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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS


UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: MECANICA DOS SOLOS EXPERIMENTAL TURMA: 04

TEOR DE UMIDADE

Professor(a): Veruschka
Assistente: Rômulo Medeiros
Alunos: Bruna Silveira Lira
Isadora Ribeiro de Andrade

Campina Grande, Julho de 2013


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – pesagem das capsulas vazias...............................................................................................6


Figura 2 – Álcool sendo adicionado a amostra de solo úmido.............................................................7
Figura 3 – Duas amostras de solos queimando devido álcool..............................................................7
Figura 4 – Amostras de solo sendo agitada na garrafa do speedy........................................................8
Figura 5 – Tabela presente do equipamento speedy.............................................................................9
Sumário
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................4
1.1 Justificativa.....................................................................................................................................4
1.2 Objetivo..........................................................................................................................................4
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA.........................................................................................................5
3. MATERIAIS E METODOS.............................................................................................................6
3.1 Materiais.........................................................................................................................................6
3.2 Métodos..........................................................................................................................................6
4. RESULTADOS...............................................................................................................................11
5. CONCLUSÕES..............................................................................................................................12
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS...........................................................................................13
TEOR DE UMIDADE

1. INTRODUÇÃO

1.1 Justificativa

Teor de umidade de um solo é a razão entre o peso da água contida num certo volume de
solo e o peso da parte solida existente neste mesmo volume.
O conhecimento da umidade do solo é de fundamental importância, pois indica em que
condições hídricas encontram-se o mesmo.
Esse trabalho relata diferentes ensaios feitos em laboratório para a determinação do teor de
umidade em solos.

1.2 Objetivo

Esse trabalho tem como objetivo mostrar o que foi realizado em laboratório para
determinação do teor de umidade da uma amostra de solo que foi coletada na Jazida Boa Vista e que
foi preparada anteriormente no mesmo laboratório. Para determinar o teor de umidade foi usado
como base a norma NBR 6457/1986, e a partir disso realizado os ensaios por três métodos, o
método da estufa, método do álcool e método do speedy.
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA

Podemos definir teor de umidade de uma amostra de solo como a razão entre o peso da água
(Pa) contínua em um certo volume de solo e o peso da parte sólida (Ps) existente nesse mesmo
volume, sendo expressada em porcentagem, temos:

h = w = 100 Pa / Ps = 100 Ma / Ms (%)

Teor de umidade higroscópica de um solo é o teor de umidade do solo, após destorroamento e


secagem prévia ao ar livre, de modo a não apresentar água livre ou capilar. As águas de
constituição e adesiva não compõem o teor de umidade higroscópica de um solo.

O método mais utilizado para determinar a umidade consiste em:

a) Determinar o peso total (Pt) da amostra;


b) Secar completamente a amostra;
c) Determinar o peso da amostra seca (Ps);
d) Por diferença, obter o peso original da água (Pa = Pt – Ps) na amostra;
e) Calcular o teor de umidade h = 100 Pa / Ps.

Os métodos da estufa e do álcool baseiam-se na evaporação da água contida na amostra pela


elevação de temperatura, enquanto que o método do Speedy é fundamentado em uma reação
química entre a água contida no solo e uma certa quantidade de carbonato de cálcio (carbureto).

CaC2 + 2 H2O » C2 H2 + Ca (OH)2


(carbureto de cálcio + água » acetileno e hidróxido de cálcio)

O gás acetileno ao expandir-se gera pressão proporcional à quantidade de água existente no


ambiente. A leitura dessa pressão em um manômetro permite a avaliação do teor de umidade de
amostras.
3. MATERIAIS E METODOS

3.1 Materiais

3.1.1 Método da estufa

Balanças que permitam pesar nominalmente 200g, 1,5kg e 5kg com resoluções de 0,01g,
0,1g e 0,5g, respectivamente e sensibilidade compatíveis;
Estufa capaz de manter a temperatura entre 60C e 65C e entre 105 e 110C;
Dessecador contendo sílica em gel
Recipientes adequados, confeccionados com material nào corrosível, como: capsulas matalicas
com tampa e pares de vidro de relógio com grampo, de dimensões adequadas

3.1.2 Método do álcool

Balança com capacidade 200g e sensibilidade de 0,01g;


Capsulas metálicas com numeração permanente;
Espátula de aço;
Pinça;
Álcool etílico;

3.1.3 Método do speedy

Conjunto speedy composto de balança, garrafa, tampa, manômetro, tabela ou curva de


calibração do aparelho.

3.2 Métodos

Após ser realizado a preparação de amostra, foi utilizadas essas amostras para determinar o teor
de umidade, para isso foram usados três métodos: o da estufa, o do álcool e o do speedy.

3.2.1 Método da estufa:

Para saber a quantidade do material que será utilizado, primeiro verifica-se a dimensões dos
grãos maiores contidos na amostra, nesse caso os grãos foram entre 2 mm e 20 mm, portanto, de
acordo com a norma NBR 5764, pode ser utilizada de 30g a 300g para estas dimensões. Após
definir a quantidade da amostra, pesa-se as capsulas de alumínio vazias que serão usadas e anota-se
suas massas, foram usadas as capsulas 03 e 14 para amostras de solo no qual foi adicionado água e
as cápsulas 15 e 29 para amostras de solo natural.
Figura 1 – pesagem das capsulas vazias

Fo
nte: Próprio autor

Depois pesa-se o conjunto capsula com sólido úmido e coloca-se as amostras na estufa a um
gradiente de temperatura variando entre 105 – 110 por um período de 24 horas. Após esse tempo
pesa-se o conjunto solo seco e capsula para então obter o peso bruto seco e a partir desses dados
poderá ser calculado a umidade do solo, com a seguinte fórmula:

Onde, h = teor de umidade, em %


M1 = massa do solo úmido mais a massa do recipiente, em g
M2 = massa do solo seco mais a massa do recipiente, em g
M3 = massa do recipiente, em g

Tabela 1 - Dados do ensaio de teor de umidade pela estufa


Solo adicionado água Solo Natural
Cápsula 03 14 15 29
Peso bruto úmido 63,82 51,37 52,75 53,51
Peso bruto seco 60,10 48,60 51,60 52,36
Tara 22,66 20,47 21,43 22,07
Peso da Água 3,72 2,77 1,15 1,15
Peso do solo seco 37,44 28,13 30,17 30,29
Umidade 9,93 9,82 3,81 3,80

3.2.2 Método do álcool

Primeiro pesa-se as capsulas de alumínio vazias que serão usadas, no caso foram as capsulas
 

58 e 52, adiciona-se o solo úmido e pesa-se novamente, em seguida despeja 15ml de álcool etílico
hidratado na amostra de solo e faz a primeira queima, repete a queima mais duas vezes adicionando
sempre 15ml de álcool, até a água evaporar.

Figura 2 – Álcool sendo adicionado a amostra de solo úmido

Fonte: Próprio autor

Figura 3 – Duas amostras de solos queimando devido álcool.

Fonte: próprio autor

Por último pesam-se as capsulas com o solo seco, para assim realizar os cálculos com a
fórmula seguinte obter o teor de umidade.
Tabela 2 – Dados do ensaio de teor de umidade pelo método do álcool
Cápsulas 58 52
Peso Bruto Úmido 44,47 42,04
Peso Bruto Seco 42,35 40,16
Tara da Cápsula 21,61 21,57
Peso da Água 2,12 1,88
Peso do Solo Seco 20,74 18,59
Umidade 10,22 10,11

3.2.3 Método do Speedy

Pesa-se a amostra e a coloca na câmara do aparelho, introduz na câmara as esferas de aço


seguidas das ampolas de carbureto de cálcio. Depois fecha-se o deposito e agitou, observando no
manômetro quando o ponteiro ficou estável, logo após verificou-se na tabela presente no
equipamento speedy, a leitura manométrica e a massa da amostra, sendo encontrada diretamente a
umidade do solo

Figura 4 – Amostras de solo sendo agitada na garrafa do speedy

Fonte: próprio autor


Figura 5 – Tabela presente do equipamento speedy

Fonte: próprio autor


4. RESULTADOS

Após a realização dos ensaios obtivemos como resultado o teor de umidade das amostras de
solos pelo método da estufa que foi de 9,93% e 9,82% para as amostras que foram feitas adição de
água, e de 3,81% e 3,80% para as amostras de solo natural.
No método do álcool pode-se verificar que as umidades encontradas foram de 10,22% e
10,11%. Para o método do speedy foi utilizada apenas uma amostra, que deu uma umidade de 8,1%.
5. CONCLUSÕES

Após os ensaios realizados em laboratório e analisando os resultados obtidos, pode-se


concluir que entre os três métodos, o mais eficaz é o da estufa, apesar de se tratar de um método
mais demorado, seus resultados não mostraram muita alteração de um para o outro, tendo caso que
a diferença foi apenas de 0,01%. Porém uma análise mais rápida seria aconselhável o método do
álcool quando não se trata de um solo orgânico, pois seus resultados também foram satisfatórios.
Dentre os métodos, o do speedy mostrou um teor de umidade um tanto menor que os outros
métodos, essa diferença maior pode ter sido ocasionado por alguma falha no equipamento, por isso,
um resultado menos eficaz.
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457: Preparação para


ensaios de compactação e caracterização. Rio de Janeiro, 1986. 9p
2. LUCENA, A. E. F. L. Aula 3 – Índices físicos. Paraíba: Universidade Federal de Campina
Grande, 2013. 29 slides, color.
3. ALMEIDA, G. C. P. Caracterização Física e Classificação dos Solos. Juiz de Fora:
Universidade Federal de Juiz de Fora, 2005. (Apostila)

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