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COMO MONTAR UM

BOM CRONOGRAMA
DE ESTUDOS

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Metodologia PARMA

Aprenda a estudar de forma objetiva, sabendo


o local da partida e a data da chegada. Faça
isso com Planejamento, Aplicação, Revisão,
Manutenção e Avaliação.

Professor Rodrigo Silva


Coach especialista em concursos públicos

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SUMÁRIO

Mini Currículo 4

Apresentação 5

Primeiros passos 9
1.1 Foco 9
1.2 Matérias cobradas no seu concurso 13
1.3 Escolha de materiais 15
1.4 Administração do tempo 19
1.5 Coaching 20

A metodologia PARMA: Planejamento 22


2.1 O cronograma Matador 22

Contato 35

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MINI CURRÍCULO

Analista Legislativo na Câmara dos Deputados.


Professor Universitário.
Advogado.
Pós-graduado em Direito Penal e Direito Processual Penal.
Mestre em Poder Legislativo.
Coach formado pela Sociedade Brasileira de Coaching®.
Membro da Sociedade Brasileira de Coaching®.
Trabalha há mais de 15 anos com concursos públicos.
Coordenou por um ano o programa coaching do Gran Cursos Online®.
Primeiro colocado no concurso da Polícia Rodoviária Federal em 2002,
dentre os mais de 543 mil candidatos de todo o Brasil.
Terceiro colocado, entre mais de 9 mil candidatos, e quinto colocado,
entre mais de 48 mil candidatos, no concurso público do Banco do Brasil
em 2003.
Segundo colocado no curso de Ciências da Computação do vestibular
de verão 2002 da UFSC.
Quarto colocado no curso de Ciências da Computação do vestibular de
verão 2002 da UDESC.
Quinto colocado no curso de Engenharia de Computação do vestibular

4 de 1998 da UFES.
APRESENTAÇÃO

H á muitas obras sobre concur-


sos no mercado e você deve
inevitavelmente estar se perguntan-
Primeiramente é imperioso dizer que tenho
algum tempo de estrada. Já são mais de 15
anos produzindo materiais para concursos (au-
las, palestras, apostilas, participação em diver-
do: por que ler esta obra do Profes- sos sites etc.) e mais de 20 participando deles
sor Rodrigo Silva? Bom, para res- de forma efetiva.
ponder preciso, antes, fazer algumas
ponderações. Esta participação trouxe como resultado algo
em torno de 15 aprovações (como o primeiro lu-
gar no concurso da Polícia Rodoviária Federal
em 2002, a aprovação no cargo de Analista Le-
gislativo da Câmara dos Deputados e primeiras
colocações em vestibulares). Se 15 aprovações
vieram, outras 15 reprovações as devem ter
acompanhado... Pois é, não sou nenhum gênio
e entre erros e acertos desenvolvi minha meto-
dologia.

Se, primeiramente, criei métodos que me


acompanharam durante suados anos como es-
tudante para concursos, hoje fazem parte dos
ensinamentos em meus programas coaching. É
a metodologia PARMA por mim elaborada: Pla-
nejamento, Aplicação, Revisão, Manutenção e
Avaliação.

Ah! Professor! E o que essa metodologia tem que as outras não tem?

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Meu cético aluno, em uma única palavra: OBJETIVIDADE.

Venho acompanhando há muitos anos esse “mundo” de concursos e o que percebo


é um grau de subjetividade demasiadamente grande quando, por exemplo, se monta um
cronograma. Pessoas ensinando alunos, dentre outras coisas, a escolher o que estudar
primeiro, quantas matérias estudar por dia, como fazer revisões, a quantidade de exercí-
cios a serem resolvidos, até a incrível técnica de acertar questões sem estudar o conteú-
do!!! Pois é... Para que estudar, não é?

Enfim... Tudo isso pelo simples sentir, quando muito de forma empírica, sem desenvol-
ver algo que faça o estudante perceber claramente o desafio que se apresenta, os desvios
que surgem ao longo da estrada e a difícil atividade de se manter firme na caminhada. É
preciso ter lógica na criação de metodologias de estudo.
Neste ponto quero destacar que não sou o dono da verdade, além disso há muita coisa
boa no mercado que deve ser utilizada. A mensagem que quero transmitir aqui é que
precisamos ser objetivos nas nossas escolhas. Ao longo desta obra você entenderá cla-
ramente sobre a que me refiro.

A objetividade, por exemplo, pode ser bem pontuada quando pergunto: quanto tempo
demorará para, com o seu material e ritmo pessoal, estudar todo o edital? Quantas ma-
térias estudar por semana, por dia? Quanto tempo estudar cada disciplina? Como fazer
revisões? Quantos concursos prestar? Quando começar os estudos?

É preciso responder todas as perguntas listadas, e outras mais. Porém, não basta fa-
zer isso com base no “acho que”, “sinto que”, “o professor disse que”... Necessitamos ter
argumentos lógicos que nos convençam de que o caminho está bem traçado. Ao nos por-
mos na caminhada teremos a certeza de que o sucesso é o ponto final. Este livro levará
sua rotina de estudos a outro patamar. Trataremos, passo a passo, seus estudos diários
de maneira lógica e objetiva.

Na primeira parte veremos alguns passos iniciais: para quantos concursos devo es-
tudar? Por quanto tempo me manterei estudando? O que significa focar em algo? Quais
armadilhas evitar? Quais matérias serão cobradas? Em quais fontes devo buscar esta

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informação? Como escolher os materiais de estudo? Como administrar meu tempo de


estudos? O que é coaching?

Feitas as considerações iniciais partimos, sem medo de ser felizes, para a metodolo-
gia PARMA. E começaremos pelo Planejamento, aqui aprenderemos a organizar nossos
materiais em um Cronograma Matador. Nele saberemos o que estudar e quando estudar,
conseguiremos avaliar nosso crescimento semana após semana e passaremos a ter um
objetivo claro, uma data na qual todo edital terá sido vencido.

Depois passaremos para nosso “A”, Aplicação. Finalmente sentamos na cadeira e co-
meçamos os estudos de forma efetiva. Agora, porém, com o planejamento bem delineado.
Não estudamos de qualquer forma, há metas a serem cumpridas semanalmente. Além
disso, aprenderemos como efetuar as revisões.

Dentro da aplicação do cronograma matador teremos nosso “R”, Revisão. A revisão


não pode ser feita de qualquer forma e deve estar inserida no processo. Sendo assim a
trabalharemos em dois momentos bem distintos, até 3 para os que necessitarem de uma
recapitulação em menor espeço temporal.

Boa parte dos alunos, utilizando outros métodos, acaba por chegar neste ponto. Sabe
planejar, aplicar e revisar. Todavia param por aqui. A grande maioria não percebe a ne-
cessidade de verificar se a aplicação está de acordo com o planejamento. Em nossa me-
todologia PARMA este é o “M”, Manutenção. Por intermédio de relatórios diários vamos
controlar os estudos. Não só isso, todos os dias seremos lembrados da necessidade de
focar em soluções e convidados a refletir sobre nossa motivação e comprometimento.

Por fim, de nada adianta Planejar, Aplicar, Revisar e Manter se os resultados não estão
de acordo com o esperado, trata-se de avaliarmos nosso projeto, nosso “A” de Avaliação.
A forma que temos para avaliar os estudos é fazer exercícios. Ocorre que muitos estu-

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dantes saem resolvendo questões de forma “desesperada”, sem uma avaliação clara do
progresso que está em andamento. É comum ouvir a seguinte frase:

Professor! Estou estudando mas SINTO que não rendo o tanto que preciso.

Meu “sentidor” aluno, não basta ter esse sentimento é preciso medi-lo!!! Será que de
fato você não está rendendo? O que é render? Houve algum crescimento ainda que o re-
sultado não seja suficiente para ser aprovado hoje? É nossa ferramenta de avaliação que
irá responder todas as perguntas pontuadas acima. Deixaremos a subjetividade de lado e
passaremos para a objetividade.

Por fim, ao menos da introdução, quero dizer que esta obra é resultado de anos dedica-
dos à arte de estudar para concursos, somados à minha paixão por lecionar e encontrar
soluções às diversas demandas que meus alunos trazem até mim. Trata-se, portanto, de
um trabalho conjunto e de troca, sem vocês nada teria sido possível. Fiz com muito cari-
nho e dedicação e espero, do fundo do meu coração, que lhe seja útil na caminhada a qual
se propôs, qual seja ser aprovado para um cargo público.

Vamos que vamos!!!


Um abraço.

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1 - PRIMEIROS PASSOS

N a caminhada a qual nos dispo-


mos percorrer é comum aparece-
rem muitos questionamentos. Portanto,
1.1 FOCO
É muito comum os alunos me procu-
torna-se importante clarearmos alguns
rarem com a seguinte demanda:
passos iniciais, algo que poderia ser fa-
cilmente chamado de pré-planejamento.
Professor!!! Não aguento mais... Já es-
É neste capítulo que nossas convicções
tou há 5 anos estudando e não consigo
lógicas começarão a ser formadas na
passar...
medida em que diversas dúvidas serão
concomitantemente respondidas.
Minha pergunta é imediata:

Quanto concursos você prestou nesse


período?

Ah! Professor! Até perdi as contas...


Mais de 30...

Aqui está o problema! É a falta de foco


que faz o aluno ficar tanto tempo estu-
dando sem chegar ao resultado espe-
rado. Se tivesse estudado 5 anos para
o mesmo concurso teria obtido êxito. A

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grande armadilha, e a maioria dos alunos cai nela, é estudar na medida em que os
editais vão surgindo na praça. Estuda-se sempre na correria e sem o planejamen-
to devido.

Professor! Você fala isso da boca para fora... Aposto que nunca passou 5 anos
estudando para o mesmo concurso...

Meu desconfiado aluno, vou te contar uma breve história.

Em meados dos anos 2000 tomei a decisão de entrar na PRF. Fazia faculdade
de Engenharia da Computação na Universidade Federal do Espírito Santo - UFES
e estava muito desanimado com o mercado de trabalho. Olhei para o meu entorno
e, primeiro, precisei decidir acerca de dois caminhos a seguir: permanecer no setor
privado ou ir para o público.

Como estava cansado do setor privado decidi pelo público. A segunda decisão
foi escolher qual concurso público prestar. Como só tinha o ensino médio, meu le-
que de opções não era tão extenso. Naquela época a Polícia Rodoviária Federal se
encaixava perfeitamente nas minhas pretensões: era um cargo de ensino médio,
oferecia salário de nível superior e tinha o status da carreira policial.

O caminho se delineou claramente. No entanto, apesar de ter focado na mudan-


ça, não existia previsão de concurso. Somado a isso, tomei outra decisão que foi
mudar para Santa Catarina (2001). Lá iniciei Ciência da Computação na Univer-
sidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2002). Nem sempre quando tomamos
uma decisão de prestar concurso público seguimos um caminho reto em sua di-
reção... Por vezes fazemos algumas curvas, mas é importante ter em mente que o
desvio é momentâneo e nossos olhos devem continuar voltados para o horizonte
que escolhemos seguir.

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O ano já era 2001 e os rumores de concurso da PRF aumentavam. Importante


ressaltar que não havia essa “indústria” de concursos que temos hoje. Nem in-
ternet existia direito... Com isso quero dizer que a abundância de materiais vista
atualmente era algo inexistente no início deste século. O que fiz foi ir a uma banca
de revistas e comprar uma apostila “completa” com as matérias da PRF. Pois é...
Ocorre que a apostila tinha por base o último concurso, ocorrido em 1998, e não
foi o Cespe/UnB que organizou.

Na minha ingenuidade, achei que debulhar aquele material seria suficiente para
ir bem na prova. De qualquer forma, ao menos o Código de Trânsito Brasileiro foi
decorado com a apostila. Isso já foi de grande auxílio para os passos que se se-
guiram. Chega 2002 e a banca Cespe/UnB foi escolhida... Acelero meus estudos,
ainda utilizando a famigerada apostila “completa”.

Neste ponto é importante fazer um parêntese. Eu vinha de sucessos consecu-


tivos em vestibulares: aprovado em Engenharia de Computação na UFES, Ciência
de Computação na UFSC e UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina).
Apesar de não existir uma “indústria” de cursos públicos havia a de cursinhos
pré-vestibulares que, em sentido amplo, são concursos públicos. Eu possuía uma
bagagem muito extensa nesta última e com grande sucesso em aprovações. Foi
natural aproveitar os ensinamentos adquiridos no meu novo objetivo: entrar na
PRF.

Destarte, de maneira quase instintiva, comecei a usar técnicas e dicas que me


foram passadas durante a época dos cursinhos pré-vestibulares para os estudos
da Polícia Rodoviária Federal. Assim, e isso pode parecer simples hoje, mas res-
salto que muitas coisas não eram tão triviais assim, apliquei uma das principais
técnicas de revisão e treino: fazer exercícios da banca que aplica o concurso.

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Como o Cespe/UnB não tinha realizado certames para a PRF, naquela época,
busquei outras para exercitar, ao menos, as matérias comuns (português, informá-
tica, matemática etc.). Recordo-me bem de ter impresso duas provas: Petrobrás e
Polícia Federal. O susto foi imenso... Percebi claramente que se continuasse com
a apostila “completa” não iria chegar a lugar algum. Era preciso mudar o planeja-
mento!!! Comecei, então, minha estratégia vencedora. Mudei meu planejamento e
recomecei a caminhada rumo ao objetivo de entrar na Polícia Rodoviária Federal.

Chegou o dia da prova... Sem sombra de dúvidas foi a prova mais difícil que
fiz na vida. E saí arrasado da sala... Após estudar tanto, abrir mão de diversos
momentos de lazer, o “presente” foi uma prova de nível altíssimo na qual, ao me-
nos em meu pensamento, apenas os gênios seriam aprovados. Indignado, no dia
seguinte mandei mensagens eletrônicas para o Cespe/UnB e a PRF. Disse que era
um absurdo aquele nível de provas, nivelariam por baixo... Quando saiu o resulta-
do, fui o primeiro colocado entre mais de 540 mil candidatos. Pois é...

Ocorre que havia a prova física. Quem já me viu nos vídeos sabe que não tenho
aquele físico invejável para aguentar uma sequência pesada de exercícios. Mais
ainda, como achei que não iria passar, parei de treinar para os testes físicos. Con-
seguem imaginar o tamanho do erro que cometi? O resultado foi a reprovação na
corrida... Passei alguns dias para me recuperar, o primeiro colocado entre mais de
540 mil candidatos havia reprovado na prova física.

Enquanto procurava forças para assimilar a derrota, tomei a seguinte resolu-


ção: ainda que lá na frente minha vida tomasse outro caminho, iria fazer a prova e
passar na PRF!!!

No dia 03 de janeiro de 2005, tendo sido aprovado no concurso 2003/2004, co-


mecei meus trabalhos na Polícia Rodoviária Federal, instituição na qual permaneci

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por 9 anos. Da data em que comecei a sonhar com a PRF até o dia em que efetivei
minha entrada foram 5 anos!!! Cinco anos de FOCO, disciplina, dedicação, suor e
lágrimas para, no fim, ter a alegria de ser aprovado. Portanto, não falo daquilo que
não vivi.

É preciso escolher um concurso e seguir nele até o fim. Se é o que quero, então
será o que vou conquistar. Simples assim. Sem cair nas armadilhas dos editais
lançados e sem se desviar do caminho traçado.

Professor!!! Mas eu não posso fazer outros concursos?

Meu perguntador aluno, não só pode como deve. O que você não deve fazer é
largar todo planejamento feito para o concurso foco e sair estudando na “corre-
ria” cada vez que é lançado um novo edital. Nós só aprendemos a resolver prova
treinando, por isso devemos fazer os concursos que surgem ao longo do caminho,
até que o objetivo final seja atingido. Pense da seguinte forma: passo 6 meses
estudando para um determinado concurso; aparece um edital no mercado e fico 3
meses estudando para o novo concurso; quando retomar meu concurso foco, sem
as devidas revisões, terei perdido boa parte dos 6 meses de estudos anteriores.

Portanto, é essencial ter foco. Quando definimos um ponto no horizonte, deve-


mos nos concentrar nele para não o perder de vista. Se ficarmos olhando para a
beira da estrada, fatalmente perderemos o objetivo marcado.

1.2 Matérias cobradas no seu concurso


Professor!!! Beleza!!! Já defini o foco, mas como sei o que vai cair no meu concurso?

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Meu curioso aluno, há diversos caminhos a seguir.... Se tomarmos um concur-


so já consolidado, como o da Polícia Rodoviária Federal – por exemplo, fica fácil
de ter por base os editais anteriores. Quando digo concurso consolidado estou
me referindo ao fato de ocorrer com uma certa constância, não haver mudança na
banca – apesar de a PRF ter se arriscado em outras bancas algumas vezes – e
manter-se cobrança de determinadas matérias e tópicos.

Ocorre que nem sempre o concurso está consolidado. Há certames que ocor-
rem em espaços temporais distantes e isso atrapalha demais no momento de fa-
zermos o planejamento. A seguir apresento uma série de dicas para descobrirmos
o que fazer para descobrir as matérias cobradas no certame almejado:

1) Conforme já foi mencionado, o primeiro passo é buscar os editais anterio-


res para ter uma boa base sobre os tópicos cobrados;

2) Outra dica é verificar se há alguma definição acerca da banca ou possíveis


bancas. Se a busca restar positiva, pode-se ir atrás de editais similares que as
bancas tenham lançado recentemente;

3) Também devemos nos perguntar: há algum curso de renome no mercado


oferecendo aulas ou materiais para o concurso? Se sim, podemos averiguar
quais conteúdos estão sendo ministrados e usar como fundamento;

4) Por último, é sempre bom ficar atento aos fóruns e bate-papos da vida pois,
com grandes ressalvas ao excesso de terroristas, sempre há um ou outro es-
tudante com informações preciosas que podem nos guiar.

Mas Professor!!! E se o edital sair diferente do que planejei???

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Meu desesperado aluno, primeiro mantenha a calma... Sun Tzu já disse em “A


arte da Guerra”: quando estiver fraco, aparente-se estar forte. Brincadeira à parte,
o importante é que trabalhemos o mais próximo possível do que pode a vir ser o
edital. Se fizermos um bom planejamento, vamos acertar mais de 80% das maté-
rias que serão cobradas. Os 20% restantes, ou menos, ficam na esfera do impon-
derável.

Lembre-se ainda que do lançamento do edital até o dia da prova haverá tempo
mais que suficiente para estudar o conteúdo não previsto. Além disso, a surpresa
será, ao menos deveria, para todos e somente quem tem um planejamento prévio
sairá na frente a ponto de cobrir todo o conteúdo do edital.

1.3 Escolha de materiais


Muitos alunos me perguntam sobre a escolha de materiais. Qual o melhor ma-
terial? Devo estudar por vídeo-aulas ou PDF? Aula presencial é bom? Enfim... A
resposta aqui é clássica: depende. Depende do tempo disponível, da forma como
você melhor assimila o conteúdo, do orçamento à disposição, da qualidade dos
cursos e por aí vai...
O que farei aqui é pontuar algumas reflexões importantes na hora da escolha dos
materiais.

1.3.1 Aulas presenciais


O grande ponto positivo das aulas presenciais é a vivência mais aguda do ambiente
de concursos. Nelas temos contato direto com professores, colegas na mesma situa-
ção e informações in loco sobre os concursos que estão para acontecer. Geralmente,
em cursos de grande monta, há espaços para estudos e bons materiais à disposição.

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O ponto negativo é que o conteúdo costuma ser passado de forma mais lenta.
Os professores tendem a ser “atrapalhados” por estudantes com dificuldades e
isso pode incomodar quem quer objetividade. Além disso, os cursinhos seguem
uma sequência de matérias própria geralmente atrelada à disponibilidade dos pro-
fessores e não a um planejamento objetivo que leve em conta a melhor forma de
transmitir o conteúdo.

Algo a ser pesado é a obrigação de estar na aula presencial. E aqui é igual aca-
demia. Se o cara se compromete quando gasta o dinheiro, então é muito bom se
obrigar a estar lá, mas se ele não está nem aí para a hora do Brasil então de nada
adianta. Há aqueles que têm horários “conturbados” e acabam por faltar muito,
mesmo não sendo algo voluntário. O tempo “perdido” com o deslocamento até o
curso presencial também deve ser avaliado quando já se tem uma agenda curta
para estudos.

Minha sugestão, para quem está começando agora, é que faça sim aula pre-
sencial. É bom sentir o clima de concursos e se animar. Depois, pegando o ritmo,
pode partir para outro material que seja mais adequado às suas pretensões e dis-
ponibilidade.

1.3.2 Vídeo-aulas
Há muitos alunos que têm uma necessidade, quase um transtorno obsessivo
compulsivo, de ver alguém transmitindo a matéria. Para os que possuem essa
característica e não têm tempo, ou condições por conta de longos deslocamentos,
de estar em um cursinho presencial há as vídeo-aulas.

Mas não são só as dificuldades que levam o aluno a optar pelas vídeo-aulas,
há outras vantagens em relação à aula presencial. Primeiro temos a possibilidade

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de organizar melhor a forma como vamos ver o conteúdo, ou seja, pose-se se-
guir um cronograma mais racional e efetivo. Além disso, há uma tendência dos
professores serem mais objetivos pois seguem o tempo do vídeo e não há alunos
apresentando dúvidas.

Apesar de existir maior objetividade, em regra, que na aula presencial, o tempo


dispensado neste tipo de material é bem superior aos livros e PDFs. Portanto,
ainda que você aprenda melhor por vídeo-aulas, aconselho usá-las apenas se o
tempo para estudar, previsão do edital, é grande. Caso o concurso esteja perto de
acontecer, deve-se avaliar, por intermédio do Cronograma Matador, se não seria a
hora de mudar de opção.

Uma última dica, pode-se diminuir o tempo de estudos das videoaulas usando
algum programa de visualização de vídeos com aceleração. É possível acelerar
os vídeos e continuar entendendo o que está sendo transmitido, isso diminui em
muito o tempo de estudos sem que se perca a qualidade.

1.3.3 Livros
Aqui há uma grande mudança na forma de estudar quando comparamos com
as aulas ministradas de forma presencial ou em vídeo. Não há uma pessoa trans-
mitindo o conteúdo de forma a termos um aprendizado visual e auditivo.

Novamente, saber se é melhor estudar por material escrito ou audiovisual é


algo de natureza personalíssima, estamos, então, transitando pelos caminhos da
subjetividade. Como a proposta é sermos objetivos, o fato é que o material escri-
to tende a ser uma escolha mais aconselhável para aqueles que possuem pouco
tempo para estudar, tanto em termos de carga horária semanal quanto em proxi-
midade da prova.

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Destarte, entramos na segunda encruzilhada: livros ou PDFs?

Professor!!! E aquelas apostilas com todo o conteúdo da prova?

Meu desavisado aluno, essas apostilas costumam, via de regra, ser muito su-
perficiais. Sei que o preço é o grande atrativo, mas não caia nessa armadilha.
Mesmo livros ou PDFs precisam ser bem escolhidos sob pena de possuírem os
mesmos defeitos das famigeradas apostilas.

A dica dos livros é procurar boas indicações de professores e estudantes. En-


contrar livros citados pelas bancas nas justificativas da alteração, ou não, de ga-
baritos é uma boa escolha também. Mas muito cuidado, você não vai ler quatro
volumes de Rogério Greco (Direito Penal) para uma prova que exija apenas “No-
ções de Direito Penal”. É preciso balancear os livros com o tipo de cobrança do
seu concurso.

1.3.4 PDFs
Bons materiais em PDF são uma grande opção para quem quer ser objetivo na
hora de se preparar para um concurso. Esse é o grande ponto positivo deste tipo
de escolha. Via de regra, os materiais em PDF já vêm “mastigados” e atacam bem
na ferida.

A grande preocupação aqui é escolher bem na hora de adquiri-los. Torna-se


primordial que o material tenha sido feito por excelentes professores que conhe-
çam as bancas e tenham real interesse em passar um conteúdo de qualidade.
Para tanto, o aluno deve procurar cursinhos de ponta e analisar quais professores
participarão da montagem dos PDFs.

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Além disso, os PDFs costumam ser completos, ou seja, abordam todas as ma-
térias do concurso. Nos livros temos que juntar várias fontes até completar o con-
teúdo. Outro ponto importante a ser levantado é utilizar materiais em PDF recen-
tes e específicos para seu concurso foco

1.3.5 Análise das opções

1.4 Administração do tempo


Nesta minha vivência em concursos é comum verificar que os alunos não cos-
tumam aproveitar bem o tempo que possuem disponíveis para estudos. Em mui-
tos casos, quem menos tem tempo para estudar é que melhor aproveita. Destarte,
o planejamento passa, invariavelmente, por uma boa administração do tempo.
Em minha metodologia, o mínimo de tempo semanal necessário dedicado aos es-
tudos é de vinte e cinco horas. Vinte horas destinadas ao estudo teórico e cinco
horas às revisões por exercícios, comentarei sobre isso em momento oportuno.

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Professor!!! Eu não tenho todo esse tempo para estudar!!!

Meu atarefado aluno, lembre-se que o final de semana possui 48 horas. Pois é...

Falando sério, é preciso escovar os minutos do seu dia para poder chegar ao
tempo necessário de estudos. Se conseguir 15 minutos diários, além do que já es-
tuda, ao fim de uma semana terá uma hora e quinze minutos adicionados à conta.
Isso já é tempo suficiente para “matar” pelo menos uma das matérias do seu ciclo
de estudos, mais tarde entenderá melhor o que é esse ciclo.

Como sempre digo, gosto das coisas simples. Para fazer a administração do
seu tempo o primeiro passo é colocar no papel sua rotina semanal. Dia após dia
indique detalhadamente os seus horários.

1.5 Coaching
Estudar é fácil, o difícil é manter-se estudando.

Após tantos anos lecionando, estudando e acompanhando alunos, percebo cla-


ramente que de nada adianta abastecer os indivíduos com as melhores ferramen-
tas se não trabalharmos de forma individualizada sua motivação e comprometi-
mento.
Explicando melhor, muitos estudantes chegam até mim da seguinte forma:

Professor!!! Eu tenho um monte de materiais, mas não sei me organizar!!! Começo


todo animado e acabo perdendo a motivação!!!

Meu desorganizado aluno, não se sinta só! A maioria absoluta das pessoas
que se preparam para concurso público estão como você. E é aqui que entra o
processo de coaching: individualizando suas necessidades, acompanhando seu

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desenvolvimento, trabalhando sua motivação e comprometimento.

Esta obra foi criada para que, de forma independente, você mesmo pratique o
autocoaching. No entanto, se sentir necessidade de um acompanhamento exter-
no, me procure.

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2 - A METODOLOGIA
PARMA: Planejamento 1

A pós nossos primeiros pas-


sos, descritos no capítulo an-
terior, passamos agora a conhecer
Destarte, com uma certa bagagem
e um click na cabeça desenvolvi a me-
todologia que vai revolucionar a forma
efetivamente a metodologia PAR- como você estuda. Destaco, deixando a
MA. Lembro que há alguns anos me modéstia de lado, que ela já foi exaus-
deparei com um artigo falando so- tivamente testada e aprovada com inú-
bre o ciclo PDCA (Plan, Do, Check, meros resultados positivos. Tenho alu-
Adjust), o qual constitui um método nos aprovados em concursos como da
interativo para melhorar continu- Polícia Federal, Polícia Civil do Pará, Tri-
amente processos e produtos em bunais Federais e de diversos Estados,
ambientes corporativos. Não sou OAB etc.
nenhum administrador mas perce-
bi que poderia utilizar a ideia para Venha comigo iniciar a revolução que
concursos públicos. fará com que alcance a vaga em seu
concurso público!!!

2.1 O Cronograma Matador


O Cronograma Matador é a base que
sustentará nossa metodologia. Por in-
termédio dele saberemos o que estudar
e quando estudar. Mais ainda, teremos
uma data fim, ou seja, será possível sa-

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ber quanto tempo levará para estudar todo o material. Isso por si só já é um fator
motivacional, a cada semana conheceremos o quanto de caminho já andamos e o
quanto falta percorrer. Além disso, trata-se de um cronograma personalizado, ou
seja, é feito para o seu material específico e leva em conta o seu desenvolvimento.

“Perderemos” algum tempo até construir nosso Cronograma Matador, mas ga-
nharemos muito mais ao longo de uma caminhada perfeitamente planejada.

2.1.1 Esqueleto do Cronograma Matador

ATENÇÃO:
Os vídeos explicativos fazem parte do meu programa coaching. Neles so-
licito que os trabalhos sejam enviados para minha avaliação. Se quiser ter
seu cronograma avaliado, faça contato3.

Nosso cronograma começa com um esqueleto. Isso consiste em, baseado no


último edital ou em um dos processos citados no capítulo “Primeiros passos”,
construir uma planilha na qual exista uma tabela para cada disciplina, dentro de
cada uma teremos todos os tópicos cobrados no edital. Portanto, crie uma plani-
lha e dentro dela uma tabela ou aba para cada disciplina que será cobrada no seu
concurso.

Ensinarei passo a passo como será construído o esqueleto do Cronograma Ma-


tador. Pode pegar o modelo de planilha que utilizo como exemplo neste link:

CLIQUE AQUI

https://goo.gl/c36H9F. (se o hiperlink não funcionar, copie o endereço e cole no


seu navegador)

1
Neste E-book aprenderemos a primeira e mais importante parte do Planejamento: o cronograma matador.
2
Você pode encontrar um vídeo explicativo em: www.youtube.com/watch?v=YQ3s8_2sJ8w
(se o hiperlink não funcionar, copie o endereço e cole no seu navegador)
3
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Passo 1:
Imagem 1 – Abas das disciplinas.

A seguir vamos entrar em cada disciplina e criar 6 colunas: Tópico/Aula, Aula


em vídeo (minutos), Aula escrita (número de páginas), Tempo para ler uma página,
Tempo minutos, Tempo horas.

Passo 2:
Imagem 2 – Colunas.

A coluna “Tópico” pode ser transformar em coluna “Aula” caso esteja traba-
lhando com algum material específico de cursinho. Isso quando o material estiver
dividido por aulas (aula 1, aula 2, aula 3, etc...).

Sendo assim, temos duas formas de agir:

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1) Se vamos trabalhar com os tópicos do último edital, então criaremos a coluna


tópico e preencheremos cada linha com um tópico do edital;

2) Se vamos trabalhar com aulas prontas, então cada linha será uma aula.

Abaixo segue um exemplo de tópicos para a disciplina português, baseado no


edital do concurso da PRF/2013.

Passo 3:
Imagem 3 – Tópicos de português PRF/2013.

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Em amarelo estão os tópicos “pai”, definidos no edital, do qual derivam os tópi-


cos “filho”. Se estivéssemos trabalhando com aulas prontas, cada linha seria uma
aula prevista no material disponibilizado pelo cursinho (aula 1, aula 2, aula 3 etc.).
Isso deve ser feito para cada disciplina do seu concurso. Ao fim, teremos nosso
esqueleto do cronograma matador com todos os tópicos/aulas em cada linha de
nossas tabelas, assim poderemos estimar o tempo de estudos de cada um com
um grau razoável de acerto.

Há algumas fórmulas que devem ser inseridas nas colunas, se tiver alguma
dificuldade em utilizá-las solicite ajuda. Dica, utilize a “Imagem 2” disponibilizada
anteriormente para compreender as fórmulas.

A coluna “Tempo minutos” conterá a seguinte fórmula na linha do primeiro tópi-


co/aula: “=(B3*1,5)+(C3*D3)”. Isso deve ser repetido para cada tópico/aula modi-
ficando-se as células de acordo com a linha em que nos encontramos. A tradução
da fórmula é a seguinte: o tempo para vencermos o tópico/aula será calculado
multiplicando o tempo da videoaula por 1,5 (é colocado 50% a mais de tempo de
forma que sejam previstas anotações e “retornos” do vídeo durante sua visua-
lização) e somando o tempo que levamos para ler as páginas do material (que
consiste no tempo para ler uma página multiplicado pelo número de páginas do
tópico no material).

A coluna “Tempo horas” nada mais é que a conversão da coluna “Tempo minu-
tos”. Assim, basta dividir cada linha da coluna dos minutos por 60. Um exemplo de
fórmula na linha 3 é: “=E3/60”.

Ao fim de cada coluna “Tempo minutos” devemos fazer a soma de todos os


tempos conforme imagem abaixo:

Imagem 4 – Tempo total em minutos.

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Esse tempo “Total minutos” corresponde ao total de minutos que levaremos


para estudar toda a disciplina. Fazendo isso para cada disciplina, teremos o tempo
total para estudar todo o edital. A fórmula, que varia de acordo com a quantidade
de linhas, para o exemplo acima é: “=SOMA(E2:E19)”.

Professor!!! Não entendi nada!!!

Meu desentendido aluno, não se desespere! Passo o esqueleto da tabela com


as fórmulas prontas para você, baseado no concurso da PRF/2013. Bastará que
faça a adaptação para seu concurso. Ademais, conforme na nota de rodapé ante-
rior, há um vídeo explicativo com a montagem do esqueleto de nosso Cronograma
Matador.

Por fim, vamos criar uma tabela/aba e chamar de “Carga Horária”. Ela terá a
configuração conforme demonstrada a seguir, utilizando como exemplo o esque-
leto criado para o concurso da PRF/2013.

Passo 4:
Imagem 5 – Aba “Carga Horária” PRF/2013.

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A coluna “Minutos” deve ser preenchida com o “Total minutos” de cada disci-
plina. A coluna “Horas” é a conversão da coluna “Minutos”, portanto basta dividir
cada linha por 60. No total, em vermelho, temos a soma das horas de todas as dis-
ciplinas (=SOMA(C2:C13)). O número de ciclos, também em vermelho, é calculado
da seguinte forma: “Total”/20, no qual 20 representa o número de horas do seu
ciclo (no nosso caso cada ciclo dura 20 horas).

Sabendo o número de ciclos, e lembre-se de arredondar (trabalhe sem casas


decimais), podemos dividir as disciplinas proporcionalmente dentro do ciclo. Para
tanto, basta dividir cada linha da coluna “Horas” pelo “Número de ciclos”. Mas
antes de fazermos isso, é preciso preencher nosso esqueleto tomando como base
nossos materiais e o tempo que levamos para estudá-los.

2.1.2 Preenchimento do Cronograma Matador4

Com as tabelas de disciplinas montadas, cada tópico/aula disposto por linha,


basta agora preenchermos as colunas e deixar que a planilha calcule, com base
nas fórmulas que inserimos, o tempo de estudo.

Vamos fazer um exemplo para ficar claro. Pegaremos o primeiro tópico de por-
tuguês, novamente tomando como parâmetro o concurso da PRF/2013. Imagi-
naremos que exista um vídeo de 30 minutos (e cuidado para não utilizar horas e
segundos ao invés de minutos) e 15 páginas escritas para ler. O preenchimento
ficará assim:

Imagem 6 – Preenchendo as colunas “Aula em vídeo” e “Aula escrita”.

4
Você pode encontrar um vídeo explicativo em: www.youtube.com/watch?v=voP10VHfZnk
(se o hiperlink não funcionar, copie o endereço e cole no seu navegador)

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Percebam que não há a obrigatoriedade de preenchimento das duas colunas.


Se tenho os dois tipos de materiais (aula em vídeo e aula escrita), preencho os
dois. Caso contrário, basta preencher só uma das colunas. Se existir o material
escrito, será necessário, ainda, preencher a coluna “Tempo para ler uma página”. E
é bem simples! Cronometre o tempo que você leva para ler UMA página do mate-
rial, ao multiplicar esse tempo (isso a planilha faz automaticamente, desde que a
fórmula tenha sido colocada) pelo número de páginas, terá o tempo total para ler
todo o tópico.

Simplesinho, mas bonitinho!

Como exemplo, utilizarei o tempo de 3 minutos para ler uma página:

Imagem 7 – Preenchimento da coluna “Tempo para ler uma página”.

Com isso, a planilha faz o cálculo automático e, para ler o tópico 1 de português,
com base nos meus materiais e desenvolvimento estimo que vou levar 90 minutos
para terminar o tópico, ou seja, uma hora e meia.

Continuando a fazer isso tópico a tópico, teremos o tempo total para ver todo o
conteúdo de português:

Imagem 8 – Exemplo de preenchimento da disciplina de português.

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Retirei os tópicos filho para simplificar o processo. Fazendo linha a linha da


planilha, ao fim teremos o tempo total em minutos, o que nos interessa neste mo-
mento, no valor de 975. Esse valor vai compor nossa tabela/aba “Carga Horária”.

Quando todas as disciplinas estiverem preenchidas, saberemos quantos ciclos


serão necessários para cobrir todo o edital. Além disso, teremos a divisão propor-
cional das disciplinas em cada ciclo de 20 horas. Um exemplo da carga horária
pode ser esse:

Imagem 9 – Tabela “Carga Horária”.

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No exemplo temos 20 ciclos de estudos. Em cada ciclo de 20 horas as matérias


estão proporcionalmente divididas conforme o tempo por ciclo em horas de cada
disciplina. Já podemos vislumbrar uma boa organização, agora sei quanto estu-
dar de cada matéria para que todas caminhem juntas.

Exemplificando, em português, segundo o levantamento, levaremos 25 horas


para esgotar todo conteúdo. Em reação ao total, 404 horas, português representa
cerca de 6% (25*100/404). Ora, quanto é 6% de 20 horas, o tempo do ciclo na se-
mana? 1,3 hora. Logo deveremos estudar, na semana, a matéria de português por
1,5 hora (com ajuste).

Fazendo isso para todas as disciplinas saberemos quanto estudar de cada uma
semanalmente.

2.1.3 Tempo Ajustado5

Na imagem 9, apesar de já termos o tempo da disciplina em cada ciclo de estu-


do de 20 horas, podemos perceber que os números estão “quebrados”. Isso pode
dificultar nossa aplicação. Então, vamos transformá-los em espaços de meia em
meia hora. Para tanto, criaremos mais uma coluna e ajeitaremos seguindo a se-
guinte regra: se o quebrado for “1” ou “6”, trago para baixo. Se for “2,3,4” ou “7,8,9”
jogo para cima. Complicado? Nem tanto, vejam como fica:

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Você pode encontrar um vídeo explicativo em: https://www.youtube.com/watch?v=QSkIp40gm44
(se o hiperlink não funcionar, copie o endereço e cole no seu navegador)
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Imagem 10 – Tabela “Carga Horária” com o tempo ajustado.

Um ponto importante a ser considerado é o tempo que nosso cérebro se “can-


sa” de ficar vendo o mesmo tema. Por isso importa ter alternância entre as maté-
rias de forma a manter o máximo de atenção possível. Esse tempo pode variar de
pessoa para pessoa, podemos trabalhar com duas horas ou duas horas e meia. No
nosso exemplo vamos trabalhar com 2,5h. Assim temos que “quebrar” as discipli-
nas que passam desse valor, no caso apenas direito administrativo ficou acima do
tempo. A nova tabela ficará:

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Imagem 11 – Tabela “Carga Horária” com o tempo ajustado e correções acima do


teto permitido.

Em laranja está o ajuste feito, ou seja, ao invés de estudarmos a disciplina direi-


to administrativo por 3 horas seguidas, vamos estudar por uma hora e meia, conti-
nuar o ciclo com outras disciplinas para depois voltarmos à direito administrativo
por mais uma hora e meia.
Agora temos o tempo ajustado de cada disciplina no ciclo e não há problema se
passar de 20 horas ou ficar um pouco a menos. O importante é trabalharmos com
um tempo confortável de cada uma. Por último, vamos definir a ordem de cada
disciplina dentro do ciclo.

2.1.4 Ordem das Disciplinas6

Aqui não há grandes segredos, basta definir a ordem como quer estudar as disci-
plinas. O cuidado deve ocorrer de duas formas:

1) Alterne disciplinas que trabalhem com áreas diferentes do cérebro (cálculo e


leitura, por exemplo), ou as que considera mais e menos “chatas”;

2) Separe as “quebras” para que fique o mais homogêneo possível.


No nosso exemplo, poderíamos fazer assim:

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Você pode encontrar um vídeo explicativo em: https://www.youtube.com/watch?v=qjPXOfbslUc
(se o hiperlink não funcionar, copie o endereço e cole no seu navegador)

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Imagem 11 – Tabela “Carga Horária” com a ordem das disciplinas.

Portanto, começamos com direito administrativo, vamos para matemática, de-


pois português e por aí vai até fecharmos com física.

Pronto, já sabemos quanto tempo estudar de cada disciplina em cada ciclo, tam-
bém temos o número de ciclos total e a ordem das disciplinas. Agora precisamos
saber o que estudar em cada ciclo, isso vamos deixar para nosso próximo e-book. =)

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