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APARECIDA DE GOIÂNIA
2018
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APARECIDA DE GOIÂNIA
2018
BANCA EXAMINADORA
Prof.
AGRADECIMENTOS
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A Deus Pela certeza de que eras Tu quem me conduzia, quando eu já não tinha mais por onde
caminhar.
A minha família e filhos, pelos exemplos de coragem, honestidade, perseverança e de extremo
amor.
Aos amigos pelas palavras de apoio, críticas, ensino, companheirismo, paciência, enfim, pela
amizade.
Aos colegas do curso pela honra de ter compartilhado momentos tão intensos de alegrias,
frustrações e sucessos.
E, agradeço também a todos aqueles que foram meus Professores nesse período logo de 05 anos.
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As agressões contra as mulheres e, sem dúvida, a mais vergonhosa entre todas as violações dos direitos humanos.
Não se pode dizer que as mulheres estão progredindo efetivamente em direção à igualdade, ao desenvolvimento e à
paz. Nos últimos anos a violência contra as mulheres tem sido uns dos fenômenos sociais mais denunciados e que
mais ganharam visibilidade nas últimas décadas. A violência doméstica é um padrão de comportamento em que o
parceiro ou ex parceiro usa força física e / ou sexual, coerção, ameaças, intimidação, isolamento, abuso emocional ou
econômico para controlar seu parceiro. A Lei Maria da Penha proporcionou avanço significativo no combate a este
fenômeno, porém devido à complexidade do problema muitas mulheres não denunciam o agressor ou protelam por
muito tempo. A pesquisa objetivou compreender a vivência da mulher em situação de violência de gênero e sua
relação com a denúncia do agressor, adotou-se uma abordagem qualitativa e descritiva. É no bojo deste contexto que
o presente trabalho tem como principal objetivo realizar uma discussão a á necessidade de desenvolvimento de
políticas e serviços que proporcionem a mulher em situação de violência amparo integral, tendo em vista seus
aspectos legais, sociais, econômicos e de saúde.
SUMMARY:
The aggressions against women and, undoubtedly, the most shameful among all violations of human rights. Women
can not be said to be progressing effectively towards equality, development and peace. In recent years, violence
against women has been one of the most reported and most visible social phenomena in recent decades. Domestic
violence is a pattern of behavior in which the partner or ex-partner uses physical and / or sexual strength, coercion,
threats, intimidation, isolation, emotional or economic abuse to control their partner. The Maria da Penha Law has
made significant progress in combating this phenomenon, but due to the complexity of the problem many women do
not denounce the aggressor or protect for a long time. The research aimed to understand the experience of women in
situations of gender violence and its relationship with the aggressor's complaint, a qualitative and descriptive
approach was adopted. It is in the context of this context that the main objective of this study is to discuss the need to
develop policies and services that provide women in situations of comprehensive protection, considering their legal,
social, economic and health aspects.
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Key- words: Violence domestic. Woman. Maria da Penha Law
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................8
2. REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................................8
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................15
1. INTRODUÇÃO
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Todo esse empasse, ganhou força, sobre a história da Maria da Penha Maia Fernandes que
nasceu em 1945, na cidade de fortaleza, Ceará, sendo formada em Farmácia e Bioquímica pela
UFC em 1966, quando formada foi para São Paulo, concluir seu mestrado em parasitologia,
sendo o local que acabou conhecendo seu marido e por esses motivos agora explanado que teve
o surgimento da Lei, eis que as agressões de seu marido começaram quando ela tinha quatro anos
de casamento, sendo que em seu início a violência era somente psicológica e verbal, do estilo
desvalorizando sua pessoa, porém as agressões foram aumentando, em maio de 1983, o seu
marido tentou matá-la, com um tiro nas costas, a deixando em uma cadeira de rodas, para fugir
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do crime ele, deferiu golpes de faca a ele mesmo para forjar um assalto, cinco messes depois ao
sair do hospital, e voltando para casa, seu marido novamente tentou matá-la, tentando dessa vez
eletrocuta-la no banho, assim surgiu a coragem de Maria para colocar a denúncia a violência.
Mesmo sendo um caso grave o da Maria, não foi o suficiente para virar lei, sendo
arrastado pela justiça por 15 anos, onde existe milhares de casos diários do mesmo, quando o
prazo de prescrição do crime estava a porta de ser efetivado, Maria recorreu à Convenção de
Belém do Pará, com o apoio então de organizações internacionais, conseguiu chegar a
repercussão do caso e de fato a condenação do Estado brasileiro, que dessa vez deu
prosseguimento e celeridade ao feito, sendo sancionada então a Lei Maria da Penha em sete de
agosto de 2006, que como já foi explanada no artigo, aumentou o rigor das punições aos casos
dessa modalidade.
A violência contra a mulher não é um fato novo. Pelo contrário, é tão antigo quanto a
humanidade. O que é novo, e muito recente, é a preocupação com a superação dessa
violência como condição necessária para a construção de nossa humanidade. E mais
novo ainda é a judicialização do problema, entendendo a judicialização como a
criminalização da violência contra as mulheres, não só pela letra das normas ou leis, mas
também, e fundamentalmente, pela consolidação de estruturas específicas, mediante as
quais o aparelho policial e/ou jurídico pode ser mobilizado para proteger as vítimas e/ou
punir os agressores. No Brasil, há nove anos, em agosto de 2006, era sancionada a Lei
11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, visando incrementar e destacar o rigor das
punições para esse tipo de crime. A introdução do texto aprovado constitui uma boa
síntese da Lei.
A violência doméstica não é apenas de forma física como muitos pensam e poucos
sabem que a verbal também gera danos, ou o estupro. A Lei Maria da Penha classifica os tipos de
abuso contra a mulher nas seguintes categorias: violência patrimonial, violência sexual, violência
física, violência moral e violência psicológica.
Conheça algumas formas de agressões que são consideradas violência doméstica no
Brasil:
Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos
termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana
para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de
Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências
(BRASIL, 2006).
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou
saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças
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A violência sexual é qualquer ação que obrigue uma pessoa a manter contato sexual físico
ou verbal com uso da força, ou seja, intimidação, coerção, chantagem, suborno,
manipulação, ameaça ou qualquer outro meio que anule ou limite a vontade pessoal, essa
pratica pode ser praticada por desconhecido ou conhecido, como marido, colega de
trabalho, colega de escola, parentes, entre outros.
A violência psicológica é qualquer ação ou omissão destinada a controlar ações,
comportamentos, crenças e decisão de uma pessoa, por meio de intimidação,
manipulação, ameaça, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique
prejuízo à saúde psicológica. Sendo muito comum nesses casos, a pessoa ter a sua
autoestima ou sensação de segurança atingida por agressões verbais, ameaças, insultos e
humilhações. Essa violência é conhecida quando a peoa é proibida de se locomover como
prevê a constituição do direito de ir e vir, e fazer o que quiser se não em virtude da lei, isto
é, proíbe a parceira de trabalhar, de ter amigos entre outros.
A violência moral é qualquer ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou
reputação do individuo
A violência simbólica é a aquela expressada por meio da força da ordem masculina que já
se encontra instalada na cultura e convenções sociais. Dessa forma, a mulher não
questiona a dominação, uma vez que ela se encontra “disfarçada”, por exemplo da sua
divisão social do trabalho, em suas atividades atribuídas a cada um dos sexos.
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Ao iniciar tal conteúdo é de suma importância, explicar o que é gênero, pois é uma
construção social e cultural do masculino e feminino com forte influência de alterações
econômicas e culturais. O termo sexo diz respeito ao sistema biológico feminino e masculino, ou
seja, sexo é diferenças anatomofisiologicas existentes entre os homens e as mulheres, já gênero é
a expressão da maneira, do modo de ser de mulheres e homens, nas diferentes sociedades ao
longo da história estabelecido como sendo masculino e feminino.
A igualdade de gênero significa direito iguais e oportunidades entre homens e mulheres,
tanto na realização profissional como na isonomia salarial e na lida doméstica, temos como
exemplo homens e mulheres que trabalham fora de casa tem os mesmo direitos e deveres
coletivos com a tarefas domésticas.
Já a equidade de gênero significa igualdade de direitos e oportunidades, reconhecendo e
respeitando as diferenças entre homens e mulheres, o jeito de ser de cada pessoa. É aceitar as
particularidades de cada um e deixa de usar as diferenças como justificativa a manutenção a
opressão, da desigualdade de direitos e oportunidades.
A violência de gênero é quando ocorre contra a mulher pelo fato de ela ser mulher,
revelando assim que o homem, por se julgar superior em decorrência de ser homem.
De acordo com o art. 1º do documento da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir
e Erradicar a Violência contra a mulher (Convenção de Belém do Pará), ratificada pelo Brasil em
1995, a referida violência consiste em “qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause
morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como
no privado” (ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS, 1994). Tendo como base a
alínea “a” do art. 2º desse documento, foi elaborada a definição de violência doméstica e familiar
contra a mulher que consta, na Lei Maria da Penha, definição esse presente no art. 5º da Lei.
Segundo o art. 2º do documento da aludida Convenção,
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Diante do exposto no artigo é de suma importância frisar que aquele que ataca ou denegre
a imagem ou sua forma física fere os direitos à pessoa, como a dignidade da pessoa humana,
princípio corolário da Constituição Federal, logo a Maria da penha, em sua conquista histórica,
veio de um sofrimento tarjado por seu marido na época, diante disso, vemos que suas batalhas
para conseguir hoje, preservar por um status melhor a mulher, mesmo com os números
alarmantes sobre a lesão gerada à mulher, deve-se citar que a dona Maria, mudou de fato toda a
ideologia sobre agressão a mulher.
Diante disso, frisa-se que é preciso mudar imensas coisas, pois a efetividade e rapidez do
judiciário deixa a desejar em relação a ameaça, contudo o receio maior daquela que sofre a
agressão, não é de fato busca a ajuda jurisdicional, e sim a incompetência jurídica, pois muitos
dos casos o agressor retorna a sociedade e acaba cometendo um delito maior, porque a justiça tem
brechas na qual aquele que perde é o agredido.
O meio de aplicação de sanções e penas podem ser rígidas como se tornou depois das
batalhas da Maria, pela luta à mulher, porém enquanto não houver de fato a evolução na
aplicação e não na criação de normas mais rigorosas, pois de que adianta solucionar um conflito
se a sua aplicação é lenta, falha, incongruente muita das vezes, e isso torna receoso a agressora,
pois imagina que “não adianta, pois amanhã ele esta solto, e completa a sua ameaça”.
Logicamente entra a questão e a curiosidade do porque a mulheres aguentam tanto tempo
uma relação violenta, eis que o medo de que seu parceiro cumpra as ameaças de morte ou
suicídio, caso se separe dele, como também a vergonha e o medo de procurar ajuda, pois a justiça
é lenta, juntamente com a sensação de fracasso por ter escolhido um parceiro deste ênfase, como
a esperança de que o companheiro mude, que algum dia ele possa mudar, o seu isolamento, o
despreparo da sociedade, as crenças religiosas, a dependência econômica, entre outros. As
medidas protetivas de urgência, cabíveis nos artigos 22, 23 24, da mesma Lei, traz a proteção de
fato apenas quando tratamos da prisão do agressor, pois no artigo 20, menciona a possibilidade de
prisão do agressor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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JESUS, Damásio de. Violência contra a mulher: aspectos criminais da Lei nº 11.340/2006. –
2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2015.
ALFERES, Eduardo Henrique. Lei Maria da Penha explicada: Lei nº 11.340, de 7 de agosto
de 2006 : doutrina e prática. / Eduardo Henrique Alferes, Eron Veríssimo Gimenes, Priscila
Bianchini de Assunção Alferes. – São Paulo : EDIPRO, 2016.
http://www.justicadesaia.com.br/pesquisa-data-senado-violencia-domestica-e-familiar-contra-a-
mulher-2017/. Acesso em: 04/09/2017.
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12364.
Acesso em: 04/09/2017.
https://apublica.org/wp-content/uploads/2016/03/MapaViolencia_2015_mulheres.pdf, acesso em
21.11.2017.