Você está na página 1de 69

Salve futura (o) residente PSI,

Nesse ebook vamos falar sobre uma oportunidade incrível


que poucas (os) psicólogas (os) conhecem, mas que pode poten-
cializar a sua carreira profissional.
Eu sou a Ana Vanessa Neves, psicóloga do Ministério da Saú-
de, mentora de carreira para psicólogos, coordenadora de Psico-
logia da SANAR e sou também uma completa apaixonada por
partilhar conhecimento. Há mais de dez anos eu e minha equipe
produzimos conteúdos para conduzir ao sucesso profissionais
que desejam conquistar o alto desempenho em provas de resi-
dências e concursos.
Em nome de toda a equipe SanarPSI quero te dar as boas-vin-
das!

3 - Você sabia que todos os anos centenas de bolsas de auxílio


em todo o país são ofertadas para psicólogos que desejam se
qualificar para atuar em hospitais e outros serviços de saúde?

Já imaginou como deve ser incrível ter a possibilidade de rece-


ber apoio financeiro do governo para se dedicar exclusivamente
à realização de uma pós-graduação?
Como uma psicóloga comprometida com a divulgação do co-
nhecimento, vou te contar uma verdade que não nos contam na
faculdade: Num mundo com cada vez mais pessoas qualificadas
e diante da grande disputa por espaço profissional, não basta fa-
zer uma graduação e nem mesmo uma especialização de 360h. É
preciso cada vez mais se diferenciar.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Muito além de títulos e até mesmo de teorias, o que precisamos
hoje são habilidades e atitudes. E muito do que nos faz bons pro-
fissionais é construído na prática profissional.
E o que isso tem a ver com as residências multiprofissionais?
Tudo!!!
Eu sei o quanto é difícil entrar no mercado de trabalho sem
experiência profissional. E sei também o quanto é difícil mudar
de área de atuação após alguns anos de trabalho. As Residências
Multiprofissionais oferecem ao profissional formado a possibili-
dade de adquirir a qualificação e experiência na saúde, facilitan-
do essa entrada no mercado para quem deseja atuar nessa área.
Mas você sabe o que são residências multiprofissionais? Se ain-
da não entende muito bem como funciona, está tudo bem e pode
deixar que eu vou te contar.
As Residências Multiprofissionais são programas de especia-
lização:
4
• Oferecidos pelo governo (Ministérios da Saúde e da Educação)
• Realizados dentro dos serviços de saúde
• Que oferecem bolsas auxílio no valor de R$ 3.330,43 mensais
• Com a duração de dois anos
• Carga-horária de 5.760 horas – distribuídas em 80% de prática
profissional e 20% de teoria
• Atendimento à população
• Em equipes multiprofissionais
• Com o acompanhamento de preceptores e tutores.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


As vantagens de realizar uma residência são inúmeras. Eu pos-
so destacar algumas delas:
• Realizar uma pós-graduação sem precisar investir seu dinheiro
• Ainda mais que isso! Receber dinheiro por dois anos para se
qualificar !!!
• Obter uma titulação oferecida por uma instituição renomada
• Adquirir milhares de horas de experiência profissional na área
de saúde
• Desenvolver habilidades e atitudes para a prática profissional
• Trabalhar em equipe multiprofissional
• Ser acompanhada (o) por supervisores e tutores experientes
Com tantos diferenciais, fica muito fácil entender por que essa
especialização pode te oferecer uma formação mais completa na
área da saúde do que qualquer outra experiência que a gradua-
ção ou outro tipo de qualificação possa te oferecer. Acredite: Para
5 quem quer ser psicólogo saúde, atuando em hospitais ou outros
serviços, não existe nada que possa ser comparado.
Bom, após saber sobre todas essas incríveis vantagens, imagino
que você deva estar se perguntando o que precisa fazer para ter
acesso a essa grande oportunidade.
Chega de suspense! Eu vou te contar: Para se tornar um resi-
dente é necessário ser aprovado no processo de seleção.
Todos os anos diversos hospitais universitários e secretarias de
saúde em todo o país publicam seus editais e milhares de candi-
datos das várias profissões de saúde se inscrevem para concorrer
a essas vagas.
Como qualquer processo seletivo, os aprovados são aqueles
que atendem melhor aos critérios exigidos e a grande vantagem
desse tipo de seleção é que todas as regras estão muito claras no
edital: você precisa realizar uma prova objetiva com questões de

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


múltipla escolha. Alguns programas realizam também as provas
discursiva e de títulos.
O grande diferencial para a aprovação nesses processos sele-
tivos é a nota da prova objetiva. O sucesso numa prova de resi-
dência está em saber exatamente o que e como estudar. Para te
ajudar nisso preparamos esse ebook. A nossa intenção é te ajudar
a entender definitivamente o que precisa ser feito por você para
atingir o nível da excelência.
Em todo o Brasil existem diversos programas em renomadas
instituições com vagas para a área de Psicologia e essas oportu-
nidades são muito concorridas. Dentre as instituições mais dese-
jadas podemos destacar o Programa de Residência Multiprofis-
sional da Universidade de São Paulo (USP) dispõe de vagas para
as áreas de Fisioterapia, Biomedicina, Educação Física, Enferma-
gem, Farmácia, Física Médica, Fonoaudiologia, Medicina Veteri-
nária, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia
6 Ocupacional. Desde 2018, o processo seletivo tem sido realizado
pela Fundação Universitária para o Vestibular (FUVEST).

O processo seletivo da USP consta de duas etapas:


• Primeira fase: uma prova com questões objetivas e estudo de
caso.
• Segunda fase: análise curricular.
A preparação para a primeira fase deve contemplar o estudo do
conteúdo programático disponível no edital. Quanto à segunda
fase, o candidato deve incluir no site da FUVEST os documentos
que comprovam as informações que constam em seu currículo
lattes, atendendo também aos critérios que constam no edital.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


A nossa recomendação para que se prepare da forma mais efe-
tiva para as provas objetiva e dissertativa da USP é que, no mí-
nimo, realize a leitura das cartilhas, artigos e legislações citadas
pela FUVEST.
Mas o diferencial será dos candidatos que assistirem vídeo au-
las de qualidade e aprenderem corretamente a resolver questões
na lógica dos certames. E para atingir um nível ainda mais alto,
recomendamos aos candidatos que apliquem os 4 níveis de estu-
do da nossa metodologia Direto Ao Ponto.
Cada candidato precisa buscar o mais alto desempenho, afinal,
estudar para seleções é muito diferente de estudar para as aulas
da faculdade e, verdadeiramente, ser aprovado dentro do número
de vagas exige conquistar as maiores pontuações.
Quanto à análise curricular, que assusta tanto os candidatos,
não precisa ter medo. Faça uma boa prova objetiva e garanta mui-
tos pontos, afinal, sem isso você nem chega na segunda fase. A
7 nossa orientação é que comece a olhar agora mesmo para a tabe-
la no edital com os critérios de análise curricular e busque reali-
zar pelos próximos meses atividades que tragam pontuação ou
busque os documentos que comprovam essas experiências.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Confira a seguir algumas dicas importantes que elaborei para
te auxiliar nessa jornada rumo à aprovação:
1. Tome a decisão e acredite! Esqueça a autopiedade e autoin-
dulgência. Comece antes da publicação do edital para ter o
tempo suficiente para estudar corretamente. A partir de ago-
ra todos os minutos são fundamentais e podem ser decisivos
para a sua aprovação, então, sobreponha-se às dores de cabe-
ça e nas costas, pois tudo isto passa, mas a oportunidade de
realizar uma residência fará diferença na sua carreira. Você
não quer sentir o gosto amargo do arrependimento ao lem-
brar sobre “aquele dia em que eu poderia ter estudado mais
um pouco”.
2. Estude o edital e busque entender como ocorrerá a seleção,
quais suas regras. Na área do aluno no SanarPSI Residência
você encontra o edital esquematizado da USP com a indicação
de cada aula que contempla cada tópico.
8 3. Elabore uma tabela ou planilha de estudos, distribuindo os
conteúdos gerais e específicos de forma equilibrada. Busque
estudar tudo, pois o prazo até a data da prova é mais que sufi-
ciente.
4. Inclua as horas de descanso no planejamento, pois isto dimi-
nui a ansiedade e garante a reposição de energia, assegurando
sua saúde.
5. Leia e releia (ou assista) nossas aulas diversas vezes, tantas
quantas achar necessário, até que o conteúdo tenha sido real-
mente absorvido. Siga as orientações do vídeo sobre os 4 ní-
veis de Estudo que está na área de Mentoria do curso.
6. Adquira toda a legislação indicada no edital e a leia diversas
vezes, grifando, destacando os pontos principais, memorizan-
do as regras e as exceções, pois muitas vezes esse conteúdo é
exigido literalmente.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


7. Mantenha seu planejamento de estudo e siga-o o mais fiel-
mente possível.
8. Reajuste o plano de estudos de forma realista sempre que
perceber que precisa intensificar algum conteúdo.
9. Resolva questões sobre cada tema exigido no edital, mas ape-
nas após ter estudado o conteúdo correspondente. Em nossas
aulas fornecemos questões para que exercite a resolução de
questões.

E para te ajudar a começar da forma correta, a seguir dispo-


nibilizaremos para você a prova USP 2020 comentada, conforme
a nossa metodologia. Contaremos nesse ebook com a expertise
de Thaynan Ferreira Lopes e Larissa Santana Lima, psicólogas
hospitalares que realizaram residência multiprofissional e vão
partilhar com você esse precioso conhecimento sobre como re-
solver questões de provas.
9 Pronto para iniciarmos a jornada?
Então, larga tudo que possa te distrair e FOCA NOS ESTUDOS!!!

#hardworkmainha

Ana Vanessa de Medeiros Neves


Coordenadora SanarPSI
Psicóloga do Ministério da Saúde
Mestrado em Psicologia do Desenvolvimento Humano | UFBa
Membro da Associação Brasileira de Psicologia da Saúde | ABPSA

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


LÍNGUA PORTUGUESA

TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 01 A 03

A proposta do trabalho em equipe tem sido veiculada como es-


tratégia para enfrentar o intenso processo de especialização na
área da saúde. Esse processo tende a aprofundar verticalmente o
conhecimento e a intervenção em aspectos individualizados das
necessidades de saúde, sem contemplar simultaneamente a arti-
culação das ações e dos saberes.
Na literatura consultada sobre equipe de saúde, observou-se que
são relativamente raras as definições de equipe. O levantamento
bibliográfico (bases de dados Medline e Lilacs) mostrou predomi-
nância da abordagem estritamente técnica, em que o trabalho de
cada área profissional é apreendido como conjunto de atribuições,
11 tarefas ou atividades. Nesse enfoque, a noção de equipe multipro-
fissional é tomada como uma realidade dada, uma vez que existem
profissionais de diferentes áreas atuando conjuntamente, e a arti-
culação dos trabalhos especializados não é problematizada.
Fortuna & Mishima apud Fortuna (1999) identificam três con-
cepções distintas sobre trabalho em equipe, cada uma delas des-
tacando os resultados, as relações e a interdisciplinaridade. Nos
estudos que ressaltam os resultados, a equipe é concebida como
recurso para aumento da produtividade e da racionalização dos
serviços. Os estudos que destacam as relações tomam como refe-
rência conceitos da psicologia, analisando as equipes principal-
mente com base nas relações interpessoais e nos processos psí-
quicos. Na vertente da interdisciplinaridade estão os trabalhos
que trazem para discussão a articulação dos saberes e a divisão
do trabalho, ou seja, a especialização do trabalho em saúde. Nes-

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


sa linha encontram-se, entre outros, os estudos de Campos, que
vêm produzindo reflexão acerca das equipes de saúde como base
principal de organização dos serviços de saúde.
[...] Peduzzi M. “Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia”.

Revista Saúde Pública. 2001. 35 (1): 103-109. ISSN 0034-8910.

1. (FUVEST – USP – 2020) De acordo com o texto, o intenso processo de


especialização na área da saúde tem como tendência a:

🅐 Generalização do conhecimento de uma área e a possibilidade de


atuação em conjunto com outras áreas na saúde.
🅑 Individualização da ação dos profissionais e a discussão sobre a arti-
culação entre ações e saberes de diversas áreas da equipe.
🅒 Diferenciação das ações entre as áreas de conhecimento e o detalha-
mento das possibilidades de elo entre os profissionais.
🅓 Particularização de atividades na área da saúde e a consolidação de
conhecimentos individualizados no trabalho.
🅔 Discriminação de aspectos individualizados de profissionais da saúde
e a relação de conhecimentos de diferentes áreas envolvidas na equipe.
12
GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL.

Dica do autor: Em questões de interpretação de texto, o candidato deve


buscar, na leitura, as relações de sentido entre as sentenças. Elemen-
tos de coesão são uma pista para identificar as ideias defendidas pelo
articulista. Fique atento, principalmente, aos elementos que retomam
ideias e/ou expressões.
Alternativa A: INCORRETA. Ao contrário do que propõe a alternativa, se-
gundo o texto, o trabalho em equipe é uma tendência contra a especiali-
zação, ou seja, a especialização não facilita o trabalho em equipe.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa está incorreta porque a espe-
cialização, segundo o texto – 1º parágrafo – não contempla a articulação
de ações e de saberes, portanto não há discussão sobre a articulação
entre ações e saberes.
Alternativa C: INCORRETA. Outra vez, a alternativa é falsa por colocar
“possibilidades de elo entre os profissionais”. Basta reler o primeiro pa-
rágrafo, principalmente o final dele, para que haja a percepção de que
não há interação entre saberes e ações.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Alternativa D: CORRETA. Segundo o texto, o processo de especializa-
ção tende a “aprofundar verticalmente o conhecimento e a intervenção
em aspectos individualizados das necessidades de saúde”. Desse modo,
fica clara a assertiva, pois há particularização de atividades e consolida-
ção de conhecimentos individualizados.
Alternativa E: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois não have-
rá, com a especialização, relação de conhecimentos de diferentes áreas,
já que o referido processo tende a particularizar tanto atividades quan-
to o próprio conhecimento.

2. (FUVEST – USP – 2020) O levantamento bibliográfico, sobre equipe


de saúde, referido no texto:

🅐 Aborda a equipe multiprofissional e as relações entre as especialida-


des, observando a articulação entre os trabalhos especializados e suas
tarefas e atividades dos profissionais.
🅑 Evidencia uma abordagem que não problematiza a articulação entre
as especialidades, privilegiando a concepção tecnicista de aglomerado
de atribuições, tarefas ou atividades.
13 🅒 Expõe uma noção a ser construída sobre a equipe multiprofissional,
problematizando a atuação dos profissionais de diferentes áreas que
atuam conjuntamente.
🅓 Expressa os achados de um conjunto numeroso de definições de
equipe, em que prevalecem concepções dialógicas sobre a atuação dos
profissionais especializados.
🅔 Manifesta a predominância de uma abordagem que discute a articu-
lação entre as áreas profissionais, observando suas atuações para além
da coexistência dessas áreas na equipe.

GRAU DE DIFICULDADE: INTERMEDIÁRIO.

Dica do autor: Algumas questões de interpretação de texto fazem alu-


são a determinado parágrafo ou determinado trecho. Isso facilita a fei-
tura da questão, pois o candidato não precisa focar no todo, e sim na
parte do todo.
Alternativa A: INCORRETA. No segundo parágrafo, fica evidente que a ar-
ticulação entre os trabalhos especializados não é problematizada. Per-
cebe-se, portanto, que não há observação da referida articulação e nem
das relações entre as especialidades. Isso torna a alternativa incorreta.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Alternativa B: CORRETA. A alternativa está correta, pois, segundo o 2º
parágrafo, as definições de equipe de saúde trazem uma abordagem es-
tritamente técnica, resumindo trabalho em equipe a existência de pro-
fissionais de diferentes áreas, atuando conjuntamente. No final do pará-
grafo, há a referência à falta de problematização acerca da articulação
dos trabalhos especializados.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa é incorreta porque o texto
não traz uma noção a ser construída sobre a equipe multiprofissional;
ele traz a noção que existe, de certa forma, criticando-a.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa é incorreta, haja vista que o
texto diz que “são relativamente raras as definições de equipe”. Não há,
portanto, “um conjunto numeroso de definições”.
Alternativa E: INCORRETA. A alternativa é incorreta porque o texto co-
loca exatamente o oposto do que está colocado. Segundo o texto, não
há problematização da articulação entre as áreas.

3. (FUVEST – USP – 2020) Sobre as concepções de trabalho em equipe


citadas no texto, é correto afirmar que:

14 🅐 As concepções sobre o trabalho em equipe exploram os resultados,


as relações e a interdisciplinaridade de forma conjunta.
🅑 As visões sobre o trabalho em equipe possuem focos diferentes,
distinguindo‐se pela observação dos resultados, das relações e da in-
terdisciplinaridade.
🅒 A noção de trabalho em equipe como base da organização dos serviços
de saúde tem como foco conceitos da psicologia e análises interpessoais.
🅓 O conceito de equipe como recurso para a produtividade e racionali-
zação apoia‐se na discussão sobre a articulação de saberes e divisão do
trabalho.
🅔 A abordagem interdisciplinar de equipe traz para a discussão o apro-
fundamento vertical do conhecimento e a especialização das áreas de
saúde.

GRAU DE DIFICULDADE: INTERMEDIÁRIO.

Dica do autor: Fique atento ao enunciado: ele traz pistas importantes


para a busca da alternativa VERDADEIRA. Observe que esta questão faz

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


referência às “concepções de trabalho em equipe citadas no texto”. Cui-
dado com as alternativas que extrapolam ou limitam o texto.
Alternativa A: INCORRETA. A alternativa está incorreta porque, segundo
o 3º parágrafo, as concepções sobre o trabalho em equipe destacam os
resultados, as relações e a interdisciplinaridade. Há equívoco no empre-
go do termo “exploram” e na expressão “de forma conjunta”.
Alternativa B: CORRETA. A alternativa está correta, pois o 3º parágrafo
traz três concepções distintas de trabalho em equipe, ou seja, focos di-
ferentes, focando em resultados, relações e interdisciplinaridade.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa está incorreta porque faz uma
restrição. Segundo o texto, o trabalho em equipe destaca resultados,
relações e interdisciplinaridade. Os conceitos de psicologia e análises
interpessoais estão atrelados ao item “relações”, mas não se relacionam
com resultados e interdisciplinaridade.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa está incorreta porque não está
pautada nas ideias do texto. Observe que a discussão sobre a articula-
ção dos saberes e divisão do trabalho está atrelada à vertente da inter-
disciplinaridade, e não ao conceito de equipe como recurso para a pro-
dutividade.
Alternativa E: INCORRETA. A alternativa é falsa porque o texto não faz
15 conexão entre a abordagem interdisciplinar e a discussão do aprofunda-
mento vertical do conhecimento e a especialização das áreas de saúde,
quando faz referência às três concepções distintas sobre trabalho em
equipe.

4. (FUVEST – USP – 2020) A prestação de serviços especializados no


SUS é problemática, pois a oferta é limitada e o setor privado contratado
muitas vezes dá preferência aos portadores de planos de saúde privados.
A atenção secundária é pouco regulamentada e os procedimentos de
média complexidade frequentemente são preteridos, em favor dos pro-
cedimentos de alto custo. O SUS é altamente dependente de contratos
com o setor privado, sobretudo no caso de serviços de apoio diagnóstico
e terapêutico; apenas 24,1% dos tomógrafos e 13,4% dos aparelhos de
ressonância magnética são públicos e o acesso é desigual.
Paim J, et al. “O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios”.
The Lancet [online], 09/05/2011.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Ao tratar da prestação de serviços especializados no SUS, o texto enfo-
ca, de modo mais evidente:

🅐 O acesso.
🅑 A qualidade.
🅒 O custo.
🅓 A técnica.
🅔 A precarização.

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL.

Dica do autor: Algumas questões trazem alternativas que confundem


o candidato, por serem muito próximas das colocações feitas no texto.
Uma leitura criteriosa e a descoberta da intenção de quem escreve o
texto podem ajudar bastante.
Alternativa A: CORRETA. A alternativa está correta, pois os diferentes
aspectos trazidos no texto direcionam para o último ponto: dificuldade
de acesso. Observe que há uma enumeração de questões: oferta limi-
tada, setor privado muitas vezes dá preferência aos planos de saúde,
atenção secundária pouco regulamentada, procedimentos de média
16 complexidade preteridos, dependência de contratos com o setor priva-
do, poucos aparelhos de ressonância são públicos, acesso desigual. Não
há enfoque a um único ponto.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois não há ênfa-
se à questão da qualidade, e sim do acesso. Perceba que o texto não fala
sobre a qualidade dos procedimentos do SUS.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois a ênfase
dada não está nos custos. Fala-se, por exemplo, em limitação de oferta
e em pouca disponibilidade para o público.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois há uma aná-
lise da questão técnica. Vale ressaltar, inclusive, que o texto traz uma
abordagem mais geral.
Alternativa E: INCORRETA. Apesar de gerar dúvidas, a alternativa é incor-
reta, pois o texto não enfoca na precarização, já que o centro da questão
não é a ineficiência, a insegurança ou a falta de qualidade. Caso o candi-
dato optasse por essa alternativa, indiretamente estaria dizendo que a
letra “B” também estaria correta.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


5. (FUVEST – USP – 2020) Na PNAD realizada em 1981, antes da criação
do SUS, 8% da população (9,2 milhões de pessoas) afirmavam ter usado
serviço de saúde nos últimos trinta dias, enquanto em 2008 14,2% da
população (26,9 milhões de pessoas) relatavam uso de serviços de saúde
nos últimos quinze dias, o que representa um aumento de 174% no uso
de serviços de saúde. O número de pessoas que busca a atenção básica
aumentou cerca de 450%, entre 1981 e 2008. Esse aumento pode ser
atribuído a um crescimento vultoso no tamanho da força de trabalho do
setor da saúde e do número de unidades de atenção básica. Em 1998, 55%
da população consultou um médico, e esse número cresceu para 68% em
2008. Porém, esse número ainda é baixo, quando comparado ao dos países
mais desenvolvidos, que varia de 68% nos EUA a mais de 80% em países
como Alemanha, França e Canadá. Em 2008, 76% das pessoas no grupo
de renda mais alta afirmaram ter consultado um médico, em comparação
com 59% das pessoas no grupo de renda mais baixa, o que mostra a exis-
tência de desigualdade socioeconômica no acesso à assistência médica.
A desigualdade não existe, todavia, entre pessoas que autoclassificam
seu estado de saúde como ruim, o que indica que indivíduos com transtor-
nos de saúde graves conseguem buscar o cuidado e receber tratamento,
independentemente de sua situação socioeconômica.
Paim J, et al. “O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios”. The Lancet [online],
17 09/05/2011. Adaptado.

Com base no texto, assinale a alternativa correta:

🅐 As informações demonstram que a desigualdade socioeconômica no


acesso à assistência médica está presente mesmo nos casos de trans-
tornos graves de saúde.
🅑 Os dados apresentados no texto indicam que o acesso aos serviços
de saúde no Brasil melhorou de forma considerável após a criação do
Sistema Único de Saúde.
🅒 Observa‐se aumento de 174% no uso de serviços de saúde, com a
criação do SUS, superando países mais desenvolvidos, que apresentam
taxas de 68% (EUA) e de 80% (Alemanha, França e Canadá).
🅓 Em 2008, 59% das pessoas de renda mais alta e 76% das pessoas
de renda mais baixa afirmaram ter consultado um médico, o que mostra
favorecimento aos usuários do SUS.
🅔 A desigualdade socioeconômica não existe no acesso à assistência
médica, já que o SUS proporcionou um aumento de 174% no uso de ser-
viços de saúde.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


GRAU DE DIFICULDADE: FÁCIL.

Dica do autor: Textos de linguagem denotativa (objetiva) e com dados


estatísticos são mais acessíveis no que diz respeito à interpretação de
texto, pois são menos opinativos.
Alternativa A: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois, no final do
texto, fica claro que “indivíduos com transtornos de saúde graves con-
seguem buscar o cuidado e receber tratamento, independentemente de
sua situação socioeconômica”.
Alternativa B: CORRETA. A alternativa está correta, pois, já no primeiro
período do texto, coloca-se que “antes da criação do SUS, 8% da popu-
lação” haviam usado serviço de saúde nos últimos 30 dias, enquanto em
2008 esse percentual sobe para 14,2%.
Alternativa C: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois, segundo
o texto, o percentual da população brasileira que consultou um médico,
em 1998, é de 55%. O número aumentou, mas ainda é baixo, quando se
compara ao dos países mais desenvolvidos, que varia de 68% (EUA) a
80% (Alemanha, França e Canadá).
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa está incorreta porque os per-
centuais estão invertidos: 59% se referem às pessoas de renda mais
baixa e 76% se referem às pessoas de renda mais alta. Além disso, o
18
texto não relaciona esses percentuais ao SUS, e sim à questão socioe-
conômica.
Alternativa E: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois o texto co-
loca a desigualdade socioeconômica como um fato que interfere na saú-
de e no acesso a ela.

6. (FUVEST – USP – 2020) O início da Bioética se deu no começo da


década de 1970, com a publicação de duas obras muito importantes de
um pesquisador e professor norte‐americano da área de oncologia, Van
Rensselaer Potter.
Van Potter estava preocupado com a dimensão que os avanços da ciên-
cia, principalmente no âmbito da biotecnologia, estavam adquirindo. As-
sim, propôs um novo ramo do conhecimento que ajudasse as pessoas a
pensar nas possíveis implicações (positivas ou negativas) dos avanços
da ciência sobre a vida (humana ou, de maneira mais ampla, de todos os
seres vivos). Ele sugeriu que se estabelecesse uma “ponte” entre duas
culturas, a científica e a humanística, guiado pela seguinte frase: “Nem
tudo que é cientificamente possível é eticamente aceitável”.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Um dos conceitos que definem a Bioética (“ética da vida”) é que esta é
a ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da
intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referên-
cia racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplica-
ções”. (Leone; Privitera; Cunha, 2001)
Junqueira CR. Bioética: conceito, fundamentação e princípios. Especialização em Saúde da Famí-
lia. Unasus, Universidade Federal de São Paulo. Pró‐Reitoria de Extensão, 2010.

A proposição de Van Potter anunciada no texto tem como base:

🅐 A possibilidade de potencializar o desenvolvimento tecnológico.


🅑 O monitoramento do uso de material biológico em pesquisas científicas.
🅒 A discussão da relação entre o desenvolvimento científico e a vida.
🅓 O controle do desenvolvimento tecnológico e científico da humanidade.
🅔 A proibição de procedimentos invasivos em pesquisas com seres
humanos.

GRAU DE DIFICULDADE: FÁCIL.

Dica do autor: Algumas questões cobram apenas a leitura atenta do


texto e a coleta de informações contidas nele. Esta questão se torna fá-
19 cil na medida em que propõe o seu entendimento do que foi dito/escrito.
Alternativa A: INCORRETA. Van Potter não defende a potencialização do
desenvolvimento tecnológico, portanto não é a base do texto.
Alternativa B: INCORRETA. Não há, no texto, correlação entre “Nem tudo
que é cientificamente possível é eticamente aceitável” (proposição de
Van Potter) e monitoramento do uso de material biológico em pesquisas
científicas.
Alternativa C: CORRETA. A alternativa está correta e é autoexplicativa.
Há uma conexão direta, no texto, entre a proposição “Nem tudo que é
cientificamente possível é eticamente aceitável” e a discussão da rela-
ção entre desenvolvimento científico e a vida. Esta é a defesa de todo o
texto.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa está incorreta porque o texto
não traz a ideia de Van Potter atrelada a “controle”, e sim a ajudar as pes-
soas a pensarem nas possíveis implicações dos avanços da ciência so-
bre a vida.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Alternativa E: INCORRETA. A alternativa se constitui em uma extrapola-
ção, haja vista não haver qualquer alusão ao termo “proibição”; propõe-
-se uma reflexão.

7. (FUVEST – USP – 2020) De modo geral, quando se pensa em clínica,


imagina‐se um médico prescrevendo um remédio ou solicitando um exa-
me para comprovar ou não a hipótese de o usuário ter uma determinada
doença. No entanto, a clínica precisa ser muito mais do que isso, pois todos
sabemos que as pessoas não se limitam às expressões das doenças de
que são portadoras. Alguns problemas como a baixa adesão a tratamen-
tos, os pacientes refratários (ou “poliqueixosos”) e a dependência dos
usuários dos serviços de saúde, entre outros, evidenciam a complexidade
dos sujeitos que utilizam serviços de saúde e os limites da prática clínica
centrada na doença. É certo que o diagnóstico de uma doença sempre
parte de um princípio universalizante, generalizável para todos, ou seja,
ele supõe alguma regularidade e produz uma igualdade que é apenas
parcialmente verdadeira, por exemplo: um alcoolista é um alcoolista e
um hipertenso é um hipertenso.
Brasil. Ministério da Saúde. “Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico singu-
lar”. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de
20 Humanização. 2. Ed. Série B ‐ Textos Básicos de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2007.

Deduz‐se corretamente do texto que a clínica deve:

🅐 Possuir diagnósticos e intervenções com base em informações ge-


neralizáveis.
🅑 Centrar‐se na saúde para o alcance do tratamento dos pacientes.
🅒 Considerar a multiplicidade de características dos usuários para a
resolubilidade de seus casos.
🅓 Observar os sujeitos tendo como referência as expressões das doen-
ças de que são portadores.
🅔 Interferir na baixa adesão a tratamentos e na dependência dos pa-
cientes dos serviços de saúde.

GRAU DE DIFICULDADE: INTERMEDIÁRIO.

Dica do autor: Em algumas leituras, o candidato pode perder a ideia de-


fendida no texto por conta de suas opiniões em relação ao tema tratado.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Vale ficar ligado para diferenciar o que o texto defende e o que o leitor
pensa a respeito do assunto.
Alternativa A: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois o texto co-
loca que a clínica precisa ser mais do que prescrever, solicitar exame
ou comprovar hipótese. Afirma ainda que o diagnóstico de uma doença
sempre parte de um princípio universalizante. Há, entretanto, a demons-
tração de que é preciso observar “os limites da prática clínica centrada
na doença”.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois o texto re-
mete a um cuidado com o paciente em sua diversidade e complexidade.
Alternativa C: CORRETA. A alternativa está correta, pois o texto foca
exatamente nesse aspecto: considerar a multiplicidade de característi-
cas de que usa os serviços de saúde como facilitador da resolubilidade
de casos.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois o texto
propõe a observação das características do usuário/paciente em suas
vastas dimensões (não apenas as expressões das doenças) para, então,
construir as hipóteses e os diagnósticos.
Alternativa E: INCORRETA. A alternativa está incorreta, pois a baixa ade-
são a tratamentos e a dependência dos pacientes dos serviços de saúde
21 são colocados no texto para caracterização de alguns tipos de usuários.
Não há, entretanto, a ideia de que a clínica deve interferir nisso. Associa-
-se isso ao modo como o clínico pode/deve atuar.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


CONHECIMENTOS GERAIS

8. (FUVEST-COREMU-USP-2020) Na organização do Sistema Único


de Saúde (SUS), a Região de Saúde é um espaço geográfico contínuo,
constituído por grupos de municípios limítrofes, delimitado a partir de
identidades culturais, econômicas e sociais, com redes de comunicação
e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de in-
tegrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de
saúde. Para ser instituída, uma Região de Saúde deve conter, no mínimo,
as seguintes ações e serviços:

🅐 Atenção primária; urgência e emergência; atenção ambulatorial espe-


cializada; atenção hospitalar; vigilância epidemiológica; vigilância sanitária.
🅑 Atenção primária; atenção ambulatorial especializada; atenção hospi-
talar; programa de imunização; atenção psicossocial; unidade coronariana.
🅒 Atenção primária; vigilância em saúde; atenção psicossocial; atenção
ambulatorial especializada; urgência e emergência; atenção hospitalar.
🅓 Urgência e emergência; atenção primária; vigilância em saúde; atenção
psicossocial; sistema de informação em saúde; atenção hospitalar.
22 🅔 Prevenção e promoção da saúde; atenção primária; atenção ambula-
torial especializada; urgência e emergência; atenção hospitalar; central
de regulação de vagas.

GRAU DE DIFICULDADE: FÁCIL

Dica do Autor: Ver Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011.


Alternativa A: INCORRETA. A região deve ter ações e serviços de vigilân-
cia em saúde, a qual engloba: vigilância epidemiológica, ambiental, sani-
tária e saúde do trabalhador.
Alternativa B: INCORRETA. O Programa de imunização é vinculado à aten-
ção primária em saúde; assim como as unidades coronarianas estão re-
lacionadas à atenção hospitalar.
Alternativa C: CORRETA. A alternativa apresenta os incisos I a V, do art.
5º, do decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011.
Alternativa D: INCORRETA. Os sistemas de informação em saúde são
instrumentos (da vigilância em saúde), que tem como objetivo o forne-
cimento de informações para análise e melhor compreensão de impor-

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


tantes problemas de saúde da população, subsidiando a tomada de de-
cisões nos níveis municipal, estadual e federal.
Alternativa E: INCORRETA. As ações de prevenção e promoção da saúde
estão relacionadas à atenção primária, e central de regulação de vagas
objetiva gerenciar o acesso às áreas hospitalar e ambulatorial, de forma
a ajudar a oferta às necessidades imediatas da população.
RESPOSTA: C

9. (FUVEST-COREMU-USP-2020) Antônio tem um plano de saúde privado,


benefício fornecido pela empresa na qual trabalha. A caminho do traba-
lho, Antônio é atropelado, sofrendo um grave acidente. Ele é resgatado
pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e atendido no
pronto-socorro de um hospital público mais próximo. Este atendimento é
respaldado por qual princípio constitucional do Sistema Único de Saúde
(SUS)?

🅐 Equidade.
🅑 Integralidade.
🅒 Reciprocidade.
23
🅓 Universalidade.
🅔 Ressarcimento.

GRAU DE DIFICULDADE: FÁCIL

Dica do Autor: Ver Lei 8.080/90


Alternativa A: INCORRETA. A equidade é um princípio que visa diminuir as
desigualdades, considerando as necessidades do cidadão aplicáveis em
cada caso, investindo onde há mais necessidade.
Alternativa B: INCORRETA. O princípio da integralidade, considera que as
pessoas devem ser tratadas como um todo indivisível e como tal, devem
ser atendidas em suas necessidades, de modo que este princípio está
relacionado a um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços de
promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, para que seja assegu-
rada a atuação em diferentes áreas e níveis de complexidade.
Alternativa C: INCORRETA. Não se refere a um princípio do SUS.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Alternativa D: CORRETA. O acesso aos serviços de saúde é universal a
todo cidadão em todos os níveis de assistência.
Alternativa E: INCORRETA. Não é princípio do SUS.
RESPOSTA: D

10. (FUVEST-COREMU-USP-2020) Atualizada em 2017, a Política Nacional


de Atenção Básica (PNAB), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS),
estabelece parâmetros mínimos de alcance, infraestrutura e funciona-
mento dos serviços. Acerca da PNAB, é correto afirmar:

🅐 A Equipe de Saúde da Família é composta, no mínimo, por enfermeiro,


auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde.
🅑 Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnera-
bilidade social, recomenda‐se a cobertura de 100% da população, com
número máximo de 750 pessoas por agente comunitário de saúde.
🅒 As Unidades Básicas de Saúde devem funcionar com carga horária
mínima de 30 horas semanais, no mínimo cinco dias da semana.
🅓 A população adscrita por equipe de Atenção Básica/Saúde da Família
deve ser de 3.000 a 4.500 pessoas.
24
🅔 Os Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf‐
AB) são serviços com unidades físicas independentes e especiais, de livre
acesso para atendimento individual ou coletivo.

GRAU DE DIFICULDADE: INTERMEDIÁRIO

Dica do Autor: Ver PNAB (2017)


Alternativa A: INCORRETA. A ESF deve ser composta no mínimo por mé-
dico, preferencialmente da especialidade medicina de família e comuni-
dade, enfermeiro, preferencialmente​especialista em saúde da família;
auxiliar e/ou​técnico de enfermagem e agente​​comunitári​o​de saúde
(ACS). Podendo fazer parte da equipe o agente de combate às endemias
(ACE)​e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista, preferencial-
mente especialista em saúde da família, e auxiliar ou técnico em saúde
bucal.
Alternativa B: CORRETA. O número de ACS por equipe deverá ser defini-
do de acordo com base populacional, critérios demográficos, epidemio-
lógicos e socioeconômicos, de acordo com definição local.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Alternativa C: INCORRETA. Há a obrigatoriedade de carga horária de 40
(quarenta) horas semanais para todos os profissionais de saúde mem-
bros da ESF​.
Alternativa D: INCORRETA. A população adscrita por equipe de Atenção
Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) deve ser de 2.000 a 3.500 pes-
soas.
Alternativa E: INCORRETA. O Nasf-AB configuram-se como equipes mul-
tiprofissionais que atuam de forma integrada com aos demais serviços
da rede. Esta atuação integrada permite realizar discussões de casos
clínicos; o atendimento compartilhado entre profissionais, tanto na
Unidade de Saúde como nas visitas domiciliares e possibilita a constru-
ção conjunta de projetos terapêuticos de forma a ampliar e qualificar
as intervenções no território e na saúde de grupos populacionais. Essas
ações de saúde também podem ser intersetoriais, com foco prioritário
nas ações de prevenção e promoção da saúde.
RESPOSTA: B

11. (FUVEST-COREMU-USP-2020) A Bioética (“ética da vida”) é um cam-


po do conhecimento que aborda as possíveis implicações, positivas ou
25 negativas, dos avanços da ciência, assim como trata dos limites e das
finalidades da intervenção do homem sobre a vida. Qual das alternativas
a seguir NÃO apresenta um fundamento ou um princípio da Bioética?

🅐 Beneficência.
🅑 Justiça.
🅒 Confidencialidade.
🅓 Autonomia.
🅔 Respeito pela pessoa humana

GRAU DE DIFICULDADE: FÁCIL

Alternativa A: CORRETA. O Princípio da Beneficência é o que estabelece


que o bem deve sempre ser realizado.
Alternativa B: CORRETA. O princípio da justiça requer o agir com equida-
de, isto é, com o reconhecimento das diferenças, das necessidades e do
direito de cada um. Normalmente, este princípio é interpretado através
da visão da justiça distributiva para o nivelamento das diferenças.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Alternativa C: INCORRETA. A confidencialidade é um ramo da Bioética. É
um dos pilares fundamentais para a sustentação de uma relação profis-
sional de saúde-paciente/cliente produtiva e de confiança. A garantia da
preservação do segredo das informações, além de uma obrigação legal
contida no Código Penal e na maioria dos Códigos de Ética profissional
é um dever profissional e também das instituições.
Alternativa D: CORRETA. O princípio da autonomia refere-se ao respei-
to à vontade do paciente. Segundo este princípio, ao paciente deve ser
dado o poder de tomar as decisões relacionadas ao seu tratamento.
Alternativa E: CORRETA. O Princípio do Respeito à Pessoa é composto
por algumas características, tais como a privacidade, a veracidade e a
autonomia.
RESPOSTA:C

12. (FUVEST-COREMU-USP-2020) Sobre o financiamento do sistema


de saúde brasileiro, é correto afirmar:

🅐 Dentre os principais itens que compõem os gastos em saúde, a maior


despesa pública federal com saúde refere-se à assistência farmacêutica.
26 🅑 Do total de gastos do sistema de saúde brasileiro, a soma de gastos
púbicos, considerando as três esferas do Sistema Único de Saúde ‐ SUS
(municípios, Estados e União), é menor que a soma de gastos privados
(gastos com planos de saúde, compra de medicamentos e desembolso
direto).
🅒 O financiamento do SUS melhorou significativamente a partir de 1997,
quando foi criado um tributo especificamente para financiar a saúde (a
Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira – CPMF), com
destinação total para a expansão dos serviços públicos de saúde.
🅓 Os indivíduos e famílias são os maiores financiadores do mercado de
planos e seguros de saúde privados no Brasil.
🅔 Por lei, para a Saúde, os municípios devem disponibilizar, obrigato-
riamente, 12% de suas receitas (arrecadação de impostos), os Estados
devem aplicar, no mínimo, 15% de suas receitas, e a União deve destinar,
no mínimo, 10% de sua Receita Corrente Bruta.

GRAU DE DIFICULDADE: FÁCIL

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Alternativa A: INCORRETA. O principal gasto do governo com saúde ainda
é com a assistência ambulatorial e hospitalar.
Alternativa B: CORRETA. O Brasil, apesar de ter por mandato constitu-
cional um sistema público de saúde de acesso universal, apresenta o
gasto privado em saúde superior ao gasto público.
Alternativa C: INCORRETA. A CMPF foi criada pela Lei nº 9.311/1996,
com vigência entre 1997 e 2007, quando sua prorrogação foi vetada pelo
Congresso Nacional. Inicialmente destinava-se integralmente à Saúde,
mas, posteriormente foi compartilhada com a Previdência e com outros
programas sociais.
Alternativa D: INCORRETA. Além dos indivíduos e famílias, empresas
também financiam o mercado de planos e seguros de saúde. Mas, são
os incentivos financeiros do Estado que mais chamam a atenção neste
contexto.
Alternativa E: INCORRETA. De acordo com a Lei complementar nº 141, de
13 de janeiro de 2012, municípios e Distrito Federal devem aplicar anual-
mente, no mínimo, 15% da arrecadação dos impostos em ações e ser-
viços públicos de saúde cabendo aos estados 12%. No caso da União,
o montante aplicado deve corresponder ao valor empenhado no exer-
cício financeiro anterior, acrescido do percentual relativo à variação do
Produto Interno Bruto (PIB) do ano antecedente ao da lei orçamentária
27
anual.
RESPOSTA: B

13. (FUVEST-COREMU-USP-2020) No Brasil, as mudanças nas taxas


de mortalidade e morbidade estão relacionadas, entre outros fatores,
a transições demográficas, epidemiológicas e nutricionais. Quais são,
atualmente, as principais causas de morte no Brasil, considerando taxas
nacionais de mortalidade?

🅐 Doenças do aparelho circulatório, câncer e causas externas.


🅑 Câncer, doenças do aparelho circulatório e doenças infecciosas.
🅒 Doenças do aparelho circulatório, doenças infecciosas e homicídios.
🅓 Diabetes, hipertensão e câncer.
🅔 Doenças crônicas não transmissíveis, homicídios e Alzheimer e outras
demências.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


GRAU DE DIFICULDADE: FÁCIL

Alternativa A: CORRETA. No Brasil, as principais causas de morte, já são


as doenças não transmissíveis, com destaque para as doenças do apa-
relho cardiovascular, os diversos tipos de câncer e as causas externas,
entre as quais, as mais significativas são a violência e os acidentes de
trânsito.
Alternativa B: INCORRETA. Embora as doenças infecciosas sejam ainda
importantes, há no Brasil, um crescimento significativo e preocupante
em relação às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).
Alternativa C: INCORRETA. Apesar das altas taxas de mortalidade pelas
doenças citadas, não se pode esquecer da mortalidade por causas ex-
ternas, que apresentam um número impressionante.
Alternativa D: INCORRETA. O Brasil é considerado um país de renda mé-
dia-alta, e apenas os países de baixa renda ainda têm um percentual
maior de mortes por doenças infecciosas.
Alternativa E: INCORRETA. Apesar do crescente aumento dos casos de
Alzheimer e outras demências no Brasil, estes ainda não configuram as
principais causas de morte no país, mas chamam a atenção pelo impacto
que causam ao sistema de saúde.
28 RESPOSTA: A

14. (FUVEST-COREMU-USP-2020) A Atenção Primária em Saúde (APS)


pressupõe:
1) o acompanhamento e a continuidade da relação de cuidado, com cons-
trução de vínculo entre profissionais e usuários ao longo do tempo, de
modo permanente e consistente;
2) o acompanhamento e a organização do fluxo dos usuários, entre os
diversos serviços, estruturas e pontos da rede de saúde, de forma con-
tínua e integrada.
Assinale as diretrizes/atributos da APS correspondentes às descrições
nos itens 1 e 2, respectivamente:
🅐 Horizontalidade (1) e Territorialização (2).
🅑 Resolutividade (1) e Ordenação da Rede (2).
🅒 Equidade (1) e Descentralização (2).
🅓 Longitudinalidade (1) e Coordenação do Cuidado (2).
🅔 Continuidade (1) e Integralidade (2).

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


GRAU DE DIFICULDADE: INTERMEDIÁRIO

Alternativa A: INCORRETA. Horizontalidade consiste na articulação ou


fusão de unidades e serviços de saúde de mesma natureza ou especia-
lidade, é utilizada para otimizar a escala de atividades, ampliar a cober-
tura e a eficiência econômica na provisão de ações e serviços de saúde
através de ganhos de escala (redução dos custos médios totais em re-
lação ao volume produzido) e escopo (aumento do rol de ações da uni-
dade).O processo de territorialização significa organizar os serviços de
acordo com o território, ou seja, conhecer o território e a partir das suas
necessidades organizar os serviços. Envolve a compreensão sobre os
papéis das configurações territoriais na produção de vulnerabilidades
sociais que prejudicam ou potencializam a saúde e as condições de vida
sociais e individuais.
Alternativa B: INCORRETA. Resolutividade é a capacidade de dar uma so-
lução aos problemas do usuário do serviço de saúde de forma adequada,
no local mais próximo de sua residência ou encaminhando-o aonde suas
necessidades possam ser atendidas conforme o nível de complexida-
de. Em relação à ordenação das Redes de Atenção à Saúde pela APS,
pressupõe-se que o planejamento do uso dos recursos financeiros, da
necessidade de formação profissional e das ações e serviços que con-
formam as RAS seja programado, estruturado, disposto, organizado,
29 estabelecido, portanto, ordenado, a partir das necessidades de saúde
da população.
Alternativa C: INCORRETA. Por Equidade, entende-se o princípio da jus-
tiça social, que busca diminuir desigualdades. Por Descentralização
entende-se que, a partir do conceito constitucional do comando único,
cada esfera do governo é autônoma e soberana em suas decisões e ati-
vidades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade.
Neste sentido, a autoridade sanitária do SUS é exercida nos 3 níveis de
governo: na União, pelo ministro da saúde; nos estados, pelos secretá-
rios estaduais de saúde; e, nos municípios, pelos secretários municipais
de saúde.
Alternativa D: CORRETA. A longitudinalidade trata do acompanhamento
do paciente ao longo do tempo por profissionais da equipe de APS, e é
considerada característica central deste nível assistencial. A coorde-
nação do cuidado significa estabelecer conexões de modo a alcançar o
objetivo maior de prover/atender às necessidades e preferências dos
usuários na oferta de cuidados em saúde, com elevado valor, qualidade
e continuidade.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Alternativa E: INCORRETA. O termo continuidade é muitas vezes utiliza-
do com significado semelhante ao de longitudinalidade. Já por Integra-
lidade têm-se a garantia do fornecimento de um conjunto articulado e
contínuo de ações e serviços (preventivos, curativos e coletivos), exigi-
dos em cada caso para todos os níveis de complexidade de assistência.
RESPOSTA: D

30

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 15 A 18


Justiça suspende autorização a Doria de apreender usuários
na cracolândia:
O prefeito de São Paulo, João Doria, sofreu um revés neste do-
mingo. A Justiça da segunda instância suspendeu a liminar que
autorizava o Executivo municipal a levar dependentes químicos
à força para uma avaliação médica. A informação foi confirmada
pelo Ministério Público e pela Prefeitura. De acordo com a sen-
tença do desembargador Reinaldo Miluzzi, do Tribunal de Justi-
ça de SP, que acatou o recurso do MP e da Defensoria Pública, o
pedido do Executivo municipal era “impreciso, vago e amplo, e,
portanto, contrasta com os princípios basilares do Estado Demo-
crático de Direito, porque concede à municipalidade carta branca
31 para eleger quem é a pessoa em estado de drogadição vagando
pelas ruas da cidade de São Paulo”. A decisão deste domingo tam-
bém derrubou o segredo de Justiça do processo.
Em nota enviada ao EL PAÍS, a Prefeitura da capital disse que
irá recorrer da decisão. Assegurou também que “o trabalho de
acolhimento e tratamento dos usuários que aceitam se inter-
nar continuará sendo feito”. O pedido da Prefeitura havia sido
feito às pressas na última terça-feira e acatado na última sexta-
-feira pelo juiz Emílio Migliano, da 7ª Vara da Fazenda Pública.
Em concreto, a gestão Doria pedia autorização para “a busca e
apreensão de pessoas em situação de drogadição com a finalida-
de de avaliação pelas equipes multidisciplinares (social, médica,
assistencial) e, preenchidos os requisitos legais, internação com-
pulsória”. O juiz deu aval para esta “busca e apreensão” durante
30 dias na região da cracolândia, mas ressaltou em sua decisão

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


queo Executivo municipal, para internar uma pessoa de forma
compulsória, ainda deveria ter uma autorização judicial caso
acaso,comodeterminaaleifederal10.216/01.Desmentindo declara-
çõesdesecretários,agestãoDoriaasseguroupormeio desuaasses-
sorianasexta,depoisdesairadecisão,quenunca teve a intenção de
internar compulsoriamente uma pessoa, mas apenas de levá-la à
força para um examemédico.
Arthur Pinto Filho, promotor da área da Saúde, chegou a dizer
que o pedido “era genérico para levar pessoas que estão vagando
pelas ruas à força”. Explicou ainda que a petição era uma “afronta
a lei antimanicomial aprovada 2001”. “É o pedido mais esdrúxulo
que eu vi em toda minha vida.Éumacaçadahumanaquenãotemp
aralelonomundo», opinou. Neste domingo, o promotor afirmou
que a nova decisão”vaipermitirqueoprogramaRedençãosejacolo-
cado empráticacomofoiconcebido”,deacordocomojornalFolha de
S. Paulo. A operação policial do último domingo fez com que os
dependentes químicos se espalhassem por outros 23 pontos da
32
cidade, segundo a Guarda Civil Metropolitana (GCM). A maioria,
cerca de 600 pessoas, está aglomerada na praça Princesa Isabel,
a 400 metros da antiga cracolândia. Desde então, ações improvi-
sadas e apressadas da prefeitura expuseramumasériedecontradi-
çõesdaAdministraçãoDoria edeseuplanoparatratarosdependen-
tesquímicos,batizado deRedenção.
Felipe Betim, El País, 28/05/2017.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


15. (USP – FUVEST 2020) Sobre as políticas públicas brasileiras dire-
cionadas a pessoas com necessidades decorrentes do uso de drogas, é
correto afirmar:

🅐 Desde 2003,o Ministério da Saúde afirma que a prevenção e a rein-


serção dos usuários de drogas independem da articulação de esforços e
ações intersetoriais.
🅑 A Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de
Álcool e outras Drogas, publicada em 2003, tem como diretriz principal
a abstinência.
🅒 Historicamente, as abordagens do poder público são marcadas pela
criminalização e exclusão de usuários de drogas e por medidas repressivas.
🅓 A Organização Mundial de Saúde classifica somente as substâncias
ilícitas como drogas que modificam uma ou mais funções do organismo
vivo.
🅔 A Rede de Atenção Psicossocial propõe que os usuários de drogas
em situação de rua recebam, preferencialmente, tratamento em regime
de internação psiquiátrica.

GRAU DE DIFICULDADE: MÉDIO


33
Dica do autor: Leitura do documento elaborado pelo Ministério da saú-
de (MS, 2003): A política do ministério da saúde para a atenção integral
a usuários de álcool e outras drogas¹
Alternativa A: INCORRETA. Conforme o documento mencionado acima,
esta medida adotada pelo MS em 2003, necessita que a reinserção e
prevenção de usuários de drogas referida na questão dependa da arti-
culação e comunicação efetiva das ações intersetoriais¹.
Alternativa B: INCORRETA. Uma das principais diretrizes preconizada
pelo MS consiste em “Indicar o paradigma da redução de danos – estra-
tégia de saúde pública que visa reduzir os danos causados pelo abuso
de drogas lícitas e ilícitas, resgatando o usuário em seu papel autore-
gulador, sem a preconização imediata da abstinência e incentivando-o à
mobilização social – nas ações de prevenção e de tratamento, como um
método clínico-político de ação territorial inserido na perspectiva da clí-
nica ampliada” (MS, p. 27, 2003).
Alternativa C: CORRETA. Esta afirmativa é verdadeira, principalmente
pela forma como pessoas que vivenciam este tipo vulnerabilidade social
são percebidas perante a sociedade e poder público. Conforme o docu-

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


mento exposto a seguir, estarão descritos os principais fatores que con-
tribuem para exclusão social de usuários de drogas: “Associação do uso
de álcool e drogas à delinquência, sem critérios mínimos de avaliação;
O estigma atribuído aos usuários, promovendo a sua segregação social;
Inclusão do tráfico como uma alternativa de trabalho e geração de renda
para as populações mais empobrecidas, em especial à utilização de mão
de obra de jovens neste mercado; A ilicitude do uso impede a participa-
ção social de forma organizada desses usuários; O tratamento legal e
de forma igualitária a todos os integrantes da “cadeia organizacional do
mundo das drogas” é desigual em termos de penalização e alternativas
de intervenção” (MS, p. 27, 2003).
Alternativa D: INCORRETA. Não somente as substâncias ilícitas, como
qualquer substancia sintética ou natural que seja capaz de modificar
uma ou mais funções orgânicas. Sendo assim, inclusive os medicamen-
tos são considerados modificadores do organismo.
Alternativa E: INCORRETA. Esta modalidade não é considerada a mais
adequada nem pertinente para o tratamento, tendo em vista a desca-
racterização do indivíduo e exposição a um procedimento desrespeito-
so. Em contrapartida, são adotadas medidas de acolhimento, suporte
e acompanhamento psicossocial, inclusive nos centros de atenção psi-
cossocial (CAPS- AD) para tratamento e política de redução de danos.
34 RESPOSTA: C

16. (USP – FUVEST 2020) É uma estratégia de saúde pública pautada no


princípio da ética do cuidado, que visa diminuir as vulnerabilidades de risco
social, individual e comunitário, decorrentes do uso, abuso e dependência
de drogas (Brasil, 2015:39).
Esse texto refere-se à definição de:
🅐 Abstinência.
🅑 InternaçãoCompulsória
🅒 EquipeMultidisciplinar.
🅓 Avaliação Médica
🅔 Redução de danos

GRAU DE DIFICULDADE: FÁCIL

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Dica do autor: Leitura da portaria N 1.028, 2005, que determina ações
que visam à redução de danos²
Alternativa A: INCORRETA. A abstinência era o método utilizado ante-
riormente a nova política pautada no cuidado integral ao indivíduo. En-
tretanto, em Março de 2019 foi decretada pela portaria 9761 o retorno a
esta modalidade de tratamento, que possui como primazia a abstinên-
cia, sem que seja levado em consideração o respeito e a individualidade
do usuário³.
Alternativa B: INCORRETA A internação compulsória consiste em um
método que passou a ser utilizado apenas em casos de alta gravidade
e por tempo determinado, visando o retorno da autonomia do usuário
e o respeito as suas condições de maneira primordial. Para tanto, esta
opção não condiz com o enunciado apresentado.
Alternativa C: INCORRETA. A equipe multidisciplinar é responsável pelo
cuidado integral ao usuário que é dependente de álcool ou drogas e é im-
prescindível no desempenho e acompanhamento do plano terapêutico
singular nos CAPS – AD. A equipe é composta por um médico psiquia-
tra, um médico clínico, um enfermeiro com formação em saúde mental
e quatro profissionais de nível superior entre as seguintes categorias:
psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, peda-
gogo ou outro profissional necessário.
35
Alternativa D: INCORRETA. A avaliação médica é realizada pelo psiquiatra
e pelo médico clínico, ao qual fica responsável pela triagem, avaliação e
acompanhamento das intercorrências clínicas na unidade do CAPS – AD.
Alternativa E: CORRETA. A política descrita consiste em cuidar do usuá-
rio de forma integrada e responsável, levando em consideração suas in-
dividualidades e necessidades de cuidado. Na portaria descrita acima,
é possível conferir todas as diretrizes e princípios adotados por este
cuidado.
RESPOSTA: E

17. (USP – FUVEST 2020) Dentre os eixos fundamentais da proposta de


Clínica Ampliada no âmbito do Sistema Único de Saúde, inclui-se:

🅐 a compreensão ampliada do processosaúde‐doença.


🅑 a adaptação das necessidades dos usuários aos saberes e aos instru-
mentos de trabalho previamente estabelecidos.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


🅒 a ausênciadesuporteaosprofissionaisparalidarcomsuas própriasdi-
ficuldades.
🅓 o objeto de trabalho caracterizado predominantemente pelos aspectos
orgânicos e saberesbiomédicos.
🅔 a construção individual de diagnósticos eterapêuticas.

GRAU DE DIFICULDADE: FÁCIL

Dica do autor: Leitura do humaniza SUS: clinica ampliada e compartilha-


da (2009)4
Alternativa A: CORRETA. Desde a definição ampliada do processo de
adoecimento descrita pela OMS, a qual o adoecimento consiste em um
processo bio/psico/social/espiritual, existe uma compreensão diferen-
ciada acerca dessa dualidade entre doença e saúde, tendo em vista a co-
nexão e interligação que ambos conceitos possuem.
Alternativa B: INCORRETA Esta concepção de que os usuários neces-
sitam de enquadramento aos instrumentos e processos de trabalhos
previamente estabelecidos, além de inadequado é utópico, uma vez que
cada individuo possui a sua singularidade e característica própria para
lidar com o processo de adoecimento.
36 Alternativa C: INCORRETA. Ao contrário do que a questão afirma, o SUS
preconiza que haja um integrado suporte de profissionais que possam
auxiliar no enfrentamento do contexto e das dificuldades vivenciadas.
Alternativa D: INCORRETA. Os principais objetos e modalidades de tra-
balho mediante o conceito da clinica ampliada é a integração da equi-
pe multidisciplinar, sem que haja primazia dos saberes médicos sobre
os demais e nem a supervalorização de aspectos orgânicos de maneira
desvinculada ao âmbito psicológico, emocional e psicossocial.
Alternativa E: INCORRETA. O conceito de clinica ampliada preconiza que
a construção de diagnósticos e terapêuticas seja realizada de forma in-
tegrada e não individual. Conforme descritos nas demais questões, a im-
portância da equipe multidisciplinar neste tipo de modalidade se torna
indispensável.
RESPOSTA: A

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


18. (USP – FUVEST 2020) O matriciamento é considerado uma proposta
inovadora em relação à produção do cuidado. Essa proposta busca superar
e transformar práticas tradicionais dos sistemas de saúde, como

🅐 a horizontalidade e a gestão deleitos


🅑 a educação em saúde e a escutaqualificada.
🅒 as práticas integrativas e as abordagensverticalizadas
🅓 os encaminhamentos e as referências econtrarreferências.
🅔 os protocolos burocratizados e o vínculo com osusuários

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Dica do autor: Leitura do Guia Prático de Matriciamento em Saúde Men-


tal, do Ministério da Saúde, (2011)5.
Alternativa A: INCORRETA. Estas são propostas do matriciamento. A ho-
rizontalidade se designa a uma organização que não existe hierarquia
nem órgão superior, propiciando assim a construção da comunicação
entre equipes de maneira igualitária e a gestão de leitos que também
consiste em possibilitar de maneira justa a disponibilidade dos mesmos
para os usuários.
37 Alternativa B: INCORRETA Estes também são aspectos preconizados
pelo matriciamento.
Alternativa C: INCORRETA. As práticas integrativas fazem parte do pro-
pósito do matriciamento, para tanto, as abordagens devem ser conside-
radas horizontais e não verticalizadas, conotando a idéia de hierarquia.
Alternativa D: CORRETA. Conforme descrito no manual acima exposto:
“A nova proposta integradora visa transformar a lógica tradicional dos
sistemas de saúde: encaminhamentos, referências e contrarreferên-
cias, protocolos e centros de regulação. Os efeitos burocráticos e pouco
dinâmicos dessa lógica tradicional podem vir a ser atenuados por ações
horizontais que integrem os componentes e seus saberes nos diferen-
tes níveis assistenciais. Na horizontalização decorrente do processo de
matriciamento, o sistema de saúde se reestrutura em dois tipos de equi-
pes: equipe de referência; equipe de apoio matricial” (Matriciamento em
saúde, n 13, 2011).
Alternativa E: INCORRETA. O vinculo com os usuários é algo preconizado
pelo matriciamento, porém os protocolos burocratizados não, especial-
mente pelo motivo mencionado na questão anterior.
RESPOSTA: D

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


19. (USP – FUVEST 2020) O matriciamento é uma prática preconizada
pela Política de Saúde. São considerados instrumentos do processo de
matriciamento:

I. Ecomapa;
II. Contato à distância por telefone e outras tecnologias de comunica-
ção;
III. Consulta conjunta de saúde mental na atençãoprimária;
IV. Interconsulta;
V. Encaminhamento ao especialista.
Está correto o que se afirma apenas em:

🅐 III eV
🅑 I, III eIV
🅑 II, III eIV
🅒 II, III, IV eV
🅓 I, II, III eIV

GRAU DE DIFICULDADE: MÉDIO


38
Dica do autor: Leitura do Guia Prático de Matriciamento em Saúde Men-
tal, do Ministério da Saúde, (2011)5.
Alternativa A: INCORRETA. O item III está correto e adequado ao desem-
penho do matricimaneto, porém nesta modalidade não há encaminha-
mento para especialista. Conforme descrito no Manual “um suporte
técnico especializado que é ofertado a uma equipe interdisciplinar em
saúde a fim de ampliar seu campo de atuação e qualificar suas ações”
(Matriciamento em saúde, n 14, 2011).
Alternativa B: INCORRETA. Todas as alternativas mencionadas estão
corretas, porém a mais correta inclui o quesito de número II também,
Alternativa C: INCORRETA. Todas as alternativas mencionadas estão
corretas, porém a mais correta inclui o quesito de número I também,
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa V não condiz com o matricia-
mento, conforme descrito anteriormente,
Alternativa E: CORRETA. Contempla todos os quesitos e diretrizes do
apoio matricial.
RESPOSTA: E

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


20. (USP – FUVEST 2020) São considerados atributos da Atenção Pri-
mária à Saúde (APS):

I. Longitudinalidade.
II. Integralidade.
III. Abordagem Familiar eComunitária.
IV. Centralidade nas doenças maisprevalentes.
V. Coordenação.
Estão corretos os atributos indicados apenas em:

🅐 II, III e IV
🅑 I, IV e V
🅒 I, II, III e V
🅓 I, II, III e IV
🅔 III, IV e V.

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

39 Dica do autor: Recomendada a leitura do documento A Atenção Primá-


ria à Saúde, (2009)6
Alternativa A: INCORRETA. Esta alternativa explana dois itens corretos
(II e III), porém se equivoca ao classificar o item IV como correto e não
considerar o item I. Sendo assim, os itens corretos, que correspondem
a integralidade, que consiste em assegurar que os serviços de saúde
prestados sejam ajustados e adequados às necessidades de saúde da
população, preconizando portanto, o diagnóstico adequado da situação
de saúde, o atendimento pela unidade básica de saúde, e não obstante,
a organização das redes de atenção à saúde; e a abordagem familiar e
comunitária, que consiste em propiciar de maneira integrada e efetiva a
saúde a população no âmbito familiar da comunidade.
Alternativa B: INCORRETA. A longitudinalidade é uma relação pessoal
acompanhada de forma longa entre os profissionais de saúde e usuá-
rios do serviço de saúde, em suas respectivas unidades, independente
do problema de saúde, gravidade, ou mesmo na ausência de adoeci-
mento ou problema de saúde; já a coordenação, se refere a um estado
de “estar” em harmonia e equilíbrio em virtude uma ação comum, para
tanto, a coordenação deve sempre disponibilizar informações a respei-

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


to de questões relacionadas ao processo entre saúde/doença existente
na comunidade. Ambos itens são verdadeiros, porém o item IV é falso,
tendo em vista que a APS preconiza que o sistema integrado de saúde
esteja orientado para as condições crônicas de adoecimento, visando
controlar as doenças e agravos de maior relevância e não centralizando
o cuidado em doenças mais prevalentes, como sugere o enunciado do
item proposto.
Alternativa C: CORRETA. Está de acordo com os quesitos julgados verda-
deiros no que concerne aos atributos da APS
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa está incorreta uma vez que pre-
coniza o item IV (equivocado) no lugar do V (correto)
Alternativa E: INCORRETA. A alternativa não considera o item I e II, de
conceitos já elucidados anteriormente e considera o item IV como ver-
dadeiro.
RESPOSTA: C

21. (USP – FUVEST 2020) A referida “lei antimanicomial”, a Lei nº 10.216,


de 6 de abril de 2001, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas
portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial
40 em saúde mental. Sobre a lei, é correto afirmar:

🅐 Os direitos e a proteção das pessoas são assegurados mediante a discri-


minação de sua condição socioeconômica, de periculosidadeedegravidade-
dotranstornomental.
🅑 Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, é facultativoinfor-
marapessoaeseusfamiliaresouresponsáveis sobreseusdireitosprevistosnalei.
🅒 O tratamento tem como finalidade a remissão dos sintomas apre-
sentados pelas pessoas, sendo a internação em hospital psiquiátrico a
primeira medida a seradotada.
🅓 A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada
quando os recursos extra‐hospitalares se mostrarem insuficientes.
🅔 O paciente que está há longo tempo hospitalizado ou que possui
situação de grave dependência institucional deverá permanecer nas
instituiçõesasilares.

GRAU DE DIFICULDADE: MÉDIO

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Dica do autor: Leitura da Lei N 10.216, 2001, que dispõe sobre a proteção
e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redire-
ciona o modelo assistencial em saúde mental7.
Alternativa A: INCORRETA. Os diretos a proteção das pessoas são asse-
gurados independente das discriminações descritas e em conformidade
com o exposto na lei “Os direitos e a proteção das pessoas acometidas
de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qual-
quer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual,
religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômi-
cos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou
qualquer outra”7.
Alternativa B: INCORRETA. Não apenas é imprescindível informar aos fa-
miliares e responsáveis os direitos previsto na lei, como é uma prática
obrigatória.
Alternativa C: INCORRETA. Conforme é possível perceber na alternativa
correta, letra D, a internação em qualquer modalidade, só será indicada
quando os recursos extra‐hospitalares se mostrarem insuficientes.
Alternativa D: CORRETA. A alternativa é a verdadeira conforme exposto
na lei acima mencionada.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme o § 3o “É vedada a internação de
41 pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com
características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos
mencionados no § 2o e que não assegurem aos pacientes os direitos
enumerados no parágrafo único do art. 2o.”7
RESPOSTA: D

22. (USP – FUVEST 2020) Sobre as medidas de internação dirigidas às


pessoas portadorasdetranstornosmentais,aLeinº10.216/01define:

🅐 A internação compulsória tem como finalidade garantir serviços mé-


dicos e psicológicos em comunidades terapêuticas filantrópicas.
🅑 A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo
médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.
🅒 Quando solicitada por profissional de saúde, a internação voluntária
prescinde do consentimento do usuário e de seus familiares em relação
à medida.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


🅓 Profissionais de saúde e da assistência social devem solicitar, à Guarda
Civil Metropolitana, a internação compulsória de pessoas em situação
derua.
🅔 O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do
juiz responsável ou da autoridade sanitária competente.

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Dica do autor: Leitura da Lei N 10.216, 2001, que dispõe sobre a proteção
e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redire-
ciona o modelo assistencial em saúde mental7.
Alternativa A: INCORRETA. Em conformidade com a lei, Art. 9o “A inter-
nação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente,
pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do
estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais inter-
nados e funcionários”7
Alternativa B: CORRETA Esta alternativa é correta e a lei descreve os
tipos de internações:
I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuá-
rio;
42 II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do
usuário e a pedido de terceiro; e
III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
Alternativa C: INCORRETA. Não apenas quando solicitada pelo profissio-
nal de saúde, mas em qualquer contexto que corresponda a internação
voluntária, conforme evidenciado no no artigo 7: “ A pessoa que solicita
voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar, no
momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime
de tratamento”7.
Alternativa D: INCORRETA. “A internação, em qualquer de suas modali-
dades, só será indicada quando os recursos extra‐hospitalares se mos-
trarem insuficientes”7, independente da situação ao qual o paciente se
encontra.
Alternativa E: INCORRETA. “O término da internação voluntária dar-se-á
por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico as-
sistente”7, conforme descrito no paragro único do sétimo artigo.
RESPOSTA: B

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


23. (USP – FUVEST 2020) É um conjunto de propostas de condutas
terapêuticas articuladas,paraumsujeitoindividualoucoletivo,queresulta
da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com Apoio Matri-
cial, se necessário. Geralmente, é dedicado a situações mais complexas
(Brasil2009:39). Esse texto refere-se à definição de:

🅐 Rede de Apoio.
🅑 Discussão de Casos.
🅒 Projeto Terapêutico Singular
🅓 Atenção Comunitária.
🅔 Gestão Compartilhada.

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Alternativa A: INCORRETA. As redes de apoio são redes que proporcio-


nam comunicação e integração entre os sistemas de saúde, tornando o
sistema horizontal e efetivo em todos os níveis de atenção a saúde, para
tanto, não condiz com a descrição do enunciado.
Alternativa B: INCORRETA. As discussões de casos também são moda-
lidades que devem ser utilizadas em todos os níveis de atenção, com a
43 finalidade de aperfeiçoar a oferta da saúde aos usuários, entretanto não
se adequa a descrição do que foi proposto na questão.
Alternativa C: CORRETA. “O PTS é um conjunto de propostas de condutas
terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resulta-
do da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio ma-
tricial se necessário” (Ministério da Saúde, p. 39, 2007). singular Na prá-
tica, consiste enquanto uma modalidade de discussão de caso clínico8.
Alternativa D: INCORRETA. Este tipo de atenção foi formulado em cui-
dado especial a usuários de álcool e outras drogas, “considerando a ne-
cessidade de estruturação e fortalecimento de uma rede de assistência
centrada na atenção comunitária associada à rede de serviços de saúde
e sociais, que tenha ênfase na reabilitação e reinserção social dos seus
usuários” 9.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme o Ministério da Saúde (p.09, 2011),
a gestão compartilhada foi formulada “visando contribuir para o incre-
mento científico e tecnológico em saúde no País e para a redução das
desigualdades regionais nesse campo, o Ministério da Saúde, criou em
2004, o Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em Saú-
de – PPSUS, com o intuito de desenvolver atividades de fomento des-

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


centralizado à pesquisa nos 27 estados da federação”. Como objetivos
do programa estão o financiamento de pesquisas em temas prioritários
para a saúde dos brasileiros; a contribuição com o aprimoramento do
SUS e a promoção do desenvolvimento tecnológico e científico em saú-
de em todos os estados da do país.10
RESPOSTA: C

24. (USP – FUVEST 2020) O psicodiagnóstico desenvolvido por Ocampo


(2005) e Arzeno (2003) apud Araújo (2007) é um modelo

🅐 que sistematizou o procedimento do psicodiagnóstico dentro do


referencial psicanalítico, que valoriza a entrevista clínica, a relação trans-
ferencial/contratransferencial e a devolução, ao final doprocesso
🅑 que está apoiado na prática médica e psicométrica para auxiliar no
diagnóstico diferencial depsicopatologias
🅒 focado em duas estratégias diagnósticas amplamente utilizadas na
Psicologia Clínica: o psicodiagnóstico e a psicometria
🅓 com prática clínica flexível no que se refere ao objetivo e ao tempo,
entretanto, com papéis bem definidos por ser diferenciado do processo
44 analítico
🅔 no qual se tornou menos importante detectar e classificar os distúr-
bios psicopatológicos, pois a ênfase está na objetividade, identificação
das diferenças individuais e orientações específicas

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Dica do autor: Leitura acerca do psicodiagnóstico descrito pelas auto-


ras Ocampo (2003) e Arzeno (2005), exposto em Estratégias de diag-
nóstico e avaliação psicológica11.
Alternativa A: CORRETA. Esta afirmativa descreve de maneira fidedigna
a teoria formulada pelas autoras em relação ao psicodiagnóstico.
Alternativa B: INCORRETA. Esta teoria era muito utilizada no início da
realização da avaliação psicológica, sendo caracterizada como a primei-
ra fase de atuação do psicólogo para esta finalidade, porém na resolução
da questão, deve sempre estar atento a referência do autor solicitada.
Alternativa C: INCORRETA. Estes também são os instrumentos basais
para realização do psicodiagnóstico, porém não estam de acordo com a
teoria desenvolvida pelas autoras em questão mencionadas.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Alternativa D: INCORRETA. As autoras em questão afirmam que o psi-
codiagnóstico consiste em ser uma prática clínica bem delimitada, com
tempo, papéis definidos e objetivo delimitado, diferenciada do proces-
so analítico, porém não menciona o caráter de clínica flexível.
Alternativa E: INCORRETA. Estas referências são realizadas pelas auto-
ras em relação ao modelo psicométrico e não ao psicodiagnóstico.
RESPOSTA: A

25. (USP – FUVEST 2020) O modelo compreensivo de psicodiagnóstico


caracteriza-se por

🅐 considerar o processo psicodiagnóstico uma prática interventiva:


diagnóstico e intervenção são processos simultâneos e complementares
🅑 valorizar o pensamento clínico, porém com reduzida flexibilidade na
estruturação do processo
🅒 utilizar múltiplos referenciais teóricos além dapsicanálise
🅓 considerar o cliente como parceiro ativo e envolvido no trabalho de
compreensão e encaminhamento posterior
45 🅔 usar técnicas como o jogo do rabisco de Winnicott, em que os resul-
tados serão avaliados como objeto de estudo observável e mensurável

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Dica do autor: Leitura acerca do modelo compreensivo, descrito em Es-


tratégias de diagnóstico e avaliação psicológica11.
Alternativa A: INCORRETA. Este modelo de psicodiagnóstico é com-
preendido através do modelo fenomenológico e não o compreensivo.
Alternativa B: INCORRETA. A alternativa estaria correta se o enunciado
descrevesse que há a valorização do pensamento clínico e uma maior
flexibilidade, na estruturação do processo.
Alternativa C: CORRETA. Esta questão está de acordo com o descrito
pelo modelo proposto.
Alternativa D: INCORRETA. Este enunciado se refere ao modelo fenome-
nológico e não ao compreensivo.
Alternativa E: INCORRETA. Esta é uma caracterização da influência do
positivismo, descrita por Augusto Comte (1973).
RESPOSTA: C

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


26. (USP – FUVEST 2020) De acordo com Cunha (2000), verifica-se a
interação clínica psicólogo-paciente ao longo de todo o processo psi-
codiagnóstico. No plano inconsciente, têm-se os fenômenos de trans-
ferência e contratransferência. Sobre os fenômenos de transferência e
contratransferência, é correto afirmar que

🅐 a transferência é experienciada pelo paciente ao se relacionar, no aqui


e agora da situação diagnóstica, com o psicólogo não como tal, mas como
figura de pai, irmão, mãe.
🅑 o fenômeno transferencial tem um caráter positivo e não considera
a “recriação dos diversos estágios do desenvolvimento emocional do
paciente ou reflexo de suas complexas atitudes para com figuras-chave
de sua vida”.
🅒 a transferência refere-se unicamente ao vínculo estabelecido com o psi-
cólogo.
🅓 a resistência do paciente à tarefa não se constitui em uma forma de
transferência.
🅔 é fundamental que o psicólogo esteja sempre alerta à contra trans-
ferência, no sentido de conscientizar-se sobre os próprios sentimentos
despertados e permitir, inclusive, que estes atuem no processo psico-
46 diagnóstico.

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Dica do autor: Leitura do livro Psicodiagnóstico-V, Jurema Alcides


Cunha, 200712.
Alternativa A: CORRETA. A alternativa está de acordo com o conceito de
psicodiagnóstico proposta pela autora.
Alternativa B: INCORRETA O fenômeno transferencial não tem um cará-
ter só positivo ou negativo e consiste na “recriação dos diversos estágios
do desenvolvimento emocional do paciente ou reflexo de suas comple-
xas atitudes para com figuras-chave de sua vida”, conforme enunciado
na questão.
Alternativa C: INCORRETA. A transferência é vivenciada pelo paciente no
contato e vinculação com o psicólogo, a qual atribui uma figura proje-
tada de mãe, pai e/ou autoridade, porém não é unicamente vivenciada
neste contexto descrito.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Alternativa D: INCORRETA. Este tipo de comportamento é também uma
forma de transferência.
Alternativa E: INCORRETA. Embora seja fundamental a percepção do psi-
cólogo em relação ao processo de contratranferência, estes aspectos
não podem atuar ou interferir no processo de psicodiagnóstico.
RESPOSTA: A

27. (USP – FUVEST 2020) A respeito do conceito de “entrevista clínica”


de Cunha (2000), é correto afirmar:

🅐 É uma técnica única com o objetivo de descrever e avaliar aspectos


pessoais, relacionais ou sistêmicos do sujeito a ser avaliado.
🅑 A entrevista é parte de um processo que deve ser concebido, basica-
mente, como um processo de avaliação e, portanto, não pode ocorrer em
apenas uma sessão
🅒 A entrevista é a única técnica capaz de testar os limites de aparentes
contradições e de tornar explícitas características indicadas pelos ins-
trumentos padronizados, dando a eles validadeclínica
47 🅓 A entrevista clínica não é capaz de testar os limites de aparentes
contradições e de tornar explícitas características indicadas pelos ins-
trumentos padronizados
🅔 O resultado de uma entrevista não depende da experiência e da habi-
lidade do entrevistador, pois, em muitos casos, a resistência do paciente
dificulta oprocesso

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Dica do autor: Leitura do livro Psicodiagnóstico-V, Jurema Alcides


Cunha, 200712.
Alternativa A: INCORRETA. Tendo em vista que a “entrevista clínica é um
conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por
um entrevistador treinado, que utiliza conhecimento psicológico, em
uma relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspec-
tos pessoais, relacionais ou sistêmicos” (Cunha, p. 45, 2009), a alternati-
va não está correta.
Alternativa B: INCORRETA. Embora a entrevista seja parte de um proces-
so que deva ser concebida como um processo de avaliação, ela pode ser

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


realizada em uma única sessão e ter como conduta o encaminhamento
ou a definição de objetivos para execução de um processo psicotera-
pêutico.
Alternativa C: CORRETA. A alternativa encontra-se de acordo com o ex-
posto pelo autor acerca da entrevista clínica.
Alternativa D: INCORRETA. A alternativa equivoca pelo fato de que a en-
trevista clínica é a única capaz de testar os limites de aparentes contra-
dições e de tornar explícitas características indicadas pelos instrumen-
tos padronizados
Alternativa E: INCORRETA. O resultado de uma entrevista depende lar-
gamente da experiência e da habilidade do entrevistador, além do do-
mínio da técnica (Cunha, p. 47, 2000), tornando portanto, a alternativa
equivocada.
RESPOSTA: C

28. (USP – FUVEST 2020) Para Moretto (2016), a caracterização dos


dispositivos clínicos psicológicos de um Serviço de Saúde obedece à
seguinte ordem de procedimentos: acolhimento, triagem, diagnóstico e
tratamento e avaliação de resultados.
48
🅓 O acolhimento é o atendimento prévio discriminatório quanto às
necessidades e indicações de atendimento referentes à área psicológica
🅑 A triagem é o momento em que o psicólogo escuta as demandas ini-
ciais do paciente que procura a instituição numa tentativa de construir
um vínculo
🅒 O tratamento possibilita ao psicólogo identificar as necessidades do
paciente, para assim optar pelo encaminhamento mais apropriado para
resolver os problemas detectados
🅓 O processo de psicodiagnóstico na instituição de saúde possibilita ao
psicólogo a construção do diagnóstico do paciente em relação a diversas
questões, tais como estrutura psíquica, dinâmica das suas relações e tipo
de relação que o paciente estabelece com a sua doença e com a instituição
🅔 A implantação de dispositivos clínicos idealizados aproxima o profissional
da comunicaçãointerdisciplinar

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Alternativa A: INCORRETA. O acolhimento psicológico tem o objetivo de
promover escuta qualificada a todos, para favorecer a expressão da
subjetividade, a fim de compreender o significado e a experiência do
adoecimento para o paciente e família.
Alternativa B: INCORRETA. A triagem psicológica busca coletar dados,
levantar hipóteses diagnósticas e verificar a terapêutica mais adequa-
da para as necessidades do paciente, que busca a instituição hospitalar
para obter tratamento e cura de sua enfermidade.
Alternativa C: INCORRETA. As necessidades do paciente são identifica-
das a partir de sua fala, devendo sempre o psicólogo evidenciar a subje-
tividade do sujeito, bem como, é importante contextualizar os impactos
da doença, da hospitalização e tratamento para o paciente, para assim
optar para terapêutica mais adequada em cada caso.
Alternativa D: CORRETA. Em harmonia com Moretto, 2016, Fangaro e Se-
bastiani, 1996 trazem que o psicodiagnóstico hospitalar difere do psico-
diagnóstico clinico tradicional. No hospital, busca avaliar um momento
específico da vida do paciente, nesse sentido, o psicodiagnóstico hospi-
talar visa uma visão ampla de quem é e como está aquele sujeito frente
ao seu processo de doença, internação e tratamento.
Alternativa E: INCORRETA. Conforme a Política Nacional de Humaniza-
ção (PNH) a comunicação dos profissionais de saúde deve acontecer
49
de modo inter e intragrupo, isto é, a partir de um saber fazer comum de
modo compartilhado. (BRASIL, 2008). Assim, a inserção de dispositivos
nas relações de trabalho pode acarretar na terceirização da comunica-
ção e no distanciamento dos profissionais, podendo resultar na frag-
mentação do cuidado e da comunicação.
RESPOSTA: D

29. (USP – FUVEST 2020) Com frequência, os profissionais da atenção


primária deparam-se com diversas dificuldades no acompanhamento das
pessoas com sofrimento psíquico e no manejo dos transtornos mentais.
Dentre as dificuldades comumente vivenciadas pelos profissionais, Chia-
verini et al. (2011) destacam:

🅐 a tendência a dar soluções e conselhos


🅑 a construção de vínculo com os usuários
🅒 a ausência de programas psicoterapêuticos voltados aos profissionais

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


🅓 o diálogo com as famílias e comunidade
🅔 a rotatividade de psiquiatras e psicólogos nas Unidades Básicas de
Saúde.

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Alternativa A: CORRETA. Sobre as dificuldades vivenciadas pelos profis-


sionais da APS, Chiaverini e colaboradores (2011) evidenciam: a tendên-
cia a dar soluções e conselhos, a expectativa de melhora do quadro do
paciente e dificuldade na transferência e contratransferência.
Alternativa B: INCORRETA. Conforme a explicação supracitada, os auto-
res apontam sobre a dificuldade dos profissionais no processo transfe-
rencial e contratransferencial. No entanto, mesmo havendo relação des-
se fenômeno com o estabelecimento de vínculo, perceba que os autores
não apontam em sua descrição essa terminologia. Assim, a alternativa
correta deve segui o ponto de vista dos autores e não a interpretação
da questão.
Alternativa C: INCORRETA. O objetivo da atenção primária a saúde
(APS) é atuar de modo regionalizado, integrando ações preventivas e
curativas, tendo como foco, a comunidade e a família. Sendo assim, não
é o objetivo da APS o desenvolvimento de programas voltados para os
50 profissionais, pois a instituição não foi desenvolvida para esse fim, mas
é possível desenvolver no espaço atividades voltadas para a saúde dos
trabalhadores, caso haja essa demanda.
Alternativa D: INCORRETA. O objetivo principal da APS é atuar em prol
das necessidades das famílias e comunidades. Sendo assim, o diálogo
é a principal técnica dos profissionais de saúde que atuam nessa rede,
sendo usado cotidianamente e aperfeiçoado, através da educação con-
tinuada, que é promovida pelo Sistema único de Saúde, SUS.
Alternativa E: INCORRETA. As equipes das UBS são composta por mé-
dicos (preferencialmente da especialidade medicina de família e co-
munidade), enfermeiro (preferencialmente especialista em saúde da
família), auxiliares e/ou técnicos de enfermagem, podendo contar com
cirurgião-dentista (preferencialmente especialista em saúde da famí-
lia), e auxiliar e/ou técnico em saúde bucal. Já o Núcleo de Apoio à Saúde
da Família (NASF), que é um programa da Atenção Básica, além desses
profissionais, conta, também, com psicólogos e psiquiatras.
RESPOSTA: A

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


30. (USP – FUVEST 2020) Sobre os princípios fundamentais do Código
de Ética profissional do psicólogo, assinale a alternativa INCORRETA:

🅐 O psicólogo baseará seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade


e da integridade do ser humano, apoiado nos valores dos Direitos Humanos
🅑 O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando clinicamente
a realidade política, econômica, social e cultural
🅒 O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com
dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia seja aviltada
🅓 O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimora-
mento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia
🅔 O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da
população às informações, aos serviços e aos padrões éticos da profissão.

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Dica do autor: Observe que a banca não coloca integralmente o texto


dos princípios do código ética do psicólogo nas alternativas, mas ela
conserva a descrição correta dos incisos. O que vai definir a alternativa
correta é o erro em sua descrição.
51 Alternativa A: INCORRETA. Princípios fundamentais do código de ética
do psicólogo em seu inciso I, diz que: O psicólogo baseará o seu trabalho
no respeito e na promoção da liberdade e da integridade do ser humano,
apoiado nos valores dos Direitos Humanos.
Alternativa B: CORRETA. O inciso III dos princípios fundamentais: o psi-
cólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e histori-
camente a realidade política, econômica, social e cultural.
Alternativa C: INCORRETA. O inciso VI dos princípios fundamentais diz que:
o psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dig-
nidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.
Alternativa D: INCORRETA. O inciso IV diz que: o psicólogo atuará com
responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional,
contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo cientí-
fico de conhecimento e de prática.
Alternativa E: INCORRETA. Por fim o inciso V diz que: o psicólogo contri-
buirá para promover a universalização do acesso da população às infor-
mações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos pa-
drões éticos da profissão.
RESPOSTA: B

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


31. (USP – FUVEST 2020) Segundo Casanova (2015), a “Educação Inter-
profissional” é uma estratégia

🅐 que segue a tendência dos profissionais de saúde a atuar de forma


fragmentada e desvinculada de uma abordagem integral
🅑 atual para formar profissionais de saúde aptos para o trabalho em
equipe
🅒 para a formação de profissionais de saúde com vistas a manter a
segmentação e especificidade do conhecimento na atenção em saúde
🅓 formulada pelos Ministérios da Educação e da Saúde, com objetivo
de formar profissionais da saúde para o atendimento específico de sua
área de atuação
🅔 para formar profissionais de saúde que manterão seu compromisso
com um cuidado compartilhado com todos da equipe

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Alternativa A: INCORRETA. A educação interprofissional busca a integra-


lidade do cuidado,conforme Casanova (2015). Isto é, uma atuação profis-
sional articulada com as diversas áreas profissionais da saúde, a partir
52 de uma abordagem integral.
Alternativa B: CORRETA. Segundo a autora Casanova, 2015, a educação
interprofissional (EIP), se apresenta como estratégia para formação de
profissionais capacitados para o trabalho em equipe, que é um requisito
fundamental para promoção da integralidade do cuidado em saúde.
Alternativa C: INCORRETA. O SUS tem três princípios fundamentais: uni-
versalização, que assegura a saúde para todos os brasileiros; equidade,
que busca tratar com igualdade os desiguais; e a integralidade, que dire-
ciona o cuidado, considerando os aspectos biopsicossociais do sujeito.
Sendo assim, os profissionais do SUS atuam harmonizando-se com es-
ses princípios, desempenhando as práticas profissionais de modo inte-
gral e articulado, não segmentado, na promoção da saúde.
Alternativa D: INCORRETA. Em 2017, por meio de um chamado da Organi-
zação Pan-Americana da Saúde /Organização Mundial da Saúde (OPAS/
OMS), elaborou um amplo plano de ação para a implementação da EIP
no Brasil.
Alternativa E: INCORRETA. A educação interprofissional busca, primei-
ramente, capacitar os profissionais da saúde para promover o cuidado
para os usuários do SUS.
RESPOSTA: B

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


32. (USP – FUVEST 2020) De acordo com Dimenstein (2000), a cultura
profissional do psicólogo traz consequências para a prática no campo da
assistência pública à saúde. Assinale a alternativa que apresenta corre-
tamente uma dessas consequências:

🅐 Harmonia com as representações de pessoa, saúde e doença


🅑 A não seleção e hierarquização da clientela
🅒 A alta eficácia das terapêuticas
🅓 Psicologização de problemas sociais
🅔 Redução dos índices de abandonos dos tratamentos

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Alternativa A: INCORRETA. Conforme Dimenstein, 2000, umas das con-


sequências da cultura profissional do psicólogo é: “o conflito com as re-
presentações de Pessoa, saúde e doença, corpo, próprias aos usuários
das instituições públicas de saúde” (p.13).
Alternativa B: INCORRETA. Seleção e hierarquização da clientela (p. 13).
Alternativa C: INCORRETA. Baixa eficácia das terapêuticas (p.13).

53 Alternativa D: CORRETA. Historicamente, a Psicologia sempre esteve


míope” diante da realidade social, das necessidades e sofrimento da po-
pulação, levando os profissionais a cometer muitas distorções teóricas,
a práticas descontextualizadas e etnocêntricas e a uma psicologização
dos problemas sociais, na medida em que não são capacitados para per-
ceber as especificidades culturais dos sujeitos (p. 59).
Alternativa E: INCORRETA. Alto índice de abandono dos tratamentos
(p.13).
RESPOSTA: D

33. (USP – FUVEST 2020) De acordo com Spink (2010), a formação do


psicólogo para atuação em instituições de saúde deve levar em conside-
ração que

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


🅐 a prática psicológica centrada em consultório e privilegiando a esfera
individual contempla também a atuação em instituições de saúde
🅑 é necessário expandir o referencial teórico da graduação na forma de
curso optativo, para psicólogos que pretendem trabalhar em contextos
institucionais
🅒 é necessário expandir o referencial teórico da graduação na forma de
curso obrigatório, para psicólogos que pretendem trabalhar em contextos
institucionais
🅓 é necessário expandir o referencial teórico na esfera contextual, ou seja,
na busca de dados que permitam localizar melhor o psicólogo e seu cliente na
dinâmica social e/ou institucional, em detrimento da questão da alteridade
🅔 é necessário expandir o referencial teórico no sentido de conseguir
trabalhar com a alteridade, ou seja, com a perspectiva de um “outro”
definido culturalmente como diferente do “eu”, em detrimento da esfera
contextual

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Alternativa A: INCORRETA. Para Spink 2010, a prática psicológica liberal


centrada em consultório que privilegia a esfera individual, se afasta do
contexto e da realidade institucional. Por isso, há necessidade de ex-
54
pansão do referencia teórico para contemplar esse campo.
Alternativa B: CORRETA. Spink (2010) aponta que em nível de graduação,
parece que é possível um curso optativo voltado às necessidades de
psicólogos que desejam atuar em contextos institucionais. Curso este
cujo objetivo seria apontar para os campos onde esta expansão se faz
necessária: o processo de institucionalização, a compreensão da insti-
tuição como história e cultura, as políticas sociais que sobredeterminam
a prestação de serviços, os determinantes sociais da saúde/doença, a
polimorfia das representações sociais etc.
Alternativa C: INCORRETA. Conforme a explicação supracitada, Spink
(2010) aponta para a necessidade da expansão do conhecimento, sobre
a atuação do psicólogo nas instituições de saúde pública, a partir de cur-
sos optativos, ou seja, para formandos que desejam obter conhecimen-
to e aprendizado sobre a área, não sendo obrigatório.
Alternativa D: INCORRETA. Conforme Spink 2010, o trabalho em institui-
ções requer uma expansão do referencial contextual, ou seja, a busca de
dados que permitam melhor localizar o psicólogo e seu cliente na dinâ-
mica social e/ou institucional. Perceba que a autora não cita “em detri-
mento da questão da alteridade”.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Alternativa E: INCORRETA. Conforme a mesma autora é necessário ex-
pandir o referencial teórico no sentido de conseguir trabalhar com a al-
teridade, ou seja, com a perspectiva de um “outro” definido culturalmen-
te como diferente do “eu”. Do mesmo modo, não há citação da autora
sobre “em detrimento da esfera contextual”.
RESPOSTA: B

34. (USP – FUVEST 2020) Segundo o artigo “A história da deficiência, da


marginalização à inclusão social: uma mudança de paradigma”, de Pacheco
(2007), várias posturas em relação à pessoa com deficiência coexistiram
ao longo dos tempos. O texto a seguir trata de uma dessas posturas:
“A pessoa com deficiência, mesmo que não produtiva (para a econo-
mia, nas guerras políticas etc) adquire status de humano e possuidor de
alma. Nesse sentido, atitudes de exterminação não são mais conside-
radas como aceitáveis e os cuidados com a pessoa com deficiência pas-
sam a ser assegurados pela família e a igreja, mesmo que tais cuidados
não garantam, ainda, a integração do deficiente nessas instituições e
na sociedade de forma geral”.
A qual postura o texto se refere?
55
🅐 Marginalização
🅑 Assistencialismo
🅒 Educação
🅓 Reabilitação
🅔 Integração social

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Alternativa A: INCORRETA. A marginalização das pessoas com deficiên-


cias, segundo Pcheco, 2007 é caracterizada por práticas desde a pré-his-
tória, onde as pessoas com deficiências eram abandonadas e excluídas
do seu grupo, porque havia a ideia de que essas pessoas estavam com
espíritos maus, demônios, ou, conforme a população, a pessoa com defi-
ciência estava pagando algum pecado que cometeu. Assim, restava aos
deficientes o destino de esmolar nas ruas e praças da época.
Alternativa B: CORRETA. Com o surgimento do Cristianismo, conforme a
mesma autora, a visão de homem modificou-se para um ser racional, que

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


era a criação e manifestação de Deus e, os deficientes passaram a ser
vistos como merecedores de cuidados. Com isso, passaram a receber
assistência da família e da igreja.
Alternativa C: INCORRETA. Segundo Aranha, foi com a Revolução Indus-
trial e o modo de produção capitalista, que valorizava o potencial produ-
tivo das pessoas, que houve a necessidade de estruturação de sistemas
nacionais de ensino e escolarização para a população potencialmente
produtiva da época, o que podemos chamar de ‘momento da educação’
(Pacheco, 2007, p. 243).
Alternativa D: INCORRETA. Foi a partir das tendências humanistas do fi-
nal do século XIX que o conceito d reabilitação foi desenvolvido, o qual
tinha a finalidade de atender às necessidades das pessoas com defi-
ciência. Mas foi com o término da primeira guerra mundial que se criou a
Comissão Central da Grã-Bretanha para Cuidar do Deficiente, que tinha
como objetivo coordenar esforços na recuperação de parte da popula-
ção mutilada e reabsorvê-la socialmente (idem, 2007).
Alternativa E: INCORRETA. A ideia de integração social surgiu como uma
alternativa frente à prática de exclusão social a que a pessoa com defi-
ciência viu-se submetida ao longo dos tempos. Assim, alguns princípios
nortearam o movimento de integração social, como o princípio de nor-
malização, que tinha como base a ideia de que toda pessoa com defi-
56 ciência tem o direito de vivenciar um padrão de vida que é comum à sua
cultura. Assim, ao invés de incluir estas pessoas à sociedade, criavam-se
ambientes o mais parecido possível com aqueles da população em geral,
para o deficiente viver (idem, 2007).
RESPOSTA: B

35. (USP – FUVEST 2020) A “Inclusão Social” é um paradigma pautado

🅐 fundamentalmente na problemática da pessoa com deficiência


🅑 no modelo médico de visão da pessoa com deficiência
🅒 na inserção da criança com deficiência no meio escolar
🅓 no princípio da normalização
🅔 em um movimento bilateral, em que indivíduo e sociedade se mobilizam
para mudanças

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


Alternativa A: INCORRETA. É necessário harmonizar as necessidades das
pessoas com deficiência com a sociedade, para haver inclusão de todos
no processo. O objetivo é incluir e não segregar, por isso a importância
de uma mobilização bilateral, ou seja, indivíduo e sociedade.
Alternativa B: INCORRETA. Os adeptos da inclusão social baseiam-se no
modelo social da deficiência que, ao contrário do modelo médico, perce-
bem os problemas da pessoa com deficiência como uma questao social.
Pelo modelo social da deficiência, os problemas da pessoa com neces-
sidades especiais não estao nela quanto estao na sociedade (Pacheco,
2007).
Alternativa C: INCORRETA. A inclusão da criança com deficiência é um
dos objetivos da inclusão social. No entanto, a inclusão social estende-
-se para todos os públicos e suas necessidades, desde crianças, adultos
e idosos, considerando as especificidades de cada público a fim de pro-
mover a inclusão de todos.
Alternativa D: INCORRETA. O princípio de normalização, que tinha como
base a idéia de que toda pessoa com deficiência tem o direito de expe-
rienciar um padrao de vida que é comum à sua cultura. Assim, ao invés
de incluir estas pessoas à sociedade, criavam-se ambientes o mais pa-
recido possível com aqueles da população em geral, para o deficiente
viver, o que de fato não retirava o caráter de segregação desta prática
57 (Pacheco, 2007).
Alternativa E: CORRETA. A inclusão social é o processo pelo qual a so-
ciedade se adapta para incluir as pessoas com deficiência em seus sis-
temas, ao mesmo tempo em que estas preparam-se para assumir seus
papéis na sociedade. É então, um processo bilateral no qual tanto a pes-
soa ainda excluída, quanto à sociedade, buscam equacionar problemas,
buscar soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos
(idem, 2007).
RESPOSTA: E

36. (USP – FUVEST 2020) Sobre a história pela qual passou a pessoa
com deficiência ao longo dos tempos, é correto afirmar:

🅐 Há um percurso histórico em que diferentes posturas foram delineadas


e superadas ao longo do tempo
🅑 Conhecer a história da deficiência não ajuda a compreender a dificuldade
que algumas pessoas com deficiência podem ter em reconhecer a diferença
como algo passível de aceitação e respeito

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


🅒 Valores preconceituosos foram legitimados na sociedade ao longo
do tempo
🅓 O preconceito social que existe em relação à pessoa com deficiência
é um problema focado na sociedade que a estigmatiza
🅔 Conhecer a história da pessoa com deficiência não implica, necessa-
riamente, uma atitude mais reflexiva sobre o tema, pois são valores que
foram transmitidos no processo de socialização

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Alternativa A: INCORRETA. Segundo Pacheco, 2007 o preconceito rela-


cionado com a deficiência, embora haja modificações históricas sobre o
“olhar” para as pessoas com deficiências, ainda assim, existe o precon-
ceito, que se manifesta com outra configuração em tempos atuais, por
isso a importância de ressaltar, conforme a autora, o percurso histórico
dessa população.
Alternativa B: INCORRETA. Conhecer a história da deficiência ajuda-nos
a entender a dificuldade que algumas pessoas com deficiência, ou não,
tem em reconhecerem a diferença como algo passível de aceitação e
respeito. Os seres humanos, por natureza, são diferentes uns dos ou-
tros. A diferença contida na pessoa com deficiência expressa a diversi-
58 dade da natureza e condição humana (Pacheco, 2007).
Alternativa C: CORRETA. Conforme a mesma autora, valores preconcei-
tuosos foram legitimados na sociedade ao longo do tempo. Segundo a
teoria de Berger & Luckmann,13 homem e indivíduo são indissolúveis à
medida que o indivíduo é produto e produtor da história e da sociedade.
Desta forma, o preconceito social que existe com relação à pessoa com
deficiência é um problema da sociedade que estigmatiza, mas também
um problema individual.
Alternativa D: INCORRETA. o preconceito social que existe com relação
à pessoa com deficiência é um problema da sociedade que estigmatiza,
mas também um problema individual (Pacheco, 2007).
Alternativa E: INCORRETA. Assim, conhecermos a história da pessoa
com deficiência nos propicia uma atitude reflexiva acerca de valores
que muitas vezes podemos estar reproduzindo sem nenhum questiona-
mento crítico e coerente, pois nos foram transmitidos no processo de
socialização (idem, 2007).
RESPOSTA: C

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


37. (USP – FUVEST 2020) De acordo com a evolução temporal dos
sintomas, os fenômenos agudos ou subagudos de um transtorno mental
classificam-se por diferentes nomenclaturas. Segundo Dalgarrondo (2000),
qual nomenclatura se caracteriza por “surgimento e término abruptos,
durando segundos ou minutos, raramente horas”?

🅐 Episódio.
🅑 Fase
🅒 Surto
🅓 Crise
🅔 Desenvolvimento

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Alternativa A: INCORRETA. O episódio, geralmente, tem duração de dias


e até semanas, possui as mesmas características da crise, no entanto é
mais duradouro, exemplo: episodio psicótico e depressivo.
Alternativa B: INCORRETA. A fase pode durar semanas ou meses, rara-
mente anos. Acontece de modo lento e insidioso, tem natureza endóge-
na, rompe a continuidade do sentido normal do desenvolvimento da vida
59 de uma pessoa, como o exemplo da depressão.
Alternativa C: INCORRETA. O surto pode durar de três a quatro meses, ca-
racterizado pela ocorrência aguda e repentina, com a presença da que-
bra do equilíbrio psicológico de forma inesperada.
Alternativa D: CORRETA. A crise, ou ataque, caracteriza-se, em geral, por
surgimento e termino abruptos, durando segundos ou minutos, rara-
mente horas. Por exemplo: crise epiléptica, histérica, ataque de pânico
etc.
Alternativa E: INCORRETA. Desenvolvimento se refere à evolução da per-
sonalidade do individuo, que pode ser normal ou patológico, por exem-
plo, o desenvolvimento da personalidade paranoide.
RESPOSTA: D

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


38. (USP – FUVEST 2020) Para Erné apud Cunha (2000), no que diz
respeito à ordenação metodológica do exame do estado mental, há um
consenso de que as principais alterações envolvem sinais e/ou sintomas
nas seguintes áreas da conduta humana: atenção, sensoperceção, me-
mória, orientação, consciência, pensamento, linguagem, inteligência,
afetividade e conduta. A respeito da memória é correto afirmar

🅐 É uma das expressões da lucidez psíquica, que depende, fundamen-


talmente, da integridade do estado de consciência, por meio da qual se
identifica a capacidade de consciência temporo‐espacial.
🅑 É um processo psíquico que permite concentrar a atividade mental
sobre um fato determinado.
🅒 A dimensão mnemônica chamada de evocação é a capacidade de
gravar os dados.
🅓 É a função psicológica que garante o elo temporal da vida psíquica,
pois reflete o passado no presente e permite a perspectiva do futuro.
🅔 A dismnésia é uma alteração que consiste na abolição da memória.

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

60 Alternativa A: INCORRETA. A orientação é uma das expressões da lucidez


psíquica, que depende, fundamentalmente, da integridade do estado de
consciência, por meio da qual se identifica a capacidade de consciência
temporo-espacial (Cunha, 2000, p. 69).
Alternativa B: INCORRETA. Atenção é um processo psíquico que permite
concentrar a atividade mental sobre um fato determinado (idem, 68).
Alternativa C: INCORRETA. A dimensão mnemônica é uma das capacida-
des da memória responsável por gravar dados.
Alternativa D: CORRETA. A memória é a função psicológica que garante o
elo temporal da vida psíquica, pois reflete o passado no presente e per-
mite a perspectiva do futuro (Cunha, 2000, p. 69).
Alternativa E: INCORRETA. A amnésia é o processo que se refere a aboli-
ção da memória, já a dismnésia, diz respeito a designação geral das per-
turbações da fixação e/ou evocação (idem, 69).
RESPOSTA: D

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


39. (USP – FUVEST 2020) Dalgarrondo (2000) afirma que a literatura
psiquiátrica utiliza determinados termos em relação ao curso dos episó-
dios de transtornos mentais. O termo “remissão” refere‐se)

🅐 ao retorno e manutenção do estado normal, já tendo passado um bom


período de tempo (geralmente se considera um ano) sem que o paciente
apresente recaída do quadro
🅑 ao retorno dos sintomas logo após haver ocorrido uma melhora parcial
do quadro clínico ou quando o estado assintomático é ainda recente (não
tendo passado um ano do episódio agudo).
🅒 ao surgimento de um novo episódio, tendo o indivíduo estado assin-
tomático por um bom período (pelo menos por cerca de um ano).
🅓 à ocorrência aguda, que se instala de forma repentina e faz eclodir
uma doença de base endógena, não compreensível psicologicamente
🅔 ao retorno ao estado normal tão logo acabe o episódio agudo, que
pode ocorrer também sem o auxílio de intervenção terapêutica

GRAU DE DIFICULDADE: DIFÍCIL

Alternativa A: INCORRETA. Recuperação é o retorno e a manutenção do


61 estado normal, já tendo passado um bom período de tempo (geralmente
se considera um ano) sem que o paciente apresente recaída do quadro.
Alternativa B: INCORRETA. Recaída ou recidiva é o retorno dos sintomas
logo após haver ocorrido melhora parcial do quadro clínico ou quando
o estado assintomático é ainda recente (não tendo passado um ano do
episódio agudo).
Alternativa C: INCORRETA. Recorrência é o surgimento de um novo epi-
sódio, depois do individuo apresentar-se assintomático por um bom pe-
ríodo ( pelo menos por cerca de um ano). Pode-se dizer que a recorrência
é um novo episódio da doença.
Alternativa D: INCORRETA. O surto é a ocorrência aguda que se instala
de forma mais ou menos repentina, fazendo eclodir uma doença de base
endógena , não compreensível psicologicamente.
Alternativa E: CORRETA. Remissão é o retorno ao estado normal tão logo
acaba o episodio agudo. Fala-se em remissão espontânea quando o pa-
ciente se recupera sem o auxilio de intervenção terapêutica.
RESPOSTA: E

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


ESTUDO DE CASO

40. (USP – FUVEST 2020) Roberto é um homem de 35 anos, natural de


Salvador. Mudou‐se para São Paulo aos 18 anos, a convite de um primo para
trabalhar na construção civil. É casado com Joana, com quem tem 3 filhos,
Juliano, Maria e Conrado, de 15, 13 e 6 anos de idade, respectivamente.
Começou a usar álcool aos 12 anos, em festas de família, por influência
dos pais e dos tios, que lhe diziam que “beber era coisa de homem”. No
ano de 2015, Roberto procurou Maria, a Agente Comunitária de Saúde
do seu bairro, e queixou‐ se de dores no estômago e náuseas matinais.
Ela agendou rapidamente uma consulta com o clínico de referência. Du-
rante a consulta, o médico considerou que se tratava de um uso abusivo
de álcool, principalmente por identificar que Roberto bebia todos os dias
no bar de um amigo, após chegar do trabalho. O médico pediu para que
Roberto diminuísse o consumo de álcool, explicou que esse hábito não
lhe fazia bem e o encaminhou para tratamento no CAPS ad. Entretanto,
Roberto negou‐se a procurar o serviço, pois não se via como um “bêbado
de sarjeta”. No ano de 2017, ficou desempregado e, após inúmeras ten-
tativas de retornar à sua ocupação como servente de obras, começou a
fazer bicos como pedreiro na vizinhança durante o dia e como entregador
de pizza durante a noite. Joana começou a sustentar a família sozinha com
62 seu salário de diarista, aumentando a carga de trabalho. Roberto passou
a beber em casa durante o dia e sentia dificuldades para conseguir ir
trabalhar, perdendo alguns bicos que havia se comprometido a realizar.
Nessa época, Roberto mostrava‐se ora triste e desanimado, ora agitado
e apreensivo, pensou diversas vezes em procurar ajuda de Maria, mas
tinha receio de como seria visto pelas pessoas próximas. O casal passou
a ter brigas frequentes, permeadas por situações de agressão verbal e
de “descontrole por parte dele”, segundo Joana. Ela dizia que, se ele não
“tomasse jeito”, pediria divórcio, pois não havia se casado “com aquele
tipo de homem” e não era esse o exemplo que queria dar para os filhos.
No final do ano de 2018, durante uma entrega, Roberto envolveu‐se em
um grave acidente de moto com perda de consciência e de movimentos
dos membros inferiores no local do acidente. Foi levado para o hospital
onde ficou internado por 15 dias e, então, foi submetido a cirurgia (em
vértebras T8 a T10). Teve também fratura no punho esquerdo. Em consulta
médica, foi fechado o diagnóstico de paraplegia, alteração do funciona-
mento da bexiga e do intestino e dor neuropática possivelmente devido
à etiologia traumática. Durante a internação, Roberto referia constante-
mente a expectativa de que realizassem o tratamento necessário para

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


sua recuperação e retomada dos movimentos de membros inferiores,
visando retorno às suas atividades. Ele chorava frequentemente após
as sessões de fisioterapia no leito, recusando‐se a comer. Apresentava
também irritabilidade, pensamentos autodestrutivos, referindo preferir
a morte caso não voltasse a andar. A equipe multiprofissional solicitava
que a esposa estivesse mais presente para receber as orientações do
pós‐alta, porém Joana encontrava dificuldade por ser mantenedora do
lar e cuidadora dos três filhos menores de idade. Ela ficava em conflito
entreesses dois papéis.

01 Identifique, pelo menos, cinco necessidades de saúde e sociais que


são apresentadas no caso. Justifique sua resposta.

Necessidades de saúde: (1) redução de danos; (2) assistência psicológi-


ca; (3) assistência médica (clínico e psiquiatra); (4) reabilitação motora e;
(5) assistência domiciliar à saúde.
Necessidades sociais: (1) fortalecimento de vínculo com a unidade bá-
sica de saúde (UBS); (2) visita domiciliar dos agentes comunitários de
saúde (ACS); (3) participação nos programas da unidade de saúde da fa-
mília (USF); (4) assistência domiciliar da equipe multiprofissional e; (5)
63 rede de apoio.
O caso em questão representa os impactos dos determinantes sociais
da saúde. Desta forma, a estratégia de redução de danos se insere nesse
contexto, como medida de minimização dos agravos à saúde, ocasiona-
dos pelo álcool. No entanto, para promover adesão a este tratamento é
necessário o estabelecimento do vínculo entre a instituição e o pacien-
te.
Além disso, a estratégia de redução de danos, para favorecer resultados
efetivos, deve contar com a assistência psicológica, que atua na promo-
ção do desenvolvimento de estratégias de enfrentamento funcionais,
para o paciente lidar com os efeitos do desmame do álcool, bem como,
promove suporte nas alterações psicológicas, emocionais e comporta-
mentais, como transtornos de humor (ora triste e desanimado, ora agi-
tado e apreensivo), irritabilidade e falta de autocontrole.
A redução de danos, também, deve estar associada ao suporte médico,
clínico e psiquiátrico, para cuidar das manifestações orgânicas e fisioló-
gicas do alcoolismo, como as dores no estomago, náuseas matinais e, a
partir dos fármacos, promover a inibição do desejo do consumo de bebi-
das alcoólicas e dos efeitos da abstinência.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


No entanto, de modo a estender o cuidado e a prevenção, é importante
a visita do agente comunitário de saúde (ACS), a fim de identificar e pre-
venir situações de agravos, que podem potencializar o uso e abuso de
substância alcoólica. Bem como, a inserção dos familiares na unidade de
saúde da família (USF), pode contribuir para o tratamento do paciente, a
partir da participação nos programas de orientação, que visam informar
e promover qualidade de vida, rede de apoio e proteção familiar.
Por fim, devido as consequência do acidente automobilístico, que inca-
pacitou Roberto, ocasionando em diversas lesões e perda de movimen-
tos motores, se faz necessário a presença da equipe multiprofissional
na residência do paciente, para promover a reabilitação das funções
deficitárias e para prover cuidados especializados, visto que Roberto
se encontra com capacidades limitantes, que o incapacitam para ida à
instituição de saúde. Vale ressaltar, que a rede de apoio do paciente é
restrita, sendo figura de cuidado sua esposa, a qual assume o papel de
cuidadora e provedora familiar. Sendo assim, há necessidade da busca
de suporte social, como parentes, amigos, vizinhos e a unidade básica de
saúde, para auxiliar nesse cuidado.

02 Considerando os saberes e práticas do psicólogo na atenção aos


64 usuários do Sistema Único de Saúde, no trabalho em equipe e no Apoio
Matricial, discuta o caso

O caso Roberto aponta para demandas de ordem social, familiar e de


saúde. Considerando esses aspectos na perspectiva de atuação em
equipe, a partir do apoio matricial, ou seja, do compartilhamento de
saberes entre os profissionais de saúde, cabe ao psicólogo nesse caso
específico, desenvolver grupos de orientação e apoio, onde Roberto,
juntamente com outros participantes, possa obter a conscientização e
reconhecimento de suas necessidades.
É importante que esse momento o psicólogo, juntamente com a equipe,
trabalhem os perfis de sujeitos etilistas, para que a crença de Roberto
de que “só precisa de ajuda quem é bêbado de sarjeta”, possa ser des-
construída, a fim de proporcionar a identificação com os perfis apresen-
tados para adesão ao tratamento.
O trabalho e a parceria com a família para o tratamento do paciente é
muito importante. Sendo assim, pode o psicólogo, juntamente com ou-
tros profissionais da saúde, realizar trabalhos de conscientização e sen-

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


sibilização com a família de Roberto, isso incluiu ele, esposa e seus dois
filhos, para evidenciar a importância dessa participação no sucesso do
tratamento, mas tendo o cuidado de não responsabilizar a família por
esse resultado, mas ressaltando a importância de sua inserção.
Assim, a partir dessas estratégias inicias, Roberto e sua família vão es-
tar inseridos em uma rede de cuidado que promove estratégias para
prevenir, proteger e manter a manutenção da saúde.
Devido às consequências do acidente automobilístico é importante es-
tender esse cuidado para a residência de Roberto, sobre o uso e abu-
so da substancia alcoólica, porque frente ao contexto de saúde que ele
apresenta, o risco dele recorrer ao álcool, como estratégia de enfren-
tamento para lidar com a situação vivenciada é alto e pode resultar no
agravamento do seu estado de saúde.

03 Considerando a proposta da Clínica Ampliada e do Cuidado Integral no


contexto das Redes de Atenção à Saúde, proponha o Projeto Terapêutico
Singular (PTS), a partir das necessidades identificadas nas questões 1 e
2 e das etapas de construção do PTS

META ATIVIDADE PROFISSIONAIS TEMPO


65
Efeitos do uso e abuso do
alcool;
Inserção em grupos de
Perfis de etilista Equipe multiprofis-
orientação (paciente e Curto prazo
Importancia da família sional
família)
na luta contra o abuso do
alcool
Desenvolvimento de estra-
tégias junto com o paciente Equipe multiprofis- Médio a longo
Redução de danos
para diminuir a ingestão de sional prazo
bebidas alcoolicas.
Suporte psicólogico ao
paciente e família; Psicólogo e assis- Médio a longo
Assistencia domiciliar
Atividades de reabilitação. tente social prazo
Prevenção de recaída

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


REFERÊNCIAS

1. Ministério da Saúde (Brasil). A política do ministério da saúde


para a atenção integral a usuários de álcool e outras drogas.
Brasília, 2003. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/pns_alcool_drogas.pdf Acesso em: 20 de Março
de 2020.
2. Ministério da Saúde (Brasil). Portaria nº 1.028, de 1º de julho de
2005. Brasília, 2005. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/saudelegis/gm/2005/prt1028_01_07_2005.html Acesso em:
20 de Março de 2020.
3. Ministério da Saúde (Brasil). Decreto nº 9.761, de 11 de Abril de
2019 . Brasília, 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9761.htm Acesso em:
20 de Março de 2020.

66 4. Ministério da Saúde (Brasil). Clínica Ampliada e Compartilha-


da. Brasília, 2009. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/publicacoes/clinica_ampliada_compartilhada.pdf Acesso
em: 20 de Março de 2020.
5. Ministério da Saúde (Brasil). Guia Prático de Matriciamento
em Saúde Mental. Brasília, 2011. Disponível em: http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_matriciamento_
saudemental.pdf Acesso em: 20 de Março de 2020.
6. Shimazaki ME. A atenção primária à saúde. Vol.03 ed. Minas
Gerais: n2; 2009. Disponível em https://www.nescon.medicina.
ufmg.br/biblioteca/imagem/3972.pdf. Acesso em: 20 de Março
de 2020.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


7. Ministério da Saúde (Brasil). Lei no 10.216, de 6 de abril de 2001.
Brasília, 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/LEIS/LEIS_2001/L10216.htm. Acesso em: 20 de Março de
2020.
8. Ministério da Saúde (Brasil).Clínica ampliada, equipe de refe-
rência e projeto terapêutico singular. Brasília, 2007. Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/clinica_am-
pliada_2ed.pdf. Acesso em: 20 de Março de 2020.
9. Ministério da Saúde (Brasil). Portaria nº 816, de 30 de abril de
2002. Brasília, 2002. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/saudelegis/gm/2002/prt0816_30_04_2002.html. Acesso em:
20 de Março de 2020.
10. Ministério da Saúde (Brasil).Programa Pesquisa para o SUS:
gestão compartilhada em saúde. Brasília, 2011. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_pes-
quisa_sus_diretrizes_tecnicas.pdf. Acesso em: 20 de Março de
67 2020.
11. Araújo MDF. Estratégias de diagnóstico e avaliação psico-
lógica. Vol.09 ed.São Paulo: n2; 2007. Disponível em http://
pepsic.bvsalud.org /scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S1516-36872007000200008. Acesso em: 20 de Março de 2020.
12. Cunha, JA . Psicodiagnóstico-V. Porto Alegre: Artes Médicas,
2007.
13. BRASIL. Cadernos de Atenção Básica: diretrizes do NASF (Nú-
cleo de Apoio a Saúde da Família). Brasília, Ministério da Saú-
de, 2009.
14. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Huma-
niza/SUS: documento base para gestores e trabalhadores do
SUS. 4.ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR


15. BRASIL.Portaria 4.279. Estabelece diretrizes para a organiza-
ção da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único
de Saúde (SUS). 30 de dez., Brasília, Ministério da Saúde, 2010.
16. Casanova A, Batista NA, Ruiz-Moreno L. Formação para o tra-
balho em equipe na residência multiprofissional em saúde.
ABCS Health Sci. 2015.
17. CHIAVERINI, D.H. et al (Orgs.). Guia prático de matriciamento
em Saúde Mental. Brasília: Ministério da Saúde, Centro de Es-
tudos e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011.
18. CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico-V. [et al.]. – 5. ed. rev. e ampl. ––
Porto Alegre :Artmed, 2007.
19. Dalgalarrondo, Paulo. Semiologia dos transtornos mentais.
Porto Alegre: Artmed, 2000.
20.Dimenstein, M. (2000). A cultura profissional do psicólogo e o
ideário individualista: implicações para a prática no campo da
assistência pública à saúde. Estudos de Psicologia, 5(1), 95-121.
68
21. FONGARO, M. L. H. e SEBASTIANI, R. W. Roteiro de Avaliação
Psicológica aplicada ao hospital geral. In : ANGERAMI-CA-
MON, V.A. E a psicologia entrou no hospital. São Paulo: Pio-
neira 1996. Cap. 1, p. 05-64.
22. Marcelo Viana da Costa; Marina Peduzzi; José Rodrigues Frei-
re Filho e Cláudia Brandão Gonçalves Silva. Educação inter-
profissional em saúde. Natal: SEDIS-UFRN, 2018.
23. Pacheco KMDB, Alves VLR. A história da deficiência, da margi-
nalização à inclusão social: uma mudança de paradigma. Acta
Fisiátr. 2007;14(4):242-248
24.Spink, M. J. P. (2010b). Psicologia Social e Saúde: práicas, sabe-
res e senidos. Petrópolis, RJ: Vozes.

EBOOK PSICOLOGIA USP ○ SANAR

Você também pode gostar