Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nos últimos anos vem ganhando força uma teologia do rancor e do ódio. Isso transparece no discurso
das pessoas, mesmo em conversas informais. Castigos de Deus, perseguições contra gêneros
diversos, ideologias extremistas, dentre muitos outros detalhes, mostram esse aspecto. No lugar de
uma teologia de amor e inclusão, se usa uma teologia de rancor e ódio. Dentre as confusões, entram
uns termos estranhos para as justificarem. Uma destas é o casal bíblico, ao se perseguir as
diversidades de famílias. Primeiro que na Bíblia em muitos casos havia a poligamia, o que não combina
com a defendida família cristã tradicional, defendida pelos “teólogos” de redes sociais, ou meros
crentes. Noutro dia um pastor em tom de brincadeira transpareceu ao falar da submissão da mulher
para com o marido, o que gerou comentários contrários das mulheres, em rede social. A Bíblia é sim
palavra de Deus, mas ela necessita de boa tradução, hermenêutica, exegese etc. O nosso contexto
também altera as coisas, uma vez que não vivemos em mundo de pastores de ovelhas, pescadores,
deserto, 2500 anos atrás e demais situações mais presentes nas escrituras. Ler literalmente a Bíblia
pode gerar diversos equívocos. O moralismo que surge em meio a isso tudo, em especial em religiões
fundamentalistas, acaba por gerar uma fuga da realidade e conflito social, que poderia ser resolvido
antes com sabedoria, e com seleção de melhores lições de Nosso Senhor Jesus. O doutor em teologia
Fabrício Veliq bem disse que existe uma moral atrasada e descontextualizada. Passemos para uma
teologia de amor, em lugar de teologia do ódio.