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Índice

Introdução Teórica
O ensaio de tração visa à capacidade de um sólido de suportar solicitações
aplicadas sobre ele. É realizado pela aplicação de forças axiais no corpo de prova e
observando suas respectivas deformações. Quando são aplicados esforços, os
materiais apresentam a deformação elástica, caracterizada pela restituição do
comprimento inicial quando retirado o esforço; e a deformação plástica, quando
removida a carga, ocorre uma deformação residual. A figura 1 apresenta as regiões
elástica e plástica de determinado material, relacionando esforço aplicado (tensão) com
a deformação.

Figura 1 - Diagrama de tensão x deformação

Fonte: [1]

Da Figura 1, obtém-se os pontos característicos da curva de tensão x


deformação: Ponto A: Limite de elástico: Região linear, a qual obedece a lei de Hooke.
Ponto A’: Limite de proporcionalidade: ponto máximo onde a tensão e deformação são
diretamente proporcionais. Ponto B: Limite de resistência: É o valor máximo de tensão
que o material pode suportar. Ponto C: Limite de ruptura: Tensão aferida no momento
da ruptura do material. O ponto de tensão de escoamento refere-se ao ponto ou região
em que o material começa a apresentar deformação plástica. Pode-se dizer que, tal
ponto é aproximadamente igual ao de limite elástico e o de proporcionalidade.
Para o ensaio de tração, a máquina a ser utilizada é mostrada na figura 2.
Prepara-se, então, o corpo de prova ajustando-o na máquina, e assim, iniciado o
processo, o extensômetro e a célula de carga medem a força aplicada e o alongamento
ocorrido no material. Com recurso computacional, é possível obter uma curva de Força
x Alongamento, que então pode ser convertido à de Tensão X Deformação.
Figura 2 - Máquina de ensaio de tração.
Fonte: [1]
Materiais e Métodos
O ensaio foi realizando fazendo uso de três tipos de materiais, sendo eles
alumínio, latão e aço 1020. Foram medidos os diâmetros e os comprimentos dos
corpos de prova antes do ensaio utilizando um paquímetro em seguida os corpos de
provas foram dispostos na máquina do ensaio de tração (Figura 1 e 2) uma a uma, e
carregados até romperem. (Figuras 3). Utilizando um software da própria máquina foi
levantado o gráfico de força por alongamento.
Após o rompimento os corpos de prova tiveram seu diâmetro medido
novamente na região da estricção e seu comprimento para determinar a elongação.

Figura 1 Figura 2

Fonte: Elaborado pelos autores.

Figura 3 – Corpos de prova para a realização do ensaio

Fonte: Elabora pelos autores.


Resultados
Foram feitos ensaios de tração para 3 materiais: aço carbono AISI 1020,
alumínio e latão, cujas dimensões se encontram na Tabela 1*:
Tabela 1 – Dimensões dos Materiais

aço carbono AISI 1020 alumínio latão


��0 (mm) 10 10 10
𝑙0 (cm) - - -
��𝑓 (mm) - - -
��𝑓 (cm) - - -
A curvas força-deslocamento obtidas pelo software WINWDWB são:
Figura 4.1 – Gráfico do aço carbono AISI 1020

Fonte: fornecido via e-mail institucional.

Figura 4.2 – Gráfico do alumínio

Fonte: fornecido via e-mail institucional.


Figura 4.3 – Gráfico do latão

Fonte: fornecido via e-mail institucional.

Para obter as curvas de tensão-deformação, utilizou-se o site


https://apps.automeris.io/wpd/ para obter pontos dos gráficos conhecidos em forma de
tabelas do Excel e então, utilizou, para cada ponto, as equações a seguir:
𝐹
𝜎=
𝐴
𝑙 −
∈=
𝑙0
𝑙0
Além disso, foi suposto que 𝑙0 = 10 𝑐�� Com os pontos em mãos, os gráficos
foram plotados.
As curvas obtidas de tensão-deformação dos materiais são:
Figura 4.4 – Gráfico do aço carbono AISI 1020

Fonte: elaborado pelo autor.


Figura 4.5 – Gráfico do alumínio

Fonte: elaborado pelo autor.

Figura 4. – Gráfico do latão

Fonte: elaborado pelo autor.

A Tabela 2 a seguir contempla os valores obtidos das propriedades mecânicas


dos materiais. O limite de resistência à tração e a redução de área(estricção) foram
obtidas diretamente dos resultados fornecidos via e-mail institucional. Os outros
valores foram obtidos através dos gráficos tensão-deformação.
Tabela 2 – Propriedades Mecânicas dos Materiais

aço carbono AISI alumínio latão


1020
Limite de escoamento 617 Mpa 387 Mpa 375 Mpa
Limite de resistência à tração 696 MPa 408,381 Mpa 460,582 MPa
Tensão de fratura 542 Mpa 248 Mpa 435 Mpa
Módulo elástico - - -
Elongação - - -
máxima(ductibilidade)
Redução de área(estricção) 51% 64% 36%

Fonte: elaborado pelo autor.

Os materiais com maior resistência à tração, do menor para o maior, são:


alumínio, latão e aço
Os materiais com maior estricção são, do menor para o maior:
latão, aço e alumínio
Fraturas frágeis são planas/achatadas e suas superfícies possuem linhas
radiais. Há pouca deformação plástica e não possui região de “empescoçamento”.
Fraturas dúcteis são do tipo taça/cone e há presença de dimples na superfície.
Há deformação plástica significativa e possui região de “empescoçamento”.
Conclusão
A partir do experimento, foi possível aprender como é feito o ensaio de tração nos
materiais e como transformar a curva de força x deslocamento em um curva tensão x
deformação para obter e visualizar, através da curva, parâmetros muito importantes
sobre o material como limite de escoamento, limite de resistência a tração, tensão de
ruptura, zona elástica, zona plástica, etc.
Além disso, foi possível analisar como se dá a fratura em materiais dúcteis quando
submetidos ao ensaio de tração, podendo assim comparar a ductilidade de cada
material através das curvas obtidas.
Referências Bibliográficas
[1] Ensaio de Tração. Infoescola. Disponível em
<https://www.infoescola.com/fisica/ensaio-de-tracao/>. Acesso em 25/09/2018
[2] Ensaio de Tração. USP. Disponível em
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/217019/mod_resource/content/1/Ensaio%20d
e%20 Tra%C3%A7%C3%A3o.pdf>. Acesso em: 25/09/2018

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