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CÓD: SL-021MR-22

7908433218456

EPCAR
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO AR

Cadetes do Ar
PORTARIA DIRENS Nº 216/DCR, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2022.
DICA

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação.
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa
encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou este artigo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!

• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo.
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame.
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

Se prepare para o concurso público


O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se
planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes sobre
seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do
certame.
O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua
rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo.
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até
o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora.
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior
requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras
disciplinas.

Vida Social
Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você,
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante
compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso
Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória.
DICA

Motivação
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência.
Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação:
• Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos;
• Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos;
• Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
• Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir
focado, tornando o processo mais prazeroso;
• Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer.
• Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes
com seu sucesso.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances
de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br

Vamos juntos!
ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Estudo de texto intelecção de textos literários e não literários, verbais e não verbais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Gramática fonologia: fonemas, encontros consonantais e vocálicos, dígrafos, divisão silábica, acentuação gráfica e ortografia de acor-
do com a nova ortografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3. Morfologia: estrutura das palavras, formação de palavras, classes de palavras: classificação, flexão e emprego (substantivo, adjetivo,
artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4. Sintaxe: análise sintática da oração, análise sintática do período, pontuação, regência e concordância, estudo da crase e colocação
pronominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5. Semântica e estilística variedades linguísticas. Sinonímia e antonímia, hiponímia e hiperonímia, polissemia, ambiguidade. Denotação

e conotação, figuras de linguagem, funções da linguagem e vícios da linguagem. Versificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

Matemática
1. Noções de conjuntos igualdade de conjuntos. Subconjuntos. Operações com conjuntos: interseção e reunião. Resolução de prob-
lemas. Conjuntos numéricos conjunto dos números naturais: propriedades, operações, números primos e compostos, divisibili-
dade, decomposição em fatores primos, múltiplos e divisores, máximo divisor comum (m.D.C.), Mínimo múltiplo comum (m.M.C.)
E resolução de problemas. Conjunto dos números inteiros: propriedades, operações, divisibilidade, múltiplos e divisores e res-
olução de problemas. Conjunto dos números racionais: propriedades, operações, equivalência de frações, representação decimal
e fracionária, números decimais periódicos (dízimas periódicas), comparação de frações e resolução de problemas. Conjunto dos
números reais: propriedades, operações, representação na reta real, relação de ordem e resolução de problemas . . . . . . . . . . 01
2. Polinômios .Definição. Adição, subtração, multiplicação e divisão de polinômios numa única variável. Noção intuitiva do conceito
de “zeros” de um polinômio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3. Cálculo algébrico.Operações com expressões algébricas. Produtos notáveis. Fatoração. Frações algébricas. Resolução de prob-
lemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4. Equações de 1o grau resolução de equação de 1o grau. Resolução de sistema de equações de 1o grau. Resolução de problemas
redutíveis a equação de 1o grau. Resolução de problemas redutíveis a sistema de equações de 1o grau. Inequações de 1o grau.
Resolução de problemas envolvendo inequações de 1o grau. Equações de 2o grau resolução de equação de 2o grau. Resolução de
problemas redutíveis a equação de 2o grau. Equações irracionais. Equações biquadradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5. Funções .Noção intuitiva e definição. Notação de função. Domínio, imagem e contradomínio. Função polinomial do 1o grau:
definição, propriedades, zero ou raiz da função, estudo da variação do sinal e gráfico. Função polinomial do 2o grau: definição, pro-
priedades, zeros ou raízes da função, coordenadas do vértice, estudo de máximo e mínimo, estudo da variação do sinal e gráfico.
Resolução de problemas envolvendo função de 1o grau. Resolução de problemas envolvendo função de 2o grau . . . . . . . . . . . 20
6. Geometria plana.Conceitos fundamentais. Polígonos: definições, elementos, diagonais, ângulo interno e ângulo externo; triân-
gulos: conceito, elementos e classificação; medianas e baricentro; bissetrizes e incentro; alturas e ortocentro; mediatrizes e cir-
cuncentro.Quadriláteros: definição, elementos, propriedades e consequências; círculo e circunferência: definição e diferenciação;
propriedades de arcos, ângulos e cordas; relações métricas. Segmentos proporcionais. Feixe de paralelas. Teorema de tales. Con-
gruência e semelhança de triângulos. Relações métricas no triângulo retângulo. Relações métricas em um triângulo qualquer.
Projeção ortogonal. Transformações geométricas elementares: translação, rotação e simetria. Razões trigonométricas no triângulo
retângulo. Razões trigonométricas em um triângulo qualquer. Cálculo de perímetro. Comprimento de circunferência. Áreas de su-
perfícies planas. Polígonos regulares. Medidas de comprimento, de área, de capacidade e de volume: transformações. Volume de
paralelepípedo reto retângulo. Resolução de problemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
7. Razões, porcentagens e noções básicas de matemática financeira razões e proporções. Números e grandezas proporcionais. Regra
de três simples e composta. Porcentagens. Juros simples. Resolução de problemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
8. Noções de estatística básica tabelas. Representações gráficas: barras, colunas, setores, linhas e pictogramas. Média aritmética
simples e ponderada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
9. Contagem e probabilidade noções de contagem. Noções de probabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
ÍNDICE

Língua Inglesa
1. Compreensão e interpretação de textos. Estruturas gramaticais. Substantivos: gênero, número, contáveis e incontáveis. Pronomes:
pessoal, oblíquo, possessivo, reflexivo, demonstrativo, relativo, indefinido e interrogativo. Adjetivos: graus comparativo e superlativo.
Preposições. Conjunções. Advérbios: tempo, lugar, modo e frequência. Numerais. Artigos: definidos e indefinidos. Verbos: modos,
tempos, formas e vozes. Caso possessivo. Questiontag e respostas curtas. Orações condicionais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Estudo de texto Intelecção de textos literários e não literários, verbais e não verbais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Gramática Fonologia: Fonemas, encontros consonantais e vocálicos, dígrafos, divisão silábica, acentuação gráfica e ortografia de acor-
do com a nova ortografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3. Morfologia:Estrutura das palavras, formação de palavras, classes de palavras: classificação, flexão e emprego (substantivo, adjetivo,
artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4. Sintaxe: Análise sintática da oração, análise sintática do período, pontuação, regência e concordância, estudo da crase e colocação
pronominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5. Semântica e estilística Variedades linguísticas. Sinonímia e antonímia, hiponímia e hiperonímia, polissemia, ambiguidade. Denotação
e conotação, figuras de linguagem, funções da linguagem e vícios da linguagem. Versificação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
LÍNGUA PORTUGUESA
• Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que utiliza tanto as pa-
ESTUDO DE TEXTO INTELECÇÃO DE TEXTOS LITERÁ- lavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem verbal
RIOS E NÃO LITERÁRIOS, VERBAIS E NÃO VERBAIS com a não-verbal.

Compreensão e interpretação de textos


Chegamos, agora, em um ponto muito importante para todo o
seu estudo: a interpretação de textos. Desenvolver essa habilidade
é essencial e pode ser um diferencial para a realização de uma boa
prova de qualquer área do conhecimento.
Mas você sabe a diferença entre compreensão e interpretação?
A compreensão é quando você entende o que o texto diz de
forma explícita, aquilo que está na superfície do texto.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Por meio dessa frase, podemos entender que houve um tempo
que Jorge era infeliz, devido ao cigarro.
A interpretação é quando você entende o que está implícito,
nas entrelinhas, aquilo que está de modo mais profundo no texto
ou que faça com que você realize inferências.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Já compreendemos que Jorge era infeliz quando fumava, mas Além de saber desses conceitos, é importante sabermos iden-
podemos interpretar que Jorge parou de fumar e que agora é feliz. tificar quando um texto é baseado em outro. O nome que damos a
Percebeu a diferença? este processo é intertextualidade.

Tipos de Linguagem Interpretação de Texto


Existem três tipos de linguagem que precisamos saber para que Interpretar um texto quer dizer dar sentido, inferir, chegar a
facilite a interpretação de textos. uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada ao su-
• Linguagem Verbal é aquela que utiliza somente palavras. Ela bentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode deduzir
pode ser escrita ou oral. de um texto.
A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos pré-
vios que cada pessoa possui antes da leitura de um determinado
texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça
uma relação com a informação já possuída, o que leva ao cresci-
mento do conhecimento do leitor, e espera que haja uma aprecia-
ção pessoal e crítica sobre a análise do novo conteúdo lido, afetan-
do de alguma forma o leitor.
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes tipos de
leitura: uma leitura prévia, uma leitura seletiva, uma leitura analíti-
ca e, por fim, uma leitura interpretativa.

É muito importante que você:


- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade, esta-
do, país e mundo;
- Se possível, procure por jornais escritos para saber de notícias
• Linguagem não-verbal é aquela que utiliza somente imagens, (e também da estrutura das palavras para dar opiniões);
fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra. - Leia livros sobre diversos temas para sugar informações orto-
gráficas, gramaticais e interpretativas;
- Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais po-
lêmicos;
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas.

Dicas para interpretar um texto:


– Leia lentamente o texto todo.
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar
compreender o sentido global do texto e identificar o seu objetivo.

– Releia o texto quantas vezes forem necessárias.


Assim, será mais fácil identificar as ideias principais de cada pa-
rágrafo e compreender o desenvolvimento do texto.

– Sublinhe as ideias mais importantes.


Sublinhar apenas quando já se tiver uma boa noção da ideia
principal e das ideias secundárias do texto.

1
LÍNGUA PORTUGUESA
– Separe fatos de opiniões. CACHORROS
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objetivo
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e mu- Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
tável). espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
– Retorne ao texto sempre que necessário. seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
enunciados das questões. precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
– Reescreva o conteúdo lido. comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, tó- podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
picos ou esquemas. casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
outro e a parceria deu certo.
Além dessas dicas importantes, você também pode grifar pa-
lavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu vocabu- Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
lário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas são uma sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
distração, mas também um aprendizado. to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a compre- falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo
ensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula nossa do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora nos- ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
so foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além de mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória. As informações que se relacionam com o tema chamamos de
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias se- subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
letas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto
do texto. fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a iden- conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães.
tificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi
secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explica- capaz de identificar o tema do texto!
ções, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na
prova. Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-
Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um signi- -secundarias/
ficado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso o can-
didato só precisa entendê-la – e não a complementar com algum IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM
valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e nunca TEXTOS VARIADOS
extrapole a visão dele.
Ironia
IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem).
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen- A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo novo sentido, gerando um efeito de humor.
significativo, que é o texto. Exemplo:
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atra-
ído pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

2
LÍNGUA PORTUGUESA
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti-
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico;
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente
acessadas como forma de gerar o riso.
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges.

Exemplo:

Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-


dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).

Ironia verbal
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a
intenção são diferentes.
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível!

Ironia de situação ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ-


A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o NERO EM QUE SE INSCREVE
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja. Compreender um texto trata da análise e decodificação do que
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li- pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces- Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a principal. Compreender relações semânticas é uma competência
morte. imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
Ironia dramática (ou satírica) -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos textos fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que
tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre inten- Busca de sentidos
ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé- apreensão do conteúdo exposto.
dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con- Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
flitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
da narrativa. citadas ou apresentando novos conceitos.
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa- tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos.
Importância da interpretação
Humor A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare- informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti- específicos, aprimora a escrita.
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor-
rer algo fora do esperado numa situação.

3
LÍNGUA PORTUGUESA
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa- Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a
tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre- opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto
sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi- que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto, vencer o leitor a concordar com ele.
pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes
que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um
sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações.
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apre- Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas
ensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não de destaque sobre algum assunto de interesse.
estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira alea-
tória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali-
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido, za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos. crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au- os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que berdade para quem recebe a informação.
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas.
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.
Fato
Diferença entre compreensão e interpretação O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta- uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
leitor tira conclusões subjetivas do texto. Exemplo de fato:
A mãe foi viajar.
Gêneros Discursivos
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- Interpretação
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No sas, previmos suas consequências.
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
dárias. tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente ças sejam detectáveis.
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única Exemplos de interpretação:
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
encaminham-se diretamente para um desfecho. tro país.
A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- do que com a filha.
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O Opinião
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de- A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais que fazemos do fato.
curto. Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
como horas ou mesmo minutos. anteriores:
A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin- tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de do que com a filha. Ela foi egoísta.
imagens.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião. Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér-
Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên- bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas
cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro,
positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta- sem coerência.
mos expressando nosso julgamento. Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta-
É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião, tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores.
principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es-
analisamos um texto dissertativo. trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento
mais direto.
Exemplo:
A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando NÍVEIS DE LINGUAGEM
com o sofrimento da filha.
Definição de linguagem
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias
Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos,
ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo
texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti-
ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto. cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa
Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
e o do leitor. As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com
o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as
Parágrafo incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma- e caem em desuso.
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela- Língua escrita e língua falada
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre- A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua
sentada na introdução. falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande
parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e
Embora existam diferentes formas de organização de parágra- ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís- mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em pa- pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
rágrafos curtos, é raro haver conclusão. berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.

Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz Linguagem popular e linguagem culta
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
prova. presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e o diálogo é usado para representar a língua falada.
ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possí-
vel usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até Linguagem Popular ou Coloquial
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto. Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase
sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con- que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
clusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento. está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
Outro aspecto que merece especial atenção são os conecto- expressão dos esta dos emocionais etc.
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais
fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as A Linguagem Culta ou Padrão
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do perí- É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
odo, e o tópico que o antecede. se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
para a clareza do texto. escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial,
mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
cas, noticiários de TV, programas culturais etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Gíria (Vinícius de Moraes)
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como
arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam TIPO TEXTUAL INJUNTIVO
a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa- A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe,
gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos. instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comportamentos, nas leis jurídicas.
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode Características principais:
acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário • Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver-
de pequenos grupos ou cair em desuso. bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”, do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas).
“mina”, “tipo assim”. • Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª
pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc.
Linguagem vulgar
Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco Exemplo:
ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito-
há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se
comida”. na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou defi-
nitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde
Linguagem regional que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou
Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa- suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su-
drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala- perior para formação de oficiais.
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico,
nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.
Tipos e genêros textuais Tipo textual expositivo
Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran- A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma pode ser expositiva ou argumentativa.
como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos clás- A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um as-
sicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou sunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de ma-
dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
exemplos e as principais características de cada um deles.
Características principais:
Tipo textual descritivo • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo • O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma mar.
pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
um movimento etc. • Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa
Características principais: de ponto de vista.
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje- • Apresenta linguagem clara e imparcial.
tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função
caracterizadora. Exemplo:
• Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enu- O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no
meração. questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex-
• A noção temporal é normalmente estática. pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a defini- terminado tema.
ção. Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo. ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa).
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anún- Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
cio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial. sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente.

Exemplo: Tipo textual dissertativo-argumentativo


Era uma casa muito engraçada Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concur-
Não tinha teto, não tinha nada sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias
Ninguém podia entrar nela, não apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade,
Porque na casa não tinha chão clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in-
Ninguém podia dormir na rede tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor
Porque na casa não tinha parede (leitor ou ouvinte).
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero

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LÍNGUA PORTUGUESA
Características principais: GÊNEROS TEXTUAIS
• Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes
e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estraté- de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de um
gias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro-
de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo, dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem
enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su- funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são pas-
gestão/solução). síveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preservan-
• Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações do características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela que
informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos textu-
nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e ais que neles predominam.
um caráter de verdade ao que está sendo dito.
• Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali- Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais
zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou
probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados. Descritivo Diário
• Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o de- Relatos (viagens, históricos, etc.)
senvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se rodeios. Biografia e autobiografia
Notícia
Exemplo: Currículo
A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol- Lista de compras
vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente Cardápio
administração política (tese), porque a força governamental certa- Anúncios de classificados
mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência Injuntivo Receita culinária
de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró- Bula de remédio
poles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os Manual de instruções
traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo Regulamento
dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da popula- Textos prescritivos
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato-
-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar Expositivo Seminários
de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o Palestras
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Conferências
cobrança efetiva (conclusão). Entrevistas
Trabalhos acadêmicos
Tipo textual narrativo Enciclopédia
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta Verbetes de dicionários
um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu- Dissertativo-argumentativo Editorial Jornalístico
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, Carta de opinião
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo). Resenha
Artigo
Características principais: Ensaio
• O tempo verbal predominante é o passado. Monografia, dissertação de mes-
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da his- trado e tese de doutorado
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história –
Narrativo Romance
onisciente).
Novela
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em
Crônica
prosa, não em verso.
Contos de Fada
Fábula
Exemplo:
Lendas
Solidão
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era
o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e fe- Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da for-
liz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se. ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infi-
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni- nitos e mudam de acordo com a demanda social.
rem, um tirou do outro a essência da felicidade.
Nelson S. Oliveira INTERTEXTUALIDADE
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossurre- A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou
ais/4835684 seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. As-
sim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção
de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos
existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de
ambos: forma e conteúdo.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des-
forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar.
textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escri- Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas
ta), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música, coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre-
dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos, cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu-
provérbios, charges, dentre outros. mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna
uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no
Tipos de Intertextualidade domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer
• Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmen- que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos-
te, em forma de crítica irônica de caráter humorístico. Do grego sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra.
(parodès), a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (se- O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de
melhante) e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o
a outro”. Esse recurso é muito utilizado pelos programas humorís- enunciador está propondo.
ticos. Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação.
• Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende
mesma ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre-
de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis), missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados
significa a “repetição de uma sentença”. admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de
• Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras e textos cientí- crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea-
ficos. Consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha mento de premissas e conclusões.
alguma relação com o que será discutido no texto. Do grego, o ter- Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento:
mo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) A é igual a B.
e “graphé” (escrita). A é igual a C.
• Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção Então: C é igual a A.
textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa
entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor. Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente,
Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem re- que C é igual a A.
lacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo Outro exemplo:
“citação” (citare) significa convocar. Todo ruminante é um mamífero.
• Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros A vaca é um ruminante.
textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois Logo, a vaca é um mamífero.
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
• Outras formas de intertextualidade menos discutidas são Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão
o pastiche, o sample, a tradução e a bricolagem. também será verdadeira.
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
ARGUMENTAÇÃO a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se
O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informa- mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau-
ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais
de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente, confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con-
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele fiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma
propõe. instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentati-
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo vo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável
texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que
conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir outro fundado há dois ou três anos.
a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase
tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as
vista defendidos. pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas der bem como eles funcionam.
uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu- rio, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto
tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas
que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur- pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomi-
sos de linguagem. na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de essa associação certamente não surtiria efeito, porque lá o futebol
escolher entre duas ou mais coisas”. não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo
de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori-
zado numa dada cultura.

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LÍNGUA PORTUGUESA
ARGUMENTAÇÃO Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão
também será verdadeira.
O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informa- No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se
de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente, mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau-
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um
propõe. banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con-
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo fiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma
texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentati-
conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir vo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável
a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que
tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de outro fundado há dois ou três anos.
vista defendidos. Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as
uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse der bem como eles funcionam.
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu- Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso
tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio rio, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur- mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas
sos de linguagem. expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomi-
voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera
obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
escolher entre duas ou mais coisas”. associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des- essa associação certamente não surtiria efeito, porque lá o futebol
vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar. não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo
Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori-
coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre- zado numa dada cultura.
cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu-
mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna Tipos de Argumento
uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a fa-
domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer zer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um argu-
que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos- mento. Exemplo:
sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra.
O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de Argumento de Autoridade
um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas
enunciador está propondo. pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para
Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação. servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recur-
O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende so produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor
demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre- do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a
missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto
admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de um amontoado de citações. A citação precisa ser pertinente e ver-
crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea- dadeira. Exemplo:
mento de premissas e conclusões. “A imaginação é mais importante do que o conhecimento.”
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento:
A é igual a B. Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para
A é igual a C. ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há conhe-
Então: C é igual a B. cimento. Nunca o inverso.
Alex José Periscinoto.
Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente, In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2
que C é igual a A.
Outro exemplo: A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais impor-
Todo ruminante é um mamífero. tante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela,
A vaca é um ruminante. o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se
Logo, a vaca é um mamífero. um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem
acreditar que é verdade.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Argumento de Quantidade Uma variante do argumento de atributo é o argumento da
É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior nú- competência linguística. A utilização da variante culta e formal da
mero de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior língua que o produtor do texto conhece a norma linguística social-
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento mente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto
desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o modo de
largo uso do argumento de quantidade. dizer dá confiabilidade ao que se diz.
Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saúde
Argumento do Consenso de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas manei-
É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-se ras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais ade-
em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como quada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa
verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico:
objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de - Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em
que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscu- conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve
tível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não por bem determinar o internamento do governador pelo período
desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001.
afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que - Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque al-
as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao guns deles são barrapesada, a gente botou o governador no hospi-
confiar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos argu- tal por três dias.
mentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as frases
carentes de qualquer base científica. Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen-
tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser
Argumento de Existência ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um
aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas texto tem sempre uma orientação argumentativa.
provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o ar- A orientação argumentativa é uma certa direção que o falante
gumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
do que dois voando”. homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicularizá-lo
Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documentais ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza.
(fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas concre- O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto
tas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. Durante dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episó-
a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exérci- dios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não
to americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa outras, etc. Veja:
afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser “O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras troca-
vista como propagandística. No entanto, quando documentada pela vam abraços afetuosos.”
comparação do número de canhões, de carros de combate, de na-
vios, etc., ganhava credibilidade. O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras
Argumento quase lógico e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse
É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até,
e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios são que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada.
chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios lógi- Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tra-
cos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os tamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros:
elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plausí- - Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão am-
veis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a C”, “en- plo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu contrá-
tão A é igual a C”, estabelece-se uma relação de identidade lógica. rio. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, pode ser
Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo” usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras podem ter valor
não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade provável. positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou vir carregadas
Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente de valor negativo (autoritarismo, degradação do meio ambiente,
aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que con- injustiça, corrupção).
correm para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do - Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas por
tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os políticos são
fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para destruir
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações o argumento.
indevidas. - Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do con-
texto adequado, sem o significado apropriado, vulgarizando-as e
Argumento do Atributo atribuindo-lhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso, por
É aquele que considera melhor o que tem propriedades típi- exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite
cas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido,
raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o uma vez que, a rigor, significa “ação de um Estado visando a reduzir
que é mais grosseiro, etc. outros à sua dependência política e econômica”.
Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, ce-
lebridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza,
alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor
tende a associar o produto anunciado com atributos da celebrida-
de.

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LÍNGUA PORTUGUESA
A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situa- A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto, ar-
ção concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvi- gumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões
dos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação, válidas, como se procede no método dialético. O método dialético
o assunto, etc). não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas.
Convém ainda alertar que não se convence ninguém com mani- Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de
festações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo men- sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno em ques-
tir...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas feitas tão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade.
(como estou certo, creio firmemente, é claro, é óbvio, é evidente, Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, criou o mé-
afirmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto, todo de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte do
sinceridade e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a mes-
construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas quali- ma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclusões
dades não se prometem, manifestam-se na ação. verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em partes, co-
A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer meçando-se pelas proposições mais simples até alcançar, por meio
verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a de deduções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana,
que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz. é fundamental determinar o problema, dividi-lo em partes, ordenar
Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um os conceitos, simplificando-os, enumerar todos os seus elementos
ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui e determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução.
a argumentação, questionamento, com o objetivo de persuadir. Ar- A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a
gumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para che- argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro
gar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é um processo regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais, uma
de convencimento, por meio da argumentação, no qual procura-se série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca
convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamento e seu da verdade:
comportamento. - evidência;
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão váli- - divisão ou análise;
da, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou pro- - ordem ou dedução;
posição, e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio - enumeração.
empregado na argumentação. A persuasão não válida apoia-se em
argumentos subjetivos, apelos subliminares, chantagens sentimen- A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão
tais, com o emprego de “apelações”, como a inflexão de voz, a mí- e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
mica e até o choro. encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedutivo.
Alguns autores classificam a dissertação em duas modalidades, A forma de argumentação mais empregada na redação acadê-
expositiva e argumentativa. Esta, exige argumentação, razões a fa- mica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas, que
vor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informativa, apresen- contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e a con-
ta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos clusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, que a con-
dados levantados, a maneira de expô-los no texto já revelam uma clusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premissa
“tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na disserta- maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois alguns não
ção, ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. Desse caracteriza a universalidade.
ponto de vista, a dissertação pode ser definida como discussão, de- Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silo-
bate, questionamento, o que implica a liberdade de pensamento, a gística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai do
possibilidade de discordar ou concordar parcialmente. A liberdade particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo é o
de questionar é fundamental, mas não é suficiente para organizar silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se em
um texto dissertativo. É necessária também a exposição dos fun- uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva à
damentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto de vista. conclusão. Segundo esse método, partindo-se de teorias gerais, de
Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude argu- verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de
mentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo de dis- fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa para
curso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia. o efeito. Exemplo:
Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posições,
é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal)
seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, muitas ve- Fulano é homem (premissa menor = particular)
zes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre, Logo, Fulano é mortal (conclusão)
essa capacidade aprende-se com a prática. Um bom exercício para
aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvol- A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseia-
ver as seguintes habilidades: se em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nesse
- argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja, par-
ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição total- te de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desconheci-
mente contrária; dos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo:
- contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os O calor dilata o ferro (particular)
argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresenta- O calor dilata o bronze (particular)
ria contra a argumentação proposta; O calor dilata o cobre (particular)
- refutação: argumentos e razões contra a argumentação opos- O ferro, o bronze, o cobre são metais
ta. Logo, o calor dilata metais (geral, universal)

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LÍNGUA PORTUGUESA
Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo por
e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num con-
também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos, junto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a análise,
pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclu- que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma decompo-
são falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição inexata, sição organizada, é preciso saber como dividir o todo em partes. As
uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim
algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé, intenção relacionadas:
deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o sofisma não tem Análise: penetrar, decompor, separar, dividir.
essas intenções propositais, costuma-se chamar esse processo de Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir.
argumentação de paralogismo. Encontra-se um exemplo simples de
sofisma no seguinte diálogo: A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias
- Você concorda que possui uma coisa que não perdeu? a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação
- Lógico, concordo. de abordagens possíveis. A síntese também é importante na esco-
- Você perdeu um brilhante de 40 quilates? lha dos elementos que farão parte do texto.
- Claro que não! Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou in-
- Então você possui um brilhante de 40 quilates... formal. A análise formal pode ser científica ou experimental; é ca-
racterística das ciências matemáticas, físico-naturais e experimen-
Exemplos de sofismas: tais. A análise informal é racional ou total, consiste em “discernir”
por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de
Dedução um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno.
Todo professor tem um diploma (geral, universal) A análise decompõe o todo em partes, a classificação estabe-
Fulano tem um diploma (particular) lece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa) partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto de se
confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos:
Indução análise é decomposição e classificação é hierarquisação.
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (parti- Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenôme-
cular) nos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a
Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular) classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou me-
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades. nos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores são
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral empregados de modo mais ou menos convencional. A classificação,
– conclusão falsa) no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêneros e
espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas caracterís-
Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão ticas comuns e diferenciadoras. A classificação dos variados itens
pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são pro- integrantes de uma lista mais ou menos caótica é artificial.
fessores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Reden-
tor. Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão,
infundadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio,
superficial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, base- sabiá, torradeira.
ados nos sentimentos não ditados pela razão. Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não fundamen- Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
tais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da verda- Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.
de: análise, síntese, classificação e definição. Além desses, existem Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
outros métodos particulares de algumas ciências, que adaptam os
processos de dedução e indução à natureza de uma realidade par- Os elementos desta lista foram classificados por ordem alfabé-
ticular. Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método próprio tica e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer critérios de
demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a síntese, a classificação das ideias e argumentos, pela ordem de importância, é
classificação a definição são chamadas métodos sistemáticos, por- uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimento de
que pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a uma redação. Tanto faz que a ordem seja crescente, do fato mais
pesquisa. importante para o menos importante, ou decrescente, primeiro
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados; o menos importante e, no final, o impacto do mais importante; é
a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para o indispensável que haja uma lógica na classificação. A elaboração
todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma de- do plano compreende a classificação das partes e subdivisões, ou
pende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto a seja, os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização.
síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém, (Garcia, 1973, p. 302304.)
que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na in-
reunisse todas as peças de um relógio, não significa que reconstruiu trodução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para expres-
o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria sar um questionamento, deve-se, de antemão, expor clara e racio-
todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combina- nalmente as posições assumidas e os argumentos que as justificam.
das, seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então, É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição
o relógio estaria reconstruído. adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também os pontos
de vista sobre ele.

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LÍNGUA PORTUGUESA
A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da lingua- A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Sem-
gem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma pre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira e
ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento conforme a necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada
espécie a que pertence, demonstra: a característica que o diferen- com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional do
cia dos outros elementos dessa mesma espécie. mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma funda-
Entre os vários processos de exposição de ideias, a definição mentação coerente e adequada.
é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. A Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clás-
definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às pa- sica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julgamento
lavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara e pode reco-
metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a lógica nhecer-se facilmente seus elementos e suas relações; outras vezes,
tradicional aristotélica, a definição consta de três elementos: as premissas e as conclusões organizam-se de modo livre, mistu-
- o termo a ser definido; rando-se na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender a
- o gênero ou espécie; reconhecer os elementos que constituem um argumento: premis-
- a diferença específica. sas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar se tais elementos
são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar se o argumento está
O que distingue o termo definido de outros elementos da mes- expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus
ma espécie. Exemplo: elementos, ou se há contradição. Para isso é que se aprende os pro-
cessos de raciocínio por dedução e por indução. Admitindo-se que
Na frase: O homem é um animal racional classifica-se: raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um tipo espe-
cífico de relação entre as premissas e a conclusão.
Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos
argumentativos mais empregados para comprovar uma afirmação:
exemplificação, explicitação, enumeração, comparação.
Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio
Elemento especiediferença de exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões comuns nes-
a ser definidoespecífica se tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior
relevância que. Empregam-se também dados estatísticos, acompa-
É muito comum formular definições de maneira defeituosa, nhados de expressões: considerando os dados; conforme os dados
por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em par- apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de
tes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando é causas e consequências, usando-se comumente as expressões: por-
advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é que, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa de, em
forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importan- virtude de, em vista de, por motivo de.
te é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia (1973, Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é expli-
p.306), para determinar os “requisitos da definição denotativa”. car ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar
Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos: esse objetivo pela definição, pelo testemunho e pela interpreta-
- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em ção. Na explicitação por definição, empregamse expressões como:
que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está quer dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista,
realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta ou melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme,
ou instalação”; segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no
- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela
exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente restrito interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece,
para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade; assim, desse ponto de vista.
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade, Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de
definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”; elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são
definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem” frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes, de-
não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem); pois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, de-
pois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente,
- deve ser breve (contida num só período). Quando a definição, respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de
ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de períodos espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí,
ou de parágrafos), chama-se explicação, e também definição expan- além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no
dida;d interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...
- deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) + Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de
cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjuntos (as se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar uma
diferenças). ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da mesma
forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. Para esta-
As definições dos dicionários de língua são feitas por meio de belecer contraste, empregam-se as expressões: mais que, menos
paráfrases definitórias, ou seja, uma operação metalinguística que que, melhor que, pior que.
consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a pala- Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar
vra e seus significados. o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se:

13
LÍNGUA PORTUGUESA
Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução
reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma afir- tecnológica
mação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a credi- - Questionar o tema, transformá-lo em interrogação, responder
bilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais no a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da respos-
corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao fazer ta, justificar, criando um argumento básico;
uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos na li- - Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e
nha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar ou construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação
justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento tem mais que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualificá-la
caráter confirmatório que comprobatório. (rever tipos de argumentação);
Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam expli- - Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias
cação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido por que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias po-
consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural. Nesse dem ser listadas livremente ou organizadas como causa e consequ-
caso, incluem-se ência);
- A declaração que expressa uma verdade universal (o homem, - Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o
mortal, aspira à imortalidade); argumento básico;
- A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postula- - Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as que
dos e axiomas); poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se em
- Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de nature- argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do argu-
za subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria razão mento básico;
desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto não se - Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma se-
discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda que quência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo às
parece absurdo). partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou
menos a seguinte:
Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de
um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados con- Introdução
cretos, estatísticos ou documentais. - função social da ciência e da tecnologia;
Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se - definições de ciência e tecnologia;
realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica: cau- - indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico.
sa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência.
Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações, Desenvolvimento
julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opini- - apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvol-
ões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprovada, vimento tecnológico;
e só os fatos provam. Em resumo toda afirmação ou juízo que ex- - como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as
presse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na condições de vida no mundo atual;
evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade - a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica-
dos argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contra- mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub-
-argumentação ou refutação. São vários os processos de contra-ar- desenvolvidos;
gumentação: - enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social;
Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação demonstran- - comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do pas-
do o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a contraargu- sado; apontar semelhanças e diferenças;
mentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o cordeiro”; - analisar as condições atuais de vida nos grandes centros ur-
Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses banos;
para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga ver- - como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar
dadeira; mais a sociedade.
Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento à opi-
nião pessoal subjetiva do enunciador, restringindo-se a universali- Conclusão
dade da afirmação; - a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/consequ-
Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: consis- ências maléficas;
te em refutar um argumento empregando os testemunhos de auto- - síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos
ridade que contrariam a afirmação apresentada; apresentados.
Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em de-
sautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador baseou-se Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de reda-
em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes. ção: é um dos possíveis.
Por exemplo, se na argumentação afirmou-se, por meio de dados Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece
estatísticos, que “o controle demográfico produz o desenvolvimen- entre dois textos, quando um texto já criado exerce influência na
to”, afirma-se que a conclusão é inconsequente, pois baseia-se em criação de um novo texto. Pode-se definir, então, a intertextualida-
uma relação de causa-feito difícil de ser comprovada. Para contra- de como sendo a criação de um texto a partir de outro texto já exis-
argumentar, propõese uma relação inversa: “o desenvolvimento é tente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções
que gera o controle demográfico”. diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela
Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para é inserida.
desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas ao O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento,
desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em segui- não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.
da, sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados para a
elaboração de um Plano de Redação.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Em alguns casos pode-se dizer que a intertextualidade assume A Citação é o Acréscimo de partes de outras obras numa pro-
a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a dução textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem ex-
cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura, pressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro
escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação
textos caracterizada por um citar o outro. sem relacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o
A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando um termo “citação” (citare) significa convocar.
texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira, se
utiliza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos – a A Alusão faz referência aos elementos presentes em outros
fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero ou textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
de gêneros distintos, terem a mesma finalidade ou propósitos di- termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
ferentes. Assim, como você constatou, uma história em quadrinhos
pode utilizar algo de um texto científico, assim como um poema Pastiche é uma recorrência a um gênero.
pode valer-se de uma letra de música ou um artigo de opinião pode
mencionar um provérbio conhecido. A Tradução está no campo da intertextualidade porque implica
Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com a recriação de um texto.
outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com ou-
tras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao to- Evidentemente, a intertextualidade está ligada ao “conheci-
má-lo como ponto de partida, ao defendê-lo, ao criticá-lo, ao ironi- mento de mundo”, que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao
zá-lo ou ao compará-lo com outros. produtor e ao receptor de textos.
Os estudiosos afirmam que em todos os textos ocorre algum A intertextualidade pressupõe um universo cultural muito am-
grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos, de- plo e complexo, pois implica a identificação / o reconhecimento de
senhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos expres- remissões a obras ou a textos / trechos mais, ou menos conhecidos,
samos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que já foram além de exigir do interlocutor a capacidade de interpretar a função
formulados por outros para reafirmá-los, ampliá-los ou mesmo con- daquela citação ou alusão em questão.
tradizê-los. Em outras palavras, não há textos absolutamente origi-
nais, pois eles sempre – de maneira explícita ou implícita – mantêm Intertextualidade explícita e intertextualidade implícita
alguma relação com algo que foi visto, ouvido ou lido. A intertextualidade pode ser caracterizada como explícita ou
implícita, de acordo com a relação estabelecida com o texto fonte,
Tipos de Intertextualidade ou seja, se mais direta ou se mais subentendida.
A intertextualidade acontece quando há uma referência ex-
plícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer A intertextualidade explícita:
com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. – é facilmente identificada pelos leitores;
Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextuali- – estabelece uma relação direta com o texto fonte;
dade. – apresenta elementos que identificam o texto fonte;
Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, – não exige que haja dedução por parte do leitor;
um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diá- – apenas apela à compreensão do conteúdos.
logo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as
mesmas ideias da obra citada ou contestando-as. A intertextualidade implícita:
– não é facilmente identificada pelos leitores;
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto – não estabelece uma relação direta com o texto fonte;
é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, rea- – não apresenta elementos que identificam o texto fonte;
firmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com – exige que haja dedução, inferência, atenção e análise por par-
outras palavras o que já foi dito. te dos leitores;
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros tex- – exige que os leitores recorram a conhecimentos prévios para
tos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto a compreensão do conteúdo.
de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui,
um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada PONTO DE VISTA
para transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica O modo como o autor narra suas histórias provoca diferentes
de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse proces- sentidos ao leitor em relação à uma obra. Existem três pontos de
so há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca vista diferentes. É considerado o elemento da narração que com-
pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica. Os preende a perspectiva através da qual se conta a história. Trata-se
programas humorísticos fazem uso contínuo dessa arte, frequente- da posição da qual o narrador articula a narrativa. Apesar de existir
mente os discursos de políticos são abordados de maneira cômica diferentes possibilidades de Ponto de Vista em uma narrativa, con-
e contestadora, provocando risos e também reflexão a respeito da sidera-se dois pontos de vista como fundamentais: O narrador-ob-
demagogia praticada pela classe dominante. servador e o narrador-personagem.
A Epígrafe é um recurso bastante utilizado em obras, textos
científicos, desde artigos, resenhas, monografias, uma vez que con- Primeira pessoa
siste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma re- Um personagem narra a história a partir de seu próprio ponto
lação com o que será discutido no texto. Do grego, o termo “epígra- de vista, ou seja, o escritor usa a primeira pessoa. Nesse caso, lemos
fhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) e “graphé” o livro com a sensação de termos a visão do personagem poden-
(escrita). Como exemplo podemos citar um artigo sobre Patrimônio do também saber quais são seus pensamentos, o que causa uma
Cultural e a epígrafe do filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): “A leitura mais íntima. Da mesma maneira que acontece nas nossas
cultura é o melhor conforto para a velhice”. vidas, existem algumas coisas das quais não temos conhecimento e
só descobrimos ao decorrer da história.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Segunda pessoa - relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes
O autor costuma falar diretamente com o leitor, como um diá- componentes do texto;
logo. Trata-se de um caso mais raro e faz com que o leitor se sinta - Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases.
quase como outro personagem que participa da história.
Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece
Terceira pessoa entre dois textos, quando um texto já criado exerce influência na
Coloca o leitor numa posição externa, como se apenas obser- criação de um novo texto. Pode-se definir, então, a intertextualida-
vasse a ação acontecer. Os diálogos não são como na narrativa em de como sendo a criação de um texto a partir de outro texto já exis-
primeira pessoa, já que nesse caso o autor relata as frases como al- tente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções
guém que estivesse apenas contando o que cada personagem disse. diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela
é inserida.
Sendo assim, o autor deve definir se sua narrativa será transmi- O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento,
tida ao leitor por um ou vários personagens. Se a história é contada não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.
por mais de um ser fictício, a transição do ponto de vista de um para Em alguns casos pode-se dizer que a intertextualidade assume
outro deve ser bem clara, para que quem estiver acompanhando a a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a
leitura não fique confuso. cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura,
escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois
Coerência textos caracterizada por um citar o outro.
É uma rede de sintonia entre as partes e o todo de um texto. A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando um
Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada relação se- texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira, se
mântica, que se manifesta na compatibilidade entre as ideias. (Na utiliza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos – a
linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero ou
outra”). de gêneros distintos, terem a mesma finalidade ou propósitos di-
Coerência é a unidade de sentido resultante da relação que se ferentes. Assim, como você constatou, uma história em quadrinhos
estabelece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a compreen- pode utilizar algo de um texto científico, assim como um poema
der a outra, produzindo um sentido global, à luz do qual cada uma pode valer-se de uma letra de música ou um artigo de opinião pode
das partes ganha sentido. Coerência é a ligação em conjunto dos mencionar um provérbio conhecido.
elementos formativos de um texto. Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com
A coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respeito outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com ou-
aos conceitos e às relações semânticas que permitem a união dos tras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao to-
elementos textuais. má-lo como ponto de partida, ao defendê-lo, ao criticá-lo, ao ironi-
A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante zá-lo ou ao compará-lo com outros.
de uma língua, quando não encontra sentido lógico entre as propo- Os estudiosos afirmam que em todos os textos ocorre algum
sições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguística, grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos, de-
tomada em sentido lato, que permite a esse falante reconhecer de senhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos expres-
imediato a coerência de um discurso. samos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que já foram
formulados por outros para reafirmá-los, ampliá-los ou mesmo con-
A coerência: tradizê-los. Em outras palavras, não há textos absolutamente origi-
- assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto; nais, pois eles sempre – de maneira explícita ou implícita – mantêm
- situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão concei- alguma relação com algo que foi visto, ouvido ou lido.
tual;
- relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com Tipos de Intertextualidade
o aspecto global do texto; A intertextualidade acontece quando há uma referência ex-
- estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases. plícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer
com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc.
Coesão Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextuali-
É um conjunto de elementos posicionados ao longo do texto, dade.
numa linha de sequência e com os quais se estabelece um vínculo Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo,
ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via gramática, um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diá-
fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário, logo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as
tem-se a coesão lexical. mesmas ideias da obra citada ou contestando-as.
A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre pala-
vras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por elementos Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto
gramaticais, que servem para estabelecer vínculos entre os compo- é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, rea-
nentes do texto. firmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com
Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical, outras palavras o que já foi dito.
que é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes ge-
néricos e formas elididas, e a gramatical, que é conseguida a partir
do emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo, determinados
advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.
A coesão:
- assenta-se no plano gramatical e no nível frasal;
- situa-se na superfície do texto, estabele conexão sequencial;

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LÍNGUA PORTUGUESA
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros tex- – exige que haja dedução, inferência, atenção e análise por par-
tos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto te dos leitores;
de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui, – exige que os leitores recorram a conhecimentos prévios para
um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada a compreensão do conteúdo.
para transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica
de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse proces-
so há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca GRAMÁTICA FONOLOGIA: FONEMAS, ENCONTROS
pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica. Os CONSONANTAIS E VOCÁLICOS, DÍGRAFOS, DIVISÃO
programas humorísticos fazem uso contínuo dessa arte, frequente- SILÁBICA, ACENTUAÇÃO GRÁFICA E ORTOGRAFIA DE
mente os discursos de políticos são abordados de maneira cômica ACORDO COM A NOVA ORTOGRAFIA
e contestadora, provocando risos e também reflexão a respeito da
demagogia praticada pela classe dominante.
ORTOGRAFIA OFICIAL
A Epígrafe é um recurso bastante utilizado em obras, textos • Mudanças no alfabeto: O alfabeto tem 26 letras. Foram rein-
científicos, desde artigos, resenhas, monografias, uma vez que con- troduzidas as letras k, w e y.
siste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma re- O alfabeto completo é o seguinte: A B C D E F G H I J K L M N O
lação com o que será discutido no texto. Do grego, o termo “epígra- PQRSTUVWXYZ
fhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) e “graphé” • Trema: Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a
(escrita). Como exemplo podemos citar um artigo sobre Patrimônio letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue,
Cultural e a epígrafe do filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): “A gui, que, qui.
cultura é o melhor conforto para a velhice”.
Regras de acentuação
A Citação é o Acréscimo de partes de outras obras numa pro- – Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das
dução textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem ex- palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima
pressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro sílaba)
autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação
sem relacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o
Como era Como fica
termo “citação” (citare) significa convocar.
alcatéia alcateia
A Alusão faz referência aos elementos presentes em outros apóia apoia
textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar). apóio apoio

Pastiche é uma recorrência a um gênero. Atenção: essa regra só vale para as paroxítonas. As oxítonas
continuam com acento: Ex.: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
A Tradução está no campo da intertextualidade porque implica
a recriação de um texto. – Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no
u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Evidentemente, a intertextualidade está ligada ao “conheci-
mento de mundo”, que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao Como era Como fica
produtor e ao receptor de textos.
A intertextualidade pressupõe um universo cultural muito am- baiúca baiuca
plo e complexo, pois implica a identificação / o reconhecimento de bocaiúva bocaiuva
remissões a obras ou a textos / trechos mais, ou menos conhecidos,
além de exigir do interlocutor a capacidade de interpretar a função Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em
daquela citação ou alusão em questão. posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos:
tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
Intertextualidade explícita e intertextualidade implícita
A intertextualidade pode ser caracterizada como explícita ou – Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem
implícita, de acordo com a relação estabelecida com o texto fonte, e ôo(s).
ou seja, se mais direta ou se mais subentendida.

A intertextualidade explícita: Como era Como fica


– é facilmente identificada pelos leitores; abençôo abençoo
– estabelece uma relação direta com o texto fonte; crêem creem
– apresenta elementos que identificam o texto fonte;
– não exige que haja dedução por parte do leitor;
– Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/
– apenas apela à compreensão do conteúdos.
para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
A intertextualidade implícita:
Atenção:
– não é facilmente identificada pelos leitores;
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
– não estabelece uma relação direta com o texto fonte;
• Permanece o acento diferencial em pôr/por.
– não apresenta elementos que identificam o texto fonte;

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural As palavras podem ser:
dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, – Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu-
reter, conter, convir, intervir, advir etc.). -já, ra-paz, u-ru-bu...)
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as – Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa,
palavras forma/fôrma. sa-bo-ne-te, ré-gua...)
– Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima
Uso de hífen (sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)
Regra básica:
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-ho- As regras de acentuação das palavras são simples. Vejamos:
mem. • São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (médico,
íamos, Ângela, sânscrito, fôssemos...)
Outros casos • São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N,
1. Prefixo terminado em vogal: R, X, I(S), US, UM, UNS, OS, ÃO(S), Ã(S), EI(S) (amável, elétron, éter,
– Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo. fênix, júri, oásis, ônus, fórum, órfão...)
– Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, • São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S),
semicírculo. E(S), O(S), EM, ENS, ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S) (xarás, convéns, robô, Jô, céu,
– Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracis- dói, coronéis...)
mo, antissocial, ultrassom. • São acentuados os hiatos I e U, quando precedidos de vogais
– Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-on- (aí, faísca, baú, juízo, Luísa...)
das.
Viu que não é nenhum bicho de sete cabeças? Agora é só trei-
2. Prefixo terminado em consoante: nar e fixar as regras.
– Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-
-bibliotecário. DIVISÃO SILÁBICA
– Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, su-
persônico. A cada um dos grupos pronunciados de uma determinada pa-
– Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante. lavra numa só emissão de voz, dá-se o nome de sílaba. Na Língua
Portuguesa, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal, não existe síla-
Observações: ba sem vogal e nunca mais que uma vogal em cada sílaba.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra Para sabermos o número de sílabas de uma palavra, devemos
iniciada por r: sub-região, sub-raça. Palavras iniciadas por h perdem perceber quantas vogais tem essa palavra. Mas preste atenção, pois
essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade. as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem represen-
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de pala- tar semivogais.
vra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano.
• O prefixo co aglutina-se, em geral, com o segundo elemento, Classificação por número de sílabas
mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, coope-
rar, cooperação, cooptar, coocupante. Monossílabas: palavras que possuem uma sílaba.
• Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-al- Exemplos: ré, pó, mês, faz
mirante.
• Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam Dissílabas: palavras que possuem duas sílabas.
a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, Exemplos: ca/sa, la/ço.
pontapé, paraquedas, paraquedista.
• Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, Trissílabas: palavras que possuem três sílabas.
usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, Exemplos: i/da/de, pa/le/ta.
recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
Polissílabas: palavras que possuem quatro ou mais sílabas.
Viu? Tudo muito tranquilo. Certeza que você já está dominando Exemplos: mo/da/li/da/de, ad/mi/rá/vel.
muita coisa. Mas não podemos parar, não é mesmo?!?! Por isso Divisão Silábica
vamos passar para mais um ponto importante.
- Letras que formam os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs”, e “xc”
Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons devem permanecer em sílabas diferentes. Exemplos:
com mais relevo do que outros. Os sinais diacríticos servem para des – cer
indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras. pás – sa – ro...
Vejamos um por um:
- Dígrafos “ch”, “nh”, “lh”, “gu” e “qu” pertencem a uma única
Acento agudo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre sílaba. Exemplos:
aberto. chu – va
Já cursei a Faculdade de História. quei – jo
Acento circunflexo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre
fechado. - Hiatos não devem permanecer na mesma sílaba. Exemplos:
Meu avô e meus três tios ainda são vivos. ca – de – a – do
Acento grave: marca o fenômeno da crase (estudaremos este ju – í – z
caso afundo mais à frente).
Sou leal à mulher da minha vida.

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LÍNGUA PORTUGUESA
- Ditongos e tritongos devem pertencer a uma única sílaba. Porque?
Exemplos: Usamos em respostas. Escrito junto e sem acento, trata-se de
en – xa – guei conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa, e pode
cai – xa ser substituído por palavras, como “pois”, ou as expressões “para
que” e “uma vez que”.
- Encontros consonantais que ocorrem em sílabas internas não
permanecem juntos, exceto aqueles em que a segunda consoante Por quê?
é “l” ou “r”. Exemplos: Usamos em perguntas no fim das frases. Escreve-se separado e
ab – dô – men com acento circunflexo, e é usado no final das interrogativas diretas
flau – ta (permaneceram juntos, pois a segunda letra é repre- ou de forma isolada. Antes de um ponto mantém o sentido interro-
sentada pelo “l”) gativo ou exclamativo.
pra – to (o mesmo ocorre com esse exemplo) Exemplos: O portão não foi aberto por quê
- Alguns grupos consonantais iniciam palavras, e não podem Não vai comer mais? Por quê?
ser separados. Exemplos:
peu – mo – ni – a Porquê?
psi – có – lo – ga Usamos como substantivo, grafado junto e com acento circun-
flexo. Seu significado é “motivo” ou “razão”, e aparece nas senten-
Acento Tônico ças precedido de artigo, pronome, adjetivo ou numeral com objeti-
Quando se pronuncia uma palavra de duas sílabas ou mais, há vo de explicar o motivo dentro da frase.
sempre uma sílaba com sonoridade mais forte que as demais. Exemplo: Não disseram o porquê de tanta tristeza.
valor - a sílaba lor é a mais forte.
maleiro - a sílaba lei é a mais forte. Mau e Bom
Os Antônimos em questão são adjetivos, ou seja, eles dão ca-
Classificação por intensidade racterística a um substantivo, locução ou qualquer palavra substan-
-Tônica: sílaba com mais intensidade. tivada. Seu significado está ligado à qualidade ou comportamentos,
- Átona: sílaba com menos intensidade. podendo ser tanto sinônimos de “ruim/ótimo” e “maldoso/bondo-
- Subtônica: sílaba de intensidade intermediária. so”. As palavras podem se flexionar por gênero e nûmero, se tor-
nando “má/boa”, “maus/bons” e “más/boas”. Veja alguns exemplos
Classificação das palavras pela posição da sílaba tônica e entenda melhor o seu uso.
As palavras com duas ou mais sílabas são classificadas de acor- Ele é um mau aluno
do com a posição da sílaba tônica. Anderson é um bom lutador
Essa piada foi de mau gosto
- Oxítonos: a sílaba tônica é a última. Exemplos: paletó, Paraná, Não sei se você está tendo boas influências
jacaré.
- Paroxítonos: a sílaba tônica é a penúltima. Exemplos: fácil, ba- Mal e Bem
nana, felizmente. Essas palavras normalmente são usadas como advérbios, ou
- Proparoxítonos: a sílaba tônica é a antepenúltima. Exemplos: seja, elas caracterizam o processo verbal. São advérbios de modo
mínimo, fábula, término. e podem ser sinônimos de “incorretamente/corretamente”, “erra-
damente/certamente” e “negativamente/positivamente”. Mal tam-
USOS DE “PORQUE”, “POR QUE”, “PORQUÊ”, “POR QUÊ” bém pode exercer função de conjunção, ligando dois elementos ou
orações com o significado de “assim que”. Outro uso comum para
USOS DE “PORQUE”, “POR QUE”, “PORQUÊ”, “POR QUÊ” estas palavras é o de substantivo, podendo significar uma situação
O emprego correto das diferentes formas do “porque” sempre negativa ou positiva. Veja os exemplos seguidos das funções das
gera dúvida. Resumidamente, esses são seus usos corretos: palavras em cada um deles para uma compreensão melhor.
Maria se comportou mal hoje. – Adverbio
Perguntas = por que Eles representaram bem a sala. – Adverbio
Respostas = porque Mal começou e já terminou. – Conjunção
Perguntas no fim das frases = por quê Eles são o mal da sociedade. – Substantivo
Substantivo = (o) porquê Vocês não sabem o bem que fizeram. – Substantivo.

Vejamos uma explicação melhor de cada um: MAIS OU MAS

Por que? Usadas para adição ou adversidade


Usamos em perguntas. “Por que” separado e sem acento é usa- As palavras mais ou mas têm sons iguais, mas são escritas de
do no começo das frases interrogativas diretas ou indiretas, e pode formas diferentes e cada uma faz parte de uma classificação da
ser substituído por: “pela qual” ou suas variações. morfologia. Seus significados no contexto também vão mudar de-
Trata-se de um advérbio interrogativo formado da união da pendendo da palavra usada.
preposição “por” e o pronome relativo “pelo qual”. No dia a dia, no discurso informal, é comum ouvir as pessoas
Exemplos: Por que está tão quieta? falando “mais” quando, na verdade, querem se referir à expressão
Não sei por que tamanho mau humor. “mas” para dar sentido de oposição à frase. Por isso, é importante
falar certo para escrever adequadamente.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Há formas fáceis e rápidas para entender a diferença de quan- Além da dica acima, na hora de identificar o uso de mais ou
do usar mais ou mas por meio de substituições de palavras. Elas mas, atente-se para a possibilidade da palavra “mas” assumir ca-
serão explicadas ao longo do texto. Continue lendo este artigo para racterística de substantivo, quando trouxer ideia de defeito, e ad-
nunca mais ter dúvidas sobre o uso destas expressões e ter sucesso vérbio, quando intensificar ou der ênfase à afirmação.
na sua prova.
Exemplos:
Quando usar Mais 1) Como ideia de defeito: Messias é um bom garoto, mas anda
A palavra “mais” tem sentido de adição, soma, comparação ou com más influências.
quantidade. É antônima de “menos”. Na dúvida entre mais ou mas, A frase expressa defeito porque embora Messias seja um bom
utilize a opção com “i” quando o interlocutor quiser passar a ideia garoto, anda com más influências.
de numeral. 2) Como ênfase: Carlos é ingênuo, mas tão ingênuo, que todo
mundo tira vantagem disso.
Exemplos:
- Mais café, por favor! / + café, por favor! A frase passa a ter intensidade quando utilizou-se o termo em
- Seis mais seis é igual a doze. / Seis + seis é igual a doze. negrito.
- Quanto mais conhecimento, melhor. / Quanto + conhecimen-
to, melhor. Observação: a palavra mas não deve ser confundida com más
- Iolanda é a garota mais alta da turma. / Iolanda é a garota + porque esta palavra quando é acentuada passa a ter equivalência
alta da turma. de plural do adjetivo “má”, que é o oposto de “boa”. Exemplo: “As
- Gostaria de mais frutas no café da manhã. / Gostaria de + más companhias não renderão um futuro promissor”.
frutas no café da manhã.
Mais ou mas em composições
A forma mais comum de usar “mais” é como advérbio de in- A seguir, observa-se como as expressões foram usadas na músi-
tensidade, mas existem outras opções. Esta palavra pode receber ca “Mais uma vez”, interpretada por Renato Russo.
classificações variadas a depender do contexto da oração. E assumir Mas é claro que o sol
a forma de um substantivo, pronome indefinido, advérbio de inten- Vai voltar amanhã
sidade, preposição ou conjunção. Mais uma vez, eu sei
(...)
Como identificar Tem gente que está do mesmo lado que você
Para saber quando deverá ser usado “mais” ao invés de “mas”, Mas deveria estar do lado de lá
troque pelo antônimo “menos”. Tem gente que machuca os outros
Assim: Tem gente que não sabe amar
- Mais café, por favor! / Menos café, por favor! Tem gente enganando a gente
- Seis mais seis é igual a doze. / Seis menos seis é igual a zero. Veja nossa vida como está
- Quanto mais conhecimento, melhor. / Quanto menos conhe- Mas eu sei que um dia
cimento, pior. A gente aprende
- Iolanda é a garota mais alta da turma. / Iolanda é a garota Se você quiser alguém em quem confiar
menos alta da turma. Confie em si mesmo
- Gostaria de mais frutas no café da manhã. / Gostaria de me- (...)
nos frutas no café da manhã.
Compositores: Flavio Venturini / Renato Russo
Quando usar Mas Na primeira estrofe, observa-se os termos destacados em ne-
A palavra “mas”, por ser uma conjunção adversativa, é usada grito como exemplos de adversidade ou ressalva e adição respecti-
para transmitir ideia de oposição ou adversidade. Ela pode ser subs- vamente. Já na segunda, tem-se duas ideias de adversidade.
tituída pelas conjunções porém, todavia, contudo, entretanto, no
entanto e não obstante. Agora, tem-se o exemplo de como Marisa Monte usou “mais
ou mas” na canção “Mais uma vez”, interpretada por ela.
Como identificar Mais uma vez eu vou te deixar
Para saber quando deve-se usar “mas”, pode-se substituir a pa- Mas eu volto logo pra te ver
lavra por outra conjunção. Vou com saudades no meu coração
Exemplos: Mando notícias de algum lugar.
- Sairei mais tarde de casa, mas (porém) não chegarei atrasado (..)
no trabalho. Compositores: Marisa De Azevedo Monte
- É uma ótima sugestão, mas (no entanto) precisa passar pela
gerência.
- Prefiro estudar Português a Matemática, mas (contudo) hoje
tive que estudar Trigonometria.
- Não peguei engarrafamento, mas (entretanto) chegarei atra-
sado na escola.

Dica esperta para identificar o “mas” na oração: como você


pode ver nos exemplos, a palavra “mas” vem sucedendo uma vírgu-
la. Esta observação se aplica em muitos casos que geram a dúvida
de quando usar “mais ou mas” no texto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS


MORFOLOGIA: ESTRUTURA DAS PALAVRAS, FORMA-
PALAVRAS QUE NÃO ESTÃO AQUI!
ÇÃO DE PALAVRAS, CLASSES DE PALAVRAS: CLAS-
SIFICAÇÃO, FLEXÃO E EMPREGO (SUBSTANTIVO,
Flexão dos Substantivos
ADJETIVO, ARTIGO, NUMERAL, PRONOME, VERBO,
• Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculi-
ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO, CONJUNÇÃO E INTERJEIÇÃO)
no e feminino. E no caso dos substantivos podem ser biformes ou
uniformes
– Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta
CLASSES DE PALAVRAS
uma forma para o masculino e uma para o feminino: tigre/tigresa, o
presidente/a presidenta, o maestro/a maestrina
Substantivo
– Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única
São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imagi-
forma para o masculino e o feminino. Os uniformes dividem-se em
nários (pessoas, animais, objetos), lugares, qualidades, ações e sen-
timentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata. epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros.
a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariá-
Classificação dos substantivos veis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/pulga fêmea, palmeira
macho/palmeira fêmea.
b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto
SUBSTANTIVO SIMPLES: Olhos/água/ que aparecem que se determina o gênero: a criança (o criança), a
apresentam um só radical em muro/quintal/caderno/ testemunha (o testemunha), o individuo (a individua).
sua estrutura. macaco/João/sabão c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto
SUBSTANTIVOS Macacos-prego/ para o masculino quanto para o feminino: o/a turista, o/a agente,
COMPOSTOS: são formados porta-voz/ o/a estudante, o/a colega.
por mais de um radical em sua pé-de-moleque • Número: Podem flexionar em singular (1) e plural (mais de 1).
estrutura. – Singular: anzol, tórax, próton, casa.
– Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas.
SUBSTANTIVOS Casa/
PRIMITIVOS: são os que dão mundo/
origem a outras palavras, ou população • Grau: Podem apresentar-se no grau aumentativo e no grau
seja, ela é a primeira. /formiga diminutivo.
– Grau aumentativo sintético: casarão, bocarra.
SUBSTANTIVOS Caseiro/mundano/ – Grau aumentativo analítico: casa grande, boca enorme.
DERIVADOS: são formados populacional/formigueiro – Grau diminutivo sintético: casinha, boquinha
por outros radicais da língua. – Grau diminutivo analítico: casa pequena, boca minúscula.
SUBSTANTIVOS Rodrigo
PRÓPRIOS: designa /Brasil Adjetivo
determinado ser entre outros /Belo Horizonte/Estátua É a palavra invariável que especifica e caracteriza o substanti-
da mesma espécie. São da Liberdade vo: imprensa livre, favela ocupada. Locução adjetiva é expressão
sempre iniciados por letra composta por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo
maiúscula. por preposição com o mesmo valor e a mesma função que um ad-
jetivo: golpe de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal
SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/
vespertino).
referem-se qualquer ser de cachorro/prima
uma mesma espécie.
Flexão do Adjetivos
SUBSTANTIVOS Leão/corrente • Gênero:
CONCRETOS: nomeiam seres /estrelas/fadas – Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o femini-
com existência própria. Esses /lobisomem no: homem feliz, mulher feliz.
seres podem ser animadoso /saci-pererê – Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra
ou inanimados, reais ou para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro japonês/ indústria
imaginários. japonesa, aluno chorão/ aluna chorona.
SUBSTANTIVOS Mistério/
ABSTRATOS: nomeiam bondade/ • Número:
ações, estados, qualidades confiança/ – Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de
e sentimentos que não tem lembrança/ número que os substantivos: sábio/ sábios, namorador/ namorado-
existência própria, ou seja, só amor/ res, japonês/ japoneses.
existem em função de um ser. alegria – Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas
branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos da cor de chumbo.
SUBSTANTIVOS Elenco (de atores)/
COLETIVOS: referem-se a um acervo (de obras
conjunto de seres da mesma artísticas)/buquê (de flores) • Grau:
espécie, mesmo quando – Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vito-
empregado no singular e rioso (do) que o seu.
constituem um substantivo – Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vito-
comum. rioso (do) que o seu.
– Grau Comparativo de Igualdade: Meu time é tão vitorioso
quanto o seu.

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LÍNGUA PORTUGUESA
– Grau Superlativo Absoluto Sintético: Meu time é famosíssimo.
– Grau Superlativo Absoluto Analítico: Meu time é muito famoso.
– Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Meu time é o mais famoso de todos.
– Grau Superlativo Relativo de Inferioridade; Meu time é menos famoso de todos.

Artigo
É uma palavra variável em gênero e número que antecede o substantivo, determinando de modo particular ou genérico.
• Classificação e Flexão do Artigos
– Artigos Definidos: o, a, os, as.
O menino carregava o brinquedo em suas costas.
As meninas brincavam com as bonecas.
– Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
Um menino carregava um brinquedo.
Umas meninas brincavam com umas bonecas.

Numeral
É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
• Classificação dos Numerais
– Cardinais: indicam número ou quantidade:
Trezentos e vinte moradores.
– Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:
Quinto ano. Primeiro lugar.
– Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo qual uma quantidade é multiplicada:
O quíntuplo do preço.
– Fracionários: indicam a parte de um todo:
Dois terços dos alunos foram embora.

Pronome
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas do discurso.

Pronomes Retos Pronomes Oblíquos


Pessoas do Discurso
Função Subjetiva Função Objetiva
1º pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2º pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
3º pessoa do singular Ele, ela, Se, si, consigo, lhe, o, a
1º pessoa do plural Nós Nos, conosco
2º pessoa do plural Vós Vos, convosco
3º pessoa do plural Eles, elas Se, si, consigo, lhes, os, as

• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de comunicação.

Pronomes de Tratamento Emprego


Você Utilizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora (s) Tratamento para pessoas mais velhas.
Vossa Excelência Usados para pessoas com alta autoridade
Vossa Magnificência Usados para os reitores das Universidades.
Empregado nas correspondências e textos
Vossa Senhoria
escritos.
Vossa Majestade Utilizado para Reis e Rainhas
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
Vossa Santidade Utilizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Vossa Reverendíssima Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.

• Pronomes Possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pessoa do Discurso Pronome Possessivo


1º pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3º pessoa do singular seu, sua, seus, suas
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas
2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas
3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas

• Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo
ou no espaço.

Pronomes Demonstrativos Singular Plural


Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles

• Pronomes Indefinidos referem-se à 3º pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e invariáveis (não variam em gênero e número).

Classificação Pronomes Indefinidos


algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, muita, muitos, muitas, pou-
co, pouca, poucos, poucas, todo, toda, todos, todas, outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas, vário,
Variáveis
vária, vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais,
um, uma, uns, umas.
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.

• Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis utilizadas para formular perguntas diretas e indiretas.

Classificação Pronomes Interrogativos


Variáveis qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
Invariáveis quem, que.

• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anteriormente na oração, evitando sua repetição. Eles também podem ser
variáveis e invariáveis.

Classificação Pronomes Relativos


Variáveis o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Invariáveis quem, que, onde.

Verbos
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos meteorológicos, sempre em relação ao um determinado tempo.

• Flexão verbal
Os verbos podem ser flexionados de algumas formas.
– Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou. O modo é dividido
em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, subjetividade) e imperativo (ordem, pedido).
– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Existem três tempos no modo indicativo: presente,
passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e futuro (do presente e do pretérito). No subjuntivo, são três: presente, pre-
térito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural.
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa (ele amou, eles amaram).

• Formas nominais do verbo


Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exercem a função de nomes (normalmente, substantivos). São elas infinitivo
(terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e particípio (terminado em –DA/DO).

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Voz verbal
É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou reflexiva.
– Voz ativa: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação praticada pelo
sujeito. Veja:
João pulou da cama atrasado
– Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas recebe a ação. A voz passiva pode ser analítica ou sintética. A voz passiva
analítica é formada por:
Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) + verbo principal da ação conjugado no particípio + preposição por/
pelo/de + agente da passiva.
A casa foi aspirada pelos rapazes

A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva pronominal (devido ao uso do pronome se) é formada por:
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plural) + pronome apassivador «se» + sujeito paciente.
Aluga-se apartamento.

Advérbio
É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro advérbio ou a oração inteira, expressando uma determinada circunstância.
As circunstâncias dos advérbios podem ser:
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, amanhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, ontem, anteontem, breve-
mente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-dia, à tarde, de manhã, às vezes, de repente, hoje em dia, de vez em quando,
em nenhum momento, etc.
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, detrás, de cima, em cima,
à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapidamente, lentamente, apressadamente, felizmente, às pressas, às ocul-
tas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc.
– Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente, efetivamente, realmente, sem dúvida, com certeza, por certo, etc.
– Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo algum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
– Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, assaz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, apenas, quanto, de pouco, de
todo, etc.
– Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, porventura, etc.

Preposição
É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo complete o sentido do primeiro. As preposições são as seguintes:

Conjunção
É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma oração a outra. As conjunções podem ser coordenativas (que ligam
orações sintaticamente independentes) ou subordinativas (que ligam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é de-
terminante e o outro é determinado).

• Conjunções Coordenativas

Tipos Conjunções Coordenativas


Aditivas e, mas ainda, mas também, nem...
Adversativas contudo, entretanto, mas, não obstante, no entanto, porém, todavia...
Alternativas já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, quer…
assim, então, logo, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso, portan-
Conclusivas
to...

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LÍNGUA PORTUGUESA

Explicativas pois (antes do verbo), porquanto, porque, que...

• Conjunções Subordinativas

Tipos Conjunções Subordinativas


Causais Porque, pois, porquanto, como, etc.
Concessivas Embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, etc.
Condicionais Se, caso, quando, conquanto que, salvo se, sem que, etc.
Conforme, como (no sentido de conforme), segundo, consoante,
Conformativas
etc.
Finais Para que, a fim de que, porque (no sentido de que), que, etc.
Proporcionais À medida que, ao passo que, à proporção que, etc.
Temporais Quando, antes que, depois que, até que, logo que, etc.
Que, do que (usado depois de mais, menos, maior, menor, melhor,
Comparativas
etc.
Que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, De maneira que,
Consecutivas
etc.
Integrantes Que, se.

Interjeição
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções, apelos, sentimentos e estados de espírito, traduzindo as reações das
pessoas.
• Principais Interjeições
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum!

Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas é muito importante, pois se você tem bem construído o que é e a fun-
ção de cada classe de palavras, não terá dificuldades para entender o estudo da Sintaxe.

SINTAXE: ANÁLISE SINTÁTICA DA ORAÇÃO, ANÁLISE SINTÁTICA DO PERÍODO, PONTUAÇÃO, REGÊNCIA E CONCOR-
DÂNCIA, ESTUDO DA CRASE E COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Agora chegamos no assunto que causa mais temor em muitos estudantes. Mas eu tenho uma boa notícia para te dar: o estudo da
sintaxe é mais fácil do que parece e você vai ver que sabe muita coisa que nem imagina. Para começar, precisamos de classificar algumas
questões importantes:

• Frase: Enunciado que estabelece uma comunicação de sentido completo.


Os jornais publicaram a notícia.
Silêncio!

• Oração: Enunciado que se forma com um verbo ou com uma locução verbal.
Este filme causou grande impacto entre o público.
A inflação deve continuar sob controle.

• Período Simples: formado por uma única oração.


O clima se alterou muito nos últimos dias.

• Período Composto: formado por mais de uma oração.


O governo prometeu/ que serão criados novos empregos.

Bom, já está a clara a diferença entre frase, oração e período. Vamos, então, classificar os elementos que compõem uma oração:
• Sujeito: Termo da oração do qual se declara alguma coisa.
O problema da violência preocupa os cidadãos.
• Predicado: Tudo que se declara sobre o sujeito.
A tecnologia permitiu o resgate dos operários.
• Objeto Direto: Complemento que se liga ao verbo transitivo direto ou ao verbo transitivo direto e indireto sem o auxílio da prepo-
sição.
A tecnologia tem possibilitado avanços notáveis.
Os pais oferecem ajuda financeira ao filho.

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Objeto Indireto: Complemento que se liga ao verbo transitivo indireto ou ao verbo transitivo direto e indireto por meio de preposi-
ção.
Os Estados Unidos resistem ao grave momento.
João gosta de beterraba.
• Adjunto Adverbial: Termo modificador do verbo que exprime determinada circunstância (tempo, lugar, modo etc.) ou intensifica um
verbo, adjetivo ou advérbio.
O ônibus saiu à noite quase cheio, com destino a Salvador.
Vamos sair do mar.
• Agente da Passiva: Termo da oração que exprime quem pratica a ação verbal quando o verbo está na voz passiva.
Raquel foi pedida em casamento por seu melhor amigo.
• Adjunto Adnominal: Termo da oração que modifica um substantivo, caracterizando-o ou determinando-o sem a intermediação de
um verbo.
Um casal de médicos eram os novos moradores do meu prédio.
• Complemento Nominal: Termo da oração que completa nomes, isto é, substantivos, adjetivos e advérbios, e vem preposicionado.
A realização do torneio teve a aprovação de todos.
• Predicativo do Sujeito: Termo que atribui característica ao sujeito da oração.
A especulação imobiliária me parece um problema.
• Predicativo do Objeto: Termo que atribui características ao objeto direto ou indireto da oração.
O médico considerou o paciente hipertenso.
• Aposto: Termo da oração que explica, esclarece, resume ou identifica o nome ao qual se refere (substantivo, pronome ou equivalen-
tes). O aposto sempre está entre virgulas ou após dois-pontos.
A praia do Forte, lugar paradisíaco, atrai muitos turistas.
• Vocativo: Termo da oração que se refere a um interlocutor a quem se dirige a palavra.
Senhora, peço aguardar mais um pouco.

Tipos de orações
As partes de uma oração já está fresquinha aí na sua cabeça, não é?!?! Estudar os tipos de orações que existem será moleza, moleza.
Vamos comigo!!!
Temos dois tipos de orações: as coordenadas, cuja as orações de um período são independentes (não dependem uma da outra para
construir sentido completo); e as subordinadas, cuja as orações de um período são dependentes (dependem uma da outra para construir
sentido completo).
As orações coordenadas podem ser sindéticas (conectadas uma a outra por uma conjunção) e assindéticas (que não precisam da
conjunção para estar conectadas. O serviço é feito pela vírgula).

Tipos de orações coordenadas

Orações Coordenadas Sindéticas Orações Coordenadas Assindéticas

Aditivas Fomos para a escola e fizemos o exame final. • Lena estava triste, cansada, decepcionada.
Adversativas Pedro Henrique estuda muito, porém não •
passa no vestibular. • Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lan-
chamos.
Alternativas Manuela ora quer comer hambúr-
guer, ora quer comer pizza. Alfredo está chateado, pensando em se mudar.
Conclusivas Não gostamos do restaurante, portanto não
iremos mais lá. Precisamos estar com cabelos arrumados, unhas feitas.

Explicativas Marina não queria falar, ou seja, ela estava João Carlos e Maria estão radiantes, alegria que dá in-
de mau humor. veja.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos de orações subordinadas
As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas e adverbiais. Cada uma delas tem suas subclassificações, que veremos
agora por meio do quadro seguinte.

Orações Subordinadas
Subjetivas É certo que ele trará os a sobremesa do
Exercem a função de sujeito jantar.
Completivas Nominal Estou convencida de que ele é solteiro.
Exercem a função de complemento
nominal
Predicativas O problema é que ele não entregou a
Orações Subordinadas Substantivas Exercem a função de predicativo refeição no lugar.
Apositivas Eu lhe disse apenas isso: que não se
Exercem a função de aposto aborrecesse com ela.
Objetivas Direta Espero que você seja feliz.
Exercem a função de objeto direto
Objetivas Indireta Lembrou-se da dívida que tem com ele.
Exercem a função de objeto indireto

Explicativas Os alunos, que foram mal na prova de


Explicam um termo dito quinta, terão aula de reforço.
anteriormente. SEMPRE serão
acompanhadas por vírgula.
Orações Subordinadas Adjetivas
Restritivas Os alunos que foram mal na prova de
Restringem o sentido de um termo quinta terão aula de reforço.
dito anteriormente. NUNCA serão
acompanhadas por vírgula.

Causais Estou vestida assim porque vou sair.


Assumem a função de advérbio de
causa
Consecutivas Falou tanto que ficou rouca o resto do
Assumem a função de advérbio de dia.
consequência
Comparativas A menina comia como um adulto come.
Assumem a função de advérbio de
comparação
Condicionais Desde que ele participe, poderá entrar
Assumem a função de advérbio de na reunião.
condição
Conformativas O shopping fechou, conforme havíamos
Orações Subordinadas Adverbiais Assumem a função de advérbio de previsto.
conformidade
Concessivas Embora eu esteja triste, irei à festa mais
Assumem a função de advérbio de tarde.
concessão
Finais Vamos direcionar os esforços para que
Assumem a função de advérbio de todos tenham acesso aos benefícios.
finalidade
Proporcionais Quanto mais eu dormia, mais sono
Assumem a função de advérbio de tinha.
proporção
Temporais Quando a noite chega, os morcegos
Assumem a função de advérbio de saem de suas casas.
tempo

27
LÍNGUA PORTUGUESA
Olha como esse quadro facilita a vida, não é?! Por meio dele, Travessão ( — )
conseguimos ter uma visão geral das classificações e subclassifica- Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com
ções das orações, o que nos deixa mais tranquilos para estudá-las. o traço de divisão empregado na partição de sílabas (ab-so-lu-ta-
-men-te) e de palavras no fim de linha. O travessão pode substituir
Pontuação vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão inter-
Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema calada e pode indicar a mudança de interlocutor, na transcrição de
de reforço da escrita, constituído de sinais sintáticos, destinados a um diálogo, com ou sem aspas.
organizar as relações e a proporção das partes do discurso e das Ex: Estamos — eu e meu esposo — repletos de gratidão.
pausas orais e escritas. Estes sinais também participam de todas as
funções da sintaxe, gramaticais, entonacionais e semânticas”. (BE- Parênteses e colchetes ( ) – [ ]
CHARA, 2009, p. 514) Os parênteses assinalam um isolamento sintático e semântico
A partir da definição citada por Bechara podemos perceber a mais completo dentro do enunciado, além de estabelecer maior in-
importância dos sinais de pontuação, que é constituída por alguns timidade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parên-
sinais gráficos assim distribuídos: os separadores (vírgula [ , ], pon- tese é assinalada por uma entonação especial. Intimamente ligados
to e vírgula [ ; ], ponto final [ . ], ponto de exclamação [ ! ], reti- aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são utiliza-
cências [ ... ]), e os de comunicação ou “mensagem” (dois pontos dos quando já se acham empregados os parênteses, para introduzi-
[ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ], rem uma nova inserção.
travessão duplo [ — ], parênteses [ ( ) ], colchetes ou parênteses Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo go-
retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada [ } ]). vernador)

Ponto ( . ) Aspas ( “ ” )
O ponto simples final, que é dos sinais o que denota maior pau- As aspas são empregadas para dar a certa expressão sentido
sa, serve para encerrar períodos que terminem por qualquer tipo particular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação
de oração que não seja a interrogativa direta, a exclamativa e as especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para
reticências. apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria. É utilizada, ain-
Estaremos presentes na festa. da, para marcar o discurso direto e a citação breve.
Ex: O “coffe break” da festa estava ótimo.
Ponto de interrogação ( ? )
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação interrogati- Vírgula
va ou de incerteza, real ou fingida, também chamada retórica. São várias as regras que norteiam o uso das vírgulas. Eviden-
Você vai à festa? ciaremos, aqui, os principais usos desse sinal de pontuação. Antes
disso, vamos desmistificar três coisas que ouvimos em relação à
Ponto de exclamação ( ! ) vírgula:
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação exclama- 1º – A vírgula não é usada por inferência. Ou seja: não “senti-
tiva. mos” o momento certo de fazer uso dela.
Ex: Que bela festa! 2º – A vírgula não é usada quando paramos para respirar. Em
alguns contextos, quando, na leitura de um texto, há uma vírgula, o
Reticências ( ... ) leitor pode, sim, fazer uma pausa, mas isso não é uma regra. Afinal,
Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou cada um tem seu tempo de respiração, não é mesmo?!?!
porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com 3º – A vírgula tem sim grande importância na produção de tex-
breve espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor tos escritos. Não caia na conversa de algumas pessoas de que ela é
nos toma a palavra), ou hesitação em enunciá-lo. menos importante e que pode ser colocada depois.
Ex: Essa festa... não sei não, viu. Agora, precisamos saber que a língua portuguesa tem uma or-
dem comum de construção de suas frases, que é Sujeito > Verbo >
Dois-pontos ( : ) Objeto > Adjunto, ou seja, (SVOAdj).
Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. Maria foi à padaria ontem.
Em termos práticos, este sinal é usado para: Introduzir uma citação Sujeito Verbo Objeto Adjunto
(discurso direto) e introduzir um aposto explicativo, enumerativo,
distributivo ou uma oração subordinada substantiva apositiva. Perceba que, na frase acima, não há o uso de vírgula. Isso ocor-
Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa. re por alguns motivos:
1) NÃO se separa com vírgula o sujeito de seu predicado.
Ponto e vírgula ( ; ) 2) NÃO se separa com vírgula o verbo e seus complementos.
Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o 3) Não é aconselhável usar vírgula entre o complemento do
ponto, e é empregado num trecho longo, onde já existam vírgulas, verbo e o adjunto.
para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enume-
ração (frequente em leis), etc. Podemos estabelecer, então, que se a frase estiver na ordem
Ex: Vi na festa os deputados, senadores e governador; vi tam- comum (SVOAdj), não usaremos vírgula. Caso contrário, a vírgula
bém uma linda decoração e bebidas caras. é necessária:
Ontem, Maria foi à padaria.
Maria, ontem, foi à padaria.
À padaria, Maria foi ontem.

28
LÍNGUA PORTUGUESA
Além disso, há outros casos em que o uso de vírgulas é neces- Fácil a, de, para,
sário:
• Separa termos de mesma função sintática, numa enumera- Junto a, de
ção. Pendente de
Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a
serem observadas na redação oficial. Preferível a
• Separa aposto. Próximo a, de
Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica.
Respeito a, com, de, para com, por
• Separa vocativo.
Brasileiros, é chegada a hora de votar. Situado a, em, entre
• Separa termos repetidos. Ajudar (a fazer algo) a
Aquele aluno era esforçado, esforçado.
Aludir (referir-se) a
• Separa certas expressões explicativas, retificativas, exempli- Aspirar (desejar, pretender) a
ficativas, como: isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo,
ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com Assistir (dar assistência) Não usa preposição
efeito, digo. Deparar (encontrar) com
O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara,
Implicar (consequência) Não usa preposição
ou seja, de fácil compreensão.
Lembrar Não usa preposição
• Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complemen- Pagar (pagar a alguém) a
tos).
O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particula- Precisar (necessitar) de
res. (= ... a portaria regulamenta os casos particulares) Proceder (realizar) a
Responder a
• Separa orações coordenadas assindéticas.
Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as Visar ( ter como objetivo a
ideias na cabeça... pretender)
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS
• Isola o nome do lugar nas datas. QUE NÃO ESTÃO AQUI!
Rio de Janeiro, 21 de julho de 2006.

• Isolar conectivos, tais como: portanto, contudo, assim, dessa


SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
forma, entretanto, entre outras. E para isolar, também, expressões
conectivas, como: em primeiro lugar, como supracitado, essas infor-
Concordância Nominal
mações comprovam, etc.
Os adjetivos, os pronomes adjetivos, os numerais e os artigos
Fica claro, portanto, que ações devem ser tomadas para ame-
concordam em gênero e número com os substantivos aos quais se
nizar o problema.
referem.
Os nossos primeiros contatos começaram de maneira amisto-
• Regência Nominal
sa.
A regência nominal estuda os casos em que nomes (substan-
tivos, adjetivos e advérbios) exigem outra palavra para completar-
Casos Especiais de Concordância Nominal
-lhes o sentido. Em geral a relação entre um nome e o seu comple-
• Menos e alerta são invariáveis na função de advérbio:
mento é estabelecida por uma preposição.
Colocou menos roupas na mala./ Os seguranças continuam
alerta.
• Regência Verbal
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre o
• Pseudo e todo são invariáveis quando empregados na forma-
verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido).
ção de palavras compostas:
Isto pertence a todos.
Cuidado com os pseudoamigos./ Ele é o chefe todo-poderoso.
Regência de algumas palavras
• Mesmo, próprio, anexo, incluso, quite e obrigado variam de
acordo com o substantivo a que se referem:
Esta palavra combina com Esta preposição Elas mesmas cozinhavam./ Guardou as cópias anexas.
Acessível a
• Muito, pouco, bastante, meio, caro e barato variam quando
Apto a, para pronomes indefinidos adjetivos e numerais e são invariáveis quan-
Atencioso com, para com do advérbios:
Muitas vezes comemos muito./ Chegou meio atrasada./ Usou
Coerente com meia dúzia de ovos.
Conforme a, com
• Só varia quando adjetivo e não varia quando advérbio:
Dúvida acerca de, de, em, sobre
Os dois andavam sós./ A respostas só eles sabem.
Empenho de, em, por

29
LÍNGUA PORTUGUESA
• É bom, é necessário, é preciso, é proibido variam quando o Não foi feita menção a mulher, nem a criança, tampouco a ho-
substantivo estiver determinado por artigo: mem.
É permitida a coleta de dados./ É permitido coleta de dados.
– Antes de artigo indefinido “uma”
Concordância Verbal Iremos a uma reunião muito importante no domingo.
O verbo concorda com seu sujeito em número e pessoa:
O público aplaudiu o ator de pé./ A sala e quarto eram enor- – Antes de pronomes
mes. Obs.: A crase antes de pronomes possessivos é facultativa.

Concordância ideológica ou silepse Fizemos referência a Vossa Excelência, não a ela.


• Silepse de gênero trata-se da concordância feita com o gêne- A quem vocês se reportaram no Plenário?
ro gramatical (masculino ou feminino) que está subentendido no Assisto a toda peça de teatro no RJ, afinal, sou um crítico.
contexto.
Vossa Excelência parece satisfeito com as pesquisas. – Antes de verbos no infinitivo
Blumenau estava repleta de turistas. A partir de hoje serei um pai melhor, pois voltei a trabalhar.
• Silepse de número trata-se da concordância feita com o nú-
mero gramatical (singular ou plural) que está subentendido no con- COLOCAÇÃO
texto.
O elenco voltou ao palco e [os atores] agradeceram os aplau- A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da
sos. frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do prono-
• Silepse de pessoa trata-se da concordância feita com a pes- me antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma
soa gramatical que está subentendida no contexto. culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou
O povo temos memória curta em relação às promessas dos po- após o verbo – ênclise.
líticos. De acordo com a norma culta, no português escrito não se ini-
cia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na lingua-
CRASE gem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita,
formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele.
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. A primeira vogal a Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem
é uma preposição, a segunda vogal a é um artigo ou um pronome as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas
demonstrativo. não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que preju-
a (preposição) + a(s) (artigo) = à(s) dique a eufonia da frase.

• Devemos usar crase: Próclise


– Antes palavras femininas: Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.
Iremos à festa amanhã
Mediante à situação. Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.
O Governo visa à resolução do problema. Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pa-
cientemente.
– Locução prepositiva implícita “à moda de, à maneira de” Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise:
Devido à regra, o acento grave é obrigatoriamente usado nas Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.
locuções prepositivas com núcleo feminino iniciadas por a: Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui.
Os frangos eram feitos à moda da casa imperial. Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
Às vezes, porém, a locução vem implícita antes de substanti- Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?
vos masculinos, o que pode fazer você pensar que não rola a crase. Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito ante-
Mas... há crase, sim! posto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!
Depois da indigestão, farei uma poesia à Drummond, vestir- Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!
-me-ei à Versace e entregá-la-ei à tímida aniversariante. Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não se-
jam reduzidas: Percebia que o observavam.
– Expressões fixas Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando,
Existem algumas expressões em que sempre haverá o uso de tudo dá.
crase: Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus in-
à vela, à lenha, à toa, à vista, à la carte, à queima-roupa, à von- tentos são para nos prejudicarem.
tade, à venda, à mão armada, à beça, à noite, à tarde, às vezes, às
pressas, à primeira vista, à hora certa, àquela hora, à esquerda, à Ênclise
direita, à vontade, às avessas, às claras, às escuras, à mão, às escon- Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.
didas, à medida que, à proporção que.
• NUNCA devemos usar crase: Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do
– Antes de substantivos masculinos: indicativo: Trago-te flores.
Andou a cavalo pela cidadezinha, mas preferiria ter andado a Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!
pé. Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela pre-
posição em: Saí, deixando-a aflita.
– Antes de substantivo (masculino ou feminino, singular ou Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com
plural) usado em sentido generalizador: outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise:
Depois do trauma, nunca mais foi a festas. Apressei-me a convidá-los.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Mesóclise As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as
incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo
É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua
futuro do pretérito que iniciam a oração. e caem em desuso.
Dir-lhe-ei toda a verdade.
Far-me-ias um favor? Língua escrita e língua falada
A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua
Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande
qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise. parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e
Eu lhe direi toda a verdade. ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
Tu me farias um favor? mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
Colocação do pronome átono nas locuções verbais do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve- berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
Exemplos: Linguagem popular e linguagem culta
Devo-lhe dizer a verdade. Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
Devo dizer-lhe a verdade. gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
do auxiliar ou depois do principal. valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
Exemplos: o diálogo é usado para representar a língua falada.
Não lhe devo dizer a verdade. Linguagem Popular ou Coloquial
Não devo dizer-lhe a verdade. Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase
sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise, guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
o pronome átono ficará depois do auxiliar. – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
Exemplo: Havia-lhe dito a verdade. nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
auxiliar. irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
Exemplo: Não lhe havia dito a verdade. expressão dos esta dos emocionais etc.

Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois A Linguagem Culta ou Padrão
do infinitivo. É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
Exemplos: se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
Hei de dizer-lhe a verdade. truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
Tenho de dizer-lhe a verdade. cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial,
Observação mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções: conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
Devo-lhe dizer tudo. cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
Estava-lhe dizendo tudo.
Havia-lhe dito tudo. Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como
arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam
SEMÂNTICA E ESTILÍSTICA VARIEDADES LINGUÍSTICAS. a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa-
SINONÍMIA E ANTONÍMIA, HIPONÍMIA E HIPERO- gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.
NÍMIA, POLISSEMIA, AMBIGUIDADE. DENOTAÇÃO E Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam
CONOTAÇÃO, FIGURAS DE LINGUAGEM, FUNÇÕES DA o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de
LINGUAGEM E VÍCIOS DA LINGUAGEM. VERSIFICAÇÃO comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode
NÍVEIS DE LINGUAGEM acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário
de pequenos grupos ou cair em desuso.
Definição de linguagem Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”,
Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias “mina”, “tipo assim”.
ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos,
gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo Linguagem vulgar
da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti- Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco
cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar
linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal). há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na
comida”.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Linguagem regional Função Conativa
Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa- A função conativa ou apelativa é caracterizada por uma lingua-
drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala- gem persuasiva com a finalidade de convencer o leitor. Por isso, o
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico, grande foco é no receptor da mensagem.
nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino. Trata-se de uma função muito utilizada nas propagandas, pu-
blicidades e discursos políticos, a fim de influenciar o receptor por
Funções da linguagem meio da mensagem transmitida.
Funções da linguagem são recursos da comunicação que, de Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na ter-
acordo com o objetivo do emissor, dão ênfase à mensagem trans- ceira pessoa com a presença de verbos no imperativo e o uso do
mitida, em função do contexto em que o ato comunicativo ocorre. vocativo.
São seis as funções da linguagem, que se encontram direta- Não se interfere no comportamento das pessoas apenas com
mente relacionadas com os elementos da comunicação. a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos influenciam de ma-
neira bastante sutil, com tentações e seduções, como os anúncios
Funções da Linguagem Elementos da publicitários que nos dizem como seremos bem-sucedidos, atraen-
Comunicação tes e charmosos se usarmos determinadas marcas, se consumirmos
certos produtos.
Função referencial ou denotativa contexto Com essa função, a linguagem modela tanto bons cidadãos,
Função emotiva ou expressiva emissor que colocam o respeito ao outro acima de tudo, quanto esperta-
lhões, que só pensam em levar vantagem, e indivíduos atemoriza-
Função apelativa ou conativa receptor
dos, que se deixam conduzir sem questionar.
Função poética mensagem Exemplos: Só amanhã, não perca!
Função fática canal Vote em mim!
Função metalinguística código Função Poética
Esta função é característica das obras literárias que possui
Função Referencial como marca a utilização do sentido conotativo das palavras.
A função referencial tem como objetivo principal informar, re-
ferenciar algo. Esse tipo de texto, que é voltado para o contexto da Nela, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será
comunicação, é escrito na terceira pessoa do singular ou do plural, transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das
o que enfatiza sua impessoalidade. figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunica-
Para exemplificar a linguagem referencial, podemos citar os tivo é a mensagem.
materiais didáticos, textos jornalísticos e científicos. Todos eles, por A função poética não pertence somente aos textos literários.
meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo, Podemos encontrar a função poética também na publicidade ou
sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem. nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas
(provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).
Exemplo de uma notícia:
O resultado do terceiro levantamento feito pela Aliança Global Exemplo:
para Atividade Física de Crianças — entidade internacional dedica- “Basta-me um pequeno gesto,
da ao estímulo da adoção de hábitos saudáveis pelos jovens — foi feito de longe e de leve,
decepcionante. Realizado em 49 países de seis continentes com o para que venhas comigo
objetivo de aferir o quanto crianças e adolescentes estão fazendo e eu para sempre te leve...”
exercícios físicos, o estudo mostrou que elas estão muito sedentá- (Cecília Meireles)
rias. Em 75% das nações participantes, o nível de atividade física
praticado por essa faixa etária está muito abaixo do recomendado Função Fática
para garantir um crescimento saudável e um envelhecimento de A função fática tem como principal objetivo estabelecer um ca-
qualidade — com bom condicionamento físico, músculos e esquele- nal de comunicação entre o emissor e o receptor, quer para iniciar a
tos fortes e funções cognitivas preservadas. De “A” a “F”, a maioria transmissão da mensagem, quer para assegurar a sua continuação.
dos países tirou nota “D”. A ênfase dada ao canal comunicativo.
Esse tipo de função é muito utilizado nos diálogos, por exem-
Função Emotiva plo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao tele-
Caracterizada pela subjetividade com o objetivo de emocionar. fone, etc.
É centrada no emissor, ou seja, quem envia a mensagem. A mensa-
gem não precisa ser clara ou de fácil entendimento. Exemplo:
Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom de voz que -- Calor, não é!?
empregamos, etc., transmitimos uma imagem nossa, não raro in- -- Sim! Li na previsão que iria chover.
conscientemente. -- Pois é...
Emprega-se a expressão função emotiva para designar a utili-
zação da linguagem para a manifestação do enunciador, isto é, da- Função Metalinguística
quele que fala. É caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a lingua-
gem que se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um
Exemplo: Nós te amamos! código utilizando o próprio código.
Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem des-
taque são as gramáticas e os dicionários.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um do- (Do prédio, eles assistem ao incêndio.)
cumentário cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema Ele não agiu legal. (Legal = termo polissêmico - de várias signi-
são alguns exemplos. ficações)
Exemplo: (Ele não agiu dentro da lei.)
Amizade s.f.: 1. sentimento de grande afeição, simpatia, apreço (Ele agiu mal.)
entre pessoas ou entidades. “sentia-se feliz com a amizade do seu
mestre” Preciosismo ou Arcaísmo
2. POR METONÍMIA: quem é amigo, companheiro, camarada. Linguagem extremamente rebuscada, dificultando a clareza e
“é uma de suas amizades fiéis” o entendimento.
Exemplo: A eloquente verborragia de teus ditames balouçam
Vícios de linguagem minha inerme consciência.
Vícios de Linguagem são os deslizes cometidos em ralação a (A fácil capacidade de falar e impor suas vontades embaralham
norma culta da língua, eles podem estar presentes nos níveis se- meu pouco conhecimento)
mânticos, morfológicos ou sintáticos. São eles:
Redundância ou Pleonasmo Vicioso
Barbarismo Toda repetição de uma ideia mediante palavras ou expressões
São desvios cometidos na grafia, flexão ou pronúncia de uma diferentes provoca uma redundância ou pleonasmo vicioso. Ex.: su-
palavra. bir lá em cima, descer lá embaixo, entrar para dentro, sair para fora,
- Barbarismo cometido devido à má pronúncia das palavras novidade inédita, hemorragia de sangue, pomar de frutas, hepatite
Exemplo: eu robo /róbo/ - ele roba /róba/ Quando deveria ser:
do fígado, demente mental, e tantas outras expressões presentes
eu roubo / ele rouba
diariamente no linguajar.
- Barbarismo provocado pela alteração da posição da sílaba tô-
nica
Consiste na repetição de palavras ou expressões.
Exemplos: récorde em vez de recorde
rúbrica em vez de rubrica Exemplo: Eles me fizeram uma surpresa inesperada.
- Barbarismo semântico provocado pelo uso inadequado de Algumas expressões são: Elo de ligação, Acabamento final,
palavras Juntamente com, Girar em torno, Vandalismo criminoso, Conviver
Exemplos: ir de encontro a (chocar-se com) e ir ao encontro de junto, Enfrentar de cara, Amanhecer o dia, Refazer de novo, Com-
(estar a favor de, na direção de). pletamente cheio.
Errado: O filho foi de encontro a sua mãe. Cacofonia
Correto: O filho foi ao encontro de sua mãe. Som desagradável decorrente de construções mal elaboradas.
- Barbarismo flexional (seja em número, grau, gênero ou pes- - Cacófato: encontro de sílabas de dois ou mais vocábulos, cau-
soa) sando um som inconveniente ou pejorativo. Exemplos: fé demais,
Exemplos: barzinhos em vez de barezinhos havia dado, essa fada, por cada.
o óculos em vez de os óculos
- Colisão: sequência de consoantes iguais.
- Barbarismo cometido em relação aos erros de ortografia Exemplo: Se se estuda, aprende-se. (Correção: Caso estude,
Exemplos: beringela em vez de berinjela conseguirá aprender.)
toxa em vez de tocha
- Eco: terminações de vocábulos repetidas ocasionando a res-
Solecismo sonância de sons.
Erro cometido pelo descumprimento das regras de sintaxe. Exemplo: A gente sente que a mente está descontente.

- Solecismo de regência - Hiato: sequência de vogais iguais.


Exemplo: Chegou em casa e decidiu ir na festa com os amigos. Exemplo: Ela vai alugar o apartamento amanhã. (Repetição da
(frase incorreta) vogal “a”).
Correção: Chegou a casa e decidiu ir à festa com os amigos.
Arcaísmo
- Solecismo de concordância
Consiste no emprego de palavras ou expressões antigas que já
Exemplo: Duas casa depois da minha existe uma loja de conve-
caíram de uso. Exemplo: asinha em vez de depressa, antanho em
niência. (frase incorreta)
vez de no passado.
Correção: Duas casas depois da minha existe uma loja de con-
veniência.
Neologismo
- Solecismo de colocação Criação de novas palavras ou expressões introduzidas na língua
Exemplo: Havia dito-me que vinha-me ajudar. (frase incorreta) portuguesa.
Correção: Havia-me dito que me vinha ajudar Exemplo: Meu irmão está fazendo um bico na empresa. (Fazer
um bico: trabalho temporário)
Ambiguidade
Ocorrência de duplo sentido na frase. Eco
Ocorre quando há palavras na frase com terminações iguais ou
Exemplos: semelhantes, provocando dissonância. Exemplo: A divulgação da
Eles viram o incêndio do prédio. promoção não causou comoção na população.
(O prédio está em chamas.)

33
LÍNGUA PORTUGUESA
Hiato A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sineste-
Ocorre quando há uma sequência de vogais, provocando disso- sia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão luminosa”, “indiferen-
nância. Exemplo: Eu a amo; Ou eu ou a outra ganhará o concurso. ça gelada”.

Colisão Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade,


Ocorre quando há repetição de consoantes iguais ou seme- atributo ou circunstância que individualiza o ser e notabiliza-o.
lhantes, provocando dissonância. Exemplo: Sua saia sujou.
Exemplos
O filósofo de Genebra (= Calvino).
Figuras de Linguagem O águia de Haia (= Rui Barbosa).
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para
valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um re- Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que
curso linguístico para expressar de formas diferentes experiências a palavra empregada lembra, sugere e retoma a que foi omitida.
comuns, conferindo originalidade, emotividade ao discurso, ou tor-
nando-o poético. Exemplos:
Leio Graciliano Ramos. (livros, obras)
As figuras de linguagem classificam-se em Comprei um panamá. (chapéu de Panamá)
- figuras de palavra; Tomei um Danone. (iogurte)
- figuras de pensamento;
- figuras de construção ou sintaxe. Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como siné-
doque quando se têm a parte pelo todo e o singular pelo plural.
Figuras de palavra: emprego de um termo com sentido dife-
rente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conse- Exemplo:
guir um efeito mais expressivo na comunicação. A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro
sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo. (singular pelo
Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos co- plural)
nectivos comparativos; é uma comparação subjetiva. Normalmente (José Cândido de Carvalho)
vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase.
Figuras Sonoras
Exemplos Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geral-
...a vida é cigana mente em posição inicial da palavra.
É caravana
É pedra de gelo ao sol. Exemplo:
(Geraldo Azevedo/ Alceu Valença) Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes ve-
ladas.
Encarnado e azul são as cores do meu desejo. (Cruz e Sousa)
(Carlos Drummond de Andrade)
Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um
Comparação: aproxima dois elementos que se identificam, verso ou poesia.
ligados por conectivos comparativos explícitos: como, tal qual, tal
como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a com- Exemplo:
paração: parecer, assemelhar-se e outros. Sou Ana, da cama,
da cana, fulana, bacana
Exemplo: Sou Ana de Amsterdam.
Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando (Chico Buarque)
você entrou em mim como um sol no quintal.
(Belchior) Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou
Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o na prosódia, mas diferentes no sentido.
qual não existe uma designação apropriada.
Exemplo:
Exemplos Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu
– folha de papel [erro
– braço de poltrona quero que você ganhe que
– céu da boca [você me apanhe
– pé da montanha sou o seu bezerro gritando
[mamãe.
Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sen- (Caetano Veloso)
tidos físicos.
Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som pro-
Exemplo: duzido por seres animados e inanimados.
Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva)
mecânica. Exemplo:
(Carlos Drummond de Andrade) Vai o ouvido apurado
na trama do rumor suas nervuras

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LÍNGUA PORTUGUESA
inseto múltiplo reunido Morrerás morte vil na mão de um forte.
para compor o zanzineio surdo (Gonçalves Dias)
circular opressivo
zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidia-
da noite em branco na, considerado vício de linguagem. Deve ser evitado.
(Carlos Drummond de Andrade)
Exemplos:
Observação: verbos que exprimem os sons são considerados Ouvir com os ouvidos.
onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, miar etc. Rolar escadas abaixo.
Colaborar juntos.
Figuras de sintaxe ou de construção: dizem respeito a desvios Hemorragia de sangue.
em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem, Repetir de novo.
possíveis repetições ou omissões.
Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente suben-
Podem ser formadas por: tendidas na frase. Geralmente essas palavras são pronomes, con-
omissão: assíndeto, elipse e zeugma; junções, preposições e verbos.
repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage; Exemplos:
ruptura: anacoluto; Compareci ao Congresso. (eu)
concordância ideológica: silepse. Espero venhas logo. (eu, que, tu)
Ele dormiu duas horas. (durante)
Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período, No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver)
frase ou verso. (Camões)

Exemplo: Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anterior-


Dentro do tempo o universo mente.
[na imensidão.
Dentro do sol o calor peculiar Exemplos:
[do verão. Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes.
Dentro da vida uma vida me (Camilo Castelo Branco)
[conta uma estória que fala
[de mim. Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes.
Dentro de nós os mistérios (Machado de Assis)
[do espaço sem fim!
(Toquinho/Mutinho) Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elemen-
tos na frase.
Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam
vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem separadas por Exemplos:
vírgulas. Passeiam, à tarde, as belas na avenida.
(Carlos Drummond de Andrade)
Exemplo:
Não nos movemos, as mãos é Paciência tenho eu tido...
que se estenderam pouco a (Antônio Nobre)
pouco, todas quatro, pegando-se,
apertando-se, fundindo-se.
(Machado de Assis) Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a
Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coorde- frase, alterando a sequência do processo lógico. A construção do
nativa mais vezes do que exige a norma gramatical. período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem
função sintática definida.
Exemplo:
Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem Exemplos:
tuge, nem muge. E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas.
(Rubem Braga) (Manuel Bandeira)

Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um ter- Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas bo-
mo já expresso. tassem as mãos.
(José Lins do Rego)
Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expres-
são, dando ênfase à mensagem. Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que
pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase).
Exemplos:
Não os venci. Venceram-me Exemplo:
eles a mim. ...em cada olho um grito castanho de ódio.
(Rui Barbosa) (Dalton Trevisan)

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LÍNGUA PORTUGUESA
...em cada olho castanho um grito de ódio) Já as palavras monossêmicas são aquelas apresentam apenas
um significado. Ex: eneágono (polígono de nove ângulos).
Silepse:
Denotação e conotação
Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo Palavras com sentido denotativo são aquelas que apresentam
ou pronome com a pessoa a que se refere. um sentido objetivo e literal. Ex:Está fazendo frio. / Pé da mulher.
Palavras com sentido conotativo são aquelas que apresentam
Exemplos: um sentido simbólico, figurado. Ex: Você me olha com frieza. / Pé
Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho... da cadeira.
(Rachel de Queiroz)
Hiperonímia e hiponímia
V. Ex.a parece magoado... Esta classificação diz respeito às relações hierárquicas de signi-
(Carlos Drummond de Andrade) ficado entre as palavras.
Desse modo, um hiperônimo é a palavra superior, isto é, que
Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com tem um sentido mais abrangente. Ex: Fruta é hiperônimo de limão.
o sujeito da oração. Já o hipônimo é a palavra que tem o sentido mais restrito, por-
tanto, inferior, de modo que o hiperônimo engloba o hipônimo. Ex:
Exemplos: Limão é hipônimo de fruta.
Os dois ora estais reunidos...
(Carlos Drummond de Andrade) Formas variantes
São as palavras que permitem mais de uma grafia correta, sem
Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas. que ocorra mudança no significado. Ex: loiro – louro / enfarte – in-
(Machado de Assis) farto / gatinhar – engatinhar.

Silepse de número: Não há concordância do número verbal Arcaísmo


com o sujeito da oração. São palavras antigas, que perderam o uso frequente ao longo
do tempo, sendo substituídas por outras mais modernas, mas que
Exemplo: ainda podem ser utilizadas. No entanto, ainda podem ser bastante
Corria gente de todos os lados, e gritavam. encontradas em livros antigos, principalmente. Ex: botica <—> far-
(Mário Barreto) mácia / franquia <—> sinceridade.

Significação de palavras
Este é um estudo da semântica, que pretende classificar os Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos
sentidos das palavras, as suas relações de sentido entre si. Conheça versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também
as principais relações e suas características: podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético.
Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específi-
Sinonímia e antonímia cas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc.
As palavras sinônimas são aquelas que apresentam significado Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais
semelhante, estabelecendo relação de proximidade. Ex: inteligente frequentes neste gênero.
<—> esperto Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de
Já as palavras antônimas são aquelas que apresentam signifi- uma linguagem , ou seja, tudo o que toca e comove pode ser con-
cados opostos, estabelecendo uma relação de contrariedade. Ex: siderado como poético (até mesmo uma peça ou um filme podem
forte <—> fraco ser assim considerados). Um subgênero é a prosa poética, marcada
pela tipologia dialogal.
Parônimos e homônimos
As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro- O poema é um gênero textual pertencente aos gêneros literá-
núncia semelhantes, porém com significados distintos. rios e por ter raízes na literatura é um meio de produção de arte. No
Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfe- campo das artes, sabemos que o compromisso com a objetividade
go (trânsito) X tráfico (comércio ilegal). não é algo imposto. As palavras, matéria-prima da poesia, não obe-
As palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma decem, necessariamente, às ordens sintáticas e semânticas. Esse
grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo gênero textual vai dançar conforme as intenções do seu criador.
“rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta). Entretanto, os poemas possuem algumas características que dizem
As palavras homófonas são aquelas que possuem a mesma respeito aos aspectos estruturais desse gênero. Uma dessas pecu-
pronúncia, mas com escrita e significado diferentes. Ex: cem (nu- liaridades são as estrofes.
meral) X sem (falta); conserto (arrumar) X concerto (musical).
As palavras homógrafas são aquelas que possuem escrita igual, Estrofação
porém som e significado diferentes. Ex: colher (talher) X colher (ver- Nos estudos de estrofação, devemos ter em mente algumas
bo); acerto (substantivo) X acerto (verbo). nomenclaturas. Uma vez que estrofes são agrupamentos de versos,
nada mais apropriado que entender um pouco mais sobre essas ou-
Polissemia e monossemia tras unidades dos poemas.
As palavras polissêmicas são aquelas que podem apresentar
mais de um significado, a depender do contexto em que ocorre a
frase. Ex: cabeça (parte do corpo humano; líder de um grupo).

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LÍNGUA PORTUGUESA
→ Versos por estrofe: Provisoriamente não cantaremos o amor,
1 verso - Monóstico que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
2 versos - Dístico Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
3 versos - Terceto não cantaremos o ódio porque esse não existe,
4 versos - Quarteto ou quadra existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
5 versos - Quintilha o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
6 versos - Sextilha o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
7 versos - Septilha, ou sete-versos cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
8 versos - Oitava cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
9 versos - Nona, ou nove-versos depois morreremos de medo
10 versos - Décima e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
(Carlos Drummond de Andrade)
→ O número de sílabas também é aspecto de caracterização
dos versos: Estrofação - Poemas de forma fixa
- Monossílabo – versos com uma sílaba Os poemas de forma fixa são caracterizados pelo número, tipo
- Dissílabos – versos com duas sílabas e divisão das estrofes. Os mais comuns são:
- Trissílabos – versos constituídos por três sílabas Soneto: formado por dois quartetos e dois tercetos, nesta se-
- Tetrassílabos – versos constituídos por quatro sílabas quência, geralmente com versos decassílabos;
- Pentassílabos – versos com uma estrutura de cinco sílabas ou Balada: formado com três oitavas e uma quadra;
chamado de redondilha menor Rondel: formado por duas quadras e uma quintilha;
- Hexassílabos – versos estruturados com seis sílabas Rondó: formado com estrofação uniforme de quadras;
- Heptassílabos – versos constituídos por sete sílabas ou cha- Sextina: formado por seis sextilhas e um terceto;
mado de redondilha maior Indriso: formado por dois tercetos e dois monósticos, os quais
- Octossílabos – versos constituídos por oito sílabas podem ser rimados e metrificados ou compostos por versos bran-
- Eneassílabos - versos com nove sílabas cos.
- Decassílabos – versos estruturados com dez sílabas Trova: poema monostrófico (uma estrofe) de quatro redondi-
- Hendecassílabos – versos com onze sílabas lhas maiores, rimadas, sem título e com sentido completo.
- Dodecassílabos – versos constituídos por doze sílabas ou cha- Haicai: poema de uma única estrofe com três versos: dois pen-
mado de alexandrino tassilábicos e o segundo heptassilábico.
- Verso bárbaro – versos com mais de doze sílabas.

As estrofes podem ser classificadas em:


- Simples: são as estrofes compostas por versos regulares. EXERCÍCIOS
Exemplo: Quadras e Dístico com versos hexassílabos.
Exemplo: 1. (FEMPERJ – VALEC – JORNALISTA – 2012) Intertextualidade é
a presença de um texto em outro; o pensamento abaixo que NÃO
Os miseráveis, os rotos se fundamenta em intertextualidade é:
São as flores dos esgotos. (A) “Se tudo o que é bom dura pouco, eu já deveria ter morrido
há muito tempo.”
São espectros implacáveis (B) “Nariz é essa parte do corpo que brilha, espirra, coça e se
Os rotos, os miseráveis. mete onde não é chamada.”
(C) “Une-te aos bons e será um deles. Ou fica aqui com a gente
São prantos negros de furnas mesmo!”
Caladas, mudas, soturnas. (D) “Vamos fazer o feijão com arroz. Se puder botar um ovo,
(Cruz e Souza) tudo bem.”
(E) “O Neymar é invendável, inegociável e imprestável.”
- Compostas: são as estrofes constituídas por versos com me-
didas alternadas. Exemplo: Quadras e Dístico com versos ímpares, 2. (FUNIVERSA – CEB – ADVOGADO – 2010) Assinale a alterna-
heptassílabos e versos pares tetrassílabos. tiva em que todas as palavras são acentuadas pela mesma razão.
Exemplo: (A) “Brasília”, “prêmios”, “vitória”.
“Cheguei, chegaste. Vinhas fatigada (B) “elétrica”, “hidráulica”, “responsáveis”.
E triste, e triste e fatigado eu vinha; (C) “sérios”, “potência”, “após”.
Tinhas a alma de sonhos povoada (D) “Goiás”, “já”, “vários”.
E a alma de sonhos povoada eu tinha.” (E) “solidária”, “área”, “após”.
(Olavo Bilac)
3. (CESGRANRIO – CMB – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRA-
- Livres: são as estrofes que abrigam versos de proporções dis- TIVO – 2012) Algumas palavras são acentuadas com o objetivo ex-
tintas, ou seja, aquelas que não seguem normas pré-fixadas. Exem- clusivo de distingui-las de outras. Uma palavra acentuada com esse
plo: Quintilhas e Dístico com versos livres e rimas brancas. objetivo é a seguinte:
Exemplo: (A) pôr.
Congresso Internacional do Medo (B) ilhéu.
(C) sábio.
(D) também.
(E) lâmpada.

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LÍNGUA PORTUGUESA
4. (FDC – PROFESSOR DE PORTUGUÊS II – 2005) Marque a série 8. (CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO DE ENFERMAGEM
em que o hífen está corretamente empregado nas cinco palavras: DO TRABALHO – 2011) Há ERRO quanto ao emprego dos sinais de
(A) pré-nupcial, ante-diluviano, anti-Cristo, ultra-violeta, infra- pontuação em:
-vermelho. (A) Ao dizer tais palavras, levantou-se, despediu-se dos convi-
(B) vice-almirante, ex-diretor, super-intendente, extrafino, in- dados e retirou-se da sala: era o final da reunião.
fra-assinado. (B) Quem disse que, hoje, enquanto eu dormia, ela saiu sorra-
(C) anti-alérgico, anti-rábico, ab-rupto, sub-rogar, antihigiênico. teiramente pela porta?
(D) extraoficial, antessala, contrassenso, ultrarrealismo, con- (C) Na infância, era levada e teimosa; na juventude, tornou-se
trarregra. tímida e arredia; na velhice, estava sempre alheia a tudo.
(E) co-seno, contra-cenar, sobre-comum, sub-humano, infra- (D) Perdida no tempo, vinham-lhe à lembrança a imagem mui-
-mencionado. to branca da mãe, as brincadeiras no quintal, à tarde, com os
irmãos e o mundo mágico dos brinquedos.
5. (ESAF – SRF – AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL – 2003) (E) Estava sempre dizendo coisas de que mais tarde se arre-
Indique o item em que todas as palavras estão corretamente em- penderia. Prometia a si própria que da próxima vez, tomaria
pregadas e grafadas. cuidado com as palavras, o que entretanto, não acontecia.
(A) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o po-
der de infringir punições legais a cidadãos aparece livre de 9. (FCC – INFRAERO – ADMINISTRADOR – 2011) Está inteira-
qualquer excesso e violência. mente correta a pontuação do seguinte período:
(B) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exata- (A) Os personagens principais de uma história, responsáveis
mente nem juízes, nem professores, nem contramestres, nem pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes, de peque-
suboficiais, nem “pais”, porém avocam a si um pouco de tudo nas providências que, tomadas por figurantes aparentemente
isso, num modo de intervenção específico. sem importância, ditam o rumo de toda a história.
(C) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o (B) Os personagens principais, de uma história, responsáveis
poder técnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes, de pequenas
em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revol- providências que tomadas por figurantes, aparentemente sem
ta que ambos possam suscitar. importância, ditam o rumo de toda a história.
(D) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo po- (C) Os personagens principais de uma história, responsáveis
der do soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o pelo sentido maior dela dependem muitas vezes de pequenas
corpo dos supliciados. providências, que, tomadas por figurantes aparentemente,
(E) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um sem importância, ditam o rumo de toda a história.
campo de práticas ilegais, sob o qual se chega a exercer con- (D) Os personagens principais, de uma história, responsáveis
trole e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes de pequenas
organização em delinqüência. providências, que tomadas por figurantes aparentemente sem
importância, ditam o rumo de toda a história.
6. (FCC – METRÔ/SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR – (E) Os personagens principais de uma história, responsáveis,
2012) A frase que apresenta INCORREÇÕES quanto à ortografia é: pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes de peque-
(A) Quando jovem, o compositor demonstrava uma capacidade nas providências, que tomadas por figurantes, aparentemente,
extraordinária de imitar vários estilos musicais. sem importância, ditam o rumo de toda a história.
(B) Dizem que o músico era avesso à ideia de expressar senti-
mentos pessoais por meio de sua música. 10. (CONSULPLAN – ANALISTA DE INFORMÁTICA (SDS-SC) –
(C) Poucos estudiosos se despõem a discutir o empacto das 2008) A alternativa em que todas as palavras são formadas pelo
composições do músico na cultura ocidental. mesmo processo de formação é:
(D) Salvo algumas exceções, a maioria das óperas do compo- (A) responsabilidade, musicalidade, defeituoso;
sitor termina em uma cena de reconciliação entre os persona- (B) cativeiro, incorruptíveis, desfazer;
gens. (C) deslealdade, colunista, incrível;
(E) Alguns acreditam que o valor da obra do compositor se (D) anoitecer, festeiro, infeliz;
deve mais à árdua dedicação do que a arroubos de inspiração. (E) reeducação, dignidade, enriquecer.

7. (CESGRANRIO – FINEP – TÉCNICO – 2011) A vírgula pode ser 11. (IMA – PREF. BOA HORA/PI – PROCURADOR MUNICIPAL –
retirada sem prejuízo para o significado e mantendo a norma pa- 2010) No verso “Para desentristecer, leãozinho”, Caetano Veloso
drão na seguinte sentença: cria um neologismo. A opção que contém o processo de formação
(A) Mário, vem falar comigo depois do expediente. utilizado para formar a palavra nova e o tipo de derivação que a
(B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho. palavra primitiva foi formada respectivamente é:
(C) Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe. (A) derivação prefixal (des + entristecer); derivação parassinté-
(D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião. tica (en + trist + ecer);
(E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso. (B) derivação sufixal (desentriste + cer); derivação imprópria
(en + triste + cer);
(C) derivação regressiva (des + entristecer); derivação parassin-
tética (en + trist + ecer);
(D) derivação parassintética (en + trist + ecer); derivação prefi-
xal (des + entristecer);
(E) derivação prefixal (en + trist + ecer); derivação parassintéti-
ca (des + entristecer).

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LÍNGUA PORTUGUESA
12. (IMA – PREF. BOA HORA/PI – PROCURADOR MUNICIPAL – 17. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2012)
2010) A palavra “Olhar” em (meu olhar) é um exemplo de palavra Assinale a opção que fornece a correta justificativa para as relações
formada por derivação: de concordância no texto abaixo.
(A) parassintética; O bom desempenho do lado real da economia proporcionou
(B) prefixal; um período de vigoroso crescimento da arrecadação. A maior lucra-
(C) sufixal; tividade das empresas foi decisiva para os resultados fiscais favo-
(D) imprópria; ráveis. Elevaram-se, de forma significativa e em valores reais, de-
(E) regressiva. flacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as
receitas do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição
13. (CESGRANRIO – BNDES – ADVOGADO – 2004) No título do Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e a Contribuição para o Finan-
artigo “A tal da demanda social”, a classe de palavra de “tal” é: ciamento da Seguridade Social (Cofins). O crescimento da massa de
(A) pronome; salários fez aumentar a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa
(B) adjetivo; Física (IRPF) e a receita de tributação sobre a folha da previdência
(C) advérbio; social. Não menos relevantes foram os elevados ganhos de capital,
(D) substantivo; responsáveis pelo aumento da arrecadação do IRPF.
(E) preposição. (A) O uso do plural em “valores” é responsável pela flexão de
plural em “deflacionados”.
14. Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação (B) O plural em “resultados” é responsável pela flexão de plural
morfológica do pronome “alguém” (l. 44). em “Elevaram-se”.
(A) Pronome demonstrativo. (C) Emprega-se o singular em “proporcionou” para respeitar as
(B) Pronome relativo. regras de concordância com “economia”.
(C) Pronome possessivo. (D) O singular em “a arrecadação” é responsável pela flexão de
(D) Pronome pessoal. singular em “fez aumentar”.
(E) Pronome indefinido. (E) A flexão de plural em “foram” justifica-se pela concordância
com “relevantes”.
15. Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na
oração “A abordagem social constitui-se em um processo de traba- 18. (FGV – SENADO FEDERAL – POLICIAL LEGISLATIVO FEDERAL
lho planejado de aproximação” (linhas 1 e 2), os vocábulos subli- – 2008) Assinale a alternativa em que se tenha optado corretamen-
nhados classificam-se, respectivamente, em te por utilizar ou não o acento grave indicativo de crase.
(A) preposição, pronome, artigo, adjetivo e substantivo. (A) Vou à Brasília dos meus sonhos.
(B) pronome, preposição, artigo, substantivo e adjetivo. (B) Nosso expediente é de segunda à sexta.
(C) conjunção, preposição, numeral, substantivo e pronome. (C) Pretendo viajar a Paraíba.
(D) pronome, conjunção, artigo, adjetivo e adjetivo. (D) Ele gosta de bife à cavalo.
(E) conjunção, conjunção, numeral, substantivo e advérbio.
19. (FDC – MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – 2010) Na oração
16. (VUNESP – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – “Eles nos deixaram À VONTADE” e no trecho “inviabilizando o ata-
2011) Assinale a alternativa em que a concordância verbal está cor- que, que, naturalmente, deveria ser feito À DISTÂNCIA”, observa-se
reta. a ocorrência da crase nas locuções adverbiais em caixa-alta. Nas
(A) Haviam cooperativas de catadores na cidade de São Paulo. locuções das frases abaixo também ocorre a crase, que deve ser
(B) O lixo de casas e condomínios vão para aterros. marcada com o acento, EXCETO em:
(C) O tratamento e a destinação corretos do lixo evitaria que (A) Todos estavam à espera de uma solução para o problema.
35% deles fosse despejado em aterros. (B) À proporção que o tempo passava, maior era a angústia do
(D) Fazem dois anos que a prefeitura adia a questão do lixo. eleitorado pelo resultado final.
(E) Somos nós quem paga a conta pelo descaso com a coleta (C) Um problema à toa emperrou o funcionamento do sistema.
de lixo. (D) Os técnicos estavam face à face com um problema insolú-
vel.
(E) O Tribunal ficou à mercê dos hackers que invadiram o sis-
tema.

20. Levando-se em consideração os conceitos de frase, oração


e período, é correto afirmar que o trecho abaixo é considerado um
(a):
“A expectativa é que o México, pressionado pelas mudanças
americanas, entre na fila.”
(A) Frase, uma vez que é composta por orações coordenadas e
subordinadas.
(B) Período, composto por três orações.
(C) Oração, pois possui sentido completo.
(D) Período, pois é composto por frases e orações.

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LÍNGUA PORTUGUESA
21. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – MECÂNICO DE VEÍCULOS – 26. (ACEP – PREF. QUIXADÁ/CE – PSICÓLOGO – 2010) No perí-
2007) Leia a seguinte sentença: Joana tomou um sonífero e não dor- odo “O essencial é o seguinte: //nunca antes neste país houve um
miu. Assinale a alternativa que classifica corretamente a segunda governo tão imbuído da ideia // de que veio // para recomeçar a
oração. história.”, a oração sublinhada é classificada como:
(A) Oração coordenada assindética aditiva. (A) coordenada assindética;
(B) Oração coordenada sindética aditiva. (B) subordinada substantiva completiva nominal;
(C) Oração coordenada sindética adversativa. (C) subordinada substantiva objetiva indireta;
(D) Oração coordenada sindética explicativa. (D) subordinada substantiva apositiva.
(E) Oração coordenada sindética alternativa.
Leia o texto abaixo para responder a questão.
22. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – BIBLIOTECÁRIO – 2007) Leia A lama que ainda suja o Brasil
a seguinte sentença: Não precisaremos voltar ao médico nem fazer Fabíola Perez(fabiola.perez@istoe.com.br)
exames. Assinale a alternativa que classifica corretamente as duas
orações. A maior tragédia ambiental da história do País escancarou um
(A) Oração coordenada assindética e oração coordenada adver- dos principais gargalos da conjuntura política e econômica brasilei-
sativa. ra: a negligência do setor privado e dos órgãos públicos diante de
(B) Oração principal e oração coordenada sindética aditiva. um desastre de repercussão mundial. Confirmada a morte do Rio
(C) Oração coordenada assindética e oração coordenada adi- Doce, o governo federal ainda não apresentou um plano de recu-
tiva. peração efetivo para a área (apenas uma carta de intenções). Tam-
(D) Oração principal e oração subordinada adverbial consecu- pouco a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela
tiva. anglo-australiana BHP Billiton. A única medida concreta foi a aplica-
(E) Oração coordenada assindética e oração coordenada adver- ção da multa de R$ 250 milhões – sendo que não há garantias de
bial consecutiva. que ela será usada no local. “O leito do rio se perdeu e a calha pro-
funda e larga se transformou num córrego raso”, diz Malu Ribeiro,
23. (EMPASIAL – TJ/SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO – 1999) Ana- coordenadora da rede de águas da Fundação SOS Mata Atlântica,
lise sintaticamente a oração em destaque: sobre o desastre em Mariana, Minas Gerais. “O volume de rejeitos
“Bem-aventurados os que ficam, porque eles serão recompen- se tornou uma bomba relógio na região.”
sados” (Machado de Assis). Para agravar a tragédia, a empresa declarou que existem riscos
(A) oração subordinada substantiva completiva nominal. de rompimento nas barragens de Germano e de Santarém. Segun-
(B) oração subordinada adverbial causal. do o Departamento Nacional de Produção Mineral, pelo menos 16
(C) oração subordinada adverbial temporal desenvolvida. barragens de mineração em todo o País apresentam condições de
(D) oração coordenada sindética conclusiva. insegurança. “O governo perdeu sua capacidade de aparelhar ór-
(E) oração coordenada sindética explicativa. gãos técnicos para fiscalização”, diz Malu. Na direção oposta
Ao caminho da segurança, está o projeto de lei 654/2015, do
24. (FGV – SENADO FEDERAL – TÉCNICO LEGISLATIVO – ADMI- senador Romero Jucá (PMDB-RR) que prevê licença única em um
NISTRAÇÃO – 2008) “Mas o fato é que transparência deixou de ser tempo exíguo para obras consideradas estratégicas. O novo mar-
um processo de observação cristalina para assumir um discurso de co regulatório da mineração, por sua vez, também concede priori-
políticas de averiguação de custos engessadas que pouco ou quase dade à ação de mineradoras. “Ocorrerá um aumento dos conflitos
nada retratam as necessidades de populações distintas.”. judiciais, o que não será interessante para o setor empresarial”, diz
A oração grifada no trecho acima classifica-se como: Maurício Guetta, advogado do Instituto Sócio Ambiental (ISA). Com
(A) subordinada substantiva predicativa; o avanço dessa legislação outros danos irreversíveis podem ocorrer.
(B) subordinada adjetiva restritiva; FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/441106_A+LA MA+-
(C) subordinada substantiva subjetiva; QUE+AINDA+SUJA+O+BRASIL
(D) subordinada substantiva objetiva direta;
(E) subordinada adjetiva explicativa. 27. Observe as assertivas relacionadas ao texto lido:
I. O texto é predominantemente narrativo, já que narra um
25. (FUNCAB – PREF. PORTO VELHO/RO – MÉDICO – 2009) No fato.
trecho abaixo, as orações introduzidas pelos termos grifados são II. O texto é predominantemente expositivo, já que pertence ao
classificadas, em relação às imediatamente anteriores, como: gênero textual editorial.
“Não há dúvida de que precisaremos curtir mais o dia a dia, III. O texto é apresenta partes narrativas e partes expositivas, já
mas nunca à custa de nossos filhos...” que se trata de uma reportagem.
(A) subordinada substantiva objetiva indireta e coordenada sin- IV. O texto apresenta partes narrativas e partes expositivas, já
dética adversativa; se trata de um editorial.
(B) subordinada adjetiva restritiva e coordenada sindética ex-
plicativa; Analise as assertivas e responda:
(C) subordinada adverbial conformativa e subordinada adver- (A) Somente a I é correta.
bial concessiva; (B) Somente a II é incorreta.
(D) subordinada substantiva completiva nominal e coordenada (C) Somente a III é correta
sindética adversativa; (D) A III e IV são corretas.
(E) subordinada adjetiva restritiva e subordinada adverbial con-
cessiva.

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LÍNGUA PORTUGUESA
28. Observe as assertivas relacionadas ao texto “A lama que A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela
ainda suja o Brasil”: agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe
I- O texto é coeso, mas não é coerente, já que tem problemas o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que
no desenvolvimento do assunto. ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era
II- O texto é coerente, mas não é coeso, já que apresenta pro- tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-pli-
blemas no uso de conjunções e preposições. c-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a
III- O texto é coeso e coerente, graças ao bom uso das classes costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até
de palavras e da ordem sintática. que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
IV- O texto é coeso e coerente, já que apresenta progressão Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que
temática e bom uso dos recursos coesivos. a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para
dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da
Analise as assertivas e responda: bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali,
(A) Somente a I é correta. alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha,
(B) Somente a II é incorreta. perguntou-lhe:
(C) Somente a III é correta. — Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da
(D) Somente a IV é correta. baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que
vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para
Leia o texto abaixo para responder as questões. a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?
Vamos, diga lá.
UM APÓLOGO Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de ca-
Machado de Assis. beça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrola- como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam,
da, para fingir que vale alguma coisa neste mundo? fico.
— Deixe-me, senhora. Contei esta história a um professor de melancolia, que me dis-
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está se, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a
com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me muita linha ordinária!
der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. 29. De acordo com o texto “Um Apólogo” de Machado de Assis
Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem e com a ilustração abaixo, e levando em consideração as persona-
o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos gens presentes nas narrativas tanto verbal quanto visual, indique
outros. a opção em que a fala não é compatível com a associação entre os
— Mas você é orgulhosa. elementos dos textos:
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa
ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora
que quem os cose sou eu, e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pe-
daço ao outro, dou feição aos babados…
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e
mando…
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel su-
balterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o
trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto… (A) “- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda en-
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. rolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?” (L.02)
Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que (B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha.
tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar?” (L.06)
costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, en- (C) “- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
fiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço
orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre e mando...” (L.14-15)
os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a (D) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?
isto uma cor poética. E dizia a agulha: Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo;
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando
Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é abaixo e acima.” (L.25-26)
que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo (E) “- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela
e acima… e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de
costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.
Onde me espetam, fico.” (L.40-41)

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LÍNGUA PORTUGUESA
30. O diminutivo, em Língua Portuguesa, pode expressar outros 34. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2008)
valores semânticos além da noção de dimensão, como afetividade, Assinale o trecho que apresenta erro de regência.
pejoratividade e intensidade. Nesse sentido, pode-se afirmar que (A) Depois de um longo período em que apresentou taxas de
os valores semânticos utilizados nas formas diminutivas “unidi- crescimento econômico que não iam além dos 3%, o Brasil fe-
nha”(L.26) e “corpinho”(L.32), são, respectivamente, de: cha o ano de 2007 com uma expansão de 5,3%, certamente a
(A) dimensão e pejoratividade; maior taxa registrada na última década.
(B) afetividade e intensidade; (B) Os dados ainda não são definitivos, mas tudo sugere que
(C) afetividade e dimensão; serão confirmados. A entidade responsável pelo estudo foi a
(D) intensidade e dimensão; conhecida Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL).
(E) pejoratividade e afetividade. (C) Não há dúvida de que os números são bons, num momento
em que atingimos um bom superávit em conta-corrente, em
31. Em um texto narrativo como “Um Apólogo”, é muito co- que se revela queda no desemprego e até se anuncia a am-
mum uso de linguagem denotativa e conotativa. Assinale a alterna- pliação de nossas reservas monetárias, além da descoberta de
tiva cujo trecho retirado do texto é uma demonstração da expressi- novas fontes de petróleo.
vidade dos termos “linha” e “agulha” em sentido figurado. (D) Mesmo assim, olhando-se para os vizinhos de continente,
(A) “- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa percebe-se que nossa performance é inferior a que foi atribuí-
ama, quem é que os cose, senão eu?” (L.11) da a Argentina (8,6%) e a alguns outros países com participação
(B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. menor no conjunto dos bens produzidos pela América Latina.
Agulha não tem cabeça.” (L.06) (E) Nem é preciso olhar os exemplos da China, Índia e Rússia,
(C) “- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um com crescimento acima desses patamares. Ao conjunto inteiro
pedaço ao outro, dou feição aos babados...” (L.13) da América Latina, o organismo internacional está atribuindo
(D) “- Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordi- um crescimento médio, em 2007, de 5,6%, um pouco maior do
nária!” (L.43) que o do Brasil.
(E) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?”
(L.25) 35. (CESGRANRIO – SEPLAG/BA – PROFESSOR PORTUGUÊS –
2010) Estabelece relação de hiperonímia/hiponímia, nessa ordem,
32. De acordo com a temática geral tratada no texto e, de modo o seguinte par de palavras:
metafórico, considerando as relações existentes em um ambiente (A) estrondo – ruído;
de trabalho, aponte a opção que NÃO corresponde a uma ideia pre- (B) pescador – trabalhador;
sente no texto: (C) pista – aeroporto;
(A) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação (D) piloto – comissário;
equânime em ambientes coletivos de trabalho; (E) aeronave – jatinho.
(B) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação
equânime em ambientes coletivos de trabalho; 36. (VUNESP – SEAP/SP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA
(C) O texto indica que, em um ambiente coletivo de trabalho, PENITENCIÁRIA – 2012) No trecho – Para especialistas, fica uma
cada sujeito possui atribuições próprias. questão: até que ponto essa exuberância econômica no Brasil é
(D) O texto sugere que o reconhecimento no ambiente cole- sustentável ou é apenas mais uma bolha? – o termo em destaque
tivo de trabalho parte efetivamente das próprias atitudes do tem como antônimo:
sujeito. (A) fortuna;
(E) O texto revela que, em um ambiente coletivo de trabalho, (B) opulência;
frequentemente é difícil lidar com as vaidades individuais. (C) riqueza;
(D) escassez;
33. (FCC – TRE/MG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2005) As liberda- (E) abundância.
des ...... se refere o autor dizem respeito a direitos ...... se ocupa a
nossa Constituição. Preenchem de modo correto as lacunas da frase 37. (IF BAIANO - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – IF-BA –
acima, na ordem dada, as expressões: 2019)
(A) a que – de que; Acerca de seus conhecimentos em redação oficial, é correto
(B) de que – com que; afirmar que o vocativo adequado a um texto no padrão ofício desti-
(C) a cujas – de cujos; nado ao presidente do Congresso Nacional é
(D) à que – em que; (A) Senhor Presidente.
(E) em que – aos quais. (B) Excelentíssimo Senhor Presidente.
(C) Presidente.
(D) Excelentíssimo Presidente.
(E) Excelentíssimo Senhor.

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LÍNGUA PORTUGUESA
38. (CÂMARA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE - AUXILIAR 41. ( PC-MG - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - FUMARC – 2018)
ADMINISTRATIVO - INSTITUTO AOCP - 2019 ) Na Redação Oficial, exige-se o uso do padrão formal da língua.
Referente à aplicação de elementos de gramática à redação ofi- Portanto, são necessários conhecimentos linguísticos que funda-
cial, os sinais de pontuação estão ligados à estrutura sintática e têm mentem esses usos.
várias finalidades. Assinale a alternativa que apresenta a pontuação Analise o uso da vírgula nas seguintes frases do Texto 3:
que pode ser utilizada em lugar da vírgula para dar ênfase ao que 1. Um crime bárbaro mobilizou a Polícia Militar na Região de
se quer dizer. Venda Nova, em Belo Horizonte, ontem.
(A) Dois-pontos. 2. O rapaz, de 22 anos, se apresentou espontaneamente à 9ª
(B) Ponto-e-vírgula. Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) e deu detalhes do crime.
(C) Ponto-de-interrogação. 3. Segundo a polícia, o jovem informou que tinha um relaciona-
(D) Ponto-de-exclamação. mento difícil com a mãe e teria discutido com ela momentos antes
de desferir os golpes.
39. (UNIR - TÉCNICO DE LABORATÓRIO - ANÁLISES CLÍNICAS-
AOCP – 2018) INDIQUE entre os parênteses a justificativa adequada para uso
Pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder da vírgula em cada frase.
Público redige atos normativos e comunicações. Em relação à reda- ( ) Para destacar deslocamento de termos.
ção de documentos oficiais, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, ( ) Para separar adjuntos adverbiais.
os itens a seguir. ( ) Para indicar um aposto.
A língua tem por objetivo a comunicação. Alguns elementos A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
são necessários para a comunicação: a) emissor, b) receptor, c) con- (A) 1 – 2 – 3.
teúdo, d) código, e) meio de circulação, f) situação comunicativa. (B) 2 – 1 – 3.
Com relação à redação oficial, o emissor é o Serviço Público (Minis- (C) 3 – 1 – 2.
tério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção). O assunto (D) 3 – 2 – 1.
é sempre referente às atribuições do órgão que comunica. O desti-
natário ou receptor dessa comunicação ou é o público, o conjunto
dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros GABARITO
Poderes da União.
( ) Certo
( ) Errado 1 E
40. (IF-SC - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO- IF-SC - 2019 ) 2 A
Determinadas palavras são frequentes na redação oficial. Con- 3 A
forme as regras do Acordo Ortográfico que entrou em vigor em
2009, assinale a opção CORRETA que contém apenas palavras gra- 4 D
fadas conforme o Acordo. 5 B
I. abaixo-assinado, Advocacia-Geral da União, antihigiênico, ca-
6 C
pitão de mar e guerra, capitão-tenente, vice-coordenador.
II. contra-almirante, co-obrigação, coocupante, decreto-lei, di- 7 B
retor-adjunto, diretor-executivo, diretor-geral, sócio-gerente. 8 E
III. diretor-presidente, editor-assistente, editor-chefe, ex-dire-
tor, general de brigada, general de exército, segundo-secretário. 9 A
IV. matéria-prima, ouvidor-geral, papel-moeda, pós-graduação, 10 A
pós-operatório, pré-escolar, pré-natal, pré-vestibular; Secretaria-
-Geral. 11 A
V. primeira-dama, primeiro-ministro, primeiro-secretário, pró- 12 D
-ativo, Procurador-Geral, relator-geral, salário-família, Secretaria-
13 A
-Executiva, tenente-coronel.
14 E
Assinale a alternativa CORRETA: 15 B
(A) As afirmações I, II, III e V estão corretas.
(B) As afirmações II, III, IV e V estão corretas. 16 E
(C) As afirmações II, III e IV estão corretas. 17 A
(D) As afirmações I, II e IV estão corretas.
(E) As afirmações III, IV e V estão corretas. 18 A
19 D
20 B
21 C
22 C
23 E
24 A
25 D

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LÍNGUA PORTUGUESA

26 B ______________________________________________________

27 C ______________________________________________________
28 D ______________________________________________________
29 E
______________________________________________________
30 D
31 D ______________________________________________________
32 D ______________________________________________________
33 A
______________________________________________________
34 D
______________________________________________________
35 E
36 D ______________________________________________________
37 B ______________________________________________________
38 B
______________________________________________________
39 A
40 E ______________________________________________________
41 C ______________________________________________________

______________________________________________________
ANOTAÇÕES
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MATEMÁTICA
1. NOÇÕES DE CONJUNTOS igualdade de conjuntos. Subconjuntos. Operações com conjuntos: interseção e reunião. Resolução de pro-
blemas. CONJUNTOS NUMÉRICOS Conjunto dos números naturais: propriedades, operações, números primos e compostos, divisibi-
lidade, decomposição em fatores primos, múltiplos e divisores, máximo divisor comum (m.d.c.), mínimo múltiplo comum (m.m.c.) e
resolução de problemas. Conjunto dos números inteiros: propriedades, operações, divisibilidade, múltiplos e divisores e resolução de
problemas. Conjunto dos números racionais: propriedades, operações, equivalência de frações, representação decimal e fracionária,
números decimais periódicos (dízimas periódicas), comparação de frações e resolução de problemas. Conjunto dos números reais:
propriedades, operações, representação na reta real, relação de ordem e resolução de problemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. POLINÔMIOS Definição. Adição, subtração, multiplicação e divisão de polinômios numa única variável. Noção intuitiva do conceito
de “zeros” de um polinômio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
3. CÁLCULO ALGÉBRICO Operações com expressões algébricas. Produtos notáveis. Fatoração. Frações algébricas. Resolução de proble-
mas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4. EQUAÇÕES DE 1º GRAU Resolução de equação de 1o grau. Resolução de sistema de equações de 1o grau. Resolução de problemas
redutíveis a equação de 1o grau. Resolução de problemas redutíveis a sistema de equações de 1o grau. Inequações de 1o grau. Re-
solução de problemas envolvendo inequações de 1o grau. EQUAÇÕES DE 2o GRAU Resolução de equação de 2o grau. Resolução de
problemas redutíveis a equação de 2o grau. Equações irracionais. 2.6.4 Equações biquadradas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5. FUNÇÕES Noção intuitiva e definição. Notação de função. Domínio, imagem e contradomínio. Função polinomial do 1o grau: defini-
ção, propriedades, zero ou raiz da função, estudo da variação do sinal e gráfico. Função polinomial do 2o grau: definição, proprieda-
des, zeros ou raízes da função, coordenadas do vértice, estudo de máximo e mínimo, estudo da variação do sinal e gráfico. Resolução
de problemas envolvendo função de 1o grau. Resolução de problemas envolvendo função de 2o grau. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
6. GEOMETRIA PLANA Conceitos fundamentais. Polígonos: definições, elementos, diagonais, ângulo interno e ângulo externo; Triângu-
los: conceito, elementos e classificação; medianas e baricentro; bissetrizes e incentro; alturas e ortocentro; mediatrizes e circuncen-
tro; Quadriláteros: definição, elementos, propriedades e consequências; Círculo e circunferência: definição e diferenciação; proprie-
dades de arcos, ângulos e cordas; relações métricas. Segmentos proporcionais. Feixe de paralelas. Teorema de Tales. Congruência e
semelhança de triângulos. Relações métricas no triângulo retângulo. Relações métricas em um triângulo qualquer. Projeção ortogo-
nal. ransformações geométricas elementares: translação, rotação e simetria. Razões trigonométricas no triângulo retângulo. Razões
trigonométricas em um triângulo qualquer. Cálculo de perímetro. Comprimento de circunferência. Áreas de superfícies planas. Po-
lígonos regulares. Medidas de comprimento, de área, de capacidade e de volume: transformações. Volume de paralelepípedo reto
retângulo. Resolução de problemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
7. RAZÕES, PORCENTAGENS E NOÇÕES BÁSICAS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA Razões e proporções. Números e grandezas proporcio-
nais. Regra de três simples e composta. Porcentagens. Juros simples. Resolução de problemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
8. NOÇÕES DE ESTATÍSTICA BÁSICA Tabelas. Representações gráficas: barras, colunas, setores, linhas e pictogramas. Média aritmética
simples e ponderada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
9. CONTAGEM E PROBABILIDADE Noções de contagem. Noções de probabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
MATEMÁTICA
Exemplo 1
NOÇÕES DE CONJUNTOS IGUALDADE DE CONJUNTOS. 10 + 12 – 6 + 7
SUBCONJUNTOS. OPERAÇÕES COM CONJUNTOS: IN- 22 – 6 + 7
TERSEÇÃO E REUNIÃO. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS. 16 + 7
CONJUNTOS NUMÉRICOS CONJUNTO DOS NÚMEROS 23
NATURAIS: PROPRIEDADES, OPERAÇÕES, NÚMEROS
PRIMOS E COMPOSTOS, DIVISIBILIDADE, DECOMPO- Exemplo 2
SIÇÃO EM FATORES PRIMOS, MÚLTIPLOS E DIVISORES, 40 – 9 x 4 + 23
MÁXIMO DIVISOR COMUM (M.D.C.), MÍNIMO MÚLTI- 40 – 36 + 23
PLO COMUM (M.M.C.) E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS. 4 + 23
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS: PROPRIEDADES, 27
OPERAÇÕES, DIVISIBILIDADE, MÚLTIPLOS E DIVISORES
E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS. CONJUNTO DOS NÚME- Exemplo 3
ROS RACIONAIS: PROPRIEDADES, OPERAÇÕES, EQUI- 25-(50-30)+4x5
VALÊNCIA DE FRAÇÕES, REPRESENTAÇÃO DECIMAL E 25-20+20=25
FRACIONÁRIA, NÚMEROS DECIMAIS PERIÓDICOS (DÍ- Números Inteiros
ZIMAS PERIÓDICAS), COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES E RE- Podemos dizer que este conjunto é composto pelos números
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS. CONJUNTO DOS NÚMEROS naturais, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero.
REAIS: PROPRIEDADES, OPERAÇÕES, REPRESENTAÇÃO Este conjunto pode ser representado por:
NA RETA REAL, RELAÇÃO DE ORDEM E RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS

Números Naturais
Os números naturais são o modelo matemático necessário Subconjuntos do conjunto :
para efetuar uma contagem. 1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
Começando por zero e acrescentando sempre uma unidade,
obtemos o conjunto infinito dos números naturais {...-2, -1, 1, 2, ...}

2) Conjuntos dos números inteiros não negativos

{0, 1, 2, ...}
- Todo número natural dado tem um sucessor
a) O sucessor de 0 é 1. 3) Conjunto dos números inteiros não positivos
b) O sucessor de 1000 é 1001.
c) O sucessor de 19 é 20. {...-3, -2, -1}

Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero. Números Racionais


Chama-se de número racional a todo número que pode ser ex-
presso na forma , onde a e b são inteiros quaisquer, com b≠0
{1,2,3,4,5,6... . } São exemplos de números racionais:

- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um anteces- -12/51


sor (número que vem antes do número dado). -3
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.
a) O antecessor do número m é m-1. -(-3)
b) O antecessor de 2 é 1. -2,333...
c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9. As dízimas periódicas podem ser representadas por fração,
portanto são consideradas números racionais.
Expressões Numéricas Como representar esses números?
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtrações, mul-
tiplicações e divisões. Todas as operações podem acontecer em Representação Decimal das Frações
uma única expressão. Para resolver as expressões numéricas utili- Temos 2 possíveis casos para transformar frações em decimais
zamos alguns procedimentos:
1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o número de-
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro operações, cimal terá um número finito de algarismos após a vírgula.
devemos resolver a multiplicação ou a divisão primeiramente, na
ordem em que elas aparecerem e somente depois a adição e a sub-
tração, também na ordem em que aparecerem e os parênteses são
resolvidos primeiro.

1
MATEMÁTICA
Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
2º) Terá um número infinito de algarismos após a vírgula, mas X=111/99
lembrando que a dízima deve ser periódica para ser número racio-
nal Números Irracionais
OBS: período da dízima são os números que se repetem, se Identificação de números irracionais
não repetir não é dízima periódica e assim números irracionais, que – Todas as dízimas periódicas são números racionais.
trataremos mais a frente. – Todos os números inteiros são racionais.
– Todas as frações ordinárias são números racionais.
– Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
– Todas as raízes inexatas são números irracionais.
– A soma de um número racional com um número irracional é
sempre um número irracional.
– A diferença de dois números irracionais, pode ser um número
racional.
– Os números irracionais não podem ser expressos na forma ,
com a e b inteiros e b≠0.

Representação Fracionária dos Números Decimais Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.


1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar com o
denominador seguido de zeros. – O quociente de dois números irracionais, pode ser um núme-
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma casa, ro racional.
um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim por diante.
Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional.

– O produto de dois números irracionais, pode ser um número


racional.

Exemplo: . = = 7 é um número racional.

Exemplo: radicais( a raiz quadrada de um número na-


tural, se não inteira, é irracional.

Números Reais

2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, então como


podemos transformar em fração?

Exemplo 1
Transforme a dízima 0, 333... .em fração
Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízima dada
de x, ou seja
X=0,333...

Se o período da dízima é de um algarismo, multiplicamos por 10.


10x=3,333...

E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333... Fonte: www.estudokids.com.br
9x=3
X=3/9 Representação na reta
X=1/3

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de período.

Exemplo 2
Seja a dízima 1,1212...
Façamos x = 1,1212...
100x = 112,1212... .

2
MATEMÁTICA
Intervalos limitados Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais maiores
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou iguais a que a.
e menores do que b ou iguais a b.

Intervalo:[a,b] Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto: {x ϵ R|a≤x≤b} Conjunto:{x ϵ R|x>a}

Intervalo aberto – números reais maiores que a e menores que Potenciação


b. Multiplicação de fatores iguais

2³=2.2.2=8
Casos
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Intervalo:]a,b[
Conjunto:{xϵR|a<x<b}
Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores que a ou
iguais a A e menores do que B.

2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio número.

Intervalo:{a,b[
Conjunto {x ϵ R|a≤x<b}
3) Todo número negativo, elevado ao expoente par, resulta em
Intervalo fechado à direita – números reais maiores que a e um número positivo.
menores ou iguais a b.

Intervalo:]a,b] 4) Todo número negativo, elevado ao expoente ímpar, resulta


Conjunto:{x ϵ R|a<x≤b} em um número negativo.

Intervalos Ilimitados
Semirreta esquerda, fechada de origem b- números reais me-
nores ou iguais a b.

5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos passar o sinal


para positivo e inverter o número que está na base.

Intervalo:]-∞,b]
Conjunto:{x ϵ R|x≤b}

Semirreta esquerda, aberta de origem b – números reais me-


nores que b.

6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o valor do
expoente, o resultado será igual a zero.

Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x ϵ R|x<b}

Semirreta direita, fechada de origem a – números reais maiores


ou iguais a A. Propriedades
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de mesma
base, repete-se a base e soma os expoentes.

Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x ϵ R|x≥a}

3
MATEMÁTICA
Exemplos: 64=2.2.2.2.2.2=26
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27 Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-se” um
e multiplica.

2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mesma base. Observe:


Conserva-se a base e subtraem os expoentes.
1 1 1
3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5
Exemplos:
96 : 92 = 96-2 = 94

De modo geral, se

a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * ,
3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e multiplica-se
os expoentes. Então:

Exemplos:
(52)3 = 52.3 = 56
n
a.b = n a .n b

O radical de índice inteiro e positivo de um produto indicado é


igual ao produto dos radicais de mesmo índice dos fatores do radi-
cando.

4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores elevados a um Raiz quadrada de frações ordinárias
expoente, podemos elevar cada um a esse mesmo expoente.
(4.3)²=4².3² 1 1
2 2 2 2 2
2
5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, podemos Observe: =  = 1 =
elevar separados. 3 3 3
32
a na
* *
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R , n ∈ N , então: n =
+
b nb
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente indicado
Radiciação é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice dos termos do
Radiciação é a operação inversa a potenciação radicando.

Raiz quadrada números decimais

Técnica de Cálculo Operações


A determinação da raiz quadrada de um número torna-se mais
fácil quando o algarismo se encontra fatorado em números primos.
Veja:

64 2
32 2 Operações
16 2
8 2 Multiplicação
4 2
2 2 Exemplo
1

4
MATEMÁTICA
O conjunto de múltiplos de um número natural não-nulo é in-
finito e podemos consegui-lo multiplicando-se o número dado por
Divisão todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}

Divisores
Exemplo Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é divisor de
12 e 15.
D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15}
Adição e subtração
Observações:
Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20. – Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
– Todo número natural é múltiplo de 1.
– Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múlti-
8 2 20 2
plos.
4 2 10 2 - O zero é múltiplo de qualquer número natural.
2 2 5 5
Máximo Divisor Comum
1 1 O máximo divisor comum de dois ou mais números naturais
não-nulos é o maior dos divisores comuns desses números.
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, devemos seguir
as etapas:
• Decompor o número em fatores primos
Caso tenha: • Tomar o fatores comuns com o menor expoente
• Multiplicar os fatores entre si.
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo.
Exemplo:
Racionalização de Denominadores
Normalmente não se apresentam números irracionais com
radicais no denominador. Ao processo que leva à eliminação dos 15 3 24 2
radicais do denominador chama-se racionalização do denominador. 5 5 12 2
1º Caso: Denominador composto por uma só parcela
1 6 2
3 3
1

15 = 3.5 24 = 23.3

O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente.


2º Caso: Denominador composto por duas parcelas. m.d.c
(15,24) = 3
Mínimo Múltiplo Comum
O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais números é
o menor número, diferente de zero.

Devemos multiplicar de forma que obtenha uma diferença de Para calcular devemos seguir as etapas:
quadrados no denominador: • Decompor os números em fatores primos
• Multiplicar os fatores entre si

Exemplo:

Múltiplos 15,24 2
Um número é múltiplo de outro quando ao dividirmos o pri-
15,12 2
meiro pelo segundo, o resto é zero.
15,6 2
Exemplo 15,3 3
5,1 5
1

5
MATEMÁTICA
Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos. 1h---60minutos
Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a divisão x-----660
com algum dos números, não é necessário que os dois sejam divisí- x=660/60=11
veis ao mesmo tempo.
Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, continua Então será depois de 11horas que se encontrarão
aparecendo. 7+11=18h

Assim, o mmc (15,24) = 23.3.5 = 120


POLINÔMIOS .DEFINIÇÃO. ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MUL-
Exemplo TIPLICAÇÃO E DIVISÃO DE POLINÔMIOS NUMA ÚNICA
O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16 m, será VARIÁVEL. NOÇÃO INTUITIVA DO CONCEITO DE “ZE-
revestido com ladrilhos quadrados, de mesma dimensão, inteiros, ROS” DE UM POLINÔMIO
de forma que não fique espaço vazio entre ladrilhos vizinhos. Os
ladrilhos serão escolhidos de modo que tenham a maior dimensão Denomina-se polinômio a função:
possível.
Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá medir

(A) mais de 30 cm.


(B) menos de 15 cm. Grau de um polinômio
(C) mais de 15 cm e menos de 20 cm. Se an ≠0, o expoente máximo n é dito grau do polinômio. Indi-
(D) mais de 20 cm e menos de 25 cm. camos: gr(P)=n
(E) mais de 25 cm e menos de 30 cm. Exemplo
Resposta: A. P(x)=7 gr(P)=0
P(x)=7x+1 gr(P)=1
352 2 416 2
Valor Numérico
176 2 208 2 O valor numérico de um polinômio P(x), para x=a, é o número
88 2 104 2 que se obtém substituindo x por a e efetuando todas as operações.
Exemplo
44 2 52 2
P(x)=x³+x²+1 , o valor numérico para P(x), para x=2 é:
22 2 26 2 P(2)=2³+2²+1=13
11 11 13 13 O número a é denominado raiz de P(x).
1 1 Igualdade de polinômios
Os polinômios p e q em P(x), definidos por:
Devemos achar o mdc para achar a maior medida possível P(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn
E são os fatores que temos iguais:25=32 Q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +...+ bnxn
Exemplo
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016) No aero- São iguais se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n:
porto de uma pequena cidade chegam aviões de três companhias ak = b k
aéreas. Os aviões da companhia A chegam a cada 20 minutos, da
companhia B a cada 30 minutos e da companhia C a cada 44 mi- Redução de Termos Semelhantes
nutos. Em um domingo, às 7 horas, chegaram aviões das três com- Assim como fizemos no caso dos monômios, também podemos
panhias ao mesmo tempo, situação que voltará a se repetir, nesse fazer a redução de polinômios através da adição algébrica dos seus
mesmo dia, às: termos semelhantes.
(A) 16h 30min. No exemplo abaixo realizamos a soma algébrica do primeiro
(B) 17h 30min. com o terceiro termo, e do segundo com o quarto termo, reduzindo
(C) 18h 30min. um polinômio de quatro termos a um outro de apenas dois.
(D) 17 horas. 3xy+2a²-xy+3a²=2xy+5a²
(E) 18 horas.
Polinômios reduzidos de dois termos também são denomina-
Resposta: E. dos binômios. Polinômios reduzidos de três termos, também são
denominados trinômios.
20,30,44 2
10,15,22 2 Ordenação de um polinômio
A ordem de um polinômio deve ser do maior para o menor
5,15,11 3 expoente.
5,5,11 5 4x4+2x³-x²+5x-1
Este polinômio não está ordenado:
1,1,11 11
3x³+4x5-x²
1,1,1

Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660

6
MATEMÁTICA
Operações
Adição e Subtração de Polinômios
Para somar dois polinômios, adicionamos os termos com expoentes de mesmo grau. Da mesma forma, para obter a diferença de dois
polinômios, subtraímos os termos com expoentes de mesmo grau.
Exemplo

Multiplicação de Polinômios
Para obter o produto de dois polinômios, multiplicamos cada termo de um deles por todos os termos do outro, somando os coefi-
cientes.

Exemplo

Divisão de Polinômios
Considere P(x) e D(x), não nulos, tais que o grau de P(x) seja maior ou igual ao grau de D(x). Nessas condições, podemos efetuar a
divisão de P(x) por D(x), encontrando o polinômio Q(x) e R(x):
P(x)=D(x)⋅Q(x)+R(x)
P(x)=dividendo
Q(x)=quociente
D(x)=divisor
R(x)=resto

Método da Chave
Passos
1. Ordenamos os polinômios segundo as potências decrescentes de x.
2. Dividimos o primeiro termo de P(x) pelo primeiro de D(x), obtendo o primeiro termo de Q(x).
3. Multiplicamos o termo obtido pelo divisor D(x) e subtraímos de P(x).
4. Continuamos até obter um resto de grau menor que o de D(x), ou resto nulo.

Exemplo
Divida os polinômios P(x)=6x³-13x²+x+3 por D(x)=2x³-3x-1

Método de Descartes
Consiste basicamente na determinação dos coeficientes do quociente e do resto a partir da identidade:

7
MATEMÁTICA
Exemplo
Divida P(x)=x³-4x²+7x-3 por D(x)=x²-3x+2

Solução
Devemos encontrar Q(x) e R(x) tais que:

Vamos analisar os graus:

Como Gr( R) < Gr(D), devemos impor Gr(R )=Gr(D)-1=2-1=1

Para que haja igualdade:

Algoritmo de Briot-Ruffini
Consiste em um dispositivo prático para efetuar a divisão de um polinômio P(x) por um binômio D(x)=x-a

Exemplo
Divida P(x)=3x³-5x+x-2 por D(x)=x-2

Solução
Passos
– Dispõem-se todos os coeficientes de P(x) na chave
– Colocar a esquerda a raiz de D(x)=x-a=0.
– Abaixar o primeiro coeficiente. Em seguida multiplica-se pela raiz a e soma-se o resultado ao segundo coeficiente de P(x), obtendo
o segundo coeficiente. E assim sucessivamente.

Portanto, Q(x)=3x²+x+3 e R(x)=4

8
MATEMÁTICA
Produtos Notáveis

1. O quadrado da soma de dois termos.


Verifiquem a representação e utilização da propriedade da potenciação em seu desenvolvimento.
(a + b)2 = (a + b) . (a + b)
Onde a é o primeiro termo e b é o segundo.

Ao desenvolvermos esse produto, utilizando a propriedade distributiva da multiplicação, teremos:

Exemplos

2. O quadrado da diferença de dois termos.


Seguindo o critério do item anterior, temos:
(a - b)2 = (a - b) . (a - b)
Onde a é o primeiro termo e b é o segundo.

Ao desenvolvermos esse produto, utilizando a propriedade distributiva da multiplicação, teremos:

Exemplos:

3. O produto da soma pela diferença de dois termos.


Se tivermos o produto da soma pela diferença de dois termos, poderemos transformá-lo numa diferença de quadrados.

Exemplos
(4c + 3d).(4c – 3d) = (4c)2 – (3d)2 = 16c2 – 9d2
(x/2 + y).(x/2 – y) = (x/2)2 – y2 = x2/4 – y2
(m + n).(m – n) = m2 – n2

4. O cubo da soma de dois termos.

Consideremos o caso a seguir:


(a + b)3 = (a + b).(a + b)2 → potência de mesma base.
(a + b).(a2 + 2ab + b2) → (a + b)2

9
MATEMÁTICA
Aplicando a propriedade distributiva como nos casos anterio- MDC e MMC de polinômios
res, teremos: Mínimo Múltiplo Comum entre polinômios, é formado pelo
(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 produto dos fatores com os maiores expoentes.
Máximo Divisor Comum é o produto dos fatores primos com o
Exemplos: menor expoente.
(2x + 2y)3 = (2x)3 + 3.(2x)2.(2y) + 3.(2x).(2y)2 + (2y)3 = 8x3 + 24x2y Exemplo
+ 24xy2 + 8y3 X²+7x+10 e 3x²+12x+12
(w + 3z)3 = w3 + 3.(w2).(3z) + 3.w.(3z)2 + (3z)3 = w3 + 9w2z + 27wz2
+ 27z3 Primeiro passo é fatorar as expressões:
(m + n)3 = m3 + 3m2n + 3mn2 + n3 X²+7x+10=(x+2)(x+5)
3x²+12x+12=3(x²+4x+4)=3(x+2)²
5. O cubo da diferença de dois termos Mmc=3(x+2)²(x+5)
Mdc=x+2
Acompanhem o caso seguinte:
(a – b)3 = (a - b).(a – b)2 → potência de mesma base. Operação com frações algébricas
(a – b).(a2 – 2ab + b2) → (a - b)2
Adição e subtração de frações algébricas
Aplicando a propriedade distributiva como nos casos anterio- Da mesma forma que ocorre com as frações numéricas, as fra-
res, teremos: ções algébricas são somadas ou subtraídas obedecendo dois casos
(a – b)3 = a3 – 3a2b + 3ab2 – b3 diferentes.

Exemplos Caso 1: denominadores iguais.


(2 – y)3 = 23 – 3.(22).y + 3.2.y2 – y3 = 8 – 12y + 6y2 – y3 ou y3– 6y2 Para adicionar ou subtrair frações algébricas com denomina-
+ 12y – 8 dores iguais, as mesmas regras aplicadas às frações numéricas aqui
(2w – z)3 = (2w)3 – 3.(2w)2.z + 3.(2w).z2 – z3 = 8w3 – 12w2z + são aplicadas também.
6wz2 – z3 (2x2-5)/x2 -(x2+3)/x2 +(9-x2)/x2
(2x2-5-x2-3+9-x2)/x2 =1/x2
(c – d)3 = c3 – 3c2d + 3cd2 – d3
Caso 2: denominadores diferentes.
Fatoração Para adicionar ou subtrair frações algébricas com denominado-
Fatorar uma expressão algébrica significa escrevê-la na forma res diferentes, siga as mesmas orientações dadas na resolução de
de um produto de expressões mais simples. frações numéricas de denominadores diferentes.
(3x+1)/(2x-2)-(x+1)/(x-1)
Casos de fatoração (3x+1)/2(x-1) -2(x+1)/2(x-1)
(3x+1-2x-2)/(2(x-1))=(x-1)/2(x-1) =1/2
Fator Comum:
Ex.: ax + bx + cx = x (a + b + c) Multiplicação de frações algébricas
Para multiplicar ou dividir frações algébricas, usamos o mesmo
O fator comum é x. processo das frações numéricas. Fatorando os termos da fração e
Ex.: 12x³ - 6x²+ 3x = 3x (4x² - 2x + 1) simplificar os fatores comuns.
2x/(x-4)∙3x/(x+5)
O fator comum é 3x
Multiplica-se os denominadores e os numeradores.
Agrupamento: (6x2)/((x-4)(x+5))=(6x2)/(x2+x-20)
Ex.: ax + ay + bx + by
Divisão de frações algébricas
Agrupar os termos de modo que em cada grupo haja um fator Multiplica-se a primeira pelo inverso da segunda.
comum. 7x/(3-4x) ∶x/(x+1)
(ax + ay) + (bx + by) 7x/(3-4x)∙((x+1))/x
7x(x+1)/(3-4x)x=(7x2+7x)/(3x-4x²)
Colocar em evidência o fator comum de cada grupo
a(x + y) + b(x + y)
CÁLCULO ALGÉBRICO.OPERAÇÕES COM EXPRESSÕES
Colocar o fator comum (x + y) em evidência (x + y) (a + b) Este ALGÉBRICAS. PRODUTOS NOTÁVEIS. FATORAÇÃO. FRA-
produto é a forma fatorada da expressão dada ÇÕES ALGÉBRICAS. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Diferença de Dois Quadrados: a² − b² = (a + b) (a − b) Expressões algébricas são expressões matemáticas que apre-
sentam números, letras e operações. As expressões desse tipo são
Trinômio Quadrado Perfeito: a²± 2ab + b² = (a ± b)² usadas com frequência em fórmulas e equações.
As letras que aparecem em uma expressão algébrica são cha-
Trinômio do 2º Grau: Supondo x1 e x2 raízes reais do trinômio, madas de variáveis e representam um valor desconhecido.
temos: ax² + bx + c = a (x - x1) (x - x2), a≠0 Os números escritos na frente das letras são chamados de co-
eficientes e deverão ser multiplicados pelos valores atribuídos as
letras.

10
MATEMÁTICA
Exemplo: Exemplo:
(PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE DE (PREF. MOGEIRO/PB - PROFESSOR – MATEMÁTICA – EXAMES)
ADMINISTRAÇÃO – VUNESP) Uma loja de materiais elétricos testou Simplificando a expressão,
um lote com 360 lâmpadas e constatou que a razão entre o número
de lâmpadas queimadas e o número de lâmpadas boas era 2 / 7. Sa-
bendo-se que, acidentalmente, 10 lâmpadas boas quebraram e que
lâmpadas queimadas ou quebradas não podem ser vendidas, então
a razão entre o número de lâmpadas que não podem ser vendidas
e o número de lâmpadas boas passou a ser de
(A) 1 / 4. Obtemos:
(B) 1 / 3. (A) a + b.
(C) 2 / 5. (B) a² + b².
(D) 1 / 2. (C) ab.
(E) 2 / 3. (D) a² + ab + b².
(E) b – a.
Resolução:
Chamemos o número de lâmpadas queimadas de ( Q ) e o nú-
Resolução:
mero de lâmpadas boas de ( B ). Assim:
B + Q = 360 , ou seja, B = 360 – Q ( I )

Substituindo a equação ( I ) na equação ( II ), temos:


7.Q = 2. (360 – Q)
7.Q = 720 – 2.Q
7.Q + 2.Q = 720
9.Q = 720
Q = 720 / 9
Q = 80 (queimadas)
Como 10 lâmpadas boas quebraram, temos:
Q’ = 80 + 10 = 90 e B’ = 360 – 90 = 270

Resposta: D

Resposta: B Monômios
Quando uma expressão algébrica apresenta apenas multiplica-
Simplificação de expressões algébricas ções entre o coeficiente e as letras (parte literal), ela é chamada de
Podemos escrever as expressões algébricas de forma mais monômio. Exemplos: 3ab ; 15xyz3
simples somando seus termos semelhantes (mesma parte literal).
Basta somar ou subtrair os coeficientes dos termos semelhantes e Propriedades importantes
repetir a parte literal. Exemplos: – Toda equação algébrica de grau n possui exatamente n raízes.
a) 3xy + 7xy4 - 6x3y + 2xy - 10xy4 = (3xy + 2xy) + (7xy4 - 10xy4) – Se b for raiz de P(x) = 0 , então P(x) é divisível por (x – b) .
- 6x3y = 5xy - 3xy4 - 6x3y Esta propriedade é muito importante para abaixar o grau de uma
b) ab - 3cd + 2ab - ab + 3cd + 5ab = (ab + 2ab - ab + 5ab) + (- 3cd equação, o que se consegue dividindo P(x) por x - b, aplicando Brio-
+ 3cd) = 7ab t-Ruffini.
– Se o número complexo (a + bi) for raiz de P(x) = 0 , então o
Fatoração de expressões algébricas conjugado (a – bi) também será raiz .
Fatorar significa escrever uma expressão como produto de ter- – Se a equação P(x) = 0 possuir k raízes iguais a m então dize-
mos. Para fatorar uma expressão algébrica podemos usar os seguin- mos que m é uma raiz de grau de multiplicidade k.
tes casos: – Se a soma dos coeficientes de uma equação algébrica P(x) = 0
• Fator comum em evidência: ax + bx = x . (a + b) for nula, então a unidade é raiz da
• Agrupamento: ax + bx + ay + by = x . (a + b) + y . (a + b) = (x + – Toda equação de termo independente nulo, admite um nú-
y) . (a + b) mero de raízes nulas igual ao menor expoente da variável.
• Trinômio Quadrado Perfeito (Adição): a2 + 2ab + b2 = (a + b)2
• Trinômio Quadrado Perfeito (Diferença): a2 – 2ab + b2 = (a – Relações de Girard
b) 2
São as relações existentes entre os coeficientes e as raízes de
• Diferença de dois quadrados: (a + b) . (a – b) = a2 – b2 uma equação algébrica.
• Cubo Perfeito (Soma): a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 = (a + b)3 Sendo V= {r1, r2, r3,...,rn-1,rn} o conjunto verdade da equação P(x)
• Cubo Perfeito (Diferença): a3 - 3a2b + 3ab2 - b3 = (a - b)3 = a0xn + a1xn-1 +a2xn-2+ ... + an-1x+an=0, com a0≠ 0, valem as seguintes
relações entre os coeficientes e as raízes:

11
MATEMÁTICA

EQUAÇÕES DE 1O GRAU RESOLUÇÃO DE EQUAÇÃO DE


1O GRAU. RESOLUÇÃO DE SISTEMA DE EQUAÇÕES DE
1O GRAU. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS REDUTÍVEIS
A EQUAÇÃO DE 1O GRAU. RESOLUÇÃO DE PROBLE-
MAS REDUTÍVEIS A SISTEMA DE EQUAÇÕES DE 1O
GRAU. INEQUAÇÕES DE 1O GRAU. RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS ENVOLVENDO INEQUAÇÕES DE 1O GRAU.
EQUAÇÕES DE 2O GRAU RESOLUÇÃO DE EQUAÇÃO DE
2O GRAU. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS REDUTÍVEIS
A EQUAÇÃO DE 2O GRAU. EQUAÇÕES IRRACIONAIS.
EQUAÇÕES BIQUADRADAS

Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma


Atenção relação de igualdade e uma incógnita ou variável (x, y, z,...).
As relações de Girard só são úteis na resolução de equações
quando temos alguma informação sobre as raízes. Sozinhas, elas Equação do 1º grau
não são suficientes para resolver as equações. As equações do primeiro grau são aquelas que podem ser re-
presentadas sob a forma ax + b = 0, em que a e b são constantes
Exemplo: reais, com a diferente de 0, e x é a variável. A resolução desse tipo
(UFSCAR-SP) Sabendo-se que a soma de duas das raízes da de equação é fundamentada nas propriedades da igualdade descri-
equação x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0 é igual a 5, pode-se afirmar a respeito tas a seguir.
das raízes que: Adicionando um mesmo número a ambos os membros de uma
(A) são todas iguais e não nulas. equação, ou subtraindo um mesmo número de ambos os membros,
(B) somente uma raiz é nula. a igualdade se mantém.
(C) as raízes constituem uma progressão geométrica. Dividindo ou multiplicando ambos os membros de uma equa-
(D) as raízes constituem uma progressão aritmética. ção por um mesmo número não-nulo, a igualdade se mantém.
(E) nenhuma raiz é real.
• Membros de uma equação
Resolução: Numa equação a expressão situada à esquerda da igualdade é
x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0 chamada de 1º membro da equação, e a expressão situada à direita
Raízes: x1, x2 e x3 da igualdade, de 2º membro da equação.
Informação: x1 + x2 = 5
Girard: x1 + x2 + x3 = 7 ➱ 5 + x3 = 7 ➱ x3 = 2
Como 2 é raiz, por Briot-Ruffini, temos

• Resolução de uma equação


Colocamos no primeiro membro os termos que apresentam
variável, e no segundo membro os termos que não apresentam va-
x2 – 5x + 4 = 0 riável. Os termos que mudam de membro têm os sinais trocados.
x = 1 ou x = 4 5x – 8 = 12 + x
S = {1, 2, 4} 5x – x = 12 + 8
Resposta: C 4x = 20
X = 20/4
Teorema das Raízes Racionais X=5
É um recurso para a determinação de raízes de equações algé-
bricas. Segundo o teorema, se o número racional, com e primos en- Ao substituirmos o valor encontrado de x na equação obtemos
tre si (ou seja, é uma fração irredutível), é uma raiz da equação po- o seguinte:
linomial com coeficientes inteiros então é divisor de e é divisor de. 5x – 8 = 12 + x
Exemplo: 5.5 – 8 = 12 + 5
Verifique se a equação x3 – x2 + x – 6 = 0 possui raízes racionais. 25 – 8 = 17
17 = 17 ( V)
Resolução:
p deve ser divisor de 6, portanto: ±6, ±3, ±2, ±1; q deve ser Quando se passa de um membro para o outro se usa a ope-
divisor de 1, portanto: ±1; Portanto, os possíveis valores da fração ração inversa, ou seja, o que está multiplicando passa dividindo e
são p/q: ±6, ±3, ±2 e ±1. Substituindo-se esses valores na equação, o que está dividindo passa multiplicando. O que está adicionando
descobrimos que 2 é uma de suas raízes. Como esse polinômio é de passa subtraindo e o que está subtraindo passa adicionando.
grau 3 (x3 ) é necessário descobrir apenas uma raiz para determinar
as demais. Se fosse de grau 4 (x4 ) precisaríamos descobrir duas
raízes. As demais raízes podem facilmente ser encontradas utilizan-
do-se o dispositivo prático de Briot-Ruffini e a fórmula de Bhaskara.

12
MATEMÁTICA
Exemplo:
(PRODAM/AM – AUXILIAR DE MOTORISTA – FUNCAB) Um grupo formado por 16 motoristas organizou um churrasco para suas famí-
lias. Na semana do evento, seis deles desistiram de participar. Para manter o churrasco, cada um dos motoristas restantes pagou R$ 57,00
a mais.
O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi:
(A) R$ 570,00
(B) R$ 980,50
(C) R$ 1.350,00
(D) R$ 1.480,00
(E) R$ 1.520,00

Resolução:
Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
16 . x = Total
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
Combinando as duas equações, temos:
16.x = 10.x + 570
16.x – 10.x = 570
6.x = 570
x = 570 / 6
x = 95
O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.
Resposta: E

Equação do 2º grau
As equações do segundo grau são aquelas que podem ser representadas sob a forma ax² + bx +c = 0, em que a, b e c são constantes
reais, com a diferente de 0, e x é a variável.

• Equação completa e incompleta


1) Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa.
Ex.: x2 - 7x + 11 = 0= 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 7, c = 11).

2) Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se diz incompleta.


Exs.:
x² - 81 = 0 é uma equação incompleta (b=0).
x² +6x = 0 é uma equação incompleta (c = 0).
2x² = 0 é uma equação incompleta (b = c = 0).

• Resolução da equação
1º) A equação é da forma ax2 + bx = 0 (incompleta)
x2 – 16x = 0 colocamos x em evidência
x . (x – 16) = 0,
x=0
x – 16 = 0
x = 16
Logo, S = {0, 16} e os números 0 e 16 são as raízes da equação.

2º) A equação é da forma ax2 + c = 0 (incompleta)


x2 – 49= 0 Fatoramos o primeiro membro, que é uma diferença de dois quadrados.
(x + 7) . (x – 7) = 0,
x+7=0 x–7=0
x=–7 x=7

ou

x2 – 49 = 0
x2 = 49
x2 = 49
x = 7, (aplicando a segunda propriedade).
Logo, S = {–7, 7}.

3º) A equação é da forma ax² + bx + c = 0 (completa)


Para resolvê-la usaremos a formula de Bháskara.

13
MATEMÁTICA

Conforme o valor do discriminante Δ existem três possibilidades quanto á natureza da equação dada.

Quando ocorre a última possibilidade é costume dizer-se que não existem raízes reais, pois, de fato, elas não são reais já que não
existe, no conjunto dos números reais, √a quando a < 0.

• Relações entre raízes e coeficientes

Exemplo:
(CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC) Qual a equação do 2º grau cujas raízes são 1 e 3/2?
(A) x²-3x+4=0
(B) -3x²-5x+1=0
(C) 3x²+5x+2=0
(D) 2x²-5x+3=0

Resolução:
Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas raízes somadas resultam no valor numérico de b; e P= duas raízes multi-
plicadas resultam no valor de c.

Resposta: D

Inequação do 1º grau
Uma inequação do 1° grau na incógnita x é qualquer expressão do 1° grau que pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax + b > 0
ax + b < 0
ax + b ≥ 0
ax + b ≤ 0
Onde a, b são números reais com a ≠ 0

14
MATEMÁTICA
• Resolvendo uma inequação de 1° grau Resolução:
Uma maneira simples de resolver uma equação do 1° grau é
isolarmos a incógnita x em um dos membros da igualdade. O méto-
do é bem parecido com o das equações. Ex.:
Resolva a inequação -2x + 7 > 0.
Solução:
-2x > -7
Multiplicando por (-1)
2x < 7
x < 7/2
Portanto a solução da inequação é x < 7/2.

Atenção:
Toda vez que “x” tiver valor negativo, devemos multiplicar por Resposta: B
(-1), isso faz com que o símbolo da desigualdade tenha o seu sen-
tido invertido. Inequação do 2º grau
Pode-se resolver qualquer inequação do 1° grau por meio do Chamamos de inequação da 2º toda desigualdade pode ser re-
estudo do sinal de uma função do 1° grau, com o seguinte proce- presentada da seguinte forma:
dimento: ax2 + bx + c > 0
1. Iguala-se a expressão ax + b a zero; ax2 + bx + c < 0
2. Localiza-se a raiz no eixo x; ax2 + bx + c ≥ 0
3. Estuda-se o sinal conforme o caso. ax2 + bx + c ≤ 0
Onde a, b e c são números reais com a ≠ 0
Pegando o exemplo anterior temos:
-2x + 7 > 0 Resolução da inequação
-2x + 7 = 0 Para resolvermos uma inequação do 2o grau, utilizamos o estu-
x = 7/2 do do sinal. As inequações são representadas pelas desigualdades:
> , ≥ , < , ≤.
Ex.: x2 -3x + 2 > 0

Resolução:
x2 -3x + 2 > 0
x ‘ =1, x ‘’ = 2
Como desejamos os valores para os quais a função é maior que
zero devemos fazer um esboço do gráfico e ver para quais valores
de x isso ocorre.

Exemplo:
(SEE/AC – PROFESSOR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA MATEMÁ-
TICA E SUAS TECNOLOGIAS – FUNCAB) Determine os valores de
que satisfazem a seguinte inequação:

Vemos, que as regiões que tornam positivas a função são: x<1


e x>2. Resposta: { x|R| x<1 ou x>2}

(A) x > 2 Exemplo:


(B) x - 5 (VUNESP) O conjunto solução da inequação 9x2 – 6x + 1 ≤ 0, no
(C) x > - 5 universo dos números reais é:
(D) x < 2 (A) ∅
(E) x 2
(B) R

(C)

(D)

(E)

15
MATEMÁTICA
Resolução: A função do 1º grau pode ser classificada de acordo com seus
Resolvendo por Bháskara: gráficos. Considere sempre a forma genérica y = ax + b.

• Função constante
Se a = 0, então y = b, b ∈ R. Desta maneira, por exemplo, se y
= 4 é função constante, pois, para qualquer valor de x, o valor de y
ou f(x) será sempre 4.

Fazendo o gráfico, a > 0 parábola voltada para cima:

• Função identidade
Se a = 1 e b = 0, então y = x. Nesta função, x e y têm sempre
os mesmos valores. Graficamente temos: A reta y = x ou f(x) = x é
denominada bissetriz dos quadrantes ímpares.

Resposta: C

FUNÇÕES .NOÇÃO INTUITIVA E DEFINIÇÃO. NOTAÇÃO


DE FUNÇÃO. DOMÍNIO, IMAGEM E CONTRADOMÍ-
NIO. FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1O GRAU: DEFINIÇÃO,
PROPRIEDADES, ZERO OU RAIZ DA FUNÇÃO, ESTUDO Mas, se a = -1 e b = 0, temos então y = -x. A reta determinada
DA VARIAÇÃO DO SINAL E GRÁFICO. FUNÇÃO POLI- por esta função é a bissetriz dos quadrantes pares, conforme mos-
NOMIAL DO 2O GRAU: DEFINIÇÃO, PROPRIEDADES, tra o gráfico ao lado. x e y têm valores iguais em módulo, porém
ZEROS OU RAÍZES DA FUNÇÃO, COORDENADAS DO com sinais contrários.
VÉRTICE, ESTUDO DE MÁXIMO E MÍNIMO, ESTUDO
DA VARIAÇÃO DO SINAL E GRÁFICO. RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS ENVOLVENDO FUNÇÃO DE 1O GRAU. RE-
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS ENVOLVENDO FUNÇÃO DE
2O GRAU

Funções lineares
Chama-se função do 1º grau ou afim a função f: R  R definida
por y = ax + b, com a e b números reais e a 0. a é o coeficiente an-
gular da reta e determina sua inclinação, b é o coeficiente linear da
reta e determina a intersecção da reta com o eixo y.

• Função linear
É a função do 1º grau quando b = 0, a ≠ 0 e a ≠ 1, a e b ∈ R.

• Função afim
É a função do 1º grau quando a ≠ 0, b ≠ 0, a e b ∈ R.

• Função Injetora
Com a ϵ R* e b ϵ R. É a função cujo domínio apresenta elementos distintos e tam-
bém imagens distintas.
Atenção
Usualmente chamamos as funções polinomiais de: 1º grau, 2º
etc, mas o correto seria Função de grau 1,2 etc. Pois o classifica a
função é o seu grau do seu polinômio.

16
MATEMÁTICA
• Função ímpar
Quando para todo elemento x pertencente ao domínio, temos
f(-x) = -f(x) ∀ x є D(f). Ou seja, os elementos simétricos do domínio
terão imagens simétricas.

• Função Sobrejetora
É quando todos os elementos do domínio forem imagens de
PELO MENOS UM elemento do domínio.

Gráfico da função do 1º grau


A representação geométrica da função do 1º grau é uma reta,
portanto, para determinar o gráfico, é necessário obter dois pontos.
Em particular, procuraremos os pontos em que a reta corta os eixos
x e y.
De modo geral, dada a função f(x) = ax + b, para determinarmos
a intersecção da reta com os eixos, procedemos do seguinte modo:

• Função Bijetora
É uma função que é ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.

1º) Igualamos y a zero, então ax + b = 0 ⇒ x = - b/a, no eixo x


encontramos o ponto (-b/a, 0).
2º) Igualamos x a zero, então f(x) = a. 0 + b ⇒ f(x) = b, no eixo y
encontramos o ponto (0, b).
• Função Par • f(x) é crescente se a é um número positivo (a > 0);
Quando para todo elemento x pertencente ao domínio temos • f(x) é decrescente se a é um número negativo (a < 0).
f(x)=f(-x), ∀ x ∈ D(f). Ou seja, os valores simétricos devem possuir
a mesma imagem.

17
MATEMÁTICA
Raiz ou zero da função do 1º grau Resposta: A
A raiz ou zero da função do 1º grau é o valor de x para o qual y =
f(x) = 0. Graficamente, é o ponto em que a reta “corta” o eixo x. Por- (CBTU/RJ - ASSISTENTE OPERACIONAL - CONDUÇÃO DE VEÍ-
tanto, para determinar a raiz da função, basta a igualarmos a zero: CULOS METROFERROVIÁRIOS – CONSULPLAN) Qual dos pares de
pontos a seguir pertencem a uma função do 1º grau decrescente?
(A) Q(3, 3) e R(5, 5).
(B) N(0, –2) e P(2, 0).
(C) S(–1, 1) e T(1, –1).
(D) L(–2, –3) e M(2, 3).
Estudo de sinal da função do 1º grau
Estudar o sinal de uma função do 1º grau é determinar os valo- Resolução:
res de x para que y seja positivo, negativo ou zero. Para pertencer a uma função polinomial do 1º grau decrescen-
1º) Determinamos a raiz da função, igualando-a a zero: (raiz: te, o primeiro ponto deve estar em uma posição “mais alta” do que
x =- b/a) o 2º ponto.
2º) Verificamos se a função é crescente (a>0) ou decrescente (a Vamos analisar as alternativas:
< 0); temos duas possibilidades: ( A ) os pontos Q e R estão no 1º quadrante, mas Q está em uma
posição mais baixa que o ponto R, e, assim, a função é crescente.
( B ) o ponto N está no eixo y abaixo do zero, e o ponto P está no
eixo x à direita do zero, mas N está em uma posição mais baixa que
o ponto P, e, assim, a função é crescente.
( D ) o ponto L está no 3º quadrante e o ponto M está no 1º
quadrante, e L está em uma posição mais baixa do que o ponto M,
sendo, assim, crescente.
( C ) o ponto S está no 2º quadrante e o ponto T está no 4º qua-
drante, e S está em uma posição mais alta do que o ponto T, sendo,
assim, decrescente.
Resposta: C

Equações lineares
As equações do tipo a1x1 + a2x2 + a3x3 + .....+ anxn = b, são equa-
Exemplos: ções lineares, onde a1, a2, a3, ... são os coeficientes; x1, x2, x3,... as
(PM/SP – CABO – CETRO) O gráfico abaixo representa o salário incógnitas e b o termo independente.
bruto (S) de um policial militar em função das horas (h) trabalhadas Por exemplo, a equação 4x – 3y + 5z = 31 é uma equação line-
em certa cidade. Portanto, o valor que este policial receberá por ar. Os coeficientes são 4, –3 e 5; x, y e z as incógnitas e 31 o termo
186 horas é independente.
Para x = 2, y = 4 e z = 7, temos 4.2 – 3.4 + 5.7 = 31, concluímos
que o terno ordenado (2,4,7) é solução da equação linear
4x – 3y + 5z = 31.

Funções quadráticas
Chama-se função do 2º grau ou função quadrática, de domínio
R e contradomínio R, a função:

Com a, b e c reais e a ≠ 0.

Onde:
(A) R$ 3.487,50. a é o coeficiente de x2
(B) R$ 3.506,25. b é o coeficiente de x
(C) R$ 3.534,00. c é o termo independente
(D) R$ 3.553,00. Atenção:
Resolução: Chama-se função completa aquela em que a, b e c não são nu-
los, e função incompleta aquela em que b ou c são nulos.

Raízes da função do 2ºgrau


Analogamente à função do 1º grau, para encontrar as raízes
da função quadrática, devemos igualar f(x) a zero. Teremos então:
ax2 + bx + c = 0

A expressão assim obtida denomina-se equação do 2º grau.


As raízes da equação são determinadas utilizando-se a fórmula de
Bhaskara:

18
MATEMÁTICA

Δ (letra grega: delta) é chamado de discriminante da equação. Observe que o discriminante terá um valor numérico, do qual temos de
extrair a raiz quadrada. Neste caso, temos três casos a considerar:
Δ > 0 ⇒ duas raízes reais e distintas;
Δ = 0 ⇒ duas raízes reais e iguais;
Δ < 0 ⇒ não existem raízes reais (∄ x ∈ R).

Gráfico da função do 2º grau

• Concavidade da parábola
Graficamente, a função do 2º grau, de domínio r, é representada por uma curva denominada parábola. Dada a função y = ax2 + bx + c,
cujo gráfico é uma parábola, se:

• O termo independente
Na função y = ax2 + bx + c, se x = 0 temos y = c. Os pontos em que x = 0 estão no eixo y, isto significa que o ponto (0, c) é onde a pará-
bola “corta” o eixo y.

• Raízes da função
Considerando os sinais do discriminante (Δ) e do coeficiente de x2, teremos os gráficos que seguem para a função y = ax2 + bx + c.

19
MATEMÁTICA
Vértice da parábola – Máximos e mínimos da função
Observe os vértices nos gráficos:

O vértice da parábola será:


• o ponto mínimo se a concavidade estiver voltada para cima (a > 0);
• o ponto máximo se a concavidade estiver voltada para baixo (a < 0).
A reta paralela ao eixo y que passa pelo vértice da parábola é chamada de eixo de simetria.

Coordenadas do vértice
As coordenadas do vértice da parábola são dadas por:

Estudo do sinal da função do 2º grau


Estudar o sinal da função quadrática é determinar os valores de x para que y seja: positivo, negativo ou zero. Dada a função f(x) = y =
ax2 + bx + c, para saber os sinais de y, determinamos as raízes (se existirem) e analisamos o valor do discriminante.

Exemplos:
(CBM/MG – OFICIAL BOMBEIRO MILITAR – FUMARC) Duas cidades A e B estão separadas por uma distância d. Considere um ciclista
que parte da cidade A em direção à cidade B. A distância d, em quilômetros, que o ciclista ainda precisa percorrer para chegar ao seu des-
tino em função do tempo t, em horas, é dada pela função . Sendo assim, a velocidade média desenvolvida pelo ciclista
em todo o percurso da cidade A até a cidade B é igual a
(A) 10 Km/h
(B) 20 Km/h
(C) 90 Km/h
(D) 100 Km/h

20
MATEMÁTICA
Resolução:
Vamos calcular a distância total, fazendo t = 0:

Agora, vamos substituir na função:

100 – t² = 0
– t² = – 100 . (– 1)
t² = 100
t= √100=10km/h
Resposta: A

(IPEM – TÉCNICO EM METROLOGIA E QUALIDADE – VUNESP) A figura ilustra um arco decorativo de parábola AB sobre a porta da
entrada de um salão:

Considere um sistema de coordenadas cartesianas com centro em O, de modo que o eixo vertical (y) passe pelo ponto mais alto do
arco (V), e o horizontal (x) passe pelos dois pontos de apoio desse arco sobre a porta (A e B).
Sabendo-se que a função quadrática que descreve esse arco é f(x) = – x²+ c, e que V = (0; 0,81), pode-se afirmar que a distância , em
metros, é igual a
(A) 2,1.
(B) 1,8.
(C) 1,6.
(D) 1,9.
(E) 1,4.

Resolução:
C=0,81, pois é exatamente a distância de V
F(x)=-x²+0,81
0=-x²+0,81
X²=0,81
X=±0,9
A distância AB é 0,9+0,9=1,8
Resposta: B

(TRANSPETRO – TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO) A raiz da função f(x) = 2x − 8 é também raiz da
função quadrática g(x) = ax²+ bx + c. Se o vértice da parábola, gráfico da função g(x), é o ponto V(−1, −25), a soma a + b + c é igual a:
(A) − 25
(B) − 24
(C) − 23
(D) − 22
(E) – 21

Resolução:
2x-8=0
2x=8
X=4

21
MATEMÁTICA

Lembrando que para encontrar a equação, temos:


(x - 4)(x + 6) = x² + 6x - 4x - 24 = x² + 2x - 24
a=1
b=2
c=-24
a + b + c = 1 + 2 – 24 = -21
Resposta: E

Função exponencial
Antes seria bom revisarmos algumas noções de potencialização e radiciação.
Sejam a e b bases reais e diferentes de zero e m e n expoentes inteiros, temos:

Equação exponencial
A equação exponencial caracteriza-se pela presença da incógnita no expoente. Exemplos:

Para resolver estas equações, além das propriedades de potências, utilizamos a seguinte propriedade:
Se duas potências são iguais, tendo as bases iguais, então os expoentes são iguais: am = an ⇔ m = n, sendo a > 0 e a ≠ 1.

22
MATEMÁTICA
Gráficos da função exponencial
A função exponencial f, de domínio R e contradomínio R, é definida por y = ax, onde a > 0 e a ≠1.

Exemplos:
01. Considere a função y = 3x.
Vamos atribuir valores a x, calcular y e a seguir construir o gráfico:

02. Considerando a função, encontre a função: y = (1/3)x

Observando as funções anteriores, podemos concluir que para y = ax:


• se a > 1, a função exponencial é crescente;
• se 0 < a < 1, a função é decrescente.

Graficamente temos:

23
MATEMÁTICA
Inequação exponencial
A inequação exponencial caracteriza-se pela presença da incógnita no expoente e de um dos sinais de desigualdade: >, <, ≥ ou ≤.
Analisando seus gráficos, temos:

Observando o gráfico, temos que:


• na função crescente, conservamos o sinal da desigualdade para comparar os expoentes:

• na função decrescente, “invertemos” o sinal da desigualdade para comparar os expoentes:

Desde que as bases sejam iguais.

Exemplos:
(CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/MT – OFICIAL BOMBEIRO MILITAR – COVEST – UNEMAT) As funções exponenciais são muito
usadas para modelar o crescimento ou o decaimento populacional de uma determinada região em um determinado período de tempo.
A função P(t) = 234(1,023)t modela o comportamento de uma determinada cidade quanto ao seu crescimento populacional em um deter-
minado período de tempo, em que P é a população em milhares de habitantes e t é o número de anos desde 1980.
Qual a taxa média de crescimento populacional anual dessa cidade?
(A) 1,023%
(B) 1,23%
(C) 2,3%
(D) 0,023%
(E) 0,23%

Resolução:

Primeiramente, vamos calcular a população inicial, fazendo t = 0:

Agora, vamos calcular a população após 1 ano, fazendo t = 1:

Por fim, vamos utilizar a Regra de Três Simples:


População----------%
234 --------------- 100
239,382 ------------ x

24
MATEMÁTICA
234.x = 239,382 . 100
x = 23938,2 / 234
x = 102,3%
102,3% = 100% (população já existente) + 2,3% (crescimento)
Resposta: C

(POLÍCIA CIVIL/SP – DESENHISTA TÉCNICO-PERICIAL – VUNESP) Uma população P cresce em função do tempo t (em anos), segundo a
sentença P = 2000.50,1t. Hoje, no instante t = 0, a população é de 2 000 indivíduos. A população será de 50 000 indivíduos daqui a
(A) 20 anos.
(B) 25 anos.
(C) 50 anos.
(D) 15 anos.
(E) 10 anos.

Resolução:

Vamos simplificar as bases (5), sobrando somente os expoentes. Assim:


0,1 . t = 2
t = 2 / 0,1
t = 20 anos
Resposta: A

Função logarítmica
• Logaritmo
O logaritmo de um número b, na base a, onde a e b são positivos e a é diferente de um, é um número x, tal que x é o expoente de a
para se obter b, então:

Onde:
b é chamado de logaritmando
a é chamado de base
x é o logaritmo

OBSERVAÇÕES
– loga a = 1, sendo a > 0 e a ≠ 1
– Nos logaritmos decimais, ou seja, aqueles em que a base é 10, está frequentemente é omitida. Por exemplo: logaritmo de 2 na
base 10; notação: log 2

Propriedades decorrentes da definição

• Domínio (condição de existência)


Segundo a definição, o logaritmando e a base devem ser positivos, e a base deve ser diferente de 1. Portanto, sempre que encontra-
mos incógnitas no logaritmando ou na base devemos garantir a existência do logaritmo.
– Propriedades

25
MATEMÁTICA
Logaritmo decimal - característica e mantissa
Normalmente eles são calculados fazendo-se o uso da calculadora e da tabela de logaritmos. Mas fique tranquilo em sua prova as
bancas fornecem os valores dos logaritmos.

Exemplo: Determine log 341.

Resolução:
Sabemos que 341 está entre 100 e 1.000:
102 < 341 < 103
Como a característica é o expoente de menor potência de 10, temos que c = 2.
Consultando a tabela para 341, encontramos m = 0,53275. Logo: log 341 = 2 + 0,53275  log 341 = 2,53275.

Propriedades operatórias dos logaritmos

Cologaritmo
cologa b = - loga b, sendo b> 0, a > 0 e a ≠ 1

Mudança de base
Para resolver questões que envolvam logaritmo com bases diferentes, utilizamos a seguinte expressão:

Função logarítmica
Função logarítmica é a função f, de domínio R*+ e contradomínio R, que associa cada número real e positivo x ao logaritmo de x na
base a, onde a é um número real, positivo e diferente de 1.

Gráfico da função logarítmica


Vamos construir o gráfico de duas funções logarítmicas como exemplo:
A) y = log3 x
Atribuímos valores convenientes a x, calculamos y, conforme mostra a tabela. Localizamos os pontos no plano cartesiano obtendo a
curva que representa a função.

26
MATEMÁTICA
B) y = log1/3 x
Vamos tabelar valores convenientes de x, calculando y. Localizamos os pontos no plano cartesiano, determinando a curva correspon-
dente à função.

Observando as funções anteriores, podemos concluir que para y = logax:


• se a > 1, a função é crescente;
• se 0 < a < 1, a função é decrescente.

Equações logarítmicas
A equação logarítmica caracteriza-se pela presença do sinal de igualdade e da incógnita no logaritmando.
Para resolver uma equação, antes de mais nada devemos estabelecer a condição de existência do logaritmo, determinando os valores
da incógnita para que o logaritmando e a base sejam positivos, e a base diferente de 1.

Inequações logarítmicas
Identificamos as inequações logarítmicas pela presença da incógnita no logaritmando e de um dos sinais de desigualdade: >, <, ≥ ou ≤.
Assim como nas equações, devemos garantir a existência do logaritmo impondo as seguintes condições: o logaritmando e a base
devem ser positivos e a base deve ser diferente de 1.
Na resolução de inequações logarítmicas, procuramos obter logaritmos de bases iguais nos dois membros da inequação, para poder
comparar os logaritmandos. Porém, para que não ocorram distorções, devemos verificar se as funções envolvidas são crescentes ou de-
crescentes. A justificativa será feita por meio da análise gráfica de duas funções:

Na função crescente, os sinais coincidem na comparação dos logaritmandos e, posteriormente, dos respectivos logaritmos; porém,
o mesmo não ocorre na função decrescente. De modo geral, quando resolvemos uma inequação logarítmica, temos de observar o valor
numérico da base pois, sendo os dois membros da inequação compostos por logaritmos de mesma base, para comparar os respectivos
logaritmandos temos dois casos a considerar:
• se a base é um número maior que 1 (função crescente), utilizamos o mesmo sinal da inequação;
• se a base é um número entre zero e 1 (função decrescente), utilizamos o “sinal inverso” da inequação.

27
MATEMÁTICA
Concluindo, dada a função y = loga x e dois números reais x1 e x2:

Exemplos:
(PETROBRAS-GEOFISICO JUNIOR – CESGRANRIO) Se log x representa o logaritmo na base 10 de x, então o valor de n tal que log n =
3 - log 2 é:
(A) 2000
(B) 1000
(C) 500
(D) 100
(E) 10

Resolução:
log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 * 1
onde 1 = log 10 então:
log (n * 2) = 3 * log 10
log(n*2) = log 10 ^3
2n = 10^3
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500
Resposta: C

(MF – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF) Sabendo-se que log x representa o logaritmo de x na base 10, calcule o valor
da expressão log 20 + log 5.
(A) 5
(B) 4
(C) 1
(D) 2
(E) 3

Resolução:
E = log20 + log5
E = log(2 x 10) + log5
E = log2 + log10 + log5
E = log10 + log (2 x 5)
E = log10 + log10
E = 2 log10
E=2
Resposta: D

Funções trigonométricas
Podemos generalizar e escrever todos os arcos com essa característica na seguinte forma: π/2 + 2kπ, onde k Є Z. E de uma forma geral
abrangendo todos os arcos com mais de uma volta, x + 2kπ.
Estes arcos são representados no plano cartesiano através de funções circulares como: função seno, função cosseno e função tangente.

• Função Seno
É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu seno, então f(x) = sem x. O sinal da função f(x) = sem x é positivo no 1º
e 2º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 3º e 4º quadrantes.

28
MATEMÁTICA

• Função Cosseno
É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu cosseno, então f(x) = cos x. O sinal da função f(x) = cos x é positivo no
1º e 4º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 2º e 3º quadrantes.

29
MATEMÁTICA
• Função Tangente
É uma função f : R → R que associa a cada número real x a sua tangente, então f(x) = tg x.
Sinais da função tangente:
- Valores positivos nos quadrantes ímpares.
- Valores negativos nos quadrantes pares.
- Crescente em cada valor.

GEOMETRIA PLANA.CONCEITOS FUNDAMENTAIS. POLÍGONOS: DEFINIÇÕES, ELEMENTOS, DIAGONAIS, ÂNGULO IN-


TERNO E ÂNGULO EXTERNO; TRIÂNGULOS: CONCEITO, ELEMENTOS E CLASSIFICAÇÃO; MEDIANAS E BARICENTRO;
BISSETRIZES E INCENTRO; ALTURAS E ORTOCENTRO; MEDIATRIZES E CIRCUNCENTRO.QUADRILÁTEROS: DEFINIÇÃO,
ELEMENTOS, PROPRIEDADES E CONSEQUÊNCIAS; CÍRCULO E CIRCUNFERÊNCIA: DEFINIÇÃO E DIFERENCIAÇÃO; PRO-
PRIEDADES DE ARCOS, ÂNGULOS E CORDAS; RELAÇÕES MÉTRICAS. SEGMENTOS PROPORCIONAIS. FEIXE DE PARA-
LELAS. TEOREMA DE TALES. CONGRUÊNCIA E SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO
RETÂNGULO. RELAÇÕES MÉTRICAS EM UM TRIÂNGULO QUALQUER. PROJEÇÃO ORTOGONAL. TRANSFORMAÇÕES
GEOMÉTRICAS ELEMENTARES: TRANSLAÇÃO, ROTAÇÃO E SIMETRIA. RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO
RETÂNGULO. RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS EM UM TRIÂNGULO QUALQUER. CÁLCULO DE PERÍMETRO. COMPRIMEN-
TO DE CIRCUNFERÊNCIA. ÁREAS DE SUPERFÍCIES PLANAS. POLÍGONOS REGULARES. MEDIDAS DE COMPRIMENTO,
DE ÁREA, DE CAPACIDADE E DE VOLUME: TRANSFORMAÇÕES. VOLUME DE PARALELEPÍPEDO RETO RETÂNGULO.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Ângulos
Denominamos ângulo a região do plano limitada por duas semirretas de mesma origem. As semirretas recebem o nome de lados do
ângulo e a origem delas, de vértice do ângulo.

30
MATEMÁTICA
Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º. A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo intercepta o
lado oposto

Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da bissetriz de


um ângulo do triângulo que liga um vértice a um ponto do lado
oposto.
Na figura, é uma bissetriz interna do .
Um triângulo tem três bissetrizes internas.

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º.

Altura de um triângulo é o segmento que liga um vértice a um


ponto da reta suporte do lado oposto e é perpendicular a esse lado.

Ângulo Raso: Na figura, é uma altura do .


- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas. Um triângulo tem três alturas.

Ângulo Reto:
- É o ângulo cuja medida é 90º;
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendiculares.
Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendicular a
esse segmento pelo seu ponto médio.

Na figura, a reta m é a mediatriz de .

Triângulo

Elementos

Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que liga um
vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.

31
MATEMÁTICA
Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do triângulo Triângulo retângulo: tem um ângulo reto
que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .
Um triângulo tem três mediatrizes.

Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso

Classificação

Quanto aos lados

Triângulo escaleno: três lados desiguais.

Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos


Num triângulo o comprimento de qualquer lado é menor que
a soma dos outros dois. Em qualquer triângulo, ao maior ângulo
Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais. opõe-se o maior lado, e vice-versa.

QUADRILÁTEROS
Quadrilátero é todo polígono com as seguintes propriedades:
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º
Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.

Triângulo equilátero: três lados iguais.

- é paralelo a
- Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.
Quanto aos ângulos

Triângulo acutângulo: tem os três ângulos agudos

Observações:
- No retângulo e no quadrado as diagonais são congruentes
(iguais)
- No losango e no quadrado as diagonais são perpendiculares
entre si (formam ângulo de 90°) e são bissetrizes dos ângulos inter-
nos (dividem os ângulos ao meio).

32
MATEMÁTICA
Áreas Ângulos Internos
A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono con-
1- Trapézio: , onde B é a medida da base maior, b é a vexo de n lados é (n-2).180
medida da base menor e h é medida da altura. Unindo um dos vértices aos outros n-3, convenientemente es-
colhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das medidas dos ângu-
2 - Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da base e h é a los internos do polígono é igual à soma das medidas dos ângulos
medida da altura. internos dos n-2 triângulos.

3 - Retângulo: A = b.h

4 - Losango: , onde D é a medida da diagonal maior e d


é a medida da diagonal menor.

5 - Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.

Polígono
Chama-se polígono a união de segmentos que são chamados
lados do polígono, enquanto os pontos são chamados vértices do
polígono.
Ângulos Externos

Diagonal de um polígono é um segmento cujas extremidades A soma dos ângulos externos=360°


são vértices não-consecutivos desse polígono. Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, então a
razão de dois segmentos quaisquer de uma transversal é igual à ra-
zão dos segmentos correspondentes da outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que são váli-
das as seguintes proporções:

Exemplo

Número de Diagonais

33
MATEMÁTICA
Semelhança de Triângulos Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os seus ân-
gulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas medidas, e os Considerando o triângulo retângulo ABC.
lados correspondentes forem proporcionais.

Casos de Semelhança
1º Caso: AA(ângulo - ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de vértices
correspondentes, então esses triângulos são congruentes.

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcio- Temos:
nais e os ângulos compreendidos entre eles congruentes, então es-
ses dois triângulos são semelhantes.

3º Caso: LLL (lado - lado - lado) Fórmulas Trigonométricas


Se dois triângulos têm os três lado correspondentes proporcio-
nais, então esses dois triângulos são semelhantes. Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de
um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.

34
MATEMÁTICA
Neste triângulo, temos que: c²=a²+b² Posições Relativas de Duas Retas
Dividindo os membros por c² Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo plano.
Nesse caso são chamadas retas coplanares. Podem também não
estar no mesmo plano. Nesse caso, são denominadas retas rever-
sas.

Retas Coplanares

a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum


Como

Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado trian-


gulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são: -Duas retas concorrentes podem ser:

1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.


2. Oblíquas: r e s não são perpendiculares.

a: hipotenusa
b e c: catetos b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são coinci-
h: altura relativa à hipotenusa dentes.
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Chamamos relações métricas as relações existentes entre os
diversos segmentos desse triângulo. Assim:

1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenusa


pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.

2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipotenusa pela


altura relativa à hipotenusa.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos


catetos sobre a hipotenusa.

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos


catetos (Teorema de Pitágoras).

35
MATEMÁTICA
Fórmulas Trigonométricas

Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de
um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.

Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo

Considerando o triângulo retângulo ABC.

Neste triângulo, temos que: c² = a² + b²


Dividindo os membros por c²

!": ℎ!"#$%&'() = !
!": !"#$#%!!"!#$!!!!!!!!!"#!$%&'%!!!! = !
!": !"#$#%!!"#!$%&'%!!!!!!!!"!#$!!!!! = !
!
Temos:

cateto!oposto!a!! !
sen!α = =
hipotenusa !

Lei dos Cossenos


A lei dos cossenos é uma importante ferramenta matemática cateto!adjacente!a!! !
para o cálculo de medidas dos lados e dos ângulos de triângulos cos ! = =
hipotenusa !
quaisquer.

cateto!oposto!a!! !
tg!α = =
!"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !
!
1 !"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !
!"#$!! = = =
!"!! !"#$#%!!"!#$!!!!! !

1 ℎ!"#$%&'() !
sec ! = = =
cos ! !"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !

1 ℎ!"#$%&'() !
!"#$!!! = = = !
!"#$ !"#$#%!!"!#$!!!!! !
!
Lei dos Senos
Teorema de Pitágoras

c² = a² + b²

Considere um arco , contido numa circunferência de raio r,


tal que o comprimento do arco seja igual a r.

36
MATEMÁTICA
D=R e Im=[-1,1]

Dizemos que a medida do arco é 1 radiano(1rad)


Exemplo
Transformação de arcos e ângulos Sem construir o gráfico, determine o conjunto imagem da fun-
ção f(x)=2sen x.
Determinar em radianos a medida de 120°
Solução
-1 ≤ sen x ≤ 1
!"#$ = 180°! -2 ≤ 2 sen x ≤ 2
-2 ≤ f (x) ≤ 2
π ---- 180
Im = [-2,2]
X ---- 120
Função Cosseno
120! 2! A função cosseno é uma função !: ! → ! ! que a todo arco
!= = !"# de medida x ϵ R associa a abscissa x do ponto M.
180 3
!
Circunferência Trigonométrica

D=R
Im = [-1,1]

Exemplo
Determine o conjunto imagem da função f (x) = 2 + cos x.

Solução
-1 ≤ cos x ≤ 1
-1 + 2 ≤ 2 + cos x ≤ 1 + 2
Redução ao Primeiro quadrante 1 ≤ f (x) ≤ 3
Sen (π - x) = senx
Cos (π - x) = -cos x Logo, Im = [1,3]
Tg (π - x) = -tg x Função Tangente
Sen (π + x) = -sen x A todo arco de medida x associa a ordenada yT do pontoT.
Cos (π + x) = -cos x O ponto T é a interseção da reta com o eixo das tangentes.
Tg (π + x) = tg x
Sen (2π - x) = -sen x
Cos (2π - x) = cos x ! ! = !"!! !
Tg (2π - x) = -tg x
Funções Trigonométricas

Função seno
A função seno é uma função !: ! → ! ! que a todo arco
de medida x ϵ R associa a ordenada y’ do ponto M.

! ! = !"#!! !

37
MATEMÁTICA
!
!= !∈!!≠ + !", ! ∈ ! !
2
Im = R

Considerados dois arcos quaisquer de medidas a e b, as operações da soma e da diferença entre esses arcos será dada pelas seguintes
identidades:

!"# ! + ! = !"#!! ∙ cos ! + cos ! ∙ !"#!!

cos ! + ! = cos ! ∙ cos ! − !"#!! ∙ !"#!!

!"!! + !"!!
!" ! + ! =
1 − !"!! ∙ !"!!
!

Duplicação de arcos

!"#2! = 2!"#$! ∙ !"#$

!"#2! = !"! ! ! − !"!! !

2!"#
!"2! =
1 − !!! !
!

SISTEMA DE MEDIDAS
UNIDADES DE COMPRIMENTO
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distâncias. Para medi-
das milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m

Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km

Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por 10.

Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).

Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a unidade imedia-
tamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.

UNIDADES DE ÁREA
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

38
MATEMÁTICA
Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por 100.

Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Podemos encontrar
sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir volume e capacidade.

UNIDADES DE VOLUME
km 3
hm 3
dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos e submúltiplos,
unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³

1L=1dm³

UNIDADES DE CAPACIDADE
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

Massa

Unidades de Capacidade
kg hg dag g g dg cg mg
Quilograma Hectograma Decagrama Grama Grama Decigrama Centigrama Miligrama
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,1g 0,01g 0,001

Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg

Tempo
A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).
É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos

Transformação de unidades
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s

Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou 30 minutos
para chegar em casa. Que horas ela chegou?

15h 35 minutos
1 minutos 25 segundos
30 minutos

39
MATEMÁTICA

--------------------------------------------------
RAZÕES, PORCENTAGENS E NOÇÕES BÁSICAS DE
15h 66 minutos 25 segundos MATEMÁTICA FINANCEIRA RAZÕES E PROPORÇÕES.
NÚMEROS E GRANDEZAS PROPORCIONAIS. REGRA DE
Não podemos ter 66 minutos, então temos que transferir para TRÊS SIMPLES E COMPOSTA. PORCENTAGENS. JUROS
as horas, sempre que passamos de um para o outro tem que ser na SIMPLES. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
mesma unidade, temos que passar 1 hora=60 minutos
Então fica: 16h6 minutos 25segundos Razão
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação inversa. É uma fração, sendo a e b dois números a sua razão, chama-se
razão de a para b: a/b ou a:b , assim representados, sendo b ≠ 0.
Subtração Temos que:
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as 16h6 mi-
nutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35 minutos. Quanto tempo
ficou fora?

11h 60 minutos
Exemplo:
16h 6 minutos 25 segundos
(SEPLAN/GO – PERITO CRIMINAL – FUNIVERSA) Em uma ação
-15h 35 min policial, foram apreendidos 1 traficante e 150 kg de um produto
-------------------------------------------------- parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou
que o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma
Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da mesma for- mistura da Cannabis sativa com outras ervas. Interrogado, o trafi-
ma que conta de subtração. cante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava
1hora=60 minutos apenas 2 kg da Cannabis sativa; o restante era composto por várias
“outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que, para fabricar todo
o produto apreendido, o traficante usou
15h 66 minutos 25 segundos (A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas.
15h 35 minutos (B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas.
--------------------------------------------------
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas.
0h 31 minutos 25 segundos (E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas.

Multiplicação Resolução:
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas demo- O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg
rou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo? da Cannabis sativa e os demais outras ervas. Podemos escrever em
forma de razão , logo :
2h 40 minutos
x2
----------------------------
4h 80 minutos OU
5h 20 minutos

Divisão Resposta: C
5h 20 minutos : 2
Razões Especiais
2 São aquelas que recebem um nome especial. Vejamos algu-
5h 20 minutos
mas:
1h 20 minutos 2h 40 minutos
Velocidade: é razão entre a distância percorrida e o tempo gas-
80 minutos
to para percorrê-la.
0

1h 20 minutos, transformamos para minutos :60+20=80minu-


tos

Densidade: é a razão entre a massa de um corpo e o seu volu-


me ocupado por esse corpo.

40
MATEMÁTICA
Exemplo:
(MP/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA I – ADMINISTRATIVO –
VUNESP) A medida do comprimento de um salão retangular está
para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso
Proporção
desse salão, foram colocados somente ladrilhos quadrados inteiros,
É uma igualdade entre duas frações ou duas razões.
revestindo-o totalmente. Se cada fileira de ladrilhos, no sentido do
comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número míni-
mo de ladrilhos necessários para revestir totalmente esse piso foi
igual a
(A) 588.
(B) 350.
(C) 454.
Lemos: a esta para b, assim como c está para d.
(D) 476.
Ainda temos:
(E) 382.

Resolução:

Fazendo C = 28 e substituindo na proporção, temos:

• Propriedades da Proporção
– Propriedade Fundamental: o produto dos meios é igual ao
4L = 28 . 3
produto dos extremos:
L = 84 / 4
a.d=b.c
L = 21 ladrilhos
Assim, o total de ladrilhos foi de 28 . 21 = 588
– A soma/diferença dos dois primeiros termos está para o pri-
Resposta: A
meiro (ou para o segundo termo), assim como a soma/diferença
Razão
dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).
É uma fração, sendo a e b dois números a sua razão, chama-se
razão de a para b: a/b ou a:b , assim representados, sendo b ≠ 0.
Temos que:

Exemplo:
(SEPLAN/GO – PERITO CRIMINAL – FUNIVERSA) Em uma ação
– A soma/diferença dos antecedentes está para a soma/dife-
policial, foram apreendidos 1 traficante e 150 kg de um produto
rença dos consequentes, assim como cada antecedente está para
parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou
o seu consequente.
que o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma
mistura da Cannabis sativa com outras ervas. Interrogado, o trafi-
cante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava
apenas 2 kg da Cannabis sativa; o restante era composto por várias
“outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que, para fabricar todo
o produto apreendido, o traficante usou
(A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas.
(B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas.
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas.
(E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas.

Resolução:
O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg
da Cannabis sativa e os demais outras ervas. Podemos escrever em
forma de razão , logo :

41
MATEMÁTICA
– A soma/diferença dos antecedentes está para a soma/dife-
rença dos consequentes, assim como cada antecedente está para
o seu consequente.

Resposta: C

Razões Especiais
São aquelas que recebem um nome especial. Vejamos algu-
mas:

Velocidade: é razão entre a distância percorrida e o tempo gas-


to para percorrê-la. Exemplo:
(MP/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA I – ADMINISTRATIVO –
VUNESP) A medida do comprimento de um salão retangular está
para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso
desse salão, foram colocados somente ladrilhos quadrados inteiros,
revestindo-o totalmente. Se cada fileira de ladrilhos, no sentido do
comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número míni-
Densidade: é a razão entre a massa de um corpo e o seu volu- mo de ladrilhos necessários para revestir totalmente esse piso foi
me ocupado por esse corpo. igual a
(A) 588.
(B) 350.
(C) 454.
(D) 476.
(E) 382.
Proporção
É uma igualdade entre duas frações ou duas razões. Resolução:

Fazendo C = 28 e substituindo na proporção, temos:

Lemos: a esta para b, assim como c está para d.


Ainda temos:

4L = 28 . 3
L = 84 / 4
L = 21 ladrilhos
Assim, o total de ladrilhos foi de 28 . 21 = 588
Resposta: A

Porcentagem

São chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou


• Propriedades da Proporção simplesmente de porcentagem, as razões de denominador 100, ou
– Propriedade Fundamental: o produto dos meios é igual ao seja, que representam a centésima parte de uma grandeza. Costu-
produto dos extremos: mam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo %. (Lê-se:
a.d=b.c “por cento”).

– A soma/diferença dos dois primeiros termos está para o pri-


meiro (ou para o segundo termo), assim como a soma/diferença
dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).

42
MATEMÁTICA
Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANALISTA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) O de-
partamento de Contabilidade de uma empresa tem 20 funcionários, sendo que 15% deles são estagiários. O departamento de Recursos
Humanos tem 10 funcionários, sendo 20% estagiários. Em relação ao total de funcionários desses dois departamentos, a fração de esta-
giários é igual a
(A) 1/5.
(B) 1/6.
(C) 2/5.
(D) 2/9.
(E) 3/5.

Resolução:

Resposta: B

Lucro e Prejuízo em porcentagem


É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo. Se a diferença for POSITIVA, temos o LUCRO (L), caso seja NEGATIVA, temos
PREJUÍZO (P).

Logo: Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).

Exemplo:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC) O preço de venda de um produto, descontado um imposto de 16%
que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em quantos por
cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.

Resolução:
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C

O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.


Resposta: A

43
MATEMÁTICA
Aumento e Desconto em porcentagem
– Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por

Logo:

- Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por

Logo:

Fator de multiplicação

É o valor final de , é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil para resolução de cálculos de
porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo no valor do produto.

Aumentos e Descontos sucessivos em porcentagem


São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos uso dos fato-
res de multiplicação. Basta multiplicarmos o Valor pelo fator de multiplicação (acréscimo e/ou decréscimo).

Exemplo: Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida, um desconto de 20%. Qual o
preço desse produto após esse acréscimo e desconto?

Resolução:
VA = 5000 .(1,3) = 6500 e
VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00

Juros simples (ou capitalização simples)


Os juros são determinados tomando como base de cálculo o capital da operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que
empresta) no final da operação. Devemos ter em mente:
– Os juros são representados pela letra J*.
– O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de capital e é representado pela letra C (capital) ou P(principal) ou VP ou PV
(valor presente) *.
– O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela letra t ou n.*
– A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um capital durante certo tempo. É representado pela letra i e utilizada para
calcular juros.
*Varia de acordo com a bibliografia estudada.

ATENÇÃO: Devemos sempre relacionar a taxa e o tempo na mesma unidade para efetuarmos os cálculos.

44
MATEMÁTICA
Usamos a seguinte fórmula: O (1+i)t ou (1+i)n é chamado de fator de acumulação de capital.

ATENÇÃO: as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e


do período (t), tem de ser necessariamente iguais.

Em juros simples:
– O capital cresce linearmente com o tempo;
– O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i
– A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade.
– Devemos expressar a taxa i na forma decimal.
– Montante (M) ou FV (valor futuro) é a soma do capital com
os juros, ou seja:
M=C+J
M = C.(1+i.t)

Exemplo: O crescimento do principal (capital) em:


(PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Qual é o capital que, – juros simples é LINEAR, CONSTANTE;
investido no sistema de juros simples e à taxa mensal de 2,5 %, pro- – juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO e, portanto
duzirá um montante de R$ 3.900,00 em oito meses? tem um crescimento muito mais “rápido”;
(A) R$ 1.650,00 Observe no gráfico que:
(B) R$ 2.225,00 – O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de
(C) R$ 3.250,00 juros simples como para juros compostos;
(D) R$ 3.460,00 – Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de
(E) R$ 3.500,00 juros simples;
– Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de
Resolução: juros compostos.
Montante = Capital + juros, ou seja: j = M – C , que fica: j =
3900 – C ( I ) Exemplo:
Agora, é só substituir ( I ) na fórmula do juros simples: (PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA
– CAIPIMES) Um capital foi aplicado por um período de 3 anos, com
taxa de juros compostos de 10% ao ano. É correto afirmar que essa
aplicação rendeu juros que corresponderam a, exatamente:
(A) 30% do capital aplicado.
(B) 31,20% do capital aplicado.
(C) 32% do capital aplicado.
(D) 33,10% do capital aplicado.

Resolução:
390000 – 100.C = 2,5 . 8 . C
– 100.C – 20.C = – 390000 . (– 1)
120.C = 390000
C = 390000 / 120
C = R$ 3250,00
Resposta: C

Juros compostos (capitalização composta)


A taxa de juros incide sobre o capital de cada período. Também
conhecido como “juros sobre juros”.
Usamos a seguinte fórmula: Como, M = C + j , ou seja , j = M – C , temos:
j = 1,331.C – C = 0,331 . C
0,331 = 33,10 / 100 = 33,10%
Resposta: D

45
MATEMÁTICA
Juros Compostos utilizando Logaritmos
Algumas questões que envolvem juros compostos, precisam de conceitos de logaritmos, principalmente aquelas as quais precisamos
achar o tempo/prazo. Normalmente as questões informam os valores do logaritmo, então não é necessário decorar os valores da tabela.

Exemplo:
(FGV-SP) Uma aplicação financeira rende juros de 10% ao ano, compostos anualmente. Utilizando para cálculos a aproximação de ,
pode-se estimar que uma aplicação de R$ 1.000,00 seria resgatada no montante de R$ 1.000.000,00 após:
(A) Mais de um século.
(B) 1 século
(C) 4/5 de século
(D) 2/3 de século
(E) ¾ de século

Resolução:
A fórmula de juros compostos é M = C(1 + i)t e do enunciado temos que M = 1.000.000, C = 1.000, i = 10% = 0,1:
1.000.000 = 1.000(1 + 0,1)t

(agora para calcular t temos que usar logaritmo nos dois lados da equação para pode utilizar a propriedade

, o expoente m passa multiplicando)

t.0,04 = 3

Resposta: E

NOÇÕES DE ESTATÍSTICA BÁSICA TABELAS. REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS: BARRAS, COLUNAS, SETORES, LINHAS E
PICTOGRAMAS. MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES E PONDERADA

Tabelas
A tabela é a forma não discursiva de apresentar informações, das quais o dado numérico se destaca como informação central. Sua
finalidade é apresentar os dados de modo ordenado, simples e de fácil interpretação, fornecendo o máximo de informação num mínimo
de espaço.

Elementos da tabela
Uma tabela estatística é composta de elementos essenciais e elementos complementares. Os elementos essenciais são:
− Título: é a indicação que precede a tabela contendo a designação do fato observado, o local e a época em que foi estudado.
− Corpo: é o conjunto de linhas e colunas onde estão inseridos os dados.
− Cabeçalho: é a parte superior da tabela que indica o conteúdo das colunas.
− Coluna indicadora: é a parte da tabela que indica o conteúdo das linhas.

Os elementos complementares são:


− Fonte: entidade que fornece os dados ou elabora a tabela.
− Notas: informações de natureza geral, destinadas a esclarecer o conteúdo das tabelas.
− Chamadas: informações específicas destinadas a esclarecer ou conceituar dados numa parte da tabela. Deverão estar indicadas no
corpo da tabela, em números arábicos entre parênteses, à esquerda nas casas e à direita na coluna indicadora. Os elementos complemen-
tares devem situar-se no rodapé da tabela, na mesma ordem em que foram descritos.

46
MATEMÁTICA
Tipos de Gráficos

• Estereogramas: são gráficos onde as grandezas são repre-


sentadas por volumes. Geralmente são construídos num sistema
de eixos bidimensional, mas podem ser construídos num sistema
tridimensional para ilustrar a relação entre três variáveis.

Gráficos
Outro modo de apresentar dados estatísticos é sob uma forma
ilustrada, comumente chamada de gráfico. Os gráficos constituem-
-se numa das mais eficientes formas de apresentação de dados.
Um gráfico é, essencialmente, uma figura construída a partir de
uma tabela; mas, enquanto a tabela fornece uma ideia mais precisa
e possibilita uma inspeção mais rigorosa aos dados, o gráfico é mais
indicado para situações que visem proporcionar uma impressão • Cartogramas: são representações em cartas geográficas (ma-
mais rápida e maior facilidade de compreensão do comportamento pas).
do fenômeno em estudo.
Os gráficos e as tabelas se prestam, portanto, a objetivos distin-
tos, de modo que a utilização de uma forma de apresentação não
exclui a outra.
Para a confecção de um gráfico, algumas regras gerais devem
ser observadas:
Os gráficos, geralmente, são construídos num sistema de eixos
chamado sistema cartesiano ortogonal. A variável independente é
localizada no eixo horizontal (abscissas), enquanto a variável de-
pendente é colocada no eixo vertical (ordenadas). No eixo vertical,
o início da escala deverá ser sempre zero, ponto de encontro dos
eixos.
− Iguais intervalos para as medidas deverão corresponder a
iguais intervalos para as escalas. Exemplo: Se ao intervalo 10-15 kg
corresponde 2 cm na escala, ao intervalo 40-45 kg também deverá
corresponder 2 cm, enquanto ao intervalo 40-50 kg corresponderá
4 cm.
− O gráfico deverá possuir título, fonte, notas e legenda, ou
seja, toda a informação necessária à sua compreensão, sem auxílio
do texto.
− O gráfico deverá possuir formato aproximadamente quadra-
do para evitar que problemas de escala interfiram na sua correta
interpretação.
• Pictogramas ou gráficos pictóricos: são gráficos puramente
ilustrativos, construídos de modo a ter grande apelo visual, dirigi-
dos a um público muito grande e heterogêneo. Não devem ser uti-
lizados em situações que exijam maior precisão.

47
MATEMÁTICA
• Diagramas: são gráficos geométricos de duas dimensões, de c) Gráfico de linhas ou curvas: neste gráfico os pontos são dis-
fácil elaboração e grande utilização. Podem ser ainda subdivididos postos no plano de acordo com suas coordenadas, e a seguir são li-
em: gráficos de colunas, de barras, de linhas ou curvas e de setores. gados por segmentos de reta. É muito utilizado em séries históricas
e em séries mistas quando um dos fatores de variação é o tempo,
a) Gráfico de colunas: neste gráfico as grandezas são compa- como instrumento de comparação.
radas através de retângulos de mesma largura, dispostos vertical-
mente e com alturas proporcionais às grandezas. A distância entre
os retângulos deve ser, no mínimo, igual a 1/2 e, no máximo, 2/3 da
largura da base dos mesmos.

d) Gráfico em setores: é recomendado para situações em que


se deseja evidenciar o quanto cada informação representa do total.
A figura consiste num círculo onde o total (100%) representa 360°,
subdividido em tantas partes quanto for necessário à representa-
ção. Essa divisão se faz por meio de uma regra de três simples. Com
o auxílio de um transferidor efetuasse a marcação dos ângulos cor-
respondentes a cada divisão.
b) Gráfico de barras: segue as mesmas instruções que o gráfico
de colunas, tendo a única diferença que os retângulos são dispostos
horizontalmente. É usado quando as inscrições dos retângulos fo-
rem maiores que a base dos mesmos.

48
MATEMÁTICA
Exemplo: Para o cálculo:
(PREF. FORTALEZA/CE – PEDAGOGIA – PREF. FORTALEZA) “Es- Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto numéri-
tar alfabetizado, neste final de século, supõe saber ler e interpretar co A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição:
dados apresentados de maneira organizada e construir represen-
tações, para formular e resolver problemas que impliquem o reco-
lhimento de dados e a análise de informações. Essa característica
da vida contemporânea traz ao currículo de Matemática uma de-
manda em abordar elementos da estatística, da combinatória e da
probabilidade, desde os ciclos iniciais” (BRASIL, 1997).

Observe os gráficos e analise as informações. Exemplo:


(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANALIS-
TA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) Na festa
de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de João estavam
presentes. A idade de João nessa ocasião representava 2 vezes a
média aritmética da idade de seus filhos, e a razão entre a soma das
idades deles e a idade de João valia
(A) 1,5.
(B) 2,0.
(C) 2,5.
(D) 3,0.
(E) 3,5.

Resolução:
Foi dado que: J = 2.M

(I)

Foi pedido:

Na equação ( I ), temos que:

A partir das informações contidas nos gráficos, é correto afir-


mar que: Resposta: E
(A) nos dias 03 e 14 choveu a mesma quantidade em Fortaleza
e Florianópolis. • Ponderada: é a soma dos produtos de cada elemento multi-
(B) a quantidade de chuva acumulada no mês de março foi plicado pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos.
maior em Fortaleza. Para o cálculo
(C) Fortaleza teve mais dias em que choveu do que Florianó-
polis.
(D) choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.

Resolução:
A única alternativa que contém a informação correta com os
gráficos é a C. ATENÇÃO: A palavra média, sem especificações (aritmética ou
Resposta: C ponderada), deve ser entendida como média aritmética.

Média Aritmética
Ela se divide em:

• Simples: é a soma de todos os seus elementos, dividida pelo


número de elementos n.

49
MATEMÁTICA
Exemplo: Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – PRO- Na figura abaixo os segmentos AB e DA são tangentes à cir-
GRAMADOR DE COMPUTADOR – FIP) A média semestral de um cur- cunferência determinada pelos pontos B, C e D. Sabendo-se que os
so é dada pela média ponderada de três provas com peso igual a 1 segmentos AB e CD são paralelos, pode-se afirmar que o lado BC é:
na primeira prova, peso 2 na segunda prova e peso 3 na terceira.
Qual a média de um aluno que tirou 8,0 na primeira, 6,5 na segunda
e 9,0 na terceira?
(A) 7,0
(B) 8,0
(C) 7,8
(D) 8,4
(E) 7,2

Resolução:
Na média ponderada multiplicamos o peso da prova pela sua
nota e dividimos pela soma de todos os pesos, assim temos: (A) a média aritmética entre AB e CD.
(B) a média geométrica entre AB e CD.
(C) a média harmônica entre AB e CD.
(D) o inverso da média aritmética entre AB e CD.
(E) o inverso da média harmônica entre AB e CD.

Resposta: B Resolução:
Sendo AB paralela a CD, se traçarmos uma reta perpendicular a
Média geométrica AB, esta será perpendicular a CD também.
É definida, para números positivos, como a raiz n-ésima do pro- Traçamos então uma reta perpendicular a AB, passando por B e
duto de n elementos de um conjunto de dados. outra perpendicular a AB passando por D:

• Aplicações
Como o próprio nome indica, a média geométrica sugere inter-
pretações geométricas. Podemos calcular, por exemplo, o lado de
um quadrado que possui a mesma área de um retângulo, usando a
definição de média geométrica.

Exemplo: Sendo BE perpendicular a AB temos que BE irá passar pelo cen-


A média geométrica entre os números 12, 64, 126 e 345, é tro da circunferência, ou seja, podemos concluir que o ponto E é
dada por: ponto médio de CD.
G = R4[12 ×64×126×345] = 76,013 Agora que ED é metade de CD, podemos dizer que o compri-
mento AF vale AB-CD/2.
Média harmônica Aplicamos Pitágoras no triângulo ADF:
Corresponde a quantidade de números de um conjunto dividi-
dos pela soma do inverso de seus termos. Embora pareça compli-
cado, sua formulação mostra que também é muito simples de ser
calculada:
(1)

Aplicamos agora no triângulo ECB:

(2)

Agora diminuímos a equação (1) da equação (2):

Note, no desenho, que os segmentos AD e AB possuem o mes-


mo comprimento, pois são tangentes à circunferência. Vamos então
substituir na expressão acima AD = AB:

50
MATEMÁTICA
Exemplo
Usando somente algarismos 5, 6 e 7. Quantos números de 2
algarismos distintos podemos formar?

Ou seja, BC é a média geométrica entre AB e CD.

Resposta: B

CONTAGEM E PROBABILIDADE NOÇÕES DE CONTA-


GEM. NOÇÕES DE PROBABILIDADE

Análise Combinatória
A Análise Combinatória é a área da Matemática que trata dos
problemas de contagem.

Princípio Fundamental da Contagem


Estabelece o número de maneiras distintas de ocorrência de
um evento composto de duas ou mais etapas. Observe que os números obtidos diferem entre si:
Se uma decisão E1 pode ser tomada de n1 modos e, a decisão E2 Pela ordem dos elementos: 56 e 65
pode ser tomada de n2 modos, então o número de maneiras de se Pelos elementos componentes: 56 e 67
tomarem as decisões E1 e E2 é n1.n2. Cada número assim obtido é denominado arranjo simples dos
3 elementos tomados 2 a 2.
Exemplo
Indica-se A3,2

Permutação Simples
Chama-se permutação simples dos n elementos, qualquer
agrupamento(sequência) de n elementos distintos de E.
O número de permutações simples de n elementos é indicado
O número de maneiras diferentes de se vestir é:2(calças). por Pn.
3(blusas)=6 maneiras Pn = n!

Fatorial Exemplo
É comum nos problemas de contagem, calcularmos o produto Quantos anagramas tem a palavra CHUVEIRO?
de uma multiplicação cujos fatores são números naturais consecu- Solução
tivos. Para facilitar adotamos o fatorial. A palavra tem 8 letras, portanto:
n! = n(n - 1)(n - 2)... 3 . 2 . 1, (n ϵ N) P8 = 8! = 8 . 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 40320

Arranjo Simples Permutação com elementos repetidos


Denomina-se arranjo simples dos n elementos de E, p a p, toda De modo geral, o número de permutações de n objetos, dos
sequência de p elementos distintos de E. quais n1 são iguais a A, n2 são iguais a B, n3 são iguais a C etc.

Exemplo
Quantos anagramas tem a palavra PARALELEPÍPEDO?

Solução
Se todos as letras fossem distintas, teríamos 14! Permutações.
Como temos uma letra repetida, esse número será menor.

Temos 3P, 2A, 2L e 3 E

51
MATEMÁTICA
Combinação Simples LINHA 3 1 3 3 1
Dado o conjunto {a1, a2, ..., an} com n objetos distintos, pode-
mos formar subconjuntos com p elementos. Cada subconjunto com LINHA 4 1 4 6 4 1
i elementos é chamado combinação simples. LINHA 5 1 5 10 10 5 1
LINHA 6 1 6 15 20 15 6 1

Binômio de Newton
Denomina-se binômio de Newton todo binômio da forma (a +
b)n, com n ϵ N. Vamos desenvolver alguns binômios:
Exemplo
n = 0 → (a + b)0 = 1
Calcule o número de comissões compostas de 3 alunos que po-
n = 1 → (a + b)1 = 1a + 1b
demos formar a partir de um grupo de 5 alunos.
n = 2 → (a + b)2 = 1a2 + 2ab +1b2
n = 3 → (a + b)3 = 1a3 + 3a2b +3ab2 + b3
Solução
Observe que os coeficientes dos termos formam o triângulo de
Pascal.

Números Binomiais
O número de combinações de n elementos, tomados p a p,
também é representado pelo número binomial .

PROBABILIDADE

Experimento Aleatório
Qualquer experiência ou ensaio cujo resultado é imprevisível,
Binomiais Complementares
por depender exclusivamente do acaso, por exemplo, o lançamento
Dois binomiais de mesmo numerador em que a soma dos de-
de um dado.
nominadores é igual ao numerador são iguais:
Espaço Amostral
Num experimento aleatório, o conjunto de todos os resultados
possíveis é chamado espaço amostral, que se indica por E.
No lançamento de um dado, observando a face voltada para
cima, tem-se:
Relação de Stifel
E={1,2,3,4,5,6}

No lançamento de uma moeda, observando a face voltada para


cima:
E={Ca,Co}
Triângulo de Pascal
Evento
É qualquer subconjunto de um espaço amostral.
No lançamento de um dado, vimos que
E={1,2,3,4,5,6}

Esperando ocorrer o número 5, tem-se o evento {5}: Ocorrer


um número par, tem-se {2,4,6}.

Exemplo
Considere o seguinte experimento: registrar as faces voltadas
para cima em três lançamentos de uma moeda.

a) Quantos elementos tem o espaço amostral?


b) Descreva o espaço amostral.

Solução
a) O espaço amostral tem 8 elementos, pois cada lançamento,
há duas possibilidades.
LINHA 0 1
LINHA 1 1 1 2x2x2=8
LINHA 2 1 2 1

52
MATEMÁTICA
b)
E={(C,C,C), (C,C,R),(C,R,C),(R,C,C),(R,R,C),(R,C,R),(C,R,R),(R,R,R)}

Probabilidade
Considere um experimento aleatório de espaço amostral E com
n(E) amostras equiprováveis. Seja A um evento com n(A) amostras.

Probabilidade Condicional
É a probabilidade de ocorrer o evento A dado que ocorreu o
Eventos complementares evento B, definido por:
Seja E um espaço amostral finito e não vazio, e seja A um even-
to de E. Chama-se complementar de A, e indica-se por , o evento
formado por todos os elementos de E que não pertencem a A.

E={1,2,3,4,5,6}, n(E)=6
B={2,4,6} n(B)=3
A={2}

Note que

Exemplo Eventos Simultâneos


Uma bola é retirada de uma urna que contém bolas coloridas. Considerando dois eventos, A e B, de um mesmo espaço amos-
Sabe-se que a probabilidade de ter sido retirada uma bola vermelha tral, a probabilidade de ocorrer A e B é dada por:
é .Calcular a probabilidade de ter sido retirada uma bola que não
seja vermelha.

Solução

ANOTAÇÕES
São complementares.

______________________________________________________

______________________________________________________
Adição de probabilidades
______________________________________________________
Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral E, finito e não
vazio. Tem-se: ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________
Exemplo
No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de se obter ______________________________________________________
um número par ou menor que 5, na face superior?
______________________________________________________
Solução ______________________________________________________
E={1,2,3,4,5,6} n(E)=6
______________________________________________________
Sejam os eventos
A={2,4,6} n(A)=3 ______________________________________________________
B={1,2,3,4} n(B)=4
______________________________________________________

______________________________________________________

53
MATEMÁTICA
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54
LÍNGUA INGLESA
1. Compreensão e interpretação de textos. Estruturas gramaticais. Substantivos: gênero, número, contáveis e incontáveis. Pronomes:
pessoal, oblíquo, possessivo, reflexivo, demonstrativo, relativo, indefinido e interrogativo. Adjetivos: graus comparativo e superlativo.
Preposições. Conjunções. Advérbios: tempo, lugar, modo e frequência. Numerais. Artigos: definidos e indefinidos. Verbos: modos,
tempos, formas e vozes. Caso possessivo. Questiontag e respostas curtas. Orações condicionais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
LÍNGUA INGLESA
• Informação não-verbal: é toda informação dada através
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. ES- de figuras, gráficos, tabelas, mapas, etc. A informação não-ver-
TRUTURAS GRAMATICAIS. SUBSTANTIVOS: GÊNERO, bal deve ser considerada como parte da informação ou ideia que
NÚMERO, CONTÁVEIS E INCONTÁVEIS. PRONOMES: o texto deseja transmitir.
PESSOAL, OBLÍQUO, POSSESSIVO, REFLEXIVO, DE- • Palavras-chave: são fundamentais para a compreensão do
MONSTRATIVO, RELATIVO, INDEFINIDO E INTERRO- texto, pois se trata de palavras relacionadas à área e ao assunto
GATIVO. ADJETIVOS: GRAUS COMPARATIVO E SUPER-
abordado pelo texto. São de fácil compreensão, pois, geralmen-
LATIVO. PREPOSIÇÕES. CONJUNÇÕES. ADVÉRBIOS:
te, aparecem repetidamente no texto e é possível obter sua ideia
TEMPO, LUGAR, MODO E FREQUÊNCIA. NUMERAIS.
através do contexto.
ARTIGOS: DEFINIDOS E INDEFINIDOS. VERBOS: MO-
DOS, TEMPOS, FORMAS E VOZES. CASO POSSESSIVO. • Grupos nominais: formados por um núcleo (substantivo)
QUESTIONTAG E RESPOSTAS CURTAS. ORAÇÕES CON- e um ou mais modificadores (adjetivos ou substantivos). Na lín-
DICIONAIS. gua inglesa o modificador aparece antes do núcleo, diferente da
língua portuguesa.
• Afixos: são prefixos e/ou sufixos adicionados a uma raiz,
Reading Comprehension que modifica o significado da palavra. Assim, conhecendo o sig-
Interpretar textos pode ser algo trabalhoso, dependendo do nificado de cada afixo pode-se compreender mais facilmente
assunto, ou da forma como é abordado. Tem as questões sobre uma palavra composta por um prefixo ou sufixo.
o texto. Mas, quando o texto é em outra língua? Tudo pode ser • Conhecimento prévio: para compreender um texto, o lei-
mais assustador. tor depende do conhecimento que ele já tem e está armazenado
Se o leitor manter a calma, e se embasar nas estratégias do em sua memória. É a partir desse conhecimento que o leitor terá
Inglês Instrumental e ter certeza que ninguém é cem por cento o entendimento do assunto tratado no texto e assimilará novas
leigo em nada, tudo pode ficar mais claro. informações. Trata-se de um recurso essencial para o leitor for-
Vejamos o que é e quais são suas estratégias de leitura: mular hipóteses e inferências a respeito do significado do texto.

Inglês Instrumental O leitor tem, portanto, um papel ativo no processo de leitura


Também conhecido como Inglês para Fins Específicos - ESP, o e compreensão de textos, pois é ele que estabelecerá as relações
Inglês Instrumental fundamenta-se no treinamento instrumental entre aquele conteúdo do texto e os conhecimentos de mundo
dessa língua. Tem como objetivo essencial proporcionar ao alu- que ele carrega consigo. Ou mesmo, será ele que poderá agregar
no, em curto prazo, a capacidade de ler e compreender aquilo mais profundidade ao conteúdo do texto a partir de sua capaci-
que for de extrema importância e fundamental para que este dade de buscar mais conhecimentos acerca dos assuntos que o
possa desempenhar a atividade de leitura em uma área espe- texto traz e sugere.
cífica. Não se esqueça que saber interpretar textos em inglês é
muito importante para ter melhor acesso aos conteúdos escritos
Estratégias de leitura fora do país, ou para fazer provas de vestibular ou concursos.
• Skimming: trata-se de uma estratégia onde o leitor vai
buscar a ideia geral do texto através de uma leitura rápida, sem Regular and irregular plural of nouns: To form the plural of
apegar-se a ideias mínimas ou específicas, para dizer sobre o que the nouns is very easy, but you must practice and observe some
o texto trata. rules.
• Scanning: através do scanning, o leitor busca ideias espe-
cíficas no texto. Isso ocorre pela leitura do texto à procura de um Regular plural of nouns
detalhe específico. Praticamos o scanning diariamente para en- • Regra Geral: forma-se o plural dos substantivos geralmen-
contrarmos um número na lista telefônica, selecionar um e-mail te acrescentando-se “s” ao singular.
para ler, etc. Ex.: Motherboard – motherboards
• Cognatos: são palavras idênticas ou parecidas entre duas Printer – printers
línguas e que possuem o mesmo significado, como a palavra “ví- Keyboard – keyboards
rus” é escrita igualmente em português e inglês, a única diferen-
ça é que em português a palavra recebe acentuação. Porém, é • Os substantivos terminados em y precedido de vogal se-
preciso atentar para os chamados falsos cognatos, ou seja, pa- guem a regra geral: acrescentam s ao singular.
lavras que são escritas igual ou parecidas, mas com o significa- Ex.: Boy – boys Toy – toys
do diferente, como “evaluation”, que pode ser confundida com Key – keys
“evolução” onde na verdade, significa “avaliação”.
• Inferência contextual: o leitor lança mão da inferência, ou • Substantivos terminados em s, x, z, o, ch e sh, acrescen-
seja, ele tenta adivinhar ou sugerir o assunto tratado pelo texto, ta-se es.
e durante a leitura ele pode confirmar ou descartar suas hipó- Ex.: boss – bosses tax – taxes bush – bushes
teses.
• Substantivos terminados em y, precedidos de consoante,
• Reconhecimento de gêneros textuais: são tipo de textos trocam o y pelo i e acrescenta-se es. Consoante + y = ies
que se caracterizam por organização, estrutura gramatical, voca- Ex.: fly – flies try – tries curry – curries
bulário específico e contexto social em que ocorrem. Dependen-
do das marcas textuais, podemos distinguir uma poesia de uma
receita culinária, por exemplo.

1
LÍNGUA INGLESA
Irregular plurals of nouns
There are many types of irregular plural, but these are the most common:

• Substantivos terminados em f e trocam o f pelo v e acrescenta-se es.


Ex.: knife – knives
life – lives
wife – wives

• Substantivos terminados em f trocam o f pelo v; então, acrescenta-se es.


Ex.: half – halves wolf – wolves loaf – loaves
• Substantivos terminados em o, acrescenta-se es.
Ex.: potato – potatoes tomato – tomatoes volcano – volcanoes

• Substantivos que mudam a vogal e a palavra.


Ex.: foot – feet child – children person – people tooth – teeth mouse – mice

Countable and Uncountable nouns


• Contáveis são os substantivos que podemos enumerar e contar, ou seja, que podem possuir tanta forma singular quanto plu-
ral. Eles são chamados de countable nouns em inglês.
Por exemplo, podemos contar orange. Podemos dizer one orange, two oranges, three oranges, etc.

• Incontáveis são os substantivos que não possuem forma no plural. Eles são chamados de uncountable nouns, de non-coun-
table nouns em inglês. Podem ser precedidos por alguma unidade de medida ou quantificador. Em geral, eles indicam substâncias,
líquidos, pós, conceitos, etc., que não podemos dividir em elementos separados. Por exemplo, não podemos contar “water”. Pode-
mos contar “bottles of water” ou “liters of water”, mas não podemos contar “water” em sua forma líquida.
Alguns exemplos de substantivos incontáveis são: music, art, love, happiness, advice, information, news, furniture, luggage, rice,
sugar, butter, water, milk, coffee, electricity, gas, power, money, etc.
Veja outros de countable e uncountable nouns:

2
LÍNGUA INGLESA
Definite Article • Casos especiais
THE = o, a, os, as – Não se usa o artigo THE antes das palavras church, scho-
ol, prison, market, bed, hospital, home, university, college,
• Usos market, quando esses elementos forem usados para seu primei-
– Antes de substantivos tomados em sentido restrito. ro propósito.
THE coffee produced in Brazil is of very high quality. She went to church. (para rezar)
I hate THE music they’re playing. She went to THE church. (talvez para falar com alguém)

– Antes de nomes de países no plural ou que contenham as – Sempre se usa o artigo THE antes de office, cathedral, ci-
palavras Kingdom, Republic, Union, Emirates. nema, movies e theater.
THE United States Let’s go to THE theater.
THE Netherlands They went to THE movies last night.
THE United Kingdom
THE Dominican Republic Indefinite Article
A / AN = um, uma
– Antes de adjetivos ou advérbios no grau superlativo.
John is THE tallest boy in the family. •A
– Antes de palavras iniciadas por consoantes.
– Antes de acidentes geográficos (rios, mares, oceanos, ca- A boy, A girl, A woman
deias de montanhas, desertos e ilhas no plural), mesmo que o
elemento geográfico tenha sido omitido. – Antes de palavras iniciadas por vogais, com som conso-
THE Nile (River) nantal.
THE Sahara (Desert) A uniform, A university, A European

– Antes de nomes de famílias no plural. • AN


THE Smiths have just moved here. – Antes de palavras iniciadas por vogais.
AN egg, AN orange, AN umbrella
– Antes de adjetivos substantivados.
You should respect THE old. – Antes de palavras iniciadas por H mudo (não pronunciado).
AN hour, AN honor, AN heir
– Antes de numerais ordinais.
He is THE eleventh on the list. • Usos
– Para se dar ideia de representação de um grupo, antes de
– Antes de nomes de hotéis, restaurantes, teatros, cinemas, substantivos.
museus. A chicken lays eggs. (Todas as galinhas põem ovos.)
THE Hilton (Hotel)
– Antes de nomes próprios no singular, significando “um tal
– Antes de nacionalidades. de”.
THE Dutch A Mr. Smith phoned yesterday.

– Antes de nomes de instrumentos musicais. – No modelo:


She plays THE piano very well. WHAT + A / AN = adj. + subst.

– Antes de substantivos seguidos de preposição. What A nice woman!


THE Battle of Trafalgar
– Em algumas expressões de medida e frequência.
• Omissões A dozen
– Antes de substantivos tomados em sentido genérico. A hundred
Roses are my favorite flowers. Twice A year

–Antes de nomes próprios no singular. - Em certas expressões.


She lives in South America. It’s A pity, It’s A shame, It’s AN honor...

–Antes de possessivos. – Antes de profissão ou atividades.


My house is more comfortable than theirs. James is A lawyer.
Her sister is A physician.
– Antes de nomes de idiomas, não seguidos da palavra lan-
guage. • Omissão
She speaks French and English. (Mas: She speaks THE French – Antes de substantivos contáveis no plural.
language.) Lions are wild animals.
– Antes de nomes de estações do ano.
Summer is hot, but winter is cold.

3
LÍNGUA INGLESA
– Antes de substantivos incontáveis. Exemplos:
Water is good for our health. taller than = mais alto que / the tallest = o mais alto
* Em alguns casos, podemos usar SOME antes dos substan- bigger than = maior que / the biggest = o maior
tivos.
2. Usamos os sufixos –er ou –est com adjetivos de duas sí-
labas.
Em Inglês utilizamos adjetivos para comparar duas coisas ou Exemplos:
mais. Eles podem ser classificados em dois graus: comparativo e happier than = mais feliz que
superlativo. cleverer than = mais esperto que
O grau comparativo é usado para comparar duas coisas. Já the happiest = o mais feliz
o superlativo, usamos para dizer que uma coisa se destaca num the cleverest = o mais esperto
grupo de três ou mais.
3. Usamos os prefixos more e most com adjetivos de mais
de duas sílabas.
Exemplos:
More comfortable than = mais confortável que
More careful than = mais cuidadoso que
The most comfortable = o mais confortável
The most careful = o mais cuidadoso

4. Usamos os prefixos more e most com advérbios de duas


sílabas.
Exemplos:
More afraid than = mais amedrontado que
More asleep than = mais adormecido que
The most afraid = o mais amedrontado
The most asleep = o mais adormecido

5. Usamos os prefixos more e most com qualquer adjetivo


terminado em –ed, –ing, –ful, –re, –ous.
Exemplos: Exemplos:
As cold as = tão frio quanto tired – more tired than – the most tired (cansado)
Not so (as) cold as = não tão frio quanto charming – more charming than – the most charming (char-
Less cold than = menos frio que moso)
The least cold = o menos frio hopeful – more hopeful than – the most hopeful (esperan-
As expensive as = tão caro quanto çoso)
Not so (as) expensive as = não tão caro quanto sincere – more sincere than – the most sincere (sincero)
Less expensive than = menos caro que famous – more famous than – the most famous (famoso)
The least expensive = o menos caro
Variações ortográficas
– Adjetivos monossilábicos terminados em uma só consoan-
te, precedida de uma só vogal dobram a consoante final antes de
receberem –er ou –est.
Exemplos:
fat – fatter than – the fattest (gordo)
thin – thinner than – the thinnest (magro)

– Adjetivos terminados em Y, precedido de vogal, trocam o Y


por I antes do acréscimo de –er ou –est:
Exemplos:
angry – angrier than – the angriest (zangado)
happy – happier than – the happiest (feliz)
Exceção
shy - shyer than - the shyest (tímido)

– Adjetivos terminados em E recebem apenas –r ou –st.


Exemplos:
nice – nicer than – the nicest (bonito, simpático)
brave – braver than – the bravest (corajoso)
Observações:
1. Usamos os sufixos –er ou –est com adjetivos / advérbios
de uma só sílaba.

4
LÍNGUA INGLESA
Formas irregulares
Alguns adjetivos e advérbios têm formas irregulares no comparativo e superlativo de superioridade.

good (bom / boa)


better than - the best
well (bem)
bad (ruim / mau)
- the worst
badly (mal)
little (pouco) less than - the least

Alguns adjetivos e advérbios têm mais de uma forma no comparativo e superlativo de superioridade.

far (longe)
farther than – the farthest (distância)
further (than) – the furthest (distância / adicional)
old (velho)
older than – the oldest
elder – the eldest (só para elementos da mesma família)
late (tarde)
the latest (o mais recente)
the last (o último da série)

O estudo dos pronomes é algo simples e comum. Em inglês existe apenas uma especificidade, que pode causar um pouco de
estranheza, que é o pronome “it”, o qual não utilizamos na língua portuguesa; mas, com a prática, você vai conseguir entender e
aprender bem rápido.

Subject Pronouns

I (eu) I am a singer.
YOU (você, tu, vocês) You are a student.
HE (ele) He is a teacher.
SHE (ela) She is a nurse.
IT (ele, ela) It is a dog/ It is a table.
WE (nós) We are friends.
THEY (eles) They are good dancers.

O pronome pessoal (subject pronoun) é usado apenas no lugar do sujeito (subject), como mostra o exemplo abaixo:
Mary is intelligent = She is intelligent.

Uso do pronome “it”

– To refer an object, thing, animal, natural phenomenon.


Example: The dress is ugly. It is ugly.
The pen is red. It is red.
The dog is strong. It is strong.

– Attention
a) If you talk about a pet use HE or SHE
Dick is the name of my little dog. He’s very intelligent!
b) If you talk about a baby/children that you don’t know if is a girl or a boy.
The baby is in tears. It is in tears. The child is happy. It is happy.

5
LÍNGUA INGLESA
Object Pronous
São usados como objeto da frase. Aparecem sempre depois do verbo.

ME
YOU
HIM
HER
IT
US
YOU
THEM
Exemplos:
They told me the news.
She loves him so much.

Demonstrative Pronouns
Os pronomes demonstrativos são utilizados para demonstrar alguém ou alguma coisa que está perto ou longe da pessoa que
fala ou de quem se fala, ou seja, indica posição em relação às pessoas do discurso.
Veja quais são em inglês:

SINGULAR PLURAL SINGULAR PLURAL


THIS THESE THAT THOSE
Este/esta/isto Estes/estas Aquele/aquela/aquilo Aqueles/aquelas

Usa-se o demonstrativo THIS/THESE para indicar seres que estão perto de quem fala. Observe o emprego dos pronomes de-
monstrativos nas frases abaixo:
This method will work.
These methods will work.

O pronome demonstrativo THAT/THOSE é usado para indicar seres que estão distantes da pessoa que fala. Observe:
That computer technology is one of the most fundamental disciplines of engineering.
Those computers technology are the most fundamental disciplines of engineering.

Possessive Adjectives and Possessive Pronouns


Em inglês há, também, dois tipos de pronomes possessivos, os Possessive Adjectives e os Possessive Pronouns.

POSSESSIVE ADJECTIVES POSSESSIVE PRONOUNS


My Mine
Your Yours
His His
Her Hers
Its Its
Our Ours
Your Yours
Their Theirs

• Possessive Adjectives são usados antes de substantivos, precedidos ou não de adjetivos.


Exemplos:
Our house is close.
I want to know your name.

• Possessive Pronouns são usados para substituir a construção possessive adjective + substantivo, evitando assim a repetição.
Exemplo:
My house is yellow and hers is white.
Theirs is the most beautiful car in the town.

6
LÍNGUA INGLESA
Infinitive
Simple Present
A forma infinitiva do inglês é to + verbo O Simple Present é a forma verbal simples do presente. O
você precisa fazer para usar o Simple Present é saber os verbos
Usos: na sua forma mais simples. Por exemplo “to go” que significa ir,
- após numerais ordinais é usado em “I go” para dizer eu corro.
He was the first to answer the prohne. Exemplos de Simple Present:
I run – Eu corro
- com too e enough You run – Você corre/Vocês correm
This house is too expensive for me to buy. We run – Nós corremos
He had bought food enough to feed a city! They run – Eles correm

- após o verbo want Regras do Simple Present


I want you to translate the message. As únicas alterações que acontecem nos verbos se limitam
aos pronomes he, she e it. De modo geral, quando vamos usar
- após os verbos make, let e have (sem to) o Simple Present para nos referirmos a ele, ela e indefinido, a
This makes me feel happy. maioria dos verbos recebe um “s” no final:
Let me know if you need any information. He runs – Ele corre
She runs – Ela corre
- após o verbo help (com ou sem to) It runs – Ele/ela corre
She helped him (to) choose a new car.
Para verbos que têm algumas terminações específicas com
Observações: “o”, “s”, “ss”, “sh”, “ch” “x” ou “z”, deve-se acrescentar “es” no
Certos verbos admitem o gerund ou infinitive sem alteração final:
de sentido. He goes – Ele vai
It started raining. / It started to rain. She does – Ela faz
It watches – Ele/ela assiste
He began to clean the house. / He began cleaning the house.
Quando o verbo termina com consoantes e “y” no final. Por
O verbo STOP admite tanto o gerund quanto o infinitive com exemplo, os verbos study, try e cry e têm consoantes antes do
alteração de sentido. “y”. Nesses casos, você deve tirar o “y” e acrescentar “ies” no
lugar. Veja o exemplo:
He stopped smoking. He studies – Ele estuda
(= Ele parou de fumar.) She tries – Ela tenta
It cries – Ele/ela chora
He stopped to smoke.
(= Ele parou para fumar.) Com verbos que também terminam com “y” e têm uma vo-
gal antes, permanece a regra geral da maioria dos verbos: acres-
Imperative centar apenas o “s” ao final da palavra.
O imperativo, é usado para dar ordens, instruções, fazer He enjoys – Ele gosta
pedidos e até mesmo aconselhar alguém. É uma forma verbal She stays – Ela fica
utilizada diariamente e que muita gente acaba não conhecendo. It plays – Ele/ela brinca

A forma afirmativa sempre inicia com o verbo.


Exemplos:
Eat the salad. – Coma a salada.
Sit down! – Sente-se
Help me! – Me ajude!
Tell me what you want. – Me diga o que você quer.
Be careful! – Tome cuidado!
Turn the TV down. – Desligue a televisão.
Complete all the sentences. – Complete todas as sentenças.
Be quiet, please! – Fique quieto, por favor!

Frases na forma negativa sempre acrescentamos o Don’t an-


tes do verbo.
Exemplos:
Don’t be late! – Não se atrase!
Don’t yell in the church! – Não grite na igreja!
Don’t be scared. – Não se assuste.
Don’t worry! – Não se preocupe!
Don’t drink and drive. – Não beba e dirija.

7
LÍNGUA INGLESA
Formas afirmativa, negativa e interrogativa

Present Continuous
- Usamos o Present Continuous para ações ou acontecimentos ocorrendo no momento da fala com as expressões now, at pre-
sent, at this moment, right now e outras.
Exemplo:
She is running at the park now.

- Usamos também para ações temporárias.


Exemplos:
He is sleeping on a sofá these days because his bed is broken.

- Futuro próximo.
Exemplo:
The train leaves at 9 pm.

Observações:
- Alguns verbos não são normalmente usados nos tempos contínuos. Devemos usá-los, preferencialmente, nas formas simples:
see, hear, smell, notice, realize, want, wish, recognize, refuse, understand, know, like, love, hate, forget, belong, seem, suppose,
appear, have (= ter, possuir), think (= acreditar).

- Verbos monossilábicos terminados em uma só consoante, precedida de uma só vogal, dobram a consoante final antes do
acréscimo de –ing.
Exemplos:
Run → running
swim → swimming

- Verbos dissilábicos terminados em uma só consoante, precedida de uma só vogal, dobram a consoante final somente se o
acento tônico incidir na segunda sílaba.
Exemplos:
prefer → preferring
admit → admitting
listen → listening
enter → entering

- Verbos terminados em –e perdem o –e antes do acréscimo de –ing, mas os terminados em –ee apenas acrescentam –ing.
Exemplos:
make → making
dance → dancing
agree → agreeing
flee → fleeing
- Verbos terminados em –y recebem –ing, sem perder o –y.
Exemplos:
study → studying
say → saying

8
LÍNGUA INGLESA
- Verbos terminados em –ie, quando do acréscimo de –ing, perdem o –ie e recebem –ying.
Exemplos:
lie → lying
die → dying
Porém, os terminados em –ye não sofrem alterações.
dye → dyeing

Formas afirmativa, negativa e interrogativa

Immediate Future
O simple future é um das formas usadas para expressar ações futuras. Em geral vem acompanhado de palavras que indicam
futuro, como: tomorrow, next. Geralmente, usamos a palavra “will”. Posteriormente, você verá que também podemos utilizar “be
going to” para formar o futuro e a diferença de utilização entre eles.

Example:
Affirmative: What will you study?
Negative: I will study English.
Interrogative: I won’t study English.

Note: we use the auxiliary verb WILL + verbs in infinitive (without “to” ).

Forma contraída
I will study - I’ll study
You will travel - You’ll travel
He will / She will eat - He’ll / She’ll eat
It will happen - It’ll happen
We will work - We’ll work
You will dance - You’ll dance
They will do - They’ll do

9
LÍNGUA INGLESA
Simple Past
With most verbs, the simple past is created simply by adding “ED”. That form belongs for all to the people, not varying in the
3rd person.
Simple past is used to indicate an accomplished action and totally finished in the past, corresponding in Portuguese, the perfect
preterite as imperfect preterite.
Ex.: Santos Dumont lived in France. He created the 14 Bis.

Regra geral Acrescenta-se “ed” Play – played


Verbos terminados em “e” Acrescenta-se “d” Like – liked
Verbos terminados em y precedido de consoante Mudam o y para i e acrescentam “ed” Study – studied

Example:
To work
I worked
You worked
He worked
She worked
It worked
We worked
They worked

Simple past – negative and interrogative form


Usos:
– ações definidas no passa do com yesterday, ...ago, last night (week,month etc) e expressõesque indiquem ações completa-
mente terminadas no passado.
Exemplos:
Peter flew to London last night.
Cabral discovered Brazil in 1500.

– ações habituais no passado com as mesmas expressões e advérbios que indicam ações habituais no presente.
Exemplos:
They visited rarely visited their grandparents.
She often got up at 6.

– após as if e as though (= como se) e após o verbo wish.


Exemplos:
She behaves as if she knew him.
I wish I had more time to study.

– No caso do verbo BE, todas as pessoas terão a mesma forma (were).


Exemplos:
She acts as though she were a queen.
I wish I were younger.

– após if only (= se ao menos)


Exemplos:
If only I knew the truth.
If only he understood me.
OBSERVAÇÕES
1. As regras de “dobra” de consoantes existentes para o acréscimo de -ing aplicam-se quando acrescentarmos -ed.
stop → stopped
prefer → preferred

2. Verbos terminados em -y perdem o -y e recebem o acréscimo de -ed quando o -y aparecer depois de umaconsoante. Caso
contrário, o -y permanece.
rely → relied
play → played

10
LÍNGUA INGLESA

Past Continuous
Usos:
– ação que estava ocorrendo no passado quando outra ação passada começou.
Exemplos:
They were having a bath when the phone rang.
She was watching TV when Stanley arrived.

– ação ou acontecimento que continuou por algum tempo no passado.


Exemplos:
This time last year I was living in London.
I saw you last night. You were waiting for a bus.

Present Perfect
Usos:
– ação indefinida no passado, sem marca de tempo. Isso o diferencia do Simple Past.
We have finished our homework.
Jane has traveled to London.
They have accepted the job offer.

– com os advérbios EVER, NEVER, ALREADY, YET, JUST, SO FAR, LATELY, RECENTLY e expressões como ONCE, TWICE, MANY TIMES,
FEW TIMES etc.

Have you EVER seen a camel?


She has NEVER been to Greece.
The students have ALREADY written their compositions.
The bell hasn’t rung YET.
Our cousins have JUST arrived.
We have read five chapters SO FAR.
She has traveled a lot LATELY.
Have you seen any good films RECENTLY?
I have flown on an airplane MANY TIMES.

11
LÍNGUA INGLESA
– com SINCE (= desde) e FOR (= há, faz)
She has lived in New York SINCE 2013.
She has lived in New York FOR 7 years.

O verbo can geralmente significa poder e/ou conseguir e é usado para indicar várias situações:
– Possibilidade
– Capacidade/habilidade
– Permissão
– Pedido

Capacidade, habilidade
She can speak five languages. (present)
She could play tennis when she was younger. (past)
She will be able to translate the text. (future)

Permissão
You can use my car.
She can sit anywhere.

O verbo can é sempre acompanhado do verbo principal no infinitivo sem o to. Ele pode ser usado para construir frases afirma-
tivas, negativas e interrogativas.

AFFIRMATIVE NEGATIVE INTERROGATIVE


I can dance I can’t/cannot dance Can I dance?
You can dance You can’t/cannot dance Can you dance?
He/she/it can dance He/she/it can’t/cannot dance Can he/she/it dance?
We can dance We can’t/cannot dance Can we dance?
You can dance You can’t/cannot dance Can you dance?
They can dance They can’t/cannot dance Can they dance?

Advérbios de frequência (OFTEN, GENERALLY, SOMETIMES, NEVER, SELDOM, ALWAYS...) são colocados, de preferência, ANTES
do verbo principal ou APÓS o verbo auxiliar ou o verbo to be.

They USUALLY watch TV in the evenings.


She is ALWAYS late.
These curtains have NEVER been cleaned.

Expressões adverbiais de freqüência são colocadas no final ou no início de uma oração.


They watch TV EVERY EVENING.
ONCE A WEEK they go swimming.

Advérbios de probabilidade (POSSIBLY, PROBABLY, CERTAINLY...) são colocados antes do verbo principal mas após be ou um
verbo auxiliar.
He PROBABLY knows her phone number.
He is CERTAINLY at home now.

PERHAPS e MAYBE aparecem normalmente no começo de uma oração.


PERHAPS I’ll see her later.

12
LÍNGUA INGLESA
MAYBE you’re right.
Advérbios de tempo (TODAY, TOMORROW, NOW, SOON, LATELY...) são colocados no final ou no início de uma oração.
He bought a new camera YESTERDAY.
ON MONDAY I’m going to London.

Advérbios de modo (SLOWLY, QUICKLY, GENTLY, SOFTLY, WELL...) aparecem normalmente no final da oração. Alguns advérbios
podem também aparecer no início de uma oração se quisermos enfatizá-los.
She entered the room SLOWLY.
SLOWLY she entered the room.

Grande parte dos advérbios de modo é formada pelo acréscimo de LY ao adjetivo.

serious – seriousLY
careful – carefulLY
quiet – quietLY
heavy – heaviLY
bad – badLY

Porém, nem todas as palavras terminadas em LY são advérbios.

lonely = solitário (adjetivo)


lovely = encantador (adjetivo)
silly = tolo (adjetivo)
elderly = idoso (adjetivo)

Advérbios de lugar (HERE, THERE, EVERYWHERE...) são usados no início ou no final de orações.
You’ll find what you want HERE.
THERE comes the bus.
Modo, lugar, tempo
A posição normal dos advérbios em uma oração é:

He did his job CAREFULLY AT HOME YESTERDAY.

MODO LUGAR TEMPO

Lugar, modo, tempo


Com verbos de movimento, a posição normal é:

She traveled TO LONDON BY PLANE LAST WEEK.

LUGAR MODO TEMPO

As preposições são muito utilizadas na estrutura das frases. Em inglês não poderia ser diferente. As preposições expressam lugar
ou posição, direção, tempo, maneira (modo), e agente (ou instrumento).

The keyboard is on the desk - (lugar ou posição).


Raphael ran toward the hotel - (direção).
The plane arrived at eleven o’clock - (tempo).
David travels by train - (maneira ou modo).
The computer was broken by him - (agente).

13
LÍNGUA INGLESA

PREPOSIÇÕES
Horas The airplane will arrive at five o’clock.
Datas We have a big party at Christmas.
Lugares He is at the drugstore.
AT
Cidades pequenas She lives at Barcelos.
Períodos do dia She works at night.(noon, night, midnight, dawn)
Endereços completos Fabrizio lives at 107 Boulevard Street.
Períodos do dia Marcus works in the morning. (exceto noon, night, midnight e dawn)
Meses The case will arrive in March.
IN
Estações do ano It’s very hot in summer.
Anos David graduaded in 2008.
Séculos Manaus was created in 18th century.
Expressões do tempo The computer will be working in few days.
Expressões de lugar (dentro) The memory is in the CPU.
August lives in São Paulo.
Estados, Cidades grandes, Países, Continentes
There are many developed countries in Europe.
“sobre” Our bags are on the reception desk.
Dias da semana He has class on Friday.

Datas He has class on Friday.


ON
Transportes coletivos There are a lot of people on that plane.
Nomes de ruas ou avenidas The CETAM is on Djalma Street.
“floor” Gabriel lives on the 8th floor.

Prepositions of Place

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LÍNGUA INGLESA
Vestimentas

T-shirt = camiseta
Sweatshirt = Blusa de moletom
Shirt = camisa
Suit = terno
Pants:calça
Tie = gravata

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LÍNGUA INGLESA
Wedding dress = vestido de noiva Química: Chemistry
Jacket = jaqueta Física: Physics
Skirt = saia Ciência: Science
Coat = casaco Biologia: Biology
Shorts = Bermuda Educação Física: Physical Education (P.E.)
Dress = vestido Artes: Arts
Underpants = cueca Música: Music
Panties = calcinha Literatura: Literature
Bra = sutiã Redação: Writing
Nightgown = camisola Português: Portuguese
Pajamas = pijama Espanhol: Spanish
Robe = roupão
Scarf = cachecol Diversão e mídia
Uniform = uniforme Movies/cinema = cnema
Singlet = regata Theater = teatro
Swimming Trunks = sunga Bar/Pub = bar
Swimsuit = maiô Restaurant = restaurante
Bikini = biquíni Café = lanchonete
Park = parque
Cotidiano Concert = show
Play = peça de teatro
U.S. Money
US$ 1 Dollar = 100 cents Tecnologia
bills - $1, $5, $10, $20, $50, $100 Cellphone/mobile phone = celular
Coins – 1c, 5c, 10c, 25c, $1 Laptop = notebook
Penny = 1 cent Personal computer(PC) = Computador
Nickel = 5 cents Printer = impressora
Dime = 10 cents Keyboard = teclado
Quarter = 25 cents Mouse = mouse
Television = televisão
Ways to pay
Check = cheque Meio ambiente
Cash = em dinheiro Environment = meio ambiente
Note/bill = nota Ozone layer = camada de ozônio
Coin = moeda Water = água
Credit card = cartão de crédito Tree = árvore
Weather = clima
Materials Animals = animais
Acrylic = acrílico Air = ar
Cotton = algodão Wind = vento
Denim = brim Rain = chuva
Fleece/wool = lã Snow = neve
Gold = ouro Fog = neblina
Leather = couro Hurricane = furacão
Linen = linho Storm = tempestade
Plastic= plástico Lightning = relâmpago
Rubber = borracha Thunder = trovão
Silk = seda
Silver = prata Comida e bebida
Bread — Pão
Educação Butter — Manteiga
Nursery School = pré-escola Cake — Bolo
Elementary school ou Primary School = Ensino fundamental I Cheese — Queijo
Secondary school = Ensino fundamental II Chicken — Frango
High school = Ensino médio Chips — Salgadinhos
College/University = Faculdade/universidade Chocolate — Chocolate
Corn flakes — Cereal
Subjects Egg — Ovo
Inglês: English Fish — Peixe
Matemática: Mathematics (Math) French fries — Batata-frita
História: History Ham — Presunto
Geografia: Geography Ice cream — Sorvete

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LÍNGUA INGLESA
Jam — Geleia
Jello — Gelatina Vegetables (vegetais)
Margarine — Margarina Anise — Anis
Mashed potatoes — Purê de batatas Asparagus — Espargos
Meat — Carne Beans — Feijão
Pancacke — Panqueca Beet — Beterraba
Pasta — Macarrão Broccoli — Brócolis
Peanut — Amendoim Cabbage — Repolho
Peanut butter — pasta de amendoim Carrot — Cenoura
Pepper — Pimenta Cauliflower — Couve-flor
Pie — Torta Celery — Aipo/Salsão
Pizza — Pizza Corn — Milho
Popsicle — Picolé Cucumbers — Pepinos
Potato chips — Batata-frita Eggplant — Berinjela
Rice — Arroz Garlic — Alho
Salt — Sal Ginger — Gengibre
Sandwich — Sanduíche Green onion — Cebolinha verde
Sliced bread — Pão fatiado Heart of Palms — Palmito
Soup — Sopa Leeks — Alho-poró
Sugar — Açúcar Lettuce — Alface
Toast — Torrada Manioc — Mandioca
Water cracker — Bolacha de água e sal Mushroom — Cogumelo
Okra — Quiabo
Meat (carne) Olives — Azeitonas
Bacon — Bacon Onion — Cebola
Barbecue — Churrasco Pepper — Pimenta
Beef — Carne de vaca Pickles — Picles
Beef Jerky — Carne seca Potato — Batata
Blood sausage —Chouriço Pumpkin — Abóbora
Carp — Carpa Radish — Rabanete
Chicken — Frango Rucola — Rúcula
Chicken legs — Pernas de Frango Snow pea — Ervilha
Chicken wings — Asas de Frango Spinach — Espinafre
Cod — Bacalhau Sweet potato — Batata doce
Crab — Caranguejo Tomato — Tomate
Duck — Pato Turnip — Nabo
Fish — Peixe Watercress — Agrião
Grilled fish — Peixe grelhado Yams — Inhame
Ground beef — Carne moída
Hamburger — Hambúrguer Fruits (frutas)
Lobster — Lagosta Apple — Maçã
Meatball — Almôndega Apricots — Damascos
Mortadella — Mortadela Avocado — Abacate
Pork chops — Costeletas de porco Banana — Banana
Pork legs — Pernas de porco Blackberry — Amora
Pork loin — Lombo de porco Blueberry — Mirtilo
Rib cuts — Costela Cashew nut — Castanha de Cajú
Roast chicken — Frango assado Cherry — Cereja
Salami — Salame Coconut — Coco
Salmon — Salmão Figs — Figos
Sausage — Linguiça Grapes — Uvas
Shrimp — Camarão Guava — Goiaba
Sirloin — Lombo Honeydew melon — Melão
Smoked sausage — salsicha defumada Jackfruit — Jaca
Squid — Lula Kiwi — Kiwi
Steak — Bife Lemon — Limão
Stew meat — Guisado de carne Mango — Manga
T-bone steak — Bife t-bone Orange — Laranja
Tenderloin — Filé mignon Papaya — Mamão
Tuna — Atum Passion fruit — Maracujá
Turkey — Peru Peach — Pêssego
Veal — Vitela Pear — Pera

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LÍNGUA INGLESA
Pineapple — Abacaxi
Plum — Ameixa
Prune — Ameixa-seca
Start fruit — Carambola
Strawberry — Morango
Tamarind — Tamarindo
Tangerine — Tangerina
Watermelon — Melancia

Drinks (bebidas)
Beer — Cerveja
Brandy — Aguardente
Champagne — Champanhe
Chocolate — Chocolate
Cocktail — Coquetel
Coffee — Café
Coffee-and-milk — Café-com-leite
Draft beer — Chope
Gin — Gim
Hot chocolate — Chocolate quente
Juice — Suco
Lime juice — Limonada
Liqueur — Licor
Milk — Leite
Mineral water — Água mineral
Red wine — Vinho tinto
Rum — Rum
Soda — Refrigerante
Sparkling mineral water — Água mineral com gás
Still mineral water — Água mineral sem gás
Tonic water — Água tônica
Vodka — Vodca
Water — Água
Whiskey —Uísque
White wine —Vinho branco
Yogurt — Iogurte

Tempo livre, “hobbies” e lazer


Bowling = boliche
Camping = acampar
Canoeing = canoagem
Card games = jogos de baralho
Chess = xadrez
Cooking = cozinhar
Crossword puzzl = palavras cruzadas
Dancing = dançar
Drawing = desenhar
Embroidery = bordado
Fishing = pesca
Gardening = jardinagem
Hiking = caminhar
Hunting = caçar
Jogging = corrida
Knitting = tricotar
Mountaineering = escalar montanhas
Painting = pintar
Photography = fotografia
Playing video games = jogar vídeo games
Reading = leitura
Riding a bike = andar de bicicleta
Sculpting = esculpir
Sewing = costurar

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LÍNGUA INGLESA
Singing = cantar
Skating = andar de patins ou skate
Skiing = esquiar
Stamp collecting = colecionar selos
Surfing = surfar
Working out = malhar

Saúde e exercícios

Health Problems and Diseases (problemas de saúde e doenças)

Skin occurrences (Ocorrências na pele)


Blemish – mancha
Bruise - contusão
Dandruff - caspa
Freckle – sarda
Itching – coceira
Pimple – espinha
Rasch – erupção da pele
Scar - cicatriz
Spot – sinal, marca
Wart – verruga
Wound - ferida
Wrinkle – ruga

Aches (Dores)
Backache – dor nas costas
Earache – dor de ouvido
Headache – dor de cabeça
Heartache – dor no peito
stomachache – dor de estômago
Toothache – dor de dente

Cold and Flu (Resfriado e Gripe)


Cough – tosse
Fever – febre
Running nose – nariz entupido
Sneeze – espirro

19
LÍNGUA INGLESA
Sore throat – garganta inflamada
Tonsilitis – amigdalitis

Other Diseases (Outras doenças)


Aneurism - aneurisma
Appendicitis - apendicite
Asthma – asma
Bronchitis – bronquite
Cancer – câncer
Cirrhosis - cirrose
Diabetes – diabetes
Hepatitis – hepatite
High Blood Pressure – hipertensão (pressão alta)
Pneumonia – pneumonia
Rheumatism – reumatismo
Tuberculosis – tuberculose
Moradia;

Povos e línguas

Sentimentos, opiniões e experiências


Happy = feliz
Afraid = com medo
Sad = triste
Hot = com calor

20
LÍNGUA INGLESA
Amused = divertido Zip code/Post code = Código postal (CEP)
Bored = entediado Phone number = Número de telefone
Anxious = ansioso E-mail address = Endereço de e-mail
Confident = confiante
Cold = com frio Lugares e edificações
Suspicious = suspeito Airport – Aeroporto
Surprised = surpreso Amusement park – Parque de diversões
Loving= amoroso Aquarium – Aquário
Curious = curioso Art gallery – Galeria de arte
Envious = invejoso ATM (Automatic Teller Machine) – Caixa eletrônico
Jealous = ciumento Auto repair shop ou Garage – Oficina mecânica
Miserable = miserável Avenue – Avenida
Confused = confuso Baby store – Loja infantil ou bebê
Stupid = burro Barber shop – Barbearia
Angry = com raiva Bakery – Padaria
Sick = enjoado/doente Bank – Banco
Ashamed = envergonhado Beach – Praia
Indifferent = indiferente Beauty salon/parlor/shop – Salão de beleza
Determined = determinado Block – Quarteirão
Crazy = louco Bookstore ou Bookshop – Livraria
Depressed = depressivo Bridge – Ponte
Frightened = assustado Building – Edifício ou Prédio
Interested = interessado Bus station – Rodoviária
Shy = tímido Bus stop – Ponto de ônibus
Hopeful = esperançoso Butcher shop – Açougue
Regretful = arrependido Cabstand ou Taxi stand – Ponto de taxi
Scared = assustado Capital – Capital
Stubborn = teimoso Cathedral – Catedral
Thirsty = com sede Cemetery – Cemitério
Guilty = culpado Chapel – Capela
Nervous = nervoso Church – Igreja
Embarrassed = envergonhado Circus – Circo
Disgusted = enojado City – Cidade
Proud = orgulhoso Clothing store – Loja de roupas
Lonely = solitário Club – Clube
Frustrated = frustrado Coffee shop – Cafeteria
Hurt= magoado College – Faculdade
Hungry = com fome Computer store – Loja de informática
Tired= cansado Concert hall – Casa de espetáculos ou Sala de concertos
Thoughtful = pensativo Convenience store – Loja de conveniência
Optimistic = otimista Corner – Esquina
Relieved = aliviado Costume store – Loja de Fantasia
Shocked = chocado Court – Quadra de esportes ou pode ser Tribunal ou comu-
Sleepy = com sono mente chamado de Fórum, depende do contexto.
Excited = animado Crosswalk/Pedestrian crossing/Zebra crossing – Faixa de pe-
Bad = mal destres
Worried = preocupado Cul-de-sac ou Dead end street – Beco ou Rua sem saída
City hall – Prefeitura
Identificação pessoal Dental clinic – Clinica dentária ou Consultório Odontológico
First name = Primeiro nome Downtown – Centro da cidade
Middle name = Nome do meio Driving school – Auto escola
Last name = Último nome Drugstore – Farmácia ou Drogaria
Full name = Nome completo Factory – Fábrica
Date of Birth = Data de nascimento Field – Campo
Age = Idade Fire station – Posto ou Quartel de bombeiros
Sex = Sexo Fishmonger’s – Peixaria
Place of Birth = Local de nascimento Flower show – Floricultura
Nationality = Nacionalidade Food Truck – Food Truck ou Caminhão que vende comida
Occupation = Ocupação/profissão Gas station – Posto de gasolina
Address = Endereço Glasses store ou Optical store – Loja de Ótica
City = Cidade Greengrocer – Quitanda
Country = País Grocery store – Mercearia

21
LÍNGUA INGLESA
Gym – Academia de ginástica Train station – Estação de trem
Hair salon – Cabeleireiro Travel agency – Agência de viagens
Hardware store – Loja de ferramentas University – Universidade
Health Clinic/Center – Clinica ou Posto de saúde Zoo – Zoológico
Hospital – Hospital
Hotel – Hotel Relacionamento com outras pessoas
House – Casa Parents – pais
Ice Cream Shop/Parlor – Sorveteria Father – pai
Intersection ou Crossroad – Cruzamento Mother – mãe
Jail ou Prison – Cadeia ou Prisão Son – filho
Jewelry store – Joalheria Daughter – filha
Kiosk – Quiosque Siblings – irmãos
Lake – Lago Brother – irmão
Laundromat ou Laundry – Lavanderia Sister – irmã
Library – Biblioteca Halfbrother – meio-irmão
Lottery retailer ou Lottery kiosk – Casa lotérica Halfsister – meia-irmã
Mall – Shopping center Only child – filho único
Metropolis – metrópole Wife – esposa
Monument – Monumento Husband – esposo
Mosque – Mesquita Fiancé – noivo
Movie theater – Cinema Bride – noiva
Museum – Museu Uncle – tio
Neighborhood – Bairro Aunt – tia
Newsstand – Banca de jornal Cousin – primo e prima
Office – Escritório Nephew – sobrinho
One-way street – Rua de mão única ou sentido único Niece – sobrinha
Outskirts ou Suburb – Periferia ou Subúrbio Grandparents – avós
Park – Parque Grandfather – avô
Parking lot – Estacionamento Grandmother – avó
Penitentiary – Presídio ou Penitenciária Grandson – neto
Perfume shop – Perfumaria Granddaughter – neta
Pet Shop – Pet Shop Great grandfather – bisavô
Pizzeria – Pizzaria Great grandmother – bisavó
Place – Lugar Great grandson – bisneto
Playground – Parque infantil Great granddaughter – bisneta
Police station – Delegacia de polícia Father-in-law – sogro
Port – Porto Mother-in-law – sogra
Post office – Agência de correios Brother-in-law – cunhado
Pub – Bar Sister-in-law – cunhada
Real estate agency – Imobiliária Stepfather – padrasto
Reference point ou Landmark – Ponto de referência Stepmother – madrasta
Restaurant – Restaurante Stepson – enteado
River – Rio Stepdaughter – enteada
Road – Estrada Foster parents – pais adotivos
Rotary ou Roundabout – Rotatória Foster father – pai adotivo
School – Escola Foster mother – mãe adotiva
Shoe store – Sapataria
Sidewalk – Calçada Transporte e serviços
Snack bar – Lanchonete Airliner: Avião comercial (Aviões maiores geralmente cha-
Square – Praça mados de boeing)
Stadium – Estádio Airplane ou apenas plane: Avião
Station – Estação Bike: Bicicleta
Stationery store – Papelaria Boat: Barco ou bote
Steak House – Churrascaria Bus: Ônibus
Store – Loja Canoe: Canoa
Street – Rua Car: Carro
Subway station – Estação de metrô Carriage: Carruagem
Supermarket – Supermercado Cruiser: Cruzeiro
Synagogue – Sinagoga Ferry: Balsa
Temple – Templo Glider: Planador
Town – Cidade pequena ou Município Helicopter ou chopper (informal): Helicóptero
Toy store ou Toy shop – Loja de brinquedos Jet: Jato ou como falamos às vezes, jatinho

22
LÍNGUA INGLESA
Moped ou scooter: Motocicleta ou mobilete (Patinete tam- Skiing - Esqui
bém pode ser chamado de scooter) Sumo - Sumô
Motorbike: Motocicleta ou simplesmente moto Surfing - Surfe
Motorboat: Lancha Swimming - Natação
Ocean liner: Transatlântico Table tennis - Tênis de mesa/Pingue-pongue
On foot: A pé Taekwon-Do - Taekwon-Do
Pickup truck: Caminhonete Tennis - Tênis
Raft: Jangada Triathlon - Triatlo
Roller skates: Patins Weightlifting - Halterofilismo
Sailboat: Veleiro ou barco à vela
School bus: Ônibus escolar Team Sports - Esportes Coletivos
Ship: Navio Badminton – Badminton
Skateboard: Skate Baseball - Beisebol
Streetcar ou trolley: Bonde Basketball - Basquete
Subway ou metro (inglês americano) ou The underground ou Beach Soccer - Futebol de Areia
informalmente the tube (inglês britânico): Metrô Beach Volleyball - Vôlei de Praia
Taxi ou cab: Táxi Football – Futebol Americano
Train: Trem Footvolley - Futevôlei
Truck: Caminhão Futsal - Futsal
Van: Furgão ou van Handball - Handebol
Compras Hockey - Hóquei
Polo - Polo
Algumas placas com informações importantes: Rhythmic Gymnastics - Ginástica Rítmica
Out to lunch – Horário de almoço Rugby - Rúgbi
Buy one get one free – Pague um, leve dois. Outras formas Soccer - Futebol
de passar essa mesma ideia são: BOGOF (sigla para a mesma Synchronized Swimming - Nado Sincronizado
expressão) e two for one (dois por um). Volleyball - Vôlei
Clearance sale/Reduced to clear/Closing down sale – Liqui- Water Polo - Polo Aquático
dação
Mundo natural
Conversando com atendentes
Animais em inglês: principais animais domésticos (pets)
Excuse me, I’m looking for… – Licença, eu estou procurando
Bird: Pássaro;
por…
Bunny: Coelhinho;
I’m just looking/browsing, thanks. – Estou só olhando, obri-
Cat: Gato;
gado(a).
Dog: Cachorro;
Do you have this in… – Você tem isso em…Complete com o
GuineaPig: Porquinho da Índia;
que você precisa que mude na peça: A bigger size (um tamanho
Mouse: Rato/Camundongo;
maior)? / Yellow (amarelo)? / Pink (rosa)? Parrot: Papagaio;
Could I return this? – Eu poderia devolver isso? Rabbit: Coelho;
Could I try this on? – Posso provar? Turtle: Tartaruga.
What are the store’s opening hours? – Qual o horário em
que a loja abre? Animais em inglês: principais nomes de aves
Chicken: Galinha;
Esporte Rooster: Galo;
Pigeon: Pomba;
Individual Sports - Esportes Individuais Peacock: Pavão;
Athletics - Atletismo Hawk: Falcão;
Automobilism - Automobilismo Swan: Cisne;
Artistic Gymnastics - Ginástica Artística Sparrow: Pardal;
Boxing - Boxe Duck: Pato.
Bowling - Boliche
Canoeing - Canoagem Animais em inglês: principais animais selvagens
Cycling - Ciclismo Alligator: Jacaré;
Equestrianism - Hipismo Bat: Morcego;
Fencing - Esgrima Bear: Urso;
Golf - Golfe Crocodile: Crocodilo;
Jiujitsu - Jiu-Jítsu Deer: Viado;
Judo - Judô Elephant: Elefante;
Karate - Caratê Eagle: Águia;
Motorcycling - Motociclismo Giraffe: Girafa;
Mountaineering - Alpinismo Hippo: Hipopótamo;
Olympic Diving - Salto Ornamental Kangaroo: Canguru;

23
LÍNGUA INGLESA
Lion: Leão; Plantas em inglês
Monkey: Macaco;
Owl: curuja; PORTUGUÊS INGLÊS
Pig: Porco;
Snake: Cobra; árvore tree
Squirrel: Esquilo; alecrim rosemary
Stag: Cervo;
Tiger: Tigre; ameixieira plum tree
Zebra: Zebra; arbusto bush / shrub
Wolf: Lobo. azaleia azalea
Animais em inglês: principais insetos azevinho holly
Ant: Formiga; açafrão turmeric
Mite: Ácaro;
Bee: Abelha; bordo maple
Beetle: Besouro; bromélia bromeliads
Butterfly: Borboleta; bétula birch
Caterpillar: Lagarta;
Cockroach: Barata; canela cinnamon
Cricket: Grilo; carvalho oak
Fly: Mosca;
castanheiro horse chestnut tree
Flea: Pulga;
Firefly: Vagalume; caule stem
Grasshoper: Grilo; cebola onion
Ladybug: Joaninha;
Louseorlice: Piolho; cebolinha green onion
Mosquito: Pernilongo/Mosquito; cedro cedar
Snail: Caracol;
cerejeira cherry tree
Spider: Aranha;
Tick: Carrapato; coentro cilantro
Termite: Cupim. colorau red spice mix
Animais em inglês: principais animais marítimos cominho cumin
Crab: Caranguejo; coqueiro coconut tree
Dolphin: Golfinho;
cravo clove
Fish: Peixe;
Octopus: Polvo; erva herb
Penguin: Pinguim; ervas finas fine herbs
Seal: Foca;
Shark: Tubarão; figueira fig tree
Whale: Baleia. folha de louro bay leaves
gengibre ginger
Animais em inglês: principais tipos de peixes
Carp: Carpa; girassol sunflower
Dogfish: Cação; grama grass
Dried Salted Cod: Bacalhau;
Flounder: Linguado; lírio lily
Hake: Pescada; macieira apple tree
Scabbardfish: PeixeEspada;
manjericão basil
Tuna: Atum;
Tilapia: Tilápia; margarida daisy
Trout: Truta. melissa melissa

Animais brasileiros em inglês musgo moss


Capivara: Capybara; noz moscada nutmeg
Boto Cor-de-rosa: Pink Dolphin;
oliveira olive tree
Lobo guará: Maned Wolf;
Mico Leão Dourado: Golden Lion Tamarin; orquídea orchid
Onça Pintada: Jaguar; orégano oregano
Tamanduá Bandira: Giantanteater;
papoula poppy
Tatu: Armadilo;
Tucano: Toucan; pereira pear tree
Quati: Coati.

24
LÍNGUA INGLESA

pinheiro pine tree Go swimming. — Ir nadar ou nadar.


Went swimming. — Fui ou foi nadar.
planta plant Play beach soccer. — Jogar futebol de areia ou de praia.
páprica paprika Played beach soccer. — Jogou futebol de areia.
Make a bonfire. — Fazer uma fogueira.
rosa rose
Made a bonfire. — Fez uma fogueira
salgueiro willow Play the guitar. — Tocar violão.
salsa parsley Played the guitar. — Tocou violão.
Throw a bonfire party. — Dar uma festa com fogueira.
samambaia fern Threw a bonfire party. — Deu uma festa com fogueira.
tulipa tulip Write messages in the sand. — Escrever mensagens na areia.
violeta violet Wrote messages in the sand. — Escreveu mensagens na areia.
Walk on the boardwalk. — Caminhar no calçadão de madeira.
vitória-régia waterlily Walked on the boardwalk. — Caminhou no calçadão de ma-
deira.
Viagens e férias atch free summer concerts. — Assistir shows de verão gra-
tuito.
Vocabulário Watched free summer concerts. — Assistiu shows de verão
Time off. — Tempo fora do trabalho. gratuito.
Day off. — Dia de folga. Have a picnic. — Ter um piquenique.
Vacation. — Férias. Had a picnic. — Teve um piquenique.
Go away. — Ir viajar. Play frisbee. — Jogar frisbee.
Travel. — Viajar. Played frisbee. — Jogou frisbee.
Take a trip. — Fazer uma viagem. Look for seashells. — Procurar por conchas do mar.
Take time off. — Tirar um tempo fora do trabalho. Looked for seashells. — Procurou por conchas do mar.
Go to the beach. — Ir para a praia. Watch the sunset. — Assistir o pôr-do-sol.
Go to the country. — Ir para o interior. Watched the sunset. — Assistiu o pôr-do-sol.
Search for historic sites. — Procurar por lugares históricos.
Como foram suas férias Searched for historic sites. — Procurou por lugares históri-
cos.
How was your vacation? — Como foram as suas férias? Get a tan. — Pegar um bronzeado.
It was good. — Foram boas. Got a tan. — Pegou um bronzeado.
It was amazing. — Foram demais. Go sunbathing ou go tanning. — Ir tomar banho de sol, se
It was very relaxing. — Foi muito relaxante. bronzear.
Went sunbathing. — Foi se bronzear.
Para onde você foi Get a sunburn. — Pegar uma queimadura do sol.
Where did you go? — Onde você foi? Got a sunburn. — Pegou uma queimadura do sol.
We went to the beach. — Nós fomos para a praia. Get sunburn. — Se queimar, ser queimado pelo sol.
I went to the country with my family. — Eu fui para o interior Got sunburn. — Se queimou do sol.
com minha família. Wear sunscreen ou wear sunblock. — Usar protetor solar.
We took a trip to Hawaii. — Nós fizemos uma viagem para Wore sunscreen. — Usou protetor solar.
o Hawaii. Use tanning lotion. — Usar bronzeador.
We went to visit our family in France. — Nós fomos visitar a Used tanning lotion. — Usou bronzeador.
nossa família na França.
Who did you go with? — Com quem você foi? Tempo
I went with my sister and brother. — Eu fui com a minha As horas em inglês podem vir acompanhadas de algumas ex-
irmã e meu irmão. pressões de tempo como:
I went with my husband and kids. — Eu fui com meu marido, Day: dia
esposo e crianças. Today: hoje
I went with my wife and kids. — Eu fui com a minha esposa Yesterday: ontem
e crianças. The day before yesterday: anteontem
I went with my classmates. — Eu fui com os meus colegas Tomorrow: amanhã
de aula. The day after tomorrow: depois de amanhã
Morning: manhã
Como você viajou Afternoon: tarde
How did you go? — Como que você foi? Evening: noite
We went by plane. — Nós fomos de avião. Night: noite
We went by car. — Nós fomos de carro. Tonight: esta noite
Midday: meio-dia
Coisas para fazer nas férias At noon: ao meio-dia
Read. — Ler. Midnight: meia noite
Read. — Leu. (Só muda a pronúncia) At midnight: à meia-noite

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LÍNGUA INGLESA
Banker = banqueiro; bancário
Bank teller = caixa de banco
Barber = barbeiro
Barista = barista (quem tira café em casas especializadas)
Bartender = barman
Bellhop, bellboy = mensageiro (em hotel)
Biologist = biólogo
Biomedical scientist = biomédico
Blacksmith = ferreiro
Bricklayer, mason = pedreiro
Broker = corretor (de seguros, de investimentos etc., menos
de imóveis)
Butcher = açougueiro
Butler, major-domo = mordomo
Buyer = comprador
Cabdriver, cab driver, taxi driver, cabby, cabbie = taxista
Cabinet-maker = marceneiro
Para informar as horas em inglês usa-se o “it is” ou “it’s” e Carpenter = carpinteiro
os números correspondentes (da hora e dos minutos): Cartoonist = cartunista
Exemplo: 4:35 – It is four thirty-five. Cattle breeder, cattle raiser, cattle farmer, cattle rancher =
pecuarista
A expressão “o’clock” é utilizada para indicar as horas exa- Cashier = caixa
tas: Chef = chef
Exemplo: 3:00 – It is three o’clock. Chemist (bre) = farmacêutico
Chemist (ame) = químico
A expressão “past” é usada para indicar os minutos antes Civil Servant = servidor público, funcionário público
do 30: Clerk = auxiliar de escritório
Exemplo: 6:20 – It is six twenty ou It is twenty past six. Coach = treinador, técnico esportivo
Cobbler = sapateiro
A expressão “a quarter” é usada para indicar um quarto de Comedian = comediante
hora (15 minutos): Commentator = comentarista (rádio e TV)
Exemplo: 3:15 – It is three fifteen ou It is a quarter past Composer = compositor
three. Computer programmer = programador
Conference interpreter = intérprete de conferência
A expressão “half past” é usada para indicar meia hora (30 Contractor = empreiteiro
minutos): Consultant = consultor
Exemplo: 8:30 – It is eight thirty ou It is half past eight. Cook = cozinheiro
Dancer = dançarino
Note que depois dos 30 minutos, em vez da expressão Dentist = dentista
“past”, utilizamos o “to”: Designer = designer, projetista, desenhista
Exemplo: 8.45 – It is eight forty-five ou It is a quarter to nine. Diplomat = diplomata
Doctor, medical doctor, physician = médico
Utilizamos as expressões a.m. e p.m. para indicar quando o Doorman = porteiro
horário em inglês ocorre antes ou depois de meio-dia. Driver = motorista, piloto de automóvel
a.m. – antes do meio-dia Economist = economista
p.m. – depois do meio-dia Editor = editor; revisor
Electrician = eletricista
Trabalho e empregos Engineer = engenheiro, maquinista
Accountant = contador Farmer = fazendeiro; produtor rural; agricultor
Actor = ator Filmmaker = cineasta, produtor de cinema, diretor de cine-
Actress = atriz ma
Administrator = administrador Firefighter, fireman = bombeiro
Agronomist = agrônomo Fisherman = pescador
Anthropologist = antropólogo Flight attendant = comissário de bordo
Archaeologist / archeologist = arqueólogo Foreman = capataz; encarregado
Architect = arquiteto Garbageman (ame); dustman (bre) = lixeiro
Astronaut = astronauta Gardener = jardineiro
Astronomer = astrônomo Geographer = geógrafo
Athlete = atleta Geologist = geólogo Geographer Geógrafo(a)
Babysitter, baby-sitter, sitter, nanny (ame) = babá Glazer = vidraceiro
Baker = padeiro Graphic designer = designer gráfico
Bank clerk = bancário Gravedigger = coveiro

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LÍNGUA INGLESA
Guide = guia Sailor, seaman = marinheiro
Hairdresser, hairstylist = cabeleireiro Salesman* = vendedor
Headmaster, principal (ame) = diretor (de escola) Sales representative, sales rep = vendedor
Historian = historiador Saleswoman* = vendedora
Housewife = dona de casa Scientist = cientista
Illustrator = ilustrador Screenwriter = roteirista
Interior designer = designer de interiores, decorador Sculptor = escultor
Interpreter = intérprete Seamstress = costureira
Jailer = carcereiro Secretary = secretária
Janitor, superintendent, custodian = zelador Shopkeeper (ame), storekeeper (bre), shop owner, merchant
Journalist = jornalista = lojista, comerciante
Jeweller (bre), Jeweler (ame) = joalheiro Singer, vocalist = cantor
Judge = juiz (de direito) Social worker = assistente social
Lawyer = advogado Speech therapist = fonoaudiólogo
Librarian = bibliotecário Statistician = estatístico
Lifeguard = salva-vidas, guarda-vidas Systems analyst = analista de sistemas
Locksmith = serralheiro; chaveiro Tailor = alfaiate
Maid = empregada doméstica Teacher = professor
Male nurse = enfermeiro Operator = operador
Manager = gerente Operator, telephone operator = telefonista
Mathematician = matemático Teller = caixa (geralmente de banco)
Mechanic = mecânico Trader = trader, operador (em bolsa de valores)
Medic = militar do Serviço de Saúde; médico Translator = tradutor
Meteorologist = meteorologista Travel agent = agente de viagens
Midwife = parteira Treasurer = tesoureiro
Miner = mineiro Valet = manobrista
Milkman = leiteiro Vet, veterinarian = veterinário
model = modelo Waiter* = garçom
Musician = músico Waitress* = garçonete
Nanny (ame) = babá Welder = soldador
Nurse = enfermeiro, enfermeira Writer = escritor
Occupational therapist = terapeuta ocupacional Zoologist = zoólogo
Optician, optometrist = oculista
Painter = pintor A Marinha
Paleontologist = paleontólogo Proa = Bow
Paramedic = paramédico Popa = Stern \ astern
Personal TRAINER = personal Bombordo = port
Pharmacist = farmacêutico (ame) Cf. CHEMIST Boreste = starboard
Philosopher = filósofo Convés = deck
Photographer = fotógrafo Linha d aqua = water line
Physicist = físico Castelo de Proa = forecastle
Physiotherapist = fisioterapeuta Boca = beans
Pilot = piloto (menos de automóvel), prático Comprimento (LOA) = length overall
Playwright = dramaturgo Obras Vivas = botton
Plumber = encanador, bombeiro (RJ) Obras Mortas = topsides
Poet = poeta Pontal = depth
Police officer, officer, constable = policial Calado de Vante = Draught forward
Politician = político Tombadilho = Fanny
Porter = porteiro Calado a ré = draught forward
Postman, mailman = carteiro Costado = ribcage
Producer = produtor (em geral artístico) Plano diametral = diametral plane
Professor = professor (universitário) Bochecha = tack
Proofreader = revisor Alheta = wing \ quarter
Psychiatrist = psiquiatra Passadisso = gangway \ bridge
Psychologist = psicólogo Casco = hull
Publisher = editor Borda livre = free board
Real estate agent, realtor = corretor de imóveis Displacement = tonelagem
Receptionist = recepcionista Notice to marine = aviso aos navegantes
Referee = árbitro, juiz (esportes), perito (responsável por List of Lights = lista de faróis
análise de artigos científicos) Full Load = plena carga
Reporter = repórter Fuel = combustível
Researcher = pesquisador Cruising speed = velocidade de cruzeiro

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LÍNGUA INGLESA
Draft = projeto proteção individual.
Length = comprimento Fire Extinguisher = extintor de incêndio
Inland Waters = águas interiores Rudder = leme
Bússula = compass Helm = timão
Ship = navio Bosun’s Locker = paiol do mestre
Ocean liner = navio transatlântico Oars = remos
Tug = rebocador Buoy = boia
Gross Tonnage = arqueação bruta Fire Alarm = alarme de incêndio
Tanker Ship = Navio Petroleiro Rope Ladder = escada de quebra peito
Plataform Ship = navio plataforma Gangway = passadiço
Vessel = navio embarcação Ports = portos
Broken = quebrado Port Captaincy = capitania dos portos
Rope = cabo Yacht Harbours = docas de recreio
Boom = pau de carga Coast Guard = guarda costeira
Starboard = boreste Watch Tower = posto de vigia
Port = bombordo Life Boat Station = Estação de Salva Vidas
Speed = velocidade
Ahead = a frente Dependências a bordo
Crew = tripulação Galley = cozinha
Stern = popa Crew Mess = refeitório da tripulação
Fire = fogo Stateroom = cabine de dormir
Fireman = bombeiro
Hose = mangueira Amarração de cabos
Fire Hose = mangueira de incêndio Rope = cabo \ corda
Tonnage Length = comprimento tonelagem Dock line = cabo de amarração
Scend = Caturro Warp = lais de guia
Heel = adernar (mesmo que banda) Reef Knot = nó direito
Bulkhead = Antepara Volta do Fiel = clove hitch
Flush Deck = convés corrido Fisherman’s Bend = volta do Anete
Hold = porão Kink = coca (nó na mangueira)
Bollard = cabeço no cais Yarn = fibra
Bitt = cabeço no navio Order = ordem
Anchor = ancora
Profissões a bordo no navio
Captain of Long Haul = capitão de longo curso Estivagem de carga
Auxiliary Health = auxiliar de saúde Rope Sling = linga de cabo
Steward = taifeiro Bags Balles = bolsas de fardos
Cook = cozinheiro Steel plates = chapas de aço
Pumpman = bombeiro (trabalha com bombas) Homem ao mar = man over board
Nurse = enfermeiro Merchant Ship = Navio mercante
Officer = oficial
Skipper = patrão
Helmsman = timoneiro Chamadas e comunicações
Bo’sun = mestre ou contra mestre Não especificado = unspecified
Seaman = homem do mar Explosion = explosão
Sailor = marinheiro Alagado = flooding
Engineer = chefe de máquinas Collision = colisão
Mid Ship = meio navio Grounding = encalhando
Ship’s Articles = rol de equipagem Adernado = listing
Ship’s Log = diário de bordo Capsizing = emborcando
Insurance Certificate = certificado de seguro Sin King = naufragando
Customs Clearance = aduaneiro Disabled = sem governo
Charter Party = Fretamento Adrift = a deriva
Bill of Health = certificado de saúde Abandonar o navio = abandoning ship
Charts = cartas hidrográficas Piracy = pirataria
International Convention for the Safety of Live at Sea = con- Ataque armado = armed attack
venção internacional de salvaguarda da vida humana no mar. Grande = big
(Solas)
STCW = Standards of training certification and watchkeeping Os Interrogativos (Question Words) são usados para se obter
= convenção internacional sobre normas de formação certifica- informações específicas. As perguntas elaboradas com eles são
ção e service de quarto para marinheiro. chamadas wh-questions, pois todos os interrogativos, com exce-
EPP = personal projective equipament = EPI equipamento de ção apenas de how (como), começam com as letras wh.

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LÍNGUA INGLESA
Há perguntas em inglês iniciadas por pronomes interroga- Formas compostas de WHAT e HOW
tivos para se obter informações do tipo: “quem, o que, como,
quando, onde”. - WHAT
WHAT + to be + like? = como é...?
WHAT = (o) que, qual “What is your boyfriend like?”
“He’s tall and slim.”
Funciona como sujeito ou objeto da oração.
WHAT about...? = Que tal, o que você acha de...?
What makes you happy? (sujeito) What about having lunch now?
verbo objeto WHAT do you call...? = como se chama...? qual é o nome...?
principal What do you call this device?

What did you say? (objeto) - WHAT ... FOR? = por que, para que?
What are you doing this for?
auxiliar sujeito verbo
principal - HOW
HOW FAR = Qual é a distância?
WHO = quem HOW DEEP = Qual é a profundidade?
HOW LONG = Qual é o comprimento? Quanto tempo?
Funciona como sujeito ou objeto da oração. HOW WIDE = Qual é a largura?
HOW TALL = Qual é a altura? (pessoas)
Who arrived late yesterday? (sujeito) HOW HIGH = Qual é a altura? (coisas)
HOW OLD = Qual é a idade?
verbo principal HOW MUCH = Quanto(a)?
HOW MANY = Quantos(as)?
Who does she love? (objeto) HOW OFTEN = Com que frequência?
auxiliar sujeito verbo HOW FAST = A que velocidade?
principal A estrutura básica das frases em inglês é semelhante à nos-
sa, no português. Ela segue um esquema que chamamos SVO, ou
WHOM = quem seja Sujeito-Verbo-Objeto. O mesmo vale para frases negativas,
em que simplesmente se adiciona ao verbo auxiliar a forma ne-
Funciona só como objeto de oração ou é usado após prepo- gativa not a essa estrutura afirmativa. Do mesmo jeito que, no
sições. português, usamos um advérbio de negação, como “não”.
Formar uma frase interrogativa em inglês também não é
Whom did you talk to yesterday? (objeto) complicado, embora os componentes da frase mudem um pouco
verbo sujeito verbo de posição em relação ao português. O mesmo vale para frases
exclamativas.
auxiliar principal
Para formar frases afirmativas, o inglês usa o mesmo es-
quema Sujeito-Verbo-Objeto que usamos no português. Já para
To whom did you talk?
frases negativas devemos apenas adicionar o not a essa estru-
tura afirmativa — exatamente como fazemos em nosso idioma
WHICH = que, qual, quais - Indica escolha ou opção.
— mas também inserir um verbo auxiliar em inglês.
Which shirt do you prefer: the blue one or the red one?
Já para interrogações e exclamações, os componentes das
Which of those ladies is your mother?
frases em inglês mudam um pouco, em relação aos do portu-
guês.
WHERE = onde
Tradução literal não tem como funcionar porque cada língua
Where are you going tonight?
é parte de uma cultura e as culturas são completamente dife-
rentes.
WHY = por que
Fica fácil não cometer mais este erro se você lembrar que as
Why don’t you come to the movies with us?
frases em Inglês sempre precisam ter um sujeito (considerando
somente a frase central). As únicas que começam direto do ver-
WHEN = quando
bo são as imperativas como tell me, stand up e ask her.
“When were you born?” “In 1970.”
Entender a estrutura de um idioma é muito mais importante
do que tentar traduzir tudo ao pé-da-letra.
HOW = como
“How is his sister?” “Fine.”
Sujeito
O sujeito, que sempre ocupa a primeira posição na frase,
WHOSE = de quem
contrário ao que ocorre na língua portuguesa, nunca é omitido.
“Whose dictionary is this?” “John’s.”
O sujeito pode ser representado por um ou vários substantivos
ou por pronomes pessoais.

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LÍNGUA INGLESA
Verbo of the much-talked-of ascendancy of emergent economies, many
Como se pode observar nos exemplos anteriores, o verbo are of the opinion that English will soon lose much of its current
ou a locução verbal (sublinhados) ocupa a segunda posição na glitter and cease to be what it is today, namely a world language.
estrutura frasal inglesa. And there are those amongst us who further speculate that, in
Na poesia, na música ou no inglês falado coloquial, pode-se fifty or a hundred years’ time, we will all have acquired fluency
encontrar exemplos em que esta regra não é observada. in, say, Mandarin, or, if we haven’t, will be longing to learn it. […]
Entretanto, em linguagem técnico-científica, como no inglês Consider the following argument: a language such as English can
computacional, o formato S+V+C é usado rigorosamente. only be claimed to have attained an international status to the
very extent it has ceased to be national, i.e., the exclusive pro-
Complementos perty of this or that nation in particular (Widdowson). In other
Os complementos são palavras ou frases inteiras que deta- words, the U.K. or the U.S.A. or whosoever cannot have it both
lham ou completam as informações estabelecidas pelo sujeito e ways. If they do concede that English is today a world language,
o verbo, que são os únicos termos essenciais da oração. then it only behooves them to also recognize that it is not their
Analisemos estas frases: “A secretária chegou”, “O ônibus exclusive property, as painful as this might indeed turn out to be.
saiu”, “O avião caiu”. Sintaticamente, já temos os dois elementos In other words, it is part of the price they have to pay for seeing
indispensáveis: O sujeito que determina quem está envolvido their language elevated to the status of a world language. Now,
na execução de uma determinada ação e o verbo que responde the key word here is “elevated”. It is precisely in the process of
pelo ato executado getting elevated to a world status that English or what I insist
on referring to as the “World English” goes through a process of
metamorphosis.”
RAJAGOPALAN, K. The identity of “World English”. New Challen-
EXERCÍCIOS ges in Language and Literature. Belo Horizonte: FALE/UFMG,
2009, p. 99-100.

1. (COLÉGIO PEDRO II - PROFESSOR – INGLÊS - COLÉGIO PE- The author’s main purpose in this paragraph is to
DRO II – 2019) (A) talk about the growing role of some countries in the
spread of English in world affairs.
TEXT 6 (B) explain the process of changing which occurs when a
language becomes international.
“Probably the best-known and most often cited dimension (C) raise questions about the consequences posed to a
of the WE (World Englishes) paradigm is the model of concen- language when it becomes international.
tric circles: the ‘norm-providing’ inner circle, where English is (D) alert to the imminent rise of emergent countries and
spoken as a native language (ENL), the ‘norm-developing’ outer the replacement of English as a world language.
circle, where it is a second language (ESL), and the ‘norm-de-
pendent’ expanding circle, where it is a foreign language (EFL). 3. (PREFEITURA DE CUIABÁ - MT - PROFESSOR DE ENSINO
Although only ‘tentatively labelled’ (Kachru, 1985, p.12) in ear- FUNDAMENTAL - LETRAS/ INGLÊS - SELECON – 2019)
lier versions, it has been claimed more recently that ‘the circles
model is valid in the senses of earlier historical and political Texto III
contexts, the dynamic diachronic advance of English around the
world, and the functions and standards to which its users relate Warnock (2009) stated that the first reason to teach writing
English in its many current global incarnations’ (Kachru and Nel- online is that the environment can be purely textual. Students
son, 1996, p. 78).” are in a rich, guided learning environment in which they express
PENNYCOOK, A. Global Englishes and Transcultural Flows. New themselves to a varied audience with their written words. The
York: Routledge, 2007, p. 21. electronic communication tools allow students to write to the
teacher and to each other in ways that will open up teaching and
According to the text, it is possible to say that the “circles learning opportunities for everyone involved. Besides, writing
model” established by Kachru teachers have a unique opportunity because writing-centered
(A) represents a standardization of the English language. online courses allow instructors and students to interact in ways
(B) helps to explain the historicity of the English language. beyond content delivery. They allow students to build a commu-
(C) establishes the current standards of the English langua- nity through electronic means. For students whose options are
ge. limited, these electronic communities can build the social and
(D) contributes to the expansion of English as a foreign lan- professional connections that constitute some of education’s
guage. real value (Warnock, 2009).
2. (COLÉGIO PEDRO II - PROFESSOR – INGLÊS - COLÉGIO PE- Moreover, Melor (2007) pointed out that social interaction
DRO II – 2019) technologies have great benefits for lifelong education envi-
ronments. The social interaction can help enhancing the skills
TEXT 5 such as the ability to search, to evaluate, to interact meaning-
fully with tools, and so on. Education activities can usually take
“In other words, there are those among us who argue that place in the classroom which teacher and students will face to
the future of English is dependent on the likelihood or otherwise face, but now, it can be carried out through the social network
of the U.S. continuing to play its hegemonic role in world affairs. technologies including discussion and assessment. According
Since that possibility seems uncertain to many, especially in view to Kamarul Kabilan, Norlida Ahmad and Zainol Abidin (2010),

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LÍNGUA INGLESA
using Facebook affects learner motivation and strengthens stu- 5. (PREFEITURA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE - PRO-
dents’ social networking practices. What is more, according to FESSOR II – INGLÊS - IBFC – 2019)
Munoz and Towner (2009), Facebook also increases the level of
web-based interaction among both teacher-student and studen- THE ARAL: A DYING SEA
t-student. Facebook assists the teachers to connect with their
students outside of the classroom and discuss about the assign- The Aral Sea was once the fourth biggest landlocked sea in
ments, classroom events and useful links. the world – 66,100 square kilometers of surface. With abundant
Hence, social networking services like Facebook can be cho- fishing resources, the Sea provided a healthy life for thousands
sen as the platform to teach ESL writing. Social networking ser- of people.
vices can contribute to strengthen relationships among teachers The Aral receives its waters from two rivers – the Amu
as well as between teachers and students. Besides, they can be Dar’ya and the Syr Dar’ya. In 1918, the Soviet government deci-
used for teachers and students to share the ideas, to find the ded to divert the two rivers and use their water to irrigate cotton
solutions and to hold an online forum when necessary. Using plantations. These diversions dramatically reduced the volume
social networking services have more options than when using of the Aral.
communication tools which only have single function, such as As a result, the concentration of salt has doubled and im-
instant messaging or e-mail. The people can share interests, portant changes have taken place: fishing industry and other en-
post, upload variety kinds of media to social networking services terprises have ceased: salt concentration in the soil has reduced
so that their friends could find useful information (Wikipedia, the area available for agriculture and pastures; unemployment
2010). has risen dramatically; quality of drinking water has been de-
(Adapted from: YUNUS, M. D.; SALEHI, H.; CHENZI, C. English clining because of increasing salinity, and bacteriological conta-
Language Teaching; Vol. 5, No. 8; 2012.) mination; the health of the people, animal and plant life have
suffered as well.
Das opções a seguir, aquela que se configura como o melhor In the past few decades, the Aral Sea volume has decreased
título para o Texto III é: by 75 percent. This is a drastic change and it is human induced.
(A) Advantages of Integrating SNSs into ESL Writing Class- During natural cycles, changes occur slowly, over hundreds of
room years.
(B) Using Communication Tools Which Only Have Single The United Nations Environment Program has recently cre-
Function ated the International Fund for Saving the Aral Sea. Even if all
(C) Facebook Assists the Teachers to Connect with Their Stu- steps are taken, a substantial recovery might be achieved only
dents with 20 years.
(D) Using Social Networking Services to Communicate with (From: https://www.unenvironment.org/)
Colleagues
De acordo com o texto: The diversion of the rivers has redu-
4. (PREFEITURA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE - PRO- ced the volume of the Aral..., assinale a alternativa correta.
FESSOR II – INGLÊS - IBFC – 2019) (A) by 60 percent
(B) by 70 percent
Leia a tira em quadrinhos e analise as afirmativas abaixo. (C) by 75 percent
(D) by 66,100 kilometers

6. (PREF. DE TERESINA - PI - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁ-


SICA - LÍNGUA INGLESA - NUCEPE – 2019)

The plural form of brother-in-law, foot and candy is


(A) brothers-in-laws, feet ,candys.
(B) brothers-in-law, feet, candies.
(C) brother-in-laws, feet, candies.
(D) brothers-in-law, foots, candies.
I. No primeiro quadrinho Hagar consultou o velho sábio para (E) brother-ins-law, foots, candys.
saber sobre o segredo da felicidade.
II. No segundo quadrinho as palavras that e me se referem,
respectivamente, ao “velho sábio” e a “Hagar”.
III. As palavras do velho sábio no último quadrinho são de
que é melhor dar que receber.

Assinale a alternativa correta.


(A) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
(B) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
(C) As afirmativas I, II e III estão corretas
(D) Apenas a afirmativa I está correta

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LÍNGUA INGLESA
7. (SEDF - PROFESSOR SUBSTITUTO – INGLÊS - QUADRIX – Grammatical focus:
2018) A superlative
B past simple
C gerunds and infinitives
D relative pronouns
E present simple passive
F second conditional

Example assessment items:


1) Complete the sentences with the correct word(s). I
.......... there for six years before moving to Budapest.
2) Complete the descriptions with who or which. This is a
kind of cheese .......... is made from goat’s milk not cow’s milk.
3) Rewrite the sentences using the correct form of the ver-
bs in brackets. Where (you/fly) if (you/be) a bird?
4) Complete the sentences with the correct form of the
verbs in brackets. Coffee (grow) in Brazil. It (export) to many
countries in the world.
5) Complete the sentences with ... +ing or to + ... . I decided
(send) a letter to my friend.
6) Complete the sentences with an appropriate adjective.
Shanghai is the .......... city in the world.

Mark the alternative that presents the correct sequence:


(A) B – D – F – E – C – A.
(B) F – E – C – A – D – B.
(C) A – C – B – E – D – F.
(D) A – F – B – D – E.
(E) B – E – D –C – F – A.

12. (PREFEITURA DE SÃO MIGUEL DO OESTE - SC - PROFES-


SOR - LÍNGUA INGLESA - AMEOSC – 2019)
Based on the text, judge the following items.
The final “s” in “ideas” (line 2) and “brains” (line 8) is pro- Analyze the sentences below:
nounced in the same way. I. She can read music much more quickly then I can;
( ) Certo II. Until 2005, the film had made the most money that any
( ) Errado British film had ever made;
III. A lot of people behaved badly at the party, but she beha-
8. I normally have two long ________ a year. ved worst of all.
(A) holiday
(B) holidays Indicate the correct alternative according to the compara-
(C) holidaies tive form.
(D) holidayes (A) The items I and II, only.
(B) The items II and III, only.
9. They have four ________, all girls. (C) The item III, only.
(A) childs (D) The items I, II, and III.
(B) childes
(C) childen
(D) children

10. You must remember to brush your _____ after eating.


(A) tooths
(B) toothes
(C) teeth
(D) teeths

11. (PREFEITURA DE BLUMENAU - SC - PROFESSOR - INGLÊS


– MATUTINO - FURB – 2019)

What is the sequence that presents the correct example as-


sessment items with their grammatical focus listed below?

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LÍNGUA INGLESA
13. (PREFEITURA DE SALVADOR - BA - PROFESSOR LÍNGUA 14. (PREFEITURA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE -
ESTRANGEIRA – INGLÊS - FGV - 2019) PROFESSOR II – INGLÊS - IBFC – 2019)

TEXT III O tempo verbal utilizado para descrever fatos que aconte-
ceram em tempo não determinado chama-se _____. Assinale a
alternativa que preencha corretamente a lacuna.
(A) Past continuous
(B) Past simple
(C) Present simple
(D) Present perfect

15. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO CEDRO - SC - PROFESSOR


–INGLÊS - AMEOSC – 2019)

Did you _____________ that Pilates was born in prison and


inspired by cats?

Identify the best alternative that completes the context.


(A) Knew.
(B) Know.
(C) Told them.
(D) Brought.

16. (AMEOSC - 2019 - PREFEITURA DE SÃO MIGUEL DO OES-


TE - SC - PROFESSOR - LÍNGUA INGLÊS)
(Source: https://pt.wikipedia.org/wiki/Green_Book)
Observe the paragraph below.
Here are six reviews on Green Book:
1. The screenplay essentially turns Shirley into a black man Over the past few years, a bunch of similar books ______ to
who thematically shapeshifts into whoever will make the story fill the yawning gaps left in recorded history regarding women’s
appealing to white audiences - and that’s inexcusable. contributions recently.
Lawrence Ware New York Times
2. Green Book is effective and affecting while being careful Identify the best alternative that completes the context.
to avoid overdosing its audience on material that some might (A) Has attempted.
deem too shocking or upsetting. (B) Had attempted.
James Berardinelli ReelViews (C) Have attempted.
3. In a world that seems to get uglier every day, this movie’s (D) Are attempted.
gentle heart and mere humanity feel like a salve.
Leah Greenblatt Entertainment Weekly
4. A bizarre fish-out-of-water comedy masquerading as a
serious awards-season contender by pretending to address the
deep wound of racial inequality while demonstrating its profou-
nd inability, intellectually and dramatically, to do that.
Kevin Maher Times (UK)
5. Sometimes life is stranger than art, sometimes art imi-
tates life, and sometimes life imitates art. If life starts imitating
hopeful art - that’s uplifting. That’s the goal of art, as I see it.
“Green Book” uplifts.
Mark Jackson Epoch Times
6. There’s not much here you haven’t seen before, and very
little that can’t be described as crude, obvious and borderline
offensive, even as it tries to be uplifting and affirmative.
A.O. Scott New York Times
(Source: https://www.rottentomatoes.com/m/green_book/
reviews/)

In the sentence “to get uglier every day” (#3), “uglier” is to


“more beautiful” as
(A) faster is to quicker.
(B) lighter is to darker.
(C) tougher is to harder.
(D) sadder is to more unhappy.
(E) freer is to more independent.

33
LÍNGUA INGLESA
17. (CRA-PR - ANALISTA SISTEMA I - QUADRIX – 2019) Although the findings are unsurprising, long-term data on
ocean plastics had been scant: previous studies looked mainly at
the ingestion of plastic by sea creatures over shorter timescales,
the researchers say.

Fishing for data


CPRs are torpedo-like devices that have been used since
1931 to survey plankton populations, by filtering the organisms
from the water using bands of silk. Today, volunteer ships such
as ferries and container ships tow a fleet of CPRs around the
world’s oceans.
(…)Each time a ship tows a CPR, the crew fills in a log book
and notes any problems with the device. So Ostle and her collea-
gues looked through all tow logs from the North Atlantic betwe-
en 1957 and 2016, to determine whether plastic entanglements
have become more common.

Evidence analysis
(…)Van Sebille says that because the study focused on lar-
ge plastic items, it doesn’t reveal much about the quantity of
microplastics — fragments fewer than 5 millimetres long — in
the oceans. These tiny contaminants come from sources such as
disposable plastic packaging, rather than from fishing gear.
Nevertheless, he adds, the study demonstrates that fishe-
ries play a major part in plastic pollution, and will provide use-
ful baseline data for tracking whether policy changes affect the
levels of plastic in the oceans. “As fisheries become more pro-
fessional, especially in the North Sea, hopefully we might see a
decrease,” he says.
Source: https://www.nature.com/articles/d41586-019-
01252-0 (adapted).
Access: April 20th, 2019

The alternative in which “play” has the same meaning as


Based on the text, judge the item below. in the sentence:“Nevertheless, he adds, the study demonstrates
The infinitive form of “taught” (line 2) is think. that fisheries play a major part in plastic pollution, and…” is:
( ) Certo (A) The children play at the playground.
( ) Errado (B) They play the violin very well.
(C) He plays an important role in my life.
18. (PREF. DE TERESINA - PI - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO (D) She plays soccer on weekends.
BÁSICA - LÍNGUA INGLESA – NUCEPE – 2019) (E) The play starts at 8 p.m.

Planet’s ocean-plastics problem detailed in 60-year data set 19. (PREFEITURA DE FRAIBURGO - SC - PROFESSOR - LÍN-
Researchers find evidence of rising plastic pollution in an ac- GUA INGLESA - FEPESE – 2019)
cidental source: log books for planktonmonitoring instruments.
Matthew Warren The Disappearing Honeybee

Scientists have uncovered the first strong evidence that the Honeybees do more than just make honey. They fly around
amount of plastic polluting the oceans has risen vastly in recent and pollinate flowers, plants, and trees. Our fruits, nuts, and vege-
decades — by analysing 60 years of log books for plankton-tra- tables rely.....................these pollinators. One third.....................
cking vessels. America’s food supply is pollinated.....................the honeybee.
Data recorded by instruments known as continuous plank- Have you seen or heard a honeybee lately? Bees are mys-
ton recorders (CPRs) — which ships have collectively towed teriously disappearing in many parts of the world. Most people
millions of kilometres across the Atlantic Ocean — show that the don’t know about this problem. It is called “colony collapse di-
trackers have become entangled in large plastic objects, such sorder” (CCD). Some North American beekeepers lost 80% of
as bags and fishing lines, roughly three times more often since their hives from 2006-2008. Bees in Italy and Australia are disa-
2000 than in preceding decades. ppearing too.
This is the first time that researchers have demonstrated the The disappearance of the honeybee is a serious problem.
rise in ocean plastics using a single, longterm data set, says Erik Can you imagine never eating another blueberry? What about
van Sebille, an oceanographer at Utrecht University in the Nether- almonds and cherries? Without honeybees food prices will
lands. “I’m excited that this has been finally done,” he says. The skyrocket. The poorest people always suffer the worst when the-
analysis was published on 16 April in Nature Communications. re is a lack of food.

34
LÍNGUA INGLESA
This problem affects other foods besides fresh produce. learning, one of which is mainly formal and the other informal.
Imagine losing your favourite ice cream! Haagen Daaz is a fa- Consequently, there are missed opportunities in terms of mutu-
mous ice cream company. Many of their flavours rely on the hard al benefit: formal education remains somewhat detached from
working honeybee. In 2008, Haagen Daaz began raising money rapid socio-technological change, and informal learning is fre-
for CCD. They also funded a garden at the University of Califor- quently sidelined or ignored when it could be used as a resource
nia called The Haven. This garden helps raise awareness about and a way to discover more about evolving personal and social
the disappearing honeybee and teaches visitors how to plant for motivations for learning.
pollinators. One example of how mobile devices can bridge formal and
Donating money to research is the most important thing hu- informal learning is through instantmessaging applications. Both
mans can do to save the honeybee. Some scientists blame CCD synchronous and asynchronous activities can be developed for
on climate change. Others think pesticides are killing the bees. language practice outside the classroom. For example, in a dis-
Commercial bee migration may also cause CCD. Beekeepers cussion group on Whatsapp, students can discuss short videos,
transport their hives from place to place in order to pollinate practice vocabulary with picture collages, share recent news,
plants year round. create captions and punch lines for memes, and take turns to
https://www.englishclub.com/reading/environment/honeybee. create a multimodal story. Teachers can also create applications
htm specifically to practice new vocabulary and grammar to support
classroom learning.
Analyze the sentences according to structure and grammar Digital and mobile media are changing and extending lan-
use. guage use to new environments as well as creating opportunities
1. The underlined words in the following sentence: “ The to learn in different ways. Mobile technology enables us to get
poorest people always suffer the worst when there is a lack of physically closer to social contexts of language use which will
food.”, are examples of adjectives in the comparative of superio- ultimately influence the ways that language is used and learned.
rity degree. Therefore, let us incorporate mobile learning into our EFL les-
2. In the sentence:” Imagine losing your favourite ice cre- sons and literally “have the world in our hands”.
am!”, the underlined word is a noun. (Disponível em http://www.richmondshare.com.br/going-mobi-
3. The words in bold in the text: ‘they’ and ‘our’ are pro- le-going-further/)
nouns.
4. The word ‘hives’ has the following definition: a container In “Consequently, there are missed opportunities in terms of
for housing honeybees. mutual benefit: formal education remains somewhat detached
from rapid socio-technological change, and informal learning is
Choose the alternative which contains all the correct affir- frequently sidelined or ignored when it could be used as a re-
matives: source and a way to discover more about evolving personal and
(A) Only 3 is correct. social motivations for learning.”, the pronoun it (paragraph 2,
(B) Only 4 is correct. line 10) refers to:
(C) Only 1 and 2 are correct. (A) formal education
(D) Only 2 and 3 are correct. (B) informal learning
(E) Only 2 and 4 are correct. (C) mutual benefit
(D) change
20. (IF-PA - PROFESSOR - LETRAS – HABILITAÇÃO EM POR- (E) resource
TUGUÊS E INGLÊS - FADESP – 2018)

Going Mobile, Going Further!


By Anderson Francisco Guimarães Maia – October 28, 2016

So what happens to “learning” if we add the word “mobi-


le” to it? The increasing and rapidly developing use of mobile
technology by English language learners is an unquestionable
aspect of today’s classroom. However, the attitude EFL teachers
develop towards the use of mobile devices as an aid for language
teaching varies greatly.
The unique benefits of mobile learning for EFL teachers in-
clude the ability to bridge formal and informal learning, which
for language learners may be realized through supplementary
out-of-classroom practice, translation support when commu-
nicating with target language speakers and the capture of dif-
ficulties and discoveries which can be instantly shared as well
as being brought back into the classroom. Mobile learning can
deliver, supplement and extend formal language learning; or it
can be the primary way for learners to explore a target language
informally and direct their own development through immedia-
cy of encounter and challenge within a social setting. We still
miss sufficient explicit connection between these two modes of

35
LÍNGUA INGLESA
21. (CRA-PR - ANALISTA SISTEMA - QUADRIX – 2019) 22. (CRM-PR - TÉCNICO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
- QUADRIX – 2018)

Based on the text, judge the item below. Based on the text, judge the following item.
“them” (line 22) refers to “applications” (line 21). “They” in “They’re all” (line 4) refers to “two superheroes”
( ) Certo (line 1).
( ) Errado ( ) Certo
( ) Errado

36
LÍNGUA INGLESA
23. (SEDF - PROFESSOR SUBSTITUTO – INGLÊS - QUADRIX 25. (SEDF - PROFESSOR – INGLÊS – QUADRIX – 2017)
– 2018)

Based on the text, judge the following item.


The singular form of “These” (line 3) is either This or That.
( ) Certo Based on the text, judge the following items.
( ) Errado “rarely” (line 20) means seldom.
( ) Certo
24. (PREF. DE TERESINA - PI - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO ( ) Errado
BÁSICA - LÍNGUA INGLESA - NUCEPE – 2019)
The alternative that contains only adverbs of frequency is
(A) always – often – usually – rarely.
(B) frequently – sometimes – early -.
(C) badly – often – never – actually.
(D) really – seldom – hardly ever.
(E) occasional – fast –there – finally

37
LÍNGUA INGLESA
26. (SEDF - PROFESSOR – INGLÊS – QUADRIX – 2017) 28. (TCE-PR – ANALISTA DE CONTROLE – TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO – CESPE – 2016)

Based on the text, judge the following items.


In text 8A5BBB, the word “often” (l.27) can be correctly re-
The adverb “often” as in “these food fads are often based” placed by
(line 18) is more commonly placed before the verb to be. (A) intermittently.
( ) Certo (B) sometimes.
( ) Errado (C) seldom.
(D) hardly ever.
27. (SEDF - PROFESSOR – INGLÊS - QUADRIX – 2017) (E) frequently.

29. (PREFEITURA DE FRAIBURGO - SC - PROFESSOR - LÍN-


GUA INGLESA - FEPESE – 2019)

The Disappearing Honeybee

Honeybees do more than just make honey. They fly around


and pollinate flowers, plants, and trees. Our fruits, nuts, and vege-
tables rely.....................these pollinators. One third.....................
America’s food supply is pollinated.....................the honeybee.
Have you seen or heard a honeybee lately? Bees are mys-
teriously disappearing in many parts of the world. Most people
don’t know about this problem. It is called “colony collapse di-
sorder” (CCD). Some North American beekeepers lost 80% of
their hives from 2006-2008. Bees in Italy and Australia are disa-
ppearing too.
The disappearance of the honeybee is a serious problem.
Based on the text, judge the following items. Can you imagine never eating another blueberry? What about
“all day” (line 8) has the same meaning as every day. almonds and cherries? Without honeybees food prices will
( ) Certo skyrocket. The poorest people always suffer the worst when the-
( ) Errado re is a lack of food.

38
LÍNGUA INGLESA
This problem affects other foods besides fresh produce. Imagine losing your favourite ice cream! Haagen Daaz is a famous ice
cream company. Many of their flavours rely on the hard working honeybee. In 2008, Haagen Daaz began raising money for CCD.
They also funded a garden at the University of California called The Haven. This garden helps raise awareness about the disappearing
honeybee and teaches visitors how to plant for pollinators.
Donating money to research is the most important thing humans can do to save the honeybee. Some scientists blame CCD on
climate change. Others think pesticides are killing the bees. Commercial bee migration may also cause CCD. Beekeepers transport
their hives from place to place in order to pollinate plants year round.
https://www.englishclub.com/reading/environment/honeybee.htm

Choose the alternative that presents the correct prepositions that are missing in the first paragraph.
(A) on • of • by
(B) in • off • by
(C) at • from • about
(D) on • from • by
(E) at • of • due to
30. (PREFEITURA DE SAPUCAIA DO SUL - RS - PROFESSOR – ÁREA II – LÍNGUA INGLESA - FUNDATEC – 2019)

In lines 02, 03, 20 and 27 the correct sequence of particles to fill in the blanks is:
(A) on – on – to – to
(B) on – at – for – to
(C) on – at – for – for
(D) in – at – for – for
(E) in – on – for – to

39
LÍNGUA INGLESA
31. (SCGÁS – ADVOGADO - IESES – 2019) (A) on, out, behind, in.
(B) of, in , between, from.
Complete the sentences with in, at or on and choose the (C) of, beside, on , of.
correct alternative. (D) on, at, from, between.
(E) in, of, between, at.
She lives _____ the countryside.
Mark is _____ university. 33. (PREF. DE TERESINA - PI - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO
Don´t drop litter ____ the ground. BÁSICA - LÍNGUA INGLESA - NUCEPE – 2019)
I arrived ____ the USA last week.
Choose the best alternative to complete the blanks:
(A) in - at - on - on Anne was born ___July 2nd, ___the morning ___Germany.
(B) in - at - on - in (A) on / in / in.
(C) on - on - in - in (B) in / in / in.
(D) at – in – in – in (C) on / in / on.
(D) on / in / at.
32 (PREF. DE TERESINA - PI - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁ- (E) at / on / on.
SICA - LÍNGUA INGLESA - NUCEPE – 2019)
34. (PREFEITURA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE -
Smiling Can Actually Make People Happier, Study Finds PROFESSOR II - INGLÊS - IBFC – 2019)
There are a lot of _____ in the field. Assinale a alternativa
Researchers of a new study find that the simple act (1)______ que preencha corretamente a lacuna.
smiling can actually make a person happier. Evidently, nearly 50 (A) sheep
years of data shows facial expressions can affect an individual’s (B) sheeps
emotions or feelings. (C) ship
(D) ships

Emotional Debate
For over 100 years, psychologists have been debating whe-
ther facial expressions can affect emotions. The argument be-
came even more pronounced (2)______ 2016 after 17 teams of 35. (PREFEITURA DE BLUMENAU - SC - PROFESSOR - INGLÊS
scientists failed to replicate a popular experiment that would – MATUTINO- FURB – 2019)
supposedly show that smiling can actually make people happier. What is the correct sequence for planning a practical writing
While there are some studies that do not show a relationship class? Consider classroom actions (A through H below) with the
(3)______facial expressions and emotional feelings, the resear- correct sequence of these actions:
chers of the new study believe that they can’t focus on the data A - The teacher provides students with a short newspaper
from just one. As such, they scoured data from 138 studies, whi- article about a pool in their city that can close and tells them
ch tested over 11,000 participants (4)_____ all over the world. that they will write a letter to the newspaper asking for the pool
“But we can’t focus on the results of any one study. Psycho- to be open.
logists have been testing this idea since the early 1970s, so we B - Students choose the top six reasons and the teacher wri-
wanted to look at all the evidence,” said lead researcher Nicho- tes them on the board.
las Coles, PhD. C - Groups check each other’s letters for grammatical and
Facial Expressions Affect People’s Emotions spelling errors and correct them.
Based on the team’s meta-analysis, facial expressions do, in D - Teacher asks students in groups to brainstorm reasons
fact, have a small impact on emotions. For instance, a person for keeping pool open.
who smiles will feel happier, a person who scowls will feel an- E - Teacher asks students in his or her groups to write a draft
grier, and a person who frowns will feel sadder. While the effects of the letter using three of the reasons on the written list.
aren’t very powerful or long-lasting, it is significant enough to F - Teacher collects all letters to send to newspaper editor.
show a correlation. G - Groups tell their list of reasons for the whole class.
According to researchers, their findings bring us closer to H - Groups write an improved draft letter.
understanding how human emotions work and how the mind
and body work together to shape how we experience emotions. Mark the correct sequence:
That said, they do note that they are not saying that people can (A) D – G – B – A – E – C – H – F.
just smile their way to happiness, especially when it comes to (B) A – D – G – B – E – C – H – F.
mental health conditions such as depression. (C) C – D – G – E – B – A – H – F.
The study is published in Psychological Bulletin. (D) A – D – C – B – E – G – H – F.
Source: https://www.techtimes.com/arti- (E) C – D – G – B – E – H – A – F.
cles/241396/20190413/smiling-can-actually-make-peopleha-
ppier-study-finds.htm(adapted)Access: April 13th, 2019

The alternative that has suitable prepositions to complete


the brackets, respectively:

40
LÍNGUA INGLESA
36. (SLU-DF - ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 38. (SEDUC-AL - PROFESSOR – INGLÊS - CESPE – 2018)
– INFORMÁTICA - CESPE – 2019)

The solid-waste disposal company Daily Disposal services


tens of thousands of residences, businesses and construction
sites in San Diego. In the past, drivers with residential routes re-
ceived two printouts each morning: a 30-page document listing
more than 1,000 customers they needed to visit that day, and a
separate five- or six-page document listing customers with de-
linquent accounts. As drivers made stops, they had to compare
the two lists to determine whether to pick up each customer’s
containers. With more than 90 drivers in the field, Daily Disposal
needed a more efficient way to route trucks and document trash
pickup. So, the company invested in a custom mobile app cal-
led eMobile, Samsung Galaxy tablets with 10.1-inch screens and
cellular service from Sprint. Rather than receiving stacks of pa-
per each morning, drivers simply download the day’s route onto
their tablets via the eMobile app. As they move along, the mou-
nted tablets tell them exactly where to stop. When drivers arrive On the previous text and the vocabulary used in it, judge the
at customers’ homes, they push one of three buttons on the tou- items below.
chscreen: “done,” “not out” or “skip.” Daily Disposal’s entire fle- There was less than half a ton of mail in the postman’s ga-
et now has mounted tablets. All residential drivers are using the rage.
solution, and drivers who pick up from commercial and construc- ( ) Certo
tion sites will begin using it soon. And the company is looking ( ) Errado
for other ways to automate operations. “What we’re doing may
seem simple, but it’s huge for us,” says Todd Ottonello, vice pre- 39. (PREFEITURA DE TERESINA - PI - PROFESSOR DE EDUCA-
sident of the company. “This also helps with our efforts to go ÇÃO BÁSICA - LÍNGUA INGLESA - NUCEPE – 2019)
green. The solution completely changes an industry.”
Taylor Mallory Holland. Tablets bring waste management Consider the following conversation.
technology into the digital age. Internet: : <https://insights. -____did Jonathan go to New York?
samsung.com> (adapted) -Because he went on a tour with his family.
-____did they go?
Judge the following item in relation the previous text. -By ship.
In the following passage from the text, the word “trash” can
be substituted by the word garbage: “Daily Disposal needed a Taking into account the use of interrogative pronouns, the
more efficient way to route trucks and document trash pickup” option below that completes the conversation is
( ) Certo (A) When – How.
( ) Errado (B) When – What.
37. (SEDUC-AL - PROFESSOR – INGLÊS - CESPE – 2018) (C) Why – How.
(D) Why – When.
(E) What – How.
40. (MPE-BA - ANALISTA DE SISTEMAS - FESMIP-BA - 2011)

Information Systems

Information Systems (IS) is concerned with the information


that computer systems can provide to aid a company, non-profit
or governmental organization in defining and achieving its goals.
It is also concerned with the processes that an enterprise can
implement and improve using information technology. IS profes-
sionals must understand both technical and organizational fac-
tors , 5 and must be able to help an organization determine how
information and technology-enabled business processes can
provide a foundation for superior organizational performance.
They serve as a bridge between the technical and management
On the previous text and the vocabulary used in it, judge the communities within an organization. What information does the
items below. enterprise need? How is that information generated? Is it deli-
In the last sentence of the text, “postie” (ℓ.12) is an informal vered to the people who need it? Is it presented to them in ways
way to refer to the postman. that permit them to use it readily? 10 Is the organization struc-
( ) Certo tured to be able to use technology effectively? Are the business
( ) Errado processes of the organization well designed? Do they use the
opportunities created by information technology fully? Does the

41
LÍNGUA INGLESA
organization use the communication and collaboration capabilities of information technologies appropriately? Is the organization
capable of adapting quickly enough to changing external circumstances? These are the important issues that businesses rely on IS
people to 15 address. A majority of IS programs are located in business schools; however, they may have different names such as
management information systems, computer information systems, or business information systems. All IS degrees combine business
and computing topics, but the emphasis between technical and organizational issues varies among programs. For example, 20 pro-
grams differ substantially in the amount of programming required. Traditionally, many graduates of IS programs have functioned in
roles that are similar to the roles for which IT programs explicitly prepare their students. Information systems graduates continue to
fill these roles, but the new programs in information technology offer an alternative path to these positions. INFORMATION Systems.
Disponível em: . Acesso em: 03 jan. 2011.

“How is that information generated?” (linha 8). The use of “How”, in this question, is in order to
(A) request permission to do something.
(B) get information in what way or manner.
(C) expect or demand something.
(D) express an opinion on something.
(E) ask for something.

41. (CETESB - ANALISTA DE TI - ADMINISTRAÇÃO DE DADOS - VUNESP – 2009)

The blank in - how __________ can you live? - is correctly filled with
(A) long
(B) far
(C) come
(D) high
(E) many

42. (PREFEITURA DE SÃO MIGUEL DO OESTE - SC - PROFESSOR - LÍNGUA INGLESA - AMEOSC – 2019)

We’re all looking forward to have a few days’ holiday together.

In the context above, there is mistake related to:


(A) An adverbial phrase.
(B) An infinitive form.
(C) A determiner.
(D) Gerund use.

42
LÍNGUA INGLESA
43. (PREF. DE TERESINA - PI - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA - LÍNGUA INGLESA - NUCEPE - 2019)

In the cartoon, the underlined word is


(A) an adjective.
(B) a conjunction.
(C) a verb.
(D) an adverb.
(E) a noun.

44. (EBC – ANSALISTA – CESPE/2011) IN THE SENTENCE:


“Seeing the large crowd, John stopped his car.”, “Seeing the large crowd” is an adverbial clause.
( ) Certo
( ) Errado

45. (EBC – ANSALISTA – CESPE/2011) In the sentence:

“They elected Prof. Palmer the head of that department for the second time.”, “the head of that department” is a direct object.
( ) Certo
( ) Errado

46. (EBC – ANSALISTA – CESPE/2011)


Translation exists because men speak different languages. This truism is, in fact, founded on a situation, which can be regarded
as enigmatic and posing problems of extreme difficulty. Why should human beings speak thousands of different, mutually incom-
prehensible tongues? Why does homo sapiens, whose digestive tract has evolved and functions in precisely the same complicated
ways the world over, whose biochemical fabric and genetic potential are, orthodox science assures us, essentially common, the
delicate runnels of whose cortex are wholly akin in all peoples and at every stage of social evolution – why does this unified, though
individually unique mammalian species not use common language?
We do not speak one language, nor half a dozen, nor twenty or thirty. Four to five thousand languages are thought to be in cur-
rent use. This figure is almost certainly on the low side. It seems reasonable to assert that the human species developed and made
use of at least twice the number we can record today. A genuine philosophy of language must grapple whit the phenomenon and
rationale of the human ‘invention’ and retention of anywhere between five and ten thousand distinct tongues. However difficult and
generalizing the detour, a study of translation ought to put forward some view of the evolutionary, psychic needs or opportunities,
which have made translation necessary. To speak seriously of translation one must first consider the possible meanings of Babel,
their inherence in language and mind.
George Steiner. After Babel: aspects of language and translation. 2ª ed.
Oxford University Press, 1992, p. 51-4 (adapt ed).

In line 4, the verbal form “functions” has as its subject “homo sapiens”.
( ) Certo
( ) Errado

43
LÍNGUA INGLESA

GABARITO 43 D
44 CERTO
45 ERRRADO
1 B 46 ERRADO
2 C
3 A
ANOTAÇÕES
4 A
5 C ______________________________________________________
6 B
______________________________________________________
7 CERTO
8 B ______________________________________________________
9 D ______________________________________________________
10 C
______________________________________________________
11 A
______________________________________________________
12 B
13 B ______________________________________________________
14 D ______________________________________________________
15 B
______________________________________________________
16 C
17 ERRADO ______________________________________________________
18 C ______________________________________________________
19 E
______________________________________________________
20 B
______________________________________________________
21 CERTO
22 ERRADO ______________________________________________________
23 ERRADO ______________________________________________________
24 A
______________________________________________________
25 CERTO
26 ERRADO ______________________________________________________

27 ERRADO ______________________________________________________
28 E
______________________________________________________
29 A
______________________________________________________
30 C
31 B ______________________________________________________
32 B ______________________________________________________
33 A
______________________________________________________
34 A
35 B _____________________________________________________

36 CERTO _____________________________________________________
37 CERTO ______________________________________________________
38 ERRADO
______________________________________________________
39 C
40 B ______________________________________________________
41 A ______________________________________________________
42 B
______________________________________________________

44

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