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GUIA DO CONCURSEIRO

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Seja muito bem-vindo ao Método Memoriza!

Muito obrigado pela confiança na minha proposta. Eu tenho certeza que


você tomou a decisão correta ao decidir adquirir o Método Memoriza.

Hoje, centenas de outros alunos já estão aplicando o Método Memoriza


com sucesso e estão obtendo aprovações por todo o Brasil. Recebo relatos
semanalmente de diversos alunos que foram aprovados aplicando
exclusivamente o que eu ensino aqui e que assim conseguiram mudar suas
vidas completamente.

Escuta, eu quero que você seja o próximo aprovado!

Eu vou te ensinar aqui absolutamente TUDO que eu sei sobre aprendizado


em alto nível para concursos. Vou te mostrar todas as minhas técnicas mais
secretas, coisas que eu tinha até receio de debater com outras pessoas por
medo de que outros também começassem a aplicar as minhas técnicas.

Foi o Método Memoriza que permitiu que eu fosse aprovado nos


concursos de Agente da Polícia Federal e para Auditor Federal do Tribunal
de Contas da União com poucos meses de estudo para cada uma dessas
provas.

Não estou dizendo que eu comecei to absoluto zero e em poucos meses


obtive essas aprovações. A verdade é que ninguém começa realmente do
zero. Todos possuímos nossa própria bagagem, que é construída desde a

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nossa educação básica. Mesmo que você tenha sido um péssimo aluno
durante toda a sua vida, eu tenho certeza absoluta que se você seguir a
risca o que eu tenho para te ensinar, você vai se surpreender com os
resultados.

Minha história no mundo dos concursos começou com 18 anos de idade,


quando eu fui aprovado para Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça do
DF, cargo que eu exerci por quase 4 anos. Após esse período, eu fiquei
muitos anos totalmente afastado do mundo dos concursos.

No entanto, no final de 2020, ao descobrir que eu iria me tornar pai, eu


decidi que eu precisava voltar para o serviço público para ser capaz de
oferecer a qualidade de vida que eu gostaria de oferecer para o meu filho
que estava a caminho.

Eu comecei então a estudar para o concurso de Agente da Polícia Federal


em Janeiro de 2021, com edital aberto. Logo no início dos estudos eu
percebi que eu não conseguiria aprender todo aquele conteúdo em tão
pouco tempo se eu não fizesse algo diferente do que eu estava fazendo.

Apesar de estar afastado do mundo dos concursos por muitos anos, eu


sempre fui de estudar muito. Tive algumas oportunidades na minha vida de
estudar e trabalhar fora do país durante esses anos, então eu não estava
totalmente enferrujado nos estudos, mas, ao mesmo tempo, eu sabia que as
minhas técnicas de estudo tradicionais não seriam suficientes para que eu
conseguisse obter a minha tão sonhada aprovação.

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Foi aí então que eu desenvolvi o Método Memoriza, que eu estou trazendo
aqui para você agora.

Para que você consiga tirar máximo proveito do Método Memoriza, eu


peço que você tenha paciência para acompanhe todo o conteúdo
apresentado em ordem. As aulas são sequenciais, então é fundamental que
você estude as aulas na ordem correta para que sua compreensão não seja
prejudicada.

Meu objetivo aqui é fazer você aprender a aprender. Melhor do que isso,
eu quero que você consiga aprender de primeira. Quero te mostrar como
você tem perdido tempo ao estudar pelos métodos tradicionais, e como
isso tem prejudicado sua tão sonhada aprovação.

Se você é novato no mundo dos concursos, fica tranquilo, aqui é seu lugar
também. Na verdade, ser um iniciante tem a vantagem de que você não
está ainda cheio de vícios nos seus estudos e talvez esteja com a mente
mais aberta para tentar algo diferente.

Tão importante quanto assistir as aulas, é importantíssimo que você


aplique o que eu estou te ensinando. Se necessário, pause os vídeos e faça
junto comigo. Reassista as aulas quantas vezes for necessário, mas
persista. O que eu vou mostrar aqui não é complexo, muito pelo contrário,
é bem simples, mas requer comprometimento da sua parte para aplicar o
Método com consistência.

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Sem consistência nos estudos, ou mesmo em qualquer área de nossas
vidas, é impossível obter resultados positivos.

É importante também que você saiba se diferenciar da concorrência. Hoje


em dia, a indústria dos cursinhos mantém 95% dos alunos sobre suas
rédeas, vendendo infinitos pacotes de PDFs, videoaulas, exercícios, enfim,
diversos materiais que não necessariamente vão fazer a diferença para a
sua aprovação. Essa é uma das diversas armadilhas que muitos
concurseiros caem ao longo de sua jornada de estudos, e eu estou aqui para
te livrar dessas armadilhas e te mostrar o caminho da aprovação. Fazer o
que todos já fazem não vai te levar a lugar nenhum, você precisa saber se
diferenciar.

A estrutura do Método Memoriza está dividida da seguinte forma:


a) Definir metas
b) Definir por onde começar
c) Fontes de conteúdo
d) Planejamento detalhado
e) Estudo ativo por flashcards
f) Aplicando o Método Memoriza
g) Técnicas de prova

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MÓDULO 1
Quem você quer ser?

Se você está começando a estudar para concursos agora, ou mesmo se


você já estuda há algum tempo, a primeira decisão que você deve tomar é
sobre qual área de estudos você vai focar.

Este é o questionamento mais importante que um candidato a concursos


públicos deve fazer a si mesmo antes de iniciar sua jornada de estudos. O
mercado de concursos públicos no Brasil é amplo e diversificado,
oferecendo oportunidades em diversas áreas, como:

• Área administrativa: concursos para cargos como servidores


administrativos, assistentes, analistas, entre outros. As principais matérias
cobradas são português, matemática, informática, direito administrativo,
administração pública, entre outras.

• Área jurídica: concursos para cargos como técnico/analista judiciário,


oficial de justiça, procurador, juiz, defensor, entre outros. As principais
matérias cobradas são direito, português, administração pública, raciocínio
lógico, entre outras.

• Área policial: concursos para cargos como agente, escrivão,


papiloscopista, perito, delegado, entre outros. As principais matérias
cobradas são direito penal, direito processual, português, raciocínio lógico,
entre outras.

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• Área de saúde: concursos para cargos como enfermeiros, médicos,
técnicos em enfermagem, entre outros. As principais matérias cobradas são
biologia, fisiologia, anatomia, farmacologia, entre outras.

• Área de educação: concursos para cargos como professores,


coordenadores pedagógicos, entre outros. As principais matérias cobradas
são didática, pedagogia, psicologia, história da educação, entre outras.

• Área de segurança pública: concursos para cargos como policiais, peritos


criminais, delegados, entre outros. As principais matérias cobradas são
direito penal, direito processual penal, criminologia, direito constitucional,
entre outras.

• Área de tecnologia: concursos para cargos como engenheiros, técnicos,


analistas, entre outros. As principais matérias cobradas são física, química,
matemática, informática, entre outras.

Esses são apenas alguns exemplos de áreas de estudo. Ao escolher uma, é


importante que o candidato se mantenha fiel à sua escolha e evite mudar
constantemente de área, pois isso tende a atrasar muito a tão sonhada
aprovação. É importante ter em mente que o conhecimento acumulado em
uma área é transferível para outras, mas mudar constantemente de área
pode dificultar o processo de aprendizado e prejudicar a consistência na
preparação.

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Além disso, é fundamental ter foco e consistência na jornada de estudos.
Foco porque é preciso estar atento aos objetivos estabelecidos e trabalhar
para alcançá-los. E consistência porque é preciso dedicar tempo e esforço
constantes aos estudos para alcançar os resultados esperados. Essa é a
chave para o sucesso em qualquer área da vida, e para concursos públicos
não poderia ser diferente.

Para facilitar a sua visualização das diferentes opções de áreas de estudo,


eu montei a seguinte tabela listando as principais áreas, os principais
cargos e as principais matérias cobradas em cada uma dessas áreas.

Perceba que muitas das matérias se repetem em diferentes áreas e cargos.


Isso dá ao candidato a falsa impressão de que várias dessas áreas possuem

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muito em comum, o que poderia então permitir alternar entre diferentes
áreas. Esse é um erro muito comum entre os concurseiros iniciantes. É um
erro fatal e que você não pode cometer.

Primeiramente, a maneira como é cobrada e a ênfase que é dada para cada


matéria varia bastante de uma área para outra. Se você está estudando para
Auditor Fiscal, por exemplo, é muito provável que o seu edital traga todo
Título VI da Constituição Federal, que trata de tributação e orçamento. Já
se você estuda para a área policial, onde também é necessário possuir
conhecimentos sobre Direito Constitucional, é muito improvável que você
tenha que estudar esse conteúdo específico. Em compensação, a parte da
Constituição que trata de segurança pública certamente será cobrada, o que
já não ocorre em concursos para Auditor Fiscal. Além disso, mesmo para
as partes do conteúdo de Direito Constitucional que forem iguais entre as
áreas, a ênfase que a banca vai dar vai variar bastante de acordo com o
cargo pretendido, visto que o objetivo do concurso público é selecionar o
candidato mais qualificado para exercer um cargo específico.

Observe também na tabela acima que todas as áreas de estudos possuem


matérias e legislações específicas que irão variar a depender da área
escolhida ou mesmo do cargo pretendido dentro de uma mesma área. Essas
partes específicas geralmente serão responsáveis por uma boa parte da nota
final, talvez até a maior parte. Isso significa que alternar de uma área para
outro pode ser muito custoso para você em termos de tempo e
aproveitamento do que foi previamente estudado. Se você quiser ser

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aprovado o mais rápido possível, você precisar estar convicto da área
escolhida e permanecer nela até a sua aprovação.

Por mais eficiente que o seu estudo seja, o processo de aprendizagem


requer um certo tempo (alguns meses pelo menos) para que o
conhecimento ganhe uma certa maturidade no seu cérebro, te permitindo
avançar e se aprofundar cada vez mais no conteúdo. Por isso também a
escolha por uma área específica é tão importante.

Imagine que João da Silva estuda para Agente da Polícia Federal. Está
aprendendo direito penal, direito processual penal, teoria do crime,
legislação anticorrupção, etc. Após 6 meses estudando, eis que surge um
edital para Analista da Receita Federal, com prova em 4 meses. João olha
para o edital e percebe que existem muitas matérias em comum: direito
constitucional, direito administrativo, contabilidade, raciocínio lógico,
tecnologia da informação. Empolgado, João da Silva decide que vai tentar
o concurso de Analista da Receita Federal.

Agora, faltando 4 meses para a prova, João decide acrescentar no ciclo de


estudo dele novas matérias como: direito tributário, direito previdenciário,
legislação aduaneira, administração pública. Além disso, vai também parar
de estudar as matérias que eram específicas para o cargo de Agente da
Polícia Federal, citadas anteriormente.

O que é mais provável de acontecer? Acho que você sabe a resposta. João
não vai ter tempo de amadurecer todo o conteúdo novo em poucos meses

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para a prova de Analista da Receita Federal, e consequentemente não será
aprovado. João da Silva se frustra, começa a se achar burro pois “já está
estudando há um ano e não passou em nada”. E para piorar, após a prova
para Analista da Receita Federal, saiu o edital para Agente da Polícia
Federal que João tanto esperava antes.

Agora João tem mais 3 meses para tentar retomar os estudos das matérias
específicas do cargo de Agente de Polícia Federal, ao mesmo tempo que
todo o esforço que ele empreendeu para aprender as matérias específicas
do cargo de Analista da Receita Federal de nada serviu.

O que é mais provável de acontecer? Novamente, João não vai ter tempo
para se aprofundar nos tópicos específicos mais relevantes do concurso de
Agente de Polícia Federal, e consequentemente não será aprovado. E daí
João da Silva desiste de estudar para concursos pois acha que “concurso
não é para ele”.

A história do João da Silva é mais comum do que você imagina!

A mensagem que eu quero que você receba agora é a seguinte: escolha


uma área de estudos e permaneça nela até a sua aprovação! Se pergunte:
“quem eu quero ser?”. Quero ser Agente de Polícia Federal ou Analista da
Receita Federal? Quero ser Juiz ou Defensor? Quero ser Auditor Fiscal ou
Auditor de Controle? Quero ser escriturário do Banco do Brasil ou Técnico
Judiciário? Decida!

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MÓDULO 2
Por onde começar

Agora que você já decidiu qual área de estudos você vai focar, é hora de
começar o seu planejamento de estudos. Para que você possa fazer um
plano de estudos eficiente, é necessário que você escolha um edital de
referência. Esse edital funcionará como o seu guia de estudos. Se você está
estudando para um cargo específico, então o seu edital de referência será o
último edital publicado para esse cargo. Se você está estudando para uma
área de estudos, você deve escolher como edital de referência aquele de
tem mais similaridades com o seu cargo pretendido.

Por exemplo, se você estiver estudando para um cargo específico, como


por exemplo Técnico Judiciário do TJSP, então o seu edital de referência
deverá ser o último edital do TJSP. Caso você esteja estudando para uma
área de estudos, como, por exemplo, para a área policial, então você deve
escolher um edital que englobe a sua área da maneira mais abrangente
possível. Nesse caso uma boa referência pode ser o último edital do
concurso da Polícia Federal, visto que ele serve também como uma
referência para os concursos policiais de todo o Brasil.

É muito importante que você escolha o edital de referência


adequadamente, pois ele será o seu guia de estudos até que o edital do
concurso que você vai prestar seja publicado.

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Após escolher o seu edital de referência, você deve escolher por quais
matérias iniciar os seus estudos.

A tabela acima mostra as principais matérias cobradas nas principais áreas


de estudos para concursos públicos. Observe que todas as áreas e cargos
possuem matérias e legislações específicas, que irão variar a depender do
cargo pretendido. Você NÃO DEVE começar a estudar por essa parte
específica. No início dos seus estudos, o seu foco deve ser nas matérias
que são recorrentes nos diversos concursos da área escolhida. Vamos
chamar essa parte de parte geral, para diferenciar da parte específica.

A parte geral é aquela costuma sempre ser cobrada nos concursos da área
que você está estudando, que são as matérias mostradas na tabela acima.
Mesmo que o seu edital de referência seja para um cargo específico que

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você almeja, você deve começar seus estudos sempre pela parte geral. Isso
se justifica por dois motivos. Primeiro, geralmente as matérias da parte
geral servem de base e fundamentação para que você possa ter uma maior
compreensão das matérias da parte específica. Segundo, mesmo que você
estude por um edital de referência para um cargo específico, os editais
costumam ter alterações significativas na parte específica entre um
concurso e outro. Por exemplo: o edital de Auditor Federal de Controle
Externo do TCU de 2022 teve muitas alterações na parte específica quando
comparado com o edital de 2015 para o mesmo cargo. Já na parte geral
houve poucas mudanças.

Dessa forma, a melhor estratégia para você adotar no início dos seus
estudos é focar em obter um entendimento razoável da parte geral do seu
edital de referência, para só depois estudar a parte específica.

Escolhido o edital de referência, agora é o momento de você começar a


organizar os seus estudos. Como eu disse anteriormente, o edital de
referência será o seu guia de estudos. Para isso, é importante que você
organize e verticalize o seu edital para que você consiga visualizar bem o
que deve ser estudado.

Os editais de concursos são sempre publicados no Diário Oficial ou na


página oficial da banca que organiza o seu concurso. Quando se deparar
com o conteúdo programático do edital, você vai ver algo mais ou menos
assim:

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O exemplo acima foi retirado do edital de Agente de Polícia Federal de
2021. Observe que cada matéria é dividida em tópicos e subtópicos. Para
organizar melhor os seus estudos, recomendo que organize cada tópico e
subtópico de forma verticalizada, para que fique melhor a visualização, da
seguinte forma:

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Percebe como ficou muito mais fácil de visualizar exatamente o que vai
ser cobrado? Você pode verticalizar o edital manualmente copiando e
colando todo o conteúdo programático em um arquivo de texto e criando
os espaçamentos para cada tópico e subtópico. Outra opção também é
buscar o edital verticalizado na internet, que geralmente é disponibilizado
pelos cursinhos de graça. Basta procurar no Google por “edital
verticalizado do concurso XXX”. Particularmente, eu prefiro organizar
meu próprio edital verticalizado manualmente, pois fazendo isso eu já vou
me familiarizando um pouco com o conteúdo que será estudado.

É importante frisar que o edital de referência verticalizado deve ser sua


única referência para decidir o que estudar ou não. Explicando melhor: um
erro muito comum que muitos concurseiros cometem é de comprar pacotes
de cursinhos para o concurso que almejam aprovação e usar esse pacote
dos cursinhos como um guia de estudo.

Para ilustrar, imagine que João da Silva quer estudar para o concurso de
Agente de Polícia Federal. Ele decide então comprar um pacote do
cursinho Coruja Concursos. O pacote do Coruja Concursos é completo e
possui todo o conteúdo que João precisa estudar para ser aprovado no
concurso de Agente de Polícia Federal. Sendo assim, João da Silva decide
começar a estudar diretamente pelo material do Coruja Concursos. Então
João da Silva monta seu cronograma de estudos por matérias e começa a
estudar cada matéria do pacote do Coruja Concursos na ordem que são
apresentadas as aulas: Aula 1, Aula 2, Aula 3, e assim sucessivamente.
Aqui está mais um erro fatal que João da Silva está cometendo.

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A verdade é que, apesar dos materiais de cursinhos online hoje em dia
serem muito completos, oferecendo ao aluno milhares de páginas de PDFs
e horas de videoaulas para serem estudados, boa parte de todo esse
conteúdo não deve ser priorizado ou até mesmo nem deveria ser estudado
pelo candidato. Isso acontece pois os cursinhos, ao vender seus cursos,
buscam cobrir qualquer possível cobrança que a banca examinadora possa
vir a fazer na sua prova, mesmo que para isso o cursinho tenha que
produzir um PDF de 100 páginas sobre um conteúdo que tem apenas 1%
de relevância para sua prova. A meta do cursinho é vender seus cursos e
garantir que o aluno não vai sair por aí dizendo: “comprei o curso do
Coruja Concursos, estudei tudo, e o que caiu na minha prova nem estava
no material”. Pelo contrário, o cursinho quer poder dizer: “tudo que foi
cobrado na prova estava no nosso curso”.

Caso João da Silva continue com essa estratégia de estudos, ele


inevitavelmente perderá um tempo precioso estudando muita coisa que ele
simplesmente não deveria estar estudando, ou que pelo menos não deveria
ser priorizado no início de seus estudos.

Novamente, o que João da Silva deveria fazer é usar exclusivamente o


edital de referência como base de seus estudos e buscar no material que ele
adquiriu (do Coruja Concursos) onde está cada tópico e subtópico presente
no conteúdo programático do edital de referência. Qualquer conteúdo que
esteja presente no material do cursinho, mas que não esteja explícito no
edital de referência, não deve ser estudado de forma alguma. Essa

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organização é fundamental para que você faça o estudo eficiente e que
maximize suas chances de aprovação.

Entenda que o seu objetivo é maximizar as suas chances de acertar as


questões da sua prova, e não se tornar um especialista no assunto. O seu
tempo é limitado, então seu foco inicial deve ser construir um bom nível
de compreensão do conteúdo que tem mais chances de cair na sua prova. É
praticamente impossível que você esgote todas as possibilidades de
cobrança do conteúdo programático do seu edital, mesmo que você tenha
muito tempo de estudo. Sempre existirão tópicos adjacentes ou conexos
com diversas matérias que podem ser objeto de cobrança, e que você
provavelmente não vai ter tempo hábil para um melhor aprofundamento.
Além disso, é muito comum que as bancas extrapolem um pouco o
conteúdo do edital. Se você for estudar tentando cobrir todas as
possibilidades de cobrança da banca, tentando estudar todos os PDFs e
todas as videoaulas, você não vai passar nunca, ou pelo menos vai demorar
muito para ser aprovado.

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MÓDULO 3
Fontes de conteúdo

Para começar a planejar os seus estudos, é fundamental que você defina


quais vão ser as suas fontes de conteúdo. As fontes de conteúdo são
basicamente as seguintes:

1) Lei seca
2) PDFs de cursinhos
3) Livros
4) Videoaulas e áudios
5) Aulas presenciais

A ordem acima não é ao acaso. As fontes de conteúdo estão ordenadas em


ordem de preferência. Caso o seu concurso pretendido envolva matérias de
Direito, você provavelmente vai se deparar com diversas leis a serem
estudadas. A melhor forma de estudar essas leis é ir diretamente na lei
seca, isto é a letra fria da lei, como publicada no Diário Oficial.

É extremamente comum que as bancas de concursos tirem questões


diretamente da lei seca, apenas trocando palavras ou simplesmente
repetindo a literalidade da lei. O candidato que consegue identificar e
relembrar rapidamente da letra da lei terá sempre muita vantagem sobre
outros candidatos que estão acostumados a estudarem apenas os PDFs de
cursinhos e fazerem questões. Isso é muito comum e você não pode
cometer esse erro. Seja escravo da lei seca.

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Em aulas futuras eu vou mostrar para você exatamente como tatuar a lei
seca na sua cabeça utilizando flashcards para que você acerte todas as
questões quem envolvam lei seca na sua prova. Isso vai ser fundamental
para o seu sucesso.

Pode ser que, no entanto, ao ler a lei seca, você tenha dificuldades de
compreensão. Afinal de contas, a maioria dos concurseiros não tem
formação em Direito, assim como eu. Nesse caso, você pode buscar um
entendimento melhor em outras fontes de conteúdo, sempre na ordem
listada acima. Tenha em mente, no entanto, que seu objetivo sempre deve
ser retornar para a lei seca assim que você conseguir esclarecer suas
dúvidas com as outras fontes conteúdo.

PDFs de cursinhos estão em segundo lugar pois possuem um conteúdo


mais direcionado e pensado para o concurseiro comum. Dessa forma, eles
buscam explicar leis secas, ensinar conceitos básicos, trazer resumos ao
final de cada aula, dão destaques para temas corriqueiros, resumem
jurisprudências, enfim, são uma ótima fonte de conteúdo. No entanto,
podem ser por vezes muito prolixos e extensos também, por isso é
necessário tomar cuidado. Pessoalmente, eu tenho uma grande preferência
pelo material do Direção Concursos. Recomendo fortemente.

Em terceiro lugar estão os livros, que também são uma excelente fonte de
conteúdo, mas opcionais na maioria dos casos. Os PDFs de cursinhos
conseguem suprir muito bem toda a demanda de conteúdo, com raras

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exceções, como para concursos para magistratura ou para o Instituto Rio
Branco. Até mesmo os conteúdos para concursos para auditor e delegado
são muito bem atendidos pelos materiais dos melhores cursinhos.

As últimas fontes de conteúdo (videoaulas, áudios e aulas presenciais)


devem ser evitadas ao máximo, pois possuem um custo-benefício em
termos de tempo muito baixo. Em outras palavras, você vai gastar muito
tempo para aprender muito pouco. Essas fontes de conteúdo só são
recomendadas quando você estiver tendo dificuldade de compreensão
utilizando as fontes anteriores e sempre pelo menor tempo possível.

João da Silva está aplicando o Método Memoriza e começou a estudar a


Lei de Improbidade Administrativa diretamente lendo a lei seca. No
entanto, ele está tendo muita dificuldade em entender alguns conceitos. Ele
resolveu então ler o PDF do Direção Concursos. No entanto, ele continua
com algumas dificuldades pontuais. Dessa forma, aplicando o Método
Memoriza, ele resolveu assistir algumas videoaulas específicas que
abordam a parte da lei que ele está com dificuldades. Em 5 minutos João
tirou a dúvida que ele tinha, fechou a videoaula e voltou a estudar
diretamente pela lei seca. João aplicou o Método Memoriza corretamente?

Perfeito! Como eu disse anteriormente, as fontes de conteúdo devem


sempre ser priorizadas na ordem listada. Dessa forma, você vai acelerar
enormemente o seu aprendizado do conteúdo que pode ser efetivamente
cobrado na sua prova.

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Perceba que em momento algum eu falei de questões como fonte de
conteúdo. De uns 10 anos para cá, tem se popularizada o chamado estudo
por questões. Trata-se da ideia de que você pode estudar para seu concurso
apenas por meio de questões de site de questões, quase que não utilizando
outras fontes de conteúdo. Pessoalmente, sou totalmente contra essa forma
de estudar, especialmente para estudantes iniciantes ou mesmo
intermediários. Pessoas com muita bagagem de estudo e conhecimento, ou
seja, estudantes avançados, talvez possam se beneficiar melhor do estudo
por questões, mas acredito que esse não seja o caso para 99% das pessoas.

Questões são uma ótima forma de testar os seus conhecimentos, mas


jamais de obtê-los. Dessa forma, eu não trato questões como uma fonte de
conteúdo, e sim como uma forma de revisar. No Método Memoriza, eu
vou te ensinar a estudar e revisar exclusivamente por flashcards, de forma
que as questões serão meramente auxiliares e secundários em grau de
importância. As questões ganham uma relevância maior no estudo de
matérias que envolvem números e cálculos, como estatística, matemática
financeira, raciocínio lógico-matemático e uma parte de contabilidade. Nas
demais matérias, as questões praticamente não serão utilizadas.

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MÓDULO 4
Planejamento Detalhado

Após ter escolhido sua área de estudo, seu edital de referência, suas fontes
de conteúdo e ter decidido exatamente quais matérias da parte geral você
focará para iniciar os seus estudos, está na hora de você realizar um
planejamento detalhado. Esse planejamento detalhado também deverá ser
realizado quando você iniciar os seus estudos da parte específica. Por
enquanto, vou focar na parte geral para exemplificar como esse
planejamento deve ser feito.

O planejamento detalhado envolve uma análise detalhada do edital visando


identificar dentro de cada matéria qual é o nível de relevância que deve ser
atribuída a cada tópico e subtópico do conteúdo programático. Para cada
tópico do edital vamos atribuir um índice denominado “índice de
relevância (IR)”. O IR é determinado pelos seguintes fatores:

1. Volume de conteúdo (VC)

Quanto maior o volume de conteúdo que um determinado tópico possui,


menor seu índice de relevância. Isso significa que conteúdos muito
extensos devem ter um menor nível de prioridade, visto que demoram mais
para serem compreendidos. Seu foco inicial deve ser naquilo que você
consegue aprender mais rápido. Como a relação é inversamente
proporcional, vamos atribuir nota 0 para tópicos extremamente volumosos
e 5 para os de menor volume.

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Uma boa métrica que pode ser usada para determinar o VC é simplesmente
verificar no seu material de estudos quantas páginas de PDFs ou livros
você vai ter que estudar para dominar determinado tópico.

2. Nível de dificuldade (ND)

Quanto maior o seu nível de dificuldade para aprender o tópico, menor seu
índice de relevância. Na mesma lógica do volume de conteúdo, quanto
mais dificuldade você tem para aprender determinado tópico, menor deve
ser o nível de prioridade que você deve atribuir a ele. Como a relação
também é inversamente proporcional, vamos atribuir nota 0 para tópicos
de maior dificuldade de compreensão e 5 para os mais fáceis.

A determinação do ND para cada tópico é muito subjetiva, visto que cada


pessoa tem suas próprias preferências e dificuldades. Você pode achar
estatística uma matéria de fácil compreensão, enquanto outra pessoa pode
considerar essa matéria muito complexa.

3. Frequência de cobrança (FC)

Quanto maior a frequência em que esse tópico vem sendo cobrado em


provas anteriores, maior o seu índice de relevância. Uma boa estratégia
deve levar em consideração as provas anteriores da banca organizadora
como uma maneira de nortear o grau de priorização a ser atribuído a cada
tópico. Isso não significa que você vai estudar apenas o que foi cobrado

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anteriormente, de forma alguma. As bancas de concursos tem procurado
sempre inovar na sua cobrança, trazendo conteúdos que não foram trazidos
em provas anteriores. No entanto, isso não muda o fato de que existem sim
determinados tópicos e subtópicos que são historicamente consagrados
pelas bancas e são objeto de cobrança em provas com muita frequência.
Como a relação é diretamente proporcional, vamos atribuir nota 0 para
conteúdos que nunca foram cobrados, e nota 5 para conteúdos campeões
de cobrança.

Para determinar a FC com segurança, é necessário que você tenha acesso a


dados sobre a frequência que esse tópico vem sendo cobrado em provas
anteriores. A melhor maneira de obter esse dado é utilizando as estatísticas
disponibilizadas pelo TEC Concursos.

Caso você não conheça, o TEC Concursos é, na minha opinião, o melhor


site de questões para concursos. Recomendo fortemente que você faça a
assinatura do site para que você possa fazer uso do site para pesquisas e
também para resolver questões. Apesar de o foco do Método Memoriza
não ser a resolução de questões de forma alguma, e sim o estudo por
flashcards, existem casos em que estudo de questões pode ser muito
benéfico. Vamos tratar mais sobre esse assunto em aulas futuras.

Para obter as estatísticas necessárias para determinar a FC, você deve


seguir os seguintes passos:

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1) Após fazer o login na sua conta do TEC, clique em “Concursos” e digite
o nome do concurso do seu edital de referência

2) Após encontrar o seu concurso de referência, clique em “Guia de


Estudos”, no lado direito da tela

3) Escolha o cargo e clique em “Acessar”

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4) Role a tela para baixo e clique em “Salvar tudo”

5) Pronto, agora você salvou nos seus cadernos de questões do TEC todos
os cadernos referentes a todas as matérias cobradas no seu concurso. Outra
opção seria que você criasse todos esses cadernos manualmente, mas isso
daria muito trabalho. Caso o TEC não tenha disponibilizado cadernos de
questões para o seu concurso, você vai precisar criar esses cadernos
manualmente no TEC. Com seus cadernos salvos, agora é a hora de
verificar as estatísticas para determinar a FC. Clique na aba “Questões” e
acesse o caderno do seu concurso de referência que você acabou de criar.

6) Dentro do caderno, clique na matéria que você deseja determinar a FC

7) Clique em “Índice”

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8) Clique na setinha que fica do lado do nome da matéria para que sejam
detalhados todos os tópicos do caderno

9) Coloque o TEC para “Organizar por: “Matéria” e para “Exibir


distribuição de questões por: Quantidade”, conforme mostra o print acima.

Pronto, agora observe que o TEC atribui uma porcentagem para cada um
dos tópicos. Essas porcentagens representam muito bem a FC. Os dados do
print acima mostram, por exemplo, que os tópicos “Regressão”,
“Estatística descritiva” e “Probabilidade” se destacam na frequência em
que foram cobrados nas provas anteriores. Nesse exemplo, seria razoável
atribuir nota 4 ou 5 para esses tópicos, ao mesmo tempo que o tópico
“Análise de variância” deve receber nota 0.

4. Peso na nota (PN)

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O PN é simplesmente o valor relativo a pontuação que aquela matéria vai
ter na sua pontuação final. Diferentemente dos fatores anteriores, o PN
deve ser atribuído para toda a matéria e não para tópicos e subtópicos. Isso
ocorre pois os editais geralmente especificam o número de questões por
blocos de matérias ou mesmo por matéria.

Por exemplo, no concurso para Auditor do TCU que eu fiz, o edital. O


edital especificava que a prova objetiva seria dividida da seguinte forma:

Perceba que o edital não especificou o número de questões de cada


matéria, apenas de cada bloco. Dessa forma, eu fiz uma estimativa da
quantidade de questões que a banca deve cobrar de cada matéria, e montei
a seguinte tabela:

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Essa foi a estimativa do que eu julguei ser a mais provável divisão de
questões. Com base nessa estimativa, eu determinei o PN de cada matéria.
Assim como os demais fatores, o PN deve variar de 0 a 5. No exemplo
acima, as matérias Estatística e Análise de Dados receberam um PN de 5,
enquanto as demais matérias receberam um PN menor. Note também que
todas as matérias têm o mesmo peso, mas esse nem sempre é o caso. É
comum que alguns concursos atribuam pesos diferentes para diferentes
partes do edital. Nesses casos, lembre-se de levar em consideração esses
pesos para determinar o seu PN.

Assim, a fórmula do IR é a seguinte: IR = VC + ND + FC + PN. O IR


pode variar de 0, para tópicos extremamente volumosos, difíceis, que
nunca são cobrados em provas e com baixo peso na nota final, até 20, para
tópicos curtos, fáceis de aprender, frequentemente cobrados em provas e
com um alto peso na nota final. Raramente você vai encontrar qualquer
matéria ou tópico nesses extremos

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Para que você se organize melhor no seu planejamento detalhado,
recomendo que você crie uma tabela do Excel no seguinte formato:

A partir de agora, para referências futuras, vamos chamar essa tabela de


“tabela de planejamento detalhado”, ou simplesmente TPD.

Nesse exemplo, montei uma TPD para a matéria Direito Constitucional.


Observe que o PN dessa matéria é 3, dessa forma essa nota foi atribuída
para todos os tópicos da matéria. Note também que o VC é inversamente
proporcional ao número de páginas daquele conteúdo, ou seja, quanto mais
páginas, menor o VC. Da mesma forma, o ND é inversamente
proporcional ao nível de dificuldade do tópico. Nessa tabela, o tópico 1
seria o mais difícil (nota 1), e o tópico 6 o mais fácil (nota 5) de aprender.

Dessa forma, a melhor estratégia a ser adotada é iniciar os estudos pelo


tópico 6 (IR = 18) e deixar o tópico 3 (IR = 9) por último. Percebe a
importância de montar uma TPD?

Deixei um modelo dessa tabela anexado aqui nesta aula para que você
possa baixar e utilizar.

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Ao final do seu planejamento detalhado, você deve possuir uma tabela
dessa completa para cada uma das matérias da parte geral do seu edital de
referência. Com essa tabela preenchida, você vai conseguir ter uma visão
muito mais clara e precisa do seu concurso. Esse simples planejamento já
te coloca na frente de 98% dos seus concorrentes!

Com a sua TPD em mãos, agora sim você está apto a começar os seus
estudos.

Para exemplificar a importância de montar a sua TPD, vou contar a


seguinte história. Quando eu estava estudando para Auditor do TCU, uma
das primeiras coisas que eu fiz foi montar a minha TPD. Toda a execução
dos meus estudos foi baseada nela. Eu comecei a estudar 10 dias antes de
sair o edital, então eu montei, logo nos primeiros dias, uma TPD utilizando
como referência o edital para Auditor do TCU de 2015, e logo em seguida
tive que montar uma nova TPD baseada no edital que tinha acabado de
sair.

Na minha TPD para o TCU, diversos tópicos possuíam um IR baixo. O


exemplo mais notório era o tópico Licitações e Contratos, da matéria
Direito Administrativo. O cargo de Auditor do TCU, pela sua natureza,
exige amplos conhecimentos desse tópico, tendo em vista que o Auditor
vai trabalhar frequentemente com compras governamentais e contratos dos
mais diversos. Na minha TPD, esse tópico pontuou da seguinte forma:

VC = 0 (centenas de páginas)

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ND = 1 (difícil para mim)
FC = 5 (sempre é cobrado em provas para Auditor do TCU)
PN = 2 (o peso de Direito Administrativo na nota final era baixo)

IR = 8

Com um IR de 8 (o IR máximo é 20), claramente essa não era um tópico


que eu poderia dar prioridade. No entanto, todos os cursinhos enfatizavam
demasiadamente a importância de estudar esse conteúdo para a prova.
Mesmo assim, com a minha TPD em mãos, eu sabia que se eu me
debruçasse a estudar Licitações e Contratos, eu perderia um tempo valioso
em que eu poderia estar adquirindo outros conhecimentos que iriam me
render um custo benefício em termos de tempo e pontuação final muito
melhores. Assim, eu tomei a decisão de simplesmente NÃO ESTUDAR
licitações e contratos para a prova objetiva. Eu aproveitava meu horário de
almoço para assistir algumas videoaulas sobre o tema, só para não ir
totalmente cru para a prova nesse tópico, mas em momento algum me
dediquei a estudar verdadeiramente esse tópico. Resultado? Vieram duas
questões de licitações e contratos na prova. Valia a pena eu ter estudado
aquelas centenas de páginas de lei seca, bastante complexas, para TALVEZ
acertar essas duas questões? Certamente não! E no final das contas eu
ainda acertei uma dessas questões com o pouco conhecimento que eu
tinha. Ou seja, minha estratégia foi extremamente eficiente e me colocou
muito na frente de quem perdeu horas, dias, estudando uma matéria que
quase não tinha relevância para a prova, como a TPD mostrou. Enquanto

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meus concorrentes estavam se matando para estudar licitações e contratos,
eu estava angariando pontos em outras matérias.

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MÓDULO 5
Estudando por flashcards

AVISO: Neste módulo, nós iniciaremos nossos estudos por flashcards.


Devido a sua natureza dinâmica, este conteúdo é melhor transmitido em
formato de videoaulas. Desta forma, é altamente recomendável que você
assista as videoaulas do Método Memoriza para que você obtenha uma
compreensão completa.

O que são flashcards?

Um flashcard é uma ferramenta de estudo que consiste em cartões com


informações escritas em duas faces, usados para ajudar a memorizar e
revisar informações, como vocabulário, conceitos, fórmulas, etc.

A imagem acima ilustra flashcards feitos a mão, que é a maneira como


tradicionalmente as pessoas usam flashcards. Aqui no Método Memoriza,

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no entanto, nós vamos usar apenas flashcards digitais, feitos no
computador, utilizando um software chamado Anki.

Iniciando no Anki

O Anki é um software gratuito, em português e muito fácil de usar. Anki


em japonês significa memorização. A ideia do software é facilitar a
criação, o estudo e a revisão de flashcards bom base em duas técnicas de
memorização: repetição espaçada e memorização ativa.

A memorização ativa, ou estudo ativo, trata-se de técnicas de estudo que


exigem que o estudante esteja a todo momento tendo que relembrar das
informações que são objeto de estudo. As maneiras mais conhecidas de se
estudar ativamente são a resolução de questões e o uso de flashcards. As
técnicas como leitura, confecção de resumos, mapas mentais e videoaulas
são todas técnicas passivas de estudo.

O estudo ativo é muito mais eficiente que o estudo passivo, pois no estudo
ativo o estudante está a todo momento tendo que recapturar em sua mente
as informações, que é exatamente o que você vai precisar fazer na hora da
prova: lembrar do conteúdo para acertar as questões. O estudo passivo, por
sua vez, não é muito eficiente para ajudar você a reter o conhecimento por
longos períodos de tempo.

Se você estuda para concursos há algum tempo, já deve ter se deparado


com diversas situações onde você vai tentar resolver uma questão de um

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assunto que você supostamente já estudou bastante, mas mesmo assim não
consegue relembrar da informação para resolver a questão. Isso acontece
porque você provavelmente está gastando muito tempo dos seus estudos
com técnicas passivas de estudo, que te dão uma falsa impressão de
aprendizado, quando na verdade a maior parte daquele conteúdo será
esquecido rapidamente.

Esse processo de esquecimento é natural do cérebro humano, pois este


busca manter ao alcance da memória apenas as informações que ele julga
serem as mais relevantes para você. Se você simplesmente lê um conteúdo
algumas vezes, sem utilizar nenhuma técnica de estudo ativo, seu cérebro
vai entender que não é necessário relembrar daquela informação com
frequência, e consequentemente você vai ter muitas dificuldades de
recapturar essa informação no momento da prova.

Apesar de questões também serem uma forma ativa de estudo, elas são
muito menos eficientes do que os flashcards. Estudar por questões vai te
permitir testar os seus conhecimentos e assim ganhar mais confiança para
a prova, mas tem suas limitações. Primeiro, ao estudar por questões você
estará limitado às questões que foram produzidas anteriormente pelas
bancas. Ou seja, caso determinado tópico a ser estuda seja inovador, ou
seja, não tenha sido objeto de cobrança em provas pretéritas, você não vai
encontrar questões desse assunto para estudar. Já ao estudar por flashcards,
você consegue com facilidade transformar qualquer conteúdo novo em
flashcards e assim aplicar o estudo ativo para esse novo assunto. As bancas
de concursos tem constantemente buscado inovar em suas provas, trazendo

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tópicos que nunca foram cobrados em provas anteriores ou até mesmo
trazendo matérias completamente novas, como foi por exemplo o caso da
matéria Análise de Dados no concurso para Auditor do TCU que eu prestei
em 2022.

Além disso, estudar por questões não te permite fazer uso da repetição
espaçada, que é um fator crucial para o seu progresso. A repetição
espaçada trata-se da ideia de que você deve revisar os conteúdos que você
estiver estudando num intervalo de tempo cada vez maior, para os assuntos
que você demonstra proficiência. Da mesma forma, você deve diminuir o
intervalo de tempo entre as revisões para os assuntos que você estiver
tendo dificuldades. Isso tudo vai ficar mais claro a medida que nós
progredirmos aqui no nosso estudo por flashcards.

No Anki, a repetição espaçada acontece de forma automática. O Anki vai


programar as suas revisões de acordo com o seu nível de dificuldade para
cada tópico que você estiver estudando. Dessa forma, você vai todos os
dias estudar exatamente aquilo que você mais precisa estudar. Matérias
que você tiver maior dificuldade serão revisadas com mais frequência do
que aquelas que você tem mais facilidade.

O algorítimo do Anki foi feito levando em consideração a melhor ciência


de memorização existente, nomeadamente a Curva de Esquecimento de
Ebbinghaus e o Sistema de Leitner. Para os propósitos do nosso curso, não
é necessário que eu entre em detalhes sobre essa ciência. É suficiente que

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você saiba que o Anki, apesar de gratuito, é um software muito bem
construído e profissional.

Compromisso com os estudos

Como dito anteriormente, o estudo por flashcards através do Anki é


baseado em repetição espaçada e memorização ativa. O mecanismo de
repetição espaçada do Anki vai ordenar e programar as suas revisões
automaticamente, agendando os flashcards para serem estudados quando
estes estiverem mais próximos do seu ponto de esquecimento. Assim, o
Anki vai programar flashcards para serem estudados todos os dias da
semana, de domingo a domingo, pois todos os dias existem flashcards que
devem ser revisados para garantir uma boa memorização de longo prazo.

Nesse sentido, é importante que desde já você assuma um compromisso


consigo mesmo de estudar todos os dias da semana, de domingo a
domingo. Não estou dizendo que você deve estudar o dia inteiro todos os
dias, mas estou dizendo que você deve ter uma carga mínima de estudo
todos os dias.

No estudo por flashcards esse compromisso diário se torna crucial para o


seu sucesso porque, caso você não estude em qualquer dia, o Anki vai
acumular as suas revisões para o dia seguinte. A medida que as revisões
acumulam, tornam-se uma bola de neve rapidamente e você vai demorar
um bom tempo até conseguir zerar todas as revisões acumuladas. Seu

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compromisso com seus estudos deve ser tamanho que quase nenhum
acontecimento na sua vida pode te fazer ficar um dia sem estudar.

Para ilustrar o que eu digo, vou contar uma história pessoal. Meu filho
nasceu no dia 12 de Maio de 2021, 10 dias antes da prova da Polícia
Federal, em que fui aprovado. Ele nasceu às 22h, inesperadamente,
prematuro de 7 meses. No mesmo dia ele foi encaminhado para a UTI
Neonatal, já que como bebê prematuro ele ainda precisava ficar na
encubadora para se desenvolver completamente, pois ele não estava
respirando bem. Durante todos os dias após o nascimento do meu filho eu
continuei estudando, de uma maca de hospital, com o notebook no colo.
Eu estava ansioso? Claro. Estava muito preocupado com o meu filho.
Chorava todos os dias e pedia a Deus que me ajudasse, que cuidasse do
meu filho e que me desse sabedoria para fazer a prova. Apesar do
desespero, não parei. No final das contas deu tudo certo, e aqui estou eu
para te contar essa história e quem sabe te inspirar.

Recomendo que você determine uma quantidade de horas semanais que


você está disposto a dedicar para os seus estudos e divida essas horas
igualmente para todos os dias da semana. Por exemplo: se você decidir que
você vai estudar 20 horas por semana, você pode estudar 3 horas por dia, o
que daria 21 horas ao final dos 7 dias da semana. A não ser que o seu
concurso seja um concurso com muito pouco conteúdo, recomendo que
você estude no mínimo 3 horas por dia. Quanto mais conteúdo seu
concurso envolver, mais horas você deve acrescentar. Quando eu estava

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estudando para o TCU, eu mantive uma média de 45 horas semanais
líquidas.

Recomendo também que você use um cronômetro para marcar as suas


horas líquidas para que você tenha um maior controle sobre a sua
produtividade. Toda vez que você levantar da cadeira ou parar de estudar
por qualquer motivo que seja, pare o cronômetro. Isso vai te forçar a ser
mais produtivo e a ficar mais atento ao bom uso do seu tempo. O
AprovadoApp é uma ótima ferramenta para controlar seu tempo e
organizar o progresso dos seus estudos.

Por fim, esteja atento se as redes sociais não estão te atrapalhando nos
estudos. Quando eu estudava, eu resisti algumas semanas até apagar as
redes sociais, pois eu estava tentando me convencer que as redes “não
atrapalhavam tanto”. Depois que eu tomei vergonha na cara e apaguei
tudo, minha produtividade cresceu significativamente. Seja sincero
consigo mesmo e analise se você consegue fazer um bom uso das redes
sociais sem que isso afete o seu desempenho nos estudos. Se a resposta for
negativa, apague tudo imediatamente.

Instalando o Anki

O Anki pode ser utilizado em computador, tablet ou smartphone. No


entanto, eu recomendo que você faça o uso primariamente através do
computador e utilize o tablet ou smartphone apenas de forma auxiliar. A
versão do Anki para computador é mais robusta, possui mais

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funcionalidades, e permite muito mais rapidez na criação de flashcards.
Recomendo que você use as vesões de tablet e smartphone apenas para
estudar os flashcards já criados ou para fazer edições simples. Para criar
flashcards com eficiência e fazer pesquisas nos flashcards através do
painel (o uso do painel será explicado em aula futura), você vai precisar
usar o Anki no computador.

Para instalar o Anki, entre em: https://apps.ankiweb.net/.

Role a página até o final e clique no botão da imagem abaixo.

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Você pode baixar qualquer uma dessas últimas versões disponíveis. A
diferença entre elas é mínima, não fazendo diferença para nossos
propósitos.

Após baixar o arquivo, você deve executar ele e seguir os passos do guia
de instalação. Após instalar o Anki, execute o programa. A tela inicial do
seu Anki deve ser assim:

Com o Anki instalado em seu computador, agora você precisa criar uma
conta para poder sincronizar os seus flashcards na nuvem do Anki. Isso é
importante para que você tenha segurança de que seus flashcards estarão
salvos e poderão ser acessados de qualquer computador, tablet ou
smartphone.

Para criar uma conta, acesse: https://ankiweb.net/account/register

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Na tela acima, digite seu e-mail e crie uma senha. Clique em “Sign up” e
pronto, sua conta está criada. Em seguida, entre no seu e-mail para
confirmar sua nova conta.

Agora volte para a tela inicial do seu Anki e clique em “Sincronizar”

Digite o e-mail e a senha da conta que você acabou de criar e clique em


OK.

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Pronto, agora você possui uma conta no Anki sincronizada na nuvem com
o seu computador.

Configurando o Anki

Antes de começar a usar o Anki, é importante que você realize algumas


configurações iniciais. Não utilize as configurações padrões do Anki, pois,
apesar de boas, estas não são otimizadas para a realidade do concurseiro
brasileiro.

Com a minha experiência, encontrei uma configuração que eu considero


ser a ideal para o ritmo de estudos que os concursos no Brasil exigem. É
extremamente importante que você adote essa configuração também.
Para configurar o seu Anki, clique em “Ferramentas”, depois em
“Preferências”. Vá na aba “Reviews” e certifique-se que a opção
“Agendador V3” está desmarcada. Em seguida clique em “Fechar”.

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Agora clique na “rodinha” que fica ao lado do baralho “Padrão”, conforme
a imagem abaixo:

O Anki vai mostrar uma tela com diversas configurações. Copie as


configurações da imagem abaixo:

Após digitar todas essas configurações exatamente como mostra a imagem


acima, clique em “Salvar”.

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Por fim, agora você vai instalar uma extensão no seu Anki. Essa extensão
vai adicionar uma funcionalidade muito importante no seu Anki: poder
criar flashcards de imagens. Essa funcionalidade é muito importante para
criar alguns tipos de flashcards, como tabelas, gráficos, fórmulas e mapas
mentais. Vamos ver isso mais detalhadamente no futuro.

Para instalar essa extensão, vá em “Ferramentas”, depois em “Extensões”,


depois em “Obter extensões…”. O Anki vai mostrar a seguinte tela:

Digite o código: 1374772155 e clique em OK.

Pronto, agora o seu Anki já está configurado e pronto para ser utilizado!

Anki no tablet/smartphone

Para utilizar o Anki no tablet ou no smartphone, você pode instalar os


aplicativos diretamente no seu aparelho. O AnkiDroid (versão para
Android) é gratuito, mas o AnkiMobile (versão para iPhone e iPad) é pago.
Outra opção, que eu prefiro, é simplesmente usar o AnkiWeb diretamente
do seu navegador, de graça. Você não precisa instalar nada no seu celular
para usar o AnkiWeb, basta acessar diretamente do seu navegador.

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Para usar o AnkiWeb, entre em https://ankiweb.net/ e clique em “Log in”

Na tela seguinte, digite o e-mail e a senha da sua conta do Anki.

Pronto, agora você tem acesso diretamente a todos os seus flashcards


sincronizados na nuvem e pode estudá-los diretamente do seu aparelho.

O texto da imagem acima, retirado diretamente do site do AnkiWeb, diz o


seguinte em português:

“AnkiWeb é um companheiro gratuito para a versão de computador do


Anki. O AnkiWeb pode ser usado para revisar online quando você não tem
acesso ao seu computador doméstico e pode ser usado para manter seus
cartões sincronizados em várias máquinas.

AnkiWeb destina-se a ser usado em conjunto com a versão de computador


do Anki. Embora seja possível criar cartões básicos apenas com texto e
revisá-los usando apenas o AnkiWeb, para baixar baralhos compartilhados,
aproveitar os recursos multimídia e assim por diante, você também

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precisará usar a versão gratuita para computador. Se você nunca usou o
Anki antes, comece com a versão para computador.”

Como eu disse anteriormente, o AnkiWeb deve ser utilizado nos seus


aparelhos de forma auxiliar. O seu uso principal deve ser feito pelo
computador, para que você tenha acesso as funcionalidades mais
avançadas da ferramenta.

Visão geral do Anki

Como mostrado anteriormente, a tela inicial do Anki com a sua nova conta
é a seguinte:

O “Padrão” é o baralho do Anki. Como não existe ainda nenhum flashcard,


veja que está tudo zerado. Você pode renomear esse baralho para o nome
que você quiser clicando na “rodinha” a direita. Você pode criar também
quantos baralhos e sub-baralhos quiser.

Para criar novos baralhos, clique em “Criar baralho” na parte inferior da


tela inicial do Anki. Você pode também criar sub-baralhos, isto é, um

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baralho dentro de outro. Para fazer isso, basta arrastar com o mouse um
baralho para dentro do outro.

Para ilustrar, aqui está uma conta com muitos baralhos e sub-baralhos.

Cada linha representa um baralho, que representa uma matéria. Para cada
matéria, existem muitos subtópicos. Para ver os subtópicos de cada
matéria, basta clicar no sinal de “+” que está do lado de cada matéria. Note
também que todos os flashcards estão na coluna de “Novos”. Isso ocorre

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porque esta conta não está ativa no momento, ou seja, os flashcards não
estão sendo estudados.

Até agora, nós não criamos nenhum flashcard. Em aulas futuras eu irei
mostrar exatamente como você deve fazer para criar flashcards eficientes,
ou mesmo como utilizar flashcards que foram criados por outras pessoas,
como os que eu disponibilizo na http://lojamemoriza.com. Por enquanto,
vou ilustrar como funciona o estudo por flashcards no Anki para que você
possa compreender o Método Memoriza.

Voltando para o Anki, para estudar uma matéria, tópico ou subtópico, basta
clicar no baralho desejado e em seguida clicar em “Estudar agora”.

O Anki então vai abrir um flashcard do baralho selecionado aleatoriamente


para você responder. Exemplo:

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Você deve então tentar responder o flashcard na sua mente e em seguida
clicar em “Mostrar reposta”. Para cada flashcard você deve marcar entre as
seguintes opções:

De novo: caso você tenha errado o flashcard, ou lembrado dele apenas


parcialmente

Difícil: caso você tenha acertado, mas tenha ultrapassado o tempo razoável
para responder o flashcard (máximo de 30 segundos)

Bom: caso você tenha acertado o flashcard dentro do tempo

Fácil: caso você tenha respondido muito rápido, quase instantaneamente

Perceba na imagem acima que para cada marcação sua, o Anki vai atribuir
um intervalo diferente para sua próxima revisão. Por um lado, quanto mais
fácil for o flashcard, maior vai ser o intervalo para a próxima revisão. Por
outro lado, se você errar o flashcard, vai ter que revisar ele novamente em
poucos minutos.

Aqui está o poderoso mecanismo de revisão espaçada do Anki que já foi


citado anteriormente. Com o progresso dos seus estudos, o Anki vai
entender exatamente quais são os flashcards que merecem mais ou menos

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atenção, o que otimizará enormemente o uso do seu tempo e vai te fazer
aprender e reter muito mais conteúdo em menos tempo.

A medida que você for estudando os flashcards, eles vão sendo


“graduados”.

O primeiro nível são os flashcards “Novos”. Esses são flashcards que


foram criados, mas nunca foram estudados.

O segundo nível são os flashcards da pilha “Aprender”. Esses são


flashcards que você estudou uma vez e marcou como “Bom”, ou então
aqueles que já estavam graduados para “Revisão”, mas que você errou,
fazendo eles retornarem para a pilha “Aprender”

O terceiro nível são os flashcards da pilha “Revisão”. Esses são flashcards


que estavam na pilha “Aprender” e você marcou “Bom” ou “Fácil” neles.
Podem ser também flashcards que eram “Novos”, mas que logo na
primeira vez que você estudou você já marcou como “Fácil”, fazendo o
flashcard ser graduado automaticamente para a pilha de “Revisão”, sem
passar pela pilha “Aprender”.

Agora que você já possui uma visão geral de como funciona o Anki, está
na hora de começar a utilizar os flashcards. Você tem duas opções: criar os
seus próprios flashcards ou utilizar os flashcards criados por terceiros.

Importando e exportando flashcards

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Para utilizar flashcards criados por terceiros, como por exemplo os que eu
disponibilizo na https://lojamemoriza.com, você vai precisar “importar”
esses flashcards para o seu Anki. Para fazer isso, você vai precisar
primeiro baixar o arquivo que foi disponibilizado quando você adquiriu
esses flashcards.

Se você adquiriu o Método Memoriza, você recebeu acesso a um arquivo


com milhares de flashcards de diversas matérias.

Com o arquivo salvo em seu computador, abra seu Anki e clique em


“Arquivo”, em seguida em “Importar”, e selecione o arquivo que você
acabou de baixar. O Anki irá agora importar todos esses flashcards para
sua conta.

Da mesma forma, você pode enviar seus flashcards para terceiros. Para
fazer isso, clique na “rodinha” ao lado do baralho que você quer enviar e
clique em “Exportar”.

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Deixe pelo menos a opção “Incluir mídia” marcada, para que seus
flashcards de imagens sejam corretamente exportados.

Criando flashcards

Vamos iniciar agora uma das partes mais fundamentais do nosso curso: a
criação de flashcards eficientes e atômicos.

Existe uma ideia errônea entre algumas pessoas de que criar flashcards é
muito trabalhoso e demanda muito tempo. De fato, a criação de flashcards
vai exigir de você um certo tempo. No entanto, qualquer forma de estudar
também vai te demandar tempo. A grande questão é: qual maneira de
estudar vai, ao final e ao cabo, resultar mais rapidamente na sua
aprovação? Você está disposto a perder horas fazendo resumos, mapas
mentais, lendo PDFs repetidas vezes, resolvendo milhares de questões,
mas não está disposto a usar seu tempo criando flashcards? Não faz
sentido. Se você quer estudar por flashcards, você vai precisar se dedicar
também. A diferença está no resultado. O tempo que você vai gastar
criando flashcards vai ser mais do que compensado pela velocidade e
consistência em que você vai conseguir aprender e assim estar mais bem
preparado para sua prova.

Mesmo que você utilize flashcards criados por terceiros, como forma de
economizar tempo, é de crucial importância que você aprenda a criar os
seus próprios flashcards. Os flashcards criados por terceiros certamente
podem te ajudar muito, mas eles não estão adaptados para a sua realidade

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específica. A medida que você estuda, você vai sentir necessidade de editar
os flashcards e melhorá-los, para atender às suas necessidades, mas para
isso você precisa primeiro entender como deve ser feita a criação de
flashcards eficientes, até mesmo para que você possa identificar quando
um flashcard não estiver adequado.

Um dos maiores erros que eu vejo concurseiros que utilizam flashcards em


seus estudos cometerem é criarem flashcards ineficientes, complexos ou
excessivamente longos. É muito importante que você entenda que os
flashcards devem ser breves, com perguntas precisas e específicas, de
maneira que possam ser respondidos rapidamente.

No Método Memoriza, nós vamos trabalhar com 3 diferentes tipos de


flashcards:
a) Básico (Basic)
b) Omissão de palavras (Cloze)
c) Oclusão de imagens (Image Occlusion)

Para criar um flashcard, na tela inicial do Anki, selecione o baralho onde


você quer incluir esse flashcard. Em seguida clique em “Adicionar”.

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O Anki vai abrir a seguinte janela para criação de flashcard. Clique no
botão que fica ao lado de “Tipo”.

Agora seleciona o tipo de flashcard que você quer criar. Os 3 tipos


marcados na imagem abaixo são os tipos de flashcards que serão usados
aqui no Método Memoriza, como mencionado anteriormente.

Flashcards do tipo básico (basic)

Flashcards do tipo básico são aqueles no formato mais tradicionalmente


conhecido: uma pergunta e uma resposta. Por exemplo:

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Para criar flashcards do tipo básico, selecione “Basic” na seleção do tipo
de flashcard. Na janela de edição, digite a pergunta no campo “Front” e a
resposta no campo “Back”, e em seguida clique em “Adicionar”.

Para que você obtenha uma melhor visualização das diversas formas de
utilização deste tipo de flashcard, assista as videoaulas do Método
Memoriza.

Flashcards de omissão de palavras (cloze)

Flashcards do tipo omissão de palavras são aqueles onde uma parte do


texto é omitida. Para acertar o flashcard, você deve rapidamente responder
na sua cabeça a omissão que está sendo perguntada. Por exemplo:

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No exemplo acima, a omissão é representada pelos três pontos entre
colchetes ([…]). Ao mostrar a resposta:

Para criar flashcards do tipo omissão de palavras, selecione “Cloze” na


seleção do tipo de flashcard. Na janela de edição, digite o texto completo
do flashcard. Exemplo:

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Agora selecione a parte do texto que você deseja que seja omitida.
Exemplo:

Agora aperte as teclas “CTRL+SHIT+C” simultaneamente. O resultado


será:

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Clique em “Adicionar”. Pronto, seu flashcard está criado. No Método
Memoriza, a maior parte dos flashcards serão do tipo omissão de palavras.
Esse é o tipo de flashcard mais fácil e rápido de ser criado, e deve ser
amplamente utilizado no estudo de lei seca e PDFs.

Diferentemente dos flashcards do tipo básico, onde você muitas das vezes
tem que digitar as perguntas e respostas manualmente, nos flashcards do
tipo omissão de palavras você pode simplesmente copiar textos de leis
secas e PDFs e criar dezenas de omissões no texto em minutos.

Flashcards de oclusão de imagens (image occlusion)

Flashcards de oclusão de imagens são similares aos de omissão de


palavras, mas com imagens. O Anki vai te mostrar uma imagem com uma
parte dela oculta. Por exemplo:

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No exemplo acima, eu transformei um mapa mental em flashcard. O
quadrado em vermelho representa a omissão que deve ser respondida. Os
demais quadrados são outras omissões (ou seja, outros flashcards). Note
que nessa única imagem existem 8 flashcards diferentes.

Este tipo de flashcard é muito útil para transformar tabelas, mapas mentais,
fórmulas matemáticas e gráficos em flashcards rapidamente.

Para que você obtenha uma melhor visualização das diversas formas de
utilização deste tipo de flashcard, assista as videoaulas do Método
Memoriza.

Painel

Uma ferramenta muito importante para o seu estudo por flashcards é o


Painel. Para acessá-lo, clique em “Painel” na tela inicial do Anki.

Você deve usar o Painel para fazer pesquisas rápidas e edições nos
flashcards. No campo de busca você pode digitar as palavras-chaves do
que você deseja pesquisar e assim pode rapidamente encontrar a
informação desejada. Isso torna-se muito útil para tirar dúvidas rápidas.

O painel oferece diversas outras funcionalidades que podem ser


exploradas. Para um guia mais completo sobre o uso do painel, assista as
videoaulas do Método Memoriza.

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Estatísticas

O Anki fornece uma série de estatísticas que auxiliam você a organizar e


acompanhar o progresso dos seus estudos. Para acessá-las, clique em
“Estatísticas” na tela inicial do Anki.

Algumas estatísticas muito relevante que você deve prestar atenção são:
média de flashcards estudados por dia, tempo médio para resolução de
flashcards, quantos flashcards estão programados para os dias seguintes,
etc.

Para um guia mais completo sobre as estatísticas, assista as videoaulas do


Método Memoriza

MÓDULO 6
Aplicando o Método Memoriza

Agora que você já possui realizou todo o seu planejamento detalhado e


possui um entendimento do funcionamento do Anki, está na hora de
começar a colocar tudo isso em prática.

Para começar, é precisa ter uma quantidade razoável de flashcards criados.


Se você adquiriu flashcards de terceiros, você pode começar estudando por

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eles. No entanto, você pode também iniciar a partir dos flashcards que
você mesmo criou, como eu fiz quando estava estudando.

Se você escolher estudar apenas pelos seus próprios flashcards, recomendo


que você use as duas primeiras semanas dos seus estudos para se dedicar
apenas a criação de flashcards. Nesse período você deve buscar criar
flashcards de diversas matérias, mas não deve ainda se preocupar em
estudá-los. O objetivo inicial é que você se familiarize com o processo de
criação de flashcards.

Uma dúvida comum que surge no processo de criação de flashcards é: mas


como vou decidir aquilo que deve ou não virar flashcard?

Uma técnica simples e que funciona muito bem é, para cada tópico que
estiver sendo estudado, buscar responder as seguintes perguntas:
a) O que é? => O
b) Para que serve? => P
c) Como funciona? => C

Eu chamo essa técnica de OPC.

Qualquer informação que possa responder qualquer uma dessas perguntas


deve ser transformada em flashcard. A melhor e mais rápida forma de fazer
isso é criando os seus flashcards logo no momento em que você tem um
primeiro contato com a matéria.

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João da Silva está estudando o tópico Poderes da Administração Pública,
da matéria Direito Administrativo. No PDF do Direção Concursos, ele se
deparou logo no início com o seguinte texto:

“Agentes públicos possuem uma série de prerrogativas que lhes permitem


exercer atividades com a finalidade de concretizar os interesses da
coletividade. Tais prerrogativas decorrem do princípio da supremacia do
interesse público e constituem os chamados poderes administrativos.”

As partes sublinhadas do texto representam as partes que João decidiu


transformar em flashcards do tipo omissão de palavras. Sendo assim, João
copiou o texto do PDF, colocou no Anki rapidamente, e criou esses 3
flashcards.

Note que cada uma das partes sublinhadas consegue busca responder de
alguma forma às perguntas da técnica OPC. Veja:

“Agentes públicos possuem uma série de prerrogativas que lhes permitem


exercer atividades com a finalidade de concretizar os interesses da
coletividade (PARA QUE SERVE?). Tais prerrogativas decorrem
do princípio da supremacia do interesse público (COMO FUNCIONA?) e
constituem os chamados poderes administrativos (O QUE É?).”

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Praticando a técnica OPC, você vai rapidamente conseguir identificar os
pontos importantes de cada tópico que devem ser transformados em
flashcards.

É importante ressaltar que você deve realizar a criação de flashcards logo


no seu primeiro contato com a matéria. O ideal é que você não precise
mais voltar na lei seca, PDF ou livro depois que você já transformou
aquele conteúdo em flashcards. Dessa forma, você vai acelerar
imensamente o seu progresso.

A mesma lógica da técnica OPC deve ser aplicada ao estudar lei seca. No
entanto, muitas leis são cheias de detalhes, listas e conceitos abstratos.
Nesses casos, pode ser que você tenha um pouco de dificuldades em saber
quais partes devem ser transformadas em flashcards. A melhor maneira de
lidar com isso é simples: na dúvida, crie o flashcard.

O estudo da lei seca é muito importante, de forma que você não tem nada a
perder ao criar algumas dezenas ou centenas de flashcards extras de uma
lei complexa e cheia de detalhes. Pelo contrário, a sinergia entre os
flashcards vai ajudar você a consolidar o texto da lei seca em sua mente.

O estudo por flashcards é tão eficiente que você não deve se preocupar se
você está com um volume muito grande de flashcards para estudar, desde
que você esteja seguindo o que é ensinado aqui no Método Memoriza a
risca. Se a sua TPD determinou que um determinado tópico deve ser
priorizado, crie quantos flashcards você precisar.

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Com um bom número de flashcards criados, você pode começar a estudá-
los. No primeiro dia, todos os seus flashcards estarão na pilha de
flashcards “Novos”, já que você ainda não começou a estudar nenhum
deles. A medida que você progredir, os flashcards vão sendo transferidos
para as pilhas “Aprender” e “Revisão”, como explicado anteriormente.

A partir daí, todos os dias, ao iniciar seus estudos, você deve buscar bater
as seguintes metas/etapas, em ordem:
1) Estudar todos os flashcards em “Aprender” e “Revisão”
2) Estudar sua meta diária de flashcards novos
3) Criar novos flashcards (se sobrar tempo)

Ao iniciar seu dia, sua primeira meta deve ser estudar todos os flashcards
em “Aprender” e “Revisão”. Para fazer isso, você deve indicar para o Anki
que você não quer estudar nenhum flashcard novo. Clique na “rodinha”
que fica ao lado de qualquer um dos baralhos e coloque “0” no campo
“Novos cartões/dia”, e clique em “Salvar”, conforme a imagem abaixo.

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Você vai perceber que a pilha de “Novos” vai sumir, sobrando apenas os
flashcards das pilhas “Aprender” e “Revisão”. Assim, você pode iniciar
seu dia estudando apenas esses flashcards.

Após bater essa primeira meta do dia, você deve ir para a segunda: bater
sua meta diária de flashcards novos. Nesta etapa, você deve estabelecer
uma meta diária de flashcards novos que você vai estudar diariamente.

Para ilustrar, quando eu estudava para o TCU minha meta diária era de 150
flashcards novos, visando bater uma meta semanal de 1.000 flashcards
novos. Nesse ritmo, a cada semana eu conseguia transferir cerca de 1.000
flashcards da pilha de “Novos” para as demais pilhas. Para configurar o
Anki para sua meta diária, ao finalizar suas revisões das pilhas “Aprender”
e “Revisão”, clique na “rodinha” ao lado de qualquer baralho e coloque o
número da sua meta no campo “Novos cartões/dia”, e clique em “Salvar”.
Por exemplo, se sua meta for 100, coloque:

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Estabelecer essa meta diária ou semanal é fundamental para que você
consiga visualizar seu progresso semanal. Por exemplo, se você tem
10.000 flashcards e você está conseguindo manter um ritmo de 500
flashcards novos por semana, então em 20 semanas você vai ter todos
esses 10.000 flashcards já nas pilhas “Aprender” e “Revisão”. Isso te
permite ter uma programação exata de quanto tempo você vai demorar
para estudar todo o conteúdo programático do seu edital.

No meu caso, quando eu estudava para o TCU, eu tinha um total de 16.000


flashcards para estudar até a prova objetiva. Com essa meta semanal de
1.000 flashcards por dia, eu sabia que conseguiria bater todo o conteúdo do
edital em 16 semanas. Naturalmente, quanto maior for sua meta
semanal/diária, mais rápido vai ser o seu progresso.

Seu objetivo final deve ser levar o máximo número de flashcards para a
pilha de “Revisão”, de preferência como flashcards maduros. Flashcards
maduros é uma denominação que o Anki dá para flashcards que já estão
com um intervalo de revisão superior a 21 dias. Ou seja, se você estudar
um flashcard hoje e o Anki indicar que a próxima vez que você deve
estudar esse flashcard será daqui a mais de 21 dias, o Anki vai classificar
esse flashcard como maduro.

Flashcards maduros continuam na pilha de “Revisão”, mas eles são


flashcards que você já revisou algumas vezes e, por você ter acertado-os
seguidamente, ele foi classificado como maduro. Esses flashcards
representam aqueles que você já possui maior proficiência, de forma que

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você dificilmente vai errá-los. Quanto mais flashcards maduros você tiver,
mais preparado você estará para sua prova.

Após ter batido a sua segunda meta do dia, você deve usar o tempo
restante do seu dia para criar mais flashcards de matérias ou tópicos que
você ainda não teve tempo de fazê-lo. É importante que você se acostume
a dedicar um tempo diário ao final do dia para criar flashcards novos, de
forma que você esteja sempre alimentando seu Anki com novos flashcards
a serem estudados. Teoricamente, se você conseguisse criar flashcards de
absolutamente tudo, você não precisaria mais passar por esta etapa
diariamente. No entanto, a realidade dos concursos é que sempre irá existir
algum conteúdo que você pode se aprimorar, que você pode criar um
flashcard diferente. É muito difícil esgotar absolutamente todo o conteúdo
de qualquer concurso.

No meu caso, eu criei flashcards novos até dias antes das provas, pois
sempre existia conteúdo a ser explorado nos flashcards. Recomendo que
você não negligencie esta etapa, pois ela é fundamental para o seu
constante progresso. Eu reservava de 30 minutos a 1 hora todos os dias, no
final do dia, para me dedicar apenas a criar flashcards. Houve um flashcard
que eu criei e estudei literalmente um dia antes da minha prova discursiva
que fez uns 5 pontos de diferença na minha nota final.

Lembre-se, esta deve ser a sua rotina de estudos todos os dias, de domingo
a domingo.

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Outra dúvida comum na aplicação do Método Memoriza diz respeito a
quantidade de matérias que você deve estudar simultaneamente. Como
explicado na aula de planejamento, você deve iniciar seus estudos pela
parte geral do seu edital de referência.

Não há, no entanto, um limite de matérias simultâneas que você pode


estudar no Método Memoriza. Se a parte geral do seu edital possui 6
matérias, você pode começar a estudar todas as 6 matérias ao mesmo
tempo. Basta dividir seu tempo de criação e estudos entre essas matérias.
Recomendo que você divida seu tempo de forma que esteja de acordo com
a sua TPD. Ou seja, procure alocar mais tempo para matérias que possuem
um IR maior, e menos tempo para matérias que possuem um IR menor.

Quando você sentir que você já possui uma base sólida na parte geral, você
pode começar a estudar a parte específica do seu edital, realizando o
mesmo processo de planejamento detalhado para construção da sua TPD.

Quando eu estudava para o TCU, eu estudava todas as matérias todos os


dias, pois o Anki programava revisões de flashcards de todas as matérias.
Sei que isso parece contraintuitivo para o concurseiro que está acostumado
com os métodos tradicionais, afinal de contas parece impossível conseguir
estudar 16 matérias diferentes no mesmo dia.

Acontece que a realidade dos estudos por flashcards é muito diferente dos
demais, não sendo comparável. Diversas dessas 16 matérias consumiam
apenas alguns poucos minutos de estudo no meu dia, pois o volume de

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revisão de flashcards delas era muito baixo. Por exemplo: era raro para
mim gastar mais de 10 minutos por dia estudando Estatística. Da mesma
forma, algumas matérias demandavam bastante tempo todos os dias,
devido ao volume e a complexidade dos flashcards. Assim, eu gastava de
40 a 60 minutos todos os dias estudando Administração Financeira e
Orçamentária e Contabilidade Pública.

A mágica do Anki está aí: ele vai personalizar os seus estudos minuto por
minuto, de forma que todos os dias você vai buscar manter o máximo de
conteúdo do máximo número de matérias ao alcance da sua memória. Não
existe nenhum método de estudos que possa competir com esse nível de
eficiência.

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MÓDULO 7
Técnicas de prova

Até aqui, aprendemos como estudar da forma mais eficiente, visando


maximizar sua retenção de conhecimentos para que você seja capaz de
obter um melhor desempenho em sua prova.

No entanto, por mais eficiente que sejam seus estudos, é importantíssimo


que você seja capaz de traduzir todo o conhecimento adquirido em pontos
na sua nota final. Para isso, você precisa adotar boas estratégias de
resolução de prova.

Neste módulo, vou te dar algumas dicas fundamentais para você atingir
esse objetivo.

Como resolver a prova

Chegou o dia da sua prova. Você está sentado na sua cadeira, com sua
prova em mãos, aguardando o sinal do fiscal de prova para que todos
virem a prova e iniciem a resolução.

Ao que o fiscal anuncia: “podem iniciar a prova”, o que você faz?

A maioria dos concurseiros simplesmente começa a prova pela ordem


apresentada de questões: 1, 2, 3, 4, etc. Esse é um erro que você não pode
cometer!

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Atualmente, as bancas de concursos estão criando provas cada vez mais
trabalhosas e complexas. Muitas das vezes a prova é construída forma que
não seja factível sua resolução completa no tempo proposto. Dessa forma,
você precisa levar em consideração que talvez você seja obrigado a deixar
questões em branco ou mesmo chutá-las.

Diante dessa realidade, a melhor estratégia a ser adotada é iniciar sua


prova pelas matérias que você tem mais facilidade e rapidez. Nas primeiras
horas da sua prova, sua meta é acumular o máximo número de pontos.
Para fazer isso, você deve adotar a seguinte estratégia.

Faça uma lista de todas as matérias que vão cair da sua prova em ordem
crescente de dificuldade e rapidez: da mais fácil e rápida, para a mais
difícil e lenta. Essa é uma lista totalmente subjetiva que vai depender
apenas das suas preferências pessoais. Você vai resolver toda a sua prova
na ordem dessa lista proposta.

Dentro de cada matéria, você vai resolver apenas as questões que não irão
te tomar um tempo acima da média para resolução de questões. Qualquer
questão que demande muito raciocínio, cálculos demorados ou trate de
assuntos que você não domina o suficiente deve ser pulada. Você não
precisa ler a questão inteira para identificar se ela é uma questão que
demandará muito esforço ou não. Geralmente uma rápida passada de olho
na questão já é o suficiente para que você saiba dizer se aquela questão
pode ou não ser resolvida rapidamente.

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As matérias que você possui mais facilidade e rapidez vão servir também
para te dar confiança. É muito importante controlar o seu emocional
durante as horas de prova. Se você iniciar a prova por questões onde você
possui mais dificuldade, você pode se sentir desanimado e desmotivado e
isso vai inevitavelmente afetar o seu desempenho final.

Para ilustrar melhor esta estratégia, vou contar a história de como eu


resolvi minha prova para o Auditor do TCU. Na prova objetiva do TCU, eu
obtive uma pontuação de 62. A prova era composta de 100 questões de
múltipla escolha a serem resolvidas em 5 horas, o que dá uma média de 3
minutos por questão. Meu desempenho foi suficiente para me colocar na
classificação 77 entre 20.000 candidatos. A prova do TCU foi sem dúvidas
uma das provas mais difíceis da história dos concursos públicos no Brasil.
Não é nenhum exagero dizer que era totalmente impossível que qualquer
candidato conseguisse ao menos ler todas as questões com a calma
necessária, quanto pior resolvê-las.

Ao abrir a prova, eu logo tive essa percepção. No entanto, não me


preocupei. Eu sabia que minha estratégia de resolução iria me beneficiar
muito, pois eu gastaria meu tempo de maneira a maximizar minha chance
de pontuar. De acordo com a minha lista de matérias, da mais fácil para a
mais difícil, eu resolvi começar a prova na seguinte ordem: Inglês,
Administração Financeira e Orçamentária, Contabilidade Pública,
Estatística, Análise de Dados, etc. Na outra ponta, deixei matérias como
Direito Administrativo e Português por último.

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Toda e qualquer questão que eu percebesse que iria me tomar muito tempo,
eu pulava, mesmo que fosse das matérias consideradas mais fáceis. Da
mesma forma, mesmo entre as matérias mais difíceis, se eu notasse que a
questão tratava de um tema que eu dominava, eu tentava resolvê-la. Como
a prova era extremamente longa, eu não tive tempo de revisar a prova em
momento algum, e tenho certeza que nenhum concorrente bem preparado
teve. Eu estava até o último minuto da prova tentando resolver questões de
Português, não tendo conseguido nem terminar de ler todas as questões da
prova. Assim, tive que gastar os últimos 5 minutos da prova chutando
cerca de 15 questões da prova que eu nem ao menos tive a chance de ler
completamente, por eu ter identificado ao longo da prova que eu não
saberia respondê-las com rapidez nem facilidade.

É fácil notar a lógica dessa estratégia: se nosso tempo é muito limitado, vai
ganhar mais pontos quem conseguir achar as questões mais fáceis mais
rápido. Recomendo que você crie marcações na sua prova que indiquem
quais questões você está pulando para que você possa posteriormente, caso
sobre tempo, voltar nessas questões com mais calma para tentar resolvê-
las, após já ter esgotado a resolução das outras questões mais fáceis.

Existe também a possibilidade de sua prova não ser muito extensa, de


forma que você consiga efetivamente resolvê-la por completo no tempo
dado. Nesse caso, você deve revisar a prova e voltar nas questões que você
havia deixado em branco em um primeiro momento.

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Após tentar resolver todas as questões da prova, é normal que existam
algumas (ou muitas) questões que você simplesmente não sabe responder.
Considerando que você ainda tem alguns minutos de prova, você deve
então considerar se deve ou não adotar uma estratégia de chute para essas
questões.

A sua estratégia de chute deve variar de acordo com o modelo de prova.


Existem dois modelos que prevalecem em 99% das provas de concursos
com provas objetivas: questões de certo e errado e questões de múltipla
escolha. Nas aulas seguintes nós vamos falar sobre como adotar uma boa
estratégia de chute para esses modelos de prova.

Técnicas de chute para questões certo/errado

A banca mais conhecida por fazer provas de concurso nesse modelo é o


CEBRASPE. Nessas provas, você tem duas opções para cada questão:
marcar CERTO ou ERRADO. Para cada questão que você acertar, você
ganha 1 ponto, e para cada questão que você errar, você perde 1 ponto.
Esse mecanismo de perda de pontos por errar questões é chamado de fator
de correção.

O fator de correção foi criado para desestimular os candidatos a chutar


questões e assim ganhar pontos por mera sorte. Assim, ao resolver provas
nesse modelo, é importante que você não chute questões
desenfreadamente, correndo o risco de perder muitos pontos e ver sua nota
despencar.

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Você deve, de início, marcar apenas as questões que você tem muita
segurança sobre a resposta. Ao final, após marcar todas essas questões com
segurança, é chegada a hora de adotar uma estratégia de chute.

O CEBRASPE busca sempre formular suas provas de forma que elas


possuam uma quantidade muito próxima de CERTO e ERRADO. Ou seja,
em uma prova de 120 questões, a tendência é que existam 60 questões cuja
resposta é CERTO, e 60 questões cuja resposta é ERRADO. Dessa forma,
caso você tenha realizado uma boa preparação e tenha respondido as
questões da sua prova com segurança, é possível fazer uma boa estimativa
de qual é a provável resposta para as demais questões que estão em branco.

Por exemplo, João da Silva está realizando uma prova do CEBRASPE.


Das 120 questões, João marcou 100 questões com segurança. As demais
20 questões João não faz a menor de ideia de como resolvê-las. João
percebeu que, das 100 questões que ele resolveu, ele marcou 56 como
CERTO e 44 como ERRADO. Como João sabe que o CEBRASPE
costuma igualar (ou deixar muito próximo) a quantidade de CERTO e
ERRADO de cada prova, ele sabe que é mais provável que, entre as 20
questões que ele não sabe responder, a maioria seja ERRADO, no sentido
de balancear o número de CERTO e ERRADO da prova, já que a maior
parte das questões resolvidas por João eram CERTO. Assim, João resolve
chutar todas as 20 questões como ERRADO.

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ATENÇÃO! Use essa estratégia com muito cuidado. Ela só é válida para o
caso do candidato muito bem preparado e competitivo, que conseguiu
responder pelo menos 70% da prova com segurança. Entenda que aqui
trata-se de uma estratégia de chute, onde há risco. No entanto, se aplicada
corretamente, é muito provável que ela seja positiva e renda alguns bons
pontos extras, pontos estes que você não vai obter se simplesmente deixar
as questões em branco.

Técnicas de chute para questões de múltipla escolha

As provas de múltipla escolha são as mais comuns no mundo dos


concursos, sendo adotada amplamente pelas mais diversas bancas. Uma
“vantagem” dessas provas é que elas não possuem fator de correção, ou
seja, você não será punido pelas questões que você errar. Sendo assim, já é
possível afirmar que você jamais deve deixar questões em branco em
provas de múltipla escolha.

Da mesma forma que as provas de certo e errado, nas provas de múltipla


escolha as bancas também buscam balancear o número de respostas que
são atribuídas para cada uma cadas alternativas. Assim, em uma prova de
100 questões, por exemplo, é comum que 20 questões tenham a resposta
na letra A, 20 na letra B, 20 na letra C, 20 na letra D e 20 na letra E.

Sendo assim, você pode adotar a mesma lógica de chute das questões de
certo e errado. Ao final da sua prova, faça uma tabela rápida com o número

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de respostas que você atribuiu para cada alternativa. Por exemplo: em uma
prova de 100 questões, você respondeu 80 com segurança e está em dúvida
sobre as outras 20.

Na sua tabela resolução, consta o seguinte:


A) 15 respostas
B) 12 respostas
C) 17 respostas
D) 19 respostas
E) 16 respostas
Totalizando 80 respostas.

Perceba que, de todas as alternativas, a letra B é a que está mais distante


do ideal de 20 respostas. Assim é mais provável que, entre as alternativas
que estão em branco, existe um número desproporcional de questões cuja
resposta é a letra B. Então a melhor estratégia para adotar é chutar todas as
questões nessa alternativa.

A lógica de ambas as técnicas apresentadas é a mesma: usar as suas


próprias respostas como base estatística para decidir qual a melhor
alternativa de chute entre as questões que estão em branco.

Guarde essas estratégias com você e use-as com sabedoria. Elas podem ser
a diferença daqueles pontos extras que você precisa para ser classificada
no seu concurso.

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