclusivamente
com imóveis prontos e têm como rendimento a valorização e os aluguéis
percebidos. O Shopping Pátio Higienópolis em São Paulo, o Hotel Maxinvest e o
Hospital Nossa Senhora de Lourdes são exemplos de FIIs. A grande vantagem
desse tipo de investimento para as pessoas físicas é que seus rendimentos são
isentos de Imposto de Renda.
Não entendeu o que é CEPAC? Isso te soou estranho? Mas é isso mesmo.
Imagine que em uma determinada região da cidade, o zoneamento geográfico
determina que haja um fator 4 de construção, ou seja, um empreendimento
13
Fragmento de Instrução Normativa da CVM que trata do assunto.
14
Rio Bravo é o nome de um Banco de propriedade do ex-Presidente do Banco Central, Gustavo Franco.
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poderá ter 4 vezes mais área construída que o tamanho do terreno. Assim, um
terreno de 10.000 metros quadrados poderá ter 40.000 metros quadrados de
área construída. Se a Prefeitura desejar e poderá emitir um CEPAC que
passará o fator para 6 para o detentor do título que possua um terreno em
uma região específica da cidade, determinada pelo CEPAC. É claro que dessa
forma, o adquirente do título estará pagando por um direito e ele pode aliená-
lo quando desejar como você aliena um carro ou uma ação qualquer.
É bem possível que você esteja se perguntando o que é esse negócio chamado
derivativo. Teremos uma aula à frente para mostrar exatamente o que são
esses contratos, mas agora vamos dar uma breve e incompleta introdução ao
assunto, mostrando a importância do mesmo.
Existem duas soluções possíveis. A primeira delas seria você efetuar a compra
de US$ 50.000,00 no mercado de câmbio pelo valor de hoje. Com isto, teria
que desembolsar a totalidade dos recursos na data zero. Se a taxa de câmbio
estiver cotada a R$ 1,70, você teria que pagar R$ 85.000,00 para ficar com os
US$ 50.000,00. O problema dessa solução é que você ficaria com uma
15
É interessante ressaltar que, enquanto nos EUA as Chicago Mercantile Exchange – CME negocia contratos de
moedas estrangeiras, na BM&F negocia-se contratos de taxa de câmbio. A diferença é que nos EUA as pessoas estão
recebendo, teoricamente, as moedas enquanto que no Brasil elas recebem o valor equivalente para se comprar a moeda.
Isso é devido ao fato de que não podemos efetuar negócios em moeda estrangeira no Brasil.
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quantidade grande de recursos parado, sem auferir lucro ou sem estar aplicado
em produtos que poderiam lhe gerar lucro.
Uma segunda opção seria assinar um contrato com uma pessoa qualquer no
qual você se compromete a comprar, dentro de 5 meses, US$ 50.000,00 para
uma determinada taxa de câmbio, por exemplo, R$ 1,75 para cada dólar. Com
isto, você não teria que fazer, em princípio, nenhum desembolso na data atual
e não mais estaria correndo o risco de variação cambial dado que firmou um
contrato de compra e venda de uma certa quantidade de moeda estrangeira
para uma data posterior.
Observem que distinguir o tipo de produto que é negociado em cada uma das
bolsas é importante.
Devemos entender como sendo Bolsa um local específico onde são negociados
ativos e derivativos das mais variadas espécies. Teoricamente, não devemos
confundir Bolsa de Valores com Bolsa de Mercadorias e Futuros, pois são
instituições distintas.
16
Essa sigla é da ação da BMF Bovespa que é negociada na própria Bolsa.
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Como exemplo de Bolsas de Mercadorias e Futuros temos a BM&F (Bolsa de
Mercadorias e Futuros) no Brasil, CBOT (Chicago Board of Trade) nos Estados
Unidos, dentre outras.
17
Termos, futuros e opções serão temas amplamente abordados em aulas futuras. Portanto, neste momento, contente-se
em saber que são negociadas na BOVESPA pois, posteriormente, esclareceremos que operações são essas. Perguntas
sobre esses assuntos serão respondidas nas aulas referentes a eles, conforme cronograma de aulas.
18
Apesar de a BOVESPA ter a autorização para efetuar esse tipo de negócio, não há a transação desses derivativos
desde 1979.
19
Imagine que uma empresa americana listada na Bolsa de Nova York entregue parte de suas ações a um fiel
depositário e emita na BOVESPA um certificado representativo daquelas ações que estão com este fiel depositário nos
Estados Unidos. Ele estaria emitindo e negociando uma BDR no Brasil. Várias empresas brasileiras possuem ADRs no
mercado americano, que são certificados representativos de ações de empresas brasileiras listadas na BOVESPA e são
negociados em Nova Iorque.
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Na BM&F são possíveis operações 20 com futuros, termos, opções sobre
disponível, opções sobre futuro, swaps, opções flexíveis, operações à vista e
operações estruturadas.
Por outro lado, temos a presença do mercado de balcão. E você deve estar se
perguntando o que significa negociar algo no Balcão. Qualquer item negociado
fora do ambiente de bolsa, é negociado no mercado de balcão. Isso mostra
que a maioria dos negócios que você já fez em sua vida foram realizados no
balcão.
Questão 2
20
Todas essas operações serão, posteriormente, definidas.
21
Pense no balcão organizado como se fosse um cartório, onde você realiza o registro da operação efetuada. É claro que
estamos falando de operações existentes no mercado financeiro. No mercado financeiro, temos várias operações que são
passíveis de registro, outras cujo registro é impossível e mais algumas com registro obrigatório em balcão, conforme
determinação do agente fiscalizador. No entanto, não julgo ser necessária a listagem dessas operações.
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b) são considerados valores mobiliários e, portanto, estão sujeitos à
normatização pela CVM, os seguintes títulos, quando ofertados publicamente:
ações, debêntures e títulos da dívida pública.
c) a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão regulamentador e
fiscalizador do mercado de capitais.
d) as negociações de títulos e valores mobiliários em bolsas de valores
denominam-se usualmente de operações no mercado primário.
e) cabem às sociedades corretoras e distribuidoras de valores mobiliários as
operações no recinto das bolsas de valores.
Questão 3
23
O volume negociado no after-market é bastante pequeno se comparado ao volume negociado no pregão.
24
Esses horários podem sofrer alterações conforme o horário praticado no mercado de Nova Iorque.
25
Pit de negociação é o “salão” onde são/eram negociados os produtos em bolsa.
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Isso significa que se você tem o interesse em adquirir qualquer tipo de ação,
em primeiro lugar, deve abrir uma conta em uma corretora ou distribuidora,
pois a aquisição, atualmente, só pode ser feita por intermédio dessas
empresas.
Abrir uma conta em uma corretora, por exemplo, é mais ou menos a mesma
coisa que abrir a conta em um Banco. Você deve preencher diversos papéis,
enviar comprovantes (principalmente documentos e comprovante de
residência), assinar contratos de responsabilidade, dar procurações (se for o
caso).
No entanto, quando você abre uma conta em um Banco você coloca naquela
conta recursos financeiros, dinheiro. Enquanto isso, quando você abre uma
conta em uma corretora você coloca nesta conta recursos financeiros e ações,
sendo que os recursos são necessários para o pagamento de suas aquisições.
Da mesma forma como você paga uma taxa mensal de manutenção de sua
conta-corrente em um Banco, na corretora você também pode efetuar esse
pagamento mensal que recebe o nome de taxa de custódia26. É interessante
esclarecer que nem todas as corretoras cobram por esse tipo de serviço.
Assim que você abre uma conta em uma corretora você passa a ter um login e
uma senha e vai acessar o sistema dessa corretora, utilizando esses dados27.
Como a corretora tem responsabilidade solidária com os seus clientes
perante as Bolsas, quando for efetuada uma determinada operação, visando
reduzir seu risco, ela somente liberará a compra de determinado ativo após o
depósito dos recursos pelo cliente em sua própria conta junto à corretora.
26
Custodiar um título significa que a instituição está guardando sob o poder dela o título que você adquiriu. Logo,
quando uma pessoa paga uma taxa de custódia ela está pagando para que a instituição “tome conta” de seus ativos.
27
Para compreender mais facilmente, faça sempre uma analogia com suas operações bancárias. É muito similar a uma
operação em um BANCO.
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A ligação das corretoras com os seus clientes é feita através de um sistema
que se chama Home-Broker e cada corretora deve desenvolver o seu próprio
sistema. No entanto, após a colocação da ordem de compra ou venda no
sistema Home-Broker da sua corretora, ela enviará essa ordem para o sistema
da Bolsa que aglutinará todas as ordens emitidas por todas as corretoras e
seus clientes. Portanto, teremos um sistema único onde você terá condição de
visualizar todas as ordens que foram enviadas de qualquer corretora28.
Todas essas operações poderão ser feitas também por telefone, dado que as
corretoras mantêm uma mesa de operações29 à disposição de seus clientes. As
corretoras cobram taxas de corretagem que podem ser fixas ou variáveis por
ordem, conforme a política de cada uma delas. Existe uma tabela de preços de
corretagens divulgada pela BOVESPA e que uma grande parte das corretoras
seguem.
Atualmente, a grande maioria das corretoras cobra uma taxa fixa para
operações via Home-Broker e utilizam a Tabela da BOVESPA nos casos de
operações feitas pelo telefone.
28
Quando me referir a Corretora de agora para frente podemos entender que pode ser Corretora ou Distribuidora. Dessa
forma, a explicação ficará menos “poluída”.
29
Mesa de operações é um local na Corretora em que ficam sentados os operadoresem frente a computadores para
emitir (boletar) as ordens dadas por seus clientes. Se comparado com um Banco Comercial, é a mesa do seu Gerente
onde ele pode acessar o sistema e fazer as mais diversas operações.
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esse sistema se a operação não for fácil de ser fechada e se o volume for
considerável.
Imagine que você descobriu que existe uma outra corretora que desenvolveu
um sistema Home-Broker mais rápido e que está cobrando uma corretagem
mais barata por operação. A tendência é que você sinta vontade de migrar
para essa outra corretora e passar a fazer todas as transações com ela.
Você deve estar imaginando que deverá vender suas ações na corretora atual,
transferir os seus recursos para a conta-corrente de seu banco e,
posteriormente, enviá-los para a outra corretora, certo? Pois, não é necessário
todo esse trâmite. Na verdade, basta você solicitar uma transferência de
custódia que uma corretora irá “enviar” suas ações para que a outra corretora
passe a “tomar conta” delas. Logo, não há a necessidade de vendê-las e, sim,
de transferi-las.
30
Foi feita a opção de comparar com o mês de Janeiro para retirar a sazonalidade existente nas negociações da Bolsa.
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2.5. TIPOS DE ORDEM
Imagine que uma determinada pessoa deseja comprar uma ação da Cia Vale31.
Logo, essa pessoa deve entrar no seu sistema Home-Broker e transmitir uma
ordem de compra de VALE5, por exemplo. Quando ela efetua essa ordem de
compra, ela deve determinar, necessariamente, além do código da ação, a
quantidade que deseja adquirir.
Se, além disso, ela determinar o preço máximo que aceita pagar na
aquisição da ação, temos uma ordem limitada, uma vez que a pessoa
limitou o preço que deseja pagar na compra da ação. O mesmo ocorre se ela
desejar vender um ativo, dado que deverá determinar o código, a quantidade
e, se desejar, também o preço mínimo que aceita vender o seu ativo.
31
Todas as ações das empresas negociadas no mercado recebem códigos de negociação. A Cia Vale tem dois códigos
VALE3 e VALE5, sendo esta última a mais negociada.
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nenhuma referência ao preço máximo ou mínimo a
ser utilizado na compra ou venda do ativo.
Imagine que exista uma pessoa que deu uma ordem de venda de 100 ações
VALE5 pelo preço de R$48,00. No entanto, outra pessoa deu uma ordem de
compra de 100 unidades de VALE5 sem especificar o preço. A negociação será
feita pelo valor de R$ 48,00 cada ação e, é interessante ressaltar que a ordem
de compra foi uma ordem de mercado e a ordem de venda foi uma ordem
limitada.
32
Existem outros tipos de ordens, mas além de serem mais complexas também são pouco usuais e nos daremos o direito
de não comentá-las aqui.
33
PETR4 é o código da ação mais negociada da Petrobrás.
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b) Ordem Limitada – aquela que deve ser executada somente a preço
igual ou melhor que o preço especificado pelo cliente;
c) Ordem Casada – aquela cuja execução está vinculada à execução
de outra ordem do cliente, podendo ser com ou sem limite de
preço;
d) Ordem Administrada – aquela que especifica somente a
quantidade e as características dos ativos ou direitos a serem
comprados ou vendidos, ficando a execução a critério da sociedade
corretora;
e) Ordem Discricionária – aquela dada por administrador de carteira
de títulos e valores mobiliários ou por quem representa mais de
um cliente, cabendo ao ordenante estabelecer as condições em
que a ordem deve ser executada. Após sua execução, o ordenante
indicará os nomes dos comitentes a serem expecificados, a
quantidade de ativos ou direitos a ser atribuída a cada um deles e
o respectivo preço;
f) Ordem de Financiamento – aquela constituída por uma ordem de
compra ou de venda de um ativo ou direito em um mercado
administrado pela BOVESPA, e outra concomitante de venda ou
compra do mesmo ativo ou direito, no mesmo ou em outro
mercado também administrado pela BOVESPA;
g) Ordem Stop – aquela que especifica o preço do ativo ou direito a
partir do qual a ordem deverá ser executada.”
Compra Venda
34
Esses números entre parênteses na frente do preço representam o número do investidor.
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Compra Venda
Compra Venda
Dessa forma descrita acima a fila vai se formando com os agentes interessados
em fazer algum tipo de operação com ordem limitada. Entretanto, imaginemos
que existe um quinto investidor que tenha algum tipo de informação que o faz
acreditar que as ações irão despencar ou alguém que quer vender as ações
mas não tem muito tempo para ficar “perdendo” olhando para o mercado.
Essa pessoa poderá emitir uma ordem a mercado e esta pode ser executada
de duas formas. Na primeira delas ele pode determinar a venda de 600 ações
PETR4 sem determinar o preço. Dessa forma, ele estaria conseguindo vender
500 ações a R$ 89,10 e 100 ações a R$ 89,00. É interessante dizer que a
grande maioria dos sistemas das corretoras não permite esse tipo de operação
a mercado.
Observe que o investidor 5, quando emitiu a ordem com preço bastante abaixo
daquele que estava sendo praticado pelos compradores, solicitou que a ordem
fosse executada por qualquer preço e deverá receber o valor que as pessoas
que estavam comprando sugeriram.
Compra Venda
a) Hedgers;
b) Especuladores;
c) Arbitradores.
Imagine que ele tem um prazo para efetuar o pagamento do produto adquirido
e, portanto, caso haja uma alteração brusca na taxa de câmbio poderá incorrer
em sérios prejuízos. Para resolver o seu problema de descasamento e se
proteger contra oscilações na taxa de câmbio, o exportador pode combinar de
efetuar a compra da quantidade necessária de moeda estrangeira por um
preço para uma data futura determinada. Se conseguir êxito em sua operação
estará protegido contra oscilações na taxa de câmbio.
Outro exemplo de hedger pode ser dado com um agricultor. Imagine que um
agricultor plante soja. No entanto, suponha que a soja venha, nos últimos anos
sofrendo grandes reduções de preço e batendo recordes históricos em anos
posteriores. Ou seja, o preço da soja está oscilando muito. Ciente de que corre
um enorme risco ao utilizar toda a sua área produtiva para a cultura de soja
sem ter idéia de qual será o preço do grão quando de sua colheita, o agricultor
resolve se proteger contra oscilações no preço da soja.
Para tal, opta por vender no mercado futuro para liquidação em 12 meses a
quantidade de soja que acredita que irá colher dentro de 1 ano. Dessa forma,
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mesmo antes de efetuar o plantio do grão, o agricultor já teria a totalidade de
sua possível produção vendida por um determinado preço.
Como, no momento do plantio, ele sabe exatamente quanto lhe custará cada
saca de soja quando de sua colheita e, pelo fato de ter optado pelo hedge,
também sabe o valor que irá vendê-la. Dessa forma, ele já conseguiu travar o
seu lucro. Sendo assim, oscilações no preço do grão não trarão riscos para o
agricultor. Ele é considerado um hedger, ou seja, uma pessoa que se protege
contra riscos inerentes ao preço de um produto que lhe interessa
primariamente.
35
Observe que enquanto o produtor de soja tinha interesse na soja, o especulador poderá comprar ou vender soja sem
nunca ter visto um grão de soja. Na verdade, ele aposta na oscilação do preço da soja. Se acredita que a soja irá subir de
preço, deverá comprar soja, se acredita na queda, deverá vender.
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soja, estará agindo como um especulador e não mais como hedger. No
entanto, se ele optar por vender uma quantidade de soja superior àquela que
irá colher, ele estará agindo como um hedger até a quantidade plantada e a
partir desse momento deverá ser considerado um especulador. Ou seja, na
situação descrita o mesmo agricultor é tanto hedger quanto especulador.
Entendemos como arbitrador aquele agente que busca tirar proveito das
distorções momentâneas de preço que podem existir entre os diferentes
ativos ou mercados.
Imagine que existam duas grandes bolsas no Brasil, por exemplo a Bolsa de
São Paulo e a Bolsa do Rio de Janeiro. Se nas duas bolsas forem negociadas
ações da Petrobrás e, se por algum motivo, o preço desta ação na Bolsa de
São Paulo estiver mais cara do que o preço da Bolsa do Rio, caberá ao
arbitrador solucionar o problema.
Ele entrará comprando as ações no mercado cujo preço estará mais barato e
vendendo no mercado mais caro, ou seja, comprará no Rio e venderá em São
Paulo. A partir do momento em que ele compra ações no Rio, aumentará a
demanda pelas ações naquela cidade, provocando um aumento nos preços.
Mas ao mesmo tempo, estará vendendo ações na Bolsa de São Paulo,
Dessa forma, o arbitrador é um agente que não tem interesse no ativo objeto
da negociação. No entanto, enxerga uma forma de ganhar dinheiro sem
incorrer em risco e efetua uma operação para auferir esse lucro.
Lembre-se que para ser arbitrador ele não poderá incorrer em riscos na
operação.
Hedger é o agente que busca proteção contra um determinado risco. Ele possui
interesse no ativo que está hedgeando.
Questão 4
Questão 6
36
Ibovespa é o índice da Bolsa de Valores de São Paulo.
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• IGC;
• INDX;
• IVBX-2.
Nos Estados Unidos, o principal índice é o DOW JONES que indica a evolução
dos preços das ações de um pequeno número de empresas listadas na Bolsa
de Nova Iorque. No entanto, naquele país ainda existem inúmeros outros
índices mas dois desses índices são bastante difundidos: o Nasdaq 37 e o
Standard & Poors 500 (S&P500)38.
Você deve estar se perguntando: tudo bem, entendi que é uma representação
média do mercado, mas o que significa o índice e quando escuto no jornal que
a Bolsa de São Paulo subiu 1% naquele dia, o que isso está efetivamente me
informando.
Vamos por partes. Quando você escuta que a Bolsa subiu 1%, na verdade,
está sendo informado que o índice representativo do mercado subiu 1%, ou
seja, que a média aritmética ponderada das principais ações que integram o
mercado, teve uma alta de 1%. Mas várias ações podem ter reduzido de preço
e várias outras, subido. Na média, o mercado subiu 1%. Na média, das
principais ações dadas algumas características de formação do índice.
Com relação aos índices do mercado brasileiro, cada um deles tem uma
metodologia diferente para congregar os mais diferentes ativos.
37
Nasdaq é o índice do setor de tecnologia.
38
Índice que congrega 500 empresas dos mais variados setores e, portanto, talvez, o índice mais representativo da
evolução da economia americana.
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Iniciado em 1967 com valor de 100 pontos, no início de 2008 girava em torno
de 60.000 pontos, mesmo depois de ter vários zeros cortados ao longo dos
anos. No final de 2010, estava cotado em torno de 70.000 pontos39.
No início do último trimestre de 2008 esse valor havia caído para 45.000,
mesmo depois de atingir 75.000 em maio do mesmo ano. Chegou a atingir
29.000 pontos no último trimestre de 2008. No entanto, no início de 1999,
tinha como valor 4.500 pontos. Portanto, fica claro que com o índice temos
uma noção razoável da evolução dos preços dos principais ativos que
compõem o mercado de um determinado país.
Se eu lhe perguntar, quanto você acredita que uma pessoa devia ter em
janeiro de 2008, em dinheiro, se colocou em janeiro de 1999 R$ 10.000,00 na
Bolsa de Valores. Se eu não lhe mostrar os valores dos índices, você não sabe
se essa pessoa teria R$ 5.000,00, R$ 100.000,00 ou R$ 1.000.000,00. Mas
como eu disse que em 1999 o índice estava cotado em torno de 4.500 pontos
e que em janeiro de 2008 a cotação se situava em torno de 60.000 pontos,
podemos considerar que houve um aumento de, aproximadamente, 13,33 40
vezes no capital. Logo, um número razoável de se arriscar seria R$
140.000,00.
Vamos agora estudar cada um dos índices que existem no mercado nacional e
colocar um pequeno resumo do que eles representam.
39
Interessante notar que logo após a desvalorização cambial de 1999 (13/01/99), o índice chegou a bater 4500 pontos.
Com essa informação conseguimos ter uma idéia da rentabilidade média do mercado brasileiro ao longo desses anos.
Uma rentabilidade das ações da VALE já foram mostradas no início da aula.
40 60.000
Variação = = 13,33
4.500
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a) IBOVESPA
O IBOVESPA pode ser calculado com base na fórmula abaixo que descreve que
o índice é o somatório do produto do peso de cada uma das ações no índice e o
seu preço em um determinado instante t, ou seja :
n
IBOVESPAt = ∑ Pi t ⋅ Qit , onde :
i =1
O peso de cada ação no índice será dado pela participação ajustada de cada
ação aplicada sobre o valor do índice no último dia do quadrimestre anterior.
b) IBrX
O índice IBrX será composto por 100 papéis escolhidos em uma relação de
ações classificadas em ordem decrescente por liquidez, de acordo com seu
índice de negociabilidade (medido nos últimos doze meses), observados os
demais critérios de inclusão descritos abaixo.
c) IBrX-50
d) IEE
e) ITEL
42
Atualmente, o lote-padrão
43
Entende-se como “free float” a parcela das ações das empresas que são negociadas em pregão.
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f) IGC
g) INDX
h) IVBX-2
i) ITAG
44
Quando o sócio majoritário da empresa aliena o controle desta a algum outro grupo, a legislação obriga o novo
proprietário a efetuar uma oferta de, pelo menos, 80% do valor que foi oferecido ao antigo controlador para a aquisição
das ações ordinárias em mercado. Isto é o tag-along.
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Questão 7
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Questão 1
Resolução:
GABARITO: E
Questão 2
Resolução:
GABARITO: C
Questão 3
Resolução:
GABARITO: E
Questão 4
Resolução:
Gabarito: E
Questão 5
Resolução:
Ele fez isso porque achou que o preço que estava sendo praticado para o mês
em que ele teria animais prontos para o abate no pasto estaria convidativo, lhe
proporcionando o pagamento dos custos e sobrando uma parcela (que ele
considera razoável) a título de lucro. O dono do frigorífico por sua vez vai
precisar comprar boi gordo em um momento futuro. No entanto, ele acredita
que existe uma grande chance do produto subir e ele opta por fazer a
aquisição no mercado futuro neste momento. O que ele fez foi travar o preço
que ele pagará pelo boi no momento futuro.
Dessa forma, ele se torna mais competitivo no mercado caso suas previsões de
alta de preço se concretizem. Observe que nos dois casos exemplificados os
agentes possuíam interesse direto no bem negociado e, dessa forma, estavam
se protegendo contra oscilação do preço do ativo e atuando como “hedgers”.
Dessa forma, ele está arbitrando com o preço do ativo. Você pode estar
pensando que por motivos de logística isso não seja muito comum. Concordo
contigo, mas pense em contrato de câmbio. Isso seria fácil de implementar
utilizando os mercados globalizados que temos hoje em dia, concorda? Existem
vários agentes que ficam estudando essas possibilidades para ingressar no
mercado. Uma operação é considerada de arbitragem se não envolver a
Gabarito: E
Questão 6
Resolução:
Gabarito: E
Questão 7
Resolução:
IV - as cédulas de debêntures;
VI - as notas comerciais;
Gabarito: B
GABARITO
1- E 2- C 3- E 4- E 5- E
6- E 7- B
Galera,
César Frade
Olá pessoal!
Estamos aqui para a nossa primeira aula do módulo de Produtos. Estou
adiantando essa aula para vocês para me redimir de alguns atrasos que
proporcionei.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO IV - PRODUTOS
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1. FUNDOS DE INVESTIMENTOS
A regra é idêntica às leis. No Direito, temos uma Lei geral que define
determinado assunto. Se houver uma Lei específica que trata daquele mesmo
assunto, não há a necessidade de se revogar a Lei geral, mas para esse
assunto em questão deverá ser observada a Lei específica. Aqui funciona da
mesma forma. Há um instrumento geral para os Fundos de Investimento e
estes deverão ser observados. No entanto, quando houver algum instrumento
específico para algum tipo especial de fundo, este deverá ser considerado na
tratativa daquele instrumento, sobrepondo ao instrumento geral naquilo que
for diferente.
1
Nesta aula, apresentarei a Instrução 409. Todos os outros tipos, quando apresentados, serão por meio da solução de
exercícios. Seriam muitas normas e mais iria confundir e atrapalhar do que ajudar. Portanto, nas normas que os
examinadores já tiverem cobrado em prova com algum exercício, irei resolvê-la citando o normativo.
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que os ativos adquiridos pelo Fundo com recurso dos cotistas são de
propriedade do próprio Fundo e a Instituição Financeira somente faz a
administração.
Por exemplo, o Banco do Brasil tem o BB Renda Fixa LP 50 mil. Uma parcela
desta nomenclatura é obrigatória e informa como o fundo é classificado em
relação à composição de seu patrimônio.
Se o fundo for de Curto Prazo, ele terá uma alíquota fixa de 20% de Imposto
de Renda, mas também terá um prazo médio menor e, portanto, será
menos arriscado.
Por outro lado, os fundos fechados são aqueles em que os cotistas só podem
resgatar os recursos quando houver o fim do fundo. Explico melhor. Existem
fundos que são, por exemplo, destinados para a compra/construção de
imóveis. Como sabemos, imóveis são bens bem menos líquidos do que os
títulos, ações, valores mobiliários em geral. Dessa forma, os fundos
imobiliários são fundos fechados. Quando ele se inicia, os investidores são
convidados a aportar recursos, a comprar cotas. No entanto, como esses
recursos são colocados em bens bastante ilíquidos, os investidores só podem
sacar os seus recursos no fim deste fundo, que pode ter 5 anos, 7 anos e este
prazo deve ser determinado em regulamento.
A CVM cancelará o registro dos fundos abertos que, após 90 dias de sua
abertura, mantiverem o patrimônio líquido médio diário inferior a
R$300.000,00 pelo prazo de 90 dias consecutivos.
A CVM cancelará o registro dos fundos fechados quando não for subscrito o
número mínimo de cotas representativas do seu patrimônio inicial, no prazo de
180 (cento e oitenta) dias. Nesse caso específico dos fundos fechados, se a
CVM receber uma solicitação fundamentada poderá prorrogar o registro do
fundo, uma única vez e por prazo não superior a 180 dias.
O valor das cotas será dado pelo patrimônio líquido do fundo dividido pelo
número de cotas. A precificação dos ativos será feita com base nos preços de
Carregar pela curva seria, por exemplo, comprar um título que paga uma taxa
de 12% ao ano e que vence daqui 800 dias. Logo, se você ficar com esse título
por todo o tempo receberá o equivalente a 12% ao ano por 800 dias. Mas se
você negociá-lo antes do prazo poderá ganhar mais do que 12% se a taxa de
juros desse título cair e menos de 12% se subir. Portanto, quando carregamos
pela curva estamos dando como preço do título amanhã, o preço dele hoje
mais o proporcional de 12% ao ano para um dia.
3
Eu, particularmente, já vi esses prazos de carência para fundos. No entanto, a Instrução diz que pode haver
carência mas não define prazo nem máximo nem mínimo para a carência.
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Cabe ressaltar ainda que os Fundos deverão ter Assembléia Geral que será
convocada pelo Administrador, com no mínimo, dez dias de antecedência e
cada investidor terá o número de votos idêntico ao número das cotas que
possui.
A Instrução 409 tenta separar aqueles investidores que possuem algum tipo de
entendimento maior sobre o mercado. É claro que isso não é algo simples,
criar uma regra, em poucas linhas, que consegue separar aqueles que
entendem daqueles que não entendem sobre o mercado.
Existem fundos de investimentos que são feitos com o intuito de adquirir cotas
de outros fundos. Esses fundos possuem algumas poucas regras adicionais e
são chamados de Fundo de Investimento em cotas de Fundos de
Investimentos.
2. Clubes de Investimento
Quando você efetua uma aplicação direta na Bolsa, se houver uma alienação
mensal superior a R$ 20.000,00 no mercado de ações ou de qualquer valor no
mercado de derivativos, deverão ser apurados os lucros obtidos e pago um
Imposto de Renda com alíquota de 15% sobre o lucro. Se for utilizado um
Clube de Investimentos, o pagamento do Imposto de Renda ocorrerá apenas
no saque dos recursos.
Sendo assim, seu gestor 5 poderá realocar as aplicações nos mais diferentes
ativos sem que haja um pagamento de imposto sobre o lucro obtido na
operação anterior.
Se você abrir uma conta em uma corretora e comprar ações da VALE5 por R$
40,00 e, posteriormente, vendê-las por R$ 49,90 poderá ter que pagar
4
Pessoas jurídicas não podem participar de Clubes de Investimento.
5
Gestor de um Clube é, geralmente, um dos cotista e é a pessoa responsável por dar as ordens de compra e venda de
ativos. Enquanto isso, administrador é o agente responsável perante o fisco e são aqueles agentes aos quais os Clubes
estão vinculados (corretoras, distribuidoras ou bancos de investimento).
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imposto. Poderá porque se o valor arrecadado com as vendas das ações,
naquele mês, for inferior a R$ 20.000,00, não será devido nenhum imposto a
menos que sejam operações Day-trade6. Se o valor superar R$ 20.000,00 será
paga a alíquota de 15% sobre o lucro total.
6
Operações em que a compra e a venda dos ativos ocorrem no mesmo dia.
7
Observe que as informações do Clube são enviadas à Bolsa mensalmente, enquanto que nos Fundos há o envio
diário, mesmo que com dois dias de atraso, no máximo.
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• distribuição das aplicações - ações, debêntures conversíveis em ações,
mercado a futuro, de opções, a termo e outros valores.
Por fim, cabe ressaltar que o Clube deverá manter pelo menos 51% de seus
recursos aplicados em ações. No entanto, para que seja dado o tratamento
tributário de pagamento de apenas 15% a título de Imposto de Renda sobre o
lucro, o Clube deverá manter, pelo menos, 67% dos recursos aplicados em
ações. Caso contrário será dado a ele o mesmo tratamento dado aos fundos de
Renda Fixa, etc.
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Questão 5
Questão 1
Resolução:
Essa questão nos trás informações que podem ser encontradas em uma das
principais Instruções CVM que é a 409. No geral, os fundos de investimentos
devem cumprir os requisitos básicos da Instrução 409, exceto quando aquele
tipo de fundo possuir uma Instrução própria, específica.
Gabarito: B
Questão 2
Resolução:
Gabarito: A
Questão 3
Resolução:
Gabarito: A
Questão 4
Resolução:
Gabarito: C
Questão 5
Resolução:
Funciona mais ou menos assim. Eu compro um bem (suponha que seja uma
casa) e pego um recurso emprestado em um Banco. Esse Banco emite um
título que dá ao seu detentor o direito de receber de mim a grana da casa (um
direito creditório). Emite e vende esse título a alguém ou a um FDIC. Dessa
forma, o dinheiro que eu pagaria pelo empréstimo ou o cano que eu poderia
8
Quando as pessoas vão se referir a esse tipo de fundo no mercado financeiro, as pessoas pronunciam “fidiqui”.
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dar no mesmo, não seria no Banco mas sim no detentor do título que o Banco
vendeu ou no FDIC.
Gabarito: D
1- B 2- A 3- A 4- C 5- D
Galera,
Com isso terminamos nossa primeira aula do módulo final do nosso curso.
No mais, vimos que essa parte é tranqüila na compreensão mas possui uma
infinidade de regras que podem traí-los na prova.
César Frade
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Olá pessoal!
Questão 25
Questão 26
Questão 27
IV - autorizar:
a) a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de
previdência complementar, bem como a aplicação dos respectivos
estatutos e regulamentos de planos de benefícios;
b) as operações de fusão, de cisão, de incorporação ou de qualquer
outra forma de reorganização societária, relativas às entidades
fechadas de previdência complementar;
c) a celebração de convênios e termos de adesão por patrocinadores
e instituidores, bem como as retiradas de patrocinadores e
instituidores; e
1
Em conversa por telefone com um Conselheiro com o qual trabalhei, me foi dito por ele que há muito tempo não havia
qualquer tipo de recurso contra o MDIC mas era importante a participação daquele Ministério com o intuito de auxiliar
em eventuais dúvidas afetas a ele. Portanto, tendo em vista o fato de que não havia muitas demandas na área do MDIC
foi, de comum acordo, redesenhando o Decreto para que houvesse a retirada daquele Ministério do CRSFN sem que
houvesse nenhuma alteração quanto às matérias por ele, Conselho, julgadas. Há um documento, mas de uso interno do
CRSFN que mostra as mudanças provocadas por este Decreto e que deixa claro que não há alteração de matéria.
Entretanto, apesar de ter havido uma autorização por parte do Conselheiro para que esta nota fosse escrita não foi
possível mostrar o documento.
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Fazem ainda parte do Conselho de Recursos: dois Procuradores da Fazenda
Nacional, designados pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, com a
atribuição de zelar pela fiel observância da legislação aplicável, e um
Secretário-Executivo, nomeado pelo Ministério da Fazenda, responsável pela
execução e coordenação dos trabalhos administrativos. Para tanto, o Banco
Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários e a Secretaria de Comércio
Exterior proporcionam o respectivo apoio técnico e administrativo.
• Lei no 4.594/64;
• Decreto-Lei no 73/66;
• Decreto-Lei 261/67;
• Lei no 6.435/77
O Conselho irá se reunir uma vez por mês de forma ordinária. Entretanto,
mediante convocação de seu Presidente ou de dois terços de seus membros,
poderá reunir-se extraordinariamente. Para que essas reuniões sejam
realizadas deverão ter a presença de, pelo menos, 4 membros. A ausência
injustificada do Conselheiro titular a três sessões consecutivas ou cinco
alternadas implicará em perda do mandato e substituição por outro
Conselheiro. As decisões serão proferidas por meio de acórdãos após quorum
de maioria simples, cabendo ao Presidente o voto de qualidade em caso de
empate.
Questão 29
Questão 30
Compõem a CRPC:
Acerca das atribuições dos diversos órgãos do SFN relacionados a taxa de juros
e inflação, julgue os itens subseqüentes.
Questão 31
Questão 32
Questão 33
Questão 34
QUESTÕES RESOLVIDAS
Questão 25
Resolução:
Dessa forma, vemos que o enunciado está incorreto pelos motivos grifados na
questão.
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Observe que o órgão examinador apenas abriu o site da SUSEP (na parte de
ESTRUTURA) e colocou o que estava escrito lá na prova. Já sei. Vocês estão
pensando que isso é um absurdo. Pois é, mas várias, várias questões são
feitas dessa forma. E assim fica muito complicado para acertar, concordam?
Gabarito: E
Questão 26
Resolução:
Gabarito: E
Questão 27
Resolução:
Dessa forma, todos os itens estão corretos. Poderia ser questionado o último
item, pois a Lei determina que é atribuição da SUSEP disciplinar e acompanhar
os investimentos daquelas entidades e a questão menciona entidades privadas
de seguro. No entanto, as entidades privadas são uma das entidades citadas
como “daquelas entidades”, logo como não existe menção restritiva às
entidades privadas, o item deve ser considerado correto.
Gabarito: E
Questão 28
Resolução:
I – previstos:
no § 2o do art. 43 da Lei no 4.380, de 21 de agosto de 1964;
no art. 74 da Lei no 5.025, de 10 de junho de 1966;
2
Artigo 3˚ do Decreto 1935/96 com redação dada pelo Decreto 7.277 de 2010.
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no § 2o do art. 2o do Decreto-Lei no 1.248, de 29 de novembro de
1972; e
no § 4o do art. 11 da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976.”
Gabarito: E
Questão 29
Resolução:
Gabarito: C
Questão 30
Resolução:
Gabarito: E
Acerca das atribuições dos diversos órgãos do SFN relacionados a taxa de juros
e inflação, julgue os itens subseqüentes.
Resolução:
Com isso, podemos notar que após proposta do Ministério da Fazenda, cabe ao
Conselho Monetário Nacional definir a meta de inflação.
Gabarito: C
Questão 32
Resolução:
Gabarito: C
Questão 33
Resolução:
Gabarito: E
Questão 34
Resolução:
Gabarito: E
Bibliografia
Exatamente pela dificuldade de encontrarmos livros adequados, todas as aulas
serão tiradas dos seguintes sites:
www.bcb.gov.br
www.cvm.gov.br
www.planalto.gov.br
www.susep.gov.br
www.previdencia.gov.br
GABARITO
Galera,
Abraços,
César Frade
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO II - MERCADOS
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Olá pessoal!
Vejam. Sou suspeito para falar, mas acho que essa parte da matéria de
mercado muito, mas muito interessante. Praticamente todas as partes da
matéria são interessantes e possuem fundamentos bem legais.
Existem alguns tópicos que são considerados AVANÇADOS (está escrito neles).
Esses tópicos só devem ser estudados depois que vocês tiverem compreendido
tudo que foi passado anteriormente. Combinado??
Questão 8
Sei que a compreensão desta matéria não é tão fácil quando não se trabalha
com isso no dia-a-dia, mas vocês terão que concordar comigo que a matéria é
muito interessante.
Desde que nasceu, você aprendeu que para se vender alguma coisa, você
deveria ter o bem, deveria entregá-lo após a venda e receberia recursos
referentes à venda. Ótimo, isso estava correto até este momento da sua vida.
Entretanto, daqui para frente isso não vale mais nada.
Essa verdade que você aprendeu não é uma verdade absoluta e você deve
quebrar toda essa linha de raciocínio e tentar aprender tudo novamente. Se
conseguir esquecer o que sabe de compra e venda, a matéria, apesar de
complexa, será de fácil compreensão. No entanto, se não for capaz de
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esquecer tudo isto, não entenderá absolutamente nada de operações com
derivativos.
Agora, das duas uma, ou você está achando que eu fiquei maluco ou você
começou a entender o ponto principal do negócio. Se está achando que fiquei
maluco, dê um “loop” e volte ao parágrafo anterior, escrevendo mais 20 vezes
e depois retorne para esse ponto. Só passe para frente se achar que começou
a entender o espírito da coisa.
Nos capítulos referentes a esse assunto, é importante que você só siga adiante
após ter compreendido exatamente o que está sendo descrito. Nunca avance
sem ter certeza de que entendeu todos os conceitos envolvidos nas
operações.
Derivativos são contratos nos quais uma parte efetua uma compra e a outra
parte efetua uma venda de um determinado ativo, chamado de ativo-
subjacente, para liquidação futura por um preço previamente fixado.
b) Contrato Futuro;
c) Contrato de Opções; e
d) Swaps.
Vou começar com um exemplo simples e que sempre utilizo em sala de aula.
Imaginemos que existam 4 pessoas no mercado, Antônio (Agente A), Bárbara
(Agente B), Cláudio (Agente C) e Daniela (Agente D).
a) contratos nos quais uma parte efetua uma compra – Bárbara está
efetuando a compra;
Será que no dia combinado o carro estará custando o valor que eles
combinaram? Será que no dia do vencimento do contrato, esse carro estará
custando os R$ 15.000,00?
1
Ativo-subjacente é o ativo que faz parte do contrato de derivativo, ou seja, é o ativo que está subjacente ao contrato,
como o próprio nome diz. Só existe um contrato derivativo se este contrato derivar de um ativo, por isto derivativo. E
ele tem que derivar de um ativo-subjacente.
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poderá haver uma variação no preço de qualquer ativo ao longo do tempo,
inclusive no carro em questão. Mesmo com o carro custando um valor
diferente do combinado, os dois agentes terão a obrigação de
comprar/vender o ativo-subjacente pelo preço previamente acordado, ou seja,
R$ 15.000,00.
2
É bastante comum que em contratos derivativos a liquidação ocorra apenas de forma financeira sem que haja a
alteração ou mudança de propriedade do ativo negociado.
3
Ou pelo menos havia esse pressuposto de que ela tinha esse recurso.
4
Observe que mesmo sem comprar o carro do Antônio, o contrato derivativo em questão deu à Bárbara a condição de
comprar um automóvel idêntico ao do Antônio.
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R$ 15.000,00. Entretanto, nada impede que a Bárbara tivesse interesse em
ter, realmente, o carro.
No entanto, para tê-lo, ela deveria fazer constar em contrato que o bem
deveria ter liquidação física e não apenas financeira. Com a liquidação física
em contrato, o Antônio deveria fazer a entrega do mesmo. É interessante
ressaltarmos que uma parcela bastante pequena dos contratos derivativos
negociados no Brasil possui liquidação física, a grande maioria possui apenas
liquidação financeira.
Imagine que você decidiu que, após a sua prova, irá passar uma semana de
férias na Europa, para comemorar a nota que tirou em Finanças. No entanto,
você, hoje, tem um grande receio. Você tem receio de que a taxa de câmbio
suba muito e que isso impossibilite a sua viagem. Dessa forma, você combina
que vai comprar US$ 5.000,00 por uma taxa de R$ 1,805 e garante que a sua
viagem não lhe custará mais do que R$ 9.000,00.
Agora, fazendo esse tipo de operação, você deixou de correr o risco de câmbio
e, não importa o rumo que a taxa venha a tomar, a sua viagem está garantida.
Ou seja, fazendo essa operação com derivativo você garante que conseguirá
comprar US$5.000,00 pelo valor de R$ 9.000,00 e terá condições de fazer a
sua viagem pela Europa. E o melhor, nem precisou desembolsar os reais
agora.
5
A cotação do câmbio em novembro de 2010 estava variando muito diariamente e girando torno de 1,87, ou seja, R$
1,70 para cada dólar a ser adquirido.
6
Deverá efetuar um pagamento de R$ 0,30 x US$ 5.000,00 = R$ 1.500,00 para a pessoa que vendeu a moeda
estrangeira a você por intermédio de um contrato derivativo. Com os R$ 7.500,00 que ainda lhe restam, seria possível
adquirir os US$ 5.000,00.
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As pessoas devem encarar essa operação como um hedge7 para a viagem, ou
seja, como uma operação de proteção contra oscilação da taxa de câmbio. É
claro que se você não tivesse feito um contrato derivativo de câmbio, gastaria
apenas R$ 7.500,00 pela sua viagem, mas estaria correndo o risco de não
conseguir viajar.
De forma análoga, a taxa de câmbio poderia ter ido para R$ 2,80. Se isso
ocorresse sem que você tivesse firmado um contrato derivativo, a viagem ao
invés de custar R$ 9.000,00, teria o seu preço majorado e ficaria mais de 50%
mais cara. Como o contrato derivativo foi firmado, você receberá R$ 5.000,00
neste contrato, pois comprou por R$ 1,80 cada dólar que atualmente está
valendo R$ 2,80.
Como foram US$ 5.000,00 e você ganhou R$ 1,00 em cada dólar, deverá
receber R$ 5.000,00. Como você tinha R$ 9.000,00 e recebeu mais R$
5.000,00, terá condições de ir em uma casa de câmbio e comprar US$
5.000,00 pelo preço de R$ 2,80 cada dólar. Dessa forma, a sua viagem foi
salva porque você fez um hegde contra a oscilação da taxa de câmbio. Caso
não tivesse feito dessa forma, provavelmente, não iria conseguir mais viajar,
pois a sua viagem teria encarecido mais de 50%.
7
Retorne à aula anterior e releia a operação de hedge, operação de proteção. A palavra hedge quer dizer proteção.
8
Players são as pessoas que negociam em cada tipo de mercado. Os players do mercado derivativo são os agentes que
efetuam negócios dentro do mercado de derivativos.
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data do vencimento do contrato9, o valor do carro estaria abaixo do montante
combinado por ele.
Observe que o Antônio está vendendo um ativo que ele não possui e, portanto,
caso queira entregá-lo na data de vencimento do contrato, deverá, de
antemão, adquiri-lo.
A Bárbara, por sua vez, não tem mais a intenção de ficar com o carro e decide
colocá-lo a venda pelo preço de mercado. Ao mesmo tempo, aparece o Cláudio
que deseja comprá-lo de volta e, portanto, paga por ele o preço de R$
14.000,0011.
9
Data do vencimento do contrato é a data firmada no derivativo para se cotar o ativo-subjacente no mercado e comparar
com o preço previamente acertado.
10
Para ficar mais fácil a compreensão do exemplo, vá fazendo uma espécie de esquema ilustrativo dos negócios.
Garanto que simplificará.
11
O Cláudio paga o preço de R$ 14.000,00 porque não possui nenhum acordo anterior. Logo, deve recomprar pelo
preço que o bem estiver valendo no mercado.
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Observe que na montagem feita acima, o Cláudio vende seu carro ao Antônio
por R$ 14.000,00 e, posteriormente, o recompra da Bárbara pelo mesmo
preço, voltando a ter o carro e não ficando com nenhum recurso
adicional.
Com isso, conseguimos ver que para que o Antônio negocie o carro do Cláudio,
não há a necessidade de o Antônio adquirir ou possuir o carro. Logo, qualquer
pessoa pode vender um ativo-subjacente que não possua, dado que na
Que tal fazermos um negócio? Posso vender para vocês o computador no qual
estou escrevendo, a sala onde está situado o Ponto dos Concursos ou qualquer
outro bem. Importante frisarmos que se você optar por comprar esse meu
computador para entrega em data futura, você estará apostando que na data
de vencimento do nosso negócio o computador estará valendo mais do que
pactuado. De forma análoga, se você quiser adquirir a sala em que está
instalado o Ponto, posso lhe vender12. Se você fizer isso, comprar a sala,
estará se tornando um “especulador” no mercado imobiliário e torcendo para
que salas como as que o Ponto está instalado tenham seu preço majorado13.
No entanto, devemos lembrar que uma pessoa que vende um bem estará
torcendo para que o preço do mesmo caia, pois terá vendido por um preço
e deseja que o mesmo esteja com valor menor na época da liquidação do
contrato. Por outro lado, o agente que efetua a compra de um determinado
bem se utilizando de um contrato como este, estará combinando um valor
para a aquisição do bem e torcerá para que o mesmo aumente o seu
preço até o momento da liquidação do contrato.
Pois bem. Imagine que a Bárbara não conhece o Antônio e ele não a conhece.
Como eles apenas assinaram um contrato e não houve qualquer fluxo de caixa
12
É importante frisar que eu não sou dono da sala e não tenho a menor noção de quem seja, mas desde que a liquidação
desse contrato seja financeira, não há problema em vendê-la nessa aula.
13
Como o negócio está sendo feito com imóveis em Brasília, há uma grande chance de o comprador da sala sair
ganhando.
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na data da assinatura do mesmo, eles começaram a incorrer em um risco de
crédito14 da contraparte.
Como eles não se conhecem, é razoável que optem por depositar uma espécie
de “caução” junto a uma pessoa que ambos conhecem e confiam, como por
exemplo, a Daniela. Dessa forma, ambos, na data da aquisição do contrato
derivativo em questão, efetuam um depósito junto à Daniela. Esse depósito
serve para, em caso de inadimplência de uma das partes, saldar a dívida
do inadimplente junto ao outro agente.
14
Risco de crédito é o risco de você não receber aquilo que lhe é devido. Mais à frente vamos discutir de forma
pormenorizada cada tipo de risco que os integrantes do mercado financeiro podem incorrer.
15
Na verdade, ela funciona como se fosse a Câmara de Compensação da Bolsa. A Câmara de Compensação é o
departamento ou uma empresa coligada à Bolsa que tem como objetivo fazer a liquidação física e a liquidação
financeira das negociações efetuadas dentro do ambiente de Bolsa. Segundo o dicionário da BOVESPA, a Câmara é a
“Instituição que presta, em caráter principal, serviços de compensação, liquidação e gerenciamento de risco de
operações”. O mesmo dicionário estabelece que compensação é o “procedimento de apuração dos saldos líquidos em
ativos e recursos financeiros entre as contrapartes para a liquidação de débitos e créditos recíprocos”. O mesmo
estabelece ainda que liquidação é a “última etapa do processo de compra e venda de ativos ou valores mobiliários,
quando dinheiro e ativo negociado trocam de proprietário”.
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das partes. Caso a margem de garantia seja insuficiente, a Bolsa (a Daniela,
nesse exemplo) deverá quitar o pagamento e depois tentar reaver os recursos
por meios judiciais16.
O fato de o Antônio poder celebrar um contrato desse com a Bárbara sem ter
que efetuar qualquer pagamento, lhe dá a condição de, mesmo tendo apenas
R$ 14.000,00 em dinheiro, celebrar um contrato de 1000 carros idênticos ao
do Cláudio. A partir do momento em que os dois têm a obrigação de efetuar
um depósito de garantia junto à Daniela, essa alavancagem é limitada. Se o
depósito de garantia exigido for da ordem de R$ 1.000,00, o Antônio poderá
comprar apenas 14 carros do Cláudio junto à Bárbara.
Já sei...Você acha que bebi, pois tinha entendido até então que só existia um
carro do Cláudio. Mas você está certo, só existe um carro. Mas o fato de existir
apenas um carro não obriga o Antônio a vender apenas um, a menos que
no contrato haja uma cláusula obrigando a entrega física. Se a entrega
for financeira, os agentes podem negociar quantos ativos-subjacentes
quiserem desde que depositem a margem de garantia necessária.
16
Não podemos nunca esquecer que as Sociedades Corretoras são solidárias com os seus clientes perante a Bolsa. Logo,
o não pagamento de um cliente faz com que a corretora seja responsabilizada por este pagamento perante a Bolsa.
Quando digo corretora estou falando, nesse caso, de forma genérica. Podem ser as distribuidoras também.
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Questão 9
4. CONTRATOS A TERMO
Contratos a termo são contratos nos quais uma parte efetua uma compra e a
outra parte efetua uma venda de um determinado ativo, chamado de ativo-
subjacente, para liquidação futura por um preço previamente fixado.
17
A CETIP é uma empresa que efetua o registro de operações feitas no Balcão. Operações, ditas, cetipadas não
possuem garantia e, portanto, não há depósito de margem de garantia. Dessa forma, a CETIP não é, ao contrário das
operações cursadas em bolsa, contraparte central da operações nela registradas.
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Cabe ressaltar que os contratos derivativos a termo negociados em um
mercado de Balcão dentro da Bolsa possuem certo grau de padronização, pois
somente assim gera interesse para que a Bolsa efetue o seu registro e ceda
espaço para a sua negociação. A mesma observação acima pode ser feita para
as operações registradas na CETIP.
Isso ocorre porque o valor que a Bolsa cobra é muito pequeno se comparado a
valores cobrados em registros de imóveis, por exemplo. Portanto, para que
valha a pena para Bolsa amparar tais operações, eles devem ter um certo grau
de padronização, fato que reduz o custo de análise da Bolsa.
18
Retirado do Caderno de Especificações de Contratos do Mercado a Termo que consta no site da BMF BOVESPA.
19
Segundo o dicionário de finanças da BOVESPA, Megabolsa é “Sistema que possibilita que as corretoras enviem suas
ordens de compra ou venda diretamente de seus escritórios, localizados em qualquer parte do Brasil, para a
BM&FBOVESPA. Pelos terminais eletrônicos do Mega Bolsa, as Corretoras podem enviar suas ordens de compra ou
venda diretamente de seus escritórios, em qualquer parte do território nacional. O sistema reproduz na tela o ambiente
de negócios, exibindo os registros de ofertas e propiciando o fechamento automático das operações. As ofertas
introduzidas pelos participantes são ordenadas com base na seqüência cronológica do registro, dando-se prioridade ao
melhor preço. Além da negociação, o sistema oferece recursos para a realização de consultas e acompanhamento do
mercado de ações.”
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Tipo de Contrato: VC – À Vontade do Comprador, ou seja, somente
o comprador pode liquidar a operação antecipadamente, se assim o
desejar.
20
Essas questões tratam de outros assuntos além de Mercado a Termo. No entanto, achei interessante introduzi-la nesse
ponto, pois existem muitos “comentários” ou afirmativas que é proibido haver negociação de contratos a termo e ela
versa, inclusive é a resposta correta, exatamente sobre isso.
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Questão 10
Questão 11
(CESPE – Banco de Brasília – 2001) – O mercado primário é aquele que
corresponde à negociação das ações nas bolsas de valores.
Questão 12
Questão 13
Questão 14
Imaginemos uma negociação que envolva ouro, por exemplo. O preço do ouro
para daqui há 3 meses deve ser exatamente igual ao preço atual do ouro
acrescido do custo de oportunidade dos recursos utilizados para a compra do
ouro na atualidade mais o custo de carregamento do material.
Dessa forma, é possível vermos com certa facilidade que o preço do ouro no
mercado futuro deve depender de alguns itens como o preço atual do ouro, a
taxa de juros de mercado, o prazo para o vencimento do contrato e ainda o
custo de carregamento.
Com relação à taxa de juros, devemos compreender essa taxa como sendo o
custo de oportunidade dos recursos que serão empregados e, dessa forma, se
a taxa for mais alta, o custo de oportunidade também será maior. Sendo
assim, a taxa de juros e o preço a termo do bem serão positivamente
correlacionados.
O outro item que deve sempre ser considerado é o prazo até o vencimento.
Quanto maior o prazo da data da negociação até o término do contrato a
termo, maior será o preço a ser negociado no contrato a termo, coeteris
paribus. Portanto, essa grandeza também possui correlação positiva com o
preço a termo.
Se tivermos uma taxa de 12% ao ano com capitalização semestral, isso indica
⎛ 12% ⎞
⎜ i semestral = = 6%a.s ⎟
que a taxa a ser aplicada é a de 6% ao semestre ⎝ 2 ⎠.
Observe que quanto menor for o período de capitalização, maior tenderá a ser
a taxa efetiva anual correspondente. Portanto, se formos reduzindo esse
período para um bimestre, um mês, dez dias, 7 dias, um dia ou um segundo, a
taxa efetiva anual irá aumentando conforme quadro abaixo:
[[((1,06
1,12) − 1]
) − 1]
1
12,00% [(1,03)
[(1,02) −1]− 1]
2
12% a.a. Anual 4
6
M = C ⋅ e r⋅t
Onde:
M é o montante;
C é o capital na data focal zero;
e é a base do logaritmo neperiano e vale 2,718282...;
r é a taxa de juros da operação; e
t é o tempo da operação
1 1.000,00 127,25 ( e
0,12×1
x 1.000,00 – 1.000,00) 1.127,25
2 1.127,25 271,25 ( e
0,12× 2
x 1.000,00 – 1.000,00) 1.271,25
3 1.271,25 433,33 ( e
0,12×3
x 1.000,00 – 1.000,00) 1.433,33
4 1.433,33 616,07 ( e
0,12× 4
x 1.00,00 – 1.000,00) 1.616,07
A taxa de câmbio a ser combinada deve ser tal que seja impossível
efetuar a arbitragem da operação.
Imagine que exista uma pessoa que possua para aplicação US$ 120.000,00 e
pode escolher entre aplicar os recursos no Brasil ou nos Estados Unidos. Ela
sabe que com a taxa de câmbio em questão uma pessoa que tem, atualmente,
o equivalente a US$ 120.000,00, ou seja, teria R$ 240.000,00 caso optasse
por aplicar seus recursos no Brasil. Daqui a 4 meses teria:
21
Essa é a taxa similar à nossa SELIC.
22
É claro que todos esses valores não são verdadeiros e usamos apenas a título de exemplo.
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Se o investidor tivesse aplicado seus recursos nos Estados Unidos, após o
período de 4 meses, ele teria a seguinte quantia em moeda norte-americana:
Sendo assim, com os dados das taxas de juros do Brasil, dos Estados Unidos e
o valor da taxa de câmbio atual e futura (determinada pelo contrato a termo
negociado) todos os investidores optariam investir no Brasil ao invés de fazê-lo
nos Estados Unidos, enquanto a taxa de câmbio estiver abaixo de R$ 2,0577.
Fechando o contrato a termo na data de hoje pela taxa de R$ 2,0577, ele terá
em 4 meses, o valor de: 247.747,23
= 120.400,07
2,0577
247.747,32
Na verdade, a taxa de câmbio deverá ser dada por: =2,05772391
120.398,67
Dessa forma, vimos que o valor do câmbio para evitar arbitragem depende
tanto da taxa de juros interna quanto da taxa de juros externa, além da taxa
atual de câmbio.
Cabe ressaltar que, apesar de termos, nesse exemplo, nos utilizado de juros
compostos, deveríamos para aplicação no mercado derivativo ter utilizados
conceitos de capitalização contínua e nesse caso, a taxa de câmbio seria
determinada pela seguinte equação:
5. CONTRATOS FUTUROS
Contratos futuros são contratos nos quais uma parte efetua uma compra e a
outra parte efetua uma venda de um determinado ativo, chamado de ativo-
subjacente, para liquidação futura por um preço previamente fixado.
Além disso, no caso de uma das pessoas desistir de sua posição, poderá ir a
mercado e encontrar qualquer outra pessoa e desfazer sua posição dado que
os contratos futuros possuem a intercambialidade.
23
Veja, no anexo a este tópico de contrato futuro (anexo I), um exemplo de um contrato futuro de câmbio negociado na
Bolsa de Mercadorias e Futuros – BM&F.
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Para termos uma noção do nível de liquidez no mercado futuro, analisemos as
posições em aberto24 em contrato de câmbio no dia 10/06/200925. Devemos
lembrar sempre que cada contrato de câmbio significa a negociação de US$
50.000,00.
24
Quando um agente que nunca entrou em um mercado opta por efetuar uma compra de um contrato, após a
concretização dessa aquisição, ele terá aberto uma posição de compra. Portanto, X posições em aberto significa que as
pessoas que estão compradas naquele mercado, se somarmos a quantidade de contratos que elas possuem, essa soma
será igual a X. Sendo que X também será a quantidade de vendida de contratos naquele mercado.
25
Essa data foi tomada como base pois está próxima ao meio do mês e o contrato futuro de câmbio vence no início de
cada mês.
26
Ver modelo de contrato de câmbio no anexo a esse capítulo.
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No entanto, caso a Bárbara em um determinado momento decida sair da
posição comprada de US$ 100.000,00, basta ir ao mercado futuro de câmbio e
vender dois contratos futuros para qualquer pessoa. Observe que ela não
necessita vender os dois contratos que ela comprou do Antônio e nem precisa
vender para o Antônio, basta que ela venda dois contratos e efetuando isto
estará “anulando” os dois que ela comprou.
Note também que, apesar de a compra ter sido feito do Antônio, quando a
Bárbara efetuar a venda não necessitará fazê-la para o Antônio. Essa falta de
necessidade de vender exatamente o contrato que foi adquirido e, sim um
contrato que tenha as mesmas características, é o que chamamos de
intercambialidade dos contratos futuros.
Sendo assim, podemos verificar que o ajuste diário serve para liquidar
diariamente o contrato futuro, pagando ou recebendo a variação das
cotações ocorrida durante o último pregão.
Isto nos mostra que, pelo fato de existir o ajuste diário nos contratos futuros,
o máximo de prejuízo que um agente pode gerar no mercado é aquele
provocado pela variação de preço do ativo em um único dia. Dessa forma, o
27
Na prática, existe a elaboração de uma metodologia específica para o cálculo do ajuste, conforme pode ser visto no
contrato futuro que faz parte do anexo a esse capítulo. Logo, estamos dando o exemplo apenas a título de ilustração para
que os leitores consigam compreender, mais ou menos, o que significa o ajuste diário.
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risco de crédito28 de um contrato futuro passa a ser baixo, pois haverá acerto
todos os dias, haverá uma liquidação diária do contrato.
Você deve estar se perguntando quanto é que deve ser depositado a título de
margem de garantia. Se seria um valor fixo como muitos autores dizem ou um
valor variável.
28
Risco de crédito é o risco que determinado agente incorre de não receber o seu pagamento. Ou seja, o risco de crédito
que um banco incorre é o de não receber de volta os recursos que foram emprestados por ele. Resumindo, é o risco de
“tomar um calote”.
29
A volatilidade de um ativo é uma medição do grau de variação do mesmo ao longo do tempo. Se um ativo é pouco
volátil isso mostra que o mesmo não tem grandes variações em seu preço. Se o mesmo é mais volátil ele apresenta uma
variação muito maior em suas cotações.
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As garantias exigidas pela Bolsa no dia 10/06/2009 para cada posição em
contratos futuros de dólar (contrato de US$ 50.000,00) para cada um dos sete
primeiros vencimentos era de:
Observe que, um agente que desejava garantir a taxa de câmbio para o mês
de julho de 2009, conseguiria comprar (garantir a taxa de câmbio para a
compra efetiva em julho) US$ 50.000,00 pelo preço de R$ 12.209,23 enquanto
que se fosse ao mercado à vista iria ter um dispêndio de, aproximadamente,
R$ 100.000,00.
30
Existem materiais que informam incorretamente que a garantia representa 20% do valor nocional do contrato.
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ANEXO I
LuizLuiz
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Questão 8
Resolução:
Existem alguns critérios para a participação das ações no Índice Bovespa. São
eles:
31
É a representação do título no mercado a vista em termos do número de negócios e volume financeiro. Seu cálculo é
ni v i
feito pela seguinte fórmula : IN = ⋅ , onde ni é o número de negócios com a ação no mercado a vista; N é o
N V
número de negócios no mercado a vista da BOVESPA; vi é o volume financeiro gerado pelos negócios com a ação i no
mercado a vista; V é o volume financeiro total do mercado a vista no IBOVESPA.
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Entretanto, após ingressar no índice, uma ação somente poderá ser retirada
se deixar de preencher, pelo menos, dois dos critérios de inclusão. Cabe
salientar que empresas que estiverem em concordata preventiva, processo
falimentar, situação especial ou, por um longo tempo, suspensas de
negociação, não integrarão o IBOVESPA.
Gabarito: B
Questão 9
Resolução:
GABARITO: C
Questão 10
Resolução:
Lembrem-se que a questão fala sobre Bolsa de Valores e, portanto, não está
perguntando acerca da BM&F e sim da BOVESPA. Entretanto, você já deve
estar com vontade de perguntar a respeito do processo de fusão das duas
Bolsas. Esse processo começou em 2008 e, inicialmente, estava previsto
para durar dois anos. No entanto, ele será ainda mais extenso.
Com a fusão, as bolsas passariam a ter menor custo e poderiam ter uma
percepção maior do risco dos agentes envolvidos em transações nas duas
casas, em conjunto. No entanto, cabe ressaltar que a questão acima foi
aplicada em 2001 e, portanto, antes da abertura de capital na Bolsa.
Dessa forma, essa questão, para a época, estaria errada pois as Bolsas de
Valores não eram e não são instituições financeiras e também, à época,
não possuíam finalidade lucrativa. Atualmente, as Bolsas de Valores possuem
finalidade lucrativa, tendo inclusive participação na Chicago Mercantile
Exchange – CME (que é a maior bolsa de derivativos33 do mundo e fica sediada
em Chicago – EUA).
Gabarito: E
Questão 11
Resolução:
Nesta questão pode existir uma certa controvérsia. Vamos explicar novamente
a diferença entre mercado primário e mercado secundário. Toda operação no
mercado primário é uma captação da empresa, onde ela entrega um novo
título (que pode ser uma ação, uma debênture, entre outros) e recebe os
32
Dado de 2006.
33
A CBOT é a maior bolsa de derivativos agrícolas do mundo e também fica sediada em Chicago.
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recursos pagos pelo investidor na aquisição daquele título. Ou seja, uma
emissão no mercado primário é a emissão de um título novo, um título que
não existia anteriormente.
Por outro lado, uma operação no mercado secundário é aquela que um agente
vende o título que havia adquirido em momento anterior. Esse momento
anterior pode ter ocorrido tanto em uma operação realizada no mercado
secundário quanto uma realizada no mercado primário.
Imaginemos que ela opte pela segunda operação e resolve captar R$ 100
milhões. Ao mesmo tempo, um dos principais acionistas da empresa, para
aproveitar a oportunidade resolve vender uma parcela das ações que detém e
o preço desta parcela é de R$ 50 milhões.
É importante destacar que nem sempre que a empresa vende suas ações
estará fazendo uma operação no mercado primário. Imagine a situação em
que a empresa vê seus títulos caírem muito de preço na Bolsa de Valores. Para
tentar conter essa queda, ela vai até o mercado financeiro e compra ações e
guarda em seu poder. Essas ações, contabilmente, são chamadas de ações
em tesouraria. Depois de um certo tempo, opta por efetuar a venda desses
papéis no mercado. Essa venda ocorre no mercado secundário, pois apesar de
a empresa A ter vendido suas próprias ações, não foram ações “novas”,
como resposta a um aumento do capital social e sim aquelas que foram
adquiridas no passado.
Gabarito: E
Questão 12
Resolução:
34
No Brasil, recentemente, tem-se tentado alterar esse nome para OPA – Oferta Pública de Ações – que é a tradução do
termo em inglês mundialmente utilizado no mercado financeiro.
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entre Bonificação e Split ou Desdobramento. Segundo o dicionário da
BOVESPA:
Sendo assim, a questão está errada, pois as definições apesar de serem bem
próximas não significam a mesma coisa. No caso da bonificação é uma espécie
de “manobra contábil” para transferir reservas para o capital. Enquanto que o
split serve especificamente para aumentar a liquidez de um papel. O split ou
desdobramento é como se você “repartisse” uma ação em vários pedaços e
cada novo pedaço da ação anterior fica sendo uma ação. Sendo assim, o preço
também será igualmente repartido. A operação inversa ao split se chama inplit
ou agrupamento.
Gabarito: E
Questão 13
Resolução:
Gabarito: C
Questão 14
Resolução:
Gabarito: E
GABARITO
13- C 14- E
Pois é galera....Até eu estou cansado depois dessa aula. Ainda bem que
acabou...
César Frade
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Olá pessoal!
Desculpe ter atrasado essa aula por um dia. O outro curso de Conhecimentos
Bancários tem aula na sexta e na minha cabeça essa aula também era para
sexta....
Tanto que ela já estava preparada e quando o pessoal do Ponto ligou, apenas
solicitei que esperassem o almoço para que eu pegasse o arquivo na minha
casa.
1. CONTRATOS DE SWAP
Por fim, vamos tratar do assunto SWAP. Essa assunto poderia/deveria ter sido
tratado na aula de derivativos pois o swap é uma espécie desse contrato. No
entanto, melhor acabar essa parte do curso com uma matéria tão interessante
como derivativo.
Qual o risco que esse exportador estaria correndo? Na verdade, ele corre um
risco de flutuação de preço entre as moedas. Mais especificamente, o
exportador nacional corre o risco de a moeda nacional se valorizar a ponto de
ele não conseguir pagar as despesas incorridas na produção dos bens.
1 2,00
2 2,10
3 2,20
4 2,30
5 2,40
1
Neste exemplo que foi dado, devemos considerar como tranche cada uma das cinco parcelas mensais do contrato. Na
verdade, cada tranche é cada fatia de um determinado acordo.
2
Estamos imaginando que cada tranche será mensal, pois o exportador exportará 10.000 unidades por mês e receberá
US$ 100.000,00 a cada mês, por cinco períodos consecutivos.
3
A taxa de câmbio do swap é a taxa de câmbio que será “combinada” no contrato de swap. Dessa forma, o exportador
estará contraindo a obrigação de vender US$ 100.000,00 pela taxa que consta no contrato.
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Dessa forma, da maneira como o contrato foi colocado acima, o exportador
terá a obrigação de vender US$ 100.000,00 por R$ 2,00 cada no primeiro mês,
por R$ 2,10 no segundo mês e assim sucessivamente.
Suponha que ao final do primeiro mês, quando o exportador receber seus US$
100.000,00, a cotação da moeda norte-americana esteja em R$ 2,30. Dessa
forma, ele é obrigado a vendê-la por R$ 2,00 conforme determinava o
contrato. Inicialmente, você pode estar pensando que ele “se deu mal” ao
fazer esse contrato. No entanto, lembre-se que o exportador não é um
especulador do mercado financeiro e sim um produtor de determinada
mercadoria que é vendida a algum outro país. Logo, o seu interesse é
arrecadar recursos em moeda nacional de forma que consiga obter um lucro,
independentemente da cotação da moeda norte-americana.
Suponha que ao final do segundo mês, quando o exportador receber seus US$
100.000,00 a cotação da moeda norte-americana esteja em R$ 1,70. Dessa
forma, ele venderá seus US$ 100.000,00 por R$ 2,10 cada e portanto,
receberá R$ 210.000,00. Agora você já deve estar pensando que ele fez um
bom negócio, não é mesmo? Mas lembre-se, primeiro, ele quer é produzir o
seu produto e gerar um lucro, segundo, nem sempre se ganha com as
operações.
4
Taxa Referencial. A TR é a taxa utilizada na remuneração da caderneta de poupança, além de operações com FGTS e
alguns empréstimos para aquisição de imóveis.
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ao ano. Você acha que o BANCO está correndo algum risco com essa operação,
sabendo que nos últimos 12 meses a média da TR foi de 1% ao ano?
É claro que o BANCO está correndo um risco, o risco que ele corre é o de a TR
subir. O histórico da TR não mostra o que vai ocorrer no futuro. Apesar de a
TR ter uma média nos últimos 12 meses de 1% ao ano, nada impede que
amanhã ela esteja valendo 10%5.
5
A TR é calculada com base em uma fórmula que a torna dependente da taxa SELIC. Uma alta na taxa SELIC
proporciona um aumento na TR. Se houver uma alta considerável na SELIC ela poderá chegar a valores bastante altos.
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TR 2%
Agente SWAP
Dessa forma, vimos que o swap é feito pelo agentes para reduzir o risco da
operação a qual estão expostos.
2. CAIXA ECONÔMICA
Também podem fazer parte até vinte diretores, indicados pelo presidente da
CAIXA e nomeados pelo conselho de administração.
3. COOPERATIVA DE CRÉDITO
Imagine que exista uma Cooperativa que fosse uma espécie de Cooperativa
mãe que, no final das contas, congregaria várias outras cooperativas afiliadas.
Essa é a Cooperativa Central. Podemos fazer um paralelo entre uma
Confederação e suas Federações afiliadas. Por exemplo, a Confederação
Brasileira de Futebol – CBF é o órgão que se relaciona com a FIFA mas ela
possui várias Federações dos Estados como suas filiadas, estando diretamente
ligadas a ela. É como se a CBF fosse a Cooperativa Central e as Federações
Estaduais fossem as Cooperativas Singulares.
4. COOPERATIVAS CENTRAIS
5. Banco Cooperativo
6. Depósito à vista
Quando o correntista abre a sua conta, ele deverá fornecer uma série de
informações cadastrais para a instituição por meio do preenchimento da ficha-
proposta. A ficha-proposta deverá conter, no mínimo, as seguintes
informações:
7. Depósito a prazo
Este é o tipo de conta onde o depositário somente poderá efetuar o saque após
decorrido um tempo fixado na ocasião do depósito.
RDB é um título similar ao CDB, com a diferença de que não podem ser
alienados. Ou seja, um indivíduo que adquirir um RDB deverá receber seu
recurso apenas no vencimento, não cabendo endosso do mesmo.
8. Letras de Câmbio
Imagine que você foi a uma financeira e contraiu um empréstimo. Após essa
operação, a financeira passou a ter uma espécie de confissão de dívida emitida
por você, concorda? Com isso, ela pode emitir uma letra de câmbio que estaria
lastreada nesse ativo a receber que a financeira tem de você. Podendo,
inclusive, negociar esse título de crédito.
Hoje em dia, temos a maior dificuldade em pensar como eram feitas operações
simples no passado, operações como a cobrança de um condomínio, por
exemplo, pagamento de um IPTU, IPVA.
Nesse aspecto, nossa vida hoje está bem mais tranquila. Atualmente, o
condomínio pode fazer um acordo com uma instituição financeira que poderá
emitir o boleto para o condomínio ou mesmo disponibilizar um aplicativo que
emite o boleto, esse título.
Com isso, a cobrança passa a ser impessoal, pois o condomínio pode enviar
esse título para a casa do morador e este terá a discricionariedade de efetuar o
pagamento ou ficar inadimplente. Caso opte pela inadimplência, tal título não
constará como pago no “extrato” que o condomínio receberá e, no mês
seguinte, o próximo boleto já virá com juros e encargos.
Você pode estar se perguntando o que o Banco está ganhando com isso. Na
verdade, esse é um serviço prestado pelo Banco e por isto ele cobra uma
determinada quantia por cada boleto pago.
Como vantagem para o morador podemos citar o fato de ele poder pagar o seu
boleto em qualquer agência do sistema bancário ou mesmo via internet, poder
agendar o pagamento no sistema bancário. Todas essas vantagens geram
facilidades para o pagador e ele não tem custo adicional nenhum.
De forma análoga à cobrança dos títulos privados, não conseguimos mais nos
vermos entrando em fila para efetuar o pagamento de um determinado tipo de
imposto ou tarifa pública.
Imagine antes da existência desses títulos, como seria possível pagar o seu
IPTU. Provavelmente 6 , as pessoas deveriam se dirigir até a Prefeitura e
solicitar o pagamento do imposto.
6
Digo provavelmente porque também não sei se era feito dessa forma. No entanto, não consigo visualizar outra forma
de pagamento.
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MÓDULO IV – AULA 02
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO IV - PRODUTOS
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Para tal, os agentes públicos pagam uma tarifa para as instituições financeiras.
Essa evolução fez com que um número cada vez maior de transações
pudessem ser efetuadas dada a facilidade para se efetuar pagamento, reduziu
as filas dos Bancos e também o número de empregos oferecidos por esse
setor. No entanto, se de um lado houve uma redução de oferta de emprego
por parte das instituições financeiras, por outro, houve um aumento de
demanda por produtos de tecnologia e também de segurança da tecnologia
empregada.
Não pensem que dinheiro de plástico é referência àquela nota de R$10,00 que
existiu há uns dez anos atrás e que não era possível rasgá-la...
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Questão 5
Questão 7
Questão 8
Questão 9
Questão 10
Questão 11
Questão 12
Questão 14
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Questão 1
Resolução:
Gabarito: B
Questão 2
Resolução:
Essa questão está correta. Além disso, existe uma parcela do depósito à vista
que recentemente foi direcionada para o microcrédito. Isso significa que 2% de
todo o saldo de depósito à vista deve ser destinado a esse ramo. Devemos
ressaltar ainda que existe uma diferença marcante dos bancos comerciais e as
cooperativas de crédito. Apesar das cooperativas poderem captar depósitos à
vista, não há a incidência de compulsório sobre esses depósitos. No entanto,
uma parcela dos recursos captados devem ser enviados ao sistema para
aplicação em títulos públicos e os recursos serão revertidos em prol das
cooperativas.
Questão 3
Resolução:
Por outro lado, as debêntures são títulos emitidos por sociedades anônimas
não financeiras, com o objetivo de captar recursos junto ao público de uma
forma geral.
Gabarito: D
Questão 4
Resolução:
Gabarito: E
Resolução:
Gabarito: Anulada
Questão 6
Resolução:
Gabarito: C
Questão 7
Resolução:
Gabarito: A
Questão 8
Resolução:
Em geral, as operações de swap devem ser registradas mas não contam com
garantias, não tendo portanto, uma contra-parte central. Dessa forma, as
operações que são registradas na CETIP não são garantidas pela instituição.
Cabe ressaltar que a CETIP está promovendo diversas mudanças no seu menu
de produtos, tendo inclusive aberto seu capital na BOVESPA.
Gabarito: A
Resolução:
Essa é uma excelente definição para swap. Vemos que assim como no contrato
futuro, a realização de uma operação de swap faz com que o agente contraia
uma obrigação e nunca um direito. Fique sempre atento a isso.
Gabarito: C
Questão 10
Resolução:
Gabarito: E
Questão 11
Com relação aos swaps sabemos que são contratos derivativos efetuados entre
duas partes para uma troca futura de fluxos de caixa. Esses contratos podem
ser de taxa de juros, onde uma instituição efetua uma troca com outra de taxa
flutuante por taxa fixa ou vice-versa; podem ser de taxa de câmbio, onde uma
instituição efetua a troca de fluxos futuros em diferentes moedas. Por
exemplo, a instituição A possui um passivo em US$ e os ativos em ¥ (yen
japonês), com isso decide efetuar uma troca de dólar por yenes no futuro por
meio de uma operação de swap com outra instituição qualquer que possui
interesse contrário. Esse contrato pode ainda ser de taxa de juros e taxa de
câmbio ao mesmo tempo. Essas operações envolvem risco de crédito e ainda
podem ser realizados com intermediação financeira de bancos. Com isso,
vemos que a resposta seria a letra e.
Gabarito: E
Questão 12
Resolução:
Swaps são contratos estabelecidos entre duas partes onde se combina a troca
de fluxos de caixa futuros. É um contrato com certo grau de padronização,
Além disso, podemos afirmar que tanto os contratos futuros quanto as opções
são contratos padronizados (negociados em pregão) e impessoais uma vez que
não é necessário saber com quem você está negociando, pois a Bolsa passará
a ser a contraparte central da operação, assegurando a sua liquidação.
Gabarito: E
Questão 13
Em geral, as operações de swap devem ser registradas mas não contam com
garantias, não tendo portanto, uma contra-parte central. Dessa forma, as
operações que são registradas na CETIP não são garantidas pela instituição.
Cabe ressaltar que a CETIP está promovendo diversas mudanças no seu menu
de produtos, tendo inclusive aberto seu capital na BOVESPA.
Gabarito: A
Questão 14
Resolução:
Gabarito: D
GABARITO
1- B 2- C 3- D 4- E 5- Anulada
6- C 7- A 8- A 9- C 10- E
Galera,
César Frade
MÓDULO I – AULA 03
CURSO ONLINE – TEORIA E EXERCÍCIOS
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO I - SFN
PROFESSOR CÉSAR FRADE
Olá pessoal!
Agentes que possuem a carteira comercial têm o direito de captar recursos por
meio de depósitos a prazo. De forma análoga, agentes com carteira de
investimento possuem os mesmos direitos. No entanto, o depósito a prazo tem
sua regulamentação própria que serve tanto para agentes detentores de
carteira comercial quanto para os detentores de carteira de investimento.
Já sei que vocês devem estar com dúvida do que seja um depósito à vista. O
depósito à vista é aquele que você coloca em uma instituição e pode sacá-lo a
qualquer momento. Ou seja, aquele recurso colocado em uma conta-corrente
de um banco pode ser livremente movimentável, podendo ser retirado a
qualquer momento. Esse é um depósito à vista.
Por outro lado, os depósitos a prazo são aqueles que precisam de certa
carência para serem retirados. Você efetua o depósito mas não pode efetuar a
retirada a qualquer momento. Existem dois depósitos a prazo que são os
Certificados de Depósitos Bancários – CDB e os Recibos de Depósitos Bancários
– RDB. Essas duas modalidades são utilizadas pelos Bancos para captar
recursos no mercado para aplicar ou emprestar a seus clientes. Logo, quando
você opta por aplicar seu recurso em um CDB, você está emprestando dinheiro
para o Banco emissor do CDB.
Essas instituições podem manter contas que não são movimentáveis por
cheque, não serão cobrados juros. Esses recursos recebidos serão aplicados
em títulos e valores mobiliários e outros ativos financeiros disponíveis no
mercado financeiro e de capitais.
a) V, V, F, F
b) V, V, V, F
c) F, F, V, V
d) V, V, F, V
e) V, F, V, F
Observe que esse tipo de instituição deve ser, necessariamente, pública e não
terá controle nem participação da União. Serão instituições estaduais e
controladas pelos Governos dos Estados, obrigatoriamente. Tal fato já nos
indica que o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
NÃO pode ser classificado como uma instituição deste tipo.
I - depósitos de poupança;
II - letras hipotecárias;
Suas operações ativas são constituídas por títulos da dívida pública, cessão de
direitos creditórios e, principalmente, por operações de arrendamento
mercantil de bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens
imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio do
arrendatário.
O Banco Múltiplo deverá constituir-se com no mínimo duas das cinco carteiras:
• Comercial;
• Investimento ou Desenvolvimento
• Crédito Imobiliário;
• Arrendamento Mercantil; e
• Crédito, Financiamento e Investimento.
Questão 36
(ESAF – BACEN – 2002) – Das opções abaixo, assinale aquela que contém um
participante do sistema financeiro nacional que não pode captar recursos por
meio de depósitos a vista.
Questão 37
Questão 38
Questão 39
Questão 41
Questão 42
QUESTÕES RESOLVIDAS
Questão 35
a) V, V, F, F
b) V, V, V, F
c) F, F, V, V
d) V, V, F, V
e) V, F, V, F
Resolução:
Gabarito: B
Questão 36
(ESAF – BACEN – 2002) – Das opções abaixo, assinale aquela que contém um
participante do sistema financeiro nacional que não pode captar recursos por
meio de depósitos a vista.
Resolução:
Gabarito: E
Questão 37
Essa Resolução já foi revogada, mas seus princípios básicos ainda continuam
valendo.
Dessa forma, para um banco ser considerado múltiplo, a instituição deve ter,
no mínimo, duas das seguintes carteiras: comercial; investimento (privada);
desenvolvimento (pública); crédito, financiamento e investimento; crédito
imobiliário e arrendamento mercantil (leasing).
Gabarito: A
Questão 38
Resolução:
Realmente não é necessário ser proprietário do bem para que possa se tirar
proveito dele. Essa é a idéia básica que está por trás do arrendamento
mercantil.
Gabarito: C
Questão 39
Gabarito: C
Questão 40
Resolução:
1
Quando estou falando de poupança, estou me referindo apenas à poupança com direcionamento para a habitação. Se
quiser fazer referência à poupança com direcionamento rural, mencionarei como Poupança Rural.
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e, sim, pela carteira comercial do Banco. Apenas quatro instituições podem
captar poupança rural : Banco do Brasil, Banco da Amazônia – BASA, Banco do
Nordeste – BNB e os Bancos Cooperativos. Além disso, os bancos comerciais
podem captar poupança de brasileiros que se encontram temporariamente no
exterior, sem que haja a necessidade de ter carteira de crédito imobiliário.
Devemos ressaltar ainda que, conforme pode ser visto pelo item transcrito do
normativo, nem o Conselho Monetário Nacional nem o Banco Central do Brasil
consideram a CEF como um banco. A CEF é uma instituição que possui
características de banco comercial sem sê-lo.
Dessa forma, o item deveria estar falso, mas o CESPE deu como gabarito
correto. A Legislação não ampara a resposta do organizador da prova.
Gabarito: C
Questão 41
Resolução:
Este item está totalmente errado. Os bancos de investimento não estão no rol
das instituições que possuem o direito de captar depósito à vista e nem de
poupança. Fazem captação de depósitos a prazo.
Gabarito: E
Questão 42
Gabarito: C
Bibliografia
Exatamente pela dificuldade de encontrarmos livros adequados, todas as aulas
serão tiradas dos seguintes sites:
www.bcb.gov.br
www.cvm.gov.br
www.planalto.gov.br
www.susep.gov.br
www.previdencia.gov.br
GABARITO
Galera,
Abraços,
César Frade
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO II - MERCADOS
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Olá pessoal!
Alerto vocês para essa aula de hoje. É uma aula muito complicada e cheia de
conceitos importantes e necessários para a perfeita compreensão da aula
subseqüente.
Estou colocando uma aula mais curta para que vocês possam estudar com
bastante afinco e tenham convicção de que estão entendendo os termos que
estão sendo utilizados.
Tentei passar para vocês os mínimos detalhes sobre o assunto e acho que a
aula ficou, apesar de difícil, tranqüila se você ler com muita atenção.
Portanto, não deixem de entender muito bem essa aula, muito bem mesmo.
6. OPÇÕES
1
Esses dados que estarão sendo mostrados nesse item são dados reais e que foram cotados no dia 14/10/2008 às 15:50.
2
No mercado brasileiro, as opções de venda não possuem liquidez e, portanto, praticamente inexistem negócios. Dessa
forma, não é fácil colocarmos dados reais nas operações, pois podem estar distorcidos.
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O exemplo acima é de um contrato de opção de venda, no qual o investidor 4
irá vender e o investidor 3 irá comprar ações da Petrobrás.
3
Existem várias outras classificações mas que nunca foram cobradas em prova, logo, me darei o direito de não entrar no
mérito.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO II - MERCADOS
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Pois é. Para meu espanto, um aluno levanta a mão e diz: “Professor, esse seu
método é horrível!!!”. Imaginem a minha cara...
Falei: “Ótimo. Você por acaso tem algum melhor?”, claro que com toda
educação, mas sacaneando um pouco e meio que rindo, debochando dele.
Quem me conhece ou já teve aula presencial comigo sabe que gosto de
responder a todos os questionamentos, por mais absurdos que sejam e
também tento não ser mal-educado com nenhum dos meus alunos. Com esse,
não fui diferente.
O mais engraçado é que há alguns anos escrevi um pedaço desse texto. Desde
então, em todas as salas que entro para dar essa matéria, a galera pode não
saber nada, mas sabe que a européia é nadata..Ops..faltou o espaço, na data.
Uma opção é considerada com sendo uma opção de compra quando o titular
da opção adquire o direito de comprar do lançador o ativo-subjacente ao
contrato.
4
Estou usando esses dados de 2008 para que vocês tenham noção do papel da volatilidade no preço de uma opção.
Nesse mês, faltando 24 dias úteis para o exercício da opção de compra de PETR4, com o ativo cotado a R$ 25,90, a
opção com preço de exercício R$ 31,71 estava cotada a R$ 0,04. Observem que após dois anos o preço da PETR4,
praticamente, não mudou mas o preço de um opção semelhante despencou. Isso se deve ao fato de a volatilidade ter
caído bastante, ou seja, o mercado tem uma expectativa de oscilação brusca no preço bem menor do que tinha naquele
período do ano de 2008.
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5
O titular deverá desistir do seu direito pois consegue comprar a ação no mercado por R$ 28,00 e caso queira exercer o
seu direito deverá pagar R$ 32,00, mais caro do que vale no mercado.
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Caso ele optasse em não exercer o seu direito, seu prejuízo seria ainda maior,
ou seja, R$ 1,00. Dessa forma, compreendemos que o titular de uma
opção exerce o seu direito mesmo que não venha a ter lucro com a
operação como um todo, mas com o fito de reduzir o seu prejuízo.
Imaginemos que o titular tenha que pagar, no dia da cotação, R$ 1,507 para o
lançador. Pagando esse valor chamado de prêmio, ele passaria a ter o direito
de vender ao lançador, uma ação da Petrobrás pelo preço de R$ 23,00 no dia
17/11/2008, ou seja, 24 dias úteis após a data da coleta do preço.
6
Para ficar mais fácil a compreensão desse contrato, tenha em mente que quando você faz o seguro de um carro você
está pagando um prêmio para a Seguradora para que tenha o direito de vender à Seguradora o seu carro se ocorrer
determinadas condições. Esse seu direito, em geral, tem a validade de um ano. Esse seguro de um carro que acabamos
de descrever é uma opção de venda, na qual você é o titular da mesma e a Seguradora, a lançadora do contrato.
7
Esse valor do prêmio é fictício.
8
A precificação das opções depende do número de dias restantes mas devemos considerar apenas os dias úteis.
9
O titular deverá desistir do seu direito pois consegue vender a ação no mercado por R$ 28,00 e caso queira exercer o
seu direito deverá receber apenas R$ 23,00 pela ação, mais barato do que o preço de mercado.
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.
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Se o preço da ação na data combinada estiver em R$ 19,00, o titular da opção
exercerá o seu direito e, portanto, venderá a ação da Petrobrás por R$ 23,00.
Como o lançador recebeu R$ 1,50 a título de prêmio, não terá condições de
não comprar suas ações, pois terá contraído no recebimento do prêmio, uma
obrigação de comprar caso o titular se interessasse em vender.
Devemos salientar que apesar de o titular ter exercido o seu direito, ele ficará
no prejuízo dado que pagou R$ 1,50 para adquiri-lo. Caso ele optasse em não
exercer o seu direito, seu prejuízo seria ainda maior, ou seja, R$ 1,50. Dessa
forma, compreendemos que o titular de uma opção exerce o seu direito
mesmo que não venha a ter lucro na operação como um todo, mas com o fito
de reduzir o seu prejuízo.
Nas opções de compra, o titular paga um prêmio ao lançador para que ele
tenha o direito de comprar o ativo-subjacente pelo preço de exercício até a
data do exercício da opção.
10
D0 é o dia de hoje e D+1 significa amanhã.
11
Uma operação com opção é feita em um dia e o pagamento é realizado no próximo dia útil.
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titular da opção de compra venha a falir após efetuar o pagamento do prêmio
da opção, ele não geraria nenhum risco adicional para o sistema pois o
máximo que ele pode perder com a operação é o próprio prêmio.
Sendo assim, o máximo prejuízo que o titular de uma opção de compra pode
vir a ter ocorre quando o preço do ativo fica abaixo do preço de exercício e,
portanto, ele perderá a totalidade do prêmio pago, uma vez que não exercerá
o seu direito. Como o prêmio da opção é pago em D0, caso ele venha a falir
após ter feito o pagamento do prêmio ele não irá gerar nenhum risco adicional
ao mercado. Dessa forma, o titular de uma opção de compra não irá
depositar margem de garantia.
Tendo em vista o fato de que o lançador da opção de compra terá prejuízo com
a alta do ativo12 e que o preço máximo que o ativo pode chegar é ilimitado, o
12
É claro que ele tem prejuízo com a alta, mas apenas se o preço ultrapassar o preço de exercício mais o prêmio da
opção.
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lançador está exposto a um risco enorme e sua quebra quando da vigência do
contrato poderá afetar a liquidação do mesmo. Sendo assim, o lançador do
contrato é obrigado a depositar margem de garantia assim que ele
efetua a venda da opção de compra.
Nas opções de venda, o titular paga um prêmio ao lançador para que ele, o
titular, tenha o direito de vender o ativo-subjacente pelo preço de exercício
até a data do exercício da opção.
Observe que se um titular efetuar a compra de uma opção de venda hoje com
n dias úteis para vencer, a liquidação financeira da operação ocorrerá amanhã.
Se, na data de exercício, o preço do ativo estiver abaixo do preço de exercício,
o titular exercerá o seu direito, alienando o bem pelo preço de exercício
determinado em D0. Entretanto, caso o preço do ativo esteja acima do preço
de exercício, o direito do titular não terá interesse em exercer seu direito e,
portanto, não venderá o bem pelo preço combinado. Dessa forma, o resultado
da operação para o titular será um prejuízo igual ao prêmio pago pela
aquisição do direito na data zero.
Sendo assim, o máximo prejuízo que o titular de uma opção de venda pode vir
a ter ocorre quando o preço do ativo fica acima do preço de exercício e,
13
D0 é o dia de hoje e D+1 significa amanhã.
14
Uma operação com opção é feita em um dia e a liquidação financeira (pagamento) é realizada no próximo dia útil, ou
seja, D+1.
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portanto, ele perderá a totalidade do prêmio pago. Como o prêmio da opção é
pago em D0, caso ele venha a falir após ter feito o pagamento do prêmio ele
não irá gerar nenhum risco adicional ao mercado. Dessa forma, o titular de
uma opção de venda não irá depositar margem de garantia.
Tendo em vista o fato de que o lançador da opção de venda terá prejuízo com
a queda do ativo e que o preço mínimo que o ativo pode chegar é zero, o
lançador está exposto a um risco enorme e sua quebra quando da vigência do
contrato poderá afetar a liquidação do mesmo. Sendo assim, o lançador do
contrato é obrigado a depositar margem de garantia assim que ele
efetua a venda da opção de venda.
Observe que seja nas operações envolvendo opções de compra seja naquelas
envolvendo opções de venda, o prejuízo máximo que um titular de opção pode
vir a ter é a perda do prêmio pago quando da aquisição da opção. Isso ocorre
porque ele, titular, adquire um direito e como tal tem a prerrogativa de desistir
do negócio caso tenha interesse. Portanto, o prejuízo máximo que um titular
pode vir a ter ocorre quando ele desiste de exercer o seu direito.
Por outro lado, o lançador da opção está fazendo um negócio em que ele
assume um risco futuro e dessa forma, os lançadores SEMPRE depositarão
margem de garantia.
Imagine a situação em que uma pessoa adquire ações da VALE na bolsa e opta
por fazer um lançamento de opções de compra de VALE. Ou seja, esse agente
adquiriu 1.000 ações da VALE por um determinado preço e, imediatamente
após essa aquisição, alienou o direito de alguém adquirir dele essas 1.000
ações por preço fixado.
Não compreendeu exatamente qual o risco que ele está incorrendo? Vamos lá.
Ele adquiriu, ao vender a opção, uma obrigação de vender 1.000 ações da
VALE por um preço. Independentemente do fato de ele ter ou não essas ações,
caso elas venham a subir e, na data do vencimento, estejam com um preço
maior do que o preço de exercício do contrato, o titular exercerá o seu direito e
o lançador deverá entregar 1.000 ações. Sendo assim, uma alta no preço das
ações pode fazer com que o lançador venha a obter um enorme prejuízo.
15
A liquidação financeira da operação ocorre em D+1 mas em D0 a corretora que movimentou a operação travará os
recursos na conta de seu cliente.
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Consideramos lançamento coberto quando o lançador ao efetuar o depósito de
margem, entregue o ativo objeto do contrato derivativo em questão para ficar
custodiado e bloqueado em garantia.
16
Para entender o macete observe o que está em negrito. COC e VOV têm letras de início e fim iguais, enquanto que
COV e VOC têm letras diferentes.
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Questão 15
Questão 16
Questão 17
Questão 18
Questão 19
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Questão 15
Resolução:
Enquanto isso, o lançador de uma opção de compra tem perda ilimitada pois
ele pode ser obrigado a vender um ativo que vale um valor imenso pelo preço
previamente combinado e, bastante baixo..
Entretanto, caso ele não tenha o ativo em mãos será obrigado a ir até o
mercado financeiro para fazer a aquisição deste. Como o preço está muito caro
ele pode não ter recursos suficientes para a aquisição e, portanto, inadimplir o
contrato.
Gabarito: C
Questão 16
Resolução:
As opções exóticas não possuem baixo custo. São opção um tanto quanto
diferentes e moldadas conforme a necessidade do agente. Dessa forma, ela
não possuirá um mercado secundário, devendo ter o seu custo aumentado.
Gabarito: E
Questão 17
Resolução:
Isto porque quando o titular adquire uma opção de compra ele passa a ter o
direito de comprar o ativo pelo preço de exercício. Logo, o titular deverá pagar
um valor para comprar a ação por R$60,00.
Se ele pagar R$40,00 para ter o direito de comprar por R$60,00 algo que vale
R$100,00 não auferirá nenhum lucro sem risco. Se o exercício não for ocorrer
imediatamente, com certeza o preço deverá ser superior a R$40,00 pois ainda
estará presente uma parcela de risco.
Gabarito: A
Questão 18
17
Essa solução foi desenvolvida para lecionar na turma do BACEN 2009.
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Resolução:
Ele exercerá o seu direito se o preço do ativo X na data de exercício for inferior
a R$120,00.
Com isso, fica mais fácil concluir que o preço do derivativo estará cotado entre
R$50,00 e R$52,00, caso não exista possibilidade de arbitragem. Podemos
afirmar que o limite é R$52,00 porque o tempo foi reduzido e a probabilidade
aumentada, logo, o risco caiu.
Portanto, o titular que comprou a opção de venda, caso opte por aliená-la terá
um ganho superior a 100%.
18
Essa foi uma solução que desenvolvi em um curso no ano passado e repasso as duas para vocês com o objetivo de
convencê-los.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO II - MERCADOS
PROFESSORES CÉSAR FRADE E DICLER FERREIRA
A questão está informando sobre a negociação de uma opção de venda com
preço de exercício igual a R$ 120,00. Um titular de uma opção de venda tem o
direito de vender o ativo-subjacente na ou até a data de exercício pelo preço
de exercício. Só faz sentido o titular exercer o seu direito e vender por R$
120,00 o ativo se o preço desse ativo no mercado for inferior a R$ 120,00.
Portanto, ocorre o exercício da opção de venda se o preço do ativo na data de
exercício estiver abaixo do preço de exercício.
Dessa forma, quando o preço do ativo cair para R$ 70,00, terá havido um
aumento da probabilidade de exercício e o valor implícito da opção com preço
de exercício igual a R$ 120,00 passará a ser R$ 50,00.
Gabarito: A
Questão 19
Resolução:
Observe que a questão diz que o titular da opção de compra tem o direito de
comprar o ativo por R$100,00 até a data de exercício. Dessa forma, a opção é
do tipo americana uma vez que pode ser exercida até a data do exercício.
Essa opção tem preço de exercício igual a R$100,00, pois este é o valor pelo
qual o titular da opção de compra tem o direito de adquirir o ativo.
Não temos como falar qual o preço da opção de venda e nem da volatilidade
do ativo com os dados do exercício.
Gabarito: C
Questão 20
Resolução:
Gabarito: C
GABARITO
20- C
E aí pessoal,
Gostaram da aula? O assunto é muito, mas muito legal mesmo. Acho esse
assunto o mais interessante. Agora, não vá brincar com isso pois o tombo pode
ser muito maior do que você pensa.
César Frade
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br
Olá pessoal!
A operação de crédito nos mais diversos países é uma das formas mais
importantes de alavancar a economia. Na verdade, quando o crédito se torna
abundante e barato, as pessoas tendem a aumentar o nível de consumo e,
consequentemente, provocar mais crescimento do País e também o nível de
emprego.
Como toda ação tem dois lados, em geral, um lado bom e outro ruim, devemos
esclarecer o lado ruim do aumento do nível de crédito. Esse aumento pode
fazer com q u e as pessoas comecem a gastar além do que elas têm
condição de pagar no longo prazo e com o passar do tempo, o nível de
inadimplência tenderá a aumentar. No entanto, uma população acostumada
com taxas de juros altas e desemprego, acaba por aumentar a demanda
devido ao grande período sem poder adquirir os bens desejados, ou seja,
devido à grande demanda reprimida.
Para que todos possam ter uma noção, em 2010, vários países desenvolvidos
(podemos citar, Reino Unido, Canadá, Japão, Estados Unidos e França) tinham
uma relação d e operações de crédito PIB maior do que 100%. Isso significa
que se somarmos todas as operações de crédito1 das pessoas físicas e
jurídicas de um País, esse valor seria maior do que a soma de todos os bens
produzidos naquele País, ou seja, o PIB.
1
Nesse caso, estão sendo computados todos os créditos já concedidos e ainda não liquidados (soma dos
saldos devedores) das operações de pessoas físicas e jurídicas.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO IV - PRODUTOS
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15. Conceitos de Corporate Finance
Corporate Finance é uma área das instituições financeiras (em geral, dos
bancos de investimentos) que cuida dos interesses corporativos das
empresas de uma forma geral, com o objetivo de proporcionar mais
eficiência e alavancagem do negócio.
No caso da fusão entre BMF & BOVESPA houve uma grande sinergia,
principalmente, com a união dos sistemas de gerenciamentos de risco das
bolsas e, portanto, o barateamento das operações para seus clientes. Tal fato
pode fazer com que haja um aumento substancial dos interessados em operar
no Brasil e, consequentemente, aumento no lucro da instituição.
Enquanto existia a CPMF, esse instrumento era menos utilizado pois o tributo
aumentava o custo desse tipo de empréstimo. Com o fim da CPMF, ele voltou a
ser mais utilizado.
O prazo médio dessa operação, segundo dados divulgados pelo Banco Central,
gira em torno de 20 dias. Apesar de alguns autores falarem em “operações de
curtíssimo prazo e com prazo de até 10 dias”, a classificação segundo
normativo oficial fala em 29 dias e o prazo médio há alguns anos ultrapassou
os 10 dias.
Imagine que uma empresa A fez a venda de um bem para uma empresa B. O
pagamento deverá ocorrer em um momento futuro. Logo, a empresa A pode
emitir uma duplicata contra a empresa B no valor relativo à dívida. Caso a
empresa A necessite dos recursos poderá ir a uma instituição financeira e
solicitar o adiantamento destes. Para isso, fará um desconto da duplicata,
recebendo um valor inferior ao valor da face e entregando como garantia a
duplicata emitida contra a empresa B.
O prazo médio do desconto de duplicata tem caído ao longo dos anos e está
em torno de 50 dias. A queda desse prazo médio pode indicar que a
capacidade financeira das empresas está melhor.
Observe que enquanto o hot money é caracterizado como sendo uma operação
simplificada, o financiamento de capital de giro, apesar de ter a mesma
utilização, possui a necessidade de contrato específico e tem um prazo superior
a 30 dias.
Existem dois tipos de caderneta de poupança, uma que visa arrecadar recursos
que serão destinados ao financiamento e construção da casa própria,
principalmente, pertencentes ao Sistema Financeiro da Habitação e o segundo
tipo visa arrecadar recursos com o objetivo de auxiliar no crédito rural.
2
Com o intuito de apresentar a matéria antes e poder ajudar vocês a anteciparem os estudos, estou colocando nessa
aula alguns conceitos que deveriam estar na última aula.
3
Essas definições valem para a poupança imobiliária apesar de o montante da poupança agrícola ser o mesmo.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO IV - PRODUTOS
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Caso as instituições não estejam enquadradas nestes 65% determinados pelo
CMN, elas deverão recolher os recursos a uma taxa punitiva. Essa taxa varia
com o período, mas já foi de 80% da TR e também TR + 6%a.a., ou seja,
neste último caso idêntico ao “funding”.
Depósitos efetuados nos dias 29, 30 e 31 terão como data de aniversário o dia
1º de cada mês.
O valor máximo garantido pelo FGC, por instituição, era de R$ 20.000,00 por
depositante ou aplicador, independentemente do valor total e da distribuição
em diferentes formas de depósito e aplicação. Esse valor passou para R$
60.000,00 e, atualmente, está em R$70.000,00.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Questão 15
Questão 16
Questão 17
Questão 18
Questão 19
Questão 21
Questão 22
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Questão 15
Resolução:
Esta questão está correta pois não é necessário ser proprietário do bem para
que dele possa se tirar proveito. Essa é a idéia básica que está por trás do
arrendamento mercantil.
“Arrendadora:
1) Pessoa que dá bens em arrendamento;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO IV - PRODUTOS
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2) sociedades de arrendamento mercantil e carteiras de
arrendamento mercantil de bancos múltiplos;
Cumpre a estas empresas adquirir o bem para o uso do arrendatário
Seu funcionamento é autorizado e fiscalizado pelo Banco Central.
Arrendatário:
Pessoa física ou jurídica que arrenda bens da arrendadora, na
operação de arrendamento mercantil.”
Gabarito: C
Questão 16
Resolução:
Existem dois tipos de caderneta de poupança, uma que visa arrecadar recursos
que serão destinados ao financiamento e construção da casa própria,
principalmente, pertencentes ao Sistema Financeiro da Habitação e o segundo
tipo visa arrecadar recursos com o objetivo de auxiliar no crédito rural.
Depósitos efetuados nos dias 29, 30 e 31 terão como data de aniversário o dia
1º de cada mês.
Questão 17
Resolução:
Gabarito: A
Questão 18
Resolução:
Sendo assim, podemos ver que os seus Certificados que são títulos
representativos de CCBs podem ser negociados no mercado secundário.
E o gabarito é a letra E.
Gabarito: E
Questão 19
Resolução:
O valor máximo garantido pelo FGC, por instituição, era de R$ 20.000,00 por
depositante ou aplicador, independentemente do valor total e da distribuição
em diferentes formas de depósito e aplicação. Posteriormente, esse valor
passou para R$ 60.000,00. Entretanto, desde o final de 2010, esse valor
passou a ser de R$70.000,00.
Gabarito: B
Questão 20
Resolução:
Se uma empresa detém um título e opta por fazer uma operação de desconto
de duplicata, basta ir a um Banco e solicitar a antecipação desse recurso. A
duplicata será entregue ao Banco a título de garantia, sendo que o risco da
operação de crédito ficará por conta da empresa. Caso o devedor não efetue o
pagamento, a empresa que efetuou a antecipação é que deverá pagar o
empréstimo.
Por outro lado, se o mesmo título for descontado em uma “factoring”, não
estará havendo uma antecipação dos recursos mas sim uma alienação.
Gabarito: C
Questão 21
Resolução:
Gabarito: D
Questão 22
Resolução:
Gabarito: E
GABARITO
Galera,
César Frade
MÓDULO I – AULA 04
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO I - SFN
PROFESSOR CÉSAR FRADE
Olá pessoal!
Questão 43
Questão 45
Questão 46
Questão 47
Questão 48
Questão 49
Questão 50
Questão 51
Questão 52
Questão 53
Questão 55
QUESTÕES RESOLVIDAS
Questão 43
Resolução:
Gabarito: E
Questão 44
Não é necessário ser proprietário do bem para que dele possa se tirar proveito.
Essa é a idéia básica que está por trás do arrendamento mercantil.
Gabarito: C
Questão 45
Resolução:
Caso ocorram empréstimos, eles devem sempre ser efetuados aos seus
cooperados.
Gabarito: E
Questão 46
Resolução:
Gabarito: C
Questão 47
Resolução:
Gabarito: E
Questão 48
Resolução:
A liquidação das operações ocorre em D+2 como regra geral, mas também
algumas das operações são liquidadas em D0 e outras em D+1.
Gabarito: E
Questão 49
Resolução:
Gabarito: C
Questão 50
Resolução:
Gabarito: C
Questão 51
Resolução:
Gabarito: D
Questão 52
Resolução:
“Art. 52. Até que sejam fixadas as condições do art. 192, são
vedados:
Gabarito: C
Questão 53
Resolução:
Gabarito: E
Questão 54
Resolução:
Imagine que uma determinada pessoa irá comprar um carro. Ele pode ir a uma
concessionária e adquirir um carro novo, zero km. Fazendo isso, ele estará
adquirindo um bem que está sendo negociado pela primeira vez, um bem
novo.
Nesse caso, como ele será o primeiro dono do veículo e os recursos a serem
pagos serão enviados ao “produtor/emissor” do bem, essa aquisição está
sendo feita no mercado primário.
Quando essa pessoa for vender esse carro, essa operação será feita no
mercado secundário e os recursos provenientes dessa alienação serão
enviados para o antigo proprietário do carro.
Gabarito: D
Questão 55
Resolução:
“ DECISÃO-CONJUNTA Nº
17
Autoriza as sociedades
distribuidoras de títulos e
valores mobiliários a operar
diretamente nos ambientes e
sistemas de negociação dos
mercados organizados de bolsa
de valores.
Gabarito: C
Questão 56
Resolução:
Um fator que os diferencia dos bancos de investimento é que estes não captam
depósito à vista mas captam depósitos a prazo. Além disso, o normativo diz
que tanto os bancos de investimento quanto os bancos de desenvolvimento
fazem financiamentos de médio e longo prazos.
Gabarito: A
Bibliografia
Exatamente pela dificuldade de encontrarmos livros adequados, todas as aulas
serão tiradas dos seguintes sites:
www.bcb.gov.br
www.cvm.gov.br
www.planalto.gov.br
www.susep.gov.br
www.previdencia.gov.br
GABARITO
Galera,
Acabamos nossa aula de SFN. Espero que tenham gostado...Essas aulas não
são nada simples nem de fazer nem de estudar....
Abraços,
César Frade
MÓDULO II – AULA 04
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Olá pessoal!
Alerto vocês para essa aula de hoje. É uma aula muito complicada e cheia de
conceitos importantes e necessários para a perfeita compreensão da aula
subseqüente.
Aproveito para antecipar a primeira aula do módulo IV pois assim vocês podem
ir adiantando os estudos.
A Lei define que uma sociedade anônima terá o seu capital dividido em ações,
seja ela uma companhia aberta ou fechada. O artigo 10 da Lei 6.404/76 define
que:
Esta mesma Lei define uma companhia aberta e uma companhia fechada.
1
Estou optando por colocar alguns conceitos que estão no dicionário da BOVESPA porque se por acaso cair alguma
questão da Lei que você não teve a oportunidade de ler, esses conceitos podem dar uma dica tendo em vista o fato de
que são um resumo do que há de mais importante.
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Nota: companhias abertas existentes antes da edição da lei
10.303/2001 podem ter seu capital social com até dois terços de
ações preferenciais.”
8. Debêntures
As debêntures são títulos que podem ser emitidos pelas companhias abertas
não financeiras e estão regulamentados na Lei 6.404/76.
Após a sua emissão, elas podem ser negociadas no pregão da BOVESPA como
se fossem ações.
2
Me reservei o direito de não copiar os artigos na íntegra e saltar alguns deles, os quais julgava ser de
menor importância.
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Art. 62. Nenhuma emissão de debêntures será feita sem que tenham
sido satisfeitos os seguintes requisitos:
10. Underwriting
Esses agentes especializados no mercado financeiro irão fazer com que haja
uma adequação da empresa às normas da CVM e auxiliar na distribuição dos
valores mobiliários quando do seu lançamento. Essa organização e auxílio da
operação é que é a subscrição da operação. Enquanto isso, os agentes são
chamados de subscritores (“underwriter”).
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Essas operações podem ser feitas das mais diversas formas. Uma operação de
underwriting pode ser do tipo firme, melhores esforços ou stand-by.
Quando você vai a um mercado e verifica que a batata está custando R$2,00,
o que aquilo significa? Significa que um quilo de batata pode ser trocado por
R$2,00, concorda?
11.4. SISCOMEX
Questão 21
Questão 22
a) possui mais de dois acionistas e o seu capital social está dividido em ações
ordinárias e preferenciais;
b) os valores mobiliários de sua emissão estejam admitidos à negociação no
mercado de valores mobiliários;
c) publica seus atos societários e demonstrativos financeiros em jornal de
grande circulação;
d) possui uma carteira de investimento diversificada em valores mobiliários;
e) do seu quadro societário podem participar acionistas estrangeiros.
Questão 23
Questão 24
(NCE – CVM – Agente – 2005) – Considerando-se uma empresa regida pela Lei
6404/76 e alterações posteriores, analise as afirmativas a seguir:
I – As ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferenciais da
companhia aberta e fechada podem ser apenas de uma única classe.
II – Uma companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de
sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores
mobiliários.
III – O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a
restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 70% (setenta por
cento) do total das ações emitidas.
Questão 25
Questão 26
Questão 27
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Questão 21
Resolução:
Observe que a grande maioria das questões acerca da Lei 6.404/76 trazem a
literalidade da lei. Eu sei que a Lei não é pequena, na verdade, ela é enorme,
mas uma leitura “na diagonal” pode ser algo interessante.
Muitas vezes de nada adiantará eu ficar aqui descrevendo alguns itens acerca
da Lei pois existem 300 artigos nela. O examinador pode escolher uma de
forma aleatória e colocar na prova. É claro que existem alguns mais
importantes e com a aula irei repassando a vocês.
Essa questão nada mais é do que o artigo 1 da Lei, conforme exposto abaixo:
Gabarito: C
Questão 22
a) possui mais de dois acionistas e o seu capital social está dividido em ações
ordinárias e preferenciais;
b) os valores mobiliários de sua emissão estejam admitidos à negociação no
mercado de valores mobiliários;
c) publica seus atos societários e demonstrativos financeiros em jornal de
grande circulação;
d) possui uma carteira de investimento diversificada em valores mobiliários;
e) do seu quadro societário podem participar acionistas estrangeiros.
Resolução:
E para que seja feita uma distribuição pública, ou seja, para que as ações ou
qualquer outro valor mobiliário de emissão de uma companhia aberta seja
vendido ao público, há a necessidade de registro prévio na CVM.
3
Estou optando por colocar alguns conceitos que estão no dicionário da BOVESPA porque se por acaso cair alguma
questão da Lei que você não teve a oportunidade de ler, esses conceitos podem dar uma dica tendo em vista o fato de
que são um resumo do que há de mais importante.
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possam influir de modo ponderável na decisão de comprar ou
vender ações, por parte de investidores.
Concluímos, diante de tudo que foi exposto acima, que o gabarito é a letra B.
Gabarito: B
Questão 23
Resolução:
Gabarito: D
Questão 24
(NCE – CVM – Agente – 2005) – Considerando-se uma empresa regida pela Lei
6404/76 e alterações posteriores, analise as afirmativas a seguir:
I – As ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferenciais da
companhia aberta e fechada podem ser apenas de uma única classe.
II – Uma companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de
sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores
mobiliários.
III – O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a
restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar 70% (setenta por
cento) do total das ações emitidas.
Resolução:
Essa questão “parece” que está com seus itens retirados da Lei. É claro que
com a Lei do lado fica simples encontrar o que é verdadeiro e o que é falso.
Vamos lá, prosseguir em nossas análises.
As fechadas são aquelas cujos valores mobiliários não podem ser negociados
no mercado de valores mobiliários. Importante frisar que somente valores
mobiliários registrados na CVM podem ser negociados no mercado de valores
mobiliários. Abaixo, fragmento da Lei que versa a esse respeito.
Vamos tentar entender o que o item III nos diz. O parágrafo 2º do artigo 15 da
Lei 6.404/76, transcrito acima, diz que:
Dessa forma, se pensarmos no texto literal e é isso que acho que vocês
deveriam fazer, marcaríamos o item III como sendo falso, pois o correto é que
o número de ações preferenciais não pode ultrapassar o valor de 50% do total
das ações emitidas. Enquanto a questão fala que não pode ultrapassar o valor
de 70%.
Como tenho um viés matemático e de raciocínio lógico, não posso admitir que
a questão III esteja errada. Porque algo que não pode ultrapassar 50%
também não pode ultrapassar nada além de 50%, logo, não pode ultrapassar
70%. Estão me entendendo?
Se eu falo que um goleiro de futebol do meu time não pode ser aceito na
“peneira” se for menor do que 1,80m, ele também não poderia ser aceito se
fosse menor que 1,70m. Ententeram? Qualquer subconjunto que for
escolhido nos limites excluídos, também deverá ser excluído. Logo, há espaço
para uma discussão enorme nesse item.
Podem falar o que quiser, sei que muitos não vão concordar com meus
argumentos e outros não irão concordar com a minha decisão de marcar a
letra B, mas apesar de a questão levar a uma discussão imensa (que espero
que não precisemos fazê-la no fórum, pois deixei claras as duas posições
possíveis), DUVIDO que qualquer banca examinadora anularia a questão pelos
motivos que coloquei.
DUVIDO também que uma banca como a ESAF ou o CESPE deixem passar na
prova uma questão como essa. Acho que eles, nunca levariam tal questão que
poderia ser facilmente questionada, em relação à sua lógica, para a prova.
Gabarito: B ou E
Questão 25
Resolução:
Gabarito: C
Questão 26
Resolução:
As debêntures são títulos que podem ser emitidos por companhias abertas
desde que não sejam instituições financeiras. Há uma pressão grande por
parte das instituições financeiras para que elas passem a poder emitir
debêntures e dessa forma, consigam alongar suas dívidas. Atualmente, elas
emitem Certificado de Depósito Bancário – CDB para captação de recursos,
mas os prazos utilizados no mercado são bem menores que aqueles que
poderiam ser conseguidos com as debêntures.
Gabarito: B
Questão 27
4
Me reservei o direito de não copiar os artigos na íntegra e saltar alguns deles, os quais julgava ser de
menor importância.
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d) podem ser emitidas pelo prazo máximo de 360 dias.
e) têm as suas garantias, se houver, especificadas na escritura de emissão.
Resolução:
Gabarito: E
GABARITO
26- B 27- E
E aí pessoal,
César Frade
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br
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Olá pessoal!
Por isso, temos uma divisão no crédito rural entre recursos obrigatórios, nos
quais os Bancos são obrigados a efetuar o seu direcionamento e recursos
livres, em que os Bancos optam por efetuar os empréstimos.
Muitas vezes, os valores envolvidos nos contratos de seguro são tão altos que
mesmo o resseguro necessita de cobertura. Nesse caso, a pulverização de
risco é feita entre resseguradoras internacionais recebendo o nome de
retrocessão. Quanto maior o valor do contrato, maior a necessidade de
envolvimento de um grupo maior de empresas. Por isso, podemos dizer que o
resseguro é uma das atividades econômicas que há mais tempo pratica a
globalização.
Dizemos que uma entidade é de Previdência Privada Fechada quando ela está
restrita a determinadas pessoas que possuem certas características. Ou seja,
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MÓDULO IV – AULA 04
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quando as pessoas que podem ingressar e participar desses planos são
funcionários de uma determinada empresa que nesse caso chamamos de
patrocinadora ou filiados a uma determinada instituição que chamamos de
instituidora. Por exemplo, a VALIA é o fundo de pensão da Vale (antiga Cia
Vale do Rio Doce S.A.) e apenas pessoas ligadas à VALE tem o direito (elas
possuem direito e não obrigação) de participar desse fundo de previdência
privada fechado1. Nesse caso, chamamos a Vale S.A. de patrocinadora, uma
vez que seu funcionário efetuará o pagamento de uma parcela mensal e a
empresa complementará os recursos com vistas à aposentadoria.
Por outro lado, se a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil instituir um plano
para seus associados, a OAB não irá ajudar os participantes nas contribuições
mas a participação estará restrita a seus sócios. Nesse caso, dizemos que a
OAB é a instituidora do plano de previdência. A todos os seus sócios serão
oferecidas as vantagens de participar desse plano de previdência. Já sei que
uma pergunta que vocês devem estar se fazendo é porque alguém iria
ingressar em um plano como esse se a empresa não irá contribuir com
nenhum tipo de recurso. Na verdade, a OAB por ser uma instituição com
inúmeros associados conseguiria negociar taxas de administração bem mais
atrativas do que os seus associados individualmente e assim, a instituidora
poderia contribuir com os associados ao criar um plano dessa envergadura.
1
Fundo de Previdência Privado Fechado é o mesmo que Fundo de Pensão. A atual legislação fala em Entidade Fechada
de Previdência Complementar e no passado ela se referia como Fundo de Pensão.
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MÓDULO IV – AULA 04
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO IV - PRODUTOS
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A todo pretendente será disponibilizado e a todo participante entregue, quando
de sua inscrição no plano de benefícios:
Compete ao órgão regulador, entre outras atribuições que lhe forem conferidas
por lei, estabelecer:
O plano coletivo poderá ser contratado por uma ou várias pessoas jurídicas. O
vínculo indireto dos planos coletivos refere-se aos casos em que uma entidade
representativa de pessoas jurídicas contrate plano previdenciário coletivo para
grupos de pessoas físicas vinculadas a suas filiadas. Esses grupos de pessoas
poderão ser constituídos por uma ou mais categorias específicas de
empregados de um mesmo empregador, podendo abranger empresas
coligadas, controladas ou subsidiárias, e por membros de associações
legalmente constituídas, de caráter profissional ou classista, e seus cônjuges
ou companheiros e dependentes econômicos. A implantação de um plano
coletivo será celebrada mediante contrato, na forma,nos critérios, nas
condições e nos requisitos mínimos a serem estabelecidos pelo órgão
regulador.
Regra geral, nesta fase, o poupador não faz novas acumulações, embora
continue se beneficiando do rendimento sobre o capital acumulado.
Naturalmente, o valor dos benefícios deve ter uma relação de proporção com o
capital acumulado. Quanto maior o capital, maior será o benefício.
Sendo assim, o VGBL torna-se um produto ideal para as pessoas que atuam na
economia informal, que estão isentas do Imposto de Renda ou que efetuam a
Declaração de Ajuste Anual de forma simplificada pois elas não podem contar
com a vantagem fiscal do PGBL e dos planos de previdência em geral.
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MÓDULO IV – AULA 04
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO IV - PRODUTOS
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A renda mensal vitalícia com prazo mínimo garantido consiste em uma renda
paga vitaliciamente ao Participante a partir da data da concessão do benefício.
Existe ainda uma garantia que é dada aos beneficiários. No momento da
inscrição, o Participante escolherá um prazo mínimo de garantia que será
indicado na Proposta de Inscrição. O prazo mínimo da garantia é contado a
partir da data do início do recebimento do benefício pelo Participante. Se
durante o período de percepção do benefício ocorrer o falecimento do
participante, antes de ter completado o prazo mínimo de garantia escolhido, o
benefício será pago aos beneficiários conforme os percentuais indicados na
Proposta de Inscrição, pelo período restante do prazo mínimo de garantia. No
caso de falecimento do participante, após o prazo mínimo garantido escolhido,
o Benefício ficará automaticamente cancelado sem que seja devida qualquer
devolução, indenização ou compensação de qualquer espécie ou natureza aos
beneficiários. No caso de um dos Beneficiários falecer antes de ter sido
completado o prazo mínimo de garantia, o valor da renda será rateado entre
os beneficiários remanescentes até o vencimento do prazo mínimo garantido.
Não havendo qualquer beneficiário remanescente, a renda será paga aos
sucessores legítimos do Participante, pelo prazo restante da garantia.
Para os planos PGBL aprovados após 26/08/2002, além das modalidades acima
mencionadas foi acrescida mais uma opção, a renda mensal vitalícia reversível
ao cônjuge com continuidade aos menores que consiste em uma renda paga
vitaliciamente ao participante a partir da data de concessão do benefício
escolhida. Ocorrendo o falecimento do participante, durante a percepção desta
renda, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição será
revertido vitaliciamente ao cônjuge e na falta deste, reversível
temporariamente ao(s) menor(es) até que completem uma idade para
Para que uma pessoa seja um corretor é necessário que tenha prestado o
Exame Nacional de Corretor de Seguros. Após a aprovação no exame ou no
curso específico e o recebimento do certificado, o interessado deverá entregar
determinados documentos em seu estado que, após analisados pela Federação
Nacional dos Corretores – FENACOR – será submetido à aprovação da SUSEP.
Posteriormente a SUSEP efetuará a checagem dos processos remetidos pela
FENACOR e, no caso de não haver pendências, a SUSEP emitirá a Carteira de
Habilitação do Corretor.
A SUSEP define título de capitalização como sendo uma aplicação pela qual o
Subscritor constitui um capital, segundo cláusulas e regras aprovadas e
mencionadas no próprio título (Condições Gerais do Título) e que será pago em
moeda corrente num prazo máximo estabelecido. O título de capitalização só
pode ser comercializado pelas Sociedades de Capitalização devidamente
autorizadas a funcionar. Eles são considerados, para todos os fins legais,
títulos de crédito.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Questão 23
Questão 24
Questão 25
Questão 26
Questão 27
Questão 28
Questão 29
Questão 30
a) o CDB.
b) o VGBL.
c) o Fundo de Investimento Referenciado DI.
d) a Caderneta de Poupança.
e) o PGBL.
Questão 31
a) o CDB.
b) a Caderneta de Poupança.
c) o Fundo de Renda Fixa.
d) o Título de Capitalização.
e) a Letra Hipotecária.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Questão 23
Resolução:
Portanto, o BNDES é uma empresa pública, ou seja, tem 100% de suas ações
pertencentes ao Governo Federal. Importante destacar também que o BNDES
é um Banco mas não é um Banco de Desenvolvimento, pois é federal e os
Bancos de Desenvolvimento são privativos de Estados. Em geral, classificamos
o BNDES como Agente Especial.
Gabarito: B
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO IV - PRODUTOS
PROFESSORES CÉSAR FRADE E DICLER FERREIRA
Questão 24
Resolução:
Gabarito: D
Questão 25
Resolução:
Gabarito: E
Questão 26
Resolução:
O item II é verdadeiro.
Está correto o item IV. Fato semelhante ocorre com os Bancos que também
não podem ter sua falência decretada, podendo ser liquidados após
intervenção do Banco Central.
Gabarito: D
Questão 27
Resolução:
Gabarito: E
Questão 28
Resolução:
Gabarito: C
Questão 29
Resolução:
Gabarito: C
Questão 30
a) o CDB.
b) o VGBL.
c) o Fundo de Investimento Referenciado DI.
d) a Caderneta de Poupança.
e) o PGBL.
Resolução:
Regra geral, nesta fase, o poupador não faz novas acumulações, embora
continue se beneficiando do rendimento sobre o capital acumulado.
Naturalmente, o valor dos benefícios deve ter uma relação de proporção com o
capital acumulado. Quanto maior o capital, maior o benefício
Gabarito: E
Questão 31
a) o CDB.
b) a Caderneta de Poupança.
c) o Fundo de Renda Fixa.
d) o Título de Capitalização.
e) a Letra Hipotecária.
Resolução:
Gabarito: D
GABARITO
Galera,
César Frade
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO I - SFN
PROFESSOR CÉSAR FRADE
Olá pessoal!
O antigo sistema foi criado com a motivação de lidar com as altas taxas de
inflação e, portanto, seu objetivo primordial era dar velocidade no
processamento das operações.
32.1. CETIP
Criada por demanda do mercado financeiro, a CETIP foi instituída pelo voto do
Conselho Monetário Nacional nº 188, de 1984, passando a operar em março de
1986.
Derivativos de Balcão
BOX de Duas Pontas
Contrato a Termo de Moeda
Contrato a Termo de Moeda (NDF – Non Deliverable Forward)
Contrato de Opção de Venda da Companhia Nacional de Abastecimento
(CONAB)
Contratos de Swap
Opções Flexíveis de Ações e Índices
Opções Flexíveis sobre Taxa de Câmbio
Renda Fixa com BOX
Swap com Reset
Swap de Crédito
Swap de Fluxo de Caixa
Termo de Índice DI
Termo de Mercadoria
32.2. SELIC
Importante ressaltar que o Banco Central do Brasil não pode emitir mais títulos
desde a Lei de Responsabilidade Fiscal. Portanto, os títulos do Banco Central do
Brasil custodiados no sistema SELIC são títulos antigos e emitidos antes dessa
proibição.
O sistema, que é gerido pelo Banco Central do Brasil e é por ele operado em
parceria com a Anbima, tem seus centros operacionais (centro principal e
centro de contingência) localizados na cidade do Rio de Janeiro. O horário
normal de funcionamento segue o do STR, das 6h30 às 18h30, em todos os
dias considerados úteis para o sistema financeiro. Para comandar operações,
os participantes liquidantes e os participantes responsáveis por sistemas de
compensação e de liquidação encaminham mensagens por intermédio da
RSFN, observando padrões e procedimentos previstos em manuais específicos
da rede. Os demais participantes utilizam outras redes, conforme
procedimentos previstos no regulamento do sistema.
32.3. CIP
32.3.1. SITRAF
32.3.2. SILOC
32.7. CBLC
Entretanto, após a fusão da BOVESPA com a BM&F, ela deixou de ser uma
subsidiária e passou a ser “apenas” o sistema de liquidação dos produtos
transacionados na BOVESPA.
32.8. COMPE
32.9. STR
1
Risco de Crédito é o risco de não receber o recurso, o risco de “tomar o calote”.
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Esse acordo propôs que os bancos poderiam efetuar até 100 unidades
monetárias em operações de crédito para cada 8 unidades de capital próprio.
No Brasil, essa proporção foi alterada e para cada 100 unidades monetárias em
operações de crédito, há a necessidade de 11 de capital próprio.
O Acordo de Basiléia II foi firmado em 2004 e está sob três pilares e vinte e
cinco princípios.
• requerimento de capital;
• supervisão; e
• transparência e disciplina de mercado.
Licenciamento e estrutura
15. os supervisores bancários precisam dar ordens para que os bancos tenham
políticas, práticas e procedimentos adequados, inclusive regras escritas tipo
“conheça o seu cliente”, que promovem padrões éticos e profissionais no setor
financeiro e evitam que os bancos sejam utilizados, intencional ou não
intencionalmente, por pessoas criminosas.
Requisições de Informação
21. supervisores bancários devem estar satisfeitos que cada banco mantenha
registros adequados escritos em harmonia com políticas de avaliação
consistentes e práticas que habilitem o supervisor a obter uma visão real e
clara da condição financeira do banco e a lucratividade de seus negócios e que
o banco publique uma declaração financeira em bases regulares que reflitam
razoavelmente sua condição.
Questão 552
Questão 56
2
Essa questão está sendo refeita porque há um erro na resolução anterior.
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d) Somente instituições com conta de reserva bancária junto ao Banco Central
do Brasil podem registrar suas operações na CETIP.
e) A CETIP custodia e promove a liquidação tanto dos CDBs (Certificados de
Depósito Bancário) ao portador quanto dos CDBs nominativos.
Na década de 1970, a custódia dos títulos públicos no Brasil ainda era feita por
processo manual, o que incluía desde o arquivamento por instituição até a
movimentação física nos cofres dos bancos, com grande risco de fraude e de
extravio dos papéis. Com o objetivo de proporcionar mais segurança e
transparência às operações, a ANDIMA e o BACEN firmaram convênio para
criar o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), um sistema
eletrônico de teleprocessamento que permitiu a atualização diária das posições
das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas
bancárias. Títulos e cheques foram substituídos por simples registros
eletrônicos, gerando enorme ganho em eficiência e agilidade, já que as
operações são fechadas no mesmo dia em que se realizam. Além disso, o
sistema passou a garantir que, em caso de inadimplência de qualquer das
partes, a operação não se concretiza. Atualmente, o SELIC movimenta
diariamente mais de R$ 100 bilhões.
Internet: <http://www.andima.com.br>.
Questão 57
Questão 59
Questão 60
Questão 61
Questão 62
Questão 63
Questão 65
Questão 66
Questão 67
Questão 68
Questão 553
Resolução:
3
Essa questão está sendo refeita porque há um erro na resolução anterior.
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Sendo assim, o que ocorre nas bolsas de valores é o mercado secundário,
mesmo quando há emissão de novas ações. A operação de mercado primário
que originou essa emissão ocorre no mercado de balcão.
Gabarito: C
Questão 56
Resolução:
Existe uma divisão dos títulos que podem ser registrados no CETIP e aqueles
que podem ser registrados no SELIC.
• Títulos privados;
• Derivativos;
• Títulos públicos estaduais e municipais;
• Títulos públicos federais utilizados como moeda de privatização.
Tanto no SELIC quanto no CETIP os títulos são escriturais, fato que elimina as
chances de extravio, roubo ou falsificação dos papéis.
Gabarito: B
Na década de 1970, a custódia dos títulos públicos no Brasil ainda era feita por
processo manual, o que incluía desde o arquivamento por instituição até a
movimentação física nos cofres dos bancos, com grande risco de fraude e de
extravio dos papéis. Com o objetivo de proporcionar mais segurança e
transparência às operações, a ANDIMA e o BACEN firmaram convênio para
criar o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), um sistema
eletrônico de teleprocessamento que permitiu a atualização diária das posições
das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas
bancárias. Títulos e cheques foram substituídos por simples registros
eletrônicos, gerando enorme ganho em eficiência e agilidade, já que as
operações são fechadas no mesmo dia em que se realizam. Além disso, o
sistema passou a garantir que, em caso de inadimplência de qualquer das
partes, a operação não se concretiza. Atualmente, o SELIC movimenta
diariamente mais de R$ 100 bilhões.
Internet: <http://www.andima.com.br>.
Questão 57
Resolução:
Gabarito: C
Questão 58
Resolução:
Gabarito: C
Questão 59
Resolução:
Gabarito: E
Questão 60
Resolução:
Gabarito: C
Questão 61
Resolução:
Gabarito: E
Questão 62
Resolução:
Gabarito: C
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – MÓDULO I - SFN
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Questão 63
Resolução:
Gabarito: C
Questão 64
Resolução:
Gabarito: E
Questão 65
Resolução:
Existe uma lista bastante extensa dos ativos que são transacionados no CETIP.
Quase a totalidade dos títulos privados brasileiros estão custodiados neste
sistema.
Gabarito: C
Questão 66
Resolução:
Gabarito: C
Questão 67
Resolução:
Gabarito: D
Questão 68
Resolução:
Gabarito: A
Bibliografia
Exatamente pela dificuldade de encontrarmos livros adequados, todas as aulas
serão tiradas dos seguintes sites:
www.bcb.gov.br
www.cvm.gov.br
www.planalto.gov.br
www.susep.gov.br
www.previdencia.gov.br
GABARITO
Galera,
Acabamos nossa última aula de SFN. Caso tenha faltado algum item, me
avisem que posto para vocês.
Abraços,
César Frade
GarantiasdoSistemaFinanceiroNacional:EXERCÍCIOS
Queridos alunos e alunas, eu sou o Prof. Dicler e ministro aulas das disciplinas
Direito Civil e Direito Penal. Sou Auditor-Fiscal Tributário do Município de São Paulo
desde de 2007 e ministro aulas para concursos também desde 2007.
Creio que você possa estar perguntando o que um professor de Direito Civil e
Direito Penal está fazendo em um curso voltado para o cargo de Escriturário do Banco do
Brasil.
A resposta é simples, pois tem um item da disciplina Conhecimentos Bancários,
que é tratado dentro do Direito Civil. Este item versa sobre as Garantias do Sistema
Financeiro Nacional.
Dessa forma, fui gentilmente convidado pelo Prof. Cesar Frade para colaborar com
as aulas voltadas para a disciplina Conhecimentos Bancários.
Sempre que você ouvir falar em mútuo, a questão estará tratando de um: contrato
de empréstimo de dinheiro. Nesse caso, quando o dinheiro for emprestado pelo banco,
ele será o mutuante; por outro lado, o tomador do empréstimo é o mutuário.
Para facilitar o seu estudo, separei várias questões de provas anteriores de
diversas bancas e agrupei-as por assunto. Com isso, teremos sempre um breve resumo
introduzindo o assunto e depois resolveremos as questões de provas anteriores.
Vamos dar início aos nossos trabalhos !!!!
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Aval
É um ato através do qual um terceiro (avalista) se responsabiliza pelo pagamento
de uma obrigação assumida por alguém (avalizado) oriunda de um título de crédito.
Para visualizar, imagine que um banco empreste dinheiro para João. Em
contrapartida João assina uma nota promissória em favor do banco. Porém, para o banco,
não basta a nota promissória, ele quer mais uma garantia de que o empréstimo será
devolvido e manda João (avalizado) arrumar um avalista. João chama seu primo Pedro
que assina na nota promissória se comprometendo a pagar o débito assumido por João.
Graficamente temos o seguinte:
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma
determinada, pode ser garantido por aval.
CONCLUSÃO !!!
O aval é um instituto jurídico do Direito Cambiário (ramo do direito que
Negry
estuda os títulos deN egry
crédito).
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
o
§ 1 Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples
assinatura do avalista.
o
§ 2 Considera-se não escrito o aval cancelado.
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Art. 30 da LU - O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por
aval. Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra.
Art . 29 da LC - O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por
aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título.
CONCLUSÃO !!!
LuizL
O aval, em regra, gera uma responsabilidade solidária integral (sem
uiz
benefício de ordem) entre o avalista e o avalizado. Entretanto, em
determinados títulos de crédito, como na letra de câmbio, na nota
promissória e no cheque, é possível o aval parcial, o que acarreta uma
responsabilidade limitada do avalista.
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Art. 898, § 1° - Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu
avalizado e demais coobrigados anteriores.
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Ou seja, no caso em que João assumiu uma dívida com o banco e seu primo
Pedro foi o avalista, para que o primo desista de ser avalista após ter assumido tal
posição, deve haver um consentimento expresso do banco.
Gabarito: Errada.
10. (CESPE/UnB – BANCO DO BRASIL – Escriturário – 2007) O aval, uma vez dado,
não poderá ser cancelado pelo avalista.
Conforme comentários da questão anterior, a desistência/cancelamento do aval
pode ocorrer, mas depende de consentimento expresso do credor
Gabarito: Errada.
Fiança
Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma
obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Art. 824. As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade
resultar apenas de incapacidade pessoal do devedor.
Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo não abrange o caso de mútuo
feito a menor.
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CONCLUSÃO !!!
O contrato de fiança, por depender de um contrato principal, é classificado
como um contrato acessório.
A regra na fiança é existir o benefício de ordem, ou seja, primeiramente a
dívida deve ser cobrada do devedor principal, para, posteriormente, ser
cobrada do fiador. NegryNegry
Quem pode ser fiador?
Quanto ao cônjuge, para ser fiador, exige-se a outorga do outro consorte, exceto
no regime de separação total de bens. Voltaremos nesse ponto mais a frente.
11. (CESPE/UnB – CEF – Técnico Bancário – 2006) A fiança pode ser prestada por
menor de idade, desde que esse menor seja emancipado ou haja autorização
judicial.
Se o menor de idade estiver emancipado, então ele possui o pleno exercício de
seus direitos civil e, por isso, pode ser fiador. Porém, não se admite a possibilidade de o
menor prestar fiança através de autorização judicial.
Gabarito: Errada.
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Art. 829. A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa
importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente não se
reservarem o benefício de divisão.
Parágrafo único. Estipulado este benefício, cada fiador responde unicamente pela
parte que, em proporção, lhe couber no pagamento.
Art. 830. Cada fiador pode fixar no contrato a parte da dívida que toma sob sua
responsabilidade, caso em que não será por mais obrigado.
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Conclui-se que, não se especificando o quanto da dívida que cada fiador está
garantido, então a lei indica que ocorre um caso de responsabilidade solidária. Entretanto, é
permitido o benefício da divisão, onde cada um se responsabiliza por parte da dívida,
desde que de forma expressa.
Gabarito: D
FiançaxAval
Pelo que já estudamos até aqui, pudemos perceber que os institutos da fiança e
do aval possuem algumas semelhanças e algumas diferenças. Vejamos separadamente
quais são essas semelhanças e diferenças:
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem
autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
[...].
III - prestar fiança ou aval;
Conclui-se que, se duas pessoas forem casadas sob qualquer regime de bens que
não seja o da separação absoluta, para que uma delas seja fiador ou avalista dependerá
do consentimento do outro cônjuge. Se o consentimento for da esposa, temos a outorga
uxória; porém, se o consentimento for do marido, teremos a outorga marital.
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CONCLUSÃO !!!
Para que um dos cônjuges seja fiador ou avalista, dependerá de outorga
uxória ou marital, exceto se o regime de casamento for o da separação
absoluta de bens.
FIANÇA AVAL
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16. (CESPE – BRB – Escriturário – 2005) A diferença entre aval e fiança é que o
primeiro somente é prestado em títulos de crédito, enquanto o segundo é prestado
em todo e qualquer tipo de contrato.
Conforme a tabela da página anterior.
Gabarito: Certa.
17. (FCC – CEF – Escriturário – 2000) A fiança diferencia-se do aval, por ser uma
(A) obrigação acessória.
(B) garantia cambial plena.
(C) garantia cambial autônoma. (D)
garantia cambial a obrigado. (E)
garantia cambial a coobrigado.
Através dos comentários ao art. 824 do CC, percebemos que a fiança é um
contrato acessório que, consequentemente, gera uma obrigação acessória.
Sabemos que quando se fala em garantia cambial, o examinador está se
referindo a um título de crédito, o que não é o caso da fiança, mas sim do aval.
Gabarito: A
19. (CESPE/UnB – CEF – Técnico Bancário – 2006) O aval difere da fiança em vários
pontos; um deles é que, em regra, o aval não requer a outorga conjugal para a sua
validade.
Tanto a fiança como o aval, para serem válidos, dependem de outorga conjugal
(consentimento do outro cônjuge), desde que o regime de casamento não seja o da
separação total de bens.
Gabarito: Errada.
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20. (CESPE/UnB – BASA – Técnico Bancário – 2007) Como regra geral, tanto para o
aval quanto para a fiança prestados por pessoas casadas, exige-se a autorização do
cônjuge, exceto no regime de casamento de separação absoluta de bens.
Conforme comentários anteriores ao art. 1.647, III do CC.
Gabarito: Certa.
22. (CESPE/UnB – BRB – Escriturário – 2010) Em uma garantia por meio de fiança,
há a condição de benefício da ordem, o que significa que o credor deverá acionar
primeiro o devedor e depois o fiador, exceto se o fiador renunciar ao benefício.
A assertiva está de acordo com a tabela de diferenças entre a fiança e o aval.
Gabarito: Certa.
Penhor mercantil
Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia
do débito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de
uma coisa móvel, suscetível de alienação.
Parágrafo único. No penhor rural, industrial, mercantil e de veículos, as coisas
empenhadas continuam em poder do devedor, que as deve guardar e conservar.
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BEM
DEVEDOR MÓVEL CREDOR
PIGNORATÍCIO PIGNORATÍCIO
LuizLui
$$$$$$$$$$
EMPRESTADO
z
Ainda analisando o art. 1.431 do CC, percebe-se que o legislador, no parágrafo
único, cita várias espécies de penhor. Entretanto, para o seu concurso, basta estudarmos
o penhor mercantil, mas, para isso, temos que fazer uma comparação com o penhor
convencional, que é a regra.
O gráfico acima ilustra o penhor convencional onde o devedor transfere a
posse direta do bem empenhado para o devedor e permanece com a posse indireta
até que a dívida seja paga.
No penhor mercantil é diferente, pois o bem utilizado para garantir a dívida
continua na posse do devedor, que o guardará e conservará. Ou seja, o devedor
conserva a posse direta do bem a título de depositário.
O Código Civil trata do penhor mercantil no art. 1.447, reproduzido a seguir:
Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos,
instalados e em funcionamento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados na
indústria; sal e bens destinados à exploração das salinas; produtos de suinocultura,
animais destinados à industrialização de carnes e derivados; matérias-primas e
produtos industrializados.
Parágrafo único. Regula-se pelas disposições relativas aos armazéns gerais o penhor
das mercadorias neles depositadas.
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Alienação fiduciária
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CONCLUSÃO !!!
Tanto o bem móvel infungível, como o bem imóvel, podem ser objetos da
alienação fiduciária.
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33. (FCC – CEF – Técnico Bancário – 2004) A alienação fiduciária incide sobre um
bem móvel ou imóvel, transferindo sua propriedade enquanto durar a obrigação
garantida. A propriedade é do credor mas a posse é do devedor.
Durante a alienação fiduciária o credor tem a propriedade resolúvel do bem, ao
passo que o devedor mantém a posse direta na qualidade de depositário.
Gabarito: Certa.
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(D) É uma forma programada de aplicação, em que o cliente autoriza, por escrito, o
Banco onde mantém conta corrente a debitar uma parcela mensal, previamente
ajustada.
(E) É o contrato pelo qual o devedor, como garantia de uma dívida, pactua a
transferência da propriedade fiduciária do bem ao credor, sob condição resolutiva e
expressa.
De acordo com os comentários anteriores, na alienação fiduciária temos o
seguinte:
- Devedor fiduciante: tem a posse direta do bem na qualidade de depositário; e
- Credor fiduciário: tem a propriedade resolúvel e a posse indireta do bem.
Gabarito: E
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Art. 1.363. Antes de vencida a dívida, o devedor, a suas expensas e risco, pode usar
a coisa segundo sua destinação, sendo obrigado, como depositário:
I - a empregar na guarda da coisa a diligência exigida por sua natureza;
II - a entregá-la ao credor, se a dívida não for paga no vencimento.
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Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não bastar para o pagamento da dívida
e das despesas de cobrança, continuará o devedor obrigado pelo restante.
Hipoteca
A hipoteca é um direito real de garantia que tem por objeto bens imóveis ou que a
lei entende como hipotecáveis, pertencentes ao devedor ou a terceiro, e que, embora não
entregues ao credor, asseguram-lhe, preferencialmente, o recebimento de seu crédito.
As principais características da hipoteca são:
a) O objeto gravado deve ser de propriedade do devedor ou de terceiro;
b) O devedor continua na posse do bem hipotecado; e
c) Tem caráter acessório, pois visa garantir uma dívida que é a obrigação principal.
Graficamente temos o seguinte:
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Caso a dívida não seja paga, o banco pode vender a casa e utilizar o preço obtido
para saldar a dívida proveniente do empréstimo.
Ressalta-se que a constituição de uma hipoteca deve ser assentada no Registro
de Imóveis do local onde se situar o bem hipotecado. Vide art. 1.492 do CC.
Objeto da hipoteca
Um assunto comumente cobrado em provas de concursos diz respeito sobre o
bem que pode ser objeto de uma hipoteca.
A lista dos bens hipotecáveis é prevista no art. 1.473 do CC:
Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:
I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles;
II - o domínio direto;
III - o domínio útil;
IV - as estradas de ferro;
V - os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente do solo onde
se acham;
VI - os navios;
VII - as aeronaves.
VIII - o direito de uso especial para fins de moradia;
IX - o direito real de uso;
X - a propriedade superficiária.
CONCLUSÃO !!!
Em regra a hipoteca se refere a bens imóveis, entretanto, também é possível
a hipoteca de bens móveis, como ocorre nos casos dos navios e aeronaves.
40. (CESPE/UnB – CEF – Técnico Bancário – 2006) A hipoteca tem como regra o
oferecimento de coisas imóveis do devedor ou de terceiros.
A questão está de acordo com o art. 1.473 do CC.
Gabarito: Certa.
41. (CESPE/UnB – BASA – Técnico Bancário – 2007) Não são admitidas como objeto
de hipoteca as coisas móveis.
Como exemplo de bens móveis hipotecáveis temos os navios e as aeronaves.
Gabarito: Errada.
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Extinção da hipoteca
Os artigos do Código Civil reproduzidos a seguir tratam das formas de extinção da
hipoteca:
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Art. 1.475. É nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado.
Conclui-se que o fato de um bem imóvel ter sido utilizado como garantia em uma
hipoteca não impede que ele seja vendido.
Se existir uma cláusula no contrato de hipoteca constando essa proibição, tal
cláusula será nula, ou seja, não terá validade e, portanto, não produzirá efeitos.
Gabarito: A
45. (CESPE/UnB – BASA – Técnico Bancário – 2010) Um bem imóvel pode ser
hipotecado a vários credores simultaneamente. Na situação em que um imóvel que
seja oferecido em garantia para dois credores e o valor obtido pela sua venda não
seja suficiente para liquidar a dívida da hipoteca de segundo grau, o credor da
segunda passará para a condição de quirografário.
Para analisar esta questão devemos saber os seguintes conceitos:
- bem hipotecado a vários credores: um mesmo bem pode ser objeto de duas hipotecas
diferentes, ou seja, um mesmo bem pode ser utilizado para garantir dívidas diferentes;
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- grau de hipoteca: quando o mesmo bem for utilizado em duas hipotecas, a dívida que
foi garantida primeiramente caracteriza uma hipoteca de 1º grau; por outro lado, a
segunda dívida garantida caracteriza uma hipoteca de 2º grau. Nesse caso, o credor de 1º
grau tem preferência sobre o de 2º grau no recebimento da dívida;
- credor quirografário: é o credor que está no “fim da fila”, ou seja, o último a receber o
pagamento do seu crédito. No exemplo da questão é o credor da hipoteca em segundo
grau.
Gabarito: Certa.
Fianças bancárias
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51. (FCC – BB – Escriturário – 2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma
operação de crédito, implica
(A) a impossibilidade de substituição do fiador.
(B) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do
fiador ao benefício de ordem.
(C) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.
(D) o impedimento de compartilhamento da obrigação.
(E) a obrigatória cobertura integral da dívida.
Análise das alternativas:
(A) ERRADA. O art. do CC nos mostra duas possibilidade em que o fiador pode ser
substituído.
Art. 826. Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja
substituído.
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(B) CERTA. Estudamos que, como regra, a fiança acarreta benefício de ordem (vide art.
827 do CC).
Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a
contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor.
Entretanto, tal benefício pode ser renunciado pelo fiador (art. 828, I do CC),
hipótese em que a dívida poderá ser cobrada primeiramente dele.
Art. 828. Não aproveita este benefício ao fiador:
I - se ele o renunciou expressamente;
(C) ERRADA. No caso da fiança, a contragarantia pode ser formalizada por instrumento
público ou particular. O que o art. 819 do CC prevê é a necessidade de ser escrita.
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
(D) ERRADA. Conforme prevê o art. 829 do CC, é possível que várias pessoas sejam
fiadores de um mesmo débito. Tal situação acarreta o compartilhamento da obrigação.
Art. 829. A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa
importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente não se
reservarem o benefício de divisão.
Art. 823. A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa
que ela, não valerá senão até ao limite da obrigação afiançada.
Questões Diversas
52. (FCC – CEF – Escriturário – 2000) É garantia real que pode ser transcrita ou
averbada no registro de imóveis,
(A) a hipoteca, somente.
(B) o penhor, somente.
(C) a caução, somente.
(D) a alienação fiduciária, somente.
(E) a hipoteca, o penhor e a alienação fiduciária.
Tanto a hipoteca como o penhor, como a alienação fiduciária podem/devem
ser assentados no Registro de Imóveis. As previsões legais são as seguintes:
- hipoteca: art. 1.492 do CC.
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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ A
nossa aula termina por aqui. Tenho certeza que os principais conceitos sobre o
assunto foram expostos na aula.
Espero ter correspondido às suas expectativas e lhe desejo boa sorte no dia da
prova.
Dicler.
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LISTADASQUESTÕESAPRESENTADAS NAAULA
Aval
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10. (CESPE/UnB – BANCO DO BRASIL – Escriturário – 2007) O aval, uma vez dado,
não poderá ser cancelado pelo avalista.
Fiança
11. (CESPE/UnB – CEF – Técnico Bancário – 2006) A fiança pode ser prestada por
menor de idade, desde que esse menor seja emancipado ou haja autorização
judicial.
14. (FCC – BANCO DO BRASIL – Escriturário – 2006) 76. Uma determinada dívida é
garantida por três fiadores. Caso ela não seja paga, cada fiador ficará responsável
pelo pagamento
(A) da dívida, na proporção de sua renda mensal em relação ao total da renda
mensal de todos os fiadores.
(B) de 1/3 da dívida, independentemente do que dispuser o contrato de fiança.
(C) do total da dívida, independentemente do que dispuser o contrato de fiança.
(D) da dívida, na proporção que estiver fixada no contrato de fiança.
(E) da dívida, na proporção de seu patrimônio em relação ao total do patrimônio de
todos os fiadores.
16. (CESPE – BRB – Escriturário – 2005) A diferença entre aval e fiança é que o
primeiro somente é prestado em títulos de crédito, enquanto o segundo é prestado
em todo e qualquer tipo de contrato.
17. (FCC – CEF – Escriturário – 2000) A fiança diferencia-se do aval, por ser uma
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19. (CESPE/UnB – CEF – Técnico Bancário – 2006) O aval difere da fiança em vários
pontos; um deles é que, em regra, o aval não requer a outorga conjugal para a sua
validade.
20. (CESPE/UnB – BASA – Técnico Bancário – 2007) Como regra geral, tanto para o
aval quanto para a fiança prestados por pessoas casadas, exige-se a autorização do
cônjuge, exceto no regime de casamento de separação absoluta de bens.
22. (CESPE/UnB – BRB – Escriturário – 2010) Em uma garantia por meio de fiança,
há a condição de benefício da ordem, o que significa que o credor deverá acionar
primeiro o devedor e depois o fiador, exceto se o fiador renunciar ao benefício.
Penhormercantil
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Alienaçãofiduciária
33. (FCC – CEF – Técnico Bancário – 2004) A alienação fiduciária incide sobre um
bem móvel ou imóvel, transferindo sua propriedade enquanto durar a obrigação
garantida. A propriedade é do credor mas a posse é do devedor.
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Hipoteca
40. (CESPE/UnB – CEF – Técnico Bancário – 2006) A hipoteca tem como regra o
oferecimento de coisas imóveis do devedor ou de terceiros.
41. (CESPE/UnB – BASA – Técnico Bancário – 2007) Não são admitidas como objeto
de hipoteca as coisas móveis.
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45. (CESPE/UnB – BASA – Técnico Bancário – 2010) Um bem imóvel pode ser
hipotecado a vários credores simultaneamente. Na situação em que um imóvel que
seja oferecido em garantia para dois credores e o valor obtido pela sua venda não
seja suficiente para liquidar a dívida da hipoteca de segundo grau, o credor da
segunda passará para a condição de quirografário.
Fiançasbancárias
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51. (FCC – BB – Escriturário – 2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma
operação de crédito, implica
(A) a impossibilidade de substituição do fiador.
(B) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do
fiador ao benefício de ordem.
(C) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.
(D) o impedimento de compartilhamento da obrigação.
(E) a obrigatória cobertura integral da dívida.
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52. (FCC – CEF – Escriturário – 2000) É garantia real que pode ser transcrita ou
averbada no registro de imóveis,
(A) a hipoteca, somente.
(B) o penhor, somente.
(C) a caução, somente.
(D) a alienação fiduciária, somente.
(E) a hipoteca, o penhor e a alienação fiduciária.
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GABARITO:
4-E 5-E 6-C 7-C 8-A 9-E 10-E 11-E 12-C 13-E 14-D 15-E 16-C 17-A 18-C 19-E 20-C 21-E
22-C 23-E 24-B 25-E 26-B 27-E 28-C 29-E 30-C 31-E 32-C 33-C 34-E 35-E 36-E 37-C
38-E 39-C 40-C 41-E 42-C 43-E 44-A 45-C 46-E 47-C 48-C 49-C 50-E 51-B 52-E 53-E
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