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Elba Alencar
Diretora Executiva da Central Gospel
Pr. Gilmar Chaves Presidente
Silas Malafaia
Vice-presidente
Silas Malafaia Filho
Pastor, educador, psicanalista e Diretora Executiva
conferencista; Elba Alencar
Gerente Financeiro
Bacharel em Teologia — IBAD, Talita Malafaia Silveira
Mestre em Teologia —
Universidade da Flórida, USA;
TELEFONES
Telemarketing
(21) 2187-7000
Atendimento a livreiros
(21) 2187-7040 / 2187-7043
Atendimento a igrejas
(21) 2448-1209
Aula dada em
DIA MÊS ANO
A Ditadura do Orgulho
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
2 Crônicas 26.3,4,16-21
3 - Era Uzias da idade de dezesseis anos quando começou a reinar e cin-
quenta e cinco anos reinou em Jerusalém (...).
4 - E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera
Amazias, seu pai.
16 - Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração até se corrom-
per; e transgrediu contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo
do Senhor para queimar incenso no altar do incenso.
17 - Porém o sacerdote Azarias entrou após ele, e, com ele, oitenta sacerdo-
tes do Senhor, varões valentes.
18 - E resistiram ao rei Uzias e lhe disseram: A ti, Uzias, não compete quei-
mar incenso perante o Senhor, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que
são consagrados para queimar incenso; sai do santuário, porque trans-
grediste; e não será isso para honra tua da parte do Senhor Deus.
19 - Então, Uzias se indignou e tinha o incensário na sua mão para queimar
incenso; indignando-se ele, pois, contra os sacerdotes, a lepra lhe saiu à
testa perante os sacerdotes, na Casa do Senhor, junto ao altar do incenso.
20 - Então, o sumo sacerdote Azarias olhou para ele, como também todos os
sacerdotes, e eis que já estava leproso na sua testa (...).
21 - Assim ficou leproso o rei Uzias até ao dia da sua morte; e morou, por ser
leproso, numa casa separada, porque foi excluído da Casa do Senhor; e
Jotão, seu filho, tinha a seu cargo a casa do rei, julgando o povo da terra.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
discernir os dois sentidos da palavra orgulho (positivo e
negativo);
saber que a Bíblia trata o orgulho como um pecado abomi-
nável;
identificar os sintomas do orgulho;
conhecer as consequências do orgulho na vida do rei Uzias.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor,
O aconselhamento preventivo e o aconselhamento terapêu-
tico são diametralmente diferentes. No primeiro, o objetivo é
prevenir para que as feridas e os traumas não se estabeleçam.
No segundo, o objetivo é tratar os problemas que já acontece-
ram, os males que deviam ser evitados, mas já se instalaram.
O aconselhamento preventivo deve preceder o terapêutico,
ser uma constante na igreja e fazer parte de uma estratégia
elaborada por ela, objetivando um crescimento contínuo tanto
em quantidade numérica como em qualidade de vida cristã
em seus vários aspectos.
Por isso, é interessante que todo educador cristão conheça
os principais sistemas de psicologia e também a postura de
pastores e teólogos, a fim de conduzir o estudo dessa revista
da melhor maneira possível.
Boa aula!
3. SINTOMAS DO ORGULHO
As doenças físicas, de modo geral, podem ser identi-
ficadas por meio das suas manifestações (visíveis ou não).
Assim também ocorre no plano emocional e espiritual. O pe-
cado do orgulho também pode ser corroborado por suas ca-
racterísticas. Vejamos a seguir alguns sinais que identificam
uma pessoa orgulhosa.
3.1. Possui um exagerado senso de superioridade
O orgulhoso não se contenta em ser igual ao seu seme-
lhante, ao contrário, ele precisa sentir-se melhor e maior. Sua
visão de si é superestimada, ele acha que é mais importante
do que os outros. Porém, a Bíblia ratifica que Deus possui um
caráter constante e que, em hipótese alguma, faz acepção de
pessoas (At 10.34, Rm 2.11).
3.2. Pensa que está sempre com razão e os outros errados
A pessoa orgulhosa tem grande dificuldade em aceitar que
está equivocada, porque simplesmente não é capaz de admitir
seus erros (Mt 7.3). Ela é assim no trabalho, em casa, na escola
ou na igreja. Ela fala como se fosse dona absoluta da verdade
em todas as questões. Por conta deste tipo de conduta, não
consegue desenvolver relacionamentos bons e duradouros.
3.3. Não tolera receber críticas
Por ter um conceito muito elevado de si mesma, a pessoa
orgulhosa não consegue receber com naturalidade as críti-
cas; quando as recebe, tende a reagir agressivamente, como
foi o caso do rei Uzias (2 Cr 26.19).
4. CONSEQUÊNCIAS DO
ORGULHO NA VIDA DO
REI UZIAS O demônio ri. Ele não tem
problema algum em ver
Quando o homem age movi- alguém se tornar moralmente
do pelo orgulho, ele iguala-se a puro, corajoso e disciplinado,
Lúcifer e a Adão. Suas escolhas contanto que consiga
tornam-se apenas reedições do
estabelecer nele a ditadura
pecado perpetrado nas regiões ce-
lestiais e no Éden. Uzias, a despei- do orgulho (C. S. Lewis).
to de suas monumentais conquis-
CONCLUSÃO
Jesus disse que os humildes são bem-aventurados (Mt 5.3).
Significa dizer que, no contraponto de uma vida caracterizada
pelo orgulho, há um estilo de vida alicerçado na humildade que
conduz à suprema alegria de um viver feliz, sereno e seguro.
Como disse o escritor e teólogo Matthew Henry, a humilda-
de é uma disposição graciosa da alma por meio da qual somos
esvaziados de nós mesmos, a fim de sermos cheios do Senhor
Jesus Cristo. Ser humilde é ser despretensioso aos próprios
olhos; é reconhecer que Deus é grande, e todo homem insig-
nificante; é entender que Ele é santo, e todo homem pecador.
Aula dada em
DIA MÊS ANO Ira, Combustível para
Mágoas e Ódios
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Efésios 4.17,18,20-24,26,27,29,31,32
17 - E digo isto e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam
também os outros gentios, na vaidade do seu sentido,
18 - entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, pela igno-
rância que há neles, pela dureza do seu coração.
20 - Mas vós não aprendestes assim a Cristo,
21 - se é que o tendes ouvido e nele fostes ensinados, como está a verdade
em Jesus,
22 - que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se
corrompe pelas concupiscências do engano,
23 - e vos renoveis no espírito do vosso sentido,
24 - e vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em verda-
deira justiça e santidade.
26 - Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.
27 - Não deis lugar ao diabo.
29 - Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa
para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.
31 - Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmias, e toda malícia
seja tirada de entre vós.
32 - Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoan-
do-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
fazer distinção entre os termos raiva, ira e ódio;
saber o que as Escrituras falam a respeito da ira;
refletir sobre os imperativos paulinos relativos ao modo
como o cristão deve responder à ira: irai-vos e não pequeis;
não se ponha o sol sobre a vossa ira; não te deixes vencer
do mal, mas vence o mal com o bem.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor,
Muitos acreditam que a honra de um homem está na ca-
pacidade de ele responder à altura a ofensa sofrida; está na
habilidade de ele não levar desaforo para casa ou, ainda, está
em seu espírito belicoso. Mas, quando foi que alguém, de fato,
conseguiu resolver os problemas da vida alimentando iras?
Quando foi que a ira ofereceu uma luz no fim do túnel para os
conflitos humanos?
Afinal, que emoção é esta? Em que momento a ira deixa
de ser virtude e passa a ser pecado? Como vencê-la em nós?
Quais valores associam-se direta e indiretamente a essa emo-
ção?
No decorrer desta lição, veremos que muito mais coragem
é necessária para resistir ao homem perverso, para andar in-
finitas milhas de compaixão, para caminhar em silêncio sob o
som de vozes maledicentes e para perdoar setenta vezes sete.
Deus lhe abençoe na condução do tema.
Boa aula!
3. A NINGUÉM TORNEIS
MAL POR MAL
A ira divina resulta em algo
Paulo, em Efésios 4.26, auto- bom — a paz (Is 11.6-9).
riza seus leitores a irarem-se. Dis- Quando o ser humano se
se ele: Irai-vos. Porém, no mesmo vinga, sua ira costuma gerar
versículo, sem qualquer interlúdio, mais violência, sofrimento e
ele completa sua instrução: e não
pequeis; não se ponha o sol sobre amargura. Os juízos de Deus,
a vossa ira. contudo, promovem a paz na
Embora pareça humanamente terra, porque contêm a justiça
impossível realizar tal tarefa, em verdadeira e eliminam os que
Romanos 12.21, o apóstolo ensina estão do lado da injustiça e da
a como colocá-la em prática: não te perversidade (RADMACHER;
deixes vencer do mal, mas vence o ALLEN; HOUSE. Central Gospel,
mal com o bem.
Analisemos os imperativos pau- 2010a, p. 1042).
linos mais detidamente nos tópicos
seguintes.
3.1. Irai-vos
João Crisóstomo (347—407), arcebispo de Constantino-
pla, reconhecido por sua habilidade oratória, disse certa vez:
Quem quer que fique irado por uma razão justa não é culpado.
Porque, se faltasse a ira, a ciência de Deus não teria anda-
mento, os julgamentos não seriam acertados, e os crimes não
seriam reprimidos.
Quando somos afetados pela injustiça, perdemos a capa-
cidade de racionalização e iramo-nos. A ira é uma emoção, e
nenhuma culpa pode ser imputada ao ser que, limitado pela
condição humana, emociona-se. Significa dizer que a ira, em
si, não é pecado.
Neste ponto, bem caberia um questionamento: por que,
então, não devemos responder com atos de ira, quando so-
mos nós os injustiçados e feridos? Vejamos a seguir.
3.2. Mas não pequeis
A ira, energia que o Criador concede-nos para responder-
mos de modo adequado à injustiça, muitas vezes, empurra-
-nos ao justiçamento, ou seja, à fabricação de um tipo de
compensação que se adeque aos nossos critérios, valores e
razões. Quando isso acontece, cometemos pecado.
A única ocasião em que um ato indignado de ira é justifi-
cado dá-se quando esse é praticado em defesa de uma vítima
da injustiça (que não nós). Nenhum ato violento de ira, que
CONCLUSÃO
Há pessoas que abrigam iras por anos a fio, sem assumi-las
como realidade; e essas iras revelam-se no cotidiano por meio
de amarguras intensas, agressividades desmedidas e angús-
tias paralisantes.
Não nos iludamos, irmãos, a ira despersonaliza o irado, fo-
menta inimizades, e inviabiliza os relacionamentos, porque ne-
nhuma relação humana subsiste à impossibilidade do perdão.
Interrompamos os ciclos de ira hoje mesmo. Humildemente
percebamos que só seremos verdadeiros filhos de Deus no dia
em que conseguirmos amar nossos inimigos de todo coração e
quando, com sinceridade, pudermos orar por eles (Mt 5.44,45).
O mundo carece de cristãos fiéis, capazes de retribuir o
mal com o bem, de não tomar em suas mãos as injustiças
cometidas contra eles e de exercitar, dia a dia, a mansidão.
Aula dada em
DIA MÊS ANO Estresse,
um Portal para a Morte
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Gênesis 3.9-19
9 - E chamou o Senhor Deus a Adão e disse-lhe: Onde estás?
10 - E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e
escondi-me.
11 - E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore
de que te ordenei que não comesses?
12 - Então, disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu
da árvore, e comi.
13 - E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isso? E disse a mulher:
A serpente me enganou, e eu comi.
14 - Então, o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita
serás mais que toda besta e mais que todos os animais do campo; sobre
o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida.
15 - E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua se-
mente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
16 - E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e a tua concei-
ção; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te
dominará.
17 - E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste
da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a
terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.
18 - Espinhos e cardos também te produzirá; e comerás a erva do campo.
19 - No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra; por-
que dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
conhecer as reações mais comuns observadas diante de
um agente estressor e as classificações de estresse;
identificar as circunstâncias que conduzem a quadros de
estresse;
adotar medidas preventivas contra o estresse.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Nós, cristãos, assim como todos os demais seres humanos,
sofremos a ação de agentes estressores. Segundo dados da
OMS (Organização Mundial de Saúde), o estresse atinge nove
em cada dez habitantes do planeta.
O termo estresse, tomado emprestado da Engenharia, indi-
ca o máximo de pressão que determinado organismo ou ele-
mento pode sofrer, sem perder a sua forma original, ou seja,
sem se deformar. O estresse, na área da psiquê humana, de-
signa um estado de desequilíbrio em que o indivíduo atinge o
limite de suportabilidade das emoções.
As pressões externas exigem de nós respostas apropria-
das, e, à medida que as tensões se intensificam, perdemos a
capacidade de responder adequadamente a cada uma delas
— entramos em déficit (emocional, mental, físico, espiritual) e
ficamos deformados, isto é, estressados.
Sugerimos, professor, que no início da aula seja dada opor-
tunidade aos alunos para falarem de suas experiências pes-
soais de estresse, a fim de que eles consigam internalizar o
conteúdo da lição.
Boa aula!
1. O QUE É ESTRESSE?
Estresse emocional é a resposta que o corpo humano dá
a determinada circunstância que desafia ou ultrapassa sua ca-
pacidade de adaptação. Esta emoção, cuja origem tem causas
diversas, pode ser caracterizada
por sensações de medo, desconfor-
A ansiedade e o estresse to, preocupação, irritação, frustra-
são portais para a morte. ção, indignação ou nervosismo.
As reações mais comuns obser-
vadas diante de um agente estres-
sor são as que seguem:
reações mentais — esquecimento, incapacidade de con-
centração, falta de clareza nas tomadas de decisões, lenti-
dão do pensamento, preocupação excessiva, pessimismo e
ansiedade;
reações psicológicas — tristeza profunda, depressão, soli-
dão, isolamento, cansaço, irritação, agitação e mau humor;
reações físicas — o estresse exerce influência direta sobre
o corpo humano, podendo causar as chamadas doenças
psicossomáticas, que se manifestam como queda de ca-
belo, aumento do peso, perda do desejo sexual, problemas
de estômago (como gastrites e úlceras), dores nas costas e
envelhecimento precoce.
2. CLASSIFICAÇÕES DO ESTRESSE
A primeira experiência humana de estresse aconteceu
ainda no Éden: depois de ter comido do fruto proibido, Adão foi
tomado pelo medo, pela vergonha e pela angústia. A resposta
que ele deu à pergunta que o Criador lhe fez — onde estás
— revelou que ele estava cônscio de ter experimentado, pela
primeira vez, o gosto amargo do estresse: Ouvi a tua voz soar
no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me (Gn 3.9,10).
CONCLUSÃO
O estresse é o somatório de repostas físicas, emocionais e
mentais, causadas por determinados estímulos externos. Na
medida certa, ele é um adjuvante necessário à superação de
certas exigências do meio. No entanto, na medida errada, ele
traz severos danos à saúde emocional, mental e física do ser
humano. Suas repercussões destrutivas far-se-ão sentir em
algum tempo da vida.
O melhor e mais recomendável é seguir sempre o exemplo
de Cristo e realmente descansar em Suas promessas.
Aula dada em
DIA MÊS ANO Depressão,
Melancolia da Alma
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Salmo 42.1-11
1 - Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha
alma por ti, ó Deus!
2 - A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me
apresentarei ante a face de Deus?
3 - As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, por-
quanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?
4 - Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma (...).
5 - Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim?
Espera em Deus, pois ainda o louvarei na salvação da sua presença.
6 - Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida (...).
7 - Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as
tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.
8 - Contudo, o Senhor mandará de dia a sua misericórdia, e de noite a sua
canção estará comigo: a oração ao Deus da minha vida.
9 - Direi a Deus, a minha Rocha: Por que te esqueceste de mim? Por que
ando angustiado por causa da opressão do inimigo?
10 - Como com ferida mortal em meus ossos, me afrontam os meus adversá-
rios, quando todo o dia me dizem: Onde está o teu Deus?
11 - Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de
mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha
face e o meu Deus.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
conhecer os sintomas e os tipos mais comuns de depres-
são;
compreender que a depressão é uma doença multifato-
rial e, a partir desse entendimento, conhecer suas possíveis
causas;
identificar o modo adequado de lidar com a depressão.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor,
Por que, no mundo de hoje, com tanta tecnologia e avan-
ços científicos, uma doença como a depressão vem ganhan-
do espaço a ponto de ultrapassar as estatísticas do câncer e
doenças cardiovasculares? Por que já se fala em depressão
global? Por que em nações com as maiores rendas per capita
e os maiores índices de desenvolvimento humano, como a No-
ruega, a Dinamarca e a Suécia, há as mais altas incidências de
suicídio? Por que pessoas que têm suas necessidades fisiológi-
cas e psicológicas supridas costumam ser tão infelizes?
Porque, embora os cientistas do comportamento humano
não queiram dar o braço a torcer, o homem não é só matéria
e mente. É um ser espiritual e tem necessidades espirituais,
as quais não podem ser supridas por bens materiais. Só Deus
pode preencher o vazio que sentimos pela perda da comu-
nhão como Ele após a Queda (MALAFAIA, Silas. Central Gospel,
2013, p. 353).
Boa aula!
2. CAUSAS DA DEPRESSÃO
Sabe-se, atualmente, que a depressão é uma doença
multifatorial, isto é, há várias causas envolvidas em seu sur-
gimento. Vejamos algumas delas nos subtópicos seguintes.
CONCLUSÃO
O cristão corre os mesmos riscos de qualquer outro ser hu-
mano; no entanto, aquele que deposita em Deus o seu destino
terá a fé necessária para viver de maneira confiante. Mesmo
diante das inúmeras ameaças, resultantes do simples fato de
existir, o filho de Deus permanecerá inabalavelmente firme e
confiante (Sl 62.7,8).
Aula dada em
DIA MÊS ANO Angústia,
o Gemido Silente
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Salmo 107.1-15
1 - Louvai ao Senhor, porque ele é bom, porque a sua benignidade é para
sempre.
2 - Digam-no os remidos do Senhor, os que remiu da mão do inimigo
3 - e os que congregou das terras do Oriente e do Ocidente, do Norte e
do Sul.
4 - Andaram desgarrados pelo deserto, por caminhos solitários; não acha-
ram cidade que habitassem.
5 - Famintos e sedentos, a sua alma neles desfalecia.
6 - E clamaram ao Senhor na sua angústia, e ele os livrou das suas ne-
cessidades.
7 - E os levou por caminho direito, para irem à cidade que deviam habitar.
8 - Louvem ao Senhor pela sua bondade e pelas suas maravilhas para com
os filhos dos homens!
9 - Pois fartou a alma sedenta e encheu de bens a alma faminta,
10 - tal como a que se assenta nas trevas e sombra da morte, presa em afli-
ção e em ferro.
11 - Como se rebelaram contra as palavras de Deus e desprezaram o conse-
lho do Altíssimo,
12 - eis que lhes abateu o coração com trabalho; tropeçaram, e não houve
quem os ajudasse.
13 - Então, clamaram ao Senhor na sua angústia, e ele os livrou das suas
necessidades.
14 - Tirou-os das trevas e sombra da morte e quebrou as suas prisões.
15 - Louvem ao Senhor pela sua bondade e pelas suas maravilhas para com
os filhos dos homens!
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
reconhecer que a angústia é uma decorrência natural do
ato de existir;
identificar as principais causas da angústia;
entender como alguns personagens bíblicos enfrentaram
a tempestade da aflição;
saber o que é necessário fazer para atravessar a dor da
angústia.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor,
Paulo, ao escrever aos romanos, em outras palavras, disse
que, desde a Queda, existir é experimentar um permanente
estado de angústia — gememos em nós mesmos (Rm 8.23).
Portanto, a realidade da angústia não nos deve impressio-
nar, tampouco deve aprisionar nossa consciência, pois não há
meios de extinguir tal emoção. O que podemos (e devemos)
fazer é, sem neurotizações, identificar sua origem: são orgâ-
nicas, psíquicas ou espirituais? Quando pudermos chamá-las
pelo nome, estaremos aptos a vivê-las sem somatizações.
É importante, também, entender que não se deve subtrair
o caráter necessário da angústia, pois ela nos convida a son-
dar nosso mundo interior.
O que a nós, cristãos, importa é saber que, no dia da an-
gústia, o Senhor nos livrará (Sl 81.7a; 50.15), basta colocar as
saudades e os gemidos inominados que nos afligem diante do
Senhor, para que Ele faça cumprir a Sua vontade em nós (Lc
22.42-44).
Boa aula!
CONCLUSÃO
No mundo atual, os remidos vivem sob as mesmas amea-
ças, os mesmos desafios e os mesmos perigos que os demais
homens. É possível que muitos passem por perseguições, tri-
bulações e adversidades que excedem ao seu potencial de
condução e administração. E isso tudo pode desencadear es-
tados aflitivos.
Atendamos, pois, ao convite de Jesus: Vinde a mim, todos
que estais cansados e oprimidos, e eu os aliviarei. Tomai so-
bre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e hu-
milde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma
(Mt 11.28,29).
Aula dada em
DIA MÊS ANO
Autoestima,
um Ajuste no Foco
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Juízes 6.11-16
11 - Então, o Anjo do Senhor veio e assentou-se debaixo do carvalho que
está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava
malhando o trigo no lagar, para o salvar dos midianitas.
12 - Então, o Anjo do Senhor lhe apareceu e lhe disse: O Senhor é contigo,
varão valoroso.
13 - Mas Gideão lhe respondeu: Ai, senhor meu, se o Senhor é conosco, por
que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas
que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do
Egito? Porém, agora, o Senhor nos desamparou e nos deu na mão dos
midianitas.
14 - Então, o Senhor olhou para ele e disse: Vai nesta tua força e livrarás a
Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei eu?
15 - E ele lhe disse: Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha
família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai.
16 - E o Senhor lhe disse: Porquanto eu hei de ser contigo, tu ferirás os mi-
dianitas como se fossem um só homem.
Juízes 13.4,5
4 - Agora, pois, guarda-te de que bebas vinho ou bebida forte, nem comas
coisa imunda.
5 - Porque eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja cabeça não
passará navalha; porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ven-
tre e ele começará a livrar a Israel da mão dos filisteus.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
saber em que consiste o movimento da autoestima e o que
dizem seus críticos hoje;
entender de que forma o movimento da autoestima in-
fluenciou a teologia cristã;
responder, a partir da experiência de dois juízes bíblicos, à
seguinte questão: qual o posicionamento cristão adequado,
subjugar o ego ou fortalecê-lo?
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor,
Sugerimos que, no início da lição, sejam definidos os ter-
mos autoimagem, autoconceito e autoestima, pois os citare-
mos várias vezes no decorrer da lição. Se possível, escreva-os
em um quadro, a fim de que a turma recorra a eles, sempre
que necessário.
1. Secularmente, compreende-se que a base da estruturação
psíquica de qualquer indivíduo seja a autoimagem, que se
forma a partir das interações afetivas. Esse processo tem
início quando o bebê entende que possui um corpo desvin-
culado do de sua genitora.
2. Da autoimagem nasce o autoconceito. Significa dizer que,
quanto mais saudável for a relação da criança com sua mãe
— ou desta com seu cuidador —, mais positivo será o julga-
mento que ela fará de si mesma.
3. A autoestima está diretamente relacionada ao modo como
o indivíduo concebeu sua imagem e (a partir dessa ima-
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
O fato de sermos quem somos faz-nos plenos e felizes? Já
desejamos ser diferentes do que somos hoje — ou até mesmo,
se possível fosse, acordar sendo outra pessoa? As respostas a
essas perguntas talvez possam revelar o modo como temos
nos relacionado com Deus e com o nosso próximo.
Autoestima, autoimagem e autoconceito são termos comu-
mente utilizados nos centros de saúde da psiquê para fazer
referência à avaliação que o indivíduo faz (e mantém) de si.
Vale destacar que, em maior ou menor intensidade, o senso
de valorização pessoal determinará o estilo de vida de todo
ser humano, como já advertia o Sábio: Porque, como [o ho-
mem] imaginou no seu coração, assim é ele (Pv 23.7 – ACF).
CONCLUSÃO
A libertação do sentimento de inferioridade e/ou de supe-
rioridade passa, invariavelmente, pelo relacionamento com
Aquele que nos criou. A superação de nossos traumas acon-
tecerá no dia em que compreendermos quem de fato Deus é
e quem realmente somos, Nele — e este é um processo que
se dá no conhecimento de Sua Palavra e no relacionamento
pessoal com Cristo.
O Senhor quer pintar um quadro realista de Sua percep-
ção de nós, e este quadro nos desafiará, ternamente, a mu-
dar nossos pensamentos e ações, a fim de que cheguemos à
maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo (Ef
4.13 – NVI).
Aula dada em
DIA MÊS ANO
Ansiedade,
Tolice dos Homens
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Salmo 127.1,2
1 - Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o
Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.
2 - Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de
dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono.
Mateus 6.31-34
31 - Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que bebere-
mos ou com que nos vestiremos?
32 - (Porque todas essas coisas os gentios procuram.) Decerto, vosso Pai
celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas;
33 - Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coi-
sas vos serão acrescentadas.
34 - Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã
cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.
Filipenses 4.6-8
6 - Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam
em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de
graças.
7 - E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos
corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
8 - Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto,
tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é
de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
entender, à luz das Escrituras, a origem da ansiedade hu-
mana;
compreender, a partir das palavras de Jesus, que cultivar
ansiedades constitui-se na grande tolice dos homens;
saber como Paulo conseguiu vencer a ansiedade, mesmo
sabendo que poderia morrer a qualquer instante.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor,
Anxietas, em latim, corresponde ao vocábulo ansiedade,
que tem o sentido de perturbação, sufocação, aperto e/ou tor-
menta, designando um estado de apreensão, desencadeado
pela antecipação de algo penoso ou ameaçador. Deste modo,
é possível afirmar: trata-se de uma emoção democrática —
pois alcança qualquer pessoa, independente de condição so-
cial, sexo, idade ou filiação religiosa —, que milita, invariavel-
mente, contra a alegria, a segurança e a serenidade.
Nesta lição, analisaremos as palavras de Jesus e de Paulo
relacionadas ao tema ansiedade. Delas extrairemos conselhos
práticos, que, se aplicados à vida, far-nos-ão usufruir a paz
que excede todo o entendimento (Fp 4.7).
Deus lhe abençoe na condução do tema.
Boa aula!
Aula dada em
DIA MÊS ANO Culpa,
a Prisão da Mente
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Salmo 32.1-6
1 - Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é
coberto.
2 - Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em
cujo espírito não há engano.
3 - Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido
em todo o dia.
4 - Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se
tornou em sequidão de estio. (Selá)
5 - Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu:
Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a mal-
dade do meu pecado. (Selá)
6 - Pelo que todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar;
até no transbordar de muitas águas, estas a ele não chegarão.
1 João 1.8-10
8 - Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e
não há verdade em nós.
9 - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar
os pecados e nos purificar de toda injustiça.
10 - Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra
não está em nós.
Mateus 11.28,29
28 - Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
29 - Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humil-
de de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
conhecer os principais tipos e causas da culpa;
compreender as consequências mais comuns do senti-
mento de culpa;
saber o que o texto bíblico diz a respeito desta emoção.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Professor,
Por que sofrem os homens? Existe algum propósito bené-
fico no sofrimento? É possível minimizar ou extinguir a dor
humana? Perguntas como essas fazem parte dos círculos de
discussões teológicas e filosóficas há séculos.
As respostas a essas perguntas não são menos complexas,
pois, diferente dos demais seres criados que sofrem apenas
dores físicas, padecemos aflições mentais: preocupamo-nos
com o futuro; torturamo-nos pelo passado e angustiamo-nos
com o presente.
Não fosse o bastante, muitas vezes o sofrimento não é cau-
sado por outrem, mas pelos apelos de nossa própria consciên-
cia: padecemos por conta daquilo que fizemos ou deixamos
de fazer. Se conversarmos com pessoas solitárias, deprimidas,
doentes terminais ou dependentes químicos, por exemplo,
descobriremos que, não raramente, a culpa está por trás de
suas dores. Deste tema nos ocuparemos nesta lição.
Boa aula!
1. TIPOS DE CULPA
De acordo com o psicólogo e escritor cristão Gary
Collins, os diversos tipos de culpa podem ser agrupados em
duas categorias principais: objetiva e subjetiva. Vejamos.
2. CAUSAS DA CULPA
Muito raramente alguém procura ajuda terapêutica ou
aconselhamento pastoral por conta de uma culpa objetiva.
O que costumamos encontrar são pessoas atormentadas por
sentimentos de culpa subjetivos. Mas, afinal, por que as pes-
soas sentem-se culpadas? Vejamos algumas razões a seguir.
3. CONSEQUÊNCIAS DA CULPA
Como vimos no tópico anterior, as pessoas não pro-
curam ajuda terapêutica por conta de culpas objetivas, mas
porque: (1) desenvolvem mecanismos de defesa (modos de
pensar, que tendem a distorcer a realidade); ou (2) em se
sentindo inferiores, passam a reagir de modo autocondena-
tório. Vejamos a seguir.
3.1. Adoção de mecanismos de defesa
Com vistas a reduzir a ansiedade, a frustração e o estres-
se, decorrentes dos sentimentos de culpa, muitas pessoas de-
senvolvem mecanismos de defesa mentais. Geralmente quem
se utiliza de tais recursos não tem consciência do fato. Dentre
os vários mecanismos de defesa observados, destacamos:
fantasia — espécie de teatro mental em que o indivíduo cria
uma situação (total ou parcialmente) distinta da realidade;
negação — neste, a dor (ou o fato gerador desta) não é
admitida;
regressão — neste, há um retorno a fases anteriores do de-
senvolvimento, onde o indivíduo não tinha sobre si o fardo
pesado da culpa.
CONCLUSÃO
Lembremo-nos irmãos: o sangue de Cristo tem poder
para libertar a nossa alma da opressão da culpa. Quando
admitimos nossa condição de pecadores, indignos da graça
divina, e confessamos nossos pecados ao Senhor, podemos
recomeçar do zero.
GLOSSÁRIO
Mecanismos de defesa — Podem ser definidos como pro-
cessos psíquicos, cuja finalidade consiste em afastar um
evento gerador de angústia da percepção consciente. O
ego, como sede da angústia, é mobilizado diante de um
sinal de perigo e desencadeia uma série de mecanismos
repressores que impedirão a vivência de fatos dolorosos,
os quais o organismo não está pronto para suportar. Todos
os mecanismos de defesa possuem duas características co-
muns: (1) negar, falsificar ou distorcer a realidade; e (2)
operar inconscientemente, sem que a pessoa se dê conta.
Aula dada em
DIA MÊS ANO Luxúria,
o Desejo Proibido
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
1 Tessalonicenses 4.4,5
4 - Cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra,
5 - não na paixão de concupiscência, como os gentios, que não conhecem a
Deus.
Marcos 7.16-23
16 - Se alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça.
17 - Depois, quando deixou a multidão e entrou em casa, os seus discípulos
o interrogavam acerca desta parábola.
18 - E ele disse-lhes: Assim também vós estais sem entendimento? Não com-
preendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar,
19 - porque não entra no seu coração, mas no ventre e é lançado fora, fican-
do puras todas as comidas?
20 - E dizia: O que sai do homem, isso é que contamina o homem.
21 - Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos,
os adultérios, as prostituições, os homicídios,
22 - os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a
blasfêmia, a soberba, a loucura.
23 - Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem.
Mateus 26.41
41 - Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito
está pronto, mas a carne é fraca.
Tiago 4.7
7 - Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
saber que a luxúria desvirtua as funções e os limites esta-
belecidos por Deus para a prática sexual;
conhecer os depoimentos de alguns personagens icônicos
do Novo Testamento relacionados à luxúria;
conhecer os meios de vencer a luxúria.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor,
A lista dos sete pecados capitais — do modo como a co-
nhecemos hoje (gula, avareza, luxúria, ira, inveja, preguiça e
orgulho) — não consta no texto sagrado. Essa convenção re-
mete ao século quarto, quando o papa Gregório relacionou os
principais campos de batalha na interioridade humana.
Nesta lição, discorreremos sobre a luxúria, um dos pecados
mais prevalentes na sociedade contemporânea.
É importante considerar, no decorrer do estudo, que é im-
possível viver neste mundo sem pensar em sexo, porque esta
é uma prerrogativa essencial à sobrevivência das espécies.
Deste modo, acima de qualquer tentativa de doutrinamen-
to eclesiástico, é preciso levar os alunos a refletirem sobre a
necessidade de vivermos de forma digna, refletindo e espe-
lhando o padrão mais excelente de relacionamento humano.
O mundo precisa olhar para os discípulos de Jesus e aprender
o que é amar de verdade, a construir relacionamentos sólidos
e a desfrutar da sexualidade de forma qualitativa, sob as bên-
çãos do Eterno.
Boa aula!
1. DEFINIÇÃO DO TERMO
Luxúria é um substantivo feminino, originado do latim
luxuriae, que tem por sinônimos os vocábulos concupiscência,
lascívia, libertinagem, libidinagem e sensualidade.
Caracterizada pela satisfação desregrada dos desejos se-
xuais, a luxúria é vista nas Escrituras Sagradas como um pe-
cado, porque desvirtua as funções e os limites estabelecidos
por Deus para a prática sexual.
1.1. Suas consequências imediatas podem ser trágicas
A luxúria é vista como um dos sete pecados capitais. A
Bíblia descreve-a como algo tão forte, que serve como ma-
triz para que outros desvios morais ocupem espaço na alma
humana, trazendo consequências desastrosas e, às vezes,
letais, como: prostituição, pornografia, gravidez indesejada,
estímulo ao aborto, doenças sexualmente transmissíveis, es-
tupro, pedofilia e abusos sexuais em suas múltiplas manifes-
tações e formas (masoquismo, sadismo, zoofilia, necrofilia,
gerontofilia etc.).
3. AFORISMOS BÍBLICOS
A prática da luxúria aparece várias vezes nas Escritu-
ras e, em todas as ocorrências, há uma severa advertência
contra quem a ela dá abrigo. Vejamos algumas afirmações bí-
blicas sobre o assunto.
CONCLUSÃO
Nos capítulos 11 e 12 do segundo Livro de Samuel, temos
um dos exemplos mais clássicos do poder destrutivo da luxú-
ria. Davi, o grande rei de Israel, do seu terraço, viu a beleza
de Bate-Seba e, desejando-a ardentemente, tomou-a para si.
Bate-Seba ficou grávida, e Davi planejou a morte do seu mari-
do. Por intermédio do profeta Natã, Deus revelou o seu duplo
pecado: ele tornara-se adúltero e assassino.
A partir de então, Davi nunca mais foi o mesmo homem: a
paz foi embora da sua família, trazendo-lhes a dor e o infortú-
nio. Como monarca, ele enfrentou muitas lutas internas e trai-
ções, inclusive a de seu filho, Absalão, assassino de seu irmão
e usurpador do trono do próprio pai.
Coloquemos em prática as exortações do apóstolo Paulo:
irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu po-
der. Revesti-vos de toda armadura de Deus, para que possais
estar firmes contra as astutas ciladas do diabo (Ef 6.10,11).
Aula dada em
DIA MÊS ANO Cobiça, o Número Um
dos Pecados
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Atos 20.29-35
29 - Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de
vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho.
30 - E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas
perversas, para atraírem os discípulos após si.
31 - Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, durante três anos, não cessei,
noite e dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de vós.
32 - Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a
ele, que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os san-
tificados.
33 - De ninguém cobicei a prata, nem o ouro, nem a veste.
34 - Vós mesmos sabeis que, para o que me era necessário, a mim e aos que
estão comigo, estas mãos me serviram.
35 - Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxi-
liar os enfermos e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais
bem-aventurada coisa é dar do que receber.
Tiago 4.1,2
1- Donde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto, a
saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?
2- Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcan-
çar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
conhecer algumas questões pontuais relacionadas à cobi-
ça a partir dos relatos bíblicos;
saber que esta emoção traz dores e sofrimentos indescrití-
veis ao homem;
estar cônscio de que é possível vencer a cobiça, por meio
da vigilância, da gratidão, da confiança em Deus e do ape-
go à Sua Palavra.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Professor,
Nesta lição, procure manter o foco nas palavras de Jesus,
que, antes de propor a parábola do rico insensato, disse que
deveríamos ter cautela e guardar-nos da avareza (cobiça ex-
cessiva e sórdida por qualquer coisa), porque a vida de qual-
quer um não consiste na abundância do que possui (Lc 12.15).
A vida humana transcende àquilo que é aparente. Como
oportunamente pontuaram os editores do Novo Comentário
Bíblico do Novo Testamento, infelizmente, muitas pessoas
desconsideram o fato de que a Criação não é um objeto para
servir ao homem ou para ser possuído por ele. A vida é estabe-
lecida pelos relacionamentos que alguém desenvolve, enquan-
to a Criação tem por finalidade a melhora dessas relações. As
coisas não fazem a vida, mas sim Deus e as pessoas. Apenas
as pessoas se perpetuarão. Desta forma, o investimento deve
ser feito naquilo que se eternizará (2 Pe 3.10-12).
Boa aula!
2. AFORISMO ESCRITURÍSTICO
A cobiça desconhece limites. Os que por ela são domi-
nados expressam grande anseio por obter riquezas, prestígio,
honras e glórias. Quanto mais o indivíduo amealha para si,
mais ele deseja, sem necessariamente importar-se com os
meios necessários à sua obtenção, e sem jamais contentar-se
com o que possui.
CONCLUSÃO
Há pessoas que evitam os pecados capazes de comprome-
ter suas reputações diante dos homens, mas consentem em um
procedimento diário de impiedade. Jesus disse que os fariseus
e escribas limpavam o exterior do copo e do prato, mas seu
interior permanecia cheio de ganância e cobiça (Mt 23.25,26
— NVI). Os fariseus eram vistos como pessoas aparentemen-
te normais; no entanto, seus corações eram um recôndito de
toda sorte de extorsão e excessos. Segundo o Mestre dos mes-
tres, limpar o exterior e manter sujo o interior não passa de
mera tolice.
Que Deus, em Seu infinito poder e sabedoria, ajude-nos a
viver uma vida pura e livre da cobiça, o terrível pecado que
assola a alma e a conduz pelas sendas do infortúnio e da afli-
ção (Fl 4.19).
Aula dada em
DIA MÊS ANO
Medo,
a Moenda do Maligno
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Salmo 55.1-7,22
1 - Inclina, ó Deus, os teus ouvidos à minha oração e não te escondas da
minha súplica.
2 - Atende-me e ouve-me; lamento-me e rujo,
3 - por causa do clamor do inimigo e da opressão do ímpio; pois lançam
sobre mim iniquidade e com furor me aborrecem.
4 - O meu coração está dorido dentro de mim, e terrores de morte sobre
mim caíram.
5 - Temor e tremor me sobrevêm; e o horror me cobriu.
6 - Pelo que disse: Ah! Quem me dera asas como de pomba! Voaria e estaria
em descanso.
7 - Eis que fugiria para longe e pernoitaria no deserto.
22 - Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá; nunca permitirá
que o justo seja abalado.
Salmo 56.3,4,10-13
3 - No dia em que eu temer, hei de confiar em ti.
4 - Em Deus louvarei a sua palavra; em Deus pus a minha confiança e não
temerei; que me pode fazer a carne?
10 - Em Deus louvarei a sua palavra; no Senhor louvarei a sua palavra.
11 - Em Deus tenho posto a minha confiança; não temerei o que me possa
fazer o homem.
12 - Os teus votos estão sobre mim, ó Deus; eu te renderei ações de graças;
13 - pois tu livraste a minha alma da morte, como também os meus pés de
tropeçarem, para que eu ande diante de Deus na luz dos viventes.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
compreender que o medo e a ansiedade são duas faces
de uma mesma moeda;
entender que o alicerce de todos os medos humanos está
na consciência do fato de que todos, invariavelmente, um
dia, morreremos;
saber que a certeza de vida eterna não rejeita a prudên-
cia e que devemos estar atentos ao poder paralisante do
marketing do medo.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor,
O medo caracteriza o ente humano. Na Escritura, fala-se de
pavor de coisas aparentemente insignificantes (Lv 26.36); te-
mor dos povos (Dt 2.25); medo de Deus (1 Cr 13.12); terror da
noite (Sl 91.5); medo do desconhecido (Ez 1.18); medo do fu-
turo (Lc 21.26); medo de pessoas (Jo 19.38) e de muitos outros
temores. Talvez por isto um dos imperativos mais repetidos no
texto bíblico seja: não temas (Dt 1.29; Js 1.9; Jr 1.8; 42.11; Lm
3.57; Zc 8.15; Mt 17.7; 14.27; 28.5; Mc 5.36; Lc 12.32).
Mas, afinal, por que sentimos medo? Até que ponto esta
emoção é positiva? Como saber se os temores que sentimos
já cruzaram as fronteiras daquilo que é considerado salutar
para a mente e o corpo? Como vencer o medo em nós? É o que
veremos nesta lição.
Boa aula!
1. MEDO E ANSIEDADE:
DUAS FACES DE UMA MESMA MOEDA
São muitos e variados os tipos de medo: há os declarados
e os ocultos, os naturais e os sobrenaturais (crendices), os co-
muns e os inusitados. São tantos, que a tentativa de elencá-los
beira as raias do impossível.
O medo pode ser tanto objetivo (medo de altura ou de ani-
mais, por exemplo) quanto subjetivo (medo de não ser aceito
por outras pessoas, por exemplo). Há de se destacar, no en-
tanto, que, antes da sensação de medo, o indivíduo é tomado
pela ansiedade, ou por um sentimento de apreensão diante
do absolutamente desconhecido — Adão foi tomado pela an-
siedade quando ouviu os passos do Senhor (Gn 3.8), e, então,
temeu (Gn 3.10).
CONCLUSÃO
O autor da Carta aos Hebreus disse que Jesus veio a este
mundo para aniquilar aquele que tinha o império da morte,
isto é, o diabo (Hb 2.14) e para libertar aqueles que durante
toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte (Hb
2.15 – NVI).
Só há um Senhor sobre a vida e a morte: Jesus — Ele é a
própria Vida (Jo 14.6) e Ele venceu a Morte (Ap 3.18). Satanás,
entretanto, opera neste mundo através da fobia que a inter-
rupção da existência na terra produz nos homens. O Livro de
Jó faz-nos saber que o Maligno jamais teve o poder de decidir
quem viverá ou morrerá (Jó 1.12), mas ele usa o medo da mor-
te, todos os dias, para manter os filhos de Adão escravizados.
O autor aos Hebreus anunciou que Jesus veio para desa-
possar o diabo desse poder (Hb 2.14,15). O Filho de Deus
veio para livrar-nos da angústia da morte e dar-nos a alegria
da eternidade.
Aula dada em
DIA MÊS ANO Ciúme,
o Cabo da Tormenta
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Números 5.11-15,29-31
11 - Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
12 - Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando a mulher de alguém se
desviar e prevaricar contra ele,
13 - de maneira que algum homem se houver deitado com ela, e for oculto
aos olhos de seu marido, e ela o tiver ocultado, havendo-se ela contami-
nado, e contra ela não houver testemunha, e no feito não for apanhada,
14 - e o espírito de ciúmes vier sobre ele, e de sua mulher tiver ciúmes, por
ela se haver contaminado, ou sobre ele vier o espírito de ciúmes, e de
sua mulher tiver ciúmes, não se havendo ela contaminado,
15 - então, aquele varão trará a sua mulher perante o sacerdote e juntamen-
te trará a sua oferta por ela: uma décima de efa de farinha de cevada,
sobre a qual não deitará azeite, nem sobre ela porá incenso, porquanto
é oferta de manjares de ciúmes, oferta memorativa, que traz a iniquida-
de em memória.
29 - Esta é a lei dos ciúmes, quando a mulher, em poder de seu marido, se
desviar e for contaminada;
30 - ou quando sobre o homem vier o espírito de ciúmes, e tiver ciúmes de
sua mulher, apresente a mulher perante o Senhor, e o sacerdote nela
execute toda esta lei.
31 - E o homem será livre da iniquidade, porém a mulher levará a sua
iniquidade.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor,
Como não raramente encontramos pessoas que têm difi-
culdade em fazer distinção entre ciúme e inveja, sugerimos
que, no início da aula, sejam feitas as devidas conceituações.
Embora sejam termos análogos e intercambiáveis, estamos
diante de dois fenômenos distintos:
ciúme — surge diante da falta de exclusividade ou de cuida-
dos da pessoa amada ou diante da percepção de que o rela-
cionamento está ameaçado pela interferência de um rival;
inveja — é a resposta negativa ao sucesso, atributos e apti-
dões de outrem. Esta emoção suscita no invejoso o desejo
de possuir as mesmas qualidades do invejado ou o desejo
de fazer com que o invejado seja subtraído daquilo que ele
(o invejoso) não possui.
A condessa Marie de Beausacq Diane (1829—1899) disse
que o ciúme é o germe do ódio no amor; mata-o às vezes, fere-
-o sempre. Quanto de verdade há nesta afirmação? Até que
ponto esta emoção é natural? Em que momento ela apresenta
traços patológicos? Como vencê-la em nós?
É o que veremos nesta lição.
Boa aula!
1. DEFINIÇÃO DO TERMO
O ciúme pode ser definido como um complexo de pen-
samentos, sentimentos e ações que costumam manifestar-se
em associação a várias outras emoções — que podem ou não
estar agrupadas umas às outras —, tais como: inveja, autoco-
miseração, culpa, baixa autoestima, raiva, tristeza, medo e/ou
ansiedade.
Essa manifestação geralmente acontece quando alguém
julga que seu relacionamento está sob ameaça. Alguns teó-
ricos defendem a ideia de que o ciúme nada mais é que um
mecanismo de defesa, cujo objetivo principal é proteger o re-
lacionamento e evitar a traição.
1.1. O ciúme no texto bíblico
No texto bíblico, os termos e expressões hebraicos [(qin’āṯî;
conf. Nm 25.11; Ez 8.5; 16.38,42; Sl 119.139); (qin’āh; conf.
Nm 5.14,30; Pv 6.34; 14.30; 27.4; Ct 8.6; Is 42.13; Zc 1.14;
8.2); (qənā’ōṯ; Nm 5.15,18); (ham maq neh; conf. Ez 8.3)] e
gregos [(phthonos; conf. Tg 4.5); (parazéloó; conf. Rm 10.19);
(zēlō; conf. 2 Co 11.2)] traduzidos por ciúme possuem diver-
sos significados, com conotações negativas e positivas, de-
pendendo do modo como foram utilizados.
Dentre os significados possíveis, citamos: não tolerar riva-
lidade; zelo; exigência de devoção exclusiva; ciúme e inveja.
1.2. A lei do ciúme
Em Números 5.11-31, encontramos as instruções dadas por
Deus a Moisés, relacionadas ao modo como deveriam ser tratados
os casos de suspeita de infidelidade no acampamento.
Para o mundo ocidental, o julgamento sobre a esposa infiel é
excepcionalmente severo; entretanto, é preciso considerar que,
2. TIPOS DE CIÚME
De modo geral, estudiosos da psiquê humana concor-
dam que, por ser uma manifestação universal, o ciúme seria
uma condição natural — todas (ou quase todas) as pessoas
já teriam sofrido deste mal, já teriam sido alvo dessa emoção
ou já teriam servido de pivô na evocação de tal sentimento.
Apesar de ser natural, caso esta se prolongue no tempo
ou aumente de intensidade, pode indicar que as fronteiras
da normalidade foram ultrapassadas. Neste tópico, analisare-
mos os tipos mais comuns de ciúme observados.
2.1. Normal
O ciúme é considerado normal quando se baseia em fatos,
ou seja, quando a pessoa amada dá motivos para o parceiro
ser tomado por tal emoção. Uma de suas características ele-
mentares é a transitoriedade — aparece e extingue-se sem
maiores intercorrências — e seu principal objetivo é a preser-
vação do relacionamento. Segundo Freud, o ciúme normal é
uma situação emocional que pode ser igualada ao luto, onde
é caracterizado por uma aflição causada pelo pensamento de
perder o elemento amado.
2.2. Neurótico
O ciumento neurótico entende os exageros da emoção que
alimenta, porém não consegue dominá-la. Nesse caso, ele
precisa assegurar-se compulsivamente de que não está sendo
CONCLUSÃO
Ao contrário do que muitos pensam, ciúme não é sinal de
amor, mas de narcisismo. Quem alimenta esta emoção revela,
na realidade, medo de perder o monopólio de outrem.
A maneira mais eficaz de prevenirmos (e combatermos) o
ciúme é por meio do reconhecimento do fato de que somos
seres únicos, igualmente amados por Deus. Quando somos
tomados por essa consciência, transcendemos ao temor de
sermos substituídos por quaisquer rivais.
Quando entendemos que Deus nos ama do jeito que somos,
a comparação, a competição e o medo de sermos substituídos
diminuem e, assim, ficamos menos vulneráveis a esta emoção.
GLOSSÁRIO
Narcisismo — Designa o estado do narcisista, ou seja, da pessoa
que exagera sua importância e espera ser reconhecida à altura.
O narcisista vive fantasias de sucesso, poder e inteligência, sem
limites.
Aula dada em
DIA MÊS ANO Inveja, a Senda
da Autodestruição
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Salmo 73.1-10,12-14,16-18,24
1 - Verdadeiramente, bom é Deus para com Israel, para com os limpos de
coração.
2 - Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para
que escorregassem os meus passos.
3 - Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios.
4 - Porque não há apertos na sua morte, mas firme está a sua força.
5 - Não se acham em trabalhos como outra gente, nem são afligidos como
outros homens.
6 - Pelo que a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como
de um adorno.
7 - Os olhos deles estão inchados de gordura; superabundam as imagina-
ções do seu coração.
8 - São corrompidos e tratam maliciosamente de opressão; falam arrogan-
temente.
9 - Erguem a sua boca contra os céus, e a sua língua percorre a terra.
10 - Pelo que o seu povo volta aqui, e águas de copo cheio se lhes espremem.
12 - Eis que estes são ímpios; e, todavia, estão sempre em segurança, e se
lhes aumentam as riquezas.
13 - Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração e lavado as
minhas mãos na inocência.
14 - Pois todo o dia tenho sido afligido e castigado cada manhã.
16 - Quando pensava em compreender isto, fiquei sobremodo perturbado;
17 - até que entrei no santuário de Deus; então, entendi eu o fim deles.
18 - Certamente, tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em
destruição.
24 - Guiar-me-ás com o teu conselho e, depois, me receberás em glória.
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
compreender o significado e as causas da inveja;
conhecer algumas consequências desta emoção, referida
pelo Sábio como a podridão dos ossos;
saber que a gratidão é o meio mais eficaz de vencê-la.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor,
O primeiro tema abordado nesta revista foi orgulho, a emo-
ção que nos faz olhar para o outro de cima para baixo; nesta
última lição, discorreremos sobre a inveja, a emoção que nos
faz olhar para o outro de baixo para cima.
No decorrer da aula, tenha em mente os seguintes pontos:
algumas pessoas, emocionalmente frágeis, experimentam
a inveja de forma quase patológica, enquanto outras pas-
sam quase toda a vida sem senti-la;
é mais fácil encontrar quem diga sentir-se inferior a alguém
do que encontrar quem afirme sentir inveja de outra pes-
soa. Isso porque o sentimento de inferioridade é passivo
— teoricamente, quem se sente inferior não pretende tirar
nada de ninguém —, enquanto que a inveja é ativa, ou seja,
quem a sente fará o possível para limar o invejado (declara-
da ou veladamente).
Se possível, antes de dar início à aula, retome as principais
abordagens das lições anteriores, a fim de verificar o aprendi-
zado dos alunos.
Boa aula!
CONCLUSÃO
O ser humano está sujeito a todo tipo de emoção negativa
(Rm 3.23), e a inveja é uma delas. Contudo, nós, cristãos, por
intermédio do Espírito Santo, podemos identificá-las (Jo 16.8)
e vencê-las (Jo 16.33).
Quando nos dispusermos a conhecer a verdade, ou seja,
a identificar tais emoções em nós, libertaremos nosso ser de
todas as cadeias emocionais que insistem em nos prender (Jo
8.32).