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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE EDUCAÇÃO – CEDUC


COORDENAÇÃO GERAL DA EDUCAÇÃO BÁSICA
COLÉGIO DE APLICAÇÃO – CAP/UFRR – 2016
FÍSICA: PROF. MSC. RONALDO CUNHA
Impulso, Quantidade de Movimento e Colisões Exercícios
01 – Um garoto faz uma força constante de 20 N sobre um carrinho
01 – Impulso: O impulso é uma grandeza física que estuda a durante 4 s, calcule o impulso sofrido pelo carrinho.
interação de uma força aplicada a um corpo com o tempo de 02 – O gráfico abaixo representa a variação da aplicação de uma
aplicação. força em um corpo em determinado Intervalo de tempo. Determine
I  F.t o impulso sofrido pelo corpo?
Impossível Férias Temporárias
I = Impulso (N/s);
F = Força (N);
t = Intervalo de Tempo (s).

Obs1: Como a variação do tempo é uma grandeza escalar, o vetor


impulso terá sempre a mesma direção e sentido do vetor força que
o ocasiona.

1.1 – Equação Dimensional do Impulso.


M  massa m M.L
 I  F.t  m.a.t  kg. .s 
L  comprimento
2 03 – Um taco de basebol atinge uma bola durante 0,5s, com uma
s T
T  tempo 1 força de 100N. Qual o impulso do taco sobre a bola?
 I  M.L.T
04 – Em um acidente de carros. Um veículo encontra-se parado
enquanto outro de 800kg que se move com uma aceleração de
Ex1: Um garoto faz uma força constante de 10N sobre um carrinho 2m/s² o atinge. Os carros ficam unidos por 10s. Qual o impulso
durante 3s, calcule o impulso sofrido pelo carrinho. desta batida?
F  10N; 05 – Uma força constante F = 34,0 N atua sobre um corpo,
 I  F.t  10.3
t  3s; inicialmente em repouso, por 6 s. Calcule, em N.s, o impulso
I  ? I  30s exercido por esta força no corpo.

1.2 – Gráfico do Impulso de uma Força Constante: A área A é 02 – Quantidade de Movimento ou momento linear, ou
numericamente igual à intensidade do impulso I no intervalo de simplesmente momento, é uma grandeza vetorial definida como o
produto da massa do corpo por sua velocidade.
tempo t .
Q  m.V
Quero melhoria de Vida
Q = Quantidade de Movimento (kg.m/s)
m = Massa (kg)
I  A  F.t V = Velocidade (m/s)
Obs3: Como a massa é uma grandeza escalar, o vetor quantidade
de movimento será paralelo ao vetor velocidade, tendo a mesma
direção e sentido.
1.3 – Gráfico do Impulso de uma Força Constante: Para uma
2.1 – Equação Dimensional da Quantidade de Movimento.
força de direção constante, porém de módulo variável, a
intensidade do impulso pode ser calculada pelo método gráfico, ou M  massa m L
 Q  m.V  kg.  M.
seja, pelo cálculo da área sob o gráfico do diagrama F × t . L  comprimento s T
T  tempo
 Q  M.L.T 1
Ex3: Calcule a quantidade de movimento de uma bola de massa 3
I A kg que possui velocidade de 5m/s.
Q  ?
 Q  m.V  3.5
m  3kg;
Obs2: A é área da
figura plana formada. V  5m / s; I  15Kg.m / s

Exercícios
Ex2: O gráfico abaixo representa a variação da aplicação de uma 06 – Calcule a quantidade de movimento de uma bola de massa 8
força em um corpo em determinado Intervalo de tempo. Determine kg que possui velocidade de 6 m/s.
o impulso sofrido pelo corpo?
07 – Um Vectra de massa 1125Kg desloca-se com velocidade de
10m/s. Calcule a intensidade da sua Quantidade de Movimento.
(B  b).h
I A  08 – Um Camaro de massa 1100Kg desloca-se com velocidade de
2 30m/s. Calcule a intensidade da sua Quantidade de Movimento.
( 40  20). 5 60.5 09 – Um Corola de massa 1000 Kg desloca-se com velocidade de
I  2m/s. Calcule a intensidade da sua Quantidade de Movimento.
2 2
10 – Um Honda Civic possui Quantidade de Movimento de 50000
I  150N.s (Kg.m)/s e desloca-se com velocidade de 25 m/s. Calcule a massa
do carro.

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03 – Teorema do Impulso: O impulso mede a variação da Obs6: Esse Princípio possui grande aplicação em disparos de
quantidade de movimento de um corpo, e pode ser deduzido: projéteis (revolver, pistola, canhão, etc), pois nesse tipo de sistema
as forças internas são, geralmente, muito mais intensas do que as
forças externas que atuariam nesse sistema e, portanto, podem ser
desconsideradas.
Obs7: Deve-se tomar o cuidado de perceber que iremos analisar
apenas o pequeno instante de tempo em que ocorre o disparo do
projétil, pois nesse momento não estaremos preocupados, por
exemplo, com a trajetória a ser descrita pelo projétil, dentre outros.
V ( V  V0 ) Obs8: Princípio da conservação da quantidade de movimento – A
F  m.a  m.  m. quantidade de movimento de um sistema de corpos isolados de
t t
forças externas é constante.
F.t  m.V  m.V0 Obs9: O princípio de conservação de energia e o princípio da
quantidade de movimento são independentes – A quantidade de
I  Q  Q0 movimento pode ser constante e a energia mecânica não.
Obs4: Como anteriormente formulado, o impulso é igual a variação Obs10: Corpos idênticos em colisões elásticas e frontais trocam
da quantidade de movimento. velocidades – Pêndulo de Newton (Quando a primeira bola se
I  Q choca, a última se eleva).

Obs5: Como exemplo, podemos citar uma situação bastante


comum: um projétil que sai de um armamento provocando um
recuo da arma.

Ex4: Uma força de 20N atua durante 6s sobre uma pequena bola.
Qual a variação da quantidade de movimento da bola?
Q  ? I  Q  F.t  Q
 Q  20.6
04 – Sistema Isolado: Um sistema físico é dito isolado quando a F  20N;
resultante de todas as forças externas é nula. Nos sistemas t  6s. Q  120kg.m / s

isolados a Quantidade de Movimento total permanece constante.
Exercícios
I  Q  Q0  Q  0 11 – Uma força de 40N atua durante 8s sobre uma pequena bola.
Por sistema isolado de forças externas, entenda: Qual a variação da quantidade de movimento da bola?
a) não atuam forças externas, podendo haver forças internas entre 12 – Uma bola de tênis, de massa m=200g e velocidade v1=10 m/s,
os corpos; é rebatida por um jogador, adquirindo uma velocidade v2 de
b) existem ações externas, mas sua resultante é nula; mesmo valor e direção que v1, mas de sentido contrário.
c) existem ações externas, mas tão pouco intensas, em relação às
ações internas, que podem ser desprezadas. a) Qual foi a variação da quantidade de movimento da bola?
b) Supondo que o tempo de contato da bola com a raquete foi de
05 – Conservação da Quantidade de Movimento: A quantidade 0,01 s, qual o valor da força que a raquete exerceu sobre a bola
de movimento de um sistema de corpos isolado de forças externas (admitindo que esta força seja constante)?
é constante: 13 – Uma força constante atua durante 5 s sobre uma partícula de
Q(final)  Q0 (inicial) massa 2 kg, na direção e no sentido de seu movimento, fazendo
com que sua velocidade escalar varie de 5 m/s para 9 m/s.
Determine:
a) o módulo da variação da quantidade de movimento;
b) a intensidade do impulso da força atuante;
c) a intensidade da força.
14 – Uma bola de massa 0,5Kg aproxima-se de uma parede (da
esquerda para a direita) com
velocidade de 10m/s. Após o choque com a parede, a bola retorna
na mesma direção, porém com sentido contrário e com uma
velocidade de mesma intensidade a que tinha inicialmente.
Determine o Impulso recebido pela bola na interação com a
parede.
15 – Um corpo é lançado verticalmente para cima com velocidade
inicial 20 m/s. Sendo 5 kg a massa do corpo, determine a
intensidade do impulso da força peso entre o instante inicial e o
instante em que o corpo atinge o ponto mais alto da trajetória.

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06 – Choques Mecânicos ou Colisões Mecânicas: a) Conserva energia cinética: ECA = ECB (Antes → A; Depois → B)
b) Conserva quantidade de movimento: QA = QB
c) Coeficiente de restituição (e): e = 1

6.3.2 – Colisão Parcialmente Elástica: Na Colisão Parcialmente


Elástica temos a energia cinética antes da colisão maior que a
energia cinética após a colisão, portanto existe dissipação da
energia. Por causa da dissipação da energia a velocidade do
conjunto no fim diminui e a velocidade de A e B são diferentes.
Fica ainda uma pergunta: Para onde foi a energia
dissipada? A energia foi transformada em Calor, por causa do
atrito existente na colisão.
Esquematicamente temos:
6.1 – Introdução: O conceito de colisão é muito importante no
curso de física, além dos choques mais simples que iremos tratar,
existem colisões extremamente complexas como as estudadas por
centros de pesquisa como a NASA, colisões entre partículas. Neste
estudo existe a preocupação de materiais capazes a resistir a
colisões no espaço.
a) Não conserva energia cinética: ECA > ECB
6.2 – Definição: Coques mecânicos ou colisões mecânicas são
b) Conserva quantidade de movimento: QA = QB
resultados de interação entre corpos. Podemos dividir essas
c) Coeficiente de restituição (e): 0 < e < 1
interações em duas partes:
6.2.1 – Deformação: Onde a energia cinética é convertida em
6.3.3 – Colisão Inelástica: A Colisão Inelástica possui energia
energia potencial.
cinética antes da colisão maior do que no final da colisão. Aqui a
6.2.1 – Restituição: A energia potencial é transformada em
dissipação de energia é máxima, portanto no final as velocidades
energia cinética. Essa transformação pode ser total, parcial ou não
de A e B serão iguais, ou seja eles continuaram juntos.
existir.
Esquematicamente temos:
É exatamente a forma como a energia potencial é
restituída em energia cinética que define os tipos de colisões e é
isso que estudaremos agora.
Para que possamos aplicar o princípio da conservação da
quantidade de movimento aos choques, precisamos de um sistema
isolado, ou seja, de um sistema no qual não haja interações
relevantes com forças externas a ele. a) Não conserva energia cinética: ECA > ECB
Para um choque entre dois corpos A e B, num sistema isolado, b) Conserva quantidade de movimento: QA = QB
teremos: c) Coeficiente de restituição: e = 0

Obs11: Como nós estamos trabalhando com sistemas isolados a


quantidade de movimento é constante em qualquer tipo de colisão.
Obs12: Após um choque inelástico, os corpos permanecem unidos.

6.4 – Coeficiente de Restituição: Consideremos duas esferas, A


e B, realizando um choque direto.
As propriedades elásticas dos corpos envolvidos em
choques são caracterizadas por uma grandeza chamada
coeficiente de restituição.
QA  QB  QA'  QB'
O coeficiente de restituição e é definido como o quociente
entre o módulo da velocidade relativa de afastamento dos corpos
Sendo os choques na mesma direção e adotando-se um imediatamente após o choque e o módulo da velocidade relativa de
sentido positivo, podemos escrever: aproximação imediatamente antes do choque.

Q A  QB  Q A '  QB' | Velocidaderelativadepoisdo choque|


e
ou | Velocidaderelativaantes do choque|
Obs13: O Coeficiente de Restituição é Adimensional, não possui
m.VA  m.VB  m.VA'  m.VB' unidade de medida.
6.3 – Tipos de Colisão:
6.3.1 – Colisão Elástica: Neste tipo de colisão a energia cinética 6.4.1 – Resumo
antes da colisão é igual a energia cinética após a colisão, portanto Quantidade Coeficiente
Tipo de Energia
não existe dissipação de energia. Como não houve dissipação de de
choque cinética
podemos concluir que a velocidade após a colisão é trocada, ou movimento restituição
seja a velocidade de um corpo passa para outro e vice-versa. Elástico
Esquematicamente temos: (perfeitamente Conserva Conserva e=1
elástico)
Parcialmente Não
conserva 0<e<1
Elástico Conserva
Dissipação
Inelástico conserva e=0
máxima

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Ex5: Uma massa de modelar rola com velocidade 2 m/s quando 7.2 – Fórmula do pêndulo simples:
colide com outra massa idêntica que estava em repouso. Qual a T é o período (s)
velocidade de ambas após a colisão, sabendo que agora elas se L L é o comprimento do fio (m)
movimentam juntas? T  2.. g é a aceleração da gravidade.
Resolução: A quantidade de movimento antes e depois da colisão g
é a mesma (conservação); portanto, podemos escrever:
Q( antes)  Q( depois) 7.3 – Leis do pêndulo simples:
a) O período de oscilação não depende da amplitude (para
mA .VA  mB .VB  (mA  mB ).V pequenas amplitudes)
m.2  m.0  (m  m).V  2m  2mV b) O período de oscilação não depende da massa pendular.
c) O período de oscilação é diretamente proporcional à raiz
2
V  1m / s quadrada do comprimento.
2 d) O período de oscilação é inversamente proporcional à raiz
Exercícios quadrada aceleração da gravidade.
16 – Uma massa de modelar rola com velocidade 4 m/s quando e) O plano de oscilação de um pêndulo simples permanece
colide com outra massa idêntica que estava em repouso. Qual a constante.
velocidade de ambas após a colisão, sabendo que agora elas se
movimentam juntas?
17 – Um canhão de massa 800 Kg, montado sobre rodas sem
atrito e não freado, dispara horizontalmente (da esquerda para a
direita) um projétil de massa 6 Kg com velocidade inicial de 500
m/s. Determine a velocidade de recuo do canhão.
18 – Um canhão de massa 900 Kg, montado sobre rodas sem Ex6: Qual o período e a frequência de um pêndulo simples, que
atrito e não freado, dispara horizontalmente (da esquerda para a
tem comprimento de 2,5 m? Considere g = 10m/s².
direita) um projétil de massa 2 Kg com velocidade inicial de
800m/s. Determine a velocidade de recuo do canhão. T  ? L 2,5
 T  2..  2..  2.. 0,25
19 – Um canhão de artilharia horizontal de 800 kg dispara uma F  ? g 10

L  2,5m;
bala de 2 kg que sai da peça com velocidade de 200 m/s. Admita a T  2..0,5  T  s  3,14s
velocidade da bala constante no interior do canhão. Determine a
g  10m / s 2 1 1
velocidade de recuo da peça do canhão.  F   0,318Hz
20 – Um pequeno vagão de massa 180Kg movimenta-se sobre um T 3,14
conjunto de trilhos horizontais (sem atrito) com velocidade de Exercícios
65m/s. Num determinado instante de tempo, um saco de areia de 21 – Um pêndulo simples, de comprimento 40 cm, realiza
massa 400Kg cai verticalmente de uma esteira, dentro do vagão. 2
oscilações de pequena abertura num local onde g = 10 m/s .
Determine a nova velocidade do vagão, agora carregado. Determine o período dessas oscilações?
07 – Pêndulo Simples: Um pêndulo simples é um sistema ideal
22 - Determine a aceleração da gravidade onde um pêndulo de 1
que consiste de uma partícula suspensa por um fio inextensível e metro oscila com um período de 2 segundos.
leve.
Quando afastado de sua posição de equilíbrio e solto, o 23 – Na Terra certo pêndulo simples executa oscilações com
pêndulo oscilará em um plano vertical sob à ação da gravidade. período de 1 s. Qual o período desse pêndulo, se posto a oscilar
O movimento é periódico e chama-se período de na Lua, onde a aceleração da gravidade é 6 vezes menor?
oscilação (T) ao tempo gasto para uma oscilação completa (ida e 24 – Determinar o comprimento de um pêndulo cujo período é 2s
volta). 2
em um local onde g = 9,8m/s .
25 – Qual o período e a frequência de um pêndulo simples,
que tem comprimento de 0,25m? Considere g=10m/s²

08 – Máquinas Simples: São dispositivos que contribuem ou


facilitam a realização de um determinado trabalho, por exemplo,
alavancas (pode diminuir consideravelmente o esforço de uma
pessoa ao levantar um corpo), Plano Inclinado (facilita o
deslocamento de um corpo para partes mais altas), Roldanas
(reduz o esforço ao levantar corpos presos a cabos). Ha uma
infinidade de maquinas presentes no nosso cotidiano que tornam
nossa vida mais confortável (Automóvel, Maquina de lavar roupa,
7.1 – Elementos do pêndulo simples: Avião, Navio, etc), porém nesta etapa será estudada apenas as
maquinas simples Alavanca e Roldanas.
L  comprimento 8.1 – Alavancas: são maquinas simples composta por um barra
m  massa pendular rígida, que pode girar em um ponto de apoio.
θ  amplitude
Período de oscilação para
pequenas amplitudes: θ ≤ 10°

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A Alavanca foi criada por Ex. carrinho de mão, abridor de garrafa, quebra-nozes.
Arquimedes, no século IV. A.C.
Ele disse: "Dêem-me uma
alavanca e um ponto de apoio e
eu moverei o mundo".

"A alavanca diminui o esforço


para elevar um corpo até
determinada altura."

8.3.3 – Interpotente: A potência é exercida entre o ponto de apoio


8.2 – Elementos de uma Alavanca: Qualquer alavanca apresenta
os seguintes elementos: e a força resistente.

Ex. pinça, vassoura, cortador de unhas.

 Força motriz ou potente (FP);


 Força resistente (FR);
 Ponto de apoio (PA): local onde a alavanca se apóia quando
em uso.
 Braço motriz (BP): distância entre a força motriz (FP) e o ponto 8.4 – Condição de equilíbrio de uma alavanca: Considere a
de apoio (PA); alavanca interfixa da figura abaixo.
 Braço resistente (BR): distância entre a força resistente (FR) e
o ponto de apoio (PA);

8.3 – Tipos de Alavanca: Existem três tipos de alavanca e elas


se diferenciam de acordo com a posição da força potente, da força
de resistência e do ponto de apoio.

8.3.1 – Interfixa: ponto de apoio entre a Força potente e a Força


de resistência.

Para que a alavanca permaneça em equilíbrio, na posição


horizontal, devemos ter:
Ex. balança, gangorra, alicate, pé-de-cabra e tesouras. FP = força potente (N)

F .B  F .B
FR = força resistente (N)
R R P P BBPR == braço
braço da potência (m)
da resistência (m)
PA = ponto de apoio.
Obs14: Note que o produto da força resistente pelo seu braço
é igual ao produto da força potente pelo seu braço.
Obs15: Esta relação, embora demonstrada para a alavanca
interfixa, é válida também para as alavancas inter-
resistentes e interpotentes.

Ex7: Suponha que você use uma barra para deslocar uma pedra
de massa 80 kg. Se o braço de ação da barra é de 1,50 m e o
braço de resistência de 30 cm que força você deve exercer?
8.3.2 – Inter-resistente: a força resistente está entre o ponto de FR  80.10  800N;
 FR .BR  FP .BP  800.0,3  FP .1,50
apoio e a força potente. B R  30cm  0,30m;
 240
B P  1,50m; FP   160N
FP  ? 1,50

Exercícios
26 – Num carrinho de mão de 1,5 m de comprimento (da
extremidade dos cabos ao eixo da roda), um operário ergue uma
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carga de 600 N fazendo um esforço de 300 N. Qual a distância da Para compreender o que significa cada uma dessas
carga ao eixo da roda? classificações, precisamos conhecer duas importantes definições:
27 – Calcule o comprimento de uma alavanca, sabendo que ela a de Força potente e a de Força Resistente.
está equilibrada por dois pesos que valem respectivamente 36 N e Veja o Exemplo: Uma pessoa deseja puxar água de
9 N. sabe-se que o primeiro peso está situado a 0,1 m do apoio. dentro de um poço e, para isso, ela utiliza hum balde e uma
roldana. O balde de é colocado na extremidade da corda que
28 – Calcular a força que um pedreiro tem de fazer Passa pelo centro da roldana, e na outra extremidade é aplicada
para carregar 80 kg de terra com a ajuda de um carrinho de mão uma força para puxar o balde cheio de água. A Força Aplicada
que possui 1,80 metros de comprimento. Sabendo que a distância para elevar o balde é a Força Potente (F), e o peso do balde é
entre o centro de gravidade do volume de terra até o centro da a Força Resistente (R) .
roda do carrinho é 90 cm.
29 – Calcule o peso do garoto indicado na figura para que a barra
de peso desprezível permaneça em equilíbrio na posição
horizontal.

30 – A barra indicada na figura tem peso desprezível e está em


equilíbrio na posição horizontal. Determine x.
8.6.1 – Roldana Fixa: A roldana fixa funciona como uma alavanca
interfixa em que os braços são iguais. A roldana fixa permite
levantar pesos de forma mais cómoda, permitindo variar a direção
e o sentido das forças aplicadas.

8.5 – Roldanas: A roldana é uma roda que na borda tem um sulco


onde se encaixa uma corda ou um cabo e gira em redor do seu
eixo ao centro.

FR
8.6.2 – Roldana Móvel: A roldana móvel move-se juntamente
com a carga e baseia-se no funcionamento de uma alavanca inter-
resistente.
Na roldana móvel, para realizar o mesmo trabalho, é
necessária menos força que na roldana fixa.

8.6 – Tipos de Roldanas: As roldanas podem ser aplicadas como


fixas ou como móveis.
R
F
2

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8.6.3 - Talha exponencial: Consiste em uma associação de Ex8: Um peso de 400 N deve ser equilibrado por meio de uma
Roldanas móveis com uma só polia fixa. talha exponencial. Determine o número de polias móveis dessa
talha, sabendo que a força motriz tem intensidade de 50 N.
R  400N; R 400 400
 F  50   2n  
F  50N;
n n 50
2 2
n  ? 2n  8  2n  2 3  n  3

Exercícios
31 – Um balde de água com peso de 50 N é suspenso por uma
corda passada numa roldana fixa. Que força deve ser aplicada na
ponta da corda para manter o balde equilibrado?
32 – Um varal composto de 1 roldana móvel suspende certa
quantidade de roupa que pesa, em seu conjunto, 50 N. Qual deve
ser a força empregada para equilibrar essas roupas?
33 – Um peso de 5120 N deve ser equilibrado por meio de uma
talha exponencial. Determine o número de polias móveis dessa
talha, sabendo que a força motriz tem intensidade de 10 N.
34 – O corpo indicado na figura tem peso de 8000N e está em
equilíbrio estático. Calcular a intensidade da força F.

Como se mostrou na figura acima. Na próxima figura temos:


F = força motriz e R = força resistente

35 – Ache a intensidade da força F que o homem está fazendo


para equilibrar o peso de 400N. O fio e a polia são ideais.

Questões dos últimos vestibulares


01 – (UFRR – Matemática/EAD – 2013.2) No mês de junho deste ano,
a praça Ayrton Senna foi palco de apresentação de diversos skatistas
em um evento. Este esporte praticado por muitos tem uma grande
relação com a física. Consideremos um skatista cujo peso seja de 750
N realizando manobras a 3 m/s, tomando a aceleração da gravidade
igual a 10 m/s2, o valor do momento linear desse skatista no momento
da manobra é:
Para que a talha permaneça em equilíbrio temos que o (A) 2250 kg.m/s; (B) 337,5 kg.m/s; (C) 225 kg.m/s;
peso R equilibrado por duas forças de intensidade R/2. (D) 33,75 kg.m/s; (E) 6750 kg.m/s.
2
O peso R/2 é equilibrado por duas forças de intensidade R/2 02 – (UFRR – 2013) A oscilação do pêndulo é governada pela ação da
2 3
O peso R/2 é equilibrado por duas forças de intensidade R/2 gravidade, se você observar a oscilação de um pêndulo simples aqui
3 4
O peso R/2 é equilibrado por duas forças de intensidade R/2 na Terra, com tempo de oscilação de um segundo e fosse para a Lua,
Se tivermos n polias móveis, a força motriz será: com o mesmo pêndulo. Qual o período desse pêndulo se posto a
oscilar na Lua, TL, onde a aceleração da gravidade é 6 vezes menor
F é a Força Potente; que na Terra.
R R é a Força Resistente ou peso do corpo; Assinale a alternativa correta:

F n é o número de Roldanas (A) TL = 2,4 s. (B) TL é seis vezes maior que TT.
(C) TT é seis vezes menor que TL. (D) TL = 14,4 s.

2n (E) Falta dados para se fazer qualquer estimativa sobre o período


desse pêndulo na Lua.

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COLÉGIO DE APLICAÇÃO – CAP/UFRR – 2016
FÍSICA: PROF. MSC. RONALDO CUNHA
03 – (UFRR – 2013) Explicando a reflexão da luz, em uma superfície As dimensões da quantidade de movimento de um corpo
refletora, como variação de quantidade de movimento de uma partícula correspondem a:
de luz, assinale a alternativa que identifica a direção e o sentido do a) M.L.T-1; b) M.L2.T-2; c) L.T; d) L.T-1; e) M.L-2.T-2.
vetor que representa a variação da quantidade de movimento de uma 11 – (UFRR-2001-F2) Considere as duas gangorras em equilíbrio
partícula luminosa que sofre reflexão por um espelho plano. Lembre conforme mostra a figura abaixo:
que a reflexão regular da luz implica que o ângulo de incidência (i) seja
igual ao de reflexão (r). Se a massa de é de 10 kg, então a massa, em kg, de vale:
(A) Horizontal e para direita; a) 12,8;
(B) Vertical e para baixo; b) 10,0;
(C) Vertical e para cima; c) 6,4;
(D) Horizontal e para esquerda; d) 5,0;
(E) Zero. e) 2,5.

12 – (UFRR-2001-F2) Um carrinho de massa m está em repouso sobre


04 – (UERR – 2012.2) Um carro de massa 5000 kg parte do repouso e um plano horizontal, sem atrito. Um menino de massa M que se
percorre uma distância de 55 m em 5 s. Admitindo que sua aceleração encontrava no interior do carrinho salta da parte posterior para fora do
é constante, a quantidade de movimento no final do percurso, em carrinho, com velocidade V. O módulo vetor velocidade, a direção e o
kg.m/s, vale: sentido do carrinho após o salto do menino correspondem a:
a) 22. 103; b) 11.104; c) 1,1.104; d) 110; e) 2,2.104. a) MV/m, na mesma direção e no mesmo sentido do vetor velocidade
05 – (UFRR – 2005) Numa colisão perfeitamente elástica entre dois do menino;
corpos rígidos, pode-se afirmar que: b) MV/m, na mesma direção e em sentido oposto do vetor velocidade
a) os dois corpos ficam em repouso após a colisão; do menino;
b) a quantidade de movimento do sistema constituído pelos dois c) zero, ou seja, o carrinho permanece em repouso;
corpos aumenta após a colisão, pois calor é absorvido pelo sistema; d) mV/M, em direção e sentido opostos ao vetor velocidade do menino;
c) a quantidade de movimento do sistema constituído pelos dois corpos e) mV/M, na mesma direção e no mesmo sentido do vetor velocidade
é a mesma antes e após a colisão; do menino.
d) a quantidade de movimento do sistema constituído pelos dois 13 – (UFRR-2001-F1) Uma balança é constituída de uma barra rígida
corpos diminui após a colisão, pois calor é liberado pelo sistema; de 36 cm de comprimento, que não tem peso e é capaz de girar em
e) a velocidade relativa de aproximação antes da colisão é maior que a torno de um pino que não está situado no centro da barra (ver figura
velocidade relativa de afastamento após a colisão. abaixo).
06 – (UFRR-2004-F2) Uma barra metálica homogênea de peso P está Os braços da balança são definidos como a distância do pino até as
apoiada nos pontos A e B conforme a figura abaixo: extremidades da barra. Para a balança ficar em equilíbrio, colocam-se
massa 1 kg e 2 kg nas suas extremidades. Os comprimentos dos
braços da balança correspondem a:
FA FB a) 12 cm e 24 cm;
b) 18 cm e 18 cm;
A c) 13 cm e 23 cm;
B d) 14 cm e 22 cm;
5 cm
e) 11 cm e 25 cm.
20 cm 14 – (UFRR-2000-F2) O manual de um veículo especifica em 75 N.m o
As forças FA e FB correspondem às reações devido ao peso da barra. valor máximo do momento de uma força que pode ser aplicada a um
As intensidades das forças FA e FB são, respectivamente: parafuso. A distância do ponto de aplicação da força (A) até o ponto
a) P e 4P; b) 2P/3 e P/3; c) P e 2P; (B) na ferramenta, conforme mostra a figura, é de 15 cm.
d) P/2 e P/2; e) P/3 e P/5. A força aplicada para se obter este torque máximo é de:
07 – (UFRR-2003-F2) Um corpo, de massa m1 e velocidade em a) 0,5 kgf;
módulo v1, colide elasticamente com um outro corpo, de massa m 2 que b) 5 N;
estava inicialmente parado. Após a colisão, o primeiro corpo fica imóvel c) 50 N;
e o segundo se desloca com uma velocidade v2. A razão v1/v2 vale: d) 500 N;
a) m1/m2 ; b) (m2/m1)2; c) m2/m1; e) 466 kgf.

d) (m1/m2)2; e) m1 m2 .
08 – (UFRR-2003-F2) Um pêndulo simples consiste de uma esfera, de
massa m, pendurada num suporte por um fio de comprimento L. O 15 – (UFRR-2000-F2) A figura mostra um pêndulo que consiste de
período, T, de oscilação do pêndulo é dado pela expressão: uma barra de massa desprezível e um corpo de massa m. O pêndulo
L executa pequenas oscilações em torno da sua posição de equilíbrio B.
T  2 Com relação a este pêndulo, é correto afirmar que:
g a) no ponto B, a resultante das forças
onde g é a aceleração da gravidade. Um pêndulo simples consiste de que atuam sobre o pêndulo é igual a
uma esfera, de massa 2 kg, presa a um fio de comprimento de 10 m. A zero;
freqüência de oscilação, em Hz, do pêndulo vale: b) no ponto B, a resultante das forças
a) 1/(4) ; b) 1/(2); c) 2; d) 2; e) 4. que atuam sobre o corpo aponta para o
09 – (UFRR-2002-F2) Uma molécula de massa m,movendo-se com um centro;
 c) no ponto A, a resultante das forças
velocidade v , colide perpendiculamente com uma parede. que atuam sobre o corpo é o próprio
Considerando a colisão elástica, a variação da quantidade de peso do corpo;
movimento da molécula na colisão com a parede é dada por: d) o corpo está em equilíbrio no ponto A;
  
a)  6m.v ; b)  m.v ; c)  4m.v ; e) no ponto A, a resultante de todas as
  forças que atuam sobre o corpo é zero.
d)  2m.v ; e)  8m.v .
10 – (UFRR-2002-F1) De acordo com a tabela abaixo:
Grandeza Representação
Massa M
Comprimento L
Tempo T
APOSTILA 12 – QUANTIDADE DE MOVIMENTO, IMPULSO E CHOQUES FÍSICA – 1º ANO Página 8 de 8

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