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Finança Digitalizada

Finanças, tecnologia e sociedade no século XXI


Por Edemilson Paraná*

Inúmeros estudos têm alertado para o fato de que, desde a década de 1980, os
mercados financeiros em todo mundo têm, paulatinamente, deixado de financiar as
atividades produtivas, que geram renda e emprego, para se tornar um “fim em si
mesmo”, uma espécie de circuito fechado na busca constante de ganhos meramente
especulativos. A relação desse processo com o aumento das desigualdades e com a
perpetuação de crises econômicas, como a vivida atualmente no Brasil, tem sido
sonoramente demonstrada.

Cabe lembrar que, em 2008, às vésperas da grande crise cujos efeitos ainda afetam
o mundo quase oito anos depois, o montante de riqueza em ativos financeiros (não
incluído o enorme volume de derivativos) chegava a quatro vezes o valor de toda a
renda acumulada pela produção real da economia mundial. Isso é parte do que
muitos estudiosos têm chamado de “financeirização” das economias.

Trata-se de um processo de reordenação da lógica geral da acumulação de capital


em prol da valorização financeira. Ou seja, falamos da submissão do processo
produtivo como um todo aos objetivos e modos de funcionamento da finança. Está
relacionado a esse processo, além de outras distorções, o crescente poder político
dos operadores financeiros em definir os rumos sociais e políticos de nossas
sociedades.

Menos discutida e demonstrada, no entanto, é a relação entre a financeirização das


economias e o que tem sido chamado de “sociedade da informação”. Em busca de
evidenciar melhor essa relação, investiguei de que modo a revolução tecnológica
dos últimos 40 anos está vinculada ao “giro financeiro” nas economias.

Algumas descobertas desse trabalho investigativo estão no livro “A Finança


Digitalizada: capitalismo financeiro e revolução informacional”. Com números,
documentos e uma série de dados e informações colhidas em entrevistas com
importantes operadores do mercado financeiro brasileiro, descrevo no livro um
cenário digno de ficção científica. Um mundo em que a busca por riqueza é
alavancada por sofisticados modelos matemáticos, robôs automáticos e softwares
de negociação que buscam ganhos financeiros inimagináveis, na casa dos
milissegundos.
Investimentos na faixa de centenas de milhões de dólares são feitos por empresas
para ganhar 2 ou 3 milissegundos no intervalo entre uma ordem de negócio e sua
realização (para se ter uma ideia, uma piscada de olho humano leva cerca de 400
milissegundos).

Intrigante, em especial, foi descobrir, que em 2014 cerca 40% das operações de
compra e venda de ações e demais papéis no mercado brasileiro eram realizadas
por tais robôs. Mais surpreendente é pensarmos que, nos Estados Unidos, tal
percentual chega a quase 70% das operações.

A “Finança Digitalizada” inaugura todo um conjunto de novos acontecimentos, riscos


e problemas vinculados a esta nova lógica de funcionamento. A “eletronificação” e
automatização crescente do mercado de capitais brasileiro, por exemplo, que segue
a passos largos, conforme descrevo, é nitidamente acompanhada por aceleração de
processos, aumento substancial no número e velocidade de negócios realizados,
concentração em diferentes níveis (investidores, empresas listadas em bolsa,
corretores), aumento da proeminência de investidores e corretores estrangeiros e
diminuição da participação de pequenos investidores no mercado.

É certo que estas e tantas outras mudanças que aqui menciono não são produto
apenas do desenvolvimento tecnológico, como variável única. Elas remontam à
ampla liberalização e desregulamentação dos mercados e fluxos financeiros em todo
mundo, reconfiguração na própria estrutura das economias e da relação destas com
os mercados financeiros, entre outros –algo que o livro se esforça em demonstrar ao
traçar o histórico das mudanças na relação entre mercados, política e sociedade,
dos anos 1980 até o presente.

No entanto, induzido em muitos aspectos pela própria dinâmica de valorização


financeira, tais avanços tecnológicos acabam por acelerar e fortalecer o processo de
financeirização das economias em questão. É certo que tal processo não existe
apenas por conta do desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação
(TICs), mas, ao mesmo tempo, não poderia, nesse quadro, ser gestionado como tal
sem o auxílio destas. Em resumo, sem o auxílio de tais mecanismos, vários ativos e
instrumentos financeiros não existiriam ou simplesmente não poderiam ser
negociados como tais nos mercados do século 21.

Para melhor explicar essa relação, conceituo no livro o que chamo de “ciclo de
operação da finança digitalizada”. Um círculo em que, em resumo, o encurtamento
dos fluxos espaço-tempo, o aumento de gaps tecnológicos entre reguladores e
regulados, e a concentração dos ganhos na esfera financeira somam-se e reforçam-
se mutuamente, potencializados por uma espécie de “espiral de complexidade”
tecnológica –em que a corrida por novos avanças leva a outros, e assim por diante.
Tudo somado, a “teórica” função conferida aos mercados financeiros como
alocadores de necessidades econômicas, ao possibilitarem o encontro de
compradores e vendedores, tomadores e emprestadores de recursos para viabilizar
negócios e a produção econômica como um todo –aquela que gera consumo, renda
e emprego– perde cada vez mais relevância em detrimento de uma lógica
crescentemente especulativa a drenar e concentrar os excedentes da produção
social na esfera financeira. Excedentes estes que passam a ser retroexplorados por
meio de arbitragem na escala de milissegundos, viabilizada por avanços
tecnológicos de ponta.

O momento atual no Brasil certamente aponta para a necessidade de as sociedades


olharem com mais atenção e cuidado para essa nova realidade.

23/05/2016.

Crise, risco e aceleração social na era da


Finança Digitalizada
Edemilson Paraná

A Finança Digitalizada mapeia, monitora, toma decisões e negocia ativos, compra e vende
papéis, em altíssima velocidade, sem intervenção humana, na escala dos milissegundos
(em alguns casos, aproximadamente 30 ou 40 vezes mais rápido do que uma piscada de
olho humano)

Dentre as inúmeras e já amplamente conhecidas consequências da mundialização


financeira, ativada pelo processo de liberalização, desregulamentação e integração
dos mercados de capitais em todo o mundo, a acelerada financeirização das
economias nas últimas décadas figura certamente como um de seus mais
importantes e preocupantes desdobramentos.

Diretamente vinculada à ampliação sem precedentes dos espaços da vida social e


política concedidos aos desígnios do mercado sob o neoliberalismo, a chamada
financeirização pode ser entendida como um processo de reordenação da lógica
geral da acumulação em prol da valorização financeira, que, dessa forma, passa a
submeter o processo produtivo como um todo aos seus objetivos, temporalidades e
modos de funcionamento.
Entre outros efeitos, este processo tem levado ao aumento das desigualdades
sociais, a erosão da ação social do Estado, ao surgimento e aprofundamento de
recessões, e ao crescente poder de grandes operadores financeiros em definir os
rumos políticos em nossas sociedades – algo de amplo conhecimento.

Uma decorrência menos conhecida e debatida, no entanto, começa, aos poucos, a


emergir. No bojo da reestruturação produtiva, aberta pela revolução técnico-
informacional, das inovações técnicas e regimes de gestão flexível da produção e da
administração disciplinar do trabalho, apoiadas no substrato material das hodiernas
tecnologias da informação e comunicação (TICs), uma nova forma de gerir os
circuitos globais de capital vem se materializando nas últimas quatro décadas; aquilo
que passamos a chamar de Finança Digitalizada.

Produto, entre outros processos, da penetração das TICs nos mercados financeiros
em todo mundo (tecnologias cognitivas, que aceleram a compressão dos fluxos
espaço-tempo), a Finança Digitalizada pode ser definida como o complexo técnico-
operacional e institucional de gestão global da circulação, acumulação e valorização
do capital financeiro por meio de recursos tecnológicos automatizados de ponta, que
aceleram movimentos em todos os níveis, de modo a ampliar as margens existentes
para a exploração de ganhos financeiros com a especulação e arbitragem de papéis,
moedas e outros ativos.

Sob este novo “complexo”, computação de alta performance, infraestrutura de baixa


latência, hardwares e softwares de alta precisão programados pelos melhores
cérebros da informática avançada combinam-se para realizar o impensável: mapear,
monitorar, tomar decisões e negociar ativos, comprar e vender papéis, em altíssima
velocidade, sem intervenção humana, na escala dos milissegundos (em alguns
casos, aproximadamente 30 ou 40 vezes mais rápido do que uma piscada de olho
humano).

Esses algoritmos e mecanismos de negociação automatizada, também conhecidos


como “robôs investidores”, já são responsáveis por mais de 40% de tudo que é
comprado e vendido diariamente na bolsa de valores brasileira. Nos mercados
estadunidenses, onde investimentos bilionários em redes de fibra ótica e
transmissão via micro-ondas de rádio são realizados para economizar de 2 a 3
milissegundos, esse percentual já bate a marca dos 70%.

Uma investigação detida a respeito dos ditames da nova Finança Digitalizada nos
mostrou que o acelerado desenvolvimento tecnológico dos últimos anos tem feito
aprofundar e fortalecer a mencionada financeirização da economia mundial.

Ao ativar a aceleração típica dos processos de expansão do capital, bem como, em


um quadro de ampla desregulamentação dos mercados, a ampliação do desconto
do futuro no presente sem a garantia de que este seja realizado como tal, o
desenvolvimento dessas tecnologias tem contribuído para ampliar a autonomização
relativa das finanças em relação à produção, e dos circuitos de expansão do capital
fictício, concorrendo para subordinar ainda mais a acumulação produtiva à
acumulação financeira.

É certo que tal dinâmica não passa a existir apenas por conta do desenvolvimento
das TICs, mas, ao mesmo tempo, não poderia, nesse quadro, ser administrado
como tal sem o apoio destas. Sem o auxílio de tais mecanismos, inúmeros ativos e
instrumentos financeiros simplesmente não existiriam ou não poderiam ser
negociados como tais nos mercados contemporâneos.

Desse modo, a função usualmente conferida aos mercados financeiros como


alocadores de necessidades econômicas, tomadores e emprestadores de recursos
para viabilizar negócios e a produção econômica real (aquela que gera consumo,
renda e emprego), perde cada vez mais relevância em detrimento de uma dinâmica
crescentemente especulativa, que drena e concentra os excedentes da produção
social na esfera financeira. Excedentes estes que passam a ser novamente
explorados por meio de arbitragem na escala de milissegundos, viabilizada por
avanços tecnológicos de ponta.

A Finança Digitalizada inaugura, ademais, todo um conjunto de novos


acontecimentos, riscos e problemas vinculados a esta nova lógica de
funcionamento.

A partir dos dados levantados em pesquisa que serviu de base a este trabalho,
podemos observar que a “eletronificação” e automatização crescente do mercado
de capitais brasileiro nos últimos anos, por exemplo, é nitidamente acompanhada
por aceleração de processos, aumento substancial no número e velocidade de
negócios realizados, concentração em diferentes níveis (investidores, empresas
listadas em bolsa, corretores), aumento da proeminência de investidores e
corretores estrangeiros, e diminuição da participação de pequenos investidores no
mercado.

Em nível internacional, nas praças financeiras centrais, observa-se de modo


igualmente claro a ampliação das dificuldades para a regulação e regulamentação
dos mercados, acompanhada da ocorrência de fraudes, desequilíbrios, eventos
disruptivos (como os chamados “flash crashes”), e, assim, a elevação do risco
sistêmico nos mercados. Junto disso, a intensificação da concentração de capitais e
do poder social retido nas mãos dos senhores das finanças – o que termina por
redundar em mais desigualdades econômicas, políticas e sociais.

Tudo somado, e a despeito dos distintos discursos celebratórios, de parte a parte,


em torno dos aspectos luminosos da nova sociedade em rede, da informação e do
conhecimento, bem como do potencial emancipatório e libertador das novas
ferramentas de comunicação, as evidências recentes a respeito da Finança
Digitalizada nos revelam uma faceta menos discutida, e certamente menos
aprazível, desta realidade: a de que a aplicação das modernas tecnologias da
informação e comunicação tem apoiado o surgimento de novas formas de
espoliação econômica.

29/11/2016

O Paradoxo do Bitcoin
Edemilson Paraná

A disruptiva expansão do setor financeiro está na ponta de lança da globalização


tecnológica, com destaque para o boom das telecomunicações e da internet nas
últimas décadas. É nos mercados financeiros de todo o mundo onde as fronteiras da
negociação automatizada em altíssima velocidade, processamento ubíquo de dados,
inteligência artificial, realidade aumentada, entre outras, vem sendo expandidas na
prática. É o caso do Blockchain, a tecnologia que serve de base ao Bitcoin, o mais
novo ativo-sensação do mundo financeiro.

O Bitcoin é uma moeda digital alternativa, criada em 2009, com base em um texto
apócrifo, assinado por Satoshi Nakamoto, ente cuja verdadeira identidade nunca foi
revelada.

Mais um produto dos humores políticos “libertários” que ganham terreno no mundo
pós-crise de 2008, tem como ideia-força retirar do par bancos-governos o poder de
emissão e gestão do dinheiro. Utopia tecnocrática de uma moeda sem política, a
ideologia econômica que o ampara faz parecer fichinha qualquer palavrório sobre a
necessidade de “autonomia” do Banco Central.

Mas sua engenhosidade não é, por isso, menos fascinante. Trata-se de algo inédito:
uma moeda gerida de maneira descentralizada e anônima, sustentada por
criptografia robusta. Sua administração algorítmica está baseada em um livro
público, aberto e, portanto, auditável que registra todas as transações.

O processamento destas transações, em blocos, é feito pelos próprios usuários que,


ao utilizarem seu poder de processamento computacional em prol da “comunidade”,
recebem em troca um incentivo pecuniário em Bitcoin – algo que é apoiado,
ademais, pela resolução de problemas matemáticos por essas mesmas máquinas.
Assim são produzidos (ou “minerados”), trocados e verificados os Bitcoins.

Essa moeda digital demorou algum tempo para deixar de ser apenas mais um
intrigante e promissor experimento hacker e cair de vez nas graças dos investidores.
Mas assim que isso ocorreu, sua evolução vem sendo surpreendente.

Alimentado pela promessa de ganhos sempre crescentes, sua escalada impulsiona


e é impulsionada por uma verdadeira “corrida ao ouro”. Novas cryptomoedas, como
o Bitcoin, e novos ambientes de negociação são criados, empresas de tecnologia e
investidores de risco entram e saem do negócio em curto intervalo de tempo; para
não mencionarmos os esquemas fraudulentos levados a cabo neste novo faroeste
financeiro –um ambiente livre de regulação, bem ao gosto do liberalismo selvagem.

Mas se essa nova mania tem feito muita gente esfregar as mãos de entusiasmo, já
começa também a causar preocupação em grandes gurus das finanças, instituições
financeiras, governos e reguladores. Algo que ocorre nem tanto devido à magnitude
de seu volume financeiro, mas sobretudo por conta de sua trajetória acentuada de
crescimento e pelo risco que configura para os mercados em geral.

Estados e grandes bancos já falam em revidar criando suas próprias cryptomoedas,


e autoridades começam, aos poucos, a intervir por meio de regras e proibições. De
Brasília a Nova York, esquemas vêm sendo desmantelados, levando, em alguns
casos, seus agentes à prisão. Seria ingênuo imaginar, afinal, que, tocando em
aspectos tão sensíveis da economia mundial, as cryptomoedas fariam
imperturbáveis seu caminho rumo ao sonho hayekiano de “desestatização” do
dinheiro capitalista.

Por razões teóricas e práticas, que não cabem ser aqui aprofundadas, muito indica
que, concernente aos aspectos monetários, o futuro do Bitcoin parece pouco
promissor. É mais provável que siga sua trajetória antes como um reluzente ativo
financeiro do que como uma moeda no sentido pleno do termo. Mas mesmo neste
caso, trata-se de algo bastante incerto e arriscado.

O Bitcoin é uma moeda de emissão limitada (buscando mimetizar a escassez do


ouro, seu algoritmo-base estipula um total de 21 milhões de Bitcoins a serem
decrescentemente criados/minerados até 2140), o que impõe grandes desafios à
sua circulação.

Vinculado a este problema, cresce em alta velocidade (por razões econômicas, mas
também técnicas) o número de milionários Bitcoin e a consequente concentração
econômica em seu ambiente, em proporção muito maior do que a verificada em
qualquer outra moeda existente.
Para piorar, sua gestão começa a dar mostras de relevantes problemas de
segurança da informação, e emergem dúvidas sobre o real poder da elite de
técnicos sob a qual é sustentado seu funcionamento pretensamente horizontal,
neutro e impessoal.

No entanto, uma das características que mais vem chamando a atenção dos
mercados é sua altíssima volatilidade –o quanto seu preço varia em um dado
período de tempo.

Essa assustadora montanha russa de variações dificulta sua adoção como moeda,
uma vez que poucas pessoas se sentiriam confiantes para fazerem dívidas,
comprarem produtos básicos ou receberem seus salários em um ativo que pode cair
pela metade ou duplicar de valor no espaço restrito de um mês ou pouco mais. No
entanto, essa mesma volatilidade configura, para especuladores, um grande atrativo,
já que ganhos consideráveis podem ser obtidos em um curto espaço de tempo,
explorando tais oscilações.

Eis, então, um dos segredos por trás do boom das cryptomoedas. Do ponto de vista
estrutural, a rápida valorização do Bitcoin é apenas mais uma ponta do iceberg da
financeirização generalizada a que as economias vêm sendo submetidas nas
últimas décadas.

Turbinado pela liberalização e desregulamentação financeira, pelo engajamento dos


Estados no processo generalizado de inflação de ativos, pela privatização de bens e
serviços públicos e estatais, a corrida do Bitcoin, bem como as demais venturas e
desventuras dessa forma de inovação financeira, não é causa, mas o sintoma de um
problema maior: o excesso de riqueza concentrada na esfera financeira que, sem se
dirigir a investimentos produtivos, vive da busca constante por novas oportunidades
de ganhos fictícios de curtíssimo prazo.

Eis, pois, seu paradoxo. Antes do que uma nova fonte de perturbações, a corrida do
Bitcoin é mais um produto da instabilidade sistêmica vinculada à submissão
crescente da reprodução da vida social ao objetivos, temporalidades e modos de
funcionamento da Finança.

02.out.2017
Sobre o autor:

Edemilson Paraná (pseudônimo de Edemilson Cruz Santana Junior). Doutor em Sociologia pela
Universidade de Brasília (UnB), com período sanduíche na SOAS (University of London). Atuou como
pesquisador-bolsista no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) no projeto Sistema Monetário
e Financeiro Internacional (2015-16). É autor do livro A finança Digitalizada: capitalismo financeiro e
revolução informacional (Insular, 2016).

Fonte dos textos:

https://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2016/05/23/40-das-operacoes-na-
bolsa-brasileira-sao-feitas-por-robos/

http://brasildebate.com.br/crise-risco-e-aceleracao-social-na-era-da-financa-
digitalizada/

https://www.poder360.com.br/opiniao/economia/corrida-por-bitcoin-e-produto-de-
instabilidade-e-submissao-as-financas/

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