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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Laboratório de Resistência dos Materiais

Ensaio de Compressão

Rafaela Gomes Pavoni

Uberaba-MG
Maio 2022
1. INTRODUÇÃO

O ensaio de compressão tem como princípio estudar ou testar propriedades de


resistência dos materiais quando comprimidos. Para este presente ensaio, usou-se uma
máquina de ensaios universal, acessórios como célula de carga (para medir a força aplicada) e
os corpos de prova.
Os objetivos deste relatório são: calcular as propriedades do alumínio maciço,
alumínio vazado, ABS e PET quando sujeitos a uma força de compressão e comparar os
resultados obtidos com os teóricos.

2. METODOLOGIA E MATERIAIS

Para realizar o experimento, foi utilizada uma Máquina Universal de Ensaio, (marca
Time Group Inc®. e modelo WDW-100E), a fim de coletar os dados de forças de tração
aplicadas nas peças durante o ensaio (Figura 1). Para a coleta dos dados, foi utilizada uma
célula de carga da marca Transcell Technology Inc.®, Modelo DBSL-SJ-10t com capacidade
máxima de 10.000 Kg.

Figura 1: Máquina Universal de Ensaio.

Fonte: Da autora, 2022.

Ademais, foram utilizados quatro corpos de provas, são eles:

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2.1. ALUMÍNIO VAZADO

O primeiro corpo de prova a ser testado foi o alumínio vazado (Figura 2 e 3), medindo
49,06 mm de comprimento, 26,22 mm de diâmetro interno e 27,716 mm de diâmetro externo,
foi utilizado um paquímetro (Figura 4) para todas as medições. Para o início do teste, o corpo
foi posicionado entre os “pratos” da máquina (Figura 5). Vale ressaltar que a velocidade do
teste foi de 10 mm/min.

Figura 2: Vista superior do corpo de prova.

Fonte: Da autora, 2022.

Figura 3: Corpo de prova vazado em alumínio.

Fonte: Da autora, 2022.

Figura 4: Paquímetro digital.

Fonte: Leandro César, 2022.

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Figura 5: Corpo de prova posicionado na máquina.

Fonte: Da autora, 2022.


Ao final do teste, após a compressão, foi possível considerar que houve uma
deformação em 39,67 mm (Figura 6 e 7).

Figura 6: Corpo de prova nº 1 após a compressão.

Fonte: Da autora, 2022

Figura 7: Vista superior do 1º corpo de prova.

Fonte: Da autora, 2022.

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2.2. ALUMÍNIO MACIÇO

O segundo corpo de prova a ser testado foi o alumínio maciço (Figura 8 e 9), medindo
59,52 mm de comprimento e 9,43 mm de diâmetro, medido com o mesmo paquímetro. Para o
início do teste, o corpo foi posicionado entre os “pratos” da máquina (Figura 10). Vale
ressaltar que a velocidade do teste foi de 1 mm/min.

Figura 8: Corpo de prova maciço em alumínio.

Fonte: Da autora, 2022.

Figura 9: Vista superior do 2º corpo de prova.

Fonte: Da autora, 2022.

5
Figura 10: Corpo de prova nº 2 posicionado na máquina.

Fonte: Da autora, 2022.


Ao final do teste, foi possível considerar que houve uma deformação em 3,5125 mm,
observa-se na Figura 11.

Figura 11: Corpo de prova nº 2 após a compressão

Fonte: Da autora, 2022.

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2.3. ABS

O terceiro corpo de prova a ser testado foi o ABS (Figura 12), medindo 59,36 mm de
comprimento e 15,26 mm de altura. Para o início do teste, o corpo foi posicionado entre os
“pratos” da máquina (Figura 13). Vale ressaltar que a velocidade do teste foi de 10 mm/min.

Figura 12: Corpo de prova em ABS.

Fonte: Da autora, 2022.

Figura 13: Corpo de prova nº 3 posicionado na máquina.

Fonte: Da autora, 2022.

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Ao final do teste (Figura 14), foi possível considerar que houve uma deformação em
39,0675 mm.

Figura 14: Corpo de prova nº 3 após a compressão.

Fonte: Da autora, 2022.

2.4. PET

O quarto corpo de prova a ser testado foi a abraçadeira de nylon, medindo 59,52 mm
de comprimento e 15,47 mm de altura, como mostra a Figura 15. Para o início do teste, o
corpo foi posicionado entre os “pratos” da máquina (Figura 16). Vale ressaltar que a
velocidade do teste foi de 10 mm/min. Ao fim do teste, foi concluído que o corpo de prova
deformou em 42,3213 mm (Figura 17).

8
Figura 15: Corpo de prova em PET.

Fonte: Da autora, 2022.

Figura 16: Corpo de prova nº 4 posicionado na máquina.

Fonte: Da autora, 2022.

9
Figura 17: Corpo de prova nº 4 após a compressão.

Fonte: Da autora, 2022.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após realizar os testes em todos os corpos de prova, foi possível calcular algumas
propriedades dos materiais. Por exemplo, para os corpos em aço, foi calculado o módulo de
elasticidade em (GPa), limite de escoamento (MPa), limite de resistência (MPa) e tenacidade
(J/m3). Para os demais corpos, foi necessário o cálculo apenas da força máxima aplicada em
(KN).
Os dados experimentais foram disponibilizados pelo docente e transferidos para o
Excel, software em que todas as contas foram realizadas.

3.1. ALUMÍNIO VAZADO

O teste com o alumínio vazado demorou aproximadamente 236 segundos até a sua
compressão, como já fora mostrado anteriormente, e durante esse intervalo, os dados
coletados foram utilizados para os cálculos das propriedades (Tabela 1).

Tabela 1: Propriedades do alumínio vazado.


Diamentro Externo (mm) 27,716
Diâmetro Interno (mm) 26,22
Área (mm2) 63,5371
Lo (mm) 50,00
Módulo de elasticidade (GPa) 14,96
Limite de escoamento (MPa) 143,3807047
Resiliência (J/m³) 686916,1485
Limite de Resistencia (MPa) 189,1177331
Tenacidade (J/m³) 60981842,63
Fonte: Da autora, 2022.

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A partir das propriedades calculadas, foram gerados dois gráficos: Deformação x
Tensão (Figura 18) e Limite de escoamento (Figura 19).

Figura 18: Gráfico da Deformação relativa x Tensão no alumínio vazado.

Tensão x Deformação
200
180
160
140
Tensão (MPa)

120
100
80
60
40
20
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9
Deformação (mm)

Fonte: Da autora, 2022.

Figura 19: Gráfico da Deformação relativa x Tensão no alumínio vazado ampliado.

Deformação x Linearização
200
180
160
140
Tensão (MPa)

120
100
80
60
40
20
0
0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0.016 0.018 0.02
Deformação (mm)

Fonte: Da autora, 2022.

A faixa de regime elástico foi linearizada e deslocada para o ponto (0,002; 0) do


gráfico. A tensão na intersecção entre esta linha e a curva é a tensão de escoamento do
material.

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3.2. ALUMÍNIO MACIÇO

Para calcular as propriedades do alumínio maciço (Tabela 2), juntamente com os seus
gráficos (Figura 20 e 21), foram realizados os mesmos procedimentos mostrados acima. Até a
compressão do corpo de prova, a máquina operou 208s, aproximadamente.

Tabela 2: Propriedades para o alumínio maciço.


Diâmetro (mm) 9,43
Área (mm2) 69,84145314
Lo (mm) 50
Módulo de elasticidade (GPa) 34,917
Limite de escoamento (MPa) 348,9331751
Resiliência (J/m³) 1743482,554
Limite de Resistencia (MPa) 500,991867
Tenacidade (J/m³) 28047712,36
Fonte: Da autora, 2022.

Figura 20: Gráfico da Deformação relativa x Tensão no alumínio maciço.

Tensão x Deformação
600

500

400
Tensão (MPa)

300

200

100

0
0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08
Deformação (mm)

Fonte: Da autora, 2022.

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Figura 21: Gráfico da Deformação relativa x Tensão no alumínio maciço ampliado.

Deformação x Linearização
900
800
700
600
Tensão (Mpa)

500
400
300
200
100
0
0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05
Deformação (mm)

Fonte: Da autora, 2022.

3.3. ABS

O terceiro corpo de prova demorou 233 s para ser comprimido. Deste modo, segue a
Tabela 3 e a Figura 22, gráfico correspondente à deformação do corpo durante o teste.

Tabela 3: Propriedades para o ABS.


Comprimento (mm) 59,36
Altura (mm) 15,26
Lo (mm) 50,00
Força Máxima Aplicada (KN) 3,54
Fonte: Da autora, 2022.

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Figura 22: Gráfico da Deformação x Força Aplicada do ABS.

Deformação x Força Aplicada


4

3.5

2.5
Tensão (MPa)

1.5

0.5

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Deformação (mm)

Fonte: Da autora, 2022.

3.4. PET

O último corpo de prova demorou 255 s para ser comprimido. Deste modo, segue a
Tabela 4 e a Figura 23, correspondente ao gráfico de deformação do corpo de prova durante o
teste.

Tabela 4: Propriedades para o PET.


Comprimento (mm) 59,52
Altura (mm) 15,72
Lo (mm) 50,00
Força Máxima Aplicada (KN) 3,38
Fonte: Da autora, 2022.

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Figura 22: Gráfico da Deformação x Força Aplicada do PET.

Deformação x Força Aplicada


4
3.5
3
Tensão (MPa)

2.5
2
1.5
1
0.5
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Deformação (mm)

Fonte: Da autora, 2022.

4. CONCLUSÃO

A partir dos dados e propriedades calculadas, pode-se fazer algumas comparações e


conclusões sobre os materiais colocados em teste.
Deste modo, podemos concluir que as diferenças de valores para os diferentes corpos
em alumínio, se dão por conta das geometrias que foram fabricados, sendo um maciço e o
outro vazado, o que pode ser facilmente observado pelos valores de Limite de Resistência
(MPa) encontrados acima. Assim, quando submetidos ao teste de compressão, o alumínio
vazado deformou muito mais que o maciço.
Além do mais, observando os gráficos dos corpos de prova, para o alumínio vazado é
possível verificar a presença de picos durante toda sua deformação, consequência da formação
das “rugas” que aparecem no corpo após a compressão, ademais, esse formato de gráfico
também é encontrado para os corpos em ABS e PET, o que também pode ser justificado pela
semelhança entre a geometria e tamanho de ambos.

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