Jiddu Krishnamurti nasceu em 9 de Maio de 1895, em Manadapalle, em torno
de duzentos e cinqüenta quilômetros de Madrasta, Índia, dito de uma família pobre, mas na verdade de família Telagú, de linha brahmânica, e foi o oitavo filho e seguiu seu nome a tradição, assim em homenagem a Krishna. Filho do Magistrado Jiddu Narianiah, que antes trabalhava na Receita, e foi graduado na Universidade de Madrasta. Krishnamurti teria sido um dos 11 filhos. Foiuma criança frágil que sofria bulling. Segundo a lenda, ele foi a encarnação de Maitréia, um bodisatwa que veio para ajudar a humanidade. Ele não contestava bem isso, mas mostrava mais a importância em seus ensinos que na sua pessoa. Sua família era vegetariana. Então, Krishnamurti foi um filósofo, teósofo, místico, educador, escritor indiano. Era um palestrante e em seus discursos tratava da educação, liberdade, dentre outros temas que interessam a filosofia. Talvez essa seja a primeira obra a colocá-lo ao lado de pensadores, com perfil mais racional. Defendia um caminho mais interno e psicológico, e não tanto de instituições externas, grupos ou religiões. A revolução ocorreria através do autoconhecimento. O menino de treze anos foi descoberto por teosofistas, mais especificamente CW Leadbeater, o autor de Maçonaria Oculta, e por Annie Besant, autora de Cristianismo Esotérico, e assim viram que o menino nas vidas passadas era um grande mestre. E assim continuou sendo, apesar da severa preparação que teria de passar, em especial com o trabalho com a kundalini. Estudou com seu irmão Nytia em Londres. O mestre místico Kut Humi recomendou que o menino fosse preservado em sua saúde mental. Disso surgiu o livro dele Aos pés do mestre, que depois ele teria dito que não escrevera, mas que o autor desapareceu. Na verdade os Mahatmas inspiraram também as obras de Helena Blavatsky, e também ele devia ter passado pela mesma experiência mística. Dos seus dez irmãos, apenas sobreviveram três, Adyas, Jiddu e Narianiah. Foi assim preparado pela Sociedade Teosófica e se torna um mestre de sabedoria. Apesar da aparência de religião hindu, o seu trabalho não se ligava a nenhuma religião específica. Disse que a verdade não viria por nenhuma organização ou religião. Seu irmão Nytia, que sofria de tuberculose, sempre estava junto dele, como seu melhor amigo, o chocando profundamente quando falece. Foi quando ele na preparação começou a questionar a Besant. Na verdade, o caminho iniciático gera sofrimento e dificuldade, como ensinam Eliphas Levi e outros, e não sabe o que espera quem entra nessa senda mística ou ocultista. Então Krishnamurti era um menino quando viu o irmão sofrer em meio a essa preparação. Também ele começou a ter dores de cabeça constantes, e a Besant que isso se devia pelo desenvolvimento da kundalini. Fica assim Jiddu em silêncio e certo isolamento. Isso culmina em 1929, quando dissolve a Ordem da Estrela e diz em discurso que está desvinculado de qualquer organização. Seu interesse passa a ser a liberdade do homem. Esteve no Brasil em 1935, com palestra em São Paulo e Rio e disse espantado pelo interesse em suas palestras na América do Sul. Nos EUA recebeu a visita de Adous Huxley, que foi seu amigo até fim da vida, chegando a escrever prefácio de seu livro. Mas foi vigiado pelo FBI e considerado subversivo, por ser pacifista e oposto a nacionalismo. Conheceu também o cientista quântico, Davi Dohm, e Fritjof Capra, Rupert Sheldrake George Sudarshan e David Shainbert. Básico de seu pensamento é que o homem se condiciona pelo desejo e pelo medo, e que nenhum livro ou organização podem ajudar o homem a encontrar a verdade. Critica a sociedade nas palestras sobre a educação, com a sua busca de emprego e vida corriqueira. Pediu para que não se revelasse ser o Maitréia. Ele foi um Buda iluminado, mas buscava não revelar muito isso. Chegou a ganhar um estado messiânico para os quais o seguiam. Faleceu em 1986, de câncer, em Ojai, se mantendo sereno até último momento, sendo cremado em Ventura, Califórnia, EUA.