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Olá!
A aula de hoje versará sobre tema presente em quase todas as provas de
Direito Administrativo elaboradas pelas bancas de concursos públicos: Agentes
públicos e regime jurídico único dos servidores públicos federais.
Levando-se em consideração as provas anteriores aplicadas pelas
principais bancas do país, pode-se concluir que as questões não se restringirão
à letra da Lei nº 8.112∕1990, portanto, será necessário estudar, também, as
principais decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça e Supremo
Tribunal Federal nos últimos meses.
A propósito, informo que incluí na presente aula alguns itens que não
foram cobrados no concurso anterior. Como o edital ainda não foi publicado,
penso que é mais prudente estudar todo o conteúdo, pois é melhor “sobrar” do
que “faltar” conhecimento durante a preparação!
Sempre que você encontrar na aula qualquer referência ao entendimento
jurisprudencial sobre determinado artigo de lei, memorize-o atentando-se para
os detalhes, pois, assim, você não terá qualquer dificuldade para resolver a
questão elaborada.
Surgindo qualquer dúvida, lembre-se de que estou à disposição no fórum
do curso para esclarecê-las!
Bons estudos!
Fabiano Pereira
fabianopereira@pontodosconcursos.com.br
www.facebook.com.br/fabianopereiraprofessor
SUMÁRIO
4. Provimento
4.1. Disposições gerais ......................................................... 24
4.1.1. Direito à posse, em caráter excepcional, mesmo com idade
inferior a 18 (dezoito) anos .......................................................... 25
4.1.2. Aptidão física e gravidez de candidata ........................ 26
4.2. Reserva de vagas aos portadores de deficiência nos concursos
públicos ............................................................... . 28
4.2.1. Algumas peculiaridades pertinentes às vagas reservadas
aos portadores de deficiência ................................................. 29
4.3. Formas de provimento .................................................... 29
4.3.1. Nomeação .................................................................... 30
4.3.1.1. Comunicação pessoal sobre a nomeação .................. 32
1. Agentes públicos
Para que possamos entender com mais clareza a exposição dos principais
dispositivos da Lei 8.112/90 (Estatuto dos Servidores Públicos Federais), é
necessário que conheçamos antes o conceito de agente público e as
classificações formuladas pelos principais doutrinadores brasileiros.
Podemos definir como agente público toda e qualquer pessoa física
que exerce, em caráter permanente ou temporário, remunerada ou
gratuitamente, sob qualquer forma de investidura ou vínculo, função pública
em nome do Estado.
A expressão “agentes públicos” abrange todas as pessoas que, de
qualquer modo, estão vinculadas ao Estado, alcançando desde os mais
importantes agentes, como o Presidente da República, até aqueles que,
somente em caráter eventual, exercem funções públicas, como é o caso dos
mesários eleitorais.
Independentemente do nível federativo (União, Estados, Distrito Federal
ou Municípios) ou do poder estatal no qual exerce as suas funções
(Legislativo, Executivo ou Judiciário), para que seja denominado de “agente
público” é suficiente que a pessoa física esteja atuando em nome do Estado.
Analisando-se a legislação vigente, podemos encontrar várias definições
legais para a expressão “agentes públicos”, a exemplo do artigo 2º da Lei nº
8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa), que reputa agente público “todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na administração
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao
patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da
receita anual”.
O artigo 327 do Código Penal também apresenta uma definição legal,
porém, em vez de utilizar-se da expressão “agentes públicos”, adota a
expressão “funcionários públicos”.
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais,
quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego
ou função pública.
agente público. Por isto, a noção abarca tanto o Chefe do Poder Executivo (em
quaisquer das esferas) como os senadores, deputados e vereadores, os
ocupantes de cargos ou empregos públicos da Administração direta dos três
Poderes, os servidores das autarquias, das fundações governamentais, das
empresas públicas e sociedades de economia mista nas distintas órbitas de
governo, os concessionários e permissionários de serviço público, os delegados
de função ou ofício público, os requisitados, os contratados sob locação civil de
serviços e os gestores de negócios públicos.”
Afirma ainda o professor que os agentes públicos podem ser estudados
em três categorias distintas: os agentes políticos, os servidores públicos e os
particulares em colaboração com o poder público.
a) Agentes políticos
Celso Antônio Bandeira de Mello adota um conceito mais restrito de
agentes políticos, pois afirma que eles “são os titulares dos cargos estruturais à
organização política do país, isto é, são os ocupantes dos cargos que compõem
o arcabouço constitucional do estado e, portanto, o esquema fundamental do
poder. Sua função é a de formadores da vontade superior do estado”.
Neste caso, seriam agentes políticos somente o Presidente da República,
os Governadores, os Prefeitos e seus respectivos auxiliares imediatos (Ministros
e Secretários das diversas pastas), os Senadores, os Deputados e os
Vereadores.
Informação importante para as questões de prova é o fato de que o
professor não inclui os magistrados, membros do Ministério Público e membros
dos Tribunais de Contas no conceito de agentes políticos, ao contrário do
professor Hely Lopes Meirelles, pois entende que somente podem ser incluídos
nesta categoria aqueles que possuem a eleição como forma de investidura,
com exceção dos cargos de Ministros e Secretários de Estado, que são de livre
nomeação e exoneração.
Ademais, afirma ainda que os magistrados, membros do Ministério Público
e dos Tribunais de Contas não exercem funções tipicamente políticas
(como criar leis ou traçar programas e diretrizes de governo), apesar de
exercerem funções constitucionais extremamente importantes, e, portanto, não
podem ser considerados agentes políticos.
b) Servidores estatais
a) Agentes políticos
Nas palavras de Hely Lopes Meirelles, agentes políticos são “os
componentes do Governo nos seus primeiros escalões, investidos em cargos,
funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou
delegação, para o exercício de atribuições constitucionais”.
Como exemplos podemos citar os chefes do Poder Executivo
(Presidente da República, Governadores e Prefeitos) e seus auxiliares
imediatos (Ministros, Secretários estaduais, distritais e municipais), os
membros do Poder Legislativo (Senadores, Deputados e Vereadores) e os
magistrados, membros do Ministério Público e dos Tribunais de Contas.
Contrariamente ao professor Celso Antônio Bandeira de Mello, que
exclui os membros da Magistratura, do Ministério Público e dos Tribunais de
Contas do conceito de “agentes políticos”, Hely Lopes Meirelles afirma que
em razão de gozarem de independência funcional e possuírem suas
competências previstas diretamente no texto constitucional, tais agentes
devem sim ser considerados políticos.
b) Agentes honoríficos
Agentes honoríficos são cidadãos convocados, requisitados, designados ou
nomeados para prestar, em caráter temporário, serviços públicos de caráter
relevante, a título de munus público (colaboração cívica), sem qualquer
vínculo profissional com o Estado, e, em regra, sem remuneração.
c) Agentes delegados
Nas palavras do professor Hely Lopes Meirelles, “agentes delegados são
particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade,
obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco,
mas segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do
delegante. Esses agentes não são servidores públicos, nem honoríficos, nem
representantes do Estado; todavia, constituem uma categoria à parte de
colaboradores do Poder Público. Nesta categoria se encontram os
concessionários e permissionários de obras e serviços públicos, os
serventuários de Ofícios ou Cartórios não estatizados, os leiloeiros, os
tradutores e intérpretes públicos, e demais pessoas que recebam delegação
para a prática de alguma atividade estatal ou serviço de interesse coletivo”.
Apesar de exercerem atividades públicas em nome próprio, por sua conta
e risco, é válido esclarecer que os agentes delegados estão sujeitos às regras
de responsabilização civil previstas no § 6º, do artigo 37, da CF/88, e também
são considerados “funcionários públicos” para fins penais.
d) Agentes credenciados
Agentes credenciados são aqueles que têm a incumbência de
representar a Administração Pública em algum evento específico (um
Congresso Internacional, por exemplo) ou na prática de algum ato
determinado, mediante remuneração e sem vínculo profissional, sendo
considerados funcionários públicos para fins penais.
Os agentes credenciados somente serão considerados agentes públicos
durante o período em que estiverem exercendo as funções públicas para as
quais foram credenciados.
Desse modo, se um cientista particular foi convidado pela Administração
Pública para representá-la em um Congresso Internacional sobre a “Gripe A”,
por exemplo, somente durante o período do evento ele será considerado agente
público.
e) Agentes administrativos
Agentes administrativos são todos aqueles que exercem um cargo,
emprego ou função pública perante à Administração, em caráter
permanente, mediante remuneração e sujeitos à hierarquia funcional instituída
no órgão ou entidade ao qual estão vinculados.
Essa categoria de agentes públicos representa a imensa maioria da força
de trabalho da Administração Direta e Indireta, em todos os níveis federativos
(União, Estados, DF e Municípios) e em todos os Poderes (Legislativo, Executivo
e Judiciário), podendo ser dividida em:
Servidores públicos titulares de cargos efetivos ou em comissão;
Empregados públicos;
Contratados temporariamente em virtude de necessidade temporária
de excepcional interesse público.
2. Disposições preliminares
A Lei 8.112/90 dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos
civis da União, seus respectivos órgãos, sobre as autarquias e as fundações
públicas federais de Direito Público. Deve ficar bem claro que as suas
disposições legais não alcançam os empregados das empresas públicas e das
sociedades de economia mista, que são regidos pelo regime celetista.
Lembre-se sempre de que a Lei 8.112/1990 dispõe sobre direitos e deveres aos
titulares de cargos públicos efetivos e também para os ocupantes de cargos em
comissão (cargos de confiança).
A Lei 8.112/1990 não se aplica aos empregados públicos das sociedades de economia
mista e das empresas públicas federais, pois esses são regidos pela CLT. Assim, deve
ficar claro que empregos públicos não possuem estabilidade!
Na esfera federal, foi editada a Lei 8.745/93, que tem por objetivo
disciplinar os contratos temporários no âmbito da Administração Direta
federal, autárquica e fundacional.
Em seu artigo 2º, a Lei 8.745/93 especificou algumas situações que
podem ser consideradas de necessidade temporária e de excepcional
interesse público, justificando a contratação temporária, a saber:
I - assistência a situações de calamidade pública;
II - assistência a emergências em saúde pública;
III - realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza
estatística efetuadas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE;
IV - admissão de professor substituto e professor visitante;
V - admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro;
VI - atividades:
a) especiais nas organizações das Forças Armadas para atender à área
industrial ou a encargos temporários de obras e serviços de engenharia;
b) de identificação e demarcação territorial;
c) (Revogada pela Lei nº 10.667, de 2003)
d) finalísticas do Hospital das Forças Armadas;
e) de pesquisa e desenvolvimento de produtos destinados à segurança de
sistemas de informações, sob responsabilidade do Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações - CEPESC;
f) de vigilância e inspeção, relacionadas à defesa agropecuária, no âmbito
do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, para atendimento de situações
emergenciais ligadas ao comércio internacional de produtos de origem animal
ou vegetal ou de iminente risco à saúde animal, vegetal ou humana;
g) desenvolvidas no âmbito dos projetos do Sistema de Vigilância da
Amazônia - SIVAM e do Sistema de Proteção da Amazônia - SIPAM.
h) técnicas especializadas, no âmbito de projetos de cooperação com
prazo determinado, implementados mediante acordos internacionais, desde que
haja, em seu desempenho, subordinação do contratado ao órgão ou entidade
pública.
i) técnicas especializadas necessárias à implantação de órgãos ou
entidades ou de novas atribuições definidas para organizações existentes ou as
decorrentes de aumento transitório no volume de trabalho que não possam ser
4. Provimento
1
Não tem direito a ingressar na carreira de policial militar o candidato à vaga em concurso público que
tenha ultrapassado, no momento da matrícula no curso de formação, o limite máximo de idade previsto
em lei específica e em edital. Precedente citado: RMS 31.923-AC, Primeira Turma, DJe 13/10/2011. RMS
44.127-AC, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 17/12/2013 (Informativo nº 0533).
4.3.1. Nomeação
A nomeação é a única forma de provimento originário existente. Pode
ser definida como o ato administrativo pelo qual a Administração Pública dá
ciência ao seu destinatário da necessidade de cumprimento de formalidades
específicas (a exemplo da apresentação da documentação exigida no edital, nos
casos de provimento de cargo efetivo), no prazo de até 30 (trinta) dias, para
que seja formalizada a posse.
A nomeação é considerada originária porque inicia um vínculo entre o
indivíduo e a Administração, seja em caráter efetivo ou em comissão. Na
nomeação em caráter efetivo, o candidato aprovado em concurso público é
comunicado de que terá até 30 (trinta) dias para providenciar a
documentação prevista no edital, formalizando o seu vínculo perante a
Administração, que ocorre mediante a posse.
A nomeação não gera qualquer obrigação para o candidato, mas sim o
direito subjetivo de comparecer à Administração e formalizar o seu vínculo.
Assim, caso o candidato não compareça perante a Administração no prazo de
até 30 (trinta) dias para tomar posse, a nomeação tornar-se-á sem efeito,
não produzindo qualquer obrigação ou imposição de penalidade ao candidato.
Pode ter certeza disso. Perceba que os dois cargos públicos são distintos,
possuindo atribuições diferentes. Apesar de José já possuir um vínculo com a
União (RFB), iniciará um novo vínculo, com características distintas, a partir do
momento que assinar o termo de posse no cargo de Consultor Legislativo da
Câmara dos Deputados.
4.3.2. Posse
Conforme destacado anteriormente, a posse ocorrerá no prazo
improrrogável de até 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de
nomeação.
4.3.3. Exercício
Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da
função de confiança. No primeiro caso, o agente terá o prazo máximo de 15
(quinze) dias para entrar em exercício. Em relação à função de confiança, o
exercício será imediato, coincidindo com a data de publicação do ato de
designação.
O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido
removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório
terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da
publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do
cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a
nova sede.
Exemplo: suponhamos que você, atualmente domiciliado na cidade de
Belo Horizonte/MG, decida tentar o concurso do TSE para o cargo de Analista
Judiciário – área administrativa. Dois anos depois, já tendo sido aprovado,
nomeado, empossado e entrado em exercício, você decide participar do
Concurso Nacional de Remoção para disputar uma remoção para a cidade de
Belo Horizonte (TRE/MG). Se você tiver êxito no concurso de remoção, o
Tribunal Superior Eleitoral lhe concederá um prazo, que pode variar entre 10
4.3.4.1. Promoção
A promoção pode ser definida como a forma de provimento derivado
pela qual o servidor, ocupante de cargo público em um nível ou classe
específica, é provido em cargo de nível ou classe superior, integrante da
mesma carreira.
A Lei 8.112/90 não define ou conceitua a promoção, apenas declara que
“a promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo
posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover
o servidor”.
Para que você possa visualizar a organização de um cargo de carreira,
observe a estrutura dos cargos de Auditor Fiscal da Receita Federal do
Brasil e Auditor Fiscal do Trabalho, regulamentados pela Lei nº
12.808∕2013.
Em R$
VALOR DO SUBSÍDIO
CARGOS CLASSE PADRÃO EFEITOS FINANCEIROS A PARTIR DE
o o o o
1 JUL 2010 1 JAN 2013 1 JAN 2014 1 JAN 2015
IV 19.451,00 20.423,55 21.403,88 22.516,88
Auditor- ESPECIAL III 18.910,61 19.856,14 20.809,23 21.891,31
Fiscal da II 18.576,24 19.505,05 20.441,29 21.504,24
Receita I 18.247,78 19.160,17 20.079,85 21.124,01
Federal do IV 17.545,94 18.423,24 19.307,55 20.311,54
Brasil B III 17.201,90 18.062,00 18.928,97 19.913,28
II 16.864,61 17.707,84 18.557,82 19.522,82
I 16.533,93 17.360,63 18.193,94 19.140,02
Auditor- V 15.898,01 16.692,91 17.494,17 18.403,87
Fiscal do IV 15.586,28 16.365,60 17.151,15 18.043,01
Trabalho A III 15.280,67 16.044,70 16.814,85 17.689,22
II 14.981,05 15.730,10 16.485,15 17.342,37
I 13.600,00 14.280,00 14.965,44 15.743,64
4.3.4.2. Readaptação
A readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental, sempre comprovada em inspeção médica.
Trata-se da atribuição de novas responsabilidades compatíveis com a
limitação física ou psíquica sofrida pelo servidor, desde que não se justifique a
licença para tratamento de saúde ou aposentadoria, verificada em inspeção
médica que informará as condições de readaptação: seus termos, prazo e
embasamento legal.
4.3.4.3. Reversão
A reversão pode ser definida como o retorno à atividade de servidor
que já se encontrava aposentado. A Lei 8.112/90 menciona expressamente
duas modalidades distintas de reversão:
4.3.4.4. Reintegração
É a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado ou
no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada sua demissão
por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as
vantagens a que teria direito se estivesse trabalhando.
Se o cargo anteriormente ocupado tiver sido extinto, o servidor ficará em
disponibilidade até que seja adequadamente aproveitado em outro cargo com
atribuições e vencimentos afins.
Por outro lado, encontrando-se provido o cargo, o seu eventual
ocupante, se estável, será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
indenização, ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em
disponibilidade.
A reintegração somente alcança o servidor estável e está sujeita à
prescrição quinquenal, que será contada da data da publicação do ato
impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for
publicado (artigo 110, inciso I, da Lei 8.112/90).
4.3.4.5. Recondução
É o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado em
decorrência de
(a) inabilitação em estágio probatório em outro cargo federal;
(b) desistência de exercício em cargo federal no período do estágio
probatório; ou
(c) reintegração do anterior ocupante.
É muito comum você encontrar em provas de concursos públicos questões
sobre a recondução, provavelmente pelas várias espécies e peculiaridades
relativas a esse instituto. Assim, é importante analisar individualmente todas as
suas espécies:
4.3.4.6. Aproveitamento
É o retorno à atividade de servidor que estava em disponibilidade para
provimento em cargo com vencimentos compatíveis com o anteriormente
ocupado, desde que exista vaga no órgão ou entidade administrativa.
A disponibilidade é um instituto que permite ao servidor estável, que teve
o seu cargo extinto ou declarado desnecessário, permanecer sem trabalhar,
com remuneração proporcional ao tempo de serviço, à espera de um
eventual aproveitamento.
O texto constitucional prevê ainda uma outra hipótese de disponibilidade,
que ocorre em virtude da reintegração de servidor demitido injusta e
ilegalmente de seu cargo. Nesses termos, ocorrendo a reintegração do anterior
ocupante do cargo, o atual ocupante, se estável, caso não possa ser
reconduzido ao cargo que ocupava anteriormente (o cargo está/será colocado
em disponibilidade até posterior aproveitamento (CF/88, art. 41, § 2º).
O servidor em disponibilidade contribuirá para o regime próprio de
previdência do serviço público federal e o tempo de contribuição,
correspondente ao período em que permanecer em disponibilidade, será
contado para efeito de aposentadoria e nova disponibilidade.
O prazo para o servidor aproveitado entrar em exercício em outra
sede é de, no mínimo, 10 dias, e, no máximo, 30 dias, contados a partir da
data de publicação do ato de aproveitamento, incluindo, nesse período, o tempo
necessário para o deslocamento para a nova sede.
Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se
o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por
Junta Médica oficial.
Quando do aproveitamento resultar mudança de sede, o servidor, seu
cônjuge ou companheiro, seus filhos ou enteados que vivam em sua companhia
e os menores sob sua guarda com autorização judicial, se estudantes, têm
assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula
em instituição de ensino congênere, em qualquer época,
independentemente de vaga.
4.5. Estabilidade
A estabilidade pode ser entendida como a garantia de permanência no
serviço público do servidor aprovado em concurso público e nomeado para o
exercício de cargo de provimento efetivo.
A estabilidade tem por objetivo proteger o servidor contra perseguições
políticas, pressões externas ou quaisquer condutas que possam influenciar
negativamente em sua imparcialidade e no exercício das funções.
Nos termos do artigo 41 da CF/88 “são estáveis após três anos de
efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público”.
5. Remoção e redistribuição
5.1. Remoção
Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede (artigo 36).
5.2. Redistribuição
O artigo 37 da Lei 8.112/90 define a redistribuição como o
deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito
do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder,
com prévia apreciação do órgão central do SIPEC (Sistema Integrado de
Pessoal Civil da União).
5.3. Da substituição
Os servidores investidos em cargo ou função de confiança e os
ocupantes de cargo de Natureza Especial (a exemplo do cargo de Assessor na
Câmara dos Deputados) terão substitutos indicados no regimento interno ou,
no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do
órgão ou entidade.
O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do
cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de
Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares
do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela
remuneração de um deles durante o respectivo período.
Nos termos do art. 38, § 2º, da Lei 8.112/1990, o substituto fará jus à
retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo
de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do
titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias
de efetiva substituição, que excederem o referido período.
Penso que a banca não irá se aprofundar nesse tema, que ainda é
bastante controvertido na Administração Pública Federal. Todavia, em respeito
ao “princípio da precaução”, é importante que você saiba o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, através do Ofício Circular nº 01/SRH/MP,
expedido em 28/01/2005, assim se manifestou:
O servidor no exercício da substituição acumula as atribuições do cargo
que ocupa com as do cargo para o qual foi designado nos primeiros 30
dias ou período inferior, fazendo jus à opção pela remuneração de um ou
de outro cargo desde o primeiro dia de efetiva substituição. Transcorridos
os primeiros 30 dias, o substituto deixa de acumular as funções, passando
a exercer somente as atribuições inerentes às do cargo substituído
percebendo a remuneração correspondente.
No concurso público para o cargo de Técnico de Finanças e
Controle da CGU, realizado em 2008, a ESAF elaborou questão
abordando o tema “substituição”, nos seguintes moldes:
meses depois a decisão liminar foi revogada, pois o Poder Judiciário entendeu,
em caráter definitivo, que o valor cobrado a título de imposto de renda é
devido. Nesse caso, o servidor estará obrigado a repor aos cofres públicos o
valor de R$ 1.000,00 (R$ 50,00 X 20 meses), acrescido da respectiva
atualização monetária.
Se por acaso o servidor em débito com o erário já tiver sido demitido,
exonerado ou teve a sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo
de sessenta dias para quitar o débito, de uma só vez. A não quitação do
débito no prazo previsto implicará a inscrição do servidor em dívida ativa.
6.2. Vantagens
6.2.1. Indenizações
As indenizações têm por objetivo restituir o servidor público de eventuais
despesas surgidas no exercício das funções inerentes ao cargo público que
ocupa e que foram pagas com recursos próprios. Desse modo, não se
incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
As espécies de indenização estão arroladas no artigo 51 da Lei 8.112/90,
sendo elas: ajuda de custo, diárias, transporte e auxílio-moradia.
2
No Agravo Regimental no Recurso Especial nº 1.372.058∕CE, julgado em 4/2/2014 (Informativo nº 0534), o Superior
Tribunal de Justiça decidiu que “devem ser estendidas a todos os aposentados e pensionistas as gratificações de
desempenho pagas indistintamente a todos os servidores da ativa, no mesmo percentual, ainda que possuam caráter pro
labore faciendo. Isso porque as referidas vantagens, quando pagas indistintamente a todos os servidores na ativa, no
mesmo percentual, assumem natureza genérica”.
6.2.1.2. Diárias
As diárias podem ser definidas como uma indenização a que faz jus o
servidor quando a serviço se afastar da sede, em caráter eventual ou
transitório, para outro ponto do território nacional ou para o exterior.
As diárias serão concedidas por dia de afastamento da sede do serviço,
destinando-se a indenizar o servidor por despesas extraordinárias com
pousada, alimentação e locomoção urbana. O pagamento das diárias não é
cumulativo com a indenização de transporte.
As diárias serão pagas antecipadamente, de uma só vez, exceto em
situações de urgência, devidamente caracterizadas ou quando o afastamento
compreender período superior a quinze dias, caso em que poderão ser pagas
parceladamente.
O artigo 5º do Decreto 5.992/06 estabelece que o servidor fará jus
somente à metade do valor da diária nos deslocamentos dentro do território
nacional quando:
a) o afastamento não exigir pernoite fora da sede;
b) for no dia do retorno à sede de serviço;
c) a União custear, por meio diverso, as despesas de pousada;
d) o servidor ficar hospedado em imóvel pertencente à União ou que
esteja sob administração do Governo brasileiro ou de suas entidades; ou
e) designado para compor equipe de apoio às viagens do Presidente ou do
Vice-Presidente da República;
Por outro lado, o § 3º do artigo 58 declara que “não fará jus a diárias o
servidor que se deslocar dentro da mesma região metropolitana,
aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e
regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com
países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e
servidores brasileiros consideram-se estendidas, salvo se houver pernoite
fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as fixadas para
os afastamentos dentro do território nacional”.
6.2.1.4. Auxílio-moradia
O auxílio moradia está previsto nos artigos 60-A ao 60-E da Lei 8.112/90
e consiste no ressarcimento das despesas realizadas pelo servidor com
aluguel ou hospedagem em hotel, no prazo máximo de um mês após a
comprovação da despesa.
Será concedido ao servidor que, em razão da investidura em cargo
público, mudar-se do município em que resida para ter exercício em outro
órgão.
7. Gratificações e adicionais
8. Férias
As regras sobre aquisição e gozo das férias estão previstas nos artigos 77
a 80 da Lei 8.112/90. Trata-se de um período anual de descanso
remunerado, com duração prevista em lei, que deverá ser gozado em período
que atenda à conveniência administrativa.
As férias deverão ser gozadas durante o ano civil, somente podendo ser
acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade de
serviço anteriormente declarada.
O servidor exonerado, aposentado, demitido de cargo efetivo ou
destituído de cargo em comissão, que não tenha usufruído férias, integrais ou
proporcionais, faz jus à indenização do benefício adquirido e não gozado.
Aplicam-se estas disposições ao servidor falecido, sendo o pagamento devido a
seus sucessores.
As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade
pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou
por motivo de superior interesse público. Nesse caso, o restante do período
interrompido será gozado de uma só vez.
As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim
requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública, sendo
que o pagamento será efetuado até 02 (dois) dias antes do início do respectivo
período.
O servidor que se afastar sem remuneração no curso dos primeiros 12
(doze) meses de exercício terá a contagem do interstício suspensa durante esse
período, complementando-a a partir da data do retorno, aproveitando o que
precedeu à concessão da licença.
O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou
substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por
semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a
acumulação.
Os servidores membros de uma mesma família que tenham exercício no
mesmo órgão poderão usufruir férias no mesmo período, desde que assim
requeiram e não haja prejuízo das atividades do órgão. As férias dos servidores
que tenham filhos em idade escolar serão concedidas, preferencialmente, no
período das férias escolares.
9. Licenças
Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá
direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser
parcelada em dois períodos de meia hora.
14.3.1. Advertência
A advertência será aplicada, por escrito, nos casos de violação de
proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, da Lei 8.112/90, bem
como na inobservância de dever funcional previsto em lei,
regulamentação ou norma interna, desde que não justifique imposição de
penalidade mais grave.
O registro da penalidade de advertência, efetuado no assentamento
funcional do servidor, poderá ser cancelado após o decurso de 03 (três) anos,
desde que o servidor não tenha praticado, nesse período, nova infração
disciplinar.
É importante destacar que o cancelamento da penalidade não surtirá
efeitos retroativos, portanto, cancelada a penalidade do assentamento funcional
do servidor, este não poderá exigir o ressarcimento de eventuais prejuízos
financeiros oriundos da penalidade de advertência.
14.3.2. Suspensão
Nos termos do artigo 130 da Lei 8.112/90, a suspensão será aplicada em
caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das
demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão,
não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
Durante o cumprimento da penalidade de suspensão, o servidor fica
impedido de exercer as suas atividades perante a Administração Pública e,
consequentemente, não recebe a respectiva remuneração.
14.3.3. Demissão
A demissão é a mais severa espécie de penalidade a que pode se
submetido o servidor público que exerça cargo de provimento efetivo.
Assim, somente as condutas previstas de forma taxativa no texto legal
podem respaldar sua imposição.
Caso a conduta praticada pelo servidor público não esteja tipificada na Lei
8.112/90 como passível de demissão, esta não pode ocorrer.
São condutas que podem ensejar a imposição da penalidade de demissão:
1ª) crime contra a administração pública;
2ª) abandono de cargo;
3ª) inassiduidade habitual;
4ª) improbidade administrativa;
5ª) incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
6ª) insubordinação grave em serviço;
7ª) ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem;
8ª) aplicação irregular de dinheiros públicos;
9ª) revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
10) lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
11) corrupção;
12) acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
13) transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117, relacionados
anteriormente.
Pergunta: Professor, caso seja cobrada uma questão sobre esse tema
em prova, o que devo responder?
Aconselho que você responda em conformidade com o texto legal, pois,
mesmo sendo visivelmente inconstitucional tal imposição, até o momento o
Supremo Tribunal Federal não se manifestou sobre o tema.
Além das hipóteses previstas em seu inciso XVI, a CF/88 ainda estabelece
a possibilidade de acumulação nas seguintes hipóteses:
a) cargo público vitalício de magistrado com uma função pública de magistério
(artigo 95, parágrafo único, I, CF/88);
b) cargo público vitalício de membro do Ministério Público com uma função
pública de magistério (artigo 128, parágrafo 5º, II, “d”, CF/88);
c) cargo público efetivo na Administração Pública federal com cargo eletivo de
vereador, quando houver compatibilidade de horário, nos termos do artigo 38,
III, CF/88.
c) julgamento.
4ª) A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a
constituiu, termo de indiciação em que serão transcritas as informações
relativas à autoria e à materialidade, bem como promoverá a citação pessoal do
servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de
cinco dias, apresentar defesa escrita, sendo-lhe assegurado vista do processo
na repartição;
5ª) Caso o servidor, dentro do prazo de cinco dias oferecido para a
defesa, opte por apenas um dos cargos ou emprego público, ficará configurada
sua boa-fé, convertendo-se a opção em pedido de exoneração do outro cargo
ou emprego. Nesse caso, ocorrerá o arquivamento do processo administrativo e
não será aplicada nenhuma penalidade ao servidor;
6ª) Por outro lado, caso não seja feita a opção, assim que for apresentada
a defesa, a comissão elaborará um relatório conclusivo quanto à inocência ou
à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos,
opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo
dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para
julgamento;
7ª) De posse do processo administrativo, a autoridade julgadora proferirá
a sua decisão no prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo.
Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, a competência será do Presidente da República, dos Presidentes
das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e do Procurador-Geral
da República, conforme o caso;
8ª) Se ficar caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-
se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou
disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em
regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de
vinculação serão comunicados.
O § 7º do artigo 133 da Lei 8.112/90 estabelece que o prazo para a
conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário
não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir
a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as
circunstâncias o exigirem.
Nesses termos, caso o particular ingresse com uma ação judicial contra o
Estado pleiteando indenização civil pelos danos causados por um servidor, a
demanda estará amparada no § 6º do artigo 37 da CF/88, que estabelece a
responsabilidade objetiva do Estado, independentemente de dolo ou culpa. Por
outro lado, caso o Estado seja condenado a indenizar o particular, deverá
ingressar com uma ação regressiva em face do servidor causador do dano.
É importante esclarecer que a responsabilidade do servidor é de natureza
subjetiva, portanto, para que seja obrigado a ressarcir os eventuais prejuízos
causados ao Estado, é necessário que seja comprovado o seu dolo ou culpa.
15.1. Da sindicância
Apesar do Estatuto dos Servidores Públicos Federais fazer referência
expressa à sindicância, destaca-se que a mesma não foi detalhada em seu
texto, o que leva a doutrina a concluir que o procedimento a ser adotado para a
sua instituição e funcionamento será o mesmo previsto para o processo
disciplinar.
Em termos gerais, constata-se que a sindicância será instaurada para a
apuração de infrações administrativas “menos graves”, que possam culminar na
aplicação de penalidades “mais brandas”: advertência ou suspensão de até
trinta dias.
Caso a apuração realizada através de sindicância conclua que a infração
administrativa praticada pelo servidor público enseja a aplicação de penalidade
mais grave (demissão, suspensão por mais de trinta dias, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão) deverá
ser instaurado, obrigatoriamente, processo disciplinar.
Da sindicância poderá resultar: o arquivamento do processo; a aplicação
de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; ou, ainda, a
instauração de processo disciplinar. Na hipótese de o relatório da sindicância
15.2.1.1. Da instauração
O processo administrativo disciplinar tem início com a sua respectiva
instauração, que ocorre mediante a publicação de portaria especifica
editada pela autoridade competente. Não há necessidade de publicação desse
ato administrativo no Diário Oficial, sendo suficiente que seja divulgado através
de boletim de pessoal (boletim interno de serviço, que circula no âmbito do
órgão ou entidade responsável pela instauração).
No julgamento do Recurso em Mandado de Segurança nº 25.105/DF, de
relatoria do Ministro Joaquim Barbosa, o Supremo Tribunal Federal firmou
entendimento no sentido de que “não se exige, na portaria de instauração de
processo disciplinar, descrição detalhada dos fatos investigados, sendo
considerada suficiente a delimitação do objeto do processo pela referência a
categorias de atos possivelmente relacionados a irregularidades”.
15.2.1.2. Do Inquérito
Na fase intitulada como “inquérito administrativo” serão realizados os atos
necessários à apuração de eventual infração praticada por servidor, a exemplo
da oitiva de testemunhas, notificação do acusado, realização de perícias,
interrogatório, entre outros. Durante a realização desses atos deverá ser
obedecido o princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa,
com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos,
acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova,
recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a
completa elucidação dos fatos.
O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados
impertinentes, meramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o
esclarecimento dos fatos. Ademais, será indeferido o pedido de prova pericial,
quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de perito.
15.2.1.3. Do Julgamento
No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a
autoridade julgadora proferirá a sua decisão.
Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade
instauradora do processo, este será encaminhado à autoridade competente, que
decidirá em igual prazo. Havendo mais de um indiciado e diversidade de
sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição da
pena mais grave.
Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a autoridade
instauradora do processo determinará o seu arquivamento, salvo se
flagrantemente contrária à prova dos autos.
I - quanto ao servidor:
a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) salário-família;
d) licença para tratamento de saúde;
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;
f) licença por acidente em serviço;
g) assistência à saúde;
h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho
satisfatórias;
II - quanto ao dependente:
a) pensão vitalícia e temporária;
b) auxílio-funeral;
c) auxílio-reclusão;
d) assistência à saúde.
16.2.1. Da Aposentadoria
16.2.2. Do Auxílio-Natalidade
O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de nascimento de
filho, em quantia equivalente ao menor vencimento do serviço público,
inclusive no caso de natimorto. Na hipótese de parto múltiplo, o valor será
acrescido de 50% (cinqüenta por cento), por nascituro.
O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor público, quando a
parturiente não for servidora.
Na ocasião do pagamento do auxílio-natalidade ao servidor, a genitora
deverá declarar que não ocupa cargo público ou, caso seja ocupante de cargo
público, em qualquer das esferas do governo, deverá declarar que não recebeu
o benefício por seu órgão de origem.
16.2.3. Do Salário-Família
O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao inativo, por
dependente econômico.
Consideram-se dependentes econômicos para efeito de percepção do
salário-família:
I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados até 21
(vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou,
se inválido, de qualquer idade;
II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização judicial,
viver na companhia e às expensas do servidor, ou do inativo;
16.2.4. Da Pensão
A pensão é um benefício mensal concedido aos dependentes do
servidor falecido, a partir da data de seu óbito. É denominada de pensão
vitalícia, quando é paga enquanto o beneficiário viver, ou pensão
temporária, quando é paga somente por um período fixo.
Existe ainda a pensão provisória, que é paga pelo desaparecimento ou
morte presumida do servidor. A morte presumida se dá através de declaração
de ausência, efetivada pelo poder judiciário, de servidor desaparecido em
desabamento, inundação, incêndio ou acidente não caracterizado como serviço,
ou, desaparecido no desempenho das atribuições do cargo ou missão de
segurança.
II - temporária:
a) os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um) anos de idade, ou, se
inválidos, enquanto durar a invalidez;
b) o menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade;
c) o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido, enquanto durar a
invalidez, que comprovem dependência econômica do servidor;
d) a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor,
até 21 (vinte e um) anos, ou, se inválida, enquanto durar a invalidez.
16.2.5. Do Auxílio-Funeral
Auxílio-Funeral é um benefício devido à família ou a terceiro que tenha
custeado o funeral de servidor falecido, correspondendo ao valor da
remuneração, subsídio ou provento a que o de cujus (servidor falecido) faria jus
no mês do falecimento.
Em caso de acumulação legal de cargos pelo servidor falecido, o auxílio-
funeral será pago somente em razão do cargo de maior remuneração.
Se custeado por terceiro, o auxílio-funeral corresponderá ao valor efetivo
dos custos havidos, na forma de indenização, mediante comprovação por meio
de notas fiscais, limitado ao valor da última remuneração ou subsídio.
O pagamento de Auxílio-Funeral será efetuado em 48 (quarenta e oito)
horas, contadas do momento em que for protocolado o pedido.
Em caso de falecimento do servidor em serviço, fora do local de trabalho,
inclusive no exterior, as despesas de transporte do corpo correrão por conta da
Instituição, sem prejuízo do pagamento do auxílio-funeral.
16.2.6. Do Auxílio-Reclusão
Auxílio-Reclusão é o benefício pago mensalmente à família do servidor
ativo, recolhido à prisão, que não comine com a perda do cargo público.
À família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão, nos seguintes
valores:
I - dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em
flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto
perdurar a prisão;
II - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de
condenação, por sentença definitiva, a pena que não determine a perda de
cargo.
O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia imediato àquele
em que o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.
Comentários
Durante o período de estágio probatório, o servidor poderá exercer
quaisquer cargos de provimento em comissão ou função de direção, chefia ou
assessoramento na entidade ou órgão a que pertencer. Contudo, somente
poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de
natureza especial, cargos de provimento em comissão do grupo-direção e
assessoramento superiores (DAS) de níveis 6, 5 e 4 (ou equivalentes).
Ademais, também poderá usufruir das seguintes licenças e
afastamentos, ainda que durante o período do estágio probatório: a) licença
por motivo de doença em pessoa da família; b) licença por motivo de
afastamento do cônjuge ou companheiro; c) licença para o serviço militar;
d) licença para atividade política; e) afastamento para o exercício de mandato
eletivo; f) afastamento para estudo ou missão no exterior; g) afastamento
para participar de curso de formação decorrente de aprovação em
concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.
Gabarito: Letra b.
Comentários
a) Agente temporário é aquele que exerce atribuições públicas sem ter sido
aprovado em concurso público para ocupar cargo ou emprego público. É o que
ocorre, por exemplo, quando o Município X decide contratar médico
especialista, durante 6 (seis) meses, para substituir médica servidora que se
licenciou em virtude de licença-maternidade. Nesse caso, o médico contratado
temporariamente exercerá apenas uma função pública, pois não é titular de
cargo ou emprego público. Assertiva correta.
b) A CF∕1988, no art. 37, II, dispõe que “a investidura em cargo ou emprego
público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração”. Assertiva
incorreta.
c) José dos Santos Carvalho afirma que “em geral, os cargos de presidente ou
de direção das entidades correspondem a funções de confiança e são
preenchidas a critério da autoridade competente da Administração Direta. Ainda
assim, os escolhidos pertencerão ao quadro da empresa e, mesmo que
temporário o exercício de suas funções, serão eles também regidos pelo regime
trabalhista”. Assertiva incorreta.
d) Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que servidores
públicos ocupam cargos públicos, regidos por estatuto funcional próprio. De
outro lado, empregados públicos são titulares de empregos públicos,
regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT. Assertiva incorreta.
Comentários
a) A remoção de servidor pode ocorrer entre unidades localizadas dentro da
mesma cidade (da Agência Executiva do INSS localizada no Bairro de
Copacabana∕RJ para a Agência Executiva do Meier∕RJ, por exemplo) ou cidades
diferentes. Assertiva correta.
b) A remoção de servidor público pode ocorrer de ofício, independentemente
de sua concordância, ou a pedido, quando é aprovado em concurso interno de
remoção, por exemplo. Assertiva correta.
c) O art. 36, III, da Lei 8.112∕1990, dispõe que a remoção a pedido para
acompanhamento de cônjuge somente poderá ocorrer quando este for
deslocado para outra localidade. Se o cônjuge for deslocado para outro bairro
que fica dentro da própria cidade, por exemplo, o servidor não poderá pleitear
remoção para acompanhá-lo. Assertiva correta.
d) Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que a remoção
não é forma de provimento derivado, mas apenas instrumento de
movimentação interna de servidores. Assertiva correta.
e) As hipóteses de remoção a pedido, que independem do interesse da
administração, estão arroladas no art. 36, III, da Lei 8.112∕1990, a saber: I -
para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou
militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração; II - por motivo
de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas
expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação
por junta médica oficial; e em virtude de processo seletivo promovido, na
hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de
acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles
estejam lotados. Assertiva correta.
Gabarito: Letra d.
Comentários
e) O art. 125 da Lei 8.112∕1990 dispõe que “as sanções civis, penais e
administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si”. Assertiva
incorreta (não se pode fazer essa afirmação corretamente).
Gabarito: Letra e.
Comentários
a) No julgamento do recurso em mandado de segurança nº 28.724∕RS, de
relatoria da Ministra Maria Thereza de Assis Moura, o Superior Tribunal de
Justiça afirmou que “não se mostra desarrazoada ou exorbitante dos limites do
poder regulamentar a resolução que, à falta de norma disciplinadora da lei
federal à época, fixa prazo para a apresentação do atestado médico particular
para homologação, sob risco de que já tenha terminado o tratamento de saúde
quando vier a ser concedido o afastamento ao servidor”. Assertiva incorreta.
b) Por não se tratar de aplicação de penalidade, mas sim de mera consequência
da ausência injustificada ao trabalho, não há necessidade de instauração de
processo administrativo para realizar os respectivos descontos na remuneração
do servidor. Assertiva incorreta.
c) A Lei 8.112∕1990, em seu art. 44, I, dispõe que “o servidor perderá a
remuneração do dia em que faltar ao serviço sem motivo justificado”. Todavia,
não há qualquer exigência legal de instauração prévia de processo
administrativo. Assertiva incorreta.
d) Além de ser descabida a instauração de processo administrativo disciplinar,
o Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do recurso em mandado de
segurança nº 28.724∕RS, afirmou ainda que “deixando de apresentar
antecipadamente o atestado particular para homologação, não é ilegal ou
abusivo o ato que importou no desconto dos dias em que o servidor não
compareceu ao serviço, nem justificou sua falta, nos estritos limites do artigo
44 da Lei nº 8.112/90”. Assertiva correta.
e) A Lei 8.112∕1990, em seu art. 44, II, dispõe que a perda de parcela da
remuneração proveniente de atrasos ou ausência ao trabalho somente ocorrerá
se não houver compensação de horário, até o mês subseqüente ao da
ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata. Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra d.
Comentários
a) No julgamento do mandado de segurança nº 13.523∕DF, cujo acórdão foi
publicado em 04∕06∕2009, o Superior Tribunal de Justiça afirmou que “o
processo disciplinar se encerra mediante o julgamento do feito pela autoridade
competente. A essa decisão administrativa, à semelhança do que ocorre no
âmbito jurisdicional, deve ser atribuída a nota fundamental de definitividade.
O servidor público punido não pode remanescer sujeito a rejulgamento do feito
para fins de agravamento da sanção, com a finalidade de seguir orientação
normativa, quando sequer se apontam vícios no processo administrativo
disciplinar”. Assertiva incorreta.
b) O simples rejulgamento do processo administrativo disciplinar ofende o
devido processo legal, por não encontrar respaldo na Lei 8.112/90, que prevê
sua revisão tão-somente quando houver possibilidade de abrandamento da
sanção disciplinar aplicada ao servidor público. Assertiva incorreta.
Comentários
a) São considerados servidores públicos todos aqueles submetidos a regime
jurídico estatutário, a exemplo do disposto na Lei 8.112∕1990, que alcança a
União, seus respectivos órgãos, autarquias e fundação públicas de direito
público na esfera federal. Não é a resposta.
d) FGTS.
e) redução de riscos inerentes ao trabalho.
Comentários
Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que nem
todos os direitos assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais da iniciativa
privada, previstos no art. 7º da Constituição Federal de 1988, podem ser
usufruídos pelos servidores públicos.
Em seu art. 39, § 3º, a CF∕1988 apresenta o rol de direitos que também
são extensíveis aos servidores públicos, a saber:
1 - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de
atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com
moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer
fim;
2 - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
3 - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor
da aposentadoria;
4 - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
5 - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa
renda nos termos da lei;
6 - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
7 - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
8 - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em
cinqüenta por cento à do normal;
9 - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais
do que o salário normal;
10 - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a
duração de cento e vinte dias;
11 - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
Comentários
a) O servidor tem direito à aposentadoria por invalidez permanente, sendo os
proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e
proporcionais nos demais casos. Assertiva incorreta.
b) A aposentadoria compulsória (obrigatória) do servidor público ocorre aos 70
(setenta) anos de idade, tanto para os homens quanto para as mulheres.
Assertiva incorreta.
c) A gratificação natalina (13º remuneração) é devida aos servidores da ativa e
também aos aposentados. Assertiva incorreta.
d) A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da
publicação do respectivo ato, que, em regra, dar-se-á através do Diário Oficial
da União (no caso dos servidores públicos federais). Assertiva incorreta.
Comentários
(A) Primeiramente, é importante esclarecer que a posse pode ocorrer
mediante procuração específica outorgada a uma pessoa de confiança do
candidato nomeado, que, por questões óbvias, não pode ser a autoridade do
órgão ou entidade, pois esta responde administrativamente pelo processo.
Além disso, deve ficar bem claro que somente a posse pode ocorrer
mediante procuração específica, não abrangendo o exercício, que é ato de
natureza personalíssima (o servidor tem que comparecer ao local de trabalho
pessoalmente e iniciar o exercício das atribuições inerentes ao cargo). Assertiva
incorreta.
(B) A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do
ato de provimento, o que torna a assertiva incorreta.
(C) O prazo para o servidor empossado entrar em exercício é de 15
(quinze) dias, contados da data posse. Caso seja empossado e não entre em
exercício nesse prazo, o servidor será exonerado. Assertiva incorreta.
(A) a ascensão.
(B) o aproveitamento.
(C) a transferência.
(D) a disponibilidade.
(E) a inscrição.
Comentários
O art. 8º da Lei 8.112/90 apresenta como formas de provimento a
nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e a
recondução. Dentre essas, somente a nomeação é forma orginária de
provimento, todas as demais são consideradas formas derivadas.
Lembre-se sempre de que a ascenção e a transferência foram
declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal e, posteriormente,
revogadas pela Lei 9.527/97. Isso porque possibilitavam ao servidor investir-se,
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em
cargo que não integrava a carreira na qual era anteriormente investido, o que
contraria o teor da Súmula 685 do STF.
GABARITO: LETRA B
Comentários
GABARITO: LETRA E
GABARITO: LETRA D.
Comentários
a) Errado. As férias poderão ser acumuladas, até o máximo de dois
períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que
haja legislação específica.
b) Correto. Para responder às questões da FCC sobre o tema, lembre-se
de que o servidor não possui o direito de agendar as suas férias para a data
que entender mais conveniente. Apesar de existir a possibilidade de
parcelamento do período de férias em até três períodos, é necessário respeitar
o cronograma desenvolvido pela chefia imediata, caso existente.
c) Errado. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2
(dois) dias antes do início do respectivo período.
d) Errado. Se o servidor ausentar-se do trabalho e não for realizada a
respectiva compensação de horas, a falta deverá ser debitada da remuneração
do servidor, não podendo ser deduzida dos dias de férias do servidor.
e) Errado. A indenização será calculada com base na remuneração do
mês em que for publicado o ato exoneratório.
GABARITO: LETRA B.
a) I e III.
b) II e III.
c) III.
d) I e II.
e) I.
Comentários
Item I – Errado. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se
afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.
Item II – Correto. Se o servidor foi exonerado de um cargo em
comissão que exercia em localidade diversa da que residia anteriormente, por
exemplo, nada mais justo do que receber o auxílio-moradia por mais um mês,
que é o tempo suficiente para o servidor retornar à cidade de origem e
desocupar o respectivo imóvel.
Item III – Correto. Trata-se de dispositivo legal que tem por objetivo
impedir o denominado “efeito cascata”, isto é, a possibilidade de que todos os
benefícios pecuniários recebidos pelo servidor sejam somados e computados no
momento de eventual concessão de reajuste.
GABARITO: LETRA B
GABARITO: LETRA C.
Comentários
a) Errado. O art. 45 da Lei 8.112/1990 dispõe que “salvo por imposição
legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou
provento”. Entretanto, as hipóteses de imposição legal não se restringem às
leis de natureza administrativa, podendo incidir sobre quais espécies
legislativas.
b) Correto. Isso ocorre, por exemplo, quando a Administração Pública
detecta eventual pagamento indevido antes do processamento da folha de
pagamento do mês seguinte, sendo possível a regularização imediata.
c) Errado. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação
em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com
reposição de custos, na forma definida em regulamento. É o que acontece
quando o servidor público comparece a uma instituição financeira que possui
convênio com a Administração Pública, contrai um empréstimo, e autoriza que o
pagamento mensal das parcelas seja feito através de débito direto em seu
contra cheque.
d) Errado. Na hipótese de valores recebidos em decorrência de
cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a
ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da
reposição.
GABARITO: LETRA C.
Comentários
a) Errado. A expressão “remuneração” pode ser entendida como o valor
total recebido pelo servidor público, isto é, o vencimento do cargo efetivo,
acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
b) Errado. O art. 41, § 3º, da Lei 8.112/1990, dispõe que o vencimento
do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é
irredutível.
c) Errado. As indenizações têm por objetivo restituir o servidor público
de eventuais despesas surgidas no exercício das funções inerentes ao
cargo público que ocupa e que foram pagas com recursos próprios. Desse
modo, não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
d) Errado. As gratificações e os adicionais, se existir expressa
autorização ou determinação legal, poderão ser incorporados aos
vencimentos ou proventos.
e) Correto. É o que dispõe o art. 50 da Lei 8.112/1990, evitando-se,
assim, o denominado “efeito cascata”.
GABARITO: LETRA E.
GABARITO: LETRA A.
GABARITO: LETRA d.
(A) readaptação.
(B) reversão.
(C) recondução.
(D) reintegração.
(E) ascensão.
a) I e III.
b) II e III.
c) III.
d) I e II.
e) I.
GABARITO
49.A 50.D