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Ministério da Educação
Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
E GEOGRAFIA
Relatório de Laboratório
Argamassa
Junho 2022
SUMÁRIO
Serviço Público Federal
Ministério da Educação
Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 1
6. CONCLUSÕES ............................................................................................................... 6
7. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 6
1. INTRODUÇÃO
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3. PROCEDIMENTOS DE ENSAIO
A amostra do ensaio de consistência deve respeitar a NBR 16541 e seguir a NBR 13276.
Como o ensaio é realizado em cima de um aparelho em forma de mesa, ela deve ser limpa e seca
antes do ensaio, assim como o molde de cone. Deve-se preencher o tronco de cone com a amostra
em três camadas, a primeira deve receber 15 golpes com a haste metálica distribuídos em forma de
espiral, a segunda camada deve receber 10 golpes e a terceira e última, 5 golpes. Com isso, o tronco
deve ser rasado com uma régua metálica, para retificar a superfície menor.
Em seguida, retira-se o cone e aciona-se a mesa. Ela deve subir e cair 30 vezes durante 30
segundos. Após esse procedimento, mede-se com o paquímetro o diâmetro do espalhamento em
três pontos. O índice de consistência é determinado pela média desses três valores.
Primeiramente, deve-se preparar a argamassa de acordo com a NBR 13276, em seguida, separa-
se os moldes metálicos, nos quais serão moldados os corpos de prova. Esses moldes precisam ser
lubrificados com um óleo mineral, para facilitar a desmoldagem. Necessitam-se três corpos de
prova para cada ensaio. Os corpos de prova para o ensaio de compressão, precisa ser cilíndrico com
dimensões de 5 cm de diâmetro e 10 cm de altura. Por outro, para o ensaio de tração na flexão,
necessita-se de um corpo de prova prismático, com dimensões 16 cm de comprimento por 4 cm de
espessura.
Para o adensamento das amostras, o corpo de prova cilíndrico deve passar por um processo de
30 golpes em cada uma das quatro camadas, já o corpo de prova prismático forma-se por duas
camadas com 30 quedas na mesa em cada camada. Após essa etapa, os corpos de prova são rasados
e reservados na câmara úmida até chegar a idade de ensaio, no entanto, ele deve ser desmoldado
até 48 horas após a moldagem.
Antes do rompimento, o corpo de prova deve passar por capeamento ou retificação na superfície
em que irá sofrer a pressão. Com isso, coloca-se o corpo de prova na prensa ou na máquina universal
para obter-se os valores de força máquina para ruptura. Para os cálculos de resistência à compressão
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utiliza-se a fórmula 1, na qual F representa a força máxima aplicada e AB representa a área da basa
do cilindro. A fórmula 2 é utilizada para a resistência à tração na flexão, Ff representa a força
máxima aplicada, e L representa a distância entre os suportes, em milímetros. A fórmula 3 apresenta
a resistência à flexão, na qual d representa a espessura do CP e b a largura.
A princípio, foi realizada uma amostra seguindo a NBR 16541 com o traço unitário de
1:0,75:0,75:0,75:0,75:0,48 com 624 gramas de CP II-F-32. O laboratório estava com a temperatura
de 25°C dentro do permitido, no entanto, a umidade estava abaixo do permitido em 46%.
Posteriormente, realizou-se o ensaio de índice de consistência, de acordo com a NBR 13276.
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Figura 02 – Amostra de argamassa durante os primeiros 10 golpes
Fonte: Compilação do autor
Obtiveram-se os seguintes resultados ao final dos trinta golpes, três diâmetros de 167.7mm,
165,2 mm e 188,5 mm. Com isso, o diâmetro médio obtido foi de 173,8 mm
Os corpos de prova foram moldados seguindo a NBR 13279, no entanto, não houve material
suficiente para realizar os três corpos de prova prismáticos, assim foram realizados apenas dois
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ensaios de tração na flexão. Os corpos de prova cilíndricos foram retificados e em seguida
colocados na prensa como mostra a figura 02.
Os valores de força máxima obtidos em cada amostra foram de: 48,49 kN 37,88 kN e 48,40
kN. Assim, como os corpos de prova tinham diâmetro de 5 centímetros, foram obtidos os seguintes
valores de resistência à compressão como detalha a tabela 01, tendo como um valor médio de
resistência à compressão de 22,68 Mpa.
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Corpo de prova F(N) L(mm) d(mm) Rf(Mpa) Rt(Mpa)
1 2430 101,00 41,1 0,68 5,75
2 1930 101,00 42,5 0,50 4,57
Média= 0,59 5,16
Tabela 02– Dados do ensaio de tração na flexão
Fonte: Compilação do autor
5. CONCLUSÕES
Como a argamassa produzida tinha como meta obter uma resistência a compressão de 32
MPa, então a meta foi atingida, uma vez que se considerar-se que a argamassa apresenta uma
curva semelhante à pasta de cimento, a resistência em 14 dias equivale a 69% da resistência em
28 dias. Dessa maneira, ao considerar a resistência média a compressão de 22,8 Mpa a 14 dias,
ela supera a estimada que deveria ser de 22 Mpa. Com isso, essa argamassa também se classifica
como uma argamassa da classe P6, por obter uma resistência à compressão maior do que 8
Mpa. Se enquadra na classe R6, por obter uma resistência à tração na flexão maior do que 3,5.
6. REFERÊNCIAS
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16541: Argamassa para
assentamento e revestimento de paredes e tetos ― Preparo da mistura para a realização de
ensaios. Rio de Janeiro. 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13281: Argamassa para
assentamento e revestimento de paredes e tetos- Requisitos. Rio de Janeiro. 2005.
GOTO, Hudson; CAIXETA, João Paulo R.; CENTOFANTE, Roberta. Materiais da construção.
Porto Alegre: Grupo A, 2018.