Você está na página 1de 15

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas


Departamento de Engenharia Mecânica

LUIZA CUSTÓDIO DE OLIVEIRA

ENSAIO DE FLEXÃO

Trabalho apresentado à Universidade


Federal do Triângulo Mineiro para a
Disciplina de Laboratório de Resistência dos
Materiais - Turma 01

Prof. Marcos Massão Shimano

UBERABA
2024
1 INTRODUÇÃO

O ensaio de flexão é um teste realizado a fim de conhecer as propriedades de


flexão ou de resistência de um material. Para realizar o experimento, aplica-se uma
força ao corpo de prova até que esse se deforme a um ponto específico, antes
mesmo de se romper. A quantidade de carga aplicada para que o material chegue a
esse ponto determina a resistência a flexão do objeto.
O teste feito foi o ensaio de flexão em 2 apoios, chamado de experimento de
flexão em 3 pontos, que consiste nos dois pontos de apoio e no ponto o qual a força
é aplicada. Ademais, há mais tipos de experimentos como esse. Por exemplo,
flexão em 4 pontos, a qual é similar à de três pontos, além de flexão em viga
simples, flexão estática e flexão dinâmica.
No decorrer do ensaio, efetuado em uma máquina de ensaios universal,
registra-se a carga aplicada e a deformação ocorrida, dados que podem ser usados
para calcular outras propriedades mecânicas do material como o módulo de
elasticidade, o limite de escoamento e o limite de resistência.
Sabendo que o experimento foi feito em 3 amostras de bambu, três de MDF e
uma de alumínio, o objetivo deste relatório é estimar alguns valores para as
propriedades mecânicas dos objetos, além de analisar o comportamento destes
perante ao ensaio de flexão.

2 METODOLOGIA

Todos os experimentos foram executados no Laboratório de Ensaios


Mecânicos do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro, o qual apresenta a máquina universal de ensaios Time Group Inc.
modelo WDW – 100E, ilustrada na figura abaixo (Figura 1). Ademais, foi utilizada um
velocidade de 10mm/min para a realização dos ensaios nos bambus, uma de
5mm/min para o MDF e 1 mm/min para o alumínio.

Figura 1. Máquina de flexão.


Fonte: Discente da turma P01, 2024.

Nas ilustrações abaixo, exibe-se algumas das amostras utilizadas nos


ensaios, nas figuras 2,3 e 4.

Figura 2. Corpo de bambus.

Fonte: Discente da turma P01, 2024.

Figura 3. Corpo de prova de MDF.


Fonte: Discente da turma P01, 2024.

Figura 4. Corpo de alumínio.

Fonte: Discente da turma P01, 2024.

Para iniciar o ensaio, inicialmente foram tiradas as dimensões das amostras,


a fim de ser possível utilizá-las para calcular as propriedades mecânicas dos
materiais futuramente. Logo após, configurou-se a velocidade da máquina de
ensaios especificamente para cada objeto. Feito isso, pode-se realizar o ensaio de
flexão com sucesso.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Primeiramente, os resultados das medidas das amostras de bambus estão


evidenciados abaixo nas tabelas 1 e 2.

Tabela 1. Bambu 1
Diâmetro (mm) 4,315
I (mm^4) 17,01739576
c (mm) 2,1575
L (mm) 100

Fonte: Do autor, 2024.

Partindo de que, após o ensaio obtêm-se dados sobre a carga aplicada ao


corpo de prova e sobre sua respectiva deformação, pode-se calcular outras
características, como módulo de elasticidade, limite de escoamento e limite a
resistência. Portanto, essas foram calculadas, assim como ilustrado na tabela 2
abaixo.
Tabela 2. Propriedades mecânicas do bambu 1

Módulo de elasticidade (GPa) 7,464609204


Limite de escoamento (MPa) 78,60485936
Limite de resistência (MPa) 106,4969062

Fonte: Do autor, 2024.


Tais resultados só foram possíveis graças aos estudos baseados nos gráficos
plotados, representados na figura 5 abaixo.
Figura 5. Gráfico tensão x deformação - Bambu 1.
Fonte: Realizado no laboratório turma P01, 2024.

Assim como foi realizado com a amostra de Bambu 1, foi feito o mesmo
procedimento para os objetos Bambu 2 e Bambu 3. Portanto, as tabelas 3 e 4 a
seguir demonstram as dimensões e as propriedades dos corpos, ademais as figuras
6 e 7 ilustram o ensaio relacionado ao bambu 2 e as figuras 8 e 9 são relacionadas
ao bambu 3.

Tabela 3. Bambu 2

Diâmetro (mm) 3,946


I (mm^4) 11,90140467
c (mm) 1,973
L (mm) 100
Módulo de elasticidade (GPa) 15,68078122
Limite de resistência (MPa) 170,7521134

Fonte: Do autor, 2024.


Figura 6. Gráfico tensão x deformação - Bambu 2.
Fonte: Do autor, 2024.

Figura 7. Gráfico linha de tendência - Bambu 2.

Fonte: Do autor, 2024.

Tabela 2. Bambu 3

Diâmetro (mm) 3,955


I (mm^4) 12,01035516
c (mm) 1,9775
L (mm) 100
Módulo de elasticidade (GPa) 13,49044884
Limite de resistência (MPa) 164,6495857

Fonte: Do autor, 2024.


Figura 8. Gráfico tensão x deformação - Bambu 3.
Fonte: Do autor, 2024.
Figura 9. Gráfico linha de tendência - Bambu 3.

Fonte: Do autor, 2024.

Além dos bambus, os ensaios foram realizados também em MDF, os quais


consistiram em 3 amostras, sendo que uma delas fez o experimento na posição “em
pé”, assim como demonstrado na figura abaixo, outra amostra foi posta com o
revestimento para baixo e, por fim, a última com o revestimento para cima. Todas as
posições dos objetos estão ilustradas a seguir nas figuras 10, 11 e 12.

Figura 10. MDF em pé


Fonte: Do autor, 2024.

Figura 11. MDF com revestimento para baixo

Fonte: Do autor, 2024.

Figura 12. MDF com revestimento para cima


Fonte: Do autor, 2024.

Após posicionar os corpos na máquina, o experimento foi feito até atingir a fase
plástica de cada uma das amostras. Em seguida, pode-se obter os resultados de
carga e deformação, que levou a outros cálculos, os quais as conclusões estão
especificadas abaixo nas tabelas 3, 4 e 5, as quais foram baseadas nos gráficos a
seguir, exibidos pelas figuras 13, 14, 15, 16, 17 e 18.

As figuras serão mostradas na ordem dita pelas imagens acima, ou seja, MDF em
pé, MDF com revestimento para baixo e MDF com revestimento para cima,
respectivamente, tal qual os gráficos, os quais serão condizentes com sua tabela
correspondente.

Tabela 3. MDF em pé

Altura (mm) 15,354


Largura (mm) 34,325
I (mm^4) 10353,66022
c (mm) 7,677
L (mm) 400,3
Módulo de elasticidade (GPa) 15,57733557
Limite de escoamento (MPa) 61,404
Limite de resistência (MPa) 63,2508945

Fonte: Do autor, 2024.


Figura 13. Gráfico MDF em pé
Fonte: Do autor, 2024.

Figura 14. Gráfico MDF tensão e limite de escoamento

Fonte: Do autor, 2024.

Tabela 4. MDF com revestimento para baixo

Altura (mm) 9,369


Largura (mm) 31,148
I (mm^4) 2134,65963
c (mm) 4,6845
L (mm) 302
Módulo de elasticidade (GPa) 2,37468187
Limite de escoamento (MPa) 27,13
Limite de resistência (MPa) 33,00432782

Fonte: Do autor, 2024.


Figura 15. Gráfico MDF Tensão x deformação
Fonte: Do autor, 2024.

Figura 16. Gráfico MDF para baixo - tensão e limite de escoamento

Fonte: Do autor, 2024.

Tabela 5. MDF com revestimento para cima

Altura (mm) 9,378


Largura (mm) 31,017
I (mm^4) 2131,813604
c (mm) 4,689
L (mm) 302
Módulo de elasticidade (GPa) 1,080479019
Limite de resistência (MPa) 42,97760669

Fonte: Do autor, 2024.


Figura 17. Gráfico MDF para cima – tensão x deformação
Fonte: Do autor, 2024
.
Figura 18. Gráfico MDF para cima - tensão e limite de escoamento

Fonte: Do autor, 2024.

Vale ressaltar que todos os resultados acima expostos nos gráficos de tensão x
deformação e tensão x limite de escoamento, podem ser usados para calcular o
limite de escoamento de forma mais precisa, observando onde os dois gráficos se
encontram. Dessa forma, conclui-se os ensaios de flexão sobre as amostras de
bambu e MDF.

Como já dito anteriormente, experimentos foram feitos, também, em um corpo de


prova de alumínio. Após posicionar o alumínio na máquina de ensaios, como
mostrado a seguir na figura 19, e regular sua velocidade para 1mm/min deu-se início
ao ensaio. Após o teste, conseguiu-se os resultados, sendo possível, portanto,
calcular algumas características do alumínio. A tabela abaixo (Tabela 6) exibe
algumas de suas propriedades, ademais, a figura 20 apresenta o gráfico
correspondente a tal ensaio.

Figura 19. Ensaio de flexão em alumínio


Fonte: Do autor, 2024.

Tabela 6. Propriedades do alumínio

Altura (mm) 6,416


Largura (mm) 6,36
I (mm^4) 139,9809496
c (mm) 3,208
L (mm) 100
Módulo de elasticidade (GPa) 66,90312261
Limite de escoamento (MPa) 437,4932458
Limite de resistência (MPa) 576,3727151

Fonte: Do autor, 2024.

Figura 20. Gráfico flexão - alumínio

Fonte: Do autor, 2024.

Dessa maneira, finaliza-se os ensaios de flexão realizados.


4 CONCLUSÃO

Conclui-se, portanto, que o experimento foi bem sucedido, já que foi possível
calcular as propriedades mecânicas dos materiais baseado no ensaio de flexão.
Ademais, pode-se observar o comportamento de cada material quando expostos a
tal tipo de esforço. Vale ressaltar, também, que os ensaios feitos em amostras em
posições variadas, como no caso do MDF, possibilitaram analisar os
comportamentos distintos em cada caso, apesar de realizado no mesmo material.
Dessa forma, todos os objetivos foram finalizados com êxito.

Você também pode gostar