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Semiologia e Diagnóstico em

Psicopatologia
DEFINIR PSICOPATOLOGIA. INFORMAR SOBRE O MANUAL DIAGNOSTICO E ESTATÍSTICO DE
TRANSTORNOS MENTAIS (DSM) E CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOENÇAS (CID-10). DESCREVER
A SEMIOLOGIA PSIQUIÁTRICA.

AUTOR(A): PROF. MONALISA DE CASSIA FOGACA

AUTOR(A): PROF. MONALISA DE CASSIA FOGACA

Conceito de Psicopatologia
A palavra “Psico-pato-logia” é composta de três palavras gregas: “psychê”, que produziu “psique”,
“psiquismo”, “psíquico”, “alma”; “pathos”, que resultou em “paixão”, “excesso”, “passagem”, “passividade”,
“sofrimento”, “patológico” e “logos”, que resultou em “lógica”, “discurso”, “narrativa”, “conhecimento”.
Psicopatologia seria então, um discurso, um saber (logos) sobre a paixão, (pathos) da mente, da alma
(psique), ou seja, um discurso sobre o sofrimento psíquico. (CECCARELLI, 2005)
Cada contexto histórico-político teve sua psicopatologia, isto é, suas tentativas de “decompor” o
sofrimento psíquico em seus elementos de base, para a partir daí, compreende-los, classifica-los, estuda-los
e trata-los. 
O termo psicopatologia foi inicialmente cunhado no final do século XIX, sendo empregado pela medicina,
psiquiatria, psicologia e psicanálise para designar os sofrimentos da alma, ou seja, do psiquismo humano. 
Desta forma, você pode definir a psicopatologia como uma ciência que tem como domínios os fenômenos
psíquicos expressados, comunicáveis e dotados de algum significado. 

A principal ferramenta da psicopatologia é o seu próprio aparelho psíquico, que possibilita apreender e
processar a experiência psíquica de um outro ser humano e atribuir-lhe algum significado. Evidentemente,
tal significação necessariamente passa pelo crivo das ideias e dos sentimentos do próprio avaliador
(psiquiatria ou psicólogo). Assim, as suas experiências vitais e circunstanciais influenciam a avaliação do
estado mental de seus pacientes. 

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Desta forma, o conceito de normalidade em psicopatologia é bastante questionável, principalmente
sabendo-se que o psiquiatra ou psicólogo influencia as suas percepções acerca do material clínico, devido
aos vieses de sua personalidade. 
Para se estabelecer o conceito de normalidade em psicopatologia, é preciso acessar e combinar diversos
campos do conhecimento, por exemplo: a epidemiologia e a estatística, fornecem pistas acerca da
distribuição normal e da prevalência e incidência de sintomas em determinada população. Você poderá
consultar o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) ou Classificação
Internacional de Doenças (CID-10) para realizar um diagnóstico psicopatológico, além da entrevista clínica
e testes psicológicos.  (NASCIMENTO, 2014; GORENSTEIN, WANG, HUNGERBÜHLER, 2016).
Pensando na inserção social e cultural do indivíduo, também auxilia a tarefa de estabelecer a sua

“normalidade” psíquica. Contudo, a forma e o conteúdo dos fenômenos psíquicos são a principal ferramenta
dos psiquiatras e psicólogos nesta difícil e pretenciosa distinção.
Portanto, “diagnosticar é a tentativa de compreensão do homem que se encontra no mundo, em meio a
outros homens, sendo somente a partir desse mundo que se pode ser compreendido, sempre em mutação
constante. Procura-se, então, o conhecimento de si e dos fenômenos, das suas condições e das suas
potencialidades”. (JASPERS, 1977). 
Diagnóstico Psicopatológico
O exame psíquico ou estado mental é o ponto mais importante da exploração do paciente psiquiátrico, uma
vez que, quando realizado de modo acurado, permite a elaboração de um diagnóstico preciso e o
encaminhamento aos demais exames e avaliações, que não devem ser pedidos de maneira aleatória nem
sem uma hipótese subjacente.  (ASSUMPÇÃO, 2014).
Toda a impressão despertada ou comunicação gerada poderá ser útil para a construção do exame psíquico. 
O psiquiatra ou psicólogo, não interroga como um policial, não entrevista como um jornalista e não
conversa como faria com um porteiro: deve relacionar-se de um modo afetivo, empático (com seu paciente)
e refletir com ele. 
O diagnóstico psicopatológico requer o conhecimento e a definição de sinais e sintomas comportamentais e
emocionais. Os sinais são achados objetivos observados pelo psicólogo ou psiquiatra (por exemplo,
expressão de afetos inapropriados ou presença de tremores finos em membros). Os sintomas são
experiencias subjetivas, descritas pelo próprio paciente/cliente (por exemplo, humor deprimido ou falta de
energia). Um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem simultaneamente de maneira inalteráveis em
determinados indivíduos e, portanto, podem ser reconhecidos clinicamente, constitui uma síndrome. 

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Segundo a American Psychiatry Association (APA), os transtornos psicopatológicos são concebidos como
“síndromes ou padrões comportamentais ou psicológicos clinicamente importantes, que ocorrem num
indivíduo e associam-se a sofrimento, incapacitação ou a um risco significativamente aumentado de
sofrimento, morte, dor ou deficiência ou de perda importante. ” (NASCIMENTO, 2014; SADOCK, 2017).
Os sinais e sintomas psicopatológicos não podem ser uma resposta previsível e culturalmente aceita diante
de eventos vitais, como a morte de um ente querido. Os comportamentos desviantes nos campos políticos,
religioso ou sexual, ou conflitos entre indivíduo e sociedade, não são considerados transtornos
psicopatológicos, a não ser que o desvio ou o conflito sejam sintomas de uma disfunção no indivíduo, como
descrito anteriormente. As definições de normalidade e patologia sempre foram questões centrais da teoria
e da prática psiquiátrica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define normalidade como um estado de
completo bem-estar físico, mental e social. Já a APA opta por não definir a normalidade ou saúde mental, e
sim os transtornos mentais. 
Assim, diferentemente do que acontece em outras especialidades médicas, a psiquiatria não trata de
doenças com marcadores biológicos precisos, mecanismos fisiopatológicos bem estabelecidos e etiologia
(origem) claramente determinada. Na verdade, a maior parte dos transtornos psicopatológicos é constituída
por síndromes de etiologia (origem) provavelmente multifatorial. 
Com o objetivo de facilitar o entendimento do exame psíquico será apresentado um roteiro, que não deve
ser levado como arbitrário, mas como auxiliar no raciocínio clinico, uma vez que o ser humano apresenta-se
em constante mutação e tem um repertório de potencialidades, mesmo sendo diagnosticado com alguma
psicopatologia.
Semiologia Psiquiátrica
Anamnese e entrevista clínica:
Para a elaboração de um diagnóstico psicopatológico, é necessário ser capaz de obter com sensibilidade os

sinais e sintomas dos pacientes, que podem apresentar inúmeras dificuldades de expressão. 
Abordar o paciente apenas muitas vezes não é suficiente para obter uma história completa. Informações
complementares poderão ser obtidas com a família e via prontuários médicos anteriores. Para fins
didáticos, consideram-se as informações fornecidas pelo paciente como subjetivas e as demais fontes de
informação como objetivas. Durante a elaboração da história clínica, devem ser anotadas as fontes de cada
informação, bem como as circunstâncias em que foram coletadas (por exemplo, em uma maca no pronto-
socorro, na casa do paciente, no consultório, etc.). Quando for necessário consultar familiares, a
proximidade com o paciente e a capacidade de fornecer informações adequadas devem prevalecer sobre a
quantidade de informantes ouvidos. 

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A entrevista deve ser realizada não somente para coletar informações da história do paciente, mas o
conteúdo que não é dito (“latente”), as mudanças de assunto, a expressão corporal e a tom da fala são
importantes na avaliação diagnóstica. Existem muitos estilos e modelos de entrevista clínica, que devem
ser individualizados para cada paciente. 
Tópicos da anamnese psicopatológica:
Identificação: Nome, idade, estado civil, gênero, ocupação, etnia, religiosidade, origem e local atual de
moradia. 
Queixa principal de duração: Informada pelo próprio paciente e anotada com suas palavras. Se o contato
não for possível, os sinais mais evidentes também devem ser anotados.
História da doença atual: Descrição completa e cronológica das circunstancias que levaram o paciente até a
consulta. Os sinais e sintomas devem ser detalhados em relação a como e quando aparecem, em que ordem
e com qual gravidade. 
História da saúde física e mental: Todos os diagnósticos e tratamentos psiquiátricos prévios devem ser
listados, em ordem cronológica. Contatos como outros psicólogos e/ou psiquiatras e as modalidades de
tratamento realizada. Quaisquer medicações recebidas devem ser anotadas, com as respectivas dosagens e
duração, efeitos colaterais e as razões para sua interrupção. Importante, também, se o paciente fez
psicoterapia, qual a modalidade e por quanto tempo. Determinar se o paciente tem alguma doença médica e
se houve mudança recente de saúde. 
Educação e história profissional: Obter a situação socioeconômica e determinar se o paciente ainda está
trabalhando.
Situação social atual: Investigar se o paciente mantém relacionamento atual e o apoio social
potencialmente disponível.
Uso de droga/álcool: Determinar se o paciente está usando drogas psicoativas (incluindo álcool e cafeína).
História familiar: Descobrir se a família do paciente tem transtorno médicos e psicológicos,
particularmente relevante aos sintomas atuais do cliente.
Observações complementares:
1º Apresentação: aspecto geral e autocuidados, olhar, postura, comportamentos e atitudes, entre outros
fatores observados logo no primeiro contato pessoal. 
2º Funções psíquicas: alterações na consciência, atenção, memória, orientação, afetividade e humor,
pensamento (linguagem e discurso), juízo de realidade, senso percepção, psicomotricidade e vontade. 
Cada item acima possui descrições importantes que devem ser observadas, que poderão ser pesquisadas em
livros de psiquiatria ou psicopatologia. 

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O Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) e Classificação Internacional de
Doenças (CID).
Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM):
O Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), foi elaborado pela Associação de
Psiquiatria Americana (APA) e que se correlaciona com a Classificação de Transtornos Mentais e de
Comportamento da Classificação Internacional de Doenças (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS). 
Seu objetivo é auxiliar clínicos (psiquiatras, psicólogos e outros profissionais da saúde) no diagnóstico dos
transtornos mentais de seus pacientes, na formulação de caso como parte de uma avaliação que conduz a
um plano de tratamento plenamente informado para cada indivíduo. Procura resumir síndromes
características de sinais e sintomas que indicam um transtorno subjacente com uma história característica
de desenvolvimento, fatores de riscos biológicos e ambientais, correlatos neuropsicológicos e fisiológicos e
curso clinico típico. 
No decorrer da história da psicopatologia vários manuais foram elaborados com o intuito de estabelecer
parâmetros para diagnósticos mais precisos sobre cada transtorno. Tivemos o DMS I (1952), II (1968), III
(1980), III-R (revisado – 1989), IV (1994) e agora o DSM-5 (2014).
O DSM-III (1980) foi o mais revolucionário de todos e tornou-se um marco na história da psiquiatria
moderna. Novas categorias diagnosticas foram descritas, como, por exemplo: a neurose de angustia foi
subdividida em transtorno de pânico com e sem agorafobia e transtorno de ansiedade generalizada; a fobia
social tornou-se uma entidade classificatória própria; a psicose maníaco-depressiva passou a ser
denominada de transtorno de humor bipolar, com ou sem sintomas psicóticos. A expressão doença mental
foi substituída por transtorno mental, etc.
Outro fato importante foi a hierarquização dos diagnósticos. Um paciente diagnosticado como
esquizofrênico, por exemplo, não poderia receber o diagnóstico simultâneo de transtorno de pânico. 
Em 1987, com a publicação do DMS-III-R, a hierarquização foi abolida, e o manual passou a incentivar a
realização simultânea de os ou mais diagnósticos num mesmos pacientes. Então, surgiu o conceito de
comorbidade, confirmado pelo DSM-IV, posteriormente. 
O DSM-IV (1994) foi um manual classificatório multiaxial, organizado de maneira a grupar 16 classes
diagnósticas distintas, que recebem códigos numéricos específicos e se distribuem em cinco grandes eixos: 
•                  Eixo I: descreve os transtornos clínicos propriamente ditos (transtorno depressivo maior,
dependência de álcool, transtorno delirante, etc.).
•                  Eixo II: descreve o retardo mental e os transtornos de personalidade, que foram reunidos em três
grupos (A, B e C).
•          Eixo III: descreve as condições medicas gerais. Por exemplo: hipertensão.

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•                  Eixo IV: trata dos problemas psicossociais e ambientais, associados com o transtorno mental em
questão. Por exemplo: ameaça de perda de emprego.
•                  Eixo V: constitui-se por uma escala de avaliação global do funcionamento (AGF) que recebe uma
numeração. Por exemplo: AGF = 60. 
O DSM-5 elaborado em 2013 traz inovações para a codificação, a classificação e o diagnóstico de
transtornos mentais que terão efeitos de longo prazo em muitas disciplinas. O uso adequado requer

familiaridade com as descrições de cada transtorno que acompanham os conjuntos de critérios.


(NASCIMENTO, 2014).
Você deve estar pensando o que seriam essas descrições e conjunto de critérios?
Para estabelecimento destes critérios um estudo epidemiológico e estatístico é realizado numa amostra de
indivíduos, ou seja, a prevalência e incidência de sintomas e sinais, configuram um quadro clinico
semelhantes nestes indivíduos, e a partir daí, tem-se um perfil para estabelecimento de um diagnóstico.
Portanto, diagnostico significa, reconhecimento de sinais e sintomas.
Por exemplo, para estabelecer um diagnóstico de Esquizofrenia, conforme o DSM-5, o profissional da saúde
deverá levar em conta período e sintomas, presentes na queixa do paciente, além da intensidade e
dimensão dos mesmos, ou seja, num período de um mês o paciente deve apresentar pelo menos dois ou
mais sintomas abaixo, listados:
1.         Delírios;
2.         Alucinações;
3.         Discurso desorganizado;
4.         Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico
5.         Sintomas negativos (expressão emocional diminuída, por exemplo).
Esses não são os únicos critérios, além desses sintomas se deve levar em conta outros fatores, tais como:
funcionamento no trabalho, autocuidado, efeitos fisiológicos de substancias, antecedentes familiares,
antecedentes pessoais, entre outros fatores.
No DSM-5 foi abolida a categorização, contempla um diagnóstico dimensional, ou seja, o processo de
adoecimento aborda um continuum de gravidade e intensidade de sintomas. Assim, pacientes que
apresentam poucos sintomas podem estar no limite da normalidade ou no limite entre dois transtornos. O
modelo de espectro (spectrum) é uma forma complementar de descrever e avaliar a psicopatologia
(FORLENZA, 2012). 

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O DSM-5 é dividido em 22 capítulos que incluem conjuntos de transtornos relacionados. Os capítulos são
organizados de modo que os transtornos relacionados apareçam mais próximos uns dos outros. Doenças
psicológicas e biológicas com frequência tem relação entre si. Diversos diagnósticos no DSM-5 têm
integrados a si um diagnóstico médico, tal como uma doença neurológica que produz sintomas cognitivos.
Entretanto, se uma doença primariamente médica não for especificada no DSM-5, os clínicos podem
especifica-la usando os diagnósticos-padrão da CID. 
Classificação Internacional de Doenças (CID).
A primeira CID foi lançada em 1900 para dar um formato padrão às estatísticas de morbidade e mortalidade
ao redor do mundo. A sexta edição desta classificação foi a primeira a incluir transtornos mentais. A CID-6
foi elaborada pela OMS, 1948, e apresentava 10 categorias de psicoses, 9 para neuroses e 7 para transtornos
do caráter, comportamento e inteligência.
A CID-10, foi elaborada pela OMS e lançada em 1992 apresenta em seu quinto capítulo os transtornos
mentais e comportamentais. Os transtornos são codificados pela letra F, seguida pelos numerais de 0 a 9,
que correspondem às nove classes de transtornos presentes. Os diagnósticos podem ser ainda refinados
com o acréscimo de mais dois numerais, que correspondem a características específicas do transtorno
apresentado. Por exemplo, o código F30.2 significa, respectivamente, capitulo de transtornos mentais (“F”),
classe dos transtornos do humor (“3”), episódio maníaco (“0”), com sintomas psicóticos (“.2”).
A maioria dos profissionais da saúde mental fora dos Estados Unidos e do Canadá usam a CID. A décima
edição (CID-10) está em uso atualmente; ela está passando por uma revisão importante, e a OMS projeta a
CID-11. 
A CID que é utilizada internacionalmente, é considerada oficial no Brasil, para fins diagnósticos. Os códigos
e termos fornecidos no DSM-5 são compatíveis com a CID-10. 
Embora ambos sistemas tenham clara vantagem de permitir a universalização diagnóstica e uma boa
confiabilidade, sua elaboração baseia-se principalmente no consenso de especialistas, o que significa um
baixo nível de evidencia cientifica. 
 

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Legenda: ENTREVISTA CLíNICA

Objeto disponível na plataforma


Informação:

A OBSERVAçãO CLíNICA

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ATIVIDADE FINAL

Foram elaborados diversos Manuais Diagnósticos e Estatísticos de


Transtornos Mentais (DSM). O manual que estabelece um modelo
multiaxial seria:

A. DSM-5
B. DSM-IV
C. DSM-III-R
D. DSM-6

O diagnóstico psicopatológico requer o conhecimento e a definição de


sinais e sintomas comportamentais e emocionais. A definição de sinais
e sintomas para psicopatologia:

A. Os sinais são achados objetivos observados pelo psicólogo ou psiquiatra (por exemplo, expressão de
afetos inapropriados ou presença de tremores finos em membros). Os sintomas são experiencias
subjetivas, descritas pelo próprio paciente/cliente (por exemplo, humor deprimido ou falta de
energia).
B. Os sinais são achados subjetivos expressos pelo paciente e os sintomas são achados objetivos
observados pelo psicólogo e/ou psiquiatra na entrevista diagnóstica.
C. O sinal seria uma síndrome e o sintoma um transtorno.
D. Os sinais e sintomas psicopatológicos são respostas previsíveis e culturalmente aceita diante de
eventos vitais, como a morte de um ente querido.

Segundo a American Psychiatry Association (APA), os transtornos


psicopatológicos são concebidos como:

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A. Sinais comportamentais apresentados pelos pacientes.
B. Sintomas observados pelo psicólogo e psiquiatra presentes no paciente.
C. Síndromes ou padrões comportamentais ou psicológicos clinicamente importantes, que ocorrem
num indivíduo e associam-se a sofrimento, incapacitação ou a um risco significativamente
aumentado de sofrimento, morte, dor ou deficiência ou de perda importante.
D. Sinais e sintomas descritos pelo paciente.

REFERÊNCIA
ASSUMPÇÃO JUNIOR, Francisco B. (org.). Psiquiatria da infância e adolescência: casos clínicos. Porto
Alegre: Artmed, 2014.
CECCARELLI, Paulo. O sofrimento psíquico na perspectiva da psicopatologia fundamental. Psicologia em
Estudo, vol.10, n.3, p.471-477, 2005.
FORLENZA, Orestes Vicente; MIGUEL, Euripedes Constantino. Compêndio de Clínica Psiquiátrica. São
Paulo: Manole, 2012.  
GORENSTEIN, Clarice; WANG, Yuan-Pang; HUNGERBÜHLER, Ines (org.). Instrumentos de avaliação em
saúde mental. Porto Alegre: ARTMED, 2016. 
JASPERS, Karl. Escritos Psicopatológicos. Madrid: Grecos, 1977. 
NASCIMENTO, Maria Inês Correia et al. Manual Diagnóstico e Estatístico de transtornos Mentais: DSM-5.
Porto Alegre: Artmed, 2014.
SADOCK, B. J; SADOCK, V. A; RUIZ, P. Compêndio de Psiquiatria: Ciência do Comportamento e Psiquiatria
Clínica, 11ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.

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