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Michele Bandeira
Mestranda em Design
Centro Universitário Ritter dos Reis – Uniritter
michele.bandeira@gmail.com
1 Introdução
A produção de painéis de MDF (Medium Density Fiberboard) no Brasil, iniciada em
meados de 1950, foi crescente nos últimos anos, conforme Torquato (2008), que apresenta
o Brasil em uma posição significativa no cenário da produção mundial de painéis de fibras.
Conforme Rosa et al (2007), Arruda (2009) e Selbach e Naime (2010), as empresas
que visam um comércio internacional estão se adaptando às restrições em relação ao uso
2 Materiais e Métodos
O presente artigo tem como objetivo avaliar a flexão de peças de MDF (Medium
Density Fiberboard) em diferentes espessuras. Para tanto, foi utilizado o ensaio de flexão de
três pontos, onde cada espessura foi avaliada em cinco pedaços de igual tamanho,
totalizando 15 peças testadas.
O MDF apresentava-se com dimensões 350 x 350 mm e espessuras de 3mm, 6mm e
12 mm – e, conforme o fabricante, foi produzido a partir de Pinus sp. e resina à base de
uréia-formaldeído - com densidade variando entre 650 a 700 kg/m3.
Para os ensaios de flexão foram utilizadas quinze amostras – tiras de MDF de
350mm X 70mm, conforme Figura 1. Elas foram separadas em três grupos de acordo com a
espessura: 3, 6 e 12 mm, sendo 3mm o Grupo A, 6mm o Grupo B e 12mm o Grupo C. As
amostras foram nomeadas com número de 1 a 5 dentro de seu grupo, correspondendo a
ordem de teste. A partir desta organização, tornou-se possível avaliar o comportamento de
cada corpo de prova individualmente.
XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação
SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015
XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq
Centro Universitário Ritter dos Reis
Elas foram separadas em três grupos de acordo com a espessura: 3mm, 6mm e 12
mm, sendo 3mm o Grupo A, 6mm o Grupo B e 12mm o Grupo C. As amostras foram
nomeadas com número de 1 a 5 dentro de seu grupo, correspondendo a ordem de teste,
conforme Figura 2. A partir desta organização, tornou-se possível avaliar o comportamento
de cada corpo de prova individualmente.
O ensaio denominado Ensaio de Três Pontos, onde a peça é colocada sobre dois
suportes e um terceiro aplica a força até seu rompimento, foi o escolhido devido à sua
aplicabilidade para o MDF, conforme Figura 4.
3 Experimento e Resultados
O ensaio iniciou-se pelos corpos de prova do Grupo A, seguido dos Grupos B e C,
nesta ordem, sempre de 1 a 5, conforme marcação feita anteriormente nas peças. Após a
finalização do ensaio, foram gerados gráficos a partir dos resultados colhidos, para melhor
compreensão do comportamento de cada corpo de prova.
As amostras do Grupo A, com espessura de 3mm não chegaram a se romper, visto
que sua flexibilidade ultrapassou a capacidade da máquina. Sendo assim, o Grupo A foi
inteiramente descartado já que buscava-se como resultado a resistência à flexão até o
rompimento das amostras.
A partir desta constatação, iniciou-se o ensaio com os corpos de prova do Grupo B
(6mm), na ordem de amostras de 1 a 5. Todas as peças se romperam, sendo que quase
com a mesma força N, entre 150 e 200N e com deslocamento semelhante, de 15 a 20mm.
O grupo mostrou-se bastante homogêneo, com amostras muito semelhantes entre si, o que
pode ser percebido pelo gráfico da Figura 5.
Após os testes com o Grupo B, iniciou-se o ensaio com o Grupo C, terceiro e último
conjunto de corpos de prova. As peças do grupo C (12 mm) romperam de maneira muito
semelhante entre si, assim como as do grupo anterior, porém com uma força maior, entre
750 e 600N. A partir da análise do gráfico apresentado na Figura 6, pode-se observar a
semelhança no comportamento dos corpos de prova onde apresentam curvas com
crescimento linear até a proximidade da ruptura, onde há um momento de catástrofe
repedido por todas as peças. Nota-se ainda que há uma homogeneidade no deslocamento,
que varia entre 10 e 15mm no Grupo C.
4 Conclusões
De acordo com os dados obtidos no ensaio de flexão de três pontos, chegou-se a
conclusões sobre as diferentes espessuras de MDF. O Grupo C, composto de peças de
12mm, apresentou maior resistência do que o Grupo B, de 6mm. Para atingir o rompimento
das peças de MDF de 12mm foi preciso o emprego de mais do que o triplo de força N do
que as peças de 6mm. Desta maneira percebe-se que ao dobrar o valor da espessura, a
resistência da peça praticamente quadriplica.
Referências