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Olá!
Fabiano Pereira
fabianopereira@pontodosconcursos.com.br
www.facebook.com.br/fabianopereiraprofessor
2. Conceito .................................................................................. 03
3. Classificação ........................................................................... 04
1. Considerações inicias
2. Conceito
3. Classificação
4. Controle administrativo
4.1. Instrumentos
São vários os instrumentos previstos em lei e no próprio texto
constitucional com o objetivo de permitir à Administração Pública e aos órgãos
de administração do Poder Judiciário e Legislativo o controle de seus atos e
4.1.4.1. Classificação
Para fins de concursos públicos, é necessário que você saiba que os
recursos administrativos podem ser classificados de várias formas e maneiras
diferentes. Todavia, a mais importante delas é a que divide os recursos em
próprios e impróprios.
5. Controle legislativo
O controle legislativo, também denominado de controle parlamentar, é
exercido pelos órgãos do Poder Legislativo em relação a determinados atos
praticados pela Administração Pública. Ao contrário do controle administrativo,
que é interno, o controle legislativo caracteriza-se por ser um controle
externo, exercido nos exatos termos e limites previstos no texto constitucional.
Em termos gerais, o controle do Poder Legislativo sobre os atos praticados
pelo Poder Executivo está fundamentado no inciso X, artigo 49, da Constituição
Federal de 1988, ao declarar que “compete ao Congresso Nacional fiscalizar e
controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder
Executivo, incluídos os da administração indireta”.
O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que o controle
legislativo é exercido sobre atividades bastante diferenciadas e, por isso, possui
dupla natureza: o controle político e o controle financeiro.
6. CONTROLE JUDICIAL
Declara o inciso XXXV, artigo 5º, da CF/88, que “a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Trata-se do princípio
da inafastabilidade da jurisdição ou princípio do amplo acesso ao Poder
Judiciário. Assim, sempre que alguém tiver um direito violado ou ameaçado de
violação, poderá recorrer ao Poder Judiciário requerendo providências de modo
a afastar uma lesão ou possibilidade de lesão a direito.
Todos os atos prejudiciais aos interesses individuais e coletivos podem ser
apreciados pelo Poder Judiciário, inclusive os atos e condutas da
Administração Pública, que não são imunes ao controle jurisdicional. Todavia,
é importante destacar que o Poder Judiciário deve ser provocado pelo
interessado ou legitimado a fim de que possa se manifestar.
O controle judicial pode ser conceituado como o controle de legalidade
exercido pelo Poder Judiciário em relação aos seus próprios atos e condutas
administrativas, bem como em relação aos atos e atividades administrativas
oriundos do Poder Executivo e Legislativo. O direito brasileiro adotou o sistema
de jurisdição una, que concede ao Poder Judiciário o monopólio da função
jurisdicional (somente ele pode decidir em caráter definitivo).
O professor Diógenes Gasparini informa que o controle judicial é externo,
provocado e direto. “É externo por se realizar por órgão que não integra a
mesma estrutura organizacional da Administração Pública. É provocado
porquanto só excepcionalmente o Judiciário atua de ofício. É direto porque
incide, precípua e imediatamente, sobre os atos e atividades administrativas.
Além disso, é, notadamente, repressivo, dado incidir sobre medida que já
praticado;
12. O TCU somente possui competência para apreciar as contas prestadas
anualmente pelo Presidente da República (art. 71, I, CF/88), mas não para
julgá-las, pois esta é uma prerrogativa do Congresso Nacional (art. 49, I,
CF/88);
13. Os Tribunais de Contas, no exercício de suas atribuições, podem apreciar a
constitucionalidade das leis e atos do Poder Público, apesar de não integrarem
o Poder Judiciário. Entretanto, destaca-se que as decisões proferidas pelos
Tribunais de Contas podem ser revistas pelo Poder Judiciário;
QUESTÕES COMENTADAS
COLUNA I
(2) Controle Administrativo Não Hierárquico.
(1) Controle Administrativo Hierárquico
COLUNA II
( ) Controle exercido entre os órgãos da administração direta que
sejam escalonados verticalmente em cada poder.
( ) Entre órgãos que embora integrem uma só pessoa jurídica, não
estão na mesma linha de escalonamento vertical.
( ) Entre órgãos de cada entidade da administração indireta que sejam
escalonados verticalmente, no âmbito interno da própria entidade.
( ) Entre a administração direta e a administração indireta (tutela ou
controle finalístico).
a) 1, 1, 2, 2
b) 1, 2, 1, 2
c) 2, 2, 2, 1
d) 1, 2, 2, 1
e) 2, 1, 2, 1
Comentários
Item I (Coluna II) – Se há escalonamento vertical entre órgãos
diversos, dentro do mesmo poder, não restam dúvidas de que estamos diante
do controle administrativo hierárquico.
Item II (Coluna II) – O Tribunal de Contas da União, apesar de
também ser considerado órgão integrante da estrutura da pessoa jurídica
“União”, exerce o controle não hierárquico dos atos praticados pelos demais
órgãos do Poder Executivo, por exemplo.
Item III (Coluna II) – Se o controle está sendo exercido entre órgãos
integrantes da estrutura da própria entidade administrativa (IBAMA, por
exemplo), possui natureza hierárquica.
Item IV (Coluna II) – Entre a Administração Direta e Indireta não há
hierarquia, portanto, somente é possível que se faça um controle não
hierárquico, a exemplo do controle finalístico.
Gabarito: Letra b.
Comentários
Comentários
GABARITO: LETRA B.
GABARITO: LETRA A.
Gabarito: Letra e.
Comentários
Gabarito: Letra E.
COLUNA I
(2) Controle Administrativo Não Hierárquico.
(1) Controle Administrativo Hierárquico
COLUNA II
( ) Controle exercido entre os órgãos da administração direta que
sejam escalonados verticalmente em cada poder.
( ) Entre órgãos que embora integrem uma só pessoa jurídica, não
estão na mesma linha de escalonamento vertical.
( ) Entre órgãos de cada entidade da administração indireta que sejam
escalonados verticalmente, no âmbito interno da própria entidade.
GABARITO
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
É por isso que, em alguns livros, você irá encontrar o presente tópico com
o nome de “Responsabilidade Extracontratual do Estado”, “Responsabilidade
patrimonial do Estado” ou, ainda, “Responsabilidade civil da Administração
Pública”, o que em nada irá interferir no conteúdo que será apresentado.
Antes de passarmos para o próximo item, é necessário chamar a sua
atenção para o fato de que a responsabilidade civil do Estado, pelos danos
que seus agentes causem a terceiros, não se confunde com a responsabilidade
civil, penal ou administrativa dos agentes públicos responsáveis pelo dano.
Além da responsabilização do Estado, que irá ocorrer exclusivamente
na esfera civil, o agente público também poderá ser responsabilizado, mas em
três esferas distintas: civil, penal e administrativa, se for o caso.
As responsabilidades civil, penal e administrativa, em regra, são
independentes entre si, podendo, ainda, cumular-se, conforme veremos mais a
frente.
Em alguns casos, além de o Estado ser obrigado a reparar
financeiramente (civilmente) o particular pelos danos causados pelos seus
agentes, estes ainda podem responder simultaneamente na esfera penal (caso
a conduta ou omissão seja tipificada como crime ou contravenção),
administrativa (caso o ato omissivo ou comissivo seja praticado no
desempenho do cargo ou função e previsto como infração funcional) e civil,
sendo obrigados a devolver aos cofres públicos os valores que foram utilizados
pelo Estado para indenizar os danos causados aos particulares.
2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Conforme veremos a seguir, vigora no Brasil a responsabilidade
objetiva do Estado pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, sob a
modalidade do risco administrativo.
Entretanto, nem sempre foi assim, pois em outras épocas não era possível
responsabilizar civilmente o Estado, vejamos:
Nesse caso, você não precisa se preocupar em definir o evento como de força
maior ou caso fortuito. Volto a repetir: basta que você entenda que o prejuízo
ao veículo do particular ocorreu em virtude do raio e não de um “querer” do
Estado, pois este não teve como evitá-lo.
Gabarito: Letra C.
Gabarito: Letra b.
Outro ponto que merece destaque é o fato de que a ação regressiva, nos
termos do artigo 5º, XLV, da CF/88, transmite-se aos herdeiros, até o limite
da herança recebida, ou seja, mesmo após a morte do agente público, o seu
patrimônio responde pelo dano.
assim, é necessário que você tenha bastante atenção aos detalhes que serão
narrados a seguir, para não correr o risco de errar uma questão em prova.
1º) A decisão penal condenatória só causa reflexo na esfera civil da
Administração se o fato ilícito penal se caracterizar também como fato ilícito
civil. Exemplo: Se um servidor for condenado pela prática do crime de dano
(artigo 163 do CP) contra bem público, tal decisão provocará reflexo na esfera
civil, pois a Administração teve um prejuízo real ao seu patrimônio e, portanto,
o servidor estará obrigado a reparar o dano.
- É válido ressaltar que, em regra, a esfera penal não vincula a esfera
administrativa.
2º) Em se tratando de decisão penal condenatória por crime funcional
(aquele que tem relação com os deveres administrativos), sempre haverá
reflexo na esfera administrativa, já que tal conduta deverá ser considerada
também um ilícito administrativo. Exemplo: Se o servidor é condenado pelo
crime de corrupção passiva (art. 317 do CP), terá implicitamente cometido um
ilícito administrativo, como aquele previsto no artigo 117,XII, da Lei 8.112/90
(receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em
razão de suas atribuições) e, portanto, deverá ser condenado nas duas esferas.
- Nesse caso, a esfera penal irá vincular obrigatoriamente a esfera
administrativa.
3º) Se a decisão na esfera penal afirmar a INEXISTÊNCIA DO FATO
atribuído ao servidor ou a NEGATIVA DE AUTORIA (declarar que o servidor
não foi o autor do crime), deverá ser reproduzida necessariamente na esfera
administrativa, ou seja, caso o servidor seja absolvido na esfera penal nas duas
situações citadas, deverá também ser absolvido na esfera administrativa,
OBRIGATORIAMENTE.
- Caso o servidor já tenha sido demitido administrativamente no momento
do trânsito em julgado da decisão penal, deverá ser reintegrado ao cargo
anteriormente ocupado, após a anulação da demissão.
4º) Se a decisão na esfera penal absolver o servidor por
INSUFICIÊNCIA DE PROVAS quanto à autoria, por exemplo, não ocorrerá a
vinculação da esfera administrativa e, se as provas existentes forem capazes de
configurar um ilícito administrativo, poderá então ser condenado na esfera
administrativa. É o que a doutrina denomina de conduta residual.
- EXEMPLO: Se um servidor for absolvido da suposta prática de crime de
peculato (artigo art. 312 do CP), por insuficiência de provas quanto à sua
participação no fato criminoso, nada impede, porém, que seja punido na esfera
administrativa por ter atuado de forma desidiosa, ilícito administrativo
previsto no artigo 117, XV, da Lei 8.112/90, que constitui conduta residual
independente do crime de peculato.
5º) Se o servidor é condenado a crime que não tenha relação com a
função pública, nenhuma influência haverá na esfera administrativa quando a
pena não impuser a perda da liberdade. Se a privação da liberdade ocorrer,
surgem duas hipóteses distintas:
- Se a privação da liberdade for por tempo inferior a 04 (quatro) anos,
o servidor ficará afastado de seu cargo ou função, assegurado o direito de a
família receber o auxílio-reclusão;
- Se a privação da liberdade é superior a 04 (quatro) anos, ocorrerá a
perda do cargo, função pública ou mandato eletivo. Com relação a este último,
é válido ressaltar que devem ser observadas as regras do artigo 55, VI,
combinadas com a regra do § 2º do mesmo artigo, todos eles da Constituição
Federal de 1988.
A decisão final sobre a perda do mandato eletivo fica sob a
responsabilidade da Câmara dos Deputados ou Senado Federal, dependendo do
caso.
12. A CF/88, em seu artigo 5º, LXXV, assegura que Estado poderá ser
responsabilizado civilmente por atos jurisdicionais em duas hipóteses: erro do
judiciário e quando o indivíduo ficar preso além do tempo fixado na
sentença.
QUESTÕES COMENTADAS
Comentários
Até o mês de agosto de 2009, prevalecia no Supremo Tribunal Federal o
entendimento de que as pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos não
poderiam ser responsabilizadas objetivamente pelos danos causados pelos
seus agentes aos terceiros que não fossem usuários do serviço público
prestado.
Todavia, no julgamento do Recurso Extraordinário 591.874, em
26/08/2009, de relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal
Federal decidiu que “a Constituição Federal não faz qualquer distinção sobre a
qualificação do sujeito passivo do dano, ou seja, não exige que a pessoa
atingida pela lesão ostente a condição de usuário do serviço”.
Desse modo, passou a vigorar no Supremo Tribunal Federal o
entendimento de que as pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos
respondem objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a
terceiros, inclusive aqueles que não estejam usufruindo dos serviços
prestados, a exemplo do particular que tem o seu carro atingido por um
ônibus pertencente a concessionária prestadora de serviços públicos.
Gabarito: Letra d.
Comentários
a) A Súmula 18 do Supremo Tribunal Federal dispõe que “pela falta
residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é admissível a
punição administrativa do servidor público”, o que torna a assertiva correta.
De início, é importante esclarecer que falta residual, como o próprio nome
indica, é aquela que não foi objeto da sentença judicial proferida na esfera
penal (uma falta à parte, um resíduo).
Para ficar mais fácil o entendimento, citemos o exemplo de um servidor que,
por algum motivo, após ter proferido dezenas de “palavrões” no interior da
repartição, tenha agredido um colega de trabalho com diversos socos na face.
Em razão dessa agressão, suponhamos que tenham sido instaurados um
processo criminal (por lesão corporal) e outro administrativo (por violação do
art. 132, VII, da Lei 8.112/1990) contra o servidor. Imaginemos, agora, que o
servidor tenha sido absolvido na esfera criminal sob a alegação de que teria
agido em legítima defesa.
Nesse caso, se o já servidor tiver sido demitido na esfera administrativa em
razão da violação do inc. VII, do art. 132, da Lei 8.112/1990, deverá ser
reintegrado obrigatoriamente ao cargo, pois a decisão proferida na criminal
vinculará a esfera administrativa (o Judiciário entendeu que o crime não
ocorreu, já que o servidor teria agido em legítima defesa).
Todavia, é importante destacar que no momento da confusão o servidor proferiu
vários “palavrões” no âmbito da repartição, que foram ouvidos por diversos
colegas. Desse modo, é possível afirmar que o servidor também violou os
incisos IX e XI, do art. 116, bem como o inc. V, do art. 132, da Lei 8.112/1990,
infrações que não foram analisadas pelo Poder Judiciário (faltas residuais).
Assim, mesmo que o servidor tenha sido absolvido na esfera criminal por ter
agido em legítima defesa, perceba que ele não tratou com urbanidade as
pessoas (art. 116, XI), e, portanto, poderia ser penalizado com a aplicação de
uma advertência em razão dessa falta residual, por exemplo.
Se a sentença que absolveu o servidor não se referiu à falta residual, não
vinculará a esfera administrativa, no que se refere à aplicação de penalidades
em face da falta residual em si.
GABARITO: LETRA A.
Comentários
Se ficar comprovado que o Estado foi omisso, ou seja, que não efetuou a
limpeza dos bueiros de escoamento da água, permitindo o acúmulo de lixo e,
consequentemente, o seu entupimento, poderá, sim, ser responsabilizado,
desde que o particular lesado comprove o dolo e/ou a culpa do Estado. Nessa
hipótese, a responsabilidade do Estado será SUBJETIVA.
Comentários
Perceba que o próprio texto da assertiva afirmou que os prejuízos ao
motorista (administrado) foram causados em decorrência de um buraco
próximo a uma obra de recapeamento do asfalto. Ademais, informou ainda que
o agente público não havia providenciado a devida sinalização do local.
Nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição Federal, não restam dúvidas
de que a vítima pode acionar judicialmente o Estado para reparação dos danos
sofridos, pois, nesse caso, a responsabilidade estatal será de natureza
objetiva.
GABARITO: LETRA B.
28. (FCC/Procurador Prefeitura de Teresina/2012) Marque a opção
incorreta em relação à responsabilidade extracontratual do Estado.
a) Quando chuvas provocarem enchentes na cidade, causando danos, o
Estado não responderá, ainda que fique demonstrado que a realização
de determinados serviços de limpeza teria impedido a enchente.
b) Sociedade de economia mista, prestadora de serviço público, mesmo
sendo pessoa jurídica de direito privado, se sujeita à regra da
responsabilidade objetiva do Estado.
c) Para caracterizar a responsabilidade objetiva do Estado, um dos
requisitos é que o dano seja causado por agente do Estado, o que
abrange todas as categorias de agentes públicos, como agentes
políticos, servidores públicos ou mesmo particulares em colaboração.
Comentários
O nosso ordenamento jurídico pátrio, durante muito tempo, oscilou entre
as doutrinas subjetiva e objetiva da responsabilidade civil do Estado.
Entretanto, a Constituição Federal de 1988 decidiu pela segunda, sob a
modalidade do risco administrativo.
Desse modo, para que o Estado seja obrigado a indenizar o dano causado
por seus agentes é suficiente que o particular prejudicado comprove o dano
existente e o nexo causal entre a ação do agente e o evento danoso. O dolo
ou culpa do agente público na conduta danosa não precisam ser comprovados
pelo administrado, pois são presumidos.
Todavia, admite-se que o Estado demonstre a existência de
acontecimentos externos capazes de excluir a sua responsabilidade, a exemplo
da culpa exclusiva da vítima, fato de terceiros, caso fortuito ou evento de força
maior.
GABARITO: LETRA B.
Comentários
a) Errado. A apuração da culpa da vítima é extremamente relevante,
pois, dependendo do caso em concreto, pode até mesmo afastar a
responsabilização estatal. Entretanto, deve ficar claro que o ônus de provar
que a culpa é exclusiva do particular ou que este contribuiu com o evento
danoso recai sobre o Estado, que, se não lograr êxito, deverá indenizar o dano
sofrido pelo particular, mesmo não tendo sido o responsável direto pelo
prejuízo.
b) Correto. Até mesmo os atos lícitos podem ensejar a
responsabilização estatal, desde que causem danos a terceiros.
c) Errado. É imprescindível que fique demonstrado o nexo causal entre
a conduta estatal e o dano causado ao particular, sob pena de ser afastada a
responsabilidade estatal.
d) Errado. Não é necessário que o agente público causador do dano
esteja no efetivo exercício de cargo público para que fique caracterizada a
responsabilidade estatal. Nesse caso, basta que o agente público esteja
exercendo uma função pública, a exemplo da função de mesário eleitoral.
e) Errado. Até o mês de agosto de 2009, prevalecia no Supremo
Tribunal Federal o entendimento de que as pessoas jurídicas prestadoras de
serviços públicos não poderiam ser responsabilizadas objetivamente pelos
danos causados pelos seus agentes aos terceiros que não fossem usuários do
serviço público prestado.
No julgamento do Recurso Extraordinário 262.651/SP, em 16/11/2004, de
relatoria do Ministro Carlos Veloso, o STF decidiu que “a responsabilidade
objetiva das prestadoras de serviço público não se estende a terceiros não-
usuários, já que somente o usuário é detentor do direito subjetivo de receber
um serviço público ideal, não cabendo ao mesmo, por essa razão, o ônus de
provar a culpa do prestador do serviço na causação do dano.”
GABARITO: LETRA B.
GABARITO