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Serviço Público Federal

Ministério da Educação
Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

FAENG – FACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITETURA E URBANISMO

E GEOGRAFIA

Relatório de Laboratório

Argamassa

Bruno Samaniego da Cunha (RGA: 2020.2102.018-2)

TURMA T01 / P03

Junho 2022

SUMÁRIO
Serviço Público Federal
Ministério da Educação
Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 1

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 1

3. PROCEDIMENTOS DE ENSAIO ................................................................................ 2

4. APRESENTAÇÃO DE DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...................................... 3

6. CONCLUSÕES ............................................................................................................... 6

7. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 6
1. INTRODUÇÃO

A argamassa consiste em uma mistura de cimento, água, agregados miúdos e em alguns


casos aditivos e adições. As argamassas apresentam principalmente as funções de preenchimento,
retificação e aderência. É preciso enfatizar que por elas apresentarem uma resistência mais baixa
por conta da ausência de agregados graúdos, precisam ser utilizadas para espessuras mais finas. Em
casos de espessura maiores do que 5 cm, necessita-se a utilização da argamassa armada.
A argamassa está presente em muitos processos comuns na Construção Civil, como no
assentamento de blocos para tornar uma parede de tijolos um objeto monolítico, possibilitando
assim uma melhor vedação e estanqueidade. Além disso, no revestimento de paredes, desde o
chapisco até o emboço e o reboco. Quando as argamassas são utilizadas nessas peças verticais,
necessita-se analisar a sua resistência a tração e flexão, visto que são os esforços que mais solicitam
esses corpos.
No entanto, as argamassas também podem ser utilizadas em contrapisos, assentamento de
pisos e rejuntes. Nesses casos, além da aderência, deve-se atentar à resistência à compressão que
esse material deve possuir.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Definição de Argamassa

Segundo GOTO(2018), as argamassa tem papel fundamental “como revestimento, cumprem


a função de proteger as vedações e as próprias estruturas principais contra a ação de agentes
agressivos do meio externo, ou seja, as argamassas aumentam a durabilidade e reduzem os
custos de manutenção das edificações, o que as tornam um componente fundamental da
construção civil.”

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3. PROCEDIMENTOS DE ENSAIO

• Determinação do índice de consistência

A amostra do ensaio de consistência deve respeitar a NBR 16541 e seguir a NBR 13276.
Como o ensaio é realizado em cima de um aparelho em forma de mesa, ela deve ser limpa e seca
antes do ensaio, assim como o molde de cone. Deve-se preencher o tronco de cone com a amostra
em três camadas, a primeira deve receber 15 golpes com a haste metálica distribuídos em forma de
espiral, a segunda camada deve receber 10 golpes e a terceira e última, 5 golpes. Com isso, o tronco
deve ser rasado com uma régua metálica, para retificar a superfície menor.
Em seguida, retira-se o cone e aciona-se a mesa. Ela deve subir e cair 30 vezes durante 30
segundos. Após esse procedimento, mede-se com o paquímetro o diâmetro do espalhamento em
três pontos. O índice de consistência é determinado pela média desses três valores.

• Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão

Primeiramente, deve-se preparar a argamassa de acordo com a NBR 13276, em seguida, separa-
se os moldes metálicos, nos quais serão moldados os corpos de prova. Esses moldes precisam ser
lubrificados com um óleo mineral, para facilitar a desmoldagem. Necessitam-se três corpos de
prova para cada ensaio. Os corpos de prova para o ensaio de compressão, precisa ser cilíndrico com
dimensões de 5 cm de diâmetro e 10 cm de altura. Por outro, para o ensaio de tração na flexão,
necessita-se de um corpo de prova prismático, com dimensões 16 cm de comprimento por 4 cm de
espessura.
Para o adensamento das amostras, o corpo de prova cilíndrico deve passar por um processo de
30 golpes em cada uma das quatro camadas, já o corpo de prova prismático forma-se por duas
camadas com 30 quedas na mesa em cada camada. Após essa etapa, os corpos de prova são rasados
e reservados na câmara úmida até chegar a idade de ensaio, no entanto, ele deve ser desmoldado
até 48 horas após a moldagem.
Antes do rompimento, o corpo de prova deve passar por capeamento ou retificação na superfície
em que irá sofrer a pressão. Com isso, coloca-se o corpo de prova na prensa ou na máquina universal
para obter-se os valores de força máquina para ruptura. Para os cálculos de resistência à compressão

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utiliza-se a fórmula 1, na qual F representa a força máxima aplicada e AB representa a área da basa
do cilindro. A fórmula 2 é utilizada para a resistência à tração na flexão, Ff representa a força
máxima aplicada, e L representa a distância entre os suportes, em milímetros. A fórmula 3 apresenta
a resistência à flexão, na qual d representa a espessura do CP e b a largura.

Fórmula 01 – Fórmula de Resistência à Compressão

Fórmula 02 – Fórmula de Resistência à Tração na Flexão

Fórmula 03 – Fórmula de Resistência à Flexão

4. APRESENTAÇÃO DE DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

• Determinação do índice de consistência

A princípio, foi realizada uma amostra seguindo a NBR 16541 com o traço unitário de
1:0,75:0,75:0,75:0,75:0,48 com 624 gramas de CP II-F-32. O laboratório estava com a temperatura
de 25°C dentro do permitido, no entanto, a umidade estava abaixo do permitido em 46%.
Posteriormente, realizou-se o ensaio de índice de consistência, de acordo com a NBR 13276.

Figura 01 – Rasamento da amostra para o ensaio de consistência


Fonte: Compilação do autor

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Figura 02 – Amostra de argamassa durante os primeiros 10 golpes
Fonte: Compilação do autor

Figura 03 – Amostra de argamassa após 20 golpes


Fonte: Compilação do autor

Figura 03 – Amostra de argamassa após 30 golpes


Fonte: Compilação do autor

Obtiveram-se os seguintes resultados ao final dos trinta golpes, três diâmetros de 167.7mm,
165,2 mm e 188,5 mm. Com isso, o diâmetro médio obtido foi de 173,8 mm

• Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos

Os corpos de prova foram moldados seguindo a NBR 13279, no entanto, não houve material
suficiente para realizar os três corpos de prova prismáticos, assim foram realizados apenas dois

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ensaios de tração na flexão. Os corpos de prova cilíndricos foram retificados e em seguida
colocados na prensa como mostra a figura 02.

Figura 02 – Ensaio de Compressão na prensa


Fonte: Compilação do autor

Os valores de força máxima obtidos em cada amostra foram de: 48,49 kN 37,88 kN e 48,40
kN. Assim, como os corpos de prova tinham diâmetro de 5 centímetros, foram obtidos os seguintes
valores de resistência à compressão como detalha a tabela 01, tendo como um valor médio de
resistência à compressão de 22,68 Mpa.

Corpo de prova F(N) Rc(Mpa)


1 48490 24,70
2 37880 19,29
3 48400 24,65
Área = 1963,495
Tabela 01 – Dados do ensaio de compressão
Fonte: Compilação do autor

O ensaio de tração na flexão foi realizado na máquina universal, e obteve os seguintes


valores de força máxima: 2,43 kN e 1,93 kN. Os dois corpos de prova apresentaram comprimento
de 161 mm e as espessuras foram de 41,1 mm e 42,5 mm respectivamente. Com isso, foi possível
obter a tabela 02 que calcula tanto a resistência à tração Rt quanto a resistência à flexão Rf. Dessa
forma, a resistência média a tração é de 5,16 Mpa e a resistência média a flexão é de 0,59 Mpa.

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Corpo de prova F(N) L(mm) d(mm) Rf(Mpa) Rt(Mpa)
1 2430 101,00 41,1 0,68 5,75
2 1930 101,00 42,5 0,50 4,57
Média= 0,59 5,16
Tabela 02– Dados do ensaio de tração na flexão
Fonte: Compilação do autor

5. CONCLUSÕES

Como a argamassa produzida tinha como meta obter uma resistência a compressão de 32
MPa, então a meta foi atingida, uma vez que se considerar-se que a argamassa apresenta uma
curva semelhante à pasta de cimento, a resistência em 14 dias equivale a 69% da resistência em
28 dias. Dessa maneira, ao considerar a resistência média a compressão de 22,8 Mpa a 14 dias,
ela supera a estimada que deveria ser de 22 Mpa. Com isso, essa argamassa também se classifica
como uma argamassa da classe P6, por obter uma resistência à compressão maior do que 8
Mpa. Se enquadra na classe R6, por obter uma resistência à tração na flexão maior do que 3,5.

6. REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13276: Argamassa para


assentamento e revestimento de paredes e tetos ― Determinação do índice de consistência.
Rio de Janeiro. 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7214: Areia normal para
ensaio de cimento — Especificação. Rio de Janeiro. 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13279: Argamassa para
assentamento e revestimento de paredes e tetos — Determinação da resistência à tração na
flexão e à compressão. Rio de Janeiro. 2005.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16541: Argamassa para
assentamento e revestimento de paredes e tetos ― Preparo da mistura para a realização de
ensaios. Rio de Janeiro. 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13281: Argamassa para
assentamento e revestimento de paredes e tetos- Requisitos. Rio de Janeiro. 2005.
GOTO, Hudson; CAIXETA, João Paulo R.; CENTOFANTE, Roberta. Materiais da construção.
Porto Alegre: Grupo A, 2018.

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