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SECRETARIA DOS TRANSPORTES

MANUAL DE NORMAS
PAVIMENTAÇÃO

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM

Outubro/2000

Revisão 1
SECRETARIA DOS TRANSPORTES

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM

MANUAL

3. PAVIMENTAÇÃO ÍNDICE

Seção 3.01 – Demolição de pavimento.


Seção 3.02 - Melhoria do Sub-leito e Preparo do Leito.
Seção 3.03 - Reforço do Sub-leito.
Seção 3.04 - Sub-Bases e Bases de Solo-Cimento.
Seção 3.05 - Sub-Bases e Bases Estabilizadas Granulometricamente.
Seção 3.06 - Sub-Bases e Bases de Brita Graduada, Tratada ou não com Cimento.
Seção 3.07 - Sub-bases e Bases de Macadame Hidráulico.
Seção 3.08 - Sub-Bases e Bases de Macadame Betuminoso.
Seção 3.09 Base de Solo Arenoso Fino Laterítico.
Seção 3.10 - Sub-base ou base de solo estabilizado quimicamente.
Seção 3.11 - lmprimaduras Asfálticas.
Seção 3.12 - Tratamentos Superficiais Asfálticos.
Seção 3.13 - Micropavimento com polímero.
Seção 3.14 - Revestimento com Lama Asfáltica.
Seção 3.15 - Revestimento com Lama Asfáltica Grossa.
Seção 3.16 - Tratamentos superficiais modificados por poliremos.
Seção 3.17 - Camada de Base ou de Regularização de Pré-Misturado a Frio com
Emprego de Emulsões Asfálticas Catiônicas.
Seção 3.18 - Camada de base Pré-misturada a quente modificada por polímero.
Seção 3.19 - Camada de Rolamento de Concreto Asfáltico e Camada Intermediária
("Binder") Asfáltica Usinada a Quente.
Seção 3.20 - Concreto asfáltico poroso modificado por polímero.
Seção 3.21 - Concreto asfáltico modificado por polímero.
Seção 3.22 - Capa Selante Betuminosa.
Seção 3.23 - Fresagem de pavimento.
Seção 3.24 - Pavimento de concreto.
Seção 3.25 - Pavimento de Concreto Intertravado.
Seção 3.26 - Pavimento reciclado "in loco''.
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3. PAVIMENTAÇÃO
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Seção 3.01 – Demolição de Pavimento.

Códigos: 23.01.01 – Demolição de Pavimento Flexível;


23.01.02 – Demolição de Pavimento Rígido;
23.01.03 – Transporte de Material Demolido Além 1km

1. DESCRIÇÃO.

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento dos
equipamentos, corte de material betuminoso, carga, transporte e descarga dos resíduos
resultantes de operação de fresagem do pavimento asfáltico, em conformidade com a norma
a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.2 Antes da execução da demolição, todos os equipamentos necessários e os materiais de


substituição deverão estar disponíveis no canteiro de serviços;

1.3 Na demolição de pavimentos de concreto deverão ser tomados os cuidados necessários


à manutenção da integridade de estruturas anexas;

1.4 Em substituição aos procedimentos manuais poderão ser utilizados ou associados os


processos mecânicos de demolição e transporte (martelete pneumático, pá-carregadeira,
etc.);
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3. PAVIMENTAÇÃO
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2. EQUIPAMENTOS

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos locais e


compatíveis com os materiais utilizados nos pavimentos, atendendo ao que dispõem as
prescrições específicas para os serviços similares.

Recomendam-se, no mínimo, os seguintes equipamentos:

- Caminhão basculante;
- Caminhão de carroceria fixa;
- Compressor de ar, rompedor pneumático e/ou rompedor hidráulico;
- Pá carregadeira;
- Guincho ou caminhão com grua ou Munck.

3. EXECUÇÃO

3.1 Etapas da Demolição

A demolição dos pavimentos envolverá as seguintes etapas:

a) Indicação do trecho da fração de trecho a ser demolida e dos processos a serem


utilizados;

b) Demolição do pavimento mediante emprego de ferramentas manuais (marretas, punções,


talhadeiras, pás, picaretas, alavancas, etc.) ou equipamentos mecânicos como: martelete a
ar comprimido, trator, escavadeira, retroescavadeira com implemento de corte;

c) Os fragmentos resultantes devem ser reduzidos a ponto de tornar possível o seu


carregamento, com emprego de pás ou outros processos manuais ou mecânicos;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

d) O material fragmentado será então carregado em caminhões e transportado para os bota-


foras previamente escolhidos;

e) Limpeza da superfície resultante da remoção, com emprego de vassouras manuais ou


mecânicas.
3.2 Proteção ao Meio Ambiente

Durante a demolição deverão ser preservadas as condições ambientais exigindo-se, entre


outros, os seguintes procedimentos:

a) Todos os materiais excedentes de escavações ou sobras, deverão ser removidos das


proximidades dos dispositivos evitando provocar o seu entupimento, cuidando-se ainda, que
esses materiais não sejam conduzidos para os cursos d’água causando seu assoreamento;

b) Em todos os locais onde ocorrerem escavações, necessários a demolição dos


dispositivos, deverão ser tomadas medidas de manutenção, através de replantio da
vegetação ou grama;

c) Nas áreas de bota-foras, deverão ser evitados os lançamentos de materiais, que possam
afetar o sistema de drenagem superficial.

3.3 Controle de Qualidade

3.3.1. Controle da Execução

O controle do serviço consistirá da apreciação visual da demolição efetuada e da verificação


da adequação do local escolhido para a deposição do material removido.
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3.3.2. Controle Geométrico

a) A verificação dos trabalhos de demolição será feito através de levantamentos


topográficos, e de determinações de medidas a régua ou trenas.

b) Os segmentos a serem demolidas serão indicados em Notas de Serviço com as quais


será feito o acompanhamento da execução;

c) Da mesma forma será feito o acompanhamento dos volumes demolidos e sua


fragmentação de modo a favorecer a sua remoção da área de trabalho.

3.3.3. Controle de Acabamento

O controle qualitativo dos trabalhos será feito de forma visual avaliando-se as características
dos serviços executados.

3.3.4. Aceitação e Rejeição dos Serviços

a) Os serviços serão aceitos desde que atendidas as exigências contidas nesta


Especificação;

b) Em caso contrário os serviços deverão ser complementados.

4. MEDIÇÃO.

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros cúbicos de material


demolido, medidos em projeto ou no local de demolição.

5. PAGAMENTO.

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos aos preços unitários
contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os
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3. PAVIMENTAÇÃO
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materiais, a mão-de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos utilizados em sua


execução pela Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.01.01 – Demolição de Pavimento Asfáltico m3


23.01.02 – Demolição de Pavimento Rígido m3
23.01.03 – Transporte de Material Demolido Além 1km m3
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 01
-

Seção 3.02 - Melhoria do Sub-leito e Preparo do Leito.

Códigos: 23.02.01 – Melhoria do sub-leito e preparo do leito 100%PN;


23.02.02 – Melhoria do sub-leito e preparo do leito 100%PI.

1. DESCRIÇÃO

Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem na execução, sobre a


terraplenagem acabada, de todas as operações necessárias à compactação do sub-leito no
grau especificado, na profundidade de quinze centímetros, e ao preparo do leito, para
obtenção da superfície definida nos alinhamentos, perfis e seções transversais do projeto.

2. MATERIAIS

Os materiais serão, quase sempre, os materiais existentes na área em que os serviços são
executados. Excepcionalmente, quando for necessário importação, serão empregados
materiais extraídos dos mesmos locais em que foram feitas as escavações da
terraplenagem.

3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento

O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma dentro
dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) motoniveladora pesada com escarificador;


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b) irrigadeiras equipadas com bomba e barra espargidora;

c) equipamentos para mistura:


c.1 - arado de disco e trator de peso compatível;
c.2 - pulvemisturadora rebocável ou autopropelida

d) rolos compactadores, estáticos ou vibratórios, rebocáveis ou autopropelidos:


d.1 - de rodas metálicas, lisas ou corrugadas;
d.2 - de pés de carneiro ou de grade;
d.3 - de pneus, de pressão constante ou variável,

e) compactadores vibratórios portáteis ou sapos mecânicos,

f ) ferramentas manuais, gabaritos e régua, de madeira ou metálica, de três metros de


comprimento.

Se o equipamento não satisfizer as condições mínimas para sua utilização, será rejeitado
pela Fiscalização.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização poderão ser utilizados, desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.

3.2 Operações

3.2.1 Serviços Preliminares.

Antes de iniciar as operações construtivas, serão assentados, a distância conveniente das


bordas da pista, piquetes que funcionarão como amarração do eixo e referência para
controle de cotas
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 03
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3.2.2 Regularização da Superfície.

As operações construtivas propriamente ditas serão iniciadas com o umedecimento para


escavação do material em excesso, que deverá, em seguida ser transportado, para os locais
que devam ser aterrados. Se, depois disso, ainda houver, falta de material para aterro,
proceder-se-á à importação do volume necessário.

3.2.3. Escarificação, Pulverização e Umedecimento.

Após a regularização, proceder-se-á à escarificação da superfície obtida até a cota quinze


centímetros inferior à cota de projeto dos serviços acabados. Após a escarificação, será
realizado o controle das cotas obtidas e, onde for necessário, serão repetidas as operações
de regularização e escarificação. Se as cotas obtidas nas superfícies inferior e superior da
camada escarificada forem satisfatórias, serão iniciadas as operações de pulverização e
umedecimento. A água deverá ser uniformemente distribuída, ao longo do percurso da
irrigadeira. Imediatamente após o início do umedecimento, serão iniciadas, com a
pulvemisturadora, as operações de homogeneização da umidade em toda a espessura da
camada. Os teores de umidade obtidos serão controlados e as operações de umedecimento
e homogeneização prosseguirão até que se obtenha umidade que não difira da ótima,
correspondente à energia de compactação especificada, em mais de um ponto percentual
(Ho ± 1 %).

3.2.4 Compactação.

Após a obtenção do teor de umidade especificado, serão iniciadas as operações de


compactação com rolos compatíveis com o tipo de solo. A compactação será executada
progressivamente, das bordas para o centro da pista, até a obtenção do grau especificado.
Durante a fase de compactação, deverão ser efetuadas verificações das cotas obtidas, de
modo a assegurar que, na fase de acabamento da superfície, não seja necessário executar
aterros.
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3.2.5 Acabamento.

O acabamento da superfície será executado com rolos liso e de pneus, admitindo-se cortes,
quando necessários, mas não se admitindo aterros.

As operações de acabamento compreendem a remoção do material solto, proveniente dos


cortes para acerto das cotas.

3.3 Controle

3.3.1 Controle Geotécnico.

O controle geotécnico compreenderá:

I - ensaios para controle da execução do projeto:

a) ensaios de caracterização, executados à razão de uma caracterização para cada 250


metros de pista, com amostras colhidas na pista, do material pulverizado, e consistindo
em determinar o seguinte:

- limite de liquidez (LL), pelo método DER M 4-61;


- limite de plasticidade (LP), pelo método DER M 5-61;
- granulometria, pelo método DER M 6 -61;

b) ensaio para determinação do índice de suporte Califórnia (CBR), pelo método DER M 53-
71, onde o tipo de ensaio dependerá da porcentagem (P) de material que passa na
peneira de 0,075 mm (n.º 200), a saber:
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P (em peso) Tipo de ensaio


< 35 % S.5 I.G.
> 35 % S.5 N.G.

Será realizado um ensaio para cada 500 metros de pista, com amostras colhidas na pista,
após a pulverização, satisfazendo a seguinte condição:

CBR - K.S > CBR projeto, sendo

CBR - média aritmética dos valores de CBR obtidos;


S = desvio padrão;
K = coeficiente indicado no Anexo I, função do número N de elementos da amostra, no
mínimo igual a cinco.

II - ensaios para fins de controle de execução e de recebimento dos serviços:

a) quando for necessário, a critério da Fiscalização.

- ensaio de compactação, pelo método DER M 13-71 com a energia especificada no


projeto, à razão de um ensaio para cada 120 metros de pista ou 240 metros de
acostamento, para determinação dos seguintes parâmetros:
- massa específica aparente seca máxima (∆s máx.);
- umidade ótima (Ho);

b) determinação do teor de umidade, pelo método DER 145-60, com umidímetro Speedy ou
similar, à razão de uma determinação para cada 100 metros de pista, e para cada fixa,
demarcada pela largura da pulvemisturadora no sentido transversal, em amostras
representativas de toda a espessura da camada e colhida após a conclusão das operações
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de umedecimento e homogeneização, para decidir se é possível, ou não, iniciar a


compactação;

c) determinação da massa específica aparente seca, obtida "in situ", pelo processo do funil
de areia e segundo o método DER M 23-57, em amostras retiradas na profundidade de, no
mínimo, 75% de espessura da camada, à razão de, no mínimo, uma determinação para 40
metros de pista ou 80 metros de acostamento.

3.3.2 Controle Geométrico.

O controle geométrico será exercido:

a) durante as operações construtivas, com base nos piquetes de amarração do eixo e


referência de cotas;

b) durante as operações de acabamento, com a régua.

3.4 Conservação

A Empresa Contratada conservará os serviços recebidos, sem ônus para o DER e


independentemente de ordem da Fiscalização, podendo, se julgar necessário, impor
restrições ao tráfego no local

3.5 Condições de Recebimento

A melhoria do sub -leito e preparo do leito, executados com autorização da Fiscalização e de


conformidade com esta norma, serão recebidos:
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1) no que respeita ao alinhamento, se não forem encontradas semí-larguras menores que as


de projeto;

2) no que respeita à espessura e à conformação final da superfície, se não forem


encontradas diferenças maiores que:

a) 10% de espessura de projeto, em qualquer ponto da camada;

b) dois centímetros, para mais ou para menos, nas cotas de projeto, sendo a verificação
realizada com cordéis esticados e apoiados sobre os piquetes laterais e, se necessário, com
a régua de 3,00 metros de comprimento aplicada, em qualquer posição, ao longo da qual,
segundo o projeto, não haja mudança de declividade;

3) no que respeita ao grau de compactação, calculado com base na massa específica


aparente seca, determinada pelo método DER M 23-57, e referido à massa específica
aparente seca máxima obtida no ensaio de compactação realizado pelo método DER M 13-
71;

a) se não for obtido nenhum valor menor que 100%; ou

b) se for satisfeita a seguinte condição:

X - K.S / 100%

sendo-
X - média aritmética dos graus de compactação obtidos,
S - desvio padrão;
K - coeficiente indicado no anexo I, função do número N de elementos da amostra, no
mínimo igual a cinco.

3.6 Proteção do Meio-Ambiente

Como a maioria das operações para execução do preparo ou melhoria do sub-leito


ocorrem sobre a plataforma estradal os cuidados destinados à preservação
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ambientam referem-se ao disciplinamento do tráfego e do estacionamento dos


equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar a destruição desnecessária de vegetação.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos devem ser localizadas de forma que resíduos de lubrificantes e/ou de
combustíveis não sejam levados até cursos d'água.

4. MEDIÇÃO

Os serviços de melhoria do sub-leito e preparo do leito, recebidos de conformidade com esta


norma, serão medidos em metros quadrados, com base nas medidas contidas no projeto e
confirmadas pela Fiscalização.

5. PAGAMENTO

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos aos preços unitários
contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá remuneração única para toda a mão-
de-obra, lei sociais, equipamentos, materiais e outros recursos utilizados em sua execução
pela Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.02.01 – Melhoria do sub-leito e preparo do leito - 100%PN m2


23.02.02 – Melhoria do sub-leito e preparo do leito - 100%PI m2
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ANEXO I

VALORES DOS COEFICIENTES "K"

N K N K N K
4 0,95 10 0,77 25 0,67
5 0,89 12 0,75 30 0,66
6 0,85 14 0,73 40 0,64
7 0,82 16 0,71 50 0,63
8 0,80 18 0,70 100 0,60
9 0,78 20 0,69 : 0,52

Condição necessária:

X - K.S > L*

Onde:

∑ Xi
1
X=
N

(Xi valores individuais da amostra)

∑ ( Xi − X ) 2

S= 1

( N −1)

L* representa o limite especificado na Norma


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3. PAVIMENTAÇÃO
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Seção 3.03 - Reforço do Sub-leito.

Códigos: 23.03.01 – Reforço do sub-leito escavação de solo escolhido;


23.03.02.01 – Reforço do sub-leito transporte ate 1km;
23.03.02.02 – Reforço do sub-leito transporte ate 2km;
23.03.02.03 – Reforço do sub-leito transporte ate 5km;
23.03.02.04 – Reforço do sub-leito transporte ate 10km;
23.03.02.05 – Reforço do sub-leito transporte ate 15km;
23.03.02.06 – Reforço do sub-leito transporte alem de 15km;
23.03.03 - Reforço do sub-leito compactação 100% PI;
23.03.04 - Reforço do sub-leito compactação 100% PN.

1. DESCRIÇÃO

Os serviços aos quais se refere a presente Seção compreendem todas as operações


necessárias à construção, sobre o leito preparado de acordo com a Seção 3.01, deste
Manual, de uma camada de pavimento, de espessura especificada e constante ao longo da
seção transversal, constituída por solo escolhido e adequadamente compactado,
obedecendo aos alinhamentos, perfis e seções transversais do projeto.

2. MATERIAIS

Os materiais empregados, extraídos de jazidas determinadas no projeto ou indicadas pela


Fiscalização, deverão ser isentos de solo vegetal e impurezas e possuir características
superiores às do material do sub -leito, sendo imprescindível que:

a) possuam índice de suporte Califórnia (CBR), determinado pelo método DER M 53-71, na
energia especificada, superior ao do sub -leito;
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b) possuam expansão máxima de 2%, medida com sobrecarga de 4,5 kg.

3 EXECUÇÃO

3.1 Equipamento

O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços descritos nesta norma dentro dos
prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) escavadeira hidráulica;

b) caminhão com caçamba basculante;

c) motoniveladora pesada, com escarificador;

d) irrigadeiras equipadas com bomba e barra espargidora;

e) trator de esteiras:
e.1 - arado de disco e trator de peso compatível;
e.2 - pulvemisturadora rebocável ou autopropelida;

f) rolos compactadores, estáticos ou vibratórios, rebocáveis ou autopropelidos:


f.1 - de rodas metálicas, lisas ou corrugadas; de pés de carneiro ou grade;
f.2 - de pneus de pressão constante ou variável;

g) compactadores vibratórios portáteis ou sapos mecânicos;

h) ferramentas manuais, gabaritos e régua, de madeira ou metálica, de três metros de


comprimento.
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3. PAVIMENTAÇÃO
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Se o equipamento não satisfizer as condições mínimas para sua utilização, será rejeitado
pela Fiscalização.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados, desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.

3.2 Operações

3.2.1 Serviços Preliminares.

Antes de iniciar as operações construtivas, serão assentados, a distância conveniente das


bordas da pista, piquetes que funcionarão como amarração do eixo referência para controle
de cotas.

3.2.2 Importação de Materiais.

Os materiais escavados e transportados para o local de aplicação poderão ser


descarregados na pista, formando montes e leiras, para posterior esparrame com
motoniveladora.

3.2.3 Esparrame.

Os materiais serão esparramados em camadas individuais de, no mínimo, 10 cm e de, no


máximo, 20 cm de espessura após a compactação.

3.2.4 Pulverização e Umidecimento.

Após o esparrame dos materiais, deverá ser determinado o teor de umidade. Se houver
excesso de umidade, os materiais deverão ser revolvidos, com motoniveladora ou com
Equipamento de mistura, até que seja obtida umidade que não difira da ótima de mais de
dois pontos percentuais (Ho ≠ 2%). Se houver falta de umidade, a quantidade de água
faltante deverá ser adicionada parcelada e uniformemente, ao longo do percurso da
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irrigadeira e ao longo de sua barra espargidora. À medida que for sendo adicionada a água
ao solo, este será misturado com o equipamento especificado, de modo a se obter umidade
uniforme em toda a espessura da camada a ser compactada.

3.2.5 Compactação.

Após a obtenção do teor adequado de umidade, serão iniciadas as operações- de


compactação com rolos compatíveis com o tipo de solo. Os rolos percorrerão a camada que
está sendo compactada, em trajetória eqüidistante do eixo, de modo a superpor, em cada
percurso, parte da superfície coberta no percurso anterior em pelo menos 20 cm. Os
percursos serão realizados das bordas para o centro, nos trechos em tangente, e da borda
mais baixa para a borda mais alta, nos trechos em curva, repetidamente, até ser obtido o
grau de compactação especificado no projeto.

3.2.6 Acabamento.

A conformação da superfície final da camada de reforço de sub -leito deverá ser executada
simultaneamente com a compactação da última camada. O acabamento da superfície será
executado com rolos lisos e de pneus, admitindo-se cortes quando necessário, mas não se
admitindo aterros. Se houver necessidade de aterro, a última camada deverá ser refeita,
sem ônus para o DER e independentemente de ordem da Fiscalização. As operações de
acabamento compreendem a remoção do material solto, proveniente dos cortes para acerto
das cotas.

3.3 Controle

3.3.1 Controle geotécnico.

O controle geotécnico compreenderá:


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I - ensaios para controle da execução do projeto:

a) ensaios de caracterização, executados à razão de uma caracterização para cada 250


metros de pista, com amostras colhidas na pista, do material pulverizado, e consistindo em
determinar o seguinte:

- limite de liquidez (LL), pelo método DER M 4-61;

- limite de plasticidade (LP), pelo método DER M 5-61;

- granulometria, pelo m4todo DER M 6 -61;

b) ensaio para determinação do índice de suporte Califórnia (CBR), na energia intermediária


(S5-IG) pelo método DER M 53-71, à razão de um ensaio para cada 500 metros de pista, de
amostras colhidas na pista, após a pulverização, satisfazendo as seguintes condições:

CBR - K.S > CBR projeto, sendo:


CBR: média aritmética dos valores de CBR obtidos;
S: desvio padrão
K: coeficiente indicado no Anexo I, função do número N de elementos da amostra, no
mínimo igual a cinco.

II - ensaios para fins de controle de execução e de recebimento dos serviços executados.

a) quando for necessário, a critério da Fiscalização, ensaio de compactação, pelo método


DER M 13-71 com a energia especificada no projeto, à razão de um ensaio para cada
camada, e para cada 120 metros de pista, para determinação dos seguintes parâmetros:
- massa específica aparente seca máxima (ys máx.);
- umidade ótima (Ho)
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3. PAVIMENTAÇÃO
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b) determinação do teor de umidade, pelo método DER M 145-60, com umidímetro Speedy
ou similar em cada camada , à razão de uma determinação para cada 100 metros de pista, e
para cada faixa, demarcada pela largura da pulvemisturadora no sentido transversal, em
amostras representativas de toda a espessura da camada e colhidas após a conclusão das
operações de umedecimento e homogeneização, para decidir se é possível, ou não, iniciar a
compactação;

c) determinação da massa específica aparente seca, obtida "in situ", pelo processo do funil
de areia e segundo o método DER M 23-57, em amostras
retiradas na profundidade de, no mínimo, 75% da espessura da camada, à razão de, no
mínimo, uma determinação para 40 metros de camada compactada.

3.3.2 Controle Geométrico.

O controle geométrico será exercido:

a) durante as operações construtivas, com base nos piquetes de amarração do eixo e


referência de cotas;

b) durante as operações de acabamento, com a régua.

3.4 Conservação

A Empresa Contratada conservará os serviços recebidos, sem ônus para o DER e


independentemente de ordem da Fiscalização, podendo, se julgar necessário, impor
restrições ao tráfego no local.
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FL. 07

3.5 Condições de Recebimento

O reforço do sub-leito executado com autorização da Fiscalização e de conformidade com


esta norma, será recebido:

1) no que respeita ao alinhamento, se não forem encontradas semi-larguras menores que as


de projeto;

2) no que respeita à espessura e à conformação final da superfície, se não forem


encontradas diferenças maiores que:

a) 10% da espessura de projeto, em qualquer ponto da camada;

b) dois centímetros, para mais ou para menos, nas cotas de projeto, sendo a verificação
realizada com cordéis esticados e apoiados sobre os piquetes laterais e, se necessário,
com a régua de 3,00 metros de comprimento apoiada sobre a superfície do leito
preparado em qualquer posição, ao longo da qual, segundo o projeto, não haja mudança
de declividade;

3) no que respeita ao grau de compactação, calculado com base na massa específica


aparente seca, determinada pelo método DER M 23-57, e referido à massa específica
aparente seca máxima obtida no ensaio de compactação realizado pelo método DER M 13-
71:

a) se não for obtido nenhum valor menor que 100%; ou

b) se for satisfeita a seguinte condição:

X - K.S > 100%


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FL. 08

Sendo:
X - média aritmética dos graus de compactação obtidos;
S - desvio padrão
K - coeficiente indicado no Anexo I, função do número N de
elementos da amostra, no mínimo igual a cinco.

3.6 Proteção do Meio-Ambiente

Os cuidados a serem observados visando proteção do meio ambiente no decorrer das


operações de execução das camadas de reforço do sub-leito, são:

a) Na exploração de jazidas

A Empresa Contratada só poderá executar escavação em jazida que estiver prevista no


projeto ou tiver sido projetada e especialmente aprovada pela fiscalização, durante a
construção. A exploração da jazida somente poderá ser iniciada após a obtenção da licença
ambiental específica. Deverão ser observados os seguintes cuidados na exploração de
jazidas.
- O desmatamento, destacamento, e limpeza, a ser executado de acordo com a Seção
2.02, será feita dentro do limite da área licenciada, e o material retirado deverá ser estocado
de forma que, após a exploração, o solo orgânico possa ser utilizado na recuperação da
área.

- Não é permitida a queima de vegetação removida;

- Deve ser evitada a localização de jazidas em área de boa aptidão agrícola;

- Não deverá ser explorada jazida em áreas de reservas ecológicas e ou florestais, de


preservação cultural, ou mesmo de suas proximidades;
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FL. 09

- As áreas ser mantidas durante sua exploração conveniente drenadas de modo a evitar o
acúmulo de águas, bem como, os efeitos de erosão;

- A exploração deverá ser feita de acordo com o projeto aprovado pela fiscalização e
licenciado ambientalmente. Qualquer alteração deverá ser objeto de complementação do
licenciamento ambiental;

b) Na Execução

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e estacionamento


dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal, para
evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na
drenagem natural.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

4 MEDIÇÃO

Os serviços, objeto desta norma, serão medidos:


a) em de camada acabada, para a escavado do solo escolhido aplicado "in natura";

b) em m³ de camada acabada x km, para o transporte do material importado;


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL.10

c) em m³ de camada acabada, para a compactação exigida no projeto.

O volume de reforço do sub -leito será calculado considerando o comprimento e a largura,


conforme o projeto, em projeção horizontal, e a espessura de projeto.

A determinação da distância de transporte será realizada:

a) com base no estaqueamento da estrada, quando o transporte for executado dentro da


faixa de domínio, pela estrada ou por caminho de serviço que a acompanhe;

b) com base em anotações do hodômetro do veículo, quando o transporte for executado fora
da faixa de domínio, em caminho de serviço, existente ou construído pela Empresa
Contratada, aprovado pela Fiscalização

5 PAGAMENTO

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos aos preços unitários
contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá remuneração única para toda a mão-
de-obra, lei sociais, equipamentos, materiais e outros recursos utilizados em sua execução
pela Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefícios e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.03.01 - Reforço do sub-leito solo escolhido m


23.03.02.01 - Reforço do sub -leito transporte até 1 km m3xkm
23.03.02.02 - Reforço do sub -leito transporte até 2 km m3xkm
23.03.02.03 - Reforço do sub -leito transporte até 5 km m3xkm
23.03.02.04 - Reforço do sub -leito transporte até 10 km m3xkm
23.03.02.05 - Reforço do sub -leito transporte até 15 km m3xkm
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FL.11

23.03.02.06 - Reforço do sub -leito transporte além 15 km m3xkm


23.03.03 - Reforço do sub-leito compactação 100% PI m3
23.03.04 - Reforço do sub-leito compactação 100% PN m3
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FL.12

ANEXO I

VALORES DOS COEFICIENTES "K''

N K N K N K
4 0,95 10 0,77 25 0,67
5 0,89 12 0,75 30 0,66
6 0,85 14 0,73 40 0,64
7 0,82 16 0,71 50 0,63
8 0,80 18 0,70 100 0,60
9 0,78 20 0,69 : 0,52

Condição necessária:

X - K.S > L*

onde:
N

∑ Xi
1
X=
N

(Xi valores individuais da amostra)

∑ ( Xi − X ) 2

S= 1

( N −1)

L* representa o limite especificado na Norma.


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Seção 3.04 - Sub-Bases e Bases de Solo-Cimento.

Códigos: 23.03.01 – Reforço do sub-leito escavação de solo escolhido;


23.03.02.01 – Reforço do sub-leito transporte ate 1km;
23.03.02.02 – Reforço do sub-leito transporte ate 2km;
23.03.02.03 – Reforço do sub-leito transporte ate 5km;
23.03.02.04 – Reforço do sub-leito transporte ate 10km;
23.03.02.05 – Reforço do sub-leito transporte ate 15km;
23.03.02.06 – Reforço do sub-leito transporte alem de 15km;
23.03.03 - Reforço do sub-leito compactação 100% PI;
23.03.04 - Reforço do sub-leito compactação 100% PN;
23.04.01.01 – Sub-base ou base de solo cimento 3% - Usina;
23.04.01.01 – Sub-base ou base de solo cimento 3% - Usina;
23.04.01.02 – Sub-base ou base de solo cimento 4% - Usina;
23.04.01.03 – Sub-base ou base de solo cimento 5% - Usina;
23.04.01.04 – Sub-base ou base de solo cimento 6% - Usina;
23.04.01.05 – Sub-base ou base de solo cimento 7% - Usina;
23.04.01.06 – Sub-base ou base de solo cimento 8% - Usina;
23.04.01.07 – Sub-base ou base de solo cimento 9% - Usina;
23.04.01.08 – Sub-base ou base de solo cimento 10% - Usina;
23.04.01.09 – Sub-base ou base de solo cimento 11% - Usina;
23.04.01.10 – Sub-base ou base de solo cimento 12% - Usina;
23.04.01.11 – Sub-base ou base de solo cimento 3% - Pulvemisturador;
23.04.01.12 – Sub-base ou base de solo cimento 4% - Pulvemisturador;
23.04.01.13 – Sub-base ou base de solo cimento 5% - Pulvemisturador;
23.04.01.14 – Sub-base ou base de solo cimento 6% - Pulvemisturador;
23.04.01.15 – Sub-base ou base de solo cimento 7% - Pulvemisturador;
23.04.01.16 – Sub-base ou base de solo cimento 8% - Pulvemisturador;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 02

23.04.01.17 – Sub-base ou base de solo cimento 9% - Pulvemisturador;


23.04.01.18 – Sub-base ou base de solo cimento 10% - Pulvemisturador;
23.04.01.19 – Sub-base ou base de solo cimento 11% - Pulvemisturador;
23.04.01.20 – Sub-base ou base de solo cimento 12% - Pulvemisturador.

1. DESCRIÇÃO

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, e de mão-de-obra e equipamentos necessários à
execução e controle de qualidade de sub-bases e bases de solo cimento, de conformidade
com a norma apresentada a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.2 Solo-cimento é o material produzido sob controle e resultante do endurecimento, de uma


mistura homogênea, adequadamente compactada e curada de solo(s) destorroado(s) com
cimento Portland comum e água, em proporções determinadas no respectivo projeto.

Eventualmente, podem entrar na mistura materiais com pedregulho, pedra britada etc.

1.3 As operações de preparação da mistura serão realizadas:

a) na pista, com pulvemisturadoras e outros equipamentos, quando o volume de sub-base


ou da base acabada for de até 25.000 M3; ou em usina, quando houver interesse da firma
contratada, prevalecendo neste caso, os preços adotados para mistura na pista.

b) em usina, quando o volume da sub -base ou da base acabada for maior que 25.000 m³.

2. MATERIAIS

2.1 Cimento

O cimento Portland comum deverá satisfazer as exigências contidas na especificação EB-1,


da ABNT. Os ensaios do cimento para fins de recebimento, serão realizados de
conformidade com os métodos MB-1 e MB-11, da ABNT;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

O cimento deverá ser armazenado em local suficientemente protegido da ação das


intempéries, da umidade e de outros agentes nocivos à sua qualidade. Se o cimento não for
fornecido a granel ou ensilado, deverá ser conservado em sua embalagem original, até a
ocasião do seu emprego. A pilha não deverá ser constituída de mais de 1 0. sacos, salvo se
o tempo de armazenamento for no máximo 15 dias, caso em que poderá atingir 15 sacos.
Lotes recebidos em épocas diversas não poderão ser misturados, devendo ser colocados
separadamente, de maneira a facilitar sua inspeção e seu emprego na ordem cronológica de
recebimento (V. item 8.1.1.3 da NB-1/78).

2.2 Solo

Os solos e as misturas de solos e outros materiais deverão satisfazer as seguintes


exigências:

a) possuir a trabalhabilidade necessária à realização das operações de construção da sub-


base ou da base, e

b) permitir a obtenção dos indicadores de qualidade previstos no projeto de pavimento.

2.3 Água

Será considerada satisfatória a água que, utilizada na moldagem de corpos de prova com a
mistura de projeto, não acarretar diminuição da resistência obtida em laboratório.

2.4 Aditivos

A Empresa Contratada poderá, se lhe convier e for autorizado pela fiscalização, utilizar
aditivos que não acarretem diminuição da resistência do solo-cimento.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 04

2.5 Dosagem

A dosagem de cimento na mistura será realizada em laboratório. O teor de cimento será


indicado no projeto em número inteiro e expresso em porcentagem de peso de cimento solto
em relação ao volume da sub-base ou da base acabada.

3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento

O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma dentro
dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) usina composta de misturador, silos, depósito de água e dispositivos de controle, capaz


de produzir quantidade suficiente de mistura com a composição e o teor de umidade
adequados, para volume de solo -cimento superior a 25.000 M3;

b) pá carregadeira sobre pneus para carga do material na usina;

c) pulvemisturadora, escarificadores e arados de discos, equipados com dispositivos de


controle da profundidade de trabalho;

d) motoniveladoras e arados de grade;

e) distribuidores de solo, de cimento e de solo -cimento, capazes de produzir camadas


uniformes em espessura e em adensamento;

f) veículos para transporte de cimento e veículos com caçamba basculante para transporte
de solo ou solo-cimento;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 05

g) tratores de rodas pneumáticas, para tração dos equipamentos que não forem
autopropelidos,

h) equipamento de compactação, constituído por rolos compactadores:


h.1- tipo"pé de carneiro" de peso variável,
h.2 - de rodas lisas metálicas, vibratórias;
h.3 - de rodas pneumáticas, de pressão regulável;

i) compactadores vibratórios portáteis ou sapos mecânicos;

j) irrigadeiras de, no mínimo 5.000 litros, equipadas com moto-bomba, capazes de distribuir
água sob pressão regulável e uniformemente;

l) régua de madeira ou metálica, com arestas vivas e 3,00 metros de comprimento;

m)pequenas ferramentas, tais como pás, enxadas, rastelos, etc.

Se o equipamento não satisfizer as condições mínimas para uma utilização, será rejeitado
pela Fiscalização.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.

O local de instalação da usina deverá ser escolhido, de modo a minimizar o momento total
de transporte. O local de instalação, quando não tiver sido indicado no projeto, será proposto
pela Empresa Contratada e aprovado pela Fiscalização.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 06

3.2 Locação e Nivelamento

Os serviços de locação e nivelamento serão executados pela Empresa Contratada e


verificados pela Fiscalização.

Nas posições correspondentes às estacas de locação, dos dois lados da pista e a distância
constante da linha base (eixo), serão assentados e nive lados piquetes para controle de
cotas e de alinhamento.

3.3 Serviços Preliminares

As sub-bases de solo-cimento serão geralmente executadas sobre a superfície resultante


dos serviços de Melhoria do Sub-leito e Preparo do leito, ou de Reforço do Sub-leito,
executados de conformidade com as normas contidas nas Seções respectivas.

3.4 Confinamento Lateral

As formas, quando utilizadas, deverão possuir altura suficiente para reter o material solto. O
posicionamento será executado de modo a obedecer ao alinhamento, perfil e seções
transversais de projeto.

3.5 Espessura da Camada

A espessura da camada acabada será de, no máximo, 15 centímetros. Quando se desejar


maior espessura, os serviços deverão ser executados em mais de uma camada, sendo a
espessura mínima acabada de qualquer delas de 10 centímetros.

3.6 Transporte e Distribuição

As operações de transporte deverão ser interrompidas sempre que o sub-leito, por estar
molhado, não for capaz de suportar, sem se deformar, o trânsito dos veículos.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 07

No caso de solo-cimento preparado na pista, quando for prevista mistura de solos, as


operações de descarga e distribuição deverão ser executadas, de modo a dispor os diversos
solos em camadas superpostas e uniformes, tanto quanto possível, em espessura e em
adensamento. A mistura será realizada de tal forma que, no final, pareça ter sido utilizado
apenas um tipo de solo.

3.7 Pulverização

Para assegurar a obtenção de uma mistura íntima e homogênea do solo com o cimento, o
solo deverá ser pulverizado, antes de lhe ser adicionado o cimento.
Quando o solo -cimento for preparado na pista, a pulverização poderá ser iniciada com
escarificadores e arados, mas deverá sempre ser concluída com pulvemisturadoras.

A pulverização será sempre realizada das bordas para o centro da pista até que 80% do
solo, no mínimo, considerado o seu peso seco, exclusive pedregulho ou pedra de diâmetro
superior a 4,8 mm (n.4), passe na peneira com esta abertura.

Para a pulverização é necessário, às vezes, um pré-umidecimento do solo, a fim de facilitar


tal operação.

Durante a fase de pulverização, deve-se manter o colchão de solo fofo dentro da espessura
prevista para o mesmo no projeto, o que se consegue com o emprego de motoniveladora.

3.8 Adição do Cimento

Quando o solo-cimento for preparado na pista, o cimento será distribuído uniformemente,


por processo manual ou mecânico, sobre a superfície regularizada do solo pulverizado. Se a
distribuição for manual, os sacos serão dispostos de modo a assegurar uniformidade de
distribuição. O número de sacos será contado e anotado. Em seguida, o conteúdo dos sacos
será esparramado. Nenhum equipamento, exceto o utilizado para a distribuição do cimento,
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 08

se for o caso, poderá transitar sobre o cimento esparramado. As operações do equipamento


de distribuição do cimento, se necessário, serão complementadas com rastelos.

3.9 Mistura do Solo com Cimento e Adição de Água

No caso de solo cimento preparado na pista, imediatamente após o término da distribuição


do cimento será iniciada a mistura deste com o solo.

Será obrigatória a utilização de pulvemisturadoras, admitindo-se, no entanto, o emprego


simultâneo de arados de disco e grade. A operação deverá prosseguir até que se obtenha
uma mistura intima e homogênea do solo com o cimento. A mistura estará concluída,
quando a cor cinzenta do cimento tenha praticamente desaparecido, apresentando-se a
mistura, em toda a superfície da camada, com uma coloração uniforme.

Após a mistura a seco o material será umedecido e imediatamente remisturado, sem


interrupções, para homogeneização da umidade. As operações de mistura úmida deverão
prosseguir até que a umidade, em toda a espessura e em toda a superfície da camada, ;seja
igual ou, de preferência, um pouco maior que a umidade ótima para compactação.

O excesso de umidade recomendado deverá ser o que for necessário e apenas suficiente,
para compensar a evaporação provocada pelas operações de mistura e pelas condições
ambientes (umidade relativa do ar, insolação e vento).

Será obrigatório, nas operações de mistura úmida, o emprego de irrigadeiras e


pulvemisturadoras. As operações de mistura úmida deverão estar concluídas dentro do
prazo máximo de 3 (três) horas, contando a partir do instante em que foi iniciada a adição de
água à mistura seca.
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FL. 09

A água deve ser adicionada uniformemente, em acréscimos tão grandes quanto o


equipamento e o solo permitam. As irrigadeiras devem ser providas de distribuidores de
pressão, a fim de ser mantida constante a descarga. Cada aplicação de água deve ser
imediatamente seguida de uma passada da pulvemisturadora, objetivando uma perfeita
homogeneização da umidade na mistura.

Após a ultima distribuição de água pela irrigadeira, a pulvemisturadora deverá continuar


operando, até que se consiga uma mistura de solo, cimento e água homogênea em toda a
espessura e largura da camada projetada.

As operações de mistura deverão estar inteiramente concluídas dentro do prazo máximo de


3 (três) horas, contando a partir do instante em que foi adicionado o acréscimo da
quantidade de água necessária para elevar a umidade da mistura ao seu teor ótimo de
compactação.

3.10 Compactação a Acabamento

Concluída a mistura úmida, a camada será regularizada para início das operações de
compactação. Nas primeiras passadas, os rolos compactadores deverão apoiar metade na
sub-base em construção e metade no acostamento.
Nos trechos em tangente, a compactação prosseguirá das duas bordas para o centro, em
percursos eqüidistantes da linha base (eixo). Os percursos ou passadas de cada rolo
compactador serão distanciados entre si de tal forma, que, em cada percurso, seja coberto
metade do rastro deixado no percurso anterior.

Nos trechos em curva, havendo sobrelevação, a compactação progredirá da borda mais


baixa para a mais alta, com percursos análogos aos descritos para os trechos em tangente.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 10

Nas partes adjacentes ao pavimento construído, a compactação será executada


transversalmente à linha base (eixo). Nas partes inacessíveis aos rolos compactadores,
assim como nas partes em que o seu uso for indesejável (cabeceiras de obras de arte), a
compactação será executada com compactadores vibratórios portáteis, ou com sapos
mecânicos.

As operações de compactação deverão prosseguir, sem interrupção, até que a massa


específica aparente seca iguale e exceda a massa específica aparente seca especificada
pela Fiscalização.

As operações de compactação deverão ser executadas dentro do prazo máximo de 2 (duas)


horas. Para fins de acabamento, a superfície final será regularizada com motoniveladora em
operação de corte.

3.11 Mistura em Usina

Quando o solo-cimento for preparado em usina, as operações construtivas deverão ser


realizadas de modo a não serem ultrapassados os prazos máximos fixados para as
operações realizadas na pista, a saber:

a) para a distribuição na pista da mistura úmida - 3 (três) horas;

b) para compactação da mistura úmida - 2 (duas) horas.

A quantidade de cimento consumida será anotada e comparada com o consumo previsto


indicado no projeto. A calibração da usina para que se assegure o teor de cimento e teor de
umidade previstos no projeto deverá ser efetuada sempre que o ritmo de serviço o permitir,
não se admitindo menos que duas verificações semanais.
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FL. 11

3.12 Processos Alternativos de Construção

As operações construtivas poderão ser modificadas, a pedido justificado da Empresa


Contratada e com autorização escrita da Fiscalização, desde que não haja prejuízo para a
qualidade do solo-cimento da sub -base ou da base

3.13 Cura

A superfície acabada da sub-base ou da base de solo-cimento será totalmente revestida


com uma camada de proteção, cuja função é impedir a evaporação da água e facilitando a
hidratação do cimento. A camada de proteção poderá consistir de:

a) 5 cm de solo arenoso; ou

b) 10 cm de capim; ou

c) aplicação com um dos materiais especificados a seguir:

c.1 asfalto diluídos de cura rápida, tipos CR-70 e CR-250, satisfazendo as exigências
contidas na P-EB – 652/73, da ABNT/IBP;
c.2 asfaltas diluídos de cura média, dos tipos CM-30, CM-70 e CM-250, satisfazendo as
exigências contidas na P-EB – 651/73, da ABNT/IB P;
c.3 emulsões asfálticas catiônicas, dos tipo RR-IC e RR-2C, satisfazendo as exigências
contidas na P-EB – 472/84, da ABNT/IBP.

As temperaturas de aplicação deverão ser as que permitiam a execução, dentro das


seguintes faixas de viscosidade Saybolt-Furol:

a) asfalto diluídos - 20 a 60 segundos;


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FL. 12

b) emulsões asfálticas - 20 a 100 segundos.

A aplicação do material será executada sobre sub -bases ou bases limpas com jato de ar
comprimido e umedecidas. O material asfáltico será espargido uniformemente, em uma
única aplicação e na temperatura adequada.

As camadas de proteção permeáveis (solo arenoso e capim) deverão ser mantidas úmidas,
durante 7 (sete) dias, por intermédio de regas freqüentes e controladas, de modo a evitar
que a água escorra sobre a superfície da sub-base ou da base, removendo o cimento nela
existente.

3.14 Proteção dos Serviços

Durante todo o tempo que durar a construção e até o recobrimento com outra camada de
pavimento as sub-bases ou as bases construídas ou em construção, bem como os materiais
a ela destinados, deverão ser protegidas contra a ação destrutiva das águas pluviais, do
trânsito e de outros agentes que possam danificá-las.

3.15 Abertura ao Trânsito

As sub-bases ou as bases de solo-cimento não deverão ser submetidas à ação direta das
cargas e da abrasão do trânsito. No entanto, a Fiscalização poderá autorizá-lo, em caráter
excepcional e em áreas limitadas quando os danos que possam ser provocados na
superfície acabada não prejudiquem quer a camada de solo -cimento, quer a camada de
pavimento que sobre ela será construída.

3.16 Controle

O controle compreenderá:

1) controle de execução do projeto, consistindo em:

a) controle das jazidas, relativamente à granulometria, limite de liquidez e índice de


plasticidade do solo, à razão de um ensaio de cada tipo para cada 500 metros de extensão
de sub-base ou de base;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 13

b) controle de grau de compactação, para o que serão efetuados furos de 40 em 40 metros,


ora próximo de uma das bordas da camada, ora no centro, ora próximo da borda oposta,
nesta seqüência, para determinação da massa específica aparente seca final atingida pelo
método DER-M 23-57 e, consequentemente, do grau de compactação obtido;

c) controle da resistência do solo-cimento, consistindo no rompimento por compressão, aos


7 (sete) dias de idade de corpos de prova moldados com a mistura úmida, à razão de um
para cada 40 (quarenta) metros de extensão de sub -base ou de base;

2) controle da execução dos serviços, consistindo em:

a) verificação dos piquetes de amarração da locação e de nivelamento, antes do início dos


serviços em cada sub-trecho;

b) verificação da espessura, da conformação, do destorroamento e da umidade na mistura


seca, tantas vezes quantas forem necessárias para assegurar o atendimento das exigências
fixadas para fins de recebimento;

c) verificação e anotação do consumo de cimento, em cada sub-trecho,

d) verificação da espessura, da conformação e da umidade na mistura úmida, tantas vezes


quantas forem necessárias para assegurar o atendimento das exigências fixadas para fins
de recebimento;

e) verificação do teor de cimento por titulação química, segundo a norma ASTM D-2901-70,
quando a mistura for feita em usina, com controle de hora em hora, com 2 (duas) amostras
de cada vez, no mínimo.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 14

A tolerância admitida na variação do teor de cimento determinado por titulação é de ± 1 0%


sobre o teor especificado,

f) controle e anotação do tempo despendido na mistura úmida em cada subtrecho-1

g) determinação da massa específica aparente seca, tantas quantas forem necessárias para
assegurar a obtenção da compactação especificada;

h) controle e anotação do tempo despendido na compactação em cada sub-trecho;

i) verificação da superfície durante o acabamento, tantas vezes quantas forem necessárias


para assegurar o atendimento das exigências fixadas para fins de recebimento. As
operações de controle serão executadas pela Empresa Contratada e assistidas pela
Fiscalização, sendo repetidas quando necessário.

3.17 Condições de Recebimento

As sub-bases ou as bases de solo-cimento, executadas com autorização da Fiscalização e


de conformidade com esta norma, serão recebidas:

1) no que respeita ao alinhamento, se não forem encontradas semilarguras menores que as


de projeto;

2) no que respeita à espessura e à conformação final da superfície, se não forem


encontradas diferenças maiores que:

a) 10% da espessura de projeto, em qualquer ponto da sub-base ou da base;


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 15

b) dois centímetros, para mais ou para menos, nas cotas de projeto, sendo a verificação
realizada com cordéis esticados e apoiados sobre os piquetes laterais e, se necessário, com
a régua de 3,00 metros de comprimento apoiada sobre a superfície da sub-base ou da base,
em qualquer posição, ao longo da qual, segundo o projeto, não haja mudança de
declividade;

3) no que respeita ao grau de compactação, calculado com base na massa específica


aparente seca, determinada pelo método DER M 23-57, e referido à massa específica
aparente seca máxima obtida no ensaio de compactação realizado pelo método DER M 13-
71, variantes N.c.g.r, ou N.c.g.s:

a) se não for obtido nenhum valor menor que 100% ou;

b) se for satisfeita a seguinte condição:

X - K.S > 100%

Sendo:

X - média aritmética dos graus de compactação obtidos;


S - desvio padrão
K - coeficiente indicado no Anexo I, função do número N de elementos da amostra, no
mínimo igual a cinco.

4) no que respeita à resistência dos corpos de prova à ruptura por compressão aos 7 (sete)
dias de idade, moldados com a mistura úmida colhida na pista, imediatamente antes da
compactação.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 16

a) se não for obtida nenhuma resistência inferior a 80% da correspondente à do solo-


cimento, obtida no ensaio simplificado de dosagem feito no laboratório com solo da mesma
jazida; ou

b) se for satisfeita a seguinte condição:

R - K.S > 0,8 r

Sendo:
R - média aritmética dos valores das resistências obtidas com corpos de prova moldados
com mistura feita em usina ou com pulvemisturadora;
S - desvio padrão;
K - coeficiente indicado no Anexo I, função do número N de elemento da amostra, no mínimo
igual a cinco;
r - resistência do solo-cimento obtida no ensaio de dosagem feito no laboratório.

3.18 Proteção do Meio-Ambiente.

Os cuidados a serem observados visando a proteção do meio ambiente na execução


das camadas de sub-bases ou bases de solo - cimento são os seguintes:

3.18.1 Na Exploração de Jazidas.

A empresa Contratada só poderá executar escavação em jazida que estiver prevista


no projeto ou tiver sido projetada e especialmente aprovada pela fiscalização, durante
a construção. A exploração da jazida somente poderá ser iniciada após a obtenção da
licença ambiental específica. Deverão ser observados os seguintes cuidados na
exploração de jazidas:
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 17

- O desmatamento, destacamento, e limpeza, ser executado de acordo com a Seção


2.02, será feita dentro do limite da área licenciada, e o material retirado deverá ser
estocado de forma que, após a exploração, o solo orgânico possa ser utilizado na
recuperação da área;

- Não é permitida a queima de vegetação removida;

- Deve ser evitada a localização de jazidas em área de boa aptidão agrícola;

- Não deverá ser explorado jazidas em áreas de reservas ecológicas e/ou florestais,
de preservação cultural, ou mesmo de suas proximidades;

- As áreas deverão ser mantidas durante sua exploração conveniente drenadas de


modo a evitar o acumulo de águas, bem como, os efeitos de erosão;

- A exploração deverá ser feita de acordo com o projeto aprovado pela fiscalização e
licenciado ambientalmente. Qualquer alteração deverá ser objeto de complementação
do licenciamento ambiental;

3.18.2 Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos:

a) Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem
natural;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 18

b) As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água;

4. MEDIÇÃO

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em:

a) metros cúbicos de sub-base ou de base acabada de solo-cimento misturado na pista;

b) metros cúbicos de sub-base ou de base acabada de solo-cimento misturado em usina;

c) metros cúbicos de sub-base ou de base acabada de solo-cimento, vezes quilômetros de


distância de transporte:

- do solo ou solos utilizados, no caso de solo-cimento obtido por mistura na pista, ou

- do solo ou solos utilizados, da jazida para usina, e do solo-cimento, da usina para a pista,
no caso do solo-cimento obtido por mistura em usina.

Os volumes de sub-base ou de base serão calculados multiplicando a área da seção


transversal de projeto pelas extensões determinadas pelo estaqueamento.

A área da seção transversal de projeto da sub-base ou da base será calculada multiplicando


a largura pela espessura de projeto. Quando houver mistura de solos, os volumes a
considerar, para fins de pagamento, serão calculados multiplicando o volume da sub-base
ou da base acabada, pelas porcentagens em volume dos diversos solos na mistura. As
distâncias de transportes serão determinadas-
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 19

- quando o transporte for realizado dentro da faixa de domínio, pelo estaqueamento; e

- quando o transporte for realizado fora da faixa de domínio, pelas leituras do hodômetro do
veículo transportador.

Para fins de pagamento do transporte da mistura, seja qual for o teor de cimento utilizado,
não será considerada a contribuição do cimento na formação do volume da sub-base ou da
base acabada.

Não será cobrado da Empresa Contratada o fornecimento de solo extraído de jazida


localizadas dentro da faixa de domínio e indicadas no projeto, ou em instruções da
Fiscalização.

5. PAGAMENTO

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos aos preços unitários
contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os
materiais, mão-de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos utilizados em sua
execução pela Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

O transporte de solo e de solo-cimento será pago ao preço unitário contratual


correspondente a transporte de solo para Reforço do Sub -leito. Qualquer dos materiais de
proteção referidos no item 3.13 não terá pagamento à parte- sua remuneração já se acha
incluída no preço unitário da sub -base ou da base de solo-cimento.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.03.01 – Reforço do sub-leito escavação de solo escolhido; m3


23.03.02.01 – Reforço do sub-leito transporte ate 1km m3 x km
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 20

23.03.02.02 – Reforço do sub-leito transporte ate 2km m3 x km


23.03.02.03 – Reforço do sub-leito transporte ate 5km m3 x km
23.03.02.04 – Reforço do sub-leito transporte ate 10km m3 x km
23.03.02.05 – Reforço do sub-leito transporte ate 15km m3 x km
23.03.02.06 – Reforço do sub-leito transporte alem de 15km m3 x km
23.03.03 - Reforço do sub-leito compactação 100% PI m3
23.03.04 - Reforço do sub-leito compactação 100% PN m3
23.04.01.01 – Sub-base ou base de solo cimento 3% - Usina m3
23.04.01.01 – Sub-base ou base de solo cimento 3% - Usina m3
23.04.01.02 – Sub-base ou base de solo cimento 4% - Usina m3
23.04.01.03 – Sub-base ou base de solo cimento 5% - Usina m3
23.04.01.04 – Sub-base ou base de solo cimento 6% - Usina m3
23.04.01.05 – Sub-base ou base de solo cimento 7% - Usina m3
23.04.01.06 – Sub-base ou base de solo cimento 8% - Usina m3
23.04.01.07 – Sub-base ou base de solo cimento 9% - Usina m3
23.04.01.08 – Sub-base ou base de solo cimento 10% - Usina m3
23.04.01.09 – Sub-base ou base de solo cimento 11% - Usina m3
23.04.01.10 – Sub-base o u base de solo cimento 12% - Usina m3
23.04.01.11 – Sub-base ou base de solo cimento 3% - Pulvemisturador m3
23.04.01.12 – Sub-base ou base de solo cimento 4% - Pulvemisturador m3
23.04.01.13 – Sub-base ou base de solo cimento 5% - Pulvemisturador m3
23.04.01.14 – Sub-base ou base de solo cimento 6% - Pulvemisturador m3
23.04.01.15 – Sub-base ou base de solo cimento 7% - Pulvemisturador m3
23.04.01.16 – Sub-base ou base de solo cimento 8% - Pulvemisturador m3
23.04.01.17 – Sub-base ou base de solo cimento 9% - Pulvemisturador m3
23.04.01.18 – Sub-base ou base de solo cimento 10% - Pulvemisturador m3
23.04.01.19 – Sub-base ou base de solo cimento 11% - Pulvemisturador m3
23.04.01.20 – Sub-base ou base de solo cimento 12% - Pulvemisturador m3
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 21

ANEXO I

VALORES DOS COEFICIENTES "K"

N K N K N K
4 0,95 10 0,77 25 0,67
5 0,89 12 0,75 30 0,66
6 0,85 14 0,73 40 0,64
7 0,82 16 0,71 50 0,63
8 0,80 18 0,70 100 0,60
9 0,78 20 0,69 : 0,52

Condição necessária:

X - K.S > L*

Onde:
N

∑ Xi
1
X=
N

(Xi valores individuais da amostra)

∑ ( Xi − X ) 2

S= 1

( N −1)

L* representa o limite especificado na Norma.


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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 01
-

Seção 3.05 - Sub-Bases e Bases Estabilizadas Granulometricamente.

Códigos: 23.03.01 – Reforço do sub-leito escavação de solo escolhido;


23.03.02.01 – Reforço do sub-leito transporte ate 1km;
23.03.02.02 – Reforço do sub-leito transporte ate 2km;
23.03.02.03 – Reforço do sub-leito transporte ate 5km;
23.03.02.04 – Reforço do sub-leito transporte ate 10km;
23.03.02.05 – Reforço do sub-leito transporte ate 15km;
23.03.02.06 – Reforço do sub-leito transporte alem de 15km;
23.03.03 - Reforço do sub-leito compactação 100% PI;
23.03.04 - Reforço do sub-leito compactação 100% PN;
23.04.01.01 – Sub-base ou base de solo cimento 3% - Usina;
23.04.01.01 – Sub-base ou base de solo cimento 3% - Usina;
23.04.01.02 – Sub-base ou base de solo cimento 4% - Usina;
23.04.01.03 – Sub-base ou base de solo cimento 5% - Usina;
23.04.01.04 – Sub-base ou base de solo cimento 6% - Usina;
23.04.01.05 – Sub-base ou base de solo cimento 7% - Usina;
23.04.01.06 – Sub-base ou base de solo cimento 8% - Usina;
23.04.01.07 – Sub-base ou base de solo cimento 9% - Usina;
23.04.01.08 – Sub-base ou base de solo cimento 10% - Usina;
23.04.01.09 – Sub-base ou base de solo cimento 11% - Usina;
23.04.01.10 – Sub-base ou base de solo cimento 12% - Usina;
23.04.01.11 – Sub-base ou base de solo cimento 3% - Pulvemisturador;
23.04.01.12 – Sub-base ou base de solo cimento 4% - Pulvemisturador;
23.04.01.13 – Sub-base ou base de solo cimento 5% - Pulvemisturador;
23.04.01.14 – Sub-base ou base de solo cimento 6% - Pulvemisturador;
23.04.01.15 – Sub-base ou base de solo cimento 7% - Pulvemisturador;
23.04.01.16 – Sub-base ou base de solo cimento 8% - Pulvemisturador;
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 02
-

23.04.01.17 – Sub-base ou base de solo cimento 9% - Pulvemisturador;


23.04.01.18 – Sub-base ou base de solo cimento 10% - Pulvemisturador;
23.04.01.19 – Sub-base ou base de solo cimento 11% - Pulvemisturador;
23.04.01.20 – Sub-base ou base de solo cimento 12% - Pulvemisturador.

1. DESCRIÇÃO

1.1-Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, e de mão de obra e equipamentos adequados
necessários à execução e controle de qualidade de sub-bases e bases estabilizadas
granulometricamente, de conformidade com a norma apresentada a seguir e detalhes
executivos contidos no projeto.

1.2-Sub-base ou base estabilizada granulometricamente é aquela constituída de solos


naturais, rochas alteradas naturais, misturas artificiais de solos, de rochas alteradas
(britadas ou não) materiais de solos (areia, pedregulho) e de materiais de pedra (pedra
britada, pedrisco, pó de pedra) ou ainda por qualquer combinação desses materiais que
apresente conveniente estabilidade e durabilidade, para resistir às cargas do trânsito e à
ação dos agentes climáticos, quando adequadamente compactados.

2. MATERIAIS

Os materiais para execução de sub-base e base estabilizada granulometricamente deverão


obedecer às especificações a seguir discriminadas e só poderão ser empregados após a
sua aceitação pela Fiscalização.

2.1 Granulometria

Os materiais ou misturas de materiais adequados à estabilização granulométrica deverão


apresentar granulometria praticamente contínua, contida em uma das faixas de graduação
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 03
-

indicadas no ANEXO Nº 1. No caso particular de emprego de materiais de pedra, a


porcentagem em peso passando na peneira de 25 mm deverá ser 100%.

Ainda no caso de utilização de materiais de pedra, deverão ser satisfeitas, ademais, as


seguintes exigências:

a) durabilidade, determinada em cinco ciclos, pelo Método DNER ME 89-64, com perdas
menores que:

- 20% no sulfato de sódio, ou


- 30% no sulfato de magnésio.

2.2 Limite de Liquidez e índice de Plasticidade.

Os finos dos solos ou os materiais da mistura de diâmetro máximo inferior a 0,42 Mm


(passando na peneira n° 40) deverão satisfazer as características seguintes:

a) limite de liquidez (LL), determinado pelo método DER M 4-61, menor que 25%;

b) limite de plasticidade (LP), determinado pelo método DER M 5-61;

c) índice de plasticidade (IP), menor que 6%.

Serão tolerados LL e IP maiores do que os acima especificados, desde que sejam satisfeitas
as seguintes inequações:

X 100 LP 100
⋅ IP ≤ − (X ⋅ + )
100 γs 100 γg
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 04
-

X 100 100
⋅ LL ≤ −
100 γg γg
onde

X - porcentagem em peso de material passando na peneira nº 40 (0,42. Mm); LL - limite de


liquidez;
LP - limite de plasticidade;
IP - índice de plasticidade;
γs - massa específica aparente máxima seca após a compactação na energia intermediária;
γg - massa específica real das partículas sólidas.

2.3 Capacidade de Suporte e Expansão

Serão exigidos os seguintes valores para o CBR e expansão determinados pelo método
DER M 53-71, tipo de ensaio S.5 IG:

Bases CBR > 60% Expansão < 0,50%


Sub-bases CBR > 30% Expansão < 1,0%

2.4 Abrasão

Os grãos ou fragmentos (fração pedregulho ou pedra britada) deverão apresentar abrasão


Los Angeles, determinada pelo método DER M 24-61, menor que 50%.

2.5 Substâncias Nocivas e Impurezas

As misturas estabilizadas deverão estar isentas de terra vegetal, matéria orgânica, grãos ou
fragmentos facilmente alteráveis ao intemperismo e de outras substâncias estranhas
nocivas, e impurezas.
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 05
-

Todo material que for rejeitado pela Fiscalização deverá ser imediatamente retirado da
camada, antes de sua compactação.

3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento

O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma dentro
dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) usina misturadora (sempre que houver necessidade de mistura de materiais para


conseguir-se a estabilização granulométrica ) capaz de:

- controlar mecanicamente as proporções dos materiais componentes da mistura;


- umedecer, sob controle, a mistura, e
- produzir mistura homogênea;

b) pá carregadeira para carga de material;

c) veículos para transporte dos materiais, de caçamba basculante;

d) equipamento de distribuição, capaz de produzir camada de espessura uniforme, sem


provocar segregação;

e) motoniveladoras;

f) irrigadeiras de no mínimo 5.000 litros, equipadas com moto-bomba, capazes de distribuir


água sob pressão regulável e uniformemente;
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 06
-

g) pulvemisturadoras rebocáveis ou autopropelidas, se necessário trator agrícola;

h) escarificadores e arados, equipados com dispositivos para controle mecânico da


profundidade de tra6alho;

i) rolos compactadores, vibratórios ou não, de pneus ou de rodas metálicas, lisas ou


corrugadas, de pés de carneiro ou de grade, capazes de produzir o grau de compactação e
o acabamento especificados;

j) compactadores vibratórios portáteis ou sapos mecânicos;

l) régua de madeira ou metálica, com arestas vivas e 3,00 metros de comprimento;

m)pequenas ferramentas, tais como pás, enxadas, garfos, rastelos, etc.

Se o equipamento não satisfizer as condições mínimas para uma utilização, será rejeitado
pela Fiscalização.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.
O local de instalação da usina, no caso de necessidade de mistura de materiais para
conseguir-se a estabilização granulométrica deverá ser escolhido, de modo a minimizar o
momento total de transporte. O local de instalação, quando não tiver sido indicado no
projeto, será proposto pela Empresa Contratada e aprovado pela Fiscalização. O estudo de
localização da usina deverá ser executado de acordo com o modelo que constar no projeto

3.2 Locação e Nivelamento

Os serviços de locação e nivelamento serão executados pela Empresa Contratada e


verificados pela Fiscalização.
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 07
-

Nas posições correspondentes às estacas de locação, dos dois lados da pista e a distância
constante da linha base (eixo), serão assentados e nivelados piquetes para controle de
cotas e de alinhamento.

3.3 Serviços Preliminares

As sub-bases e as bases estabilizadas granulometricamente serão geralmente construídas


sobre a superfície resultante dos serviços de Melhoria do Sub-leito e Preparo do leito, ou de
Reforço do Sub-leito, executados de conformidade com as normas contidas nas Seções
respectivas.

3.4 Confinamento Lateral

As formas, quando utilizadas, deverão possuir altura suficiente para reter o material solto. O
posicionamento será executado de modo a obedecer ao alinhamento, perfil e seções
transversais de projeto.

3.5 Mistura, Distribuição e Umidecimento

Quando houver necessidade de usina para conseguir-se uma mistura de materiais que
satisfaça as exigências contidas nesta norma, deverá ela não apenas ser capaz de proceder
à mistura nas proporções especificadas para cada um dos seus componentes, mas também
de umedecê-la sob controle e homogeneizá -la. A distribuição será realizada com
equipamento adequado, que assegure a obtenção de uniformidade de composição,
umidade, espessura e adensamento da camada solta.

No caso de pedregulho de cava próprio para a estabilização granulométrica, será o mesmo


descarregado na pista em montes ou leiras de dimensões constantes, tanto quanto possível,
de modo a facilitar a distribuição.
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 08
-

Quando for prevista a utilização de materiais diferentes - extraídos de camadas diferentes da


mesma jazida ou jazidas diferentes - a distribuição será realizada de modo a superpor
camadas de espessura constante dos diversos materiais. Concluída a distribuição, serão
iniciadas as operações de mistura, destorroamento e umidecimento, visando obter em toda a
superfície da camada solta uma mistura homogênea na umidade ótima.

Durante as operações de preparação da camada solta, serão realizadas freqüentes


determinações de umidade e verificações de cotas e de espessura, de modo a assegurar o
atendimento das exigências fixadas para fins de recebimento. As determinações de umidade
serão realizadas pelo método DER M 145-60.

3.6 Compactação e Acabamento

As operações de compactação da camada solta, serão precedidas, quando for o caso, pela
remoção das formas.
A compactação será sempre iniciada pelas bordas, tomando-se o cuidado de, nas primeiras
passadas, fazer com que o rolo compactador apoie metade nos acostamentos e metade na
sub-base ou na base em construção.

Nos trechos em tangente, a compactação prosseguirá das duas bordas para o centro, em
percurso eqüidistantes da linha base (eixo). Os percursos ou passadas do equipamento
utilizado serão distanciados entre si de tal forma que, em cada percurso, seja coberta
metade da faixa coberta no percurso anterior.

Nos trechos em curva, havendo sobrelevação, a compactação progredirá da borda mais


baixa para a mais alta, com percursos análogos aos descritos para os trechos em tangente.

Nas partes adjacentes ao início e ao fim da sub -base ou da base em construção, a


compactação será executada transversalmente à linha base (eixo). Nas partes inacessíveis
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 09
-

aos rolos compactadores, assim como nas partes em que o seu uso for desejável (cabeceira
de obras de arte), a compactação será executada com compactadores vibratórios portáteis,
ou com sapos mecânicos. As operações de compactação deverão prosseguir, até que, em
toda a espessura da sub -base ou da base em construção, o grau de compactação iguale ou
exceda o especificado de acordo com 3.10.3. Nessa ocasião, será iniciado o acabamento da
superfície com rolos compactadores de rodas lisas, de pneu ou de aço, admitindo-se
umedecimento e corte com motoniveladora.

3.7 Proteção dos Serviços.

Durante todo o tempo que durar a construção, e até o recebimento da sub -base ou da base,
os materiais e os serviços serão protegidos contra a ação destrutiva das águas pluviais, do
trânsito e de outros agentes que possam danificá-los.

3.8 Abertura ao Trânsito.

As sub-bases ou as bases estabilizadas granulométricamente não deverão ser submetidas à


ação direta das cargas e da abrasão do trânsito. No entanto, a Fiscalização poderá autorizá -
lo, quando, a seu critério, os danos que venham a ser causados à superfície acabada não
prejudiquem a qualidade da camada de pavimento que será construída sobre a sub-base ou
a base em questão.

3.9 Controle.

O controle compreenderá:

1) controle dos materiais, consistindo na realização dos ensaios segundo os métodos


indicados, nas seguintes quantidades:
a) no caso de misturas de materiais de pedra com solo:

- constatação da qualidade da rocha, relativamente à durabilidade, e abrasão Los Angeles,


sempre que houver mudança de jazida ou de pedreira;
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 10
-

- constatação da constância na britagem, relativamente à granulometria, à razão de dois


ensaios;

- para cada dia de britagem, em amostras colhidas na ocasião da descarga no depósito; ou

- para cada 500 metros de extensão de sub-base ou de base, em amostras colhidas na


ocasião da descarga na pista;

- constatação da qualidade do solo, relativamente ao limite de liquidez e ao índice de


plasticidade, à razão de dois ensaios para cada 500 metros de extensão de sub-base ou de
base, em amostras colhidas na pista;

- constatação da constância da composição da mistura, à razão de dois ensaios para cada


500 metros de extensão de sub -base e de base, em amostras colhidas na pista;
Nota: as mesmas amostras colhidas na pista poderão ser utilizadas para determinar a
composição da mistura, a composição granulométrica da pedra britada e os indicados da
liquidez e da plasticidade do solo.

b) no caso do emprego de pedregulho ou areia de cava:

- constatação da qualidade do pedregulho, relativamente a limite de liquidez, índice de


plasticidade, resistência à abrasão e composição granulométrica, à razão de dois ensaios de
cada tipo, para cada 500 metro de extensão de sub -base ou de base, em amostras colhidas
na pista (ou na jazida, quando houver suspeita de alteração do material);

c) controle do grau de compactação, para o que serão efetuados furos de 40 em 40 metros,


ora próximo de uma das bordas da camada, ora no centro, ora próximo da borda oposta,
nesta seqüência, para determinação da massa específica aparente seca final atingida pelo
método DER M 23-57 e, consequentemente, do grau de compactação obtido;
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-

2) controle da execução dos serviços, consistindo em:

a) verificação dos piquetes de amarração de locação e de nivelamento, antes do início dos


serviços em cada sub-trecho;

b) verificação da umidade, da conformação e da espessura da camada, tantas vezes


quantas forem necessárias, durante a execução dos serviços;

c) registro do número de passadas dos rolos compactadores, de modo a assegurar a


obtenção do grau de compactação especificado;

d) determinações da massa específica aparente seca, tantas quantas forem necessárias


para assegurar a obtenção da compactação especificada;

e) controle e anotação do tempo despendido na compactação em cada sub-trecho,

f) verificação da superfície durante o acabamento, tantas vezes quantas forem necessárias


para assegurar o atendimento das exigências fixadas para fins de recebimento. As
operações de controle serão executadas pela Empresa Contratada e assistidas pela
Fiscalização, sendo repetidas quando necessário.

3.10 Condições de Recebimento

As sub-bases e as bases estabilizadas granulometricamente, executadas com autorização


da Fiscalização e de conformidade com esta norma, serão recebidas:

1) no que respeita ao alinhamento - se não forem encontradas semilarguras menores que as


de projeto;

2) no que respeita à espessura e à conformação final da superfície - se não forem


encontradas diferenças maiores que:
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a) 10% de espessura de projeto, em qualquer ponto da sub-base ou da base;

b) dois centímetros, para mais ou para menos, nas cotas de projeto, sendo a verificação
realizada com cordéis esticados e apoiados sobre os piquetes laterais e, se necessário, com
a régua de 3,00 metros de comprimento apoiada sobre a superfície da sub-base ou da base,
em qualquer posição, ao longo da qual, segundo o projeto, não haja mudança de
declividade;

3) no que respeita ao grau de compactação (calculado com base na massa específica


aparente seca determinada pelo método DER M 23-57, e referido à massa específica
aparente seca máxima obtida no ensaio de compactação realizado pelo método DER M 13-
71):

a) se não for obtido nenhum valor menor que 100%; ou

b) se for satisfeita a seguinte condição:

X - K.S > 100%

sendo:
X - média aritmética dos graus de compactação obtidos; S - desvio padrão
K - coeficiente indicado no anexo li, função do número N de elementos da amostra, no
mínimo igual a cinco.

3.11 Proteção do Meio-Ambiente

Os cuidados a serem observados visando a proteção do meio ambiente na execução


das camadas de sub-bases ou bases estabilizadas granulometricamente são os
seguintes:
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 13
-

3.11.1 - Na Exploração de Ocorrências de Materiais.

a) Na exploração de jazidas.

A Empresa Contratada só poderá executar escavação em jazida que estiver prevista


no projeto ou tiver sido projetada e especialmente aprovada pela fiscalização, durante
a construção. A exploração da jazida somente poderá ser iniciada após a obtenção da
licença ambiental específica. Deverão ser observados os seguintes cuidados na
exploração de jazidas.

- O desmatamento, destacamento, e limpeza, a ser executado de acordo com a Seção


2.02, será feita dentro do limite da área licenciada, e o material retirado deverá ser
estocado de forma que, após a exploração, o solo orgânico possa ser utilizado na
recuperação da área;

- Não é permitida a queima de vegetação removida;

- Deve ser evitada a localização de jazidas em área de boa aptidão agrícola;

- Não deverá ser explorado jazida em áreas de reservas ecológicas e/ou florestais, de
preservação cultural, ou mesmo de suas proximidades;

- As áreas deverão ser mantidas durante sua exploração conveniente drenadas de


modo a evitar o acúmulo de águas, bem como, os efeitos de erosão;

- A exploração deverá ser feita de acordo com o projeto aprovado pela fiscalização e
licenciado ambientalmente. Qualquer alteração deverá ser objeto de complementação
do licenciamento ambiental;
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b) Na exploração de pedreiras

Os seguintes cuidados deverão ser observados na exploração das ocorrências:

- O material somente será aceito após a Empresa Contratada apresentar a licença


ambiental de operação da pedreira;

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;

- Não provocar queimadas como forma de desmatamento;

- Deverão ser construídas, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação


para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem
da brisa, evitando seu carreamento para cursos d'água;

- Caso a brita seja fornecida por terceiros exigir documentação atestando a


regularidade das instalações, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental
competente.

3.11.2 - Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

a) Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;
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-

b) As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

4. MEDIÇÃO

O transporte dos materiais utilizados nas sub-bases e bases estabilizadas


granulometricamente somente será pago na sua totalidade no caso particular do emprego de
pedregulho ou areia de cava. Caso haja adição de outros materiais a estes, os volumes de
cada componente da mistura, a considerar, para fins de pagamento de transporte, serão
calculados multiplicando o volume da sub-base ou da base acabada pelas porcentagens em
volume de cada um deles na mistura.

Em todos os demais dados, considera-se o custo do transporte dos materiais incluído no


preço do metro cúbico de camada de sub-base ou de base.

5. PAGAMENTO

A execução de sub-bases ou de bases estabilizadas granulométricamente será paga por


metro cúbico de camada acabada, ao preço unitário contratual respectivo, e esse
pagamento constituirá remuneração única para todos os materiais, mão-de-obra, leis sociais,
equipamentos e outros recursos utilizados em sua execução pela Empresa Contratada,
abrangendo inclusive beneficio e despesas indiretas.

O transporte dos materiais, nos casos em que for devido, será pago ao preço unitário
contratual de metro cúbico de camada acabada vezes quilômetro, correspondente ao
momento de transporte de solo escolhido para reforço do sub-leito.
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DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.03.01 – Reforço do sub-leito escavação de solo escolhido m3


23.03.02.01 – Reforço do sub-leito transporte ate 1km m3 x km
23.03.02.02 – Reforço do sub-leito transporte ate 2km m3 x km
23.03.02.03 – Reforço do sub-leito transporte ate 5km m3 x km
23.03.02.04 – Reforço do sub-leito transporte ate 10km m3 x km
23.03.02.05 – Reforço do sub-leito transporte ate 15km m3 x km
23.03.02.06 – Reforço do sub-leito transporte alem de 15km m3 x km
23.03.03 - Reforço do sub-leito compactação 100% PI m3
23.03.04 - Reforço do sub-leito compactação 100% PN m3
23.04.01.01 – Sub-base ou base de solo cimento 3% - Usina m3
23.04.01.01 – Sub-base ou base de solo cimento 3% - Usina m3
23.04.01.02 – Sub-base ou base de solo cimento 4% - Usina m3
23.04.01.03 – Sub-base ou base de solo cimento 5% - Usina m3
23.04.01.04 – Sub-base ou base de solo cimento 6% - Usina m3
23.04.01.05 – Sub-base ou base de solo cimento 7% - Usina m3
23.04.01.07 – Sub-base ou base de solo cimento 9% - Usina m3
23.04.01.09 – Sub-base ou base de solo cimento 11% - Usina m3
23.04.01.11 – Sub-base ou base de solo cimento 3% - Pulvemisturador m3
23.04.01.13 – Sub-base ou base de solo cimento 5% - Pulvemisturador m3
23.04.05.01 – Sub-base ou base estabilizada granulometricamente m3
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ANEXO I

FAIXAS GRANULOMÉTRICAS DE MATERIAIS PARA


SUB-BASES E BASES
ESTABILIZADAS GRANULOMETRICAMENTE

PENEIRAS DE MALHAS GRADUAÇÕES


QUADRADAS PORCENTAGEM EM PESO, PASSANDO
(NBR – 5734/80) A B C D E F
50 mm (2”) 100 100 ----- ----- ----- -----
25 mm (1”) ----- 75-95 100 100 100 100
9,5 mm (3/8”) 30-65 40-75 50-85 60-100 ----- -----
4,8 mm Nº4 25-55 30-60 35-65 50-85 55-100 70-100
2,0 mm Nº10 15-40 20-45 25-50 40-70 40-100 55-100
0,42 mm Nº40 8-20 15-30 15-30 20-50 20-55 30-70
0,075 mm Nº200 2-8 5-15 5-20 7-20 8-25 10-25

A porcentagem que passa pela peneira de 0,075 mm deve ser inferior a 2/3 da porcentagem
que passa pela peneira de 0,42. mm.

Para tráfego traduzido por N (número de solicitações do eixo simples padrão de 8,2
toneladas) igual ou superior a 107 não se recomendam as granulometrias E e F. A curva
granulométrica do material ou da mistura de materiais, além de enquadrar-se em uma das
faixas acima, não deverá conter patamares.
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 18
-

ANEXO II

VALORES DOS COEFICIENTES "K"

N K N K N K
4 0,95 10 0,77 25 0,67
5 0,89 12 0,75 30 0,66
6 0,85 14 0,73 40 0,64
7 0,82 16 0,71 50 0,63
8 0,80 18 0,70 100 0,60
9 0,78 20 0,69 : 0,52

Condição necessária:

X - K.S > L*

onde:
N

∑ Xi
1
X=
N

(Xi valores individuais da amostra)


N

∑ ( Xi − X ) 2

S= 1

( N −1)

L* representa o limite especificado na Norma.


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.06 - Sub-Bases e Bases de Brita Graduada, Tratada ou não com Cimento.

Códigos: 23.04.03.01 – Sub-base ou base de brita – graduação simples;


23.04.03.02 – Sub-base ou base de pedra britada;
23.04.03.03 – Sub-base ou base de bica corrida;
23.04.04.01 – Sub-base ou base de brita graduada c/ cimento 1%;
23.04.04.02 – Sub-base ou base de brita graduada c/ cimento 2%;
23.04.04.03 – Sub-base ou base de brita graduada c/ cimento 3%;
23.04.04.04 – Sub-base ou base de brita graduada c/ cimento 4%.

1. DESCRIÇÃO

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, compreendendo a brita graduada, e eventualmente
cimento, e mão-de-obra e equipamento necessários à execução e controle da qualidade de
sub-bases e bases de brita graduada, com ou sem cimento, de conformidade com a norma
apresentada a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.2 Sub-base ou base de brita graduada, para os fins desta Seção, é a camada do material
resultante de mistura e umidecimento controlado e compactação de fragmentos obtidos por
britagem de rochas vivas ou de pedregulhos (seixos).

1.3 O projeto da sub -base ou da base a construir poderá prever a adição de cimento
Portland comum à mistura. A adição será realizada em teores múltiplos de 1 %, até o
máximo de 4% em peso.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 02

2. MATERIAIS

2.1 Brita Graduada

A brita graduada deverá satisfazer as seguintes exigências:

1) quanto à resistência dos materiais das partículas:

a) durabilidade, determinada em cinco cicios, pelo Método DNER ME 89-64, com perdas
menores que:

- 20% em sulfato de sódio; ou


- 30% em sulfato de magnésio;

b) abrasão Los Angeles, determinada pelo método DER M 24-61, menor que 40%

2) quanto ao tamanho e a forma das partículas:

a) granulometria dos agregados determinada pelo método DER M 15-61, enquadrada em


uma das faixas do ANEXO I, no caso de brita graduada sem cimento; na faixa B, quando
houver adição de cimento;

b) equivalente de areia, determinado pelo método do DNER ME 54-63, maior que 35%;

c) índice de lamedade, determinado pelo método DER M 34-70, menor que 10%;

d) faces resultantes de fratura, quando se utiliza o pedregulho (seixos) britado: - 25% do nº


total de partículas retidas na peneira de 4,8 mm (n. 4) deverão ter, no mínimo, duas faces
resultantes de fratura.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

3) quanto ao seu provável comportamento como material de sub-base ou de base:

a) índice de suporte Califórnia, determinado pelo método DER M 53-71, igual ou maior que
100% na energia intermediária, no caso de brita graduada sem cimento; e resistência à
compressão simples especificada no projeto, no caso de brita graduada tratada com
cimento. O teor de cimento deverá ser fixado por dosagem, de modo a ser obtida a
resistência acima referida;

4) quanto às impurezas: a brita graduada deverá ser isenta de impurezas tais como torrões
de solo e materiais orgânicos.

2.2 Cimento

O cimento Portland comum deverá satisfazer as exigências contidas na especificarão EB-1,


da ABNT. Os ensaios do cimento, para fins de recebimento, serão realizados de
conformidade com os métodos MB-1 e MB-11, da ABNT.

O cimento deverá ser armazenado em local suficientemente protegido da ação das


intempéries, da umidade e de outros agentes nocivos à sua qualidade. Se o cimento não for
fornecido a granel ou ensilado, deverá ser conservado em sua embalagem original, até a
ocasião do seu emprego. A pilha não deverá ser constituída de mais de 10 sacos, salvo se o
tempo de armazenamento for no máximo 15 dias, caso em que poderá atingir 15 sacas.
Lotes recebidos em épocas diversas não poderão ser misturados, devendo ser colocados
separadamente, de maneira a facilitar sua inspeção e seu emprego na ordem cronológica de
recebimento (V. item 8.1.1.3 da NB-1/78).

2.3 Água

Será considerada satisfatória a água que, utilizada na moldagem de corpos de prova com a
mistura de projeto, não acarretar diminuição da resistência obtida em laboratório.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 04

2.4 Dosagem

A dosagem de cimento na mistura será realizada em laboratório. O teor de cimento será


indicado no projeto em número inteiro e expresso em porcentagem do volume de cimento
solto em relação ao Volume da sub-base ou da base acabada.

3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento

O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma dentro
dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) usina composta de misturador, silos, depósito de água e dispositivos de controle, capaz


de produzir, utilizando até três graduações de agregado, quantidade suficiente de brita
graduada, com a granulometria e teores de umidade e de cimento especificados;

b) pá carregadeira para carga dos materiais na usina

c) distribuidor autopropelido, capaz de distribuir a mistura em espessura uniforme e sem


produzir segregação;

d) equipamento de compactação, constituído por rolos compactadores:

d.1. De rodas pneumáticas de pressão regulável, com as seguintes


características:

- carga por roda: maior que 2.500 kgf;


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 05

- largura do rasto: maior que 2,00 m;

- pressão de contato: maior que 6,7 kgf/cm².

d.2 de rodas lisas metálicas, vibratório e com freqüência regulável, com as seguintes
características:

- largura do rasto: maior que 1,40 m;

- peso estático: maior que 3.300 kgf;

e) compactadores vibratórios portáteis ou sapos mecânicos;

f) veículos com caçamba basculante para transporte da brita graduada e da mistura


usinada;

g) irrigadeiras de, no mínimo 5.000 litros, equipadas com moto bomba, capazes de distribuir
água sob pressão regulável e uniformemente;

h) régua de madeira ou metálica, com a restas vivas e 3.000 metros de comprimento;

i) pequenas ferramentas, tais como garfos, pás, rastelos, etc.

Se o equipamento não satisfizer as condições mínimas para sua utilização, será rejeitado
pela Fiscalização.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 06

O local de instalação da usina, deverá ser escolhido, de modo a minimizar o momento total
de transporte. O local de instalação, quando não tiver sido indicado no projeto, será proposto
pela Empresa Contratada e aprovado pela Fiscalização.

3.2 Locação e Nivelamento

Os serviços de locação e nivelamento serão executados pela Empresa Contratada e


verificados pela Fiscalização.

Nas posições correspondentes às estacas de locação, dos dois lados da pista e a distância
constante da linha base (eixo), serão assentados e nivelados piquetes para controle de
cotas e de alinhamento.

3.3 Serviços Preliminares

As sub-bases e as bases de brita graduada, tratada ou não com cimento, serão geralmente
executados sobre a superfície resultante dos serviços de Melhoria do Sub-leito e Preparo do
leito, ou do Reforço do Sub-leito, executados de conformidade com as normas contidas nas
Seções respectivas.

3.4 Confinamento Lateral

As formas, quando utilizadas, deverão possuir altura suficiente para reter o material solto. O
posicionamento será executado de modo a obedecer ao alinhamento, perfil e seções
transversais de projeto.

3.5 Espessura da Camada

A espessura da camada acabada será de, no máximo, 15 centímetros. Quando se desejar


maior espessura, os serviços deverão ser executados em mais de uma camada, sendo a
espessura mínima acabada de qualquer delas de 10 centímetros.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 07

3.6 Preparação, Transporte e Distribuição

A brita graduada, tratada ou não com cimento, ao sair da usina deverá ser homogênea em
teor de umidade, granulométrica e teor de cimento, quando utilizado. No início dos serviços,
será determinada a perda de umidade entre a saída da usina e o início das operações de
compactação. Daí em diante, o teor de umidade da mistura, ao sair da usina, deverá ser
igual à umidade ótima, para fins de compactação, acrescida da porcentagem
correspondente à perda por evaporação.

As operações de transporte da mistura, da usina para a sub-base ou a base em construção,


serão interrompidas quando o sub-leito, por estar molhado, não for capaz de suportar, sem
se deformar, a movimentação do distribuidor.

A distribuição será realizada com o equipamento especificado, de modo a assegurar


uniformidade de composição, umidade, espessura e adensamento na camada solta. Será
permitida a distribuição manual nas áreas em que, em virtude da sua forma ou dimensões,
não for possível ou conveniente a movimentação do distribuidor.

3.7 Compactação e Acabamento

A compactação será sempre iniciada pelas bordas, tomando-se o cuidado de, nas primeiras
passadas, fazer com que o rolos compactadores se apoiem metade na sub-base ou na base
em construção e metade no acostamento.
Nos trechos em tangente, a compactação prosseguirá das duas bordas para o centro, em
percursos eqüidistantes da linha base (eixo). Os percursos ou passadas de cada rolo
compactador serão distanciados entre si de tal forma que, em cada percurso, seja coberto
metade do rastro deixado no percurso anterior.
Nos trechos em curva, havendo sobrelevação, a compactação progredirá da borda mais
baixa para a mais alta, com percursos análogos aos descritos para os trechos em tangente.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 08

As passadas sucessivas de um mesmo rolo compactador serão executadas de modo a


evitar que o retorno ocorra sempre na mesma seção transversal. Não será permitida a
manobra dos rolos compactadores sobre as sub -bases ou as bases que estão sendo
compactadas.

Nas partes adjacentes ao início e ao fim da sub -base ou da base em construção, a


compactação será executada transversalmente à linha base (eixo). Nas partes inacessíveis
aos rolos compactadores, assim como nas partes em que o seu uso não for desejável
(cabeceiras de obras de arte), a compactação será executada com compactadores
vibratórios portáteis ou com sapos mecânicos. As operação de compactação deverão
prosseguir, até que, em toda a espessura e em toda superfície da sub-base ou da base em
construção, o grau de compactação iguale ou exceda o grau de compactação especificado.
Nessa ocasião, será iniciado o acabamento da superfície, admitindo-se umidecimento e
corte com motoniveladora.

3.8 Adição do Cimento

A adição de cimento, quando prevista, será executada na usina e de conformidade com o


teor indicado no projeto.

As operações construtivas deverão ser realizadas de modo a não serem ultrapassados os


seguintes prazos:

a) 3 (três) horas, entre o instante da adição da água à mistura seca e o término da


distribuição da mistura úmida na pista;

b) 2 (duas) horas, entre o início e o término das operações de compactação.


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 09

A quantidade de cimento consumida será anotada e comparada com o consumo previsto


indicado no projeto.

A calibração da usina para que se assegure o teor de cimento e o teor de umidade previsto
no projeto deverá ser efetuada sempre que o ritmo de serviço o permitir, não se admitindo
menos que duas verificações semanais.

3.9 Cura

A superfície acabada da sub-base ou da base de brita graduada tratada com cimento será
totalmente revestida com uma película asfáltica de proteção, cuja função é impedir a
evaporação da água, facilitando a hidratação do cimento. Essa película será obtida pela
aplicação de um dos materiais especificados a seguir:

a) asfaltos diluídos de cura rápida, tipos CR-70 e CR-250, satisfaz as exigências contidas na
P-EB – 652/73, da ABNT/IBP;

b) asfaltos diluídos de cura média, dos tipos CM-30, CM-70 e CM-250, satisfazendo as
exigências contidas na P-EB – 651/73, da ABNT/IBP;

c) emulsões asfálticas catiônicas, dos tipos RR-1 C e RR-2C, satisfazendo as exigências


contida na P-EB – 472/84, da ABNT/IBP.

As temperaturas da aplicação deverão ser as que permitam a execução dentro das


seguintes faixas de viscosidade Saybolt-Furol:

a) asfaltos diluídos - 20 a 60 segundos;

b) emulsões asfálticas - 20 a 100 segundos.


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 10

A aplicação do material será executada sobre sub -bases ou bases limpas com jato de ar
comprimido e umedecidas. O material asfáltico será espargido uniformemente, em uma
única aplicação e na temperatura adequada.

3.10 Proteção dos Serviços

Durante todo o tempo que durar a construção e até o recebimento da camada, os materiais
e os serviços serão protegidos contra a ação destrutiva das águas pluviais, do trânsito e de
outros agentes que possam danificá-los.

3.11 Abertura ao Trânsito

As sub-bases ou as bases de brita graduada, tratada ou não com cimento, não deverão ser
submetidas à ação direta das cargas e da abrasão do trânsito. No entanto, a Fiscalização
poderá autorizá-lo, em caráter excepcional e em áreas limitadas, quando os danos que
possam ser provocados na superfície acabada não prejudiquem a qualidade da sub-base ou
da base em questão, ou da camada de pavimento, que sobre ela será construída.

3.12 Controle

O controle compreenderá:

1 )controle da brita graduada, consistindo em:

a) controle da resistência dos materiais das partículas, relativamente à durabilidade e


abrasão Los Angeles - sempre que houver mudança de jazida ou de pedreira;

b) controle da forma das partículas, relativamente à lamelarídade e faces resultantes de


fratura - sempre que houver mudança de jazida ou de sistema de britagem;
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c) controle do tamanho das partículas, relativamente à granulometria e equivalente de areia -


à razão de uma determinação de cada tipo, para cada 500 metros de extensão de sub-base
ou da base;

d) controle do grau de compactação, para o que serão efetuados furos de 40 em 40 metros,


ora próximo de uma das bordas da camada, ora n centro, ora próximo da borda oposta,
nesta seqüência, para determinação da massa específica aparente seca final atingida pelo
método DER M 23-57 e, consequentemente, do grau de compactação obtido;

e) controle da resistência da brita graduada com cimento, consistindo no rompimento por


compressão, aos 7 (sete) dias de idade, de corpos de prova moldados com a mistura úmida,
à razão de um par para cada 40 (quarenta) metros de extensão de sub-base ou de base;

2) controle de execução dos serviços, consistindo em:

a) verificação dos piquetes de amarração da locação e de nivelamento, antes do início dos


serviços em cada sub-trecho;

b) verificação da umidade, da espessura e da conformação da camada, tantas vezes


quantas forem necessárias durante a execução dos serviços;

c) registro do número de passadas dos rolos compactadores, visando assegurar a obtenção


do grau de compactação especificado;

d) verificação e anotação do consumo de cimento, em cada sub-trecho;

e) verificação do teor de cimento por titularão química, segundo a norma ASTM D-2901-70,
quando a mistura for feita em usina, com controle de hora em hora, com 2 (duas) amostras
de cada vez, no mínimo;
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f) A tolerância admitida na vedação do teor de cimento determinado por titularão é de ± 10%


sobre o teor especificado;

g) determinações da massa específica aparente seca, tantas quantas forem necessárias


para assegurar a obtenção da compactação especificada;

h) controle e anotação do tempo despendido na compactação em cada sub-trecho;

i) verificação da superfície durante o acabamento, tantas vezes quantas forem necessárias


para assegurar o atendimento das exigências fixadas para fins de recebimento. As
operações de controle serão executadas pela Empresa Contratada e assistidas pela
Fiscalização, sendo repetidas quando necessário.

3.13 Condições de Recebimento

As sub-bases e as bases bata graduada, tratadas ou não com cimento, executadas em uma
ou mais camadas, com autorização da Fiscalização e de conformidade com esta norma,
serão recebidas:

1) no que respeita ao alinhamento, se não forem encontradas semilarguras menores que as


de projeto;

2) no que respeita à espessura e à conformação final da superfície, se não forem


encontradas diferenças maiores que:

a) 10% da espessura de projeto, em qualquer ponto da sub-base ou da base;

b) dois centímetros, para mais ou para menos, nas cotas de projeto, sendo a verificação
realizada com cordéis esticados e apoiados sobre os piquetes laterais e, se necessário, com
a régua de 3,00 metros de comprimento apoiada sobre a superfície da sub-base ou da base,
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FL. 13

em qualquer posição, ao longo da qual, segundo o projeto, não haja mudança de


declividade;

3) no que respeita ao grau de compactação, calculado com base na massa específica


aparente seca, determinada pelo método DER M 23-57 e referida à massa específica
aparente seca máxima obtida no ensaio de compactação realizado pelo método DER M 13-
71, variantes I.C.G.r ou I.C.G.s:

a) se não for obtido nenhum valor menor que 100%; ou


b) se for satisfeita a seguinte condição:

X - K.S > 100%

Sendo:
X - média aritmética dos graus de compactação obtidos;
S - desvio padrão
K - coeficiente indicado no Anexo II, função do número N de elementos da amostra, no
mínimo igual a cinco.

4) no que respeita à resistência dos corpos de prova à ruptura por compressão aos 7 (sete)
dias de idade, moldados com a mistura úmida colhida na pista, imediatamente antes da
compactação:

a) se não for obtida ne nhuma resistência inferior a 80% da correspondente à da brita


graduada, obtida no ensaio de dosagem feito no laboratório com agregados da mesma
jazida ou de peneira; ou

b) se for satisfeita a seguinte condição:

R - K.S > 0,8 r


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Sendo:

R - média aritmética dos valores das resistências obtidas com corpos de prova moldados
com mistura feita em usina;
S - desvio padrão;
K - coeficiente indicado no Anexo I, função do número N de elemento da amostra, no mínimo
igual a cinco;
r - resistência da brita graduada obtida no ensaio de dosagem feito no laboratório.

3.14 Proteção do Meio-Ambiente

Os cuidados a serem observados visando a proteção do meio ambiente na execução das


camadas de sub-bases ou bases de brita graduada são os seguintes:

3.14.1 Na Exploração de Ocorrências de Materiais.

Os seguintes cuidados deverão ser observados na exploração das ocorrências de materiais:

- O material somente será aceito após a Empresa Contratada apresentar a licença


ambiental de operação da pedreira;

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação


ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a retirada de
todos os materiais e equipamentos;

- Não provocar queimadas como forma de desmatamento;


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- Deverão ser construídas, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para


retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita,
evitando seu carreamento para cursos d'água;

- Caso a brita seja Fornecia por terceiros exigir documentação atestando a regularidade
das instalações, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental competente.

3.14.2 Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

a) Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;

b) As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

4. MEDIÇÃO

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros cúbicos de camada


acabada de sub-base ou de base.

Os volumes de sub-base ou de base serão calculados multiplicando a área da seção


transversal de projeto pelas extensões determinadas a partir do estaqueamento.
A área da seção transversal de projeto será calculada, multiplicando a largura pela
espessura de projeto.
O transporte dos materiais utilizados não será medido em separado para fins de pagamento.
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O seu custo já se acha incluído no preço unitário da sub-base ou da base acabada.

5. PAGAMENTO

Os serviços recebidas e medidos da forma descrita serão pagos aos preços unitários
contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os
materiais, a mão-de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos utilizados pela
Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.04.03.01 – Sub-base ou base de brita – graduação simples m3


23.04.03.02 – Sub-base ou base de pedra britada m3
23.04.03.03 – Sub-base ou base de bica corrida m3
23.04.04.01 – Sub-base ou base de brita graduada c/ cimento 1% m3
23.04.04.02 – Sub-base ou base de brita graduada c/ cimento 2% m3
23.04.04.03 – Sub-base ou base de brita graduada c/ cimento 3% m3
23.04.04.04 – Sub-base ou base de brita graduada c/ cimento 4% m3
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ANEXO I

FAIXAS GRANULOMÉTRICAS DE AGREGADOS


PARA SUB-BASES E BASES DE BRITA GRADUADA

PENEIRAS DE MALHAS
AGREGADO % EM PESO, QUE PASSA
QUADRADAS
(NBR - 5734180) GRADUAÇÃO A GRADUAÇÃO B
50 mm (2') 100 --
38 mm (1 ½”) 90-100 --
25 mm (1") -- 100
19 mm (3/4”) 50-85 90-100
9,5 mm (3/8") 34-60 80-100
4,8 mm Nº 4 25-55 35-55
0,420 mm Nº 40 8-22 8-25
0,075 mm Nº 200 2-9 2-9

Além dos limites acima indicados, será exigido que a diferença entre as porcentagens que
passam nas peneiras nº4 e nº40 estejam compreendidas entre 20 e 30%.

As aberturas das peneiras expressas em polegadas, embora usuais e por esse motivo
indicada entre parênteses, não são admitidas na NBR – 5734/80.
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ANEXO II

VALORES DOS COEFICIENTES "K"

N K N K N K
4 0,95 10 0,77 25 0,67
5 0,89 12 0,75 30 0,66
6 0,85 14 0,73 40 0,64
7 0,82 16 0,71 50 0,63
8 0,80 18 0,70 100 0,60
9 0,78 20 0,69 : 0,52

Condição necessária:

X - K.S > L*
onde:
N

∑ Xi
X= 1

N
(Xi valores individuais da amostra)
N

∑ ( Xi − X ) 2

S= 1

( N −1)

*L representa o limite especifico na Norma.


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FL. 01

Seção 3.07 - Sub-bases e Bases de Macadame Hidráulico.

Código: 23.04.06.01 - Sub-base ou base de macadame hidráulico

1. DESCRIÇÃO

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, inclusive água, e de mão-de-obra e equipamentos
adequados necessários à execução e controle de qualidade de sub-bases e bases de
macadame hidráulico, de conformidade com a norma apresentada a seguir e detalhes
executivos contidos no projeto.

1.2 Sub-bases ou bases de macadame hidráulico são camadas de pavimento, obtidas por
compressão de agregado graúdo, seguida do enchimento de seus vazios com agregado
miúdo uniformemente distribuído, a princípio a seco e depois com a ajuda de água.

2. MATERIAIS

Os agregados graúdo e miúdo deverão ser obtidos por britagem de rochas sãs e deverão
satisfazer as seguintes exigências:

a) durabilidade, determinada em cinco cicios, pelo método DNER ME 89-64, com perdas
menores que:

- 20% no sulfato de sódio; ou

- 30% no sulfato de magnésio;


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b) abrasão Los Angeles - determinada pelo método DER M 24-61, menor que 40%;

c) granulometria dos agregados - determinada pelo método DER M 15-61, enquadrada em


uma das faixas indicadas no ANEXO I ou, eventualmente, no ANEXO I-A, para fins
experimentais, com expressa autorização da Fiscalização;

d) índice de lamelaridade - determinado pelo método DER M 34-70, menor que 10%;

e) impurezas - os agregados deverão ser isentos de impurezas tais como, torrões de solo e
materiais orgânicos.

3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento.

O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma dentro
dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) veículos para transporte dos agregados, de caçamba basculante;

b) distribuidores mecânicos de agregados;

c) irrigadeiras de no mínimo 5.000 litros, equipadas com moto bomba, capazes de distribuir
água sob pressão regulável e uniformemente;

d) rolos compressores de três rodas lisas metálicas, em tandem, com peso de 10 a 12 t;

e) compactadores vibratórios portáteis ou sapos mecânicos;


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FL. 03

f) vassouras mecânicas;

g) régua de madeira ou metálica, com arestas vivas e 3,00 metros de comprimento;

h) pequenas ferramentas, tais como garfos, rastelos, pás, etc.

Se o equipamento não satisfizer as condições mínimas para sua utilização, será rejeitado
pela Fiscalização.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.

3.2 Locação e Nivelamento.

Os serviços de locação e nivelamento serão executados pela Empresa Contratada de


verificados pela Fiscalização.

Nas posições correspondentes às estacas de locação, dos dois lados da pista e a distância
constante da linha base (eixo), serão assentados e nive lados piquetes para controle de
cotas e de alinhamento.

3.3 Serviços Preliminares.

As sub-bases e bases de macadame hidráulico serão geralmente construídas sobre a


superfície resultante dos serviços de Melhoria do Sub-leito e Preparo do leito, ou de Reforço
do Sub-leito, executados de conformidade com as normas contidas nas Seções respectivas.

3.4 Confinamento Lateral.

As fôrmas, quando utilizadas, deverão possuir altura suficiente para reter o material solto. O
posicionamento será executado de modo a obedecer ao alinhamento, perfil e seções
transversais de projeto.
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FL. 04

3.5 Espessura da Camada.

O diâmetro máximo do agregado graúdo deve ser inferior a dois terços da espessura da
camada acabada. A espessura final da camada acabada será de no mínimo 10 centímetros.
Quando se tratar de espessuras superiores a 15 centímetros a operação construtiva deverá
ser executada em mais de uma camada, respeitada a espessura mínima acima.

3.6 Distribuição do Agregado Graúdo.

O agregado graúdo será distribuído, na quantidade necessária, em uma camada de


espessura constante e uniformemente solta, que assegure a obtenção, na sub-base ou na
base acabada, das condições de recebimento exigidas na presente norma.

A distribuição será realizada, evitando-se a segregação.

Os fragmentos alongados, lamelares e de tamanho excessivos, visíveis na superfície do


agregado distribuído, deverão ser removidos para fora da sub-base ou da base em
construção. Para assegurar a obtenção da espessura e do acabamento exigidos, serão
realizadas freqüentes verificações, utilizando cordéis esticados e apoiados sobre os piquetes
laterais.

3.7 Compressão do Agregado Graúdo.

O agregado graúdo será comprimido com rolos compressores de três rodas lisas não em
tandem, em toda a largura da camada. Nos trechos em tangente, a compressão começará
pelas bordas e prosseguirá em direção ao centro da pista. As trajetórias dos rolos
compressores serão paralelas à linha base (eixo) e realizadas de tal forma que, em cada
passada, seja comprimida metade da faixa coberta pela passada imediatamente anterior.
Nos trechos em curva, havendo sobrelevação, a compressão será iniciada pela borda mais
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 05

baixa para a mais alta e prosseguirá, com percursos análogos aos descritos para os trechos
em tangente. A compressão das bordas será executada de modo que uma das rodas
traseiras dos rolas compressores cubra porções iguais do acostamento e da sub -base ou da
base em construção. As passadas sucessivas de um mesmo rolo compressor serão
realizadas em marcha a vante e em marcha a ré, não sendo permitida a manobra de rolos
compressores sobre a camada em construção. A compressão prosseguirá até que os
fragmento, em virtude do entrosamento obtido, deixem de formar onda diante do rolo
compressor.

Nos locais inacessíveis aos rolos compressores, ou onde seu emprego não for
recomendável, o agregado será comprimido com compactadores vibratórios portáteis ou
com sapos mecânicos.
As irregularidades maiores que 2 cm, encontradas durante as verificações da superfície da
sub-base ou da base em construção, deverão ser corrigidas. A correção será realizada
mediante afrouxamento, adição ou remoção de agregado, conforme o caso, e compressão.

3.8 Enchimento dos Vazios.

Após a compressão do agregado graúdo, será distribuído, sobre a superfície da sub-base ou


da base em construção agregado miúdo na quantidade necessária ao enchimento, a seco,
de todos os vazios existentes no agregado graúdo. A penetração do agregado miúdo nos
vazios do agregado graúdo, será obtida por varrição manual e mecânica da superfície da
sub-base ou da base. Nos locais em que for necessário, poderão ser distribuídas
quantidades adicionais de agregado miúdo. Assim que, em virtude do enchimento dos
vazios, for possível o contato direto das rodas do rolo compressor com os fragmentos do
agregado graúdo, será reiniciada a compressão da sub-base ou da base. Após a
compressão de toda a superfície da sub-base ou da base, será realizada nova distribuição
de agregado miúdo, na quantidade necessária ao enchimento, com a ajuda de água, dos
vazios remanescentes no agregado graúdo. A penetração do agregado miúdo, nos vazios do
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 06

agregado graúdo, será então obtida por intermédio de operações simultâneas de varrição e
irrigação, até a saturação, da superfície da sub -base ou da base. Logo que, em virtude do
enchimento dos vazios, for possível o contato direto das rodas do rolo compressor com os
fragmentos do agregado graúdo, será iniciada a compressão final da sub-base ou da base.

3.9 Conclusão dos Serviços.

Os serviços estarão concluídos quando, a critério da Fiscalização e em virtude do


enchimento dos vazios e da compressão, a sub-base ou a base em construção tiver
adquirido o máximo de estabilidade. Os ganhos de estabilidade da sub-base ou da base
serão evidenciados pelo decréscimo da movimentação dos fragmentos do agregado graúdo,
sob a ação das rodas do rolo compressor em movimento.

3.10 Proteção dos Serviços.

Durante o tempo todo que durar a construção e até o recebimento da sub-base ou da base,
os materiais e os serviços serão protegidos contra a ação destrutiva das águas pluviais, do
trânsito e de outros agentes que possam danificá-los.

3.11 Abertura ao Trânsito.

As sub-bases ou as bases de macadame hidráulico não deverão ser submetidas à ação


direta das cargas e da abrasão do trânsito. A Fiscalização poderá, no caso de cruzamento
em nível com outras estradas, e em caráter excepcional, autorizar o trânsito sobre sub -
bases ou bases concluídas, desde que a sub-base ou a base, no local do cruzamento, seja
protegida com espessa camada de agregado miúdo.

3.12 Controle.

O controle compreenderá:
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FL. 07

1) controle dos materiais, consistindo na realização dos ensaios segundo os métodos


indicados, nas seguintes quantidades:

a) constatação da qualidade da rocha, relativamente à durabilidade, e abrasão Los Angeles,


sempre que houver mudança de pedreira;

b) constatação da constância na britagem relativamente à granulometria, à razão de dois


ensaios para cada dia de britagem, em amostras colhidas na ocasião da descarga no
depósito; ou para cada 500 metros de extensão de sub-base ou de base, em amostras
colhidas na ocasião da descarga na pista; relativamente ao índice de lamelaridade, à razão
de um ensaio para cada vinte ensaios de granulometria.

2) controle da execução dos serviços, consistindo em:

a) verificação dos piquetes de amarração da locação e de nivelamento, antes do início dos


serviços em cada sub-trecho;

b) verificação da conformação e da espessura da camada- após a compressão do agregado


graúdo a após a conclusão da camada;

c) controle e anotação das taxas de aplicação, expressas em litros por metro quadrado, de
agregado graúdo, de agregado miúdo no enchimento a seco, e de agregado miúdo no
enchimento com ajuda de água; as taxas de aplicação ideais, uma vez determinadas, serão
mantidas durante toda a execução dos serviços.

As operações de controle serão executadas pela Empresa Contratada e assistidas pela


Fiscalização, sendo repetidas quando necessário.
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3.13 Condições de Recebimento.

As sub-bases e as bases de macadame hidráulico, executadas em uma ou mais camadas


com autorização da Fiscalização e de conformidade com esta norma, serão recebidas:
1) no que respeita ao alinhamento, se não. forem encontradas semilarguras menores que as
de projeto;

2) no que respeita à espessura e à conformação final da superfície, se não forem


encontradas diferenças maiores que:

a) 10% da espessura de projeto, em qualquer ponto da sub-base ou da base;

b) dois centímetros, para mais ou para menos, nas cotas de projeto, sendo a verificação
realizada com cordéis esticados e apoiados sobre os piquetes laterais e, se necessário, com
a régua de 3,00 metros de comprimento apoiada sobre a superfície da sub-base ou da base,
em qualquer posição, ao longo da qual, segundo o projeto, não haja mudança de
declividade;

3.14 Proteção do Meio-Ambiente.

Os cuidados a serem observados visando a proteção do meio ambiente na execução


das camadas de sub-bases ou bases de macadame hidráulico são os seguintes:

3.14.1 - Na Exploração de Ocorrências de Materiais.

Os seguintes cuidados deverão ser observados na exploração das ocorrências de


materiais:

- O material somente será aceito após a empresa Contratada apresentar a licença


ambiental de exploração da pedreira;
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- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;

- Não provocar queimadas como forma de desmatamento;

- Deverão ser construídas, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação


para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem
da brita, evitando seu carreamento para cursos d'água;

- Caso a brita seja fornecida por terceiros exigir documentação atestando a


regularidade das instalações, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental
competente.

3.14.2 - Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

a) Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;

b) As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

4. MEDIÇÃO

Os serviços recebidos serão medidos em metros cúbicos de camada acabada de sub-base


ou de base.
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Os volumes de sub-base ou de base serão calculados multiplicando a área da seção


transversal de projeto pelas extensões determinadas pelo estaqueamento.
A área da seção transversal de projeto será calculada, multiplicando a largura pela
espessura de projeto.

O transporte dos agregados não será medido, em separado, para fins de pagamento.
Considera-se o custo de transporte dos materiais incluído no preço unitário da sub-base ou
da base acabada.

5. PAGAMENTO

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos ao preço unitário contratual
respectivo, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os materiais, a
mão-de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos utilizados pela Empresa
Contratada, abrangendo inclusive benefícios e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.04.06.01 - Sub-base ou base de macadame hidráulico m3


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FL. 11

ANEXO I

FAIXAS GRANULOMÉTRICAS DE AGREGADOS PARA


SUB-BASES E BASES
DE MACADAME HIDRÁULICO
PENEIRAS DE MALHAS
AGRADODO GRAÚDO
Quadradas
% EM PESO, QUE PASSA
(NBR – 5734/80)
A B C
100 mm (4”) 100 ----- -----
90 mm (3 ½”) 90-100 100 -----
76 mm (3”) 60-95 95-100 -----
64 mm (2 ½”) 25-75 75-100 100
50 mm (2”) 10-30 30-80 80-100
38 mm (1 ½”) 0-15 15-25 25-70
25 mm (1”) 0-5 5-10 10-15
19 mm (3/4”) ----- 0-5 5-10
12,5 mm (1/2”) ----- 0-2 2-5

PENEIRAS DE MALHAS
AGRADODO GRAÚDO
Quadradas
% EM PESO, QUE PASSA
(NBR – 5734/80)
9,5 mm ( 3/8”) 100
4,8 mm Nº 4 85-100
2,0 mm Nº 10 65-90
1,2 mm Nº 16 50-80
0,600 mm Nº 30 30-60
0,300 mm Nº 50 20-40
0,150 mm Nº 100 10-30
0,075 mm Nº 200 0-10

Observação: As aberturas das peneiras expressas em polegadas, embora usuais e por esse
motivo indicada entre parênteses, não são admitidas na NBR - 5734/80.
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FL. 12

ANEXO I – A

ABERTURAS MÁXIMA E MÍNIMA DE AGREGADOS PARA SUB-BASE E


BASES DE MACADAME HIDRÁULICO.

ABERTURA DAS PENEIRAS


Em mm
GRADUAÇÕES
(NBR – 5734180)

90 a 38
AGREGADO GRAUDO A
(3 ½”) ( 1 ½”)

76 a 19
AGREGADO GRAUDO B
(3”) (3/4”)

50 a 12,5
AGREGADO GRAUDO C
(2”) (½”)

4,8 a 0,075
AGREGADO MIUDO
(nº4) (nº200)

1) Em todos os agregados deve ser observado o seguinte:


% do peso total do agregado que passa:
- na peneira de maior abertura 90 a 100%
- na peneira de menor abertura 0 a l0%

2) As aberturas previstas neste ANEXO poderão ser adotadas, para fins


experimentais, com autorização expressa da Fiscalização.

3) As aberturas das peneiras expressas em polegadas, embora usuais e por esse motivo
indicadas entre parênteses, não são admitidas na NBR-5734/80.
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 01
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Seção 3.08 - Sub-Bases e Bases de Macadame Betuminoso.

Código: 23.04.06.02 - Sub-base ou base de macadame betuminoso

1. DESCRIÇÃO.

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga de todos os materiais, inclusive melhoradores de adesividade quando
exigido, e de mão de obra e equipamentos adequados necessários à execução e controle de
sub-bases e bases de macadame-betuminoso, de conformidade com a norma apresentada a
seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.2 Macadame betuminoso é o produto constituído por agregados e material asfáltico a eles
aderido, mediante interpenetração, em uma camada de agregado graúdo, duas camadas de
agregado miúdo aplicadas e comprimidas, cada uma delas, sobres uma camada de cimento
asfáltico.

2. MATERIAIS.

2.1 Agregados.

Os agregados serão obtidos por britagem de rochas ou de pedregulhos (seixos)


e deverão satisfazer as seguintes exigências:

a) quando o agregado for obtido por britagem de pedregulho, 95% em peso dos fragmentos
retirados na peneira de 4,8 mm (nº4) deverão ter, no mínimo, uma face resultante de fratura;
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 02
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b) durabilidade, determinada em cinco cicios, pelo método DNER ME 89-64, com perdas
menores que:

- 20% no sulfato de sódio; ou

- 30% no sulfato de magnésio.

c) abrasão Los Angeles, determinada pelo método DER M 24-61, menor que 40%;

d) adesividade, determinada pelo método DER M 149-61, utilizando o cimento asfáltico que
será empregado na obra e, se necessário, melhorador de adesividade: boa (ou maior que 4);

e) granulometria, determinada pelo método DER M 15-61, conforme indicações contidas no


ANEXO I ou eventualmente, no ANEXO I-A, para fins experimentais, com expressa
autorização da Fiscalização;

f) índice de lamelaridade - determinado pelo método DER M 34-70, menor que 10%;

g) impurezas - os agregados deverão ser isentos de impurezas tais como, torrões de solo e
materiais orgânicos.

2.2 Material Asfáltico.

Poderão ser empregados os seguintes tipos de cimento asfáltico de petróleo:CAP-85/100 e


CAP-1 501200 (classificação por penetração) ou CAP-7 (classificação por viscosidade)
satisfazendo respectivamente as exigências contidas na EB-78184 e EB-78/86 da
ABNT/IBP.
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 03
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A temperatura de aplicação deverá ser escolhida de modo a ser obtida viscosidade Saybolt-
Furoi entre 20 e 60 segundos.

2.3 Dosagem.

A quantidade de cada um dos materiais no macadame betuminoso, quando não tiver sido
fixada no projeto, será proposta pela Empresa Contratada e aprovada pela Fiscalização. O
consumo dos materiais será indicado em litros por metro quadrado de cada material, em
cada aplicação.

3. EXECUÇAO.

3.1 Equipamento.

O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços específicos nesta norma dentro
dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) veículos de caçamba basculante para transporte dos agregados,

b) distribuidores mecânicos de agregados;

c) tanques de armazenamento, capazes de aquecer e manter aquecido o material asfáltico;

d) distribuidores de cimento asfáltico, com sistema de aquecimento, bomba de pressão


regulável, barra de distribuição de circulação plena e dispositivos de regulagem horizontal e
vertical, bicos de distribuição calibrados para aspersão em leque,. tacômetros, manômetros
e termômetros de fácil leitura, e mangueira de operação manual para aspersão em lugares
inacessíveis à barra;
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 04
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e) motoniveladoras;

f) rolos compressores de três rodas lisas metálicas, em tandem, pesando de 10 a 12 t;

g) compactadores vibratórios portáteis ou sapos mecânicos,

h) vassouras mecânicas do tipo adequado;

i) régua de madeira ou metálica, para corte de arestas vivas e 3,00 metros de comprimento;

j) pequenas ferramentas, tais como rastelos, garfos, pás, etc.


Se o equipamento não satisfizer as condições mínimas para sua utilização, será rejeitado
pela Fiscalização.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados, desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.

3.2 Locação e Nivelamento.

Os serviços de locação e nivelamento serão executados pela Empresa Contratada e


verificados pela Fiscalização.

Nas posições correspondentes às estacas de locação, dos dois lados da pista e a distância
constante da linha base (eixo), serão assentados e nivelados piquetes para controle de
cotas e de alinhamento.
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 05
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3.3 Condições de Serviço.

Os serviços de construção de sub-bases ou de bases de macadame betuminoso deverão


ser sustados, quando os agregados estiverem molhados ou houver risco de chuva durante
as operações de distribuição do cimento asfáltico.

Considerando que a adesividade do cimento asfáltico aos agregados pode ser prejudicada
pelo excesso de pó, a Fiscalização poderá exigir, em tempo seco e se julgar necessário, a
irrigação dos desvios laterais em tráfego.

3.4 Espessura da Camada.

O diâmetro máximo do agregado graúdo deverá ser superior a 80% da espessura da


camada acabada, a qual por sua vez, não deverá ultrapassar 10 centímetros.

3.5 Confinamento Lateral.

As fôrmas, quando utilizadas, deverão ser corretamente posicionadas, bem travadas e


possuir altura suficiente para reter o agregado solto. O posicionamento será executado de
modo a obedecer ao alinhamento, perfil e seções transversais de projeto.

3.6 Distribuição do Agregado Graúdo.

O agregado graúdo será distribuído com equipamento adequado. Nos lugares inacessíveis
ao equipamento admitir-se-á a distribuição manual.

Após a distribuição, o agregado será inspecionado, de modo a remover impurezas e


fragmentos de formato inconveniente ou tamanho excessivo. As falhas de distribuição serão
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 06
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corrigidas com ferramentas manuais, podendo haver, se for necessário, adição ou remoção
de agregado.

Após a correção, a superfície será regularizada com motoniveladoras.

3.7 Compressão do Agregado Graúdo.

A compressão será iniciada pelas bordas e executadas de forma tal que, na primeira
passada, a roda externa do rolo compressor fique apoiada metade no acostamento e
metade na sub-base ou base em construção.

Nos trechos em tangente, a compressão será executada das duas bordas para o centro da
pista, em percursos eqüidistantes da linha base (eixo). Os percursos ou passadas de cada
rolo compressor serão distanciados entre si de tal forma, que, em cada percurso, seja
coberto metade do rastro deixado no percurso anterior.

Nos trechos em curva, havendo sobrelevação, a compressão progredirá da borda mais baixa
para a mais alta e prosseguirá com percursos análogos aos descritos para os trechos em
tangente.

Nas partes adjacentes à sub-base ou base construída, a compressão será executada


transversalmente à li nha base (eixo). Nos locais inacessíveis aos rolos compressores ou
onde seu emprego não for recomendável, (cabeceira de obras de arte), o agregado será
comprimido com compactadores vibratórios portáteis vibratórios, ou com sapos mecânicos.

As operações de compressão poderão ser interrompidas, quando necessário, mas deverão


prosseguir até que o agregado adquira estabilidade suficiente para não sofrer
empurramento, nem sulcamento excessivo, sob a ação das rodas do rolo compressor em
movimento.
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 07
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Na fase final da compressão, utilizando cordéis apoiados sobre os piquetes laterais, serão
realizadas verificações, e eventualmente correções, que as segurem a obtenção, na sub -
base ou na base em construção, da espessura e da configuração de projeto.

3.8 Regulagem da Barra de Distribuição do Cimento Asfáltico.

Antes de iniciar a distribuição do cimento asfáltico, deverão ser medidas e comparadas entre
si, as vazões dos bicos da barra de distribuição. Recomenda-se o emprego de caixas
metálicas, e cerca de 15 cm de altura. O comprimento das caixas será igual à distância entre
os bicos. A largura será de cerca de 30 cm.

Serão utilizadas tantas caixas quantos forem os bicos. A barra será fixada na altura provável
de operação normal. As caixas serão apoiadas no solo e encostadas umas às outras, de
modo que os seus centros coincidam com as verticais que passam pelos bicos. O cimento
asfáltico será aspergido sobre as caixas, até que, na caixa mais cheia, atinja a altura de
cerca de dez centímetros. Medem-se as alturas do cimento asfáltico em todas as caixas.
Calcula -se a média aritmética das alturas medidas. Substituem-se os bicos responsáveis
pelo enchimento das caixas, nas quais foram medidas alturas que difiram mais de 10%, para
mais ou para menos, da altura média calculada. Repete-se o teste com os novos bicos e
procede-se da forma descrita, até que se obtenha um conjunto de bicos que satisfaça a
condição de uniformidade de aspersão estabelecida. A critério da Empresa Contratada, as
caixas poderão ser subdivididas em compartimentos estanques, de modo a facilitar a
identificação dos bicos responsáveis por desuniformidade de distribuição.

3.9 Primeira Distribuição do Cimento Asfáltico.

Asseguradas a uniformidade de distribuição mediante regulagem da barra e a obtenção da


espessura e configuração de projeto mediante verificação da camada de agregado graúdo
compactado poderá ser executada a primeira distribuição do cimento asfáltíco. No locais da
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 08
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emenda da sub-base ou da base em construção, a parte já construída será coberta, de


modo a evitar que ela também receba aplicação do cimento asfáltico.

Deverão ser anotadas pela Empresa Contratada, e verificadas pela Fiscalização, as


temperaturas (ºC) e as taxas de aplicação(1/m²).

3.10 Primeira Distribuição de Agregado Miúdo.

Imediatamente após a primeira aplicação do cimento asfáltico, deverá ser executada a


distribuição do agregado miúdo.

O equipamento de distribuição do agregado miúdo será operado em marcha à ré, de modo a


evitar que as suas rodas entrem em contato com o cimento asfáltico.

À medida que se executa a distribuição, as falhas eventualmente existentes serão corrigidas.

Após a distribuição, a camada de agregado miúdo será regularizada por varredura com o
equipamento adequado.

3.11 Compressão da Primeira Camada de Agregado Miúdo.

A compressão deverá ser iniciada imediatamente após a regularização da camada de


agregado miúdo, de modo a aproveitar a menor viscosidade do cimento asfáltico ainda
quente.
A compressão será executada de forma análoga à descrita para o agregado graúdo e
prosseguirá até que os fragmentos fiquem bem ligados ao cimento asfáltico. No final da
compressão, a sub-base ou a base em construção deverá apresentar uma superfície lisa e
não se moverá, perceptivelmente, sob a ação das rodas do compressor em movimento.
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 09
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3.12 Segunda Distribuição do Cimento Asfáltico.

Após o término da compressão da primeira camada de agregado miúdo, a superfície da sub-


base ou base em construção será varrida, de modo a remover o material solto. Em seguida,
será executada a segunda distribuição do cimento asfáltico, de forma análoga e com os
mesmos cuidados da primeira distribuição.

3.13 Segunda Distribuição de Agregado Miúdo.

Imediatamente após a aplicação do cimento asfáltico, deverá ser executada a segunda


distribuição de agregado miúdo. A distribuição será executada da mesma forma e com os
mesmos cuidados exigidos na primeira distribuição.

3.14 Compressão Final.

Imediatamente após a segunda distribuição de agregado miúdo, será iniciada a compressão


final. A compressão será executada de forma análoga à descrita para o agregado graúdo, e
prosseguirá até que se obtenha uma superfície lisa, com os fragmentos bem ligados ao
cimento asfáltico, e que não se mova, perceptivamente, sob a ação das rodas dos
compressores em movimento.

Se for necessário, poderão ser adicionadas, durante a compressão final, pequenas


quantidades de agregado miúdo. Essas operações deverão ser executadas, de modo a não
prejudicar o acabamento da superfície final da sub-base ou da base construída.

3.15 Proteção dos Serviços.

As sub-bases ou as bases em construção, bem como os materiais a elas destinados,


deverão ser protegidos contra a ação destrutiva das águas pluviais, do trânsito e de outros
agentes que possam danificá-las.
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3.16 Trânsito.

Em nenhuma hipótese será admitindo o trânsito direto sobre o cimento asfáltico, tanto na
primeira quanto na segunda aplicação.

O trânsito sobre o agregado miúdo, da primeira e da segunda aplicação, deverá ser


restringido à indispensável movimentação dos equipamentos de construção.

Será permitido o trânsito sobre as sub-bases ou as bases, após a conclusão da compressão


final; desde que, estando o trecho sinalizado, não haja risco para os usuários.

3.17 Controle.

O controle compreenderá:

1) controle dos materiais, consistindo na realização de ensaios segundo os métodos


indicados, nas seguintes quantidades:

a) constatação da existência de faces resultantes de fratura, no caso de agregados obtidos


por britagem de pedregulho - sempre que houver mudança de jazida ou do sistema de
britagem;

b) constatação da qualidade da rocha, relativamente a:

- durabilidade e abrasão Los Angeles - sempre que houver mudança de jazida ou pedreira;

- adesividade - sempre que houver mudança de agregado ou de material asfáltico,

c) constatação da qualidade do cimento asfáltico - em cada entrega;


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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 11
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d) constatação da constância na britagem relativamente:


- ao índice de lamelaridade - sempre que houver mudança de jazida ou sistema de
britagem,

- à granulometria - à razão de um ensaio de cada tipo de agregado, para cada 500 metros
de extensão de sub-base ou da base.

2) controle da execução dos serviços, consistindo em:

a) verificação dos piquetes de amarração da locação e de nivelamento, antes do início dos


serviços em cada sub-trecho;

b) verificação da conformação e da espessura da camada de agregado graúdo, antes e


depois da compressão - em cada sub-trecho;

c) controle e anotação das temperaturas e das taxas de aplicação do cimento asfáltico - em


cada aplicação;

d) verificação da superfície e da espessura da sub -base ou da base acabada em cada sub-


trecho.

As operações de controle serão executadas pela Empresa Contratada a assistidas pela


Fiscalização, sendo repetidas quando necessário.

3.18 Condições de Recebimento.

As sub-bases e as bases de macadame betuminoso, executadas com autorização da


Fiscalização, serão recebidas:
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 12
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1) no que respeita ao alinhamento, se não forem encontradas semilarguras menores que as


de projeto;

2) no que respeita à espessura e à conformação final da superfície, se não forem


encontradas diferenças maiores que:

a) 10% da espessura de projeto, em qualquer ponto da sub-base ou da base;

b) dois centímetros, para mais ou para menos, nas cotas de projeto, sendo a verificação
realizada com cordéis esticados e apoiados sobre os piquetes laterais e, se necessário, com
a régua de 3,00 metros de comprimento apoiada sobre a superfície da sub-base ou da base,
em qualquer posição, ao longo da qual, segundo o projeto, não haja mudança de
declividade.

3.19 Proteção do Meio-Ambiente.

São recomendados os seguintes cuidados visando a proteção do meio ambiente na


execução das camadas de sub-bases ou bases de macadame betuminoso.

3.19.1 Na Exploração de Ocorrências de Materiais.

Os seguintes cuidados deverão ser observados na exploração das ocorrências de


materiais:

- O material somente será aceito após o Empresa Contratada apresentar a licença


ambiental para a exploração da pedreira;

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 13
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- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;
- Não provocar queimadas como forma de desmatamento;

- Deverão ser construídas, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação


para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem
da brita, evitando seu carreamento para cursos d'água;

- Caso a brita seja fornecida por terceiros exigir documentação atestando a


regularidade das instalações, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental
competente.

3.19.2 Depósitos de Ligantes Betuminosos.

Deve-se adotar os cuidados seguintes:

- Evitar a instalação de depósitos de ligante betuminosos próximo a cursos d'água;

- Na desmobilização desta atividade, remover os depósitos de ligante e recuperar a


área afetada.

3.19.3 Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar os anos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.
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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 14
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As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água. Deve ser vedada a disposição de
refugo de materiais usados, na faixa de domínio e nas áreas lindeiras onde possam
causar prejuízo ambiental.

Deverá ser vedada a disposição de refugo de materiais na faixa de domínio e nas


áreas lindeiras adjacentes onde possam causar prejuízos ambientais.

4. MEDIÇÃO.

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em em metros cúbicos de camada


acabada.

O volume de sub-base ou base serão calculados multiplicando a área da seção transversal


de projeto pelas extensões determinadas a partir do estaqueamento.

A área da seção transversal de projeto será calculada, multiplicando a largura pela


espessura de projeto.

O transporte dos materiais utilizados não será medido em separado, para fins de
pagamento. O custo do transporte dos materiais já se acha incluído no preço unitário da
camada acabada.

5. PAGAMENTO.

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos aos preços unitários
contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os
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materiais, a mão-de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos utilizados pela


Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.04.06.02 - Sub-base ou base de macadame betuminoso M3


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3. PAVIMENTAÇÃO FL. 16
-

ANEXO I

FAIXAS GRANULOMÉTRICAS DE AGREGADOS PARA SUB-BASES E BASES


DE MACADAME BETUMINOSO

PENEIRAS DE MALHAS
AGREGADO % EM PESO, QUE PASSA
QUADRADAS
(NBR - 5734180) GRAÚDO A GRAÚDO B MIUDO

100 -- --
76 mm (3")
90-100 100 --
64 mm (2 %')
30-70 90-100 --
50 mm (2")
0-15 35-70 --
38 mm (1 1/2")
-- 0-15 100
25 mm (1")
0-5 -- 90-100
19 mm (314")
-- 0-5 --
12,5 mm (112")
-- -- 20-55
9,5 mm (318")
-- -- 0-10
4,8 mm Nº 4
-- -- 0-5
2,4 mm Nº 8

OBSERVAÇÃO: As aberturas das peneiras expressas em polegadas, embora usuais e


por esse motivo indicadas entre parênteses, não são admitidas na NBR – 5734/80.
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ANEXO I - A

ABERTURAS MÁXIMA E MÍNIMAS DE AGREGADOS PARA SUB-BASES E


BASES DE MACADAME BETUMINOSO.

ABERTURA DAS PENEIRAS em mm


GRADUAÇÕES
(NBR-5734180)

AGREGADO 64a19
GRAÚDO A (2 1/2") (3/4")

AGREGADO 50 a12,5
GRAÚDO B (2") (1/2")

AGREGADO 19 a 4,8
Miúdo (3/4") nº4

1) Em todos os agregados deve ser observado o seguinte:

% do peso total do agregado que passa:

- na peneira de maior abertura 90 a 100%


- na peneira de menor abertura O a 10%

2) As aberturas previstas neste ANEXO poderão ser adotadas, para fins


experimentais, com autorização expressa da Fiscalização.

3) As aberturas das peneiras expressas em polegadas, embora usuais e pôr esse motivo
indicadas entre parênteses, não são admitidas na NBR-5734/80.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.09 Base de Solo Arenoso Fino Laterítico.

Códigos: 23.03.02.01 - Reforço do sub-leito transporte ate 1km;


23.03.02.02 - Reforço do sub-leito transporte ate 2km;
23.03.02.03 - Reforço do sub-leito transporte ate 5km;
23.03.02.04 - Reforço do sub-leito transporte ate 10km;
23.03.02.05 - Reforço do sub-leito transporte ate 15km;
23.03.02.06 - Reforço do sub-leito transporte alem de 15km;
23.04.07.01 - Sub-base ou base de solo arenoso fino, compactado a no
mínimo 95% do Proctor Intermediário;

1. DESCRIÇÃO

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, da mão de obra e equipamentos necessários à
execução e controle de qualidade de bases de solo arenoso fino Laterítico, de conformidade
com a norma apresentada a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.2 Para fins desta norma, considera-se como Solo Arenoso Fino Laterítico qualquer solo de
comportamento Laterítico, segundo a classificação MCT, contendo mais de 50% retido na
peneira 0,075 mm (n. 200), sendo esta fração constituída de areia de grãos de quartzo.

2. MATERIAIS

Os solos deverão satisfazer as seguintes exigências:

a) Ter comportamento Laterítico, isto é, pertencer a um dos grupos LA, LA' e LG' da
classificação MCT, utilizando para tanto o método DER M 197-88;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 02

b) Composição granulométrica, determinada pelo método DER M 6-61, enquadrada em uma


das faixas de graduação indicadas no quadro I.

QUADRO I
PENEIRAS DE MALHAS GRADUAÇÕES % EM PESO, QUE PASSA
QUADRADAS
(NBR – 5734/80) A B C

2,00 mm nº 10 100 100 100


0,42 mm nº 40 75-100 85-100 100
0,150 mm nº 100 30-50 50-65 65-95
0, 075 mm nº 200 23-35 35-50 35-50

Na escolha dos solos para a finalidade em vista, a ordem de prioridade deve ser a seguinte-.

1ª - FAIXA "A";
2ª - FAIXA "B";
3ª - FAIXA "C".

Se o solo esquadrar-se na faixa "C", deverá ser submetido ao ensaio de granulometria com
sedimentação com uso de defloculante hexametafosfato de sódio, conforme método DER M
6-61.

Com o resultado obtido, verifica-se em seguida se o solo se situa dentro de uma das faixas
granulométricas C-1 ou C-2, mostradas a seguir:
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

QUADRO II
PENEIRAS DE MALHAS GRADUAÇOES QUADRADAS% EM PESO,
QUADRADAS QUE PASSA
(NBR - 5734180) C-1 C-2
0,42. mm nº 40 100 100
0,150 mm nº 100 65-80 80-95
0,075 mm nº 200 40-50 35-45
0,002. mm > 25 20-25

Dever-se-á dar preferência à utilização do solo que se enquadre na faixa C-1. Se a


composição granulométrica do solo estiver contida parte em uma faixa e parte em outra,
indicadas nos quadros I ou II, o solo só poderá ser utilizado se atender as exigências
mecânicas e hidráulicas discriminadas no quadro III, no item c.

c) as propriedades mecânicas e hidráulicas do solo, correspondentes a corpos de prova


compactados na umidade ótima, com energia intermediária do DER M 191-88, deverão
satisfazer os valores constantes no quadro III a seguir.

QUADRO III
EXIGÊNCIAS MECÂNICAS E VALORES ADMISSÍVEIS MÉTODOS DE ENSAIO
HIDRÁULICAS
Mini - CBR sem imersão / 40% DER M 192-88
Perda de suporte do Mini-
CBR por imersão em relação ≤50 % DER M 192-88
ao Mini-CBR sem imersão
Expansão com sobrecarga
≤0,3 % DER M 192-88
padrão
Contração 0,1 a 0,5% DER M 193-88
Coeficiente de Infiltração 10-2 a 10-4 cm min uto DER M 194-88
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 04

3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento.

O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma dentro
dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) veículos para transporte dos materiais, de caçamba basculante;

b) motoniveladora pesada, com escarificador e lâmina apropriada para acabamento da base;

c) irrigadeira de, no mínimo 5.000 litros, equipadas com moto bombas, capazes de distribuir
água sob pressão regulável e uniformemente;

d) pulvemisturadoras rebocáveis ou autopropelidas;

e) escarificadores e arados de discos, equipados com dispositivos para controle mecânico


da profundidade de trabalho;

f) equipamentos de compactação, constituídos por rolos compactadores:

f. 1 - tipo "pé de carneiro" de peso variável, estáticos ou vibratórios;


f.2 - de rodas lisas metálicas, estáticos ou vibratórios;
f.3 - de rodas pneumáticas de pressão variável de no mínimo 2,5 kgf/cm2 a 8,5
kgf/cm2 ( 35 a 125. Psi).

g) compactadores vibratórios portáteis ou sapos mecânicos;

h) compressor de ar comprimido;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 05

i) vassouras rotativas;

j) régua de madeira ou metálica, com arestas vivas e 3,00 metros de comprimento;

k) pequenas ferramentas, tais como pás, garfos, enxadas, rastelos, etc.

Se o equipamento não satisfizer as condições mínimas para sua utilização, será rejeitado
pela Fiscalização.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.

3.2 Locação e Nivelamento.

Os serviços de locação e nivelamento serão executados pela Empresa Contratada e


verificados pela Fiscalização.

Nas posições correspondentes às estacas de locação, dos dois lados da pista e a distância
constante da linha base (eixo), serão assentados e nivelados piquetes para controle de
cotas e de alinhamento.

3.3 Serviços Preliminares.

As bases de solo arenoso Laterítico, serão geralmente construídas sobre superfícies


resultantes dos serviços de Melhoria do Sub-leito e Preparo do Leito, ou de Reforço do Sub-
leito, executados de conformidade com as normas contidas nas seções respectivas.

3.4 Mistura, Distribuição e Umedecimento.

O solo será descarregado na pista em montes ou leiras de dimensões constantes, tanto


quanto possível, de modo a facilitar a distribuição. Concluída a distribuição, serão iniciadas
as operações de mistura, destorroamento e umedecimento ou secagem visando a obter, em
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 06

toda a superfície da camada solta uma mistura homogênea. O teor de umidade do material
deverá ser mantido dentro de um intervalo de um ponto percentual, abaixo e acima da
umidade ótima (Ho ± 1 %), obtida em laboratório no ensaio de compactação com energia
intermediária determinada pelo método DER M 191-88 ou no mesmo intervalo, porém tendo
como referência a umidade ótima obtida no Proctor de campo (trecho experimental).

3.5 Compactação e Acabamento.

Concluída a mistura úmida, a camada será regularizada para início das operações de
compactação.

A compactação será sempre iniciada pelas bordas, tomando-se o cuidado de, nas primeiras
passadas, fazer com que o rolo compactador apoie metade na base em construção e
metade no acostamento. Nos trechos em tangente, a compactação prosseguirá das duas
bordas para o centro, em percursos eqüidistantes da linha base (eixo). Os percursos ou
passadas do equipamento utilizado serão distanciados entre si de tal forma que, em cada
percurso, seja coberta metade de faixa coberta no percurso anterior.

Nos trechos em curva, havendo sobrelevação, a compactação progredirá da borda mais


baixa para a mais alta, com percursos análogos aos descritos para os trechos em tangente.

Nas partes adjacentes ao início e ao fim da base em construção, a compactação será


executada transversalmente à linha base (eixo).

Nas partes inacessíveis aos rolos compactadores, assim como nas partes em que o uso não
for indesejável (cabeceiras de obras de arte), a compactação será executada com
compactadores vibratórios portáteis, ou com sapos mecânicos. As operações com rolos
compactadores deverão prosseguir, até que a base em toda a sua espessura atinja o grau
de compactação mínimo de 100% em relação à massa específica aparente seca máxima,
obtida na energia intermediária, pelo método DER M 191-88.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 07

Para os solos em que não se consiga este grau de compactação, o grau mínimo exigido
deverá ser obtido em trechos experimentais, sendo utilizado como referência para
recebimento da base aquele que produza, no mínimo, um mini-CBR "in situ' igual ou superior
a 40%, determinado preferencialmente pelo método DER M 198-88; na impossibilidade do
emprego deste, poderá ser utilizado, então o método DER M 195-88.

No processo de compactação deverá utilizar-se, de preferência, rolo pé de carneiro duplo


estático, que deve dar um número de passadas suficiente para que não haja mais
penetração na base, das patas do equipamento. Após esta fase, a compactação da camada,
se necessário, deve prosseguir preferencialmente com o uso de rolos pneumáticos de
pressão variável, até o término da mesma. A conformação final da seção de projeto deve ser
feita, após irrigação da base compactada, com moto niveladora de lâmina afiada, trabalhando
única e exclusivamente em corte, de modo a eliminar todos os sinais dos equipamentos de
compactação. O acabamento da base deve ser realizado, preferencialmente, com o uso de
rolo pneumático de pressão variável ou liso-vibratório, com no máximo duas coberturas.

Após o acabamento, a base deverá ser submetida, na medida do possível, a um período de


cura por secagem, suficiente para o desenvolvimento pleno das trincas de contração.

3.6 Espessura da Camada.

A espessura da camada acabada será de, no máximo, 15 centímetros. Quando se desejar


maior espessura, os serviços deverão ser executados em mais de uma camada, sendo a
espessura mínima de qualquer delas de 10 centímetros, após a compactação.

3.7 Proteção dos Serviços.

Durante o tempo todo que durar a construção e até o recebimento da base, os materiais e os
serviços serão protegidos contra a ação destrutiva das águas pluviais, do trânsito e de
outros agentes que possam danificá-los.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 08

3.8 Abertura ao Trânsito.

As bases de solo arenoso fino Laterítico não deverão ser submetidas à ação direta das
cargas e da abrasão do trânsito. No entanto a Fiscalização poderá autorizá-lo, quando a seu
critério a base já esteja com sua imprimadura impermeabilizante "curada", e os danos que
venham ser causados à superfície acabada não prejudiquem a qualidade da camada de
pavimento, que sobre ela será construída.

No caso da existência da camada protetora (tratamento superficial simples) exige-se que a


superfície seja submetida ao tráfego, no mínimo pelos veículos utilizados no serviço, antes
da execução da camada de rolamento definitiva.

3.9 Controle.

O controle compreenderá:

1) controle do solo relativamente aos requisitos abaixo relacionados, à razão de dois ensaios
para cada 500 m de extensão da base, em amostras colhidas na pista, ou na jazida, quando
houver suspeita de alteração do material:

a) granulometria por peneiramento, segundo o método DER M 6161;

b) determinação das seguintes propriedades da sistemática MCT:

- mini-CBR, de acordo com o método DER M 192-88, na condição ótima de


compactação, na energia intermediária, com ou sem imersão;

- contração, de acordo com o método DER M 193-88, na condição ótima de compactação,


na energia intermediária;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 09

- compactação mini-MCV, de acordo com o método DER M 191-88;

- perda de massa por imersão de solo compactado, de acordo com o método DER M 196-
88.
2) controle de execução dos serviços, consistindo em:

a) verificação dos piquetes de amarração da locação e de nivelamento, antes do início dos


serviços em cada sub-trecho;

b) verificação da umidade, da conformação e da espessura da camada, tantas vezes


quantas forem necessárias durante a preparação da camada solta;

c) registro do número de passadas dos rolos compactadores, de modo a assegurar a


obtenção do grau de compactação;
verificação visual da ocorrência de formação de lamelas superficiais.

As operações de controle serão executadas pela Empresa Contratada e assistidas pela


Fiscalização, sendo repetidas quando necessário.

3.10 Condições de recebimento.

As bases de solo arenoso fino Laterítico, executadas em uma ou mais camadas com
autorização da Fiscalização e de conformidade com esta norma, serão recebidas-

1) no que respeita ao alinhamento, se não forem encontradas semilarguras menores que as


de projeto;

2) no que respeita à espessura e à conformação final da superfície, se não forem


encontradas diferenças maiores que:
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FL. 10

a) 10% da espessura do projeto, em qualquer ponto da base;

b) dois centímetros, para mais ou para menos, nas cotas de projeto, sendo a verificação
realizada com cordéis esticados e apiloados sobre os piquetes laterais e, se necessário, com
a régua de 3,00 metros de comprimento apoiada sobre a superfície da base, em qualquer
posição, ao longo da qual, segundo o projeto, não haja mudança de declividade;

3) no que diz respeito ao comportamento laterítico do solo se pertencer aos grupos LA, LA'
ou LG' da classificação MCT;

4) no que diz respeito à curva granulométrica do solo se for enquadrada em uma das
FAIXAS A, B ou C, do item 2, salvo exceção de seu último parágrafo.

5) No que diz respeito às propriedades mecânicas e hidráulicas - se os valores máximos e


mínimos decorrentes da amostragem atenderem aos seguintes requisitos-.

a) mini-CBR sem imersão:

X - K.S > 40%

b) perda de suporte no mini-CBR por imersão em relação ao mini-CBR sem


imersão:

X + K.S > 50%


c) expansão com sobrecarga padrão:

X + K.S > 0,3%


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 11

d) contração:

X – K1S > 0,1%

X + K 1S > 0,5%

Sendo

X - média aritmética dos graus de compactação obtidos;


S - desvio padrão
K e K1 coeficiente indicados no anexo 1, função do número de elementos da amostra, no
mínimo igual a cinco.

6) no que respeita ao grau de compactação, calculado com base na massa específica


aparente seca "in situ", determinada pelo método DER M 23-57, e referido à massa
específica aparente seca máxima obtida no ensaio de compactação realizado pelo método
DER M 191-88, ou grau de compactação obtido nos trechos experimentais, tal como referido
no item 3.5:

a) se não for obtido nenhum valor menor que 100%; ou

b) se for satisfeita a seguinte condição:

X - K.S > 100%

Sendo
X - média aritmética dos graus de compactação obtidos, S - desvio padrão;
K - coeficiente indicado no anexo I, função do número N de elementos da amostra, no
mínimo igual a cinco.
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FL. 12

3.11 Proteção do Meio Ambiente.

Os cuidados a serem observados visando a proteção do meio ambiente na execução


da camadas de base de solo arenoso fino laterítico são os seguintes:

3.11.1 - Na Exploração de Ocorrências de Materiais.

a) Na exploração de jazidas

A Empresa Contratada só poderá executar escavação em jazida que estiver prevista


no projeto ou tiver sido projetada e especialmente aprovada pela fiscalização, durante
a construção. A exploração da jazida somente poderá ser iniciada após a obtenção da
licença ambiental específica. Deverão ser observados os seguintes cuidados na
exploração de jazidas.

- O desmatamento, destacamento, e limpeza, ser executado de acordo com a Seção


2.02, será feita dentro do limite da área licenciada, e o material retirado deverá ser
estocado de forma que, após a exploração, o solo orgânico possa ser utilizado na
recuperação da área;

- Não é permitida a queima de vegetação removida;

- Deve ser evitada a localização de jazidas em área de boa aptidão agrícola;

- Não deverá ser explorado jazida em áreas de reservas ecológicas e/ou florestais, de
preservação cultural, ou mesmo de suas proximidades;

- As áreas deverão ser mantidas durante sua exploração conveniente drenadas de


modo a evitar o acúmulo de águas, bem como, os efeitos de erosão;
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FL. 13

- A exploração deverá ser feita de acordo com o projeto aprovado pela fiscalização e
licenciado ambientalmente. Qualquer alteração deverá ser objeto de complementação
do licenciamento ambiental;

3.11.2 - Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

a) Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;

b) As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

4. MEDIÇÃO

Os serviços recebidos de conformidade com esta norma serão medidos:

a) em m³ de camada acabada, incluindo a escavação do solo;

b) em m³ da camada acabada x km para o transporte do solo.

O volume da base será calculado considerando o comprimento e a largura de projeto, em


projeção horizontal, e a espessura de projeto.
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FL. 14

A determinação da distância de transporte será realizada:

a) com base no estaqueamento da estrada, quando o transporte for executado dentro da


faixa de domínio, pela estrada ou por caminho de serviço que a acompanhe;

b) com base em anotações de hodômetro, quando o transporte for executado fora da faixa
de domínio, em caminho de serviço existente ou construído pela Empresa Contratada,
aprovado pela Fiscalização.

5. PAGAMENTO

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos aos preços unitários
contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá única remuneração única para todos
os materiais, a mão-de-obra, lei sociais, equipamentos e outros recursos utilizados em sua
execução pela Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.03.02.01 – Reforço do sub-leito transporte ate 1km; m3xkm


23.03.02.02 – Reforço do sub-leito transporte ate 2km; m3xkm
23.03.02.03 – Reforço do sub-leito transporte ate 5km; m3xkm
23.03.02.04 – Reforço do sub-leito transporte ate 10km; m3xkm
23.03.02.05 – Reforço do sub-leito transporte ate 15km; m3xkm
23.03.02.06 – Reforço do sub-leito transporte alem de 15km; m3xkm
23.04.07.01 - Sub-base ou base de solo arenoso fino, compactado m3
a no mínimo 95% do Proctor Intermediário;

.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 15

7 Bibliografia

7.1 Nogami, J.S.; Villibor, D.F. (1981). 'Uma nova classificação de Solos para Finalidades
Rodoviárias'. Anais do Simpósio Brasileiro de Solos Tropicais em Engenharia. Vol. 1, pg.
30/41, C.O.P.P.E./UFERJ, Rio de Janeiro.
7.2 Villibor, D.F.; Nogami, J.S. (1982). 'Novo Critério para Escolha de Solos Arenosos Finos
para Bases de Pavimentos'. Anais da 17' Reunião Anual de Pavimentação. Vol 2, pg.
107/127, Brasília - DF.
7.3 Villibor, D.F.; Nogami, J.S. (1985). '.Controle Tecnológico das Bases de Solos Arenosos
Lateríticos". Anais da 20ª Reunião Anual de Pavimentação. Vol. 1, pg. 521/555, Fortaleza -
CE.
7.4 Villibor, D.F.; Nogami, J.S.; Frabbd, G.T.P. (1986). "Proteção à Erosão em Pavimentação
de Baixo Custo'. Anais da 21ª Reunião Anual de Pavimentação. Vol. 2, pg. 412/430,
Salvador - BA.
7.5 Villibor, DF; Nogami, J.S.; Sória, M.H.A.(1987). "Técnica Construtiva das Bases de Solo
Arenoso Fino Laterítico'. Anais da 22ª Reunião Anual de Pavimentação. Vol. 1, pg. 798/827,
Maceió - AL.
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FL. 16

ANEXO I

VALORES DOS COEFICIENTES "K'(Tolerância Lateral)


e "Kl" (Tolerância Bilateral)

N K Ki N K Ki N K Ki
4 0,95 1.34 10 0,77 1.12 25 0,67 1.00
5 0,89 1.27 12 0,75 1.09 30 0,66 0.99
6 0,85 1.22 14 0,73 1.07 40 0,64 0.97
7 0,82 1.19 16 0,71 1.05 50 0,63 0.96
8 0,80 1.16 18 0,70 1.04 100 0,60 0.92
9 0,78 1.14 20 0,69 1.03 : 0,52 0.84

VALORES DOS COEFICIENTES "K"

N K N K N K
4 0,95 10 0,77 25 0,67
5 0,89 12 0,75 30 0,66
6 0,85 14 0,73 40 0,64
7 0,82 16 0,71 50 0,63
8 0,80 18 0,70 100 0,60
9 0,78 20 0,69 : 0,52

Condição necessária:

X - K.S > L*

onde-.

∑ Xi
1
X=
N
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 17

(Xi valores individuais da amostra)

∑ ( Xi − X ) 2

S= 1

( N −1)

L* representa o limite especificado na Norma.


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.10 – Sub-base ou Base de Solo Estabilizado Quimicamente

Códigos: 23.04.07.03 – Sub-base ou Base de Solo Estabilizado Quimicamente

1. DESCRIÇÃO

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, e mão-de-obra e equipamentos necessários à
execução de sub-base ou base de solo estabilizado quimicamente, de conformidade com a
norma a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.2 Solo Estabilizado Quimicamente, por via líquida é uma mistura uniforme e homogênea,
adequadamente compactada, de solo ou mistura de solos, estabilizantes de solos líquido,
reagente e água, em proporções adequadas, determinadas por ensaios prévios de
laboratório, cujos resultados apresentem conveniente estabilidade e durabilidade, podendo
ser empregado como reforço de sub-leito, sub-base ou base de um pavimento.

1.3 A incorporação do estabilizante de solos e seu reagente, tem por objetivo, a melhoria
das características dos solos quanto a resistência ao cizalhamento, a expansão e a
sensibilidade à água, ascensão capilar, absorção e perda por imersão.

2. MATERIAIS

A tecnologia de estabilização química de solos, por via líquida, requer a utilização de dois
componentes: um estabilizante líquido de solos e um reagente líquido ou sólido.

2.1. Estabilizante de Solos

É sal químico orgânico, de forma líquida, solúvel em água que tua como catalisador,
provocando maior coesão entre as partículas dos solos, permitindo assim, um processo
estável e permanente de estabilização. São, geralmente, utilizados nas dosagens de 1:1.000
à 1:2.000, em peso, em relação ao valores da densidade aparente seca máxima do solo.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 02

Suas principais características, são:

a) solubilidade em água = total


b) viscosidade (copo Ford nº 4 à 25ºC) = 12 segundos (mínimo)
c) densidade à 25ºC = 1,030 g/cm3 (mínimo)
d) insolúveis em álcool etílico = 1% (máximo)
e) pH em solução à 105ºC (3 horas) = 40% (mínimo)
f) resfriamento de 0º à 5ºC, em 3 horas = não turva e não muda de estado físico.

2.2. Reagentes

2.2.1. Sulfato de Alumínio

É um sal químico metálico, com teor mínimo de Alumínio (Al2 O3) de 16%, solúvel em água,
que atua no processo como um acelerador da reação entre os componentes químicos do
estabilizante e do solo, completando assim, um composto químico metélo-orgânico insolúvel
e permanente. Sua utilização é recomendada para solos predominantemente arenosos ou
argilo-arenosos, sendo sempre aplicado na dosagem 1:5.000, em peso, relação aos valores
da densidade aparente seca máxima do solo.

2.2.2. Cal Hidratada Úmida ou Seca

São componentes do sistema, provenientes da fabricação do gás acetileno ou da


calcigenação do calcário, devendo ter um teor mínimo de óxido de cálcio de 65%, e sua
utilização é recomendada quando o solo a ser tratado for predominantemente siltoso ou
muito argiloso. As dosagens recomendadas variam de 1% à 3%, em peso, em relação aos
valores da densidade aparente seca máxima do sol. Quando da utilização da cal hidratada
úmida o teor de umidade máximo recomendado é de 30% e a cal hidratada seca deverá
obedecer às exigências da norma NBR 176 da ABNT.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

2.2.3. Cimento Porthland

É também um componente do sistema, sendo utilizado nas dosagens de 1% à 3%, em peso,


em relação aos valores da densidade aparente seca máxima do solo. Deverá obedecer as
exigências das normas EB 1 e EB 208 da ABNT.

2.4. Solo

O solo ou mistura destes a serem empregados juntamente com os materias estabilizantes


para execução de camadas de um pavimento são provenientes de ocorrências de materiais
(locais ou jazidas) e deverão possuir a trabalhidade necessária à realização das operações
de construção, a fim de se obter os indicadores de qualidade previstos no projetos do
pavimento.

3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento.

Para execução de camadas de um pavimento com a utilização de estabilizantes químicos de


solos, são indicados os seguintes equipamentos:

a) motoniveladora com escarificador e lamina;


b) tratores de rodas pneumáticas, com potência adequada para rebocar e acionar os
diversos implementos não automotores;

c) pulvimisturadores rebocáveis ou autopropelidos;

d) carros tanques ou irrigadeiras, equipadas com conjunto moto-bomba, com capacidade


para distribuir água com pressão regulável;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 04

e) rolos compactadores, tipos pé de carneiro, lisos ou pneumáticos de peso e pressão


varíavel, podendo ser estáticos ou vibratórios, dependendo do tipo de solo e do local a ser
empregado;

f) veículos para transporte de solos, quando este for importado de jazidas ou proveniente de
usina ou para transporte da cal hidratada úmida, com caçamba basculante;
g) equipamento para carga de caminhões.

3.2. Processo de Construção

3.2.1. Locação e Nivelamento

Os serviços de locação e nivelamento deverão ser executados nas posições


correspondentes às estacas de locação, dos dois lados da pista e à distância constante da
linha base (eixo), onde serão assentados e nivelados piquetes para controle de cotas e de
alinhamento.

3.2.2. Serviços Preliminares

As camadas de solos estabilizados quimicamente, deverão ser implantadas sobre a


superfície dos serviços de melhoria do sub-leito.
3.2.3. Espessura das Camadas

A espessura da camada tratada acabada será de, no máximo 15 cm e quando se desejar


maior espessura, os serviços deverão ser executados em mais de uma camada, sendo a
espessura mínima acabada de qualquer uma delas de 10 cm. A espessura da camada
acabada poderá ser de até 20 cm, desde que os equipamentos utilizados para pulverização,
homogeneização e compactação assim o permitem.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 05

3.2.4. Preparo das Camadas com Mistura na Pista

3.2.4.1. Processo de Aplicação do Estabilizante de Solos com o Reagente Sulfato de


Alumínio

a) Conformação da camada.

A camada a ser tratada deverá ser previamente conformada à seção transversal e longitudinal do
projeto.

b) Pulverização e homogeneização

O processo de pulverização do solo deverá iniciar-se escarificando o solo com os garfos da


motoniveladora, a seguir com equipamentos pulvimisturadores e, ao final exigir-se-á que, no
mínimo, 80% em peso do material miúdo esteja reduzido a partículas de diâmetro inferior a
4,8 mm, isento de material impróprio e que a umidade natural do solo, preferencialmente,
esteja cerca de 2% abaixo da umidade ótima de compactação.

c) Distribuição do estabilizante

O estabilizante de solos deverá ser introduzido em metade do volume de água necessário


para atingir a umidade ótima de compactação. Distribuir a solução do estabilizante no trecho
a ser tratado, através do carro tanque, de preferência, equipado com moto-bomba. A
solução deverá ser distribuída na pista de maneira homogênea e uniforme.

d) Homogeneização do estabilizante com o solo.

Proceder de maneira idêntica à distribuição do estabilizante, através de equipamentos


pulvimisturadores adequados.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 06

e) Distribuição do reagente sulfato de alumínio.

Proceder de maneira idêntica à distribuição do estabilizante, de modo a promover a total


reação desejada com o solo, estabilizante e o reagente.

f) Homogeneização do reagente com o estabilizante e com o solo.

O serviço de homogeneização terá o mesmo procedimento do item d;

Verificar a umidade final da mistura e compará-la com a umidade ótima de compactação


determinada previamente no ensaio de compactação. Se em falta, adicionar a água
necessária para atingir o teor ótimo de umidade previsto, através de carro tanque, de forma
uniforme e homogênea.

g) Conformação e acerto da camada tratada.

A camada solta da mistura a ser compactada deverá ser previamente conformada e


regularizada de tal forma que, após a compactação obedeça a espessura, a seção
transversal e a longitudinal prevista do projeto.

h) Compactação e acabamento

A compactação será efetuada de equipamentos com dimensões, forma e peso adequado ao


tipo de solo utilizado, de modo a se obter as massas específicas aparentes máximas
previstas em laboratório. A compactação iniciar-se-á com os rolo pé de carneiro, do bordo
para o centro nos trechos em tangente, de forma que, em cada passada, seja atingida
metade do rastro da passada anterior. Nas rampas, a compactação iniciar-se-á do bordo
externo ao bordo interno, da mesma forma que a anterior;
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FL. 07

O grau de compactação deverá ser no mínimo, 100%, em relação à massa especifica


aparente seca, máxima, obtida no ensaio NBR 7182/86 ou DNER-ME 48-64, e o teor de
umidade deverá ser a umidade ótima de compactação do ensaio citado;

A camada acabada deve apresentar-se uniforme, isenta de ondulações e sem saliências ou


rebaixos. Nos lugares onde essas condições não forem atingidas, e a critério da fiscalização,
o material deverá ser escarificando, pulverizado, corrigida sua umidade, se necessário, de
forma a atingir a umidade ótima de compactação e novamente compactado;

O acabamento final da superfície será executado pela motoniveladora trabalhando


exclusivamente em operação de corte, de tal forma a não permitir material solto, nem
pequenos aterros que provocariam a formação de lamelas prejudiciais.

3.2.4.2 Processo de Aplicação do Estabilizante de Solos com o Reagente Cal Hidratada


Úmida ou Seca ou Cimento

a) Conformação da camada

A camada a ser tratada deverá ser previamente conformada à seção transversal ou


longitudinal do projeto.

b) Distribuição do reagente cal hidratada úmida ou seca ou cimento porthland.

O reagente cal hidratada úmida ou seca ou cimento deverá ser distribuído uniformemente no
trecho, na quantidade necessária, calculada em função da dosagem estabelecida em
laboratório.

c) Escarificação, pulverização e homogeneização do reagente com o solo

O processo iniciar-se-á escarificando o solo com os garfos da motoniveladora, a seguir


pulverizando-o com equipamentos pulvimistadores até que a mistura esteja uniformizada e
homogeneizada em todo trecho a ser executado;
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FL. 08

Ao final do processo de escarificação, pulverização e homogeneização do solo com os


reagentes exigir-se-á que, no mínimo 80%, em peso do material miúdo estejam reduzidos a
partículas de diâmetro inferior a 4,8 mm, isentos de materiais impróprios.

d) Distribuição do estabilizante

Determinar em vários pontos do trecho tratado, a umidade da mistura do solo e o reagente,


a qual deverá estar, pelo menor de 1% a 2% abaixo da umidade ótima de compactação,
determinada por um método expedito, para facilitar a adição do estabilizante de solos;

O estabilizante de solos deverá ser introduzido na totalidade do volume de água necessária


para atingir a umidade ótima de compactação e a solução distribuída em todo trecho a ser
tratado, através de carro tanque, de maneira homogênea e uniforme.

e) Homogeneização do estabilizante com o solo e com o reagente

Proceder a mistura de solo e o reagente com a solução do estabilizante, através de


equipamentos pulvimisturadores adequados, para se efetuar a incorporação do estabilizante
de solos na mistura, de modo homogêneo e uniforme.

Verificar a umidade final da mistura e compará-la com a umidade ótima de compactação


determinada no ensaio prévio de compactação. Se em excesso, arear o material até atingir a
umidade ótima de compactação, através da pulverização. Se em falta, adicionar a água
necessária para atingir o teor ótimo de umidade previsto, através de carro tanque, de modo
homogêneo e uniforme.

f) Corformação e acerto da camada tratada.

A camada solta da mistura a ser compactada deverá ser previamente conformada e


regularizada de tal forma que, após a compactação obedeça a espessura, a seção
transversal e a longitudinal prevista do projeto.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 09

g) Compactação e acabamento.

Proceder de maneira idêntica, os serviços de compactação e acabamento, conforme


descritos no item anterior de aplicação de Estabilizante de Solos com o Reagente Sulfato de
Alumínio.

3.2.4.3 Processos Alternativos de Execução

A seqüência da soperações para construção de camadas de um pavimento de solo


estabilizado quimicamente, poderá ser modificada, com a devida aprovação da fiscalização,
desde que resulte numa camada com características idênticas às que se obteriam pelo
processo construtivo descrito.

3.3 Preparo da Mistura de Solo Estabilizado Quimicamente com Mistura em Usina

O processo de mistura dos produtos estabilizantes, seus reagentes e solos poderão ser
preparados em usina. Esta deverá ser constituída de silos, transportadores de esteira ,
equipamentos misturadores (pugmill), reservatórios de; água, canalizações e dispositivos de
controle, a fim de garantir a distribuição mecânica das proporções corretas dos materiais
componentes do sistema e produzir uma mistura uniforme e homogênea.

As usinas de mistura deverão ter capacidade de produção de 150 a 500 toneladas de solo
estabilizado quimicamente, por hora.

O transporte da mistura pronta deve ser feito em caminhões basculantes ou outro veículo
apropriado, tomando-se precaução para que não perca a umidade, nem receba água de
chuva.
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FL. 10

As exigências para execução das camadas de solo estabilizado quimicamente com mistura
em usina, são idênticas as para execução com mistura na pista.

3.4 Proteção da Obra

Durante todo o período de construção de capas selantes betuminosas, até seu recebimento,
os materiais, os trechos em construção e os serviços prontos deverão ser protegidos contra
os agentes atmosféricos e outros que possam danificá-los.

3.5 Controle

3.5.1Controle Tecnológico

3.5.1.1. Ensaios Preliminares nos Solos a Serem Tratados

a) Ensaio de Compactação do solo a ser tratado, na energia Intermediária, de acordo com o método
NBR 7182/86;

b) Ensaio de Caracterização (Limite de Liquidez de Plasticidade e Granulometria,


respectivamente segundo os métodos NBR 6457/84, NBR 6459/84, NBR 7180/84 e NBR
7181/84);

c) Ensaios do Índice de Suporte Califórnia, na energia Intermediária, com o solo a ser


tratado, em estado “in natura”, de acordo com método NBR 9895/86, com perda de umidade
pré-fixada antes do procedimento de imersão dos corpos de prova.;

d) Ensaios do Índice de Suporte Califórnia, na energia Intermediária, com os solos tratados


quimicamente, segundo os métodos acima descritos, obedecendo-se sempre a perda de
umidade pré-fixada antes da imersão. Recomenda-se executar ensaios utilizando
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FL. 11

estabilizante de solos com os reagentes sulfato de alumínio, cal hidratada úmida, seca e
com cimento para determinar a dosagem racional dos produtos a serem utilizados.

e) Deverão ser utilizados ensaios pela tecnologia MCT com os solos tratados quimicamente,
obedecendo-se sempre a perda de umidade pré-fixada antes da imersão do corpo de prova,
e da realização dos ensaios pertinentes a metodologia.

3.5.1.2 Ensaios de Controle Durante a Execução das Camadas de Solos Estabilizados


Quimicamente

a) Ao final do processo de pulverização do solo, exigir-se-á que, no mínimo, 80% em peso


do material miúdo estejam reduzidos a partículas de diâmetro inferior a 4,8 mm;

b) Uma determinação do teor de umidade, cada 100 m, pelo método DNER DPT M 52-64 ou
88-64, antes do início da introdução dos produtos estabilizantes;

c) Ensaio de Caracterização (Limite de Liquidez, limite de Plasticidade e Granulometria,


respectivamente segundo os métodos NBR-6457/84, NBR-6459/84, NBR-7180/84 e NBR-
7181/84), variando de 100 m a 500 m, sempre dependendo da uniformidade do solo;

d) Ensaio do Índice de Suporte Califórnia, na energia Intermediária, com amostras dos solos
tratado, coletados na pista antes do início dos serviços de compactação, a cada 300 m de
pista e sempre que houver variação nas características do solo ou na variação de dosagens
dos aditivos empregados, pelo método NBR 9895/86, modificado, sempre obedecendo a
perda de umidade pré-fixada antes da imersão do corpo de prova;

e) Uma determinação do teor de umidade, cada 100 m, pelo método DNER DPT M 52-64 ou
88-64, antes do início dos serviços de compactação da camada;
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FL. 12

f) Ensaios de compactação, segundo o método NBR 7182/86, para determinação da massa


específica aparente seca, máxima, com espaçamento máximo de 100 m de pista, com
amostras coletadas em pontos obedecendo sempre a ordem: bordo direito, eixo, bordo
esquerdo, eixo, bordo direito, etc, a 60 cm do bordo. O número de ensaios de compactação
poderá ser reduzido, desde que se verifique a uniformidade do material.

g) Deverão ser utilizados ensaios de controle pela tecnologia MCT com os solos tratados
quimicamente em campo, obedecendo-se sempre a perda de umidade pré-fixada antes da
imersão do corpo de prova e da realização dos ensaios pertinentes a metodologia.

3.5.2 Controle de Recebimento de Materiais

Todo fornecimento e/ou utilização de materiais estabilizantes de solos e seus reagentes,


regulados por esta Especificação, estão sujeitos a exames por parte da fiscalização, a fim de
verificar se todos os requisitos foram cumpridos pela Contratada.

Para o controle do estabilizante de solos, por via líquida, fornecido ou utilizado pela
Contratada, a fiscalização deve retirar amostras totais de 1Kg, constituídas por frações
retiradas de alguns recipientes (por exemplo, dez escolhidos por acaso), quando o
fornecimento ou utilização se fizer em tambores ou bombonas.

Para o reagente cal hidratada úmida, que é o caso de fornecimento de material à granel,
devem ser retiradas amostras de locais distintos, misturadas e quarteadas e desse
quarteamento, separar uma amostra de 2kg, as quais devem ser embaladas em recipientes
apropriados.

Para os reagentes sulfato de alumínio, cal hidratada seca ou cimento deve-se retirar
amostras constituídas por frações retiradas de alguns sacos, em quantidade necessária para
os respectivos ensaios de qualidade e confirmação.
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FL. 13

Os ensaios a serem realizados devem obedecer às respectivas Especificações dos Produtos


e de Serviço e às Especificações Brasileiras:

- caso todos os resultados satisfaçam essas exigências, o lote será aceito;

- caso um ou mais dos ensaios efetuados sobre as amostras dos produtos dêem resultados
em desacordo com os limites fixado, o fornecimento será rejeitado;

- no caso de fornecimento por sacos, serão rejeitados, independentemente de ensaios, os


sacos que estiverem, avariados ou cujos conteúdos tenham sido alterados;

- no caso de fornecimento do estabilizante de solos, por via líquida, serão rejeitados,


independentemente de ensaios, quando houver deficiência de enchimento, fechamento
imperfeito (sem lacre), vazamento, má conservação (ferrugem, sujeira, sinais de exposição
às intempéries) e identificação deficiente (ilegível, errada, aplicada de modo inseguro,
incompleta em face das exigências específicas para o produto);

A responsabilidade da Contratada só cessará 45 dias após a retirada das amostras, afim de


haver tempo suficiente para a realização dos ensaios.

3.6. Condições de Recebimento.

A camada de solo estabilizado quimicamente, executada em conformidade com esta Norma,


será recebida:

a) quanto ao alinhamento, se não forem encontradas semi larguras menores que as de


projeto;
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FL. 14

b) quanto a espessura e a conformação final da superfície, se não forem encontradas


diferenças maiores que:

- 10% da espessura de projeto, em qualquer ponto da camada, e

- dois centímetros, para mais ou para menos, nas cotas de projeto, sendo a verificação
realizada com cordéis esticados e apoiados sobre os piquetes laterais e, se necessário,
com régua de 3,00m de comprimento apoiada sobre a superfície do leito preparado em
qualquer posição, ao longo da qual, segundo o projeto não haja mudança na declividade;

c) quanto ao grau de compactação, calculado com base na massa específica aparente seca,
determinada pelo método DNER DPT 9264, e referido à massa especifica aparente seca,
máxima, obtida no ensaio de compactação realizado pelo método NBR 7182/86

- se não for obtido nenhum valor menor que 100%


- se não for satisfeita a seguinte condição:

X – K.S. > 100%

sendo,

X= média aritmética dos graus de compactação obtidos;


S= desvio padrão;
K= coeficiente indicado no quadro seguinte, função do número N de elementos da
amostra, no mínimo igual a cinco
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FL. 15

VALORES DOS COEFICIENTES “K”

N K N K N K
4 0,95 10 0,77 25 0,67
5 0,89 12 0,75 30 0,66
6 0,85 14 0,73 40 0,64
7 0,82 16 0,71 50 0,63
8 0,80 18 0,70 100 0,60
9 0,78 20 0,69 0,52

3.7. Proteção do Meio-Ambiente.

A proteção do meio ambiente na execução capa selante betuminosa envolvem os


cuidados a seguir descritos:

3.7.1. Obtenção de Agregados e solos.


No decorrer do processo de obtenção de agregados e solos devem ser considerados
os seguintes cuidados principais:

- A brita e a areia somente será aceito após apresentação da licença de operação da


pedreira/areal;

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizarn os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;
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FL. 16

- Impedir queimadas como forma de desmatamento;

- As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água;

- Construir, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção


do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita,
evitando seu carreamento para cursos d'água;

3.7.2. Instalações.

A Empresa Contratada será responsável pela obtenção da licença ambiental de


instalação / operação.

3.7.4. Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

Deve ser vedada a disposição de refugo de materiais à beira da estrada e em outros


locais onde possam causar prejuízos ambientais.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 17

4. MEDIÇÃO

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros cúbicos de camada


acabada, cujo volume será calculado multiplicando as extensões obtidas a partir do
estaqueamento pela largura da seção transversal de projeto, pela espessura de camada do
projeto.
O transporte dos materiais não será medido para fins de pagamento em separado.
Considera-se o custo do transporte incluído no preços unitários da camada acabada.

5. PAGAMENTO

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos ao preço unitário contratual
respectivo, e esse pagamento constituirá única remuneração para todos os materiais, a
mão-de-obra, leis sociais, equipamentos, e outros recursos que tiverem sido utilizados pela
Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.04.07.03 – Base ou sub -base de Solo Estabilizado Quimicamente m3

Os cuidados que deverão ser adotados relativos à proteção ambiental não serão
objeto de medição e pagamento; deverão estar incluídos no preço unitário contratual
para as camadas acabadas.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.11 - lmprimaduras Asfálticas.

Códigos: 23.05.01 - Imprimadura betuminosa impermeabilizante;


23.05.02 - Imprimadura betuminosa ligante;
23.05.03 - Imprimadura betuminosa auxiliar de ligação;
23.05.04 - Imprimadura betuminosa ligante modificada por polimero.

1. DESCRIÇÃO.

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga do material asfáltico, e eventualmente de melhorador de adesividade,
e de mão-de-obra e equipamentos necessários à execução e controle de qualidade de
imprimaduras asfálticas de diversos tipos, de conformidade com a norma apresentada a
seguir e detalhes executivos contidos no projeto ou em instruções da Fiscalização.

1.2 Tipos de lmprimadura.

a) impermeabilizante - executada com materiais que, possuindo baixa viscosidade na


temperatura de aplicação e cura suficientemente demorada, penetram na camada que
recebe, impermeabilizando-a e possibilitando a sua aderência ao revestimento asfáltico;

b) ligante - executada com materiais que, possuindo alta viscosidade na temperatura de


aplicação e cura ou ruptura rápida, formam uma película que adere à camada imprimada e
possibilita a sua ligação ao revestimento asfáltico que sobre ela será executado;

c) auxiliar de ligação - executada em emulsão asfáltica sobre revestimentos antigos que vão
receber uma camada de lama asfáltica fina ou grossa.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 02

2. Materiais.

2.1 Materiais para lmprimadura lmpermeabilizante.

Poderão ser empregados:

a) asfalto diluído de cura média, dos tipos CM-30, CM-70 e CM-250, satisfazendo na P-EB
651/73 da ABNT/IBP;

A temperatura de aplicação deverá ser escolhida de modo a ser obtida viscosidade Saybolt-
Furol entre 20 e 60 segundos.

2.2 Materiais para lmprimadura Ligante.

Poderão ser empregados:

a) cimento asfáltico de petróleo, tipo CAP 85-100 e 150-200 (classificação pôr penetração),
ou CAP 7 (classificação pôr viscosidade), satisfazendo as condição contidas na EB-78/84 e
EB-78/86 da ABNT/IBP respectivamente;

b) asfalto diluído de cura rápida, tipos CR-250 e CR-800, satisfazendo as exigências


contidas na P-EB 652f73 da ABNT/IBP;

c) emulsões asiáticas catiônicas, tipo RR-LC e RR-2C, satisfazendo as exigências contidas


na P-EB 472/84 da ABNT/IBP.

A temperatura de aplicação deverá ser escolhida de modo a ser obtida viscosidade Saybolt-
Furol entre 20 e 60 segundos.

2.3 Materiais para lmprimadura Auxiliar de Ligação.

Poderão ser aplicadas as emulsões que satisfaçam as exigências contidas na PEB 599/73,
isto é:
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

- catiônicas, tipos LA-1 C e LA-2C, e


- especial, tipo LA-E

A emulsão deverá ser diluída em água, à razão de uma parte de emulsão para uma a duas
partes de água.

A água deverá ser limpa e isenta de matéria orgânica ou outras substâncias prejudiciais à
ruptura da emulsão e à sua adesividade à superfície sobre a qual será aplicada.
A temperatura da emulsão diluída deverá ser no momento da aplicação, adequada à
obtenção de uma viscosidade Saybolt-Furol de 20 a 100 segundos.

2.4 Taxa de Aplicação.

Para fins de taxas de aplicação admitir-se-á o consumo de materiais indicados no quadro a


seguir:
QUANTIDADES
TIPO DE IMPRIMADURA
em ( l/m²)
lmpermeabilizante 0,8 a 1,2
Ligante 0,4 a 0,6
Auxiliar de ligação 0,3 a 0,6

3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento.

Equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma dentro
dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender:
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 04

a) recipientes para armazenamento de material asfáltico, equipados com dispositivos para


aquecimento e instalados de modo a evitar entrada de água;

b) equipamento de limpeza consistindo em vassouras manuais e mecânicas e equipamentos


capazes de produzir jatos de ar e de água;

c) distribuidores de material asfáltico, com sistema de aquecimento, bomba de pressão


regulável, barra de distribuição com circulação plena e dispositivos para regulagem
horizontal e vertical, bicos de distribuição calibrador para aspersão em leque, tacômetros,
manômetros e termômetros de fácil leitura, mangueira de operação manual para aspersão
em lugares inacessíveis à barra;

d) pequenas ferramentas e utensílios tais como, regadores tipo "bico de pato" e comum,
bandejas etc.

Se o equipamento não satisfizer as condições mínimas para sua utilização, será rejeitado
pela Fiscalização.
Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados desde que
aprovados pelo Serviço da Regional.

3.2 Serviços Preliminares.

Os serviços de locação serão executados pela Empresa Contratada e verificado pela


Fiscalização.

A Empresa Contratada, antes de iniciar a distribuição do material asfáltico, deverá


providenciar o que for necessário para evitar que o material aspergido atinja guias, sarjetas,
guarda-rodas, passeios, guarda-corpos etc., e pavimentos ou camadas de pavimento
adjacentes (na pista ou nos acostamentos).
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 05

3.3 Limpeza de Superfície.

A superfície sobre a qual será executada a imprimadura deverá ser varrida com vassouras
manuais ou mecânicas, de modo a remover materiais estranhos, tais como solos, poeira e
materiais orgânicos. Se ainda existir poeira após a varredura, a limpeza deverá prosseguir
com jatos de ar ou de água, desde que

não existam fendas ou depressões capazes de recolher e reter a água utilizada. Por esse
motivo, a Fiscalização deverá ser consultada sobre o procedimento a adotar.

Em se tratando de imprimadura auxiliar de ligação para revestimentos com lama asfáltica, o


material asfáltico deverá ser aplicado imediatamente após o umidecimento da superfície,
mediante aspersão de pequena quantidade de água.

3.4 Condições Atmosféricas.

A aplicação do material asfáltico não deverá ser executada quando as condições


atmosféricas reinantes forem desfavoráveis.

3.5 Regulagem da Barra de Distribuição.

Antes de iniciar a distribuição do material asfáltico, deverão ser medidas, e comparadas


entre si, as vazões dos bicos da barra de distribuição. Recomenda-se o emprego de caixas
metálicas de base retangular e cerca de 15 cm de altura. O comprimento das caixas será
igual à distância entre os bicos. A largura será de cerca de 30 cm. Serão utilizadas tantas
caixas quantas forem os bicos. A barra será fixada na altura provável de operação normal.
As caixas serão apoiadas no solo e encostadas umas às outras, de modo que os seus
centros coincidam com as verticais que passam pêlos bicos. O material asfáltico será
aspergido sobre as caixas até que, na caixa mais cheia, atinja a altura de cerca de 10 cm.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 06

Medem-se as alturas de material asfáltico em toda as caixas. Calcula-se a média aritmética


das alturas medidas. Substituem-se os bicos responsáveis pelo enchimento das caixas nas
quais forem medidas alturas que difiram de mais de 10%, para mais ou para menos, da
altura média calculada. Repete -se o teste com os novos bicos e proceder-se da forma
descrita, até que se obtenha um conjunto de bicos que satisfaça a condição de uniformidade
de aspersão acima estabelecido. A critério da Empresa Contratada, as caixas poderão ser
subdivididas em compartimentos iguais a estanques, de modo a facilitar a identificação dos
bicos responsáveis pela desuniformidades de distribuição.

3.6 Aquecimento do Material Asfáltico.

A distribuição do material asfáltico não poderá ser iniciada enquanto não for atingida e
mantida, no material existente dentro do veículo distribuidor, a temperatura necessária à
obtenção da viscosidade adequada à distribuição.

3.7 Distribuição.

O veículo distribuidor deverá percorrer a extensão a ser imprimada em velocidade uniforme,


segundo trajetória eqüidistante do eixo da pista. O tacômetro, os manômetros e os
termômetros deverão estar em perfeitas condições de funcionamento. Os operadores do
veículo e da barra de distribuição deverão estar devidamente treinados.

A distribuição será executada com a mangueira de operação manual, sempre que superfície
a imprimar, em virtude da sua forma (trechos de largura variável) ou de suas dimensões, não
permitir a utilização da barra de distribuição. Nas fendas a aplicação será executada com o
regador tipo "bico de pato".
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 07

3.8 Proteção dos Serviços.

Durante todo o tempo necessário à operações construtivas, à cura ou ruptura do material


asfáltico e até o recobrimento da imprimadura com outra camada de pavimento, os serviços
executados ou em execução, deverão ser protegidos contra a ação destrutiva das águas
pluviais, do trânsito e de outros agentes que possam danificá-los.

3.9 Abertura ao Trânsito.

As imprimaduras impermeabilizantes e ligantes não deverão ser submetidas à ação direta


das cargas e da abrasão do trânsito. No entanto, a Fiscalização poderá, a seu critério e
excepcionalmente autorizar o trânsito sobre:

a) imprimaduras impermeabilizantes curadas;

b) imprimaduras ligantes, em locais de cruzamento com outras entradas, desde que a


imprimadura seja coberta por espessa camada de areia, capaz de evitar o afloramento e a
conseqüente remoção do material ligante.

As imprimaduras auxiliares de ligação, geralmente executadas sobre revestimentos antigos,


que vão receber uma aplicação de lama asfáltica, poderão ser expostas ao trânsito durante
um prazo que dependerá do comportamento de imprimadura e que deverá ser maior que 48
horas.

3.10 Controle.

O controle compreenderá:
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FL. 08

1) controle da qualidade dos materiais asfálticos - consistindo na realização de um conjunto


dos ensaios previstos na especificação correspondente, para cada entrega de material;

2) controle de quantidade de material aplicado - consistindo na determinação e no registro


das taxas de aplicação dos materiais asfálticos (l/m²).

As quantidades de aplicação poderão ser determinadas:

a) pesando veículo distribuidor, antes e depois da aplicação;

b) determinando a quantidade de material consumida, por intermédio da diferença de leituras


da régua, aferida e graduada em litros, que acompanha o veículo distribuidor;

c) pelo método da bandeja.

As operações de controle serão executadas pela Empresa Contratada e assistidas pela


Fiscalização, sendo repetidas, quando necessário.

3.11 Condições de Recebimento.

As imprimaduras dos diversos tipos, , executadas de conformidade com as especificações


contidas nesta norma e no projeto, serão recebidas:

a) no que respeita à distribuição, se não existirem falhas nem diferentes de taxa de


aplicações relativamente às especificadas maiores que 0,1 l/m2

b) no que respeita ao alinhamento, se não forem encontradas semi-larguras menores que as


de projeto.
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3.12 Proteção do Meio-Ambiente.

A proteção do meio ambiente na execução de imprimaduras betuminosas envolvem


os seguintes cuidados:

3.12.1. Depósitos de Ligantes.

- Evitar a instalação de depósitos de ligantes betuminosos próximo a cursos d'água.

3.12.2 Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambienta, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

Impedir a disposição do refugo refugo de materiais já utilizados, na faixa de domínio e


áreas lindeiras adjacentes, ou qualquer outro lugar causador de prejuízo ambiental.

Na desmobilização desta atividade, remover os depósitos de ligante e efetuar a


limpeza do canteiro de obras, recuperando a área afetada pelas atividades da
construção.

4. MEDIÇÃO

Os serviços recebidos serão medidos em metros quadrados de imprimadura de cada um dos


tipos previstos.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 10

As áreas de imprimadura serão calculadas com base no estaqueamento e nas larguras


indicadas no projeto.

5. PAGAMENTO

As imprimaduras dos diversos tipos, recebidas e medidas da forma descrita, serão pagas
aos preços unitários contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá remuneração
única para todos os materiais, a mão-de-obra, lei sociais, equipamentos e outros recursos
utilizados pela Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.05.01 - Imprimadura betuminosa impermeabilizante; m2


23.05.02 - Imprimadura betuminosa ligante; m2
23.05.03 - Imprimadura betuminosa auxiliar de ligação; m2
23.05.04 - Imprimadura betuminosa ligante modificada por polimero; m2

Os cuidados que deverão ser adotados relativos a proteção ao meio ambiente não serão
objeto de medição e pagamentos; deverão estar incluídos nos preços unitários contratuais
dos serviços desta Seção 3.11.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.12 - Tratamentos Superficiais Asfálticos.

Códigos: 23.06.01 - Tratamento superficial betuminoso simples;


23.06.02 - Tratamento superficial betuminoso duplo;
23.06.03 - Tratamento superficial betuminoso triplo.

1. DESCRIÇÃO.

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, compreendendo os agregados, materiais asfálticos e,
eventualmente, melhorador de adesividade, e de mão-de-obra e equipamentos necessários
à execução dos tratamentos superficiais asfálticos especificados, de conformidade com a
norma a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.2 Os tratamentos superficiais asfálticos poderão ser executados como revestimento novo
ou como recapeamento, com o objetivo de melhorar as condições de rolamento e
impermeabilização da pista.

1.3 A execução de cada uma das camadas de um tratamento superficial asfáltico consiste,
em suma, em aplicar material asfáltico sobre a superfície subjacente e, logo em seguida,
distribuir o agregado e comprimi-lo, de modo a fazer com que o material asfáltico suba até
uma certa parte da altura do agregado, fixando-o por baixo (penetração invertida).

1.4 Os tratamentos superficiais asfálticos são denominados simples, duplos e triplos quando
são constituídos, respectivamente, de uma, duas e três camadas superpostas, cada uma
delas constituída por uma aplicação de material asfáltico e uma aplicação de agregado.
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FL. 02

1.5 Os tratamentos superficiais asiáticos costumam ser utilizados como camada de


rolamento em pavimentos econômicos, porque oferecem as seguintes vantagens, em
relação às misturas asfálticas usinadas:

a) exigem menor investimento em equipamentos, e

b) podem ser executados com menores espessuras.

2. MATERIAIS.

2.1 Agregados.

Os agregados serão obtidos por britagem de rocha ou de pedregulho (seixos) e deverão


satisfazer as seguintes condições:

a) quando os agregados forem obtidos por britagem de pedregulho, 95% dos fragmentos
retidos da peneira de 4,8 mm (n. 4) deverão ter no mínimo, uma face resultante de fratura;

b) durabilidade, determinada em cinco cicios, pelo método DNER ME 89-64, perdas


menores que:

- 20% no sulfato de sódio; ou

- 30% no sulfato de magnésio.

c) abrasão Los Angeles - determinada pelo método DER M 24-61, menor que 40%;

d) adesividade, determinada pelo método DER M 149-61, ao material asfáltico que será
empregado na obra: maior que 4, utilizando-se melhoradores de adesividade, se necessário;
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FL. 03

e) granulometria, determinada pelo método DER M 15-61, conforme indicações contidas no


ANEXO 1 ou no ANEXO 1-A;

f) índice de lamelaridade, determinado pelo método DER M 34-70, menor que 10%;

g) impurezas - os agregados devem ser isentos de impurezas, tais como, torrões de solo e
materiais orgânicos.

2.2 Melhorador de Adesividade.

Deverá ser utilizado na obra o mesmo teor utilizado no laboratório, para obtenção da
adesividade mínima exigida nesta norma. O melhorador deverá ser ensaiado antes e depois
de aquecido a 1750C por três horas.

2.3 Materiais Asfálticos.

Poderão ser utilizados os seguintes tipos:

a) cimentos asfálticos de petróleo: CAP-85/100 ou CAP-150/200 (classificação por


penetração) ou CAP-7 (classificação por viscosidade) satisfazendo respectivamente as
exigências contidas na EB-78/84 e EB-78/86 da ABNT/IBP;

b) emulsões asfálticas catiônicas de ruptura rápida tipo RR-2C, satisfazendo as


especificações contidas na P-EB 472/84 da ABNT/IBP.

Excepcionalmente poderão ser utilizados asfaltos diluídos de cura rápida ou média,


satisfazendo as especificações contidas na P-EB 652/73 a P-EB 651/73 da ABNT/IBP,
respectivamente. Nesse caso, as taxas de aplicação serão calculadas dividindo as taxas de
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FL. 04

aplicação de cimento asfáltico de petróleo, consistidas no ANEXO II, pelo número decimal
(menor que um) correspondente ao CAP residual contido no asfalto diluído a ser utilizado.

A temperatura de aplicação do cimento asfáltico deverá ser escolhida, de modo a serem


obtidas viscosidades Saybolt-Furol de 20 a 60 segundos, sem ultrapassar 175°C.

A temperatura de aplicação da emulsão deverá ser escolhida de modo a serem obtidas


viscosidades Saybolt-Furol de 100 a 250 segundos, sem ultrapassar 60°C.

Embora o resíduo de cimento asfáltico das emulsões deva ser determinado pelo ensaio de
destilação (P-MB-586) admitir-se-á, junto à obra, o controle pelo método expedito descrito a
seguir:

Pesa-se um recipiente metálico (frigideira ou panela). Coloca-se no recipiente um peso "E"


de emulsão (cerca de 100g). Pesa-se o recipiente com a emulsão. Por subtração, calcula-se
o valor de "E". Em um fogareiro, ferve-se a emulsão até a obtenção do resíduo. A fervura
dura cerca de 50 minutos. Deve ser evitada a formação de espuma em excesso, afastado
quando necessário, o recipiente do fogo. Obtido o resíduo, pesa-se o recipiente com o
resíduo e, do peso obtido, subtrai-se o peso do recipiente vazio. Calcula-se assim o peso "R"
do resíduo existente no peso "E" da emulsão. O teor de resíduo, expresso em porcentagem,
será 100. R/E e poderá diferir de, no máximo 5. Pontos percentuais do valor que deveria ser
obtido no ensaio de destilação. Se a diferença for maior, far-se-á o ensaio de destilação.

2.4 Dosagem.

A dosagem de agregados e asfaltos será realizada pela Fiscalização com base em ensaios
de laboratório e de pista. No caso de tratamentos superficiais simples e duplos, quando se
utiliza como ligante um cimento asfáltico de petróleo ou um asfalto diluído, a dosagem
deverá ser feita pelo método DER M-27/70.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 05

Como ponto de partida deverão ser utilizadas as taxas de aplicação (l/m²) indicadas no
ANEXO II e no ANEXO III.

3. EXECUÇÃO.

3.1 Equipamento.

O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma dentro
dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) equipamento de limpeza, consistindo em vassouras mecânicas de tipo adequado e


equipamentos capazes de produzir jatos de ar;

b) veículos de caçamba basculante para transporte de agregados;

c) distribuidores mecânicos de agregado;

d) tanques capazes de armazenar, aquecer e manter aquecido o material asfáltíco;

e) distribuidores de material asfáltico, com sistema de aquecimento, bomba de pressão


regulável, barra distribuidora de circulação plena, dispositivo de regulagem vertical e
horizontal, bicos de distribuição calibrados para aspersão em leque, tacômetro, calibradores
e termômetros de fácil leitura e mangueira de operação manual para aspersão em lugares
inacessíveis à barra;

f) plaina de arrasto;

g) rolos compactadores, de rodas pneumáticas, de pressão regulável entre 2,5 a 8,5 kgf/cm²
(35 a 125 Psi);
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FL. 06

h) rolos compressores de duas rodas lisas metálicas- tipo tandem, pesando de 5 a 8


toneladas;

i) irrigadeiras equipadas com moto bomba, capazes de distribuir água sob pressão regulável
e uniformemente;

j) compactadores vibratórios portáteis ou sapos mecânicos;

k) régua de madeira ou metálica, com arestas vivas e 3,00 metros de comprimento;

I) pequenas ferramentas, tais como vassouras comuns, rastelos, garfos, pás, etc.;

Se o equipamento não satisfizer as condições mínimas para sua utilização, será rejeitado
pela Fiscalização.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados, desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.

3.2 Locação e Nivelamento.

Os serviços de locação e nivelamento serão executados pela Empresa Contratada e


verificados pela Fiscalização.

Nas posições correspondentes às estacas de locação, dos dois lados da pista e a distância
constante da linha base (eixo), serão assentados e nivelados piquetes para controle de
cotas e de alinhamento.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 07

3.3 Serviços Preliminares.

A superfície sobre a qual será executado o tratamento superficial, seja qual for o tipo, deverá
estar devidamente imprimada e inteiramente limpa. Todos os materiais estranhos, que
possam prejudicar a adesão o material asfáltico, serão varridos para fora. Se ainda existir
poeira após a varredura, a superfície será umedecida por aspersão de pequena quantidade
de água. Contudo, na ocasião da aplicação do material asfáltico, a superfície não deverá
estar molhada. Antes de iniciar-se a sua distribuição, deverá ser providenciado o que for
necessário para evitar que o material aspergido atinja não só pavimentos ou camadas de
pavimentos adjacentes (na pista ou nos acostamento), mas também guias, sarjetas, guarda-
rodas, passeios, guarda-corpos etc.

3.4 Condições de Serviço.

Os tratamentos superficiais com cimento asfáltico não deverão ser executados, quando os
agregados estiverem molhados ou houver risco de chuva durante as operações de
distribuição do material asfáltico,

Considerando que a adesividade do material asfáltico aos agregados pode ser prejudicada
pelo excesso de poeira ambiental, a Fiscalização poderá exigir, em tempo seco e se julgar
necessário, a irrigação dos desvios laterais de tráfego.

3.5 Regulagem da Barra de Distribuição do Cimento Asfáltico.

Para evitar o aparecimento futuro de estrias longitudinais, é necessário que antes de iniciar a
primeira distribuição do material asfáltico, sejam medidas e comparadas entre si as vazões
dos bicos da barra distribuidora. Recomenda-se o emprego de caixas metálicas, de base
retangular e cerca de 15 cm de altura. O comprimento das caixas será igual à distância entre
os bicos. A largura será de cerca de 30 cm.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 08

Serão utilizadas tantas caixas quantos forem os bicos. A barra será fixada na altura provável
de distribuição normal. As caixas serão apoiadas ao solo e encostadas umas às outras, de
modo que os seus centros coincidam com as verticais que passam pelos centros dos bicos.

O material asfáltico será aspergido sobre as caixas, até que, na caixa mais cheia, atinja a
altura de cerca de dez centímetros. Medem-se as alturas do material asfáltico em todas as
caixas. Calcula-se a média aritmética das alturas medidas. Substituem-se os bicos
responsáveis pelo enchimento das caixas, nas quais foram medidas as alturas que difiram
mais de 10%, para mais ou para menos, da altura média calculada. Repete-se o teste com
os novos bicos e procede-se da forma descrita, até que se obtenha um conjunto dê bicos
que satisfaça a condição de uniformidade de distribuição acima estabelecida. A critério da
Empresa Contratada, as caixas poderão ser subdivididas em compartimentos estanques, de
modo a facilitar a identificação dos bicos responsáveis por desuniformidade de distribuição.

Na ocasião da distribuição do material asfáltico, todos os bicos deverão estar igualmente


inclinados em relação ao eixo da barra (20º a 30º). A distância dos bicos ao solo deverá ser
de 20 a 30 cm.

3.6 Distribuição do Material Asfáltico.

Seja qual for o tipo de tratamento superficial, a distribuição de material asfáltico deverá ser
executada de conformidade com o procedimento a seguir descrito:

A distribuição não poderá ser iniciada, enquanto não for atingida e mantida, no material
existente no veículo distribuidor, a temperatura necessária à obtenção da viscosidade
adequada à aspersão. Em todas as aplicações de material asfáltico o veículo será
movimentado em velocidade uniforme, seguindo trajetória eqüidistante da linha base (eixo).
Quando houver mais de uma distribuição de material asfáltico, o veículo deverá fazer os
percursos alterando o sentido do movimento, de modo a evitar superposição das trajetórias
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 09

de um mesmo bico. Exige-se que os instrumentos de controle - tacômetros, manômetros e


termômetros estejam em perfeitas condições de funcionamento. Exige-se também que os
operadores do veículo e da barra de distribuidora estejam treinados. A distribuição será
executada com a mangueira de operação manual, sempre que a superfície, em virtude de
sua forma (trechos de largura variável) ou de suas dimensões, não permitir o emprego da
barra de aspersão do veículo distribuidor.

A taxa de aplicação (l/m²) será a que for especificada no projeto ou em instrução da


Fiscalização, levando em consideração o disposto no item 2.4.

3.7 Distribuição dos Agregados.

Imediatamente após a aplicação do material asfáltico, deverá ser executada a distribuição do


agregado. O equipamento de distribuição será operado em marcha a ré, de modo a evitar
que as rodas, do equipamento e do veículo transportador de agregado entrem em contato
direto com o material asfáltico.

À medida que se executa a distribuição, as falhas eventualmente existentes serão corrigidas.

3.8 Compressão do Agregado.

Após a regularização da superfície do agregado, será iniciada a sua compressão. Nos


trechos em tangente, a compressão será executada das duas bordas para o centro da pista,
em percursos eqüidistantes da linha base (eixo). Os percursos ou passadas de cada
compressor serão distanciados entre si de tal forma que, em cada percurso seja coberto
metade do rastro deixado no percurso anterior. Nos trechos em curva, havendo
sobrelevação, a compressão progredirá da borda mais baixa para a mais alta, com
percursos análogos aos descritos para os trechos em tangente.
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Nas partes adjacentes ao trecho concluído, a compressão será executada transversalmente


à linha base (eixo). Nas partes inacessíveis aos rolos compressores, assim como nas partes
em que o seu uso não for desejável (cabeceira de obras de arte), a compressão será
executada com compactadores vibratórios portáteis ou sapos mecânicos.

A compressão será seguida de varredura e prosseguirá, até que os fragmentos, ligados pelo
material asfáltico, não sofram empurramento nem sulcamento excessivo, sob a ação das
rodas dos compressores em movimento.

As operações de compressão e varredura deverão ser executadas com os cuidados que


forem necessários, para que se obtenha uma superfície bem conformada e sem marcas.

3.9 Outras Operações.

No caso de tratamentos superficiais duplos ou triplos, deverão ser repetidas, em todas as


camadas, as operações descritas nos itens anteriores.

3.10 Proteção dos Serviços.

Durante todo o tempo que durar a execução de um tratamento superficial asfáltico, e até o
recebimento pela Fiscalização, os materiais e os serviços executados ou execução deverão
ser protegidos contra a ação destrutiva das águas fluviais, do trânsito e de outros agentes
que possam danificá-los.

3.11 Abertura ao Trânsito.

Não será permitido o trânsito sobre o material asfáltico. No caso dos tratamentos superficiais
duplos e triplos, o trânsito sobre os agregados será limitado aos veículos de distribuição de
material asfáltico e de agregado.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 11

Após a compressão final e antes da abertura ao tráfego será executada uma varredura que
permita encordoar o agregado fora da superfície tratada, limitando-se assim o volume de
rejeição, quando ocorrer a abertura ao tráfego.

Seja qual for o tipo de tratamento, a abertura ao tráfego poderá ser realizada imediatamente
após a remoção do agregado solto, desde que, em virtude de o trecho estar sinalizado, não
haja risco para os usuários.

3.12 O Controle Compreenderá:

1) controle dos materiais, consistindo na realização de ensaios, segundo os métodos


indicados, nas seguintes quantidades:

a) constatarão da existência de faces resultantes de fratura, no caso de agregados obtidos


por britagem de pedregulho - sempre que houver mudança de jazida ou de sistema de
britagem;

b) constatarão da qualidade da rocha, relativamente a:

- durabilidade e abrasão Los Angeles, sempre que houver mudança de


jazida ou de pedreira;

- adesividade; sempre que houver mudança de agregado ou de material asfáltico;

c) constatarão da qualidade do material asfáltico - em cada entrega de material;

d) constatarão da constância na britagem relativamente a:


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- índice de lamelaridade; sempre que houver mudança do material ou do sistema de


britagem;

- granulometria; à razão de um ensaio para cada tipo de agregado:


por dia de britagem, em amostras colhidas na ocasião da descarga do depósito, ou por
dia de construção, em amostras colhidas na ocasião da descarga na pista;

2) controle da execução dos serviços, consistindo em:

a) verificação dos piquetes de amarração da locação e referência de nível em cada sub-


trecho;

b) controle e anotação das temperaturas e das taxas de aplicação do material asfáltico - em


cada aplicação.

A taxa do material asfáltico aplicada será determinada de forma descrita a seguir. Usa-se
uma placa de papelão, de forma rigorosamente retangular, cujos lados meçam
aproximadamente meio metro. Os lados "a" e "b" da placa são medidos em metros, com
precisão de milímetros. Para evitar o escorrimento do asfalto, reveste-se uma das faces da
placa com mechas de algodão fixadas com cola. A placa, depois pesada (P), e colocada
sobre a pista, antes da aplicação do material asfáltico. Após a aplicação, a placa é removida
e novamente pesada (P=∆P). Os valores das pesagens são expressos em quilograma, com
precisão de 0,01 kg. O valor de ∆P dividido pelo valor de "a. b" representará a taxa de
material aplicado expressa em:

- em kg/m² com precisão de 0,1 kg/m² ou


- em l/m² com precisão de 0,15 l/m² , desde que a massa específica do material asfáltico
seja igual a 1,00 ± 0,01 kg.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 13

b) controle e anotação das taxas de aplicação dos agregados em cada camada;

d) verificação do acabamento da superfície final - em cada sub-trecho.

As operações de controle serão executadas pela Empresa Contratada a assistidas pela


Fiscalização, sendo repetidas quando necessário.

3.14 Condições de Recebimento.

Os tratamentos superficiais asfálticos, executados com autorização da Fiscalização e de


conformidade com especificações contidas nestas normas e no projeto, serão recebidos:

1) no que respeita ao alinhamento, se não forem encontradas semi-larguras menores que as


de projeto;

2) no caso de tratamentos superficiais medidos em metros cúbicos de camada acabada,


sendo a verificação realizada por furos, à razão de um furo para cada 40 metros de extensão
de tratamento superficial:

a) se não forem encontradas diferenças maiores que 0,5 cm, para mais ou para menos, em
relação à espessura de projeto, em nenhum dos furos; e

b) se não forem encontradas, em extensões de 500 metros de tratamento, espessuras


médias inferiores à espessura de projeto.

3.15 Espessura de Projeto.

No caso dos tratamentos superficiais asfálticos medidos em metros cúbicos de camada


acabada, a espessura de projeto será determinada pela Empresa Contratada e pela
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 14

Fiscalização em trecho experimental de, no mínimo, 500 metros de extensão. Serão


determinados e adotados:

a) a granulometria dos agregados;

b) as taxas de aplicação de material asfáltico e de agregado, em cada uma das camadas;

c) o número de passadas dos rolos compactadores em cada camada;

d) as espessuras medidas em furos, executados à razão de um furo para cada 40 metros de


extensão de tratamento.

A espessura do projeto será a média aritmética das espessuras medidas nos furos do trecho
experimental.

3.16 Proteção do Meio-Ambiente.

A proteção do meio ambiente na execução de tratamentos superficiais betuminosos


envolvem os cuidados descritos a seguir:

3.16.1 Na Exploração de Ocorrências de Materiais.

Os seguintes cuidados deverão ser observados na exploração das ocorrências de


materiais:

- Autorizar a aceitação dos agregados somente após a aprovação da licença para a


exploração da pedreira;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 15

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;

- Impedir queimadas como forma de desmatamento;

- Construir, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção


do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita,
evitando seu carreamento para cursos d'água;

- Exigir documentação atestando a regularidade das instalações, assim como, sua


operação junto ao órgão ambiental competente, quando o agregado pétreo for
fornecido por terceiros.

3.16.2 Ligante Betuminoso.

- Instalar os depósitos em locais afastados dos cursos d'água;

- Recuperar a área afetada pelas operações de construção 1 execução mediante a


remoção de tanques e a limpeza do canteiro de obras..

3.16.3 Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 16

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

- Deverá ser vedado a disposição de refugo de materiais na faixa de domínio e nas


áreas lindeiras onde possam causar prejuízos ambientais.

4. MEDIÇÃO.

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em:

a) metros quadrados de tratamentos superficiais asfálticos simples;

b) metros cúbicos de camada acabada de tratamentos superficiais asfálticos duplos ou


triplos.

As áreas de tratamentos superficiais asfálticos simples serão calculadas considerando o


estaqueamento da estrada e a largura do projeto.

Os volumes dos tratamentos superficiais asfálticos duplos e triplos serão calculados


multiplicando as extensões obtidas a partir do estaqueamento pela área da seção
transversal de projeto, a qual, por sua vez, será resultante da multiplicação da largura pela
espessura de projeto.
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FL. 17

O transporte dos materiais não será medido para fins de pagamento em separado.
Considera-se o custo do transporte incluído nos preços unitários dos tratamentos superficiais
asfálticos acabados.

5. PAGAMENTO.

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos aos preços unitários
contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os
materiais, a mão-de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos utilizados em sua
execução pela Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.06.01 - Tratamento superficial betuminoso simples m2


23.06.02 - Tratamento superficial betuminoso duplo m3
23.06.03 - Tratamento superficial betuminoso triplo m3
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FL. 18

ANEXO I

AGREGADOS PARA TRATAMENTOS SUPERFICIAIS ASFÁLTICOS

PENEIRAS DE
MALHAS
38 25 19 12,5 9,5 4,8 2,4 0,075
QUADADRADAS
GRADUAÇÕES (1 1/2”) (1”) (3/4”) (1/2”) (3/8”) Nº4 Nº8 Nº200
(NBR – 5734/80)
25 a 12,5
A 100 90-100 20-55 0-10 0-2
( 1” a ½”)
19 a 9,5
B 100 90-100 20-55 0-15 0-2
(3/4”a 3/8”)
12,5 a 4,8
C 100 90-100 40-75 0-15 0-2
(1/2”) a nº4
9,5 a 4,8
D 100 90-100 0-20 0-5 0-2
(3/8”) a nº4
9,5 a 2,4
E 100 90-100 10-30 0-8 0-2
(3/8”) a nº8
4,8 a 2,4
F 100 75-100 0-10 0-2
nº4 a nº8

As aberturas das peneiras em polegadas, embora usuais e por esse motivo indicadas entre
parênteses, não são admitidas na NBR-5734/80
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ANEXO I - A

ABERTURAS MÁXIMA E MÍNIMA DE AGREGADOS PARA


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS ASFÁLTICOS

PENEIRAS DE MALHAS
GRADUAÇÕES QUADADRADAS (NBR – 5734/80)

25 a 12,5
A
( 1” a ½”)
19 a 9,5
B
(3/4”a 3/8”)
12,5 a 4,8
C
(1/2”) a nº4
9,5 a 4,8
D
(3/8”) a nº4
9,5 a 2,4
E
(3/8”) a nº8
4,8 a 2,4
F
nº4 a nº8

1) Em todos as graduações, deve ser observado o seguinte,.

% do peso total do agregado que passa:


- na peneira de maior abertura 90 a 100%
- na peneira de menor abertura 0 a 10%
- na peneira de 0,075 mm 0 a 2%;

2) A composição granulométrica prevista no presente ANEXO 1-A só poderá ser utilizada,


para fins experimentais, com autorização expressa da Fiscalização.
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3) As aberturas das peneiras expressas em polegadas, embora usuais e por esse motivo
indicadas entre parênteses, não são admitidas na NBR-5734/80.
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ANEXO II

QUANTIDADES DE MATERIAIS EM LITROS POR METRO QUADRADO (l/m²)


USANDO-SE CIMENTO ASFÁLTICO DE PETRÓLEO (CAP)

TIPOS DE TRATAMENTO
SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES SIMPLES DUPLOS TRIPLOS
1D 2DF 2CE 2BD 3BDF 3ACE
1ª CAMADA
CAP 1,0 1,0 1,2 1,4 1,2 1,4
Agregado Graduação D 8,5 9,0 -- -- -- --
Agregado Graduação C -- -- 12,0 -- -- --
Agregado Graduação B -- -- -- 15,0 14,0
Agregado Graduação A -- -- -- -- -- 18,0
2ª CAMADA
CAP -- 0,8 0,9 1,3 1,0 1,2
Agregado Graduação F -- 5,0 -- -- -- --
Agregado Graduação E -- -- 6,0 -- -- --
Agregado Graduação D -- -- -- 8,0 7,0 --
Agregado Graduação C -- -- -- -- -- 9,5
3ª CAMADA --
CAP -- -- -- -- 0,9 1,0
Agregado Graduação E -- -- -- -- 5,0
Agregado Graduação F -- -- -- -- 5,0 --
TOTAIS
CAP – (l/m²) 1,0 1,8 2,1 2,7 3,1 3,6
Agregado – (l/m²) 8,5 14,0 18,0 23,0 26,0 32,5
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ANEXO III

TRATAMENTOS SUPERFICIAIS COM EMULSÕES ASFÁLTICAS


QUANTIDADES DE MATERIAIS EM l/m²

TIPOS DE TRATAMENTO
SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES SIMPLES DUPLOS TRIPLOS
1D 2DF 2CE 2BD 3BDF 3ACE
1ª CAMADA
RR-2C 1,3 1,0 1,2 1,4 1,4 1,4
Agregado Graduação G -- -- -- -- -- --
Agregado Graduação F -- -- -- -- -- --
Agregado Graduação D 8,5 9,0 -- -- -- --
Agregado Graduação C -- -- 12,0 -- -- --
Agregado Graduação B -- -- -- 15,0 14,0 --
Agregado Graduação A -- -- -- -- -- 18,0
2ª CAMADA
RR-2C -- 1,3 1,6 2,1 1,9 2,3
Agregado Graduação F -- 5,0 -- -- -- --
Agregado Graduação E -- -- 6,0 -- -- --
Agregado Graduação D -- -- -- 8,0 7,0 --
Agregado Graduação C -- -- -- -- -- 9,5
3ª CAMADA
RR-2C -- -- -- -- 0,8 1,0
Agregado Graduação E -- -- -- -- -- 5,0
Agregado Graduação F -- -- -- -- 5,0 --
TOTAIS
RR-2C – (l/m²) 1,3 2,3 2,8 3,5 4,1 4,7
Agregado – (l/m²) 8,5 14,0 18,0 23,0 26,0 32,5

As quantidades de emulsão RR-2C foram calculadas a partir das taxas de aplicação


recomendadas para execução, com cimento asfáltico, dos mesmos tipos tratamento,
utilizando-se a expressão:
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taxa de RR-2C = taxa de CAP = taxa de CAP


0,67 x 1,15 0,77

sendo:

0,67 = resíduo de CAP na emulsão RR-2C, e


1,15 = correção decorrente do melhor envolvimento do agregado pela emulsão.
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Seção 3.13 – Micro-revestimento com polímero à frio.

Códigos: 23.06.04 – Micro-revestimento com polímero e fibra;


23.06.04.1 – Micro-revestimento com polímero, sem fibra;

1. DESCRIÇÃO.

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, compreendendo os agregados, materiais asfálticos
modificados por polímero e, eventualmente, aditivos e fibras, e de mão-de-obra e
equipamentos necessários à execução dos micro-revestimentos betuminosos à frio,
modificados por polímero, com ou sem adição de fibras, especificados, de conformidade
com a norma a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.2 Micro Revestimento Betuminoso à Frio - consiste na associação de agregado mineral,


material de enchimento (filar), emulsão asfáltica contendo polímero, água, aditivos com
consistência fluida, uniformemente espalhada sobre uma superfície previamente preparada.

1.3 O micro revestimento betuminoso a frio pode ser empregado como camada de
selagem, impermeabilização e rejuvenescimento ou como camada anti-derrapante de
pavimentos.

2. MATERIAIS.

2.1. Ligante Betuminoso

O ligante betuminoso será emulsão asfáltica modificada com polímeros, com ruptura
controlada com aditivos. A emulsão poderá ser catiônica tipo RR-1C, RR-2C, LA-1C, LA-2C
ou aniônica tipo LA-1 e LA-2.
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2.2. Aditivos e Fibras

Podem ser empregados aditivos para acelerar ou retardar a ruptura da emulsão na


execução do micro revestimento betuminoso a frio, bem como aumentar a coesão da
mistura.

Pode-se adicionar fibras org6anicas ou inorgânicas ao micro-revestimento, tais como: fibras


de vidro, acrílicas, poliésteres, polipropilenos e outras, com o intuito de melhoras as
propriedades elásticas do ligante modificado.

2.3. Água

Deverá ser limpa, isenta de matéria orgânica, óleos e outras substâncias prejudiciais a
ruptura da emulsão asfáltica. Será empregada na quantidade necessária a promover
consistência adequada.

2.4. Agregados

Será constituído de areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos. Suas partículas individuais


deverão ser resistentes e apresentar moderada angulosidade, livre de torrões de argila,
substâncias nocivas e apresentar as características seguintes:

a) Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40% (DER-M 24/61). Entretanto, poderão ser
admitidos valores de desgaste maiores no caso de desempenho satisfatório em
utilização anterior;

b) Durabilidade, perda inferior a 20% (DNER-ME 089/94);

c) Equivalente de areia igual ou superior a 55% (DNER-ME 054/94).


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2.5. Material de Enchimento (Filar)

Deve ser constituído por materiais finamente divididos, tais como, cimento Portland,
cal hidratada, pós calcários, etc., que atendam a granulometria seguinte:

Peneira, ASTM % em peso, passando


N° 40 100
N° 80 95-100
N° 200 65-100

Quando da aplicação deverá estar seco e isento de grumos.

2.6. Composição da Mistura

A dosagem adequada do micro revestimento betuminoso a frio será realizada com base nos
ensaios recomendados pela ISSA – “International Slurry Surfacing Association”:

ISSA-TB 100 - “Wet Track Abrasion” - perda máxima para 1 hora - 500g/m²
ISSA-TB 109 - “Loaded Wheel Tester e Sand Adhesion” máximo - 538g/m²
ISSA-TB 114 - “Wet Stripping Test” mínimo - 90%

Um ajuste de dosagem dos componentes do micro revestimento betuminoso a frio poderá


ser feito nas condições de campo, antes do início do serviço.

A composição granulométrica da mistura de agregados deve satisfazer os requisitos do


quadro seguinte, com as respectivas tolerâncias quando ensaiadas pelo Método DER-M
15/61.
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Tolerância da Faixa
Peneiras ASTM, mm Faixa I Faixa II
de Projeto, (%)
3/8” (9,5) 100 100 -
N° 4 (4,75) 90-100 70-90 ±5
N° 8 (2,36) 65-90 45-70 ±5
N° 16 (1,18) 45-70 28-50 ±5
N° 30 (0,06) 30-50 19-34 ±5
N° 50 (0.33) 18-30 12-25 ±4
N° 100 (0,15) 10-21 7-18 ±3
N° 200 (0,074) 5-15 5-15 ±2
Mistura seca, kg/m² 10-18 10-18
Espessura 12-15 12-20
% em relação ao peso da mistura seca
Água 10-15 10-15
Ligante residual 7,5 - 13,5 6,5 - 12,0

3. EXECUÇÃO.

3.1 Equipamento.

3.1.1. Equipamento de Limpeza

Para limpeza da superfície utilizam-se vassouras mecânicas, jatos de ar comprimido, etc.

3.1.2. Equipamento de Mistura e de Espalhamento

O micro revestimento betuminoso a frio deve ser executado em equipamento apropriado que
apresente as características mínimas seguintes:

a) Silo para agregado miúdo;


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b) Depósitos separados para água, emulsão asfáltica e aditivos;

c) Depósito para material de enchimento (filar), com alimentador automático;

d) Sistema de circulação e alimentação do ligante betuminoso, interligado por acoplagem


direta ou não, com sistema de alimentação do agregado miúdo, de modo a assegurar
perfeito controle de traço;

e) Sistema misturador capaz de processar uma mistura uniforme e de despejar a


massa diretamente sobre a pista, em operação contínua, sem processo de
segregação;

f) Chassi - todo o conjunto descrito nos itens anteriores é montado sobre um chassi móvel
autopropulsado, ou atrelado a um cavalo mecânico, ou trator de pneus;

g) Caixa distribuidora - esta peça se apoia diretamente sobre o pavimento e atrelada ao


chassi. Deverá ser montada sobre borracha, ter largura regulável para 3,50 m (meia pista) e
ser suficientemente pesada para garantir uniformidade de distribuição e bom acabamento.

3.2. Aplicação do Micro Revestimento Betuminoso à Frio

A aplicação do micro revestimento betuminoso a frio deve ser realizada a velocidade


uniforme, a mais reduzida possível. Em condições normais, a operação se processa
com bastante simplicidade. A maior preocupação requerida consiste em observar a
consistência da massa, abrindo ou fechando a alimentação d’água, de modo a obter
uma consistência uniforme e manter a caixa distribuidora uniformemente carregada
de massa.
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FL. 06

3.3. Correção de Falhas

As possíveis falhas de execução, tais como, escassez ou excesso de massa, irregularidade


na emenda de faixas, etc., deverão ser corrigidas, imediatamente, após a execução. A
escassez é corrigida com adição de massa e os excessos com a retirada por meio de rodos
de madeira ou de borracha. Após estas correções, a superfície áspera deixada será alisada
com a passagem suave de qualquer tecido espesso, umedecido com a própria massa, ou
com emulsão. Não se admitirá falhas freqüentes.

3.4. Proteção dos Serviços.

Durante todo o tempo que durar a execução de um micro-revestimento asfáltico modificado


por polímeros, e até o recebimento pela Fiscalização, os materiais e os serviços executados
ou execução deverão ser protegidos contra a ação destrutiva das águas fluviais, do trânsito
e de outros agentes que possam danificá-los.

3.5. Abertura ao Trânsito.

Após a compressão final e antes da abertura ao tráfego será executada uma varredura que
permita encordoar o agregado fora da superfície tratada, limitando-se assim o volume de
rejeição, quando ocorrer a abertura ao tráfego.

A abertura ao tráfego poderá ser realizada imediatamente após a remoção do agregado


solto, desde que, em virtude de o trecho não estar sinalizado, não haja risco para os
usuários.
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FL. 07

3.6. O Controle Compreenderá:

3.6.1. Controle do Material

Todos os materiais deverão ser examinados em laboratório, obedecendo as metodologias


indicadas pelo DER ou DNER.

1. Ligante Betuminoso

O controle de qualidade do ligante betuminoso constará do seguinte:

a) para todo carregamento que chegar à obra:

1 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol”, (DNER-ME 148/94);


1 ensaio de resíduo (ASTM-D 2443, ASTM-D 36, ASTM-D 2397 e ABNT NBR-6568);
1 ensaio de peneiramento, (DNER-ME 005/94);
1 ensaio de carga de partícula, (DNER-ME 002/94).

b) com freqüência variável:


1 ensaio de sedimentação, (DNER-ME 006/94) para cada 50 ton.

2. Agregados

O controle de qualidade dos agregados por jornada de 8 horas de trabalho constará do


seguinte:

2 ensaios de granulometria de cada agregado, (DNER-ME 083/94);


1 ensaio de adesividade, (DNER-ME 079/94 e DNER-ME 059/94);
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FL. 08

1 ensaio de equivalente de areia, (DNER-ME 054/94).

3.6.2. Controle da Execução

1. Verificação do Equipamento

Cada equipamento empregado na aplicação do micro revestimento betuminoso a frio deve


ser calibrado no início dos serviços através da execução de segmentos experimentais.

As verificações a serem efetuadas são as seguintes:

a) consistência da mistura espalhada;

b) atendimento do projeto da mistura;

c) quantidade e velocidades de aplicação para proporcionar o acabamento desejado.

Se ao final destas três verificações em segmentos experimentais os resultados esperados


não forem alcançados, deve ser revisto todo o processo de calibração do equipamento.

2. Controle de Quantidade do Ligante Betuminoso

A quantidade de ligante betuminoso deverá ser determinada através da retirada de amostras


aleatórias em cada segmento de aplicação, fazendo-se a extração de betume com o
aparelho Soxhlet (ASTM-D-2172). A porcentagem de ligante poderá variar, no máximo, ±
0,3% da fixada no proje to.
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FL. 09

3. Controle da Graduação da Mistura de Agregados

O controle da graduação da mistura de agregados é feito através da análise granulométrica


da mistura de agregados provenientes do ensaio de extração do item anterior. As tolerâncias
são dadas no traço fixado no projeto.

3.6.3. Verificação Final da Qualidade

1. Acabamento da Superfície

A superfície acabada é verificada visualmente devendo se apresentar desempenada e com


o mesmo aspecto e textura obtidos nos segmentos experimentais.

2. Alinhamentos

A verificação dos alinhamentos do eixo e bordos nas diversas seções correspondentes às


estacas da locação é feita a trena. Os desvios verificados não deverão exceder ± 5cm.

3. Condições de Segurança

O revestimento acabado, deverá ser ensaiado para a obtenção do Valor de


Resistência a Derrapagem, medido com auxílio do Pêndulo Britânico SRT (Método
HD 15/87 e HD 36/87 Bristish Standard).

3.7 Proteção do Meio-Ambiente.

A proteção do meio ambiente na execução de micro-revestimentos betuminosos


modificados por polímeros envolvem os cuidados descritos a seguir:
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FL. 10

3.7.1 Na Exploração de Ocorrências de Materiais.

Os seguintes cuidados deverão ser observados na exploração das ocorrências de


materiais:

- Autorizar a aceitação dos agregados somente após a aprovação da licença para a


exploração da pedreira;

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;

- Impedir queimadas como forma de desmatamento;

- Construir, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção


do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita,
evitando seu carreamento para cursos d'água;

- Exigir documentação atestando a regularidade das instalações, assim como, sua


operação junto ao órgão ambiental competente, quando o agregado pétreo for
fornecido por terceiros.

3.7.2 Ligante Betuminoso Modificado.

- Instalar os depósitos em locais afastados dos cursos d'água;


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FL. 11

- Recuperar a área afetada pelas operações de construção 1 execução mediante a


remoção de tanques e a limpeza do canteiro de obras..

3.7.3 Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

- Deverá ser vedado a disposição de refugo de materiais na faixa de domínio e nas


áreas lindeiras onde possam causar prejuízos ambientais.

4. MEDIÇÃO.

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros quadrados de micro


revestimentos asfálticos modificados por polímeros;

As áreas de micro revestimentos asfálticos modificados por polímeros serão calculadas


considerando o estaqueamento da estrada e a largura do projeto.

O transporte dos materiais não será medido para fins de pagamento em separado.
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FL. 12

Considera-se o custo do transporte incluído nos preços unitários dos micro revestimentos
asfálticos modificados por polímeros acabados.

5. PAGAMENTO.

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos aos preços unitários
contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os
materiais, a mão-de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos utilizados em sua
execução pela Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.06.04 – Micro-revestimentos asfálticos modificados por polímeros,


com adição de fibras m2
23.06.04.1 - Micro-revestimentos asfálticos modificados por polímeros,
sem adição de fibras m2
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.14 - Revestimento com Lama Asfáltica.

Código: 23.06.05 - Tratamento superficial com lama asfáltica.

1. DESCRIÇÃO.

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga de todos os materiais, e de mão-de-obra e equipamentos necessários
à execução e controle de qualidade de revestimento com lama asfáltica, de conformidade
com a norma apresentada a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.2 Lama Asfáltica é o material resultante da mistura, homogênea e de consistência fluída,


de agregados, filer mineral, emulsão asfáltica e água, em proporções adequadas e
satisfazendo as especificações contidas no item 2 da presente norma.

1.3 A lama asfáltica tem seu emprego recomendado sobre revestimentos envelhecidos
(oxidados), com o objetivo principal de rejuvenecê-los, adiando, assim, a necessidade de
recapeamentos arenosos.

2. MATERIAIS.

2.1 Agregado.

O agregado deverá ser uma mistura de areia e resíduo de britagem, (pó de pedra),
satisfazendo as seguintes exigências:

a) granulometria determinada pelo método DER M 6 -61, que se enquadre na faixa a seguir:
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 02

PENEIRAS DE MALHAS
QUADRADAS % EM PESO, QUE
(NBR – 5734/80) PASSA

4,8 mm Nº 4 100
2,4 mm Nº 8 80 a 100
1,2 mm Nº16 50 a 90
0,600 mm Nº30 30 a 60
0,300 mm Nº50 20 a 45
0,150 mm Nº100 10 a 25
0,075 mm Nº 200 5 a 15

b) adesividade, determinada pelo método DER M 149-61, com a emulsão a empregar, maior
que 4;

c) abrasão Los Angeles, determinada pelo método DNER M 24-61, menor que 50%;

d) equivalente de areia, determinado pelo método DNER M 54-63, maior que 40%;

e) impurezas o agregado deverá ser isento de impurezas tais como, torrões de argila e
matéria orgânica.

2.2 Filer Mineral.

O filer mineral deverá ser cimento Portland ou pó calcáreo, cuja granulometria, determinada
pelo método DER M 6-61, se enquadre na faixa abaixo:

PENEIRAS DE MALHAS
QUADRADAS % EM PESO, QUE
PASSA
(NBR – 5734/80)
0,420 mm Nº40 100
0,150 mm Nº100 95 a 100
0,075 mm Nº 200 65 a 100
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

2.3 Água.

A água deverá ser limpa, isenta de matéria orgânica ou outras substâncias prejudiciais à
ruptura da emulsão ou à sua adesividade ao agregado.

2.4 Emulsão Asfáltica.

Poderão ser empregadas emulsões asfálticas que satisfaçam a P-EB 599/73 da ABNT/IBP,
isto é:

- aniônicas, tipos LA-1 a LA-2;


- catiônicas, tipos LA-1 C e LA-2C; e
- especial, tipo LA-E.

2.5 Composição da Mistura e Taxa de Aplicação.

A composição da mistura será determinada por intermédio do "Wet Track Abrasion Test", de
modo a ser obtido o valor fixado no projeto até o máximo de 0,11 g/cm² . A composição da
mistura e a taxa de aplicação (l/m² ) deverão ser propostas pela Empresa Contratada e
aprovadas pela Fiscalização.

A taxa de aplicação deverá ser fixada de modo a assegurar a obtenção, na camada


acabada, de uma espessura entre 3 a 5 milímetros.

3. EXECUÇÃO.

3.1 Equipamento.

O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma, dentro
dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender,. no mínimo:

a) equipamento para limpeza da pista: irrigadeiras, vassouras mecânicas e compressores de


ar;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 04

b) conjunto montado sobre chassi móvel autropopelido equipado com:

b.1) silos para os agregados e depósitos separados para emulsão asfáltica e água, com
capacidades mínimas de:

- agregado 5,5 m3
- emulsão asfáltica 2,5 m3
- água 2,5 m3

b.2) silo para filer mineral, com alimentador automático;

b.3) sistema de alimentação e circulação de emulsão, correlacionado por acoplagem, direta


ou não, com o sistema de alimentação do agregado, de modo a assegurar obediência à
dosagem prescrita;

b.4) sistema misturador ("pug-mill") do tipo pás móveis e corpo fixo, capaz de produzir
mistura homogênea e de distribuí-la sobre a pista, em operação contínua, sem que haja
segregação;

c) caixa distribuidora, apoiada diretamente sobre o pavimento a acoplada ao chassi descrito


no item anterior, capaz de assegurar uniformidade de distribuição e de acabamento;

d) rolos compactadores de pneus autropopelidos de pressão constante ou variável.


Se o equipamento não satisfizer as condições mínimas para sua utilização, será rejeitado
pela Fiscalização.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados, desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 05

3.2 Serviços Preliminares.

Os serviços de locação serão executados pela Empresa Contratada e verificado pela


Fiscalização.

A superfície sobre a qual será executado o revestimento de lama asfáltica deverá ser limpa.
Todos os materiais estranhos serão varridos para fora da pista. As trincas, fissuras e
defeitos semelhantes serão corrigidos com porções adequadas de lama asfáltica aplicadas
com irrigadores manuais tipo "bico de pato". Quando for necessário, a lama asfáltica poderá
ser empurrada para o interior das fissuras e trincas, com rodos de borracha.

Quando o serviço tiver que ser executado em rodovias em tráfego, o mesmo deverá ser
desviado. Admitir-se-á no entanto, quando for necessário, a execução dos serviços em meia
pista. Nesse caso, a Empresa Contratada responderá pela segurança do tráfego junto aos
trechos em obra e deverá sinalizá -4os adequadamente.

A duração da interrupção do tráfego dependerá da emulsão asfáltica empregada e das


condições ambientes. Em condições normais, os prazos mínimos aproximados de
interrupção de tráfego serão:

- no caso de emulsões aniônicas: 5 a 10 horas; e

- no caso de emulsões catiônicas: 1 a 4 horas.

3.3 Distribuição da Lama Asfáltica.

Concluída a sinalização, a limpeza da pista e a correção dos defeitos encontrados, a


superfície a ser revestida com lama asfáltica deverá ser devidamente imprimada
(imprimadura auxiliar de ligação).
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DE 00/PAV - 014
3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 06

Após a aplicação da imprimadura, o equipamento é colocado em posição para início dos


serviços; abrem-se as comportas de alimentação dos agregados, emulsão, água e filer, de
acordo com a dosagem projetada e tabelas de calibragem, pondo o misturador ("pug-mill,")
em funcionamento. Aguardando-se a produção de lama asfáltica, em quantidade suficiente
para ocupar toda a superfície coberta pela caixa distribuidora. Nesse instante é iniciado o
deslocamento do equipamento, em velocidade uniforme e adequada à obtenção da taxa de
aplicação especificada (l/m²)

Além do operador do equipamento, haverá, de cada lado da caixa distribuidora, um


trabalhador munido de rodo de borracha, cuja função consistirá em uniformizar a distribuição
de lama asfáltica, dentro da caixa.

À medida que o equipamento se desloca, o revestimento de lama asfáltica produzido será


inspecionado. Os defeitos existentes serão corrigidos por intermédio de operações manuais.
A superfície final será alisada com sacos de aniagem, previamente imersos na emulsão que
está sendo usada.

3.4 Compactação.

O revestimento de lama asfáltica deverá ser compactado com rolos de rodas pneumáticas.
Nas estradas em uso, a compactação poderá ser executada pelo tráfego.

O prazo para início das operações de compactação depende do tipo de emulsão empregada
e das condições ambientes. As operações de compactação só deverão ser iniciadas,
quando a camada for capaz de resistir à ação desagregadora do tráfego ou dos
compactadores. Quando a emulsão asfáltica for catiônica, é possível que a compactação
possa ser iniciada cerca de uma hora após a distribuição. No caso das emulsões asfálticas
aniônicas, esse prazo será maior.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 07

3.5 Controle.

O controle compreenderá:

1) controle dos materiais, consistindo em:

a) constatação da qualidade da rocha britada, relativamente à adesividade, e abrasão Los


Angeles; sempre que houver mudança de pedreira;

b) constatação da constâ ncia da composição do agregado, relativamente à granulometria e


equivalente a areia - à razão de um ensaio de cada tipo, para cada 15.000 metros
quadrados de camada acabada;

c) constatação da constância do filer mineral, relativamente à granulometria sempre que


houver mudança da origem do material;

d) constatação da qualidade da emulsão asfáltica - em cada entrega;

e) constatação da qualidade de água, consistindo na comparação da adesividade e do prazo


de ruptura da emulsão com amostras da mistura, preparadas com água considerada boa e
com aquela que se pretende usar sempre que houver mudança da origem da água;

2) controle da execução, consistindo em:

a) verificação do alinhamento - em cada sub -trecho;

b) verificação da taxa de aplicação da mistura à razão de um ensaio cada 200 metros de


extensão de meia pista;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 08

c) determinação da composição da mistura - à razão de duas determinações por dia de


serviço.

As operações de controle serão executadas pela Empresa Contratada e assistidas pela


Fiscalização, sendo repetidas quando necessário.

3.6 Condições de Recebimento.

Os revestimentos de lama asfáltica, executados com autorização da Fiscalização e de


conformidade com as especificações contidas nesta norma e no projeto, serão recebidos:

1) no que respeita ao alinhamento, se não forem encontradas semi-larguras menores que as


de projeto;

2) no que respeita à espessura e à conformação da camada, se não forem encontradas


falhas de distribuição, nem espessuras menores que 3 milímetros.

3.7 Proteção do Meio Ambiente.

A proteção do meio ambiente na execução de tratamentos superficiais com lama


asfáltica envolvem os cuidados a seguir descritos:

3.7.1 Na Exploração de Ocorrências de Materiais.

Deverão ser considerados os aspectos seguintes na exploração de ocorrência de


materiais.

- Autorizar a aceitação dos agregados somente após a aprovação da licença para a


exploração da pedreira;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 09

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;

- Impedir queimadas como forma de desmatamento;

- Construir, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção


do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita,
evitando seu carreamento para cursos d'água;

- Exigir documentação atestando a regularidade das instalações, assim como, sua


operação junto ao órgão ambiental competente, quando o agregado pétreo for
fornecido por terceiros.

3.7.2 Ligante betuminoso.

- Instalar os depósitos em locais afastados dos cursos d'água;


- Recuperar a área afetada pelas operações de construção / execução mediante a
remoção de tanques e a limpeza do canteiro de obras.

3.7.3 Na execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.
Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 10

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

Deverá ser vedado a disposição de refugo de materiais na faixa de domínio e nas


áreas lindeiras adjacentes onde possam causar prejuízos ambientas.

4. MEDIÇÃO.

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros quadrados de camada


acabada.

As áreas de revestimento serão calculadas a partir do estaqueamento e da largura do


projeto.

Não haverá medição em separado para os serviços de regularização da superfície do


pavimento, mediante correção de pequenos defeitos.

Não será considerado, para fins de medição e pagamento, o transporte dos materiais
utilizados.

5. PAGAMENTO.

Os serviços. recebidos e medidos da forma descrita serão pagos ao preço unitário contratual
respectivo, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os materiais, mão-
de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos utilizados pela Empresa Contratada,
abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.06.05 - Tratamento superficial com lama asfáltica m2


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL.01

Seção 3.15 - Revestimento com Lama Asfáltica Grossa.

Código: 23.06.06 - Tratamento superficial com camada de lama asfáltica grossa

1 DESCRIÇÃO

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga de todos os materiais, e de mão-de-obra e equipamentos necessários
à execução e controle de qualidade de revestimento de lama asfáltica grossa, de
conformidade com a norma apresentada a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.2 Lama asfáltica grossa é o material resultante da mistura, homogênea e de consistência


fluída, de agregados ou misturas de agregados, filer mineral, emulsão asfáltica e água, em
proporções adequadas e satisfazendo as especificações contidas no item 2 da presente
norma.

1.3 A lama asfáltica grossa tem seu emprego recomendado sobre revestimentos
envelhecidos que, além de oxidados, se apresentem em início de desagregação, objetivando
reconstituir o alinhamento, o perfil e a seção tipo do projeto.

1.4 Poderá ter inclusive a função de capa selante, desde que o traço escolhido da mistura
de agregados se aproxime do limite superior da faixa granulométrica especificada no item
seguinte.

2. MATERIAIS

2.1 Agregado.

O agregado deverá ser uma mistura de areia e resíduo de britagem (pedrisco e pó de


pedra), satisfazendo as seguintes exigências:

a) granulometria, determinada pelo método DER M 6-61, que se enquadre na faixa a seguir:
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL.02

PENEIRAS DE MALHAS
QUADRADAS % EM PESO QUE PASSA
NBR-5734/80
9,500 mm (3/8”) 100
6,300 mm (1/4”) 82 a 100
4,800 mm nº4 70 a 90
2,400 mm nº8 45 a 80
1,200 mm nº16 28 a60
0,600 mm nº30 19 a 40
0,300 mm nº50 12 a 30
0,150 mm nº100 7 a 20
0,075 mm nº200 5 a 15
Quantidade kg/m² 8 a 14

b) adesividade, determinada pelo método DER M 149-61 com a emulsão a empregar, maior
que 4;

c) abrasão Los Angeles, determinada pelo método DER M 24-61, menor que 50%;

d) equivalente de areia, determinado pelo método DNER M 54-63, maior que 40%;

e) impurezas - o agregado deverá ser isento de impurezas tais como torrões de argila e
matéria orgânica.

2.2 Filer Mineral.

O filer mineral deverá ser cimento Portland ou pó calcário, que satisfaça as seguintes
exigências:
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL.03

a) granulometria, determinada pelo método DER M 6-61, que se enquadre na faixa abaixo:

PENEIRAS DE MALHAS
QUADRADAS % EM PESO QUE PASSA
NBR-5734/80
0,420 mm nº40 100
0,175 mm nº80 95 a 100
0,075 mm nº200 65 a 100

2.3 Água.

A água deverá ser limpa, isenta de matéria orgânica ou outras substâncias prejudiciais à
ruptura da emulsão ou à sua adesividade ao agregado.

2.4 Emulsão Asfáltica.

Poderão ser empregadas:

a) emulsões asfálticas que satisfaçam a P-EB 599/73 da ABNT/IBP, isto é:

- aniônicas, tipos LA-1 a LA-2;


- catiônicas, tipos LA-1 C e LA-2C; e
- especial, tipo LA-E;

b) emulsões asfálticas catiônicas de cura lenta, tipo RL-1 C, satisfazendo as exigências


contidas na P-EB 472 da ABNT/IBP.

A emulsão escolhida deverá ser misturada aos agregados e filer sem aquecimento, exceto
no caso do emprego do tipo RL -1 C, caso a temperatura estiver abaixo de 10ºC.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL.04

2.5 Composição da Mistura e Taxa de Aplicação.

A composição da mistura será determinada por intermédio do "Wet Track Abrasion Test,", de
modo a ser obtido o valor fixado no projeto até o máximo de 0,14 g/cm². Os diversos
componentes participarão da mistura nas proporções aproximadas indicadas a seguir:
- filer mineral: será obrigatório, à razão de 2 a 5% em relação ao peso de agregado;

- emulsão: à razão de 12 a 25% em relação ao peso de agregado ou mistura de agregados;

- água: na quantidade que for necessária à obtenção da consistência adequada.

A composição da mistura e a taxa de aplicação (l/m²) deverão ser propostas pela Empresa
Contratada e aprovadas pela Fiscalização.

A taxa de aplicação deverá ser fixada de modo a assegurar a obtenção, na camada


acabada, de uma espessura entre 6 a 12 milímetros.

3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento.

O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma, dentro
dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) equipamento para limpeza da pista: irrigadeiras, vassouras mecânicas e compressores de


ar;

b) conjunto montado sobre chassi móvel autropopelido equipado com:


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL.05

b.1) silo para os agregados e depósitos separados para emulsão asfáltica e água, com
capacidade mínima de:

- agregado 5,5 m³
- emulsão asfáltica 2,5 m³
- água 2,5 m³

b.2) silo para filer mineral com alimentador automático;

b.3) sistema de alimentação e circulação de emulsão, correlacionado por acoplagem, direta


ou não, com o sistema de alimentação do agregado, de modo a assegurar obediência à
dosagem prescrita;

b.4) sistema misturador ("pug-mill") do tipo pás móveis e corpo fixo, capaz de produzir
mistura homogênea e de distribui-la sobre a pista, em operação contínua, sem que haja
segregação;

c) caixa distribuidora, apoiada diretamente sobre o pavimento e acoplada ao chassi descrito


no item anterior, capaz de assegurar uniformidade de distribuição e de acabamento;

d) rolos compactadores de pneus autropopelidos, de pressão constante ou variável.

Se o equipamento não satisfizer as condições mínimas para sua utilização, será rejeitado
pela Fiscalização.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados, desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL.06

3.2 Serviços Preliminares.

Os serviços de locação serão executados pela Empresa Contratada e verificados pela


Fiscalização.

A superfície pela a qual será executado o revestimento de lama asfáltica grossa deverá ser
limpa. Todos os materiais estranhos serão varridos para fora da pista. As trincas, fissuras e
defeitos semelhantes serão corrigidos com porções adequadas de lama asfáltica aplicadas
com irrigadores manuais tipo "bico de pato". Quando for necessário, a lama asfáltica poderá
ser empurrada para o interior das fissuras e trincas, com rodos de borracha. Quando o
serviço tiver que ser executado em rodovias em tráfego, o mesmo deverá ser desviado.
Admitir-se-á no entanto, quando for necessário, a execução dos serviços em meia pista.
Nesse caso, a Empresa Contratada responderá pela segurança do tráfego junto aos trechos
em obra e deverá sinalizá-los adequadamente. A duração de interrupção do tráfego
dependerá da emulsão asfáltica empregada e das condições ambientes. Em condições
normais, os prazos mínimos aproximados de interrupção de tráfego serão:

- no caso de emulsões aniônicas: 5 a 10 horas; e

- no caso de emulsões catiônicas: 1 a 4 horas.

3.3 Distribuição da Lama Asfáltica.

Concluída a sinalização, a limpeza da pista e a correção dos defeitos encontrados, a


superfície e ser revestida com lama asfáltica deverá ser devidamente imprimada
(imprimadura auxiliar de ligação).

Após a aplicação da imprimadura, o equipamento é colocado em posição para início dos


serviços; abrem-se as comportas de alimentação dos agregados, emulsão, água e filer, de
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL.07

acordo com a dosagem projetada e tabelas de calibragem, pondo o misturador ("pug -mill")
em funcionamento, em quantidade suficiente para ocupar toda a superfície coberta pela
caixa distribuidora. Nesse instante é iniciado o deslocamento do equipamento, em
velocidade uniforme e adequada à obtenção da taxa de aplicação especificada (l/m²).

Além do operador do equipamento, haverá, de cada lado da caixa distribuidora, um


trabalhador munido de rodo de borracha, cuja função consistirá em uniformizar a distribuição
de lama asfáltica, dentro da caixa.

À medida que o equipamento se desloca, o revestimento de lama asfáltica produzido será


inspecionado. Os defeitos existentes serão corrigidos por intermédio de operações manuais.
A superfície final será alisada com sacos de aniagem, previamente imersos na emulsão que
está sendo usada.

3.4 Compactação.

O revestimento de lama asfáltica deverá ser compactado com rolos de rodas pneumáticas.
Nas estradas em uso, a compactação poderá ser executada pelo tráfego.

O prazo para início das operações de compactação depende do tipo de emulsão e das
condições ambientes. As operações de compactação só deverão ser iniciadas, quando a
camada for capaz de resistir à ação desagregadora do tráfego ou dos compactadores.

Quando a emulsão asfáltica for catiônica, é possível que a compactação possa ser iniciada
cerca de uma hora após a distribuição. No caso das emulsões asfálticas aniônicas, esse
prazo será maior.

3.5 Controle.

O controle compreenderá:

a) controle dos materiais, consistindo em:


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL.08

a.1) constatação da qualidade da rocha britada, relativamente à adevisidade, e abrasão Los


Angeles: sempre que houver mudança de pedreira;

a.2) constatação da constância da composição do agregado, relativamente à granulometria


e equivalente a areia - à razão de um ensaio de cada tipo, para cada 15.000 metros
quadrados de camada acabada;

a.3) constatação da constância do filer mineral relativamente à granulometria sempre que


houver mudança da origem do material;

a.4) constatação da qualidade da emulsão asfáltica - em cada entrega;

a.5) constatação da qualidade da água, consistindo na comparação da adesividade e do


prazo de ruptura da emulsão com amostras da mistura, preparadas com água considerada
boa e com aquela que se pretende usar sempre que houver mudança da origem da água;

b) controle da execução, consistindo em:

b.1) verificação do alinhamento - em cada sub -trecho;

b.2) verificação da taxa de aplicação da mistura, à razão de um ensaio cada 200 metros de
extensão de meia pista;

b.3) determinação da composição da mistura, à razão de duas determinações por dia de


serviço.

As operações de controle serão executadas pela Empresa Contratada e assistidas pela


Fiscalização, sendo repetidas quando necessário.

3.6 Condições de Recebimento.

Os revestimentos de lama asfáltica grossa, executados com autorização da Fiscalização e


de conformidade com as especificações contidas nesta norma e no projeto, serão recebidos;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL.09

a) no que respeita ao alinhamento, se não forem encontradas semi-larguras menores que as


de projeto;

b) no que respeita à espessura e à conformação da camada acabada, se não forem


encontradas falhas de distribuição, nem espessuras menores que 6 milímetros.

3.7 Proteção do Meio Ambiente.

A proteção do meio ambiente na execução de tratamentos superficiais com lama asfáltica


envolvem os cuidados a seguir descritos:

3.7.1 - Na exploração de ocorrências de materiais.

Deverão ser considerados os aspectos seguintes na exploração de ocorrência de materiais:


- Autorizar a aceitação dos agregados somente após a aprovação de licença para a
exploração da pedreira;

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação


ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a retirada de
todos os materiais e equipamentos;

- Impedir queimadas como forma de desmatamento;

- Construir, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do pó


de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita, evitando seu
carreamento para cursos d'água;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL.10

- Exigir documentação atestando a regularidade das instalações, assim como, sua


operação junto ao órgão ambiental competente, quando o agregado pétreo for fornecido por
terceiros.

3.7.2 - Ligante betuminoso.

- Instalar os depósitos em locais afastados dos cursos d'água.

3.7.3 - Na execução.

Os cuidados para a proteção ambienta, referem-se à disciplina do tráfego e estacionamento


dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal, para
evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na
drenagem natural.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos,


devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou, combustíveis, não
sejam levados até cursos d'água.

Deverá ser vedado a disposição de refugo de materiais na faixa de domínio e nas áreas
lindeiras adjacentes onde possam causar prejuízos ambientais.

4. MEDIÇÃO

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros quadrados de camada


acabada.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL.11

As áreas de revestimento serão calculadas a partir do estaqueamento e da largura de


projeto.

Não haverá medição em separado para os serviços de regularização da superfície do


pavimento, mediante correção de pequenos defeitos.

Não será considerado, para fins de medição e pagamento, o transporte dos materiais
utilizados.

5. PAGAMENTO

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos ao preço unitário contratual
respectivo, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os materiais. a
mão-de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos utilizados pela Empresa
Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

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23.06.06 - Tratamento superficial com camada de lama asfáltica grossa m2


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.16 - Tratamentos Superficiais Asfálticos, modificados por polímeros.

Códigos: 23.06.07 - Tratamento superficial betuminoso simples, modificado por


polímero;
23.06.08 - Tratamento superficial betuminoso duplo, modificado por
polímero;
23.06.09 - Tratamento superficial betuminoso triplo, modificado por
polímero.

1. DESCRIÇÃO.

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, compreendendo os agregados, materiais asfálticos
modificados por polímero e, eventualmente, melhorador de adesividade, e de mão-de-obra e
equipamentos necessários à execução dos tratamentos superficiais asfálticos modificados
por polímeros especificados, de conformidade com a norma a seguir e detalhes executivos
contidos no projeto.

1.2 Os tratamentos superficiais asfálticos modificados por polímeros (SBS) poderão ser
executados como revestimento novo ou como recapeamento, com o objetivo de melhorar as
condições de rolamento e impermeabilização da pista.

1.3 A execução de cada uma das camadas de um tratamento superficial asfáltico modificado
consiste, em suma, em aplicar material asfáltico modificado por polímeros (SBS) sobre a
superfície subjacente e, logo em seguida, distribuir o agregado e comprimi-lo, de modo a
fazer com que o material asfáltico suba até uma certa parte da altura do agregado, fixando-o
por baixo (penetração invertida).
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 02

1.4 Os tratamentos superficiais asfálticos modificados por polímeros (SBS) são


denominados simples, duplos e triplos quando são constituídos, respectivamente, de uma,
duas e três camadas superpostas, cada uma delas constituída por uma aplicação de
material asfáltico modificado e uma aplicação de agregado.

1.5 Os tratamentos superficiais asfálticos modificados costumam ser utilizados como


camada de rolamento em pavimentos econômicos, porque oferecem as seguintes
vantagens, em relação às misturas asfálticas usinadas:

a) exigem menor investimento em equipamentos, e

b) podem ser executados com menores espessuras.

2. MATERIAIS.

2.1 Agregados.

Os agregados serão obtidos por britagem de rocha ou de pedregulho (seixos) e deverão


satisfazer as seguintes condições:

a) quando os agregados forem obtidos por britagem de pedregulho, 95% dos fragmentos
retidos da peneira de 4,8 mm (n. 4) deverão ter no mínimo, uma face resultante de fratura;

b) durabilidade, determinada em cinco cicios, pelo método DNER ME 89-64, perdas


menores que:

- 20% no sulfato de sódio; ou

- 30% no sulfato de magnésio.


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

c) abrasão Los Angeles - determinada pelo método DER M 24-61, menor que 40%;

d) adesividade, determinada pelo método DER M 149-61, ao material asfáltico modificados


por polímeros (SBS) que será empregado na obra: maior que 4, utilizando-se melhoradores
de adesividade, se necessário;

e) granulometria, determinada pelo método DER M 15-61, conforme indicações contidas no


ANEXO 1 ou no ANEXO 1-A;

f) índice de lamelaridade, determinado pelo método DER M 34-70, menor que 10%;

g) impurezas - os agregados devem ser isentos de impurezas, tais como, to rrões de solo e
materiais orgânicos.

2.2 Melhorador de Adesividade.

Deverá ser utilizado na obra o mesmo teor utilizado no laboratório, para obtenção da
adesividade mínima exigida nesta norma. O melhorador deverá ser ensaiado antes e depois
de aquecido a 1750C por três horas.

2.3 Materiais Asfálticos Modificados por polímeros (SBS).

Poderão ser utilizados os seguintes tipos:

a) cimentos asfálticos de petróleo: CAP-85/100 ou CAP-150/200 (classificação por


penetração) ou CAP-7 (classificação por viscosidade) satisfazendo respectivamente as
exigências contidas na EB-78/84 e EB-78/86 da ABNT/IBP, modificados por polímeros do
tipo SBS;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 04

b) emulsões asfálticas catiônicas de ruptura rápida tipo RR-2C, satisfazendo as


especificações contidas na P-EB 472/84 da ABNT/IBP, modificadas por polímeros do tipo
SBS.

A temperatura de aplicação do cimento asfáltico modificado por polímeros (SBS) deverá ser
escolhida, de modo a serem obtidas viscosidades Saybolt-Furol de 20 a 60 segundos, sem
ultrapassar 175°C.

A temperatura de aplicação da emulsão deverá ser escolhida de modo a serem obtidas


viscosidades Saybolt-Furol de 100 a 250 segundos, sem ultrapassar 60°C.

Embora o resíduo de cimento asfáltico modificado por polímeros (SBS) das emulsões deva
ser determinado pelo ensaio de destilação (P-MB-586) admitir-se-á, junto à obra, o controle
pelo método expedito descrito a seguir:

Pesa-se um recipiente metálico (frigideira ou panela). Coloca-se no recipiente um peso "E"


de emulsão (cerca de 100g). Pesa-se o recipiente com a emulsão. Por subtração, calcula-se
o valor de "E". Em um fogareiro, ferve-se a emulsão até a obtenção do resíduo. A fervura
dura cerca de 50 minutos. Deve ser evitada a formação de espuma em excesso, afastado
quando necessário, o recipiente do fogo. Obtido o resíduo, pesa-se o recipiente com o
resíduo e, do peso obtido, subtrai-se o peso do recipiente vazio. Calcula-se assim o peso "R"
do resíduo existente no peso "E" da emulsão. O teor de resíduo, expresso em porcentagem,
será 100. R/E e poderá diferir de, no máximo 5. Pontos percentuais do valor que deveria ser
obtido no ensaio de destilação. Se a diferença for maior, far-se-á o ensaio de destilação.

2.4 Dosagem.

A dosagem de agregados e asfaltos será realizada pela Fiscalização com base em ensaios
de laboratório e de pista. No caso de tratamentos superficiais simples e duplos, quando se
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utiliza como ligante um cimento asfáltico modificado por polímeros (SBS) de petróleo ou um
asfalto diluído, a dosagem deverá ser feita pelo método DER M-27/70.
Como ponto de partida deverão ser utilizadas as taxas de aplicação (l/m²) indicadas no
ANEXO II e no ANEXO III.

3. EXECUÇÃO.

3.1 Equipamento.

O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma dentro
dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) equipamento de limpeza, consistindo em vassouras mecânicas de tipo adequado e


equipamentos capazes de produzir jatos de ar;

b) veículos de caçamba basculante para transporte de agregados;

c) distribuidores mecânicos de agregado;

d) tanques capazes de armazenar, aquecer e manter aquecido o material asfáltíco;

e) distribuidores de material asfáltico, com sistema de aquecimento, bomba de pressão


regulável, barra distribuidora de circulação plena, dispositivo de regulagem vertical e
horizontal, bicos de distribuição calibrados para aspersão em leque, tacômetro, calibradores
e termômetros de fácil leitura e mangueira de operação manual para aspersão em lugares
inacessíveis à barra;

f) plaina de arrasto;
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g) rolos compactadores, de rodas pneumáticas, de pressão regulável entre 2,5 a 8,5 kgf/cm²
(35 a 125 Psi);

h) rolos compressores de duas rodas lisas metálicas- tipo tandem, pesando de 5 a 8


toneladas;

i) irrigadeiras equipadas com moto bomba, capazes de distribuir água sob pressão regulável
e uniformemente;

j) compactadores vibratórios portáteis ou sapos mecânicos;

k) régua de madeira ou metálica, com arestas vivas e 3,00 metros de comprimento;

I) pequenas ferramentas, tais como vassouras comuns, rastelos, garfos, pás, etc.;

Se o equipamento não satisfizer as condições mínimas para sua utilização, será rejeitado
pela Fiscalização.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados, desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.

3.2 Locação e Nivelamento.

Os serviços de locação e nivelamento serão executados pela Empresa Contratada e


verificados pela Fiscalização.

Nas posições correspondentes às estacas de locação, dos dois lados da pista e a distância
constante da linha base (eixo), serão assentados e nivelados piquetes para controle de
cotas e de alinhamento.
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FL. 07

3.3 Serviços Preliminares.

A superfície sobre a qual será executado o tratamento superficial, seja qual for o tipo, deverá
estar devidamente imprimada e inteiramente limpa. Todos os materiais estranhos, que
possam prejudicar a adesão o material asfáltico modificado por polímeros (SBS), serão
varridos para fora. Se ainda existir poeira após a varredura, a superfície será umedecida por
aspersão de pequena quantidade de água. Contudo, na ocasião da aplicação do material
asfáltico modificado por polímeros (SBS), a superfície não deverá estar molhada. Antes de
iniciar-se a sua distribuição, deverá ser providenciado o que for necessário para evitar que o
material aspergido atinja não só pavimentos ou camadas de pavimentos adjacentes (na pista
ou nos acostamento), mas também guias, sarjetas, guarda-rodas, passeios, guarda-corpos
etc.

3.4 Condições de Serviço.

Os tratamentos superficiais com cimento asfáltico modificado por polímeros (SBS) não
deverão ser executados, quando os agregados estiverem molhados ou houver risco de
chuva durante as operações de distribuição do material asfáltico,

Considerando que a adesividade do material asfáltico aos agregados pode ser prejudicada
pelo excesso de poeira ambiental, a Fiscalização poderá exigir, em tempo seco e se julgar
necessário, a irrigação dos desvios laterais de tráfego.

3.5 Regulagem da Barra de Distribuição do Cimento Asfáltico modificado por


polímeros (SBS).

Para evitar o aparecimento futuro de estrias longitudinais, é necessário que antes de iniciar a
primeira distribuição do material asfáltico, sejam medidas e comparadas entre si as vazões
dos bicos da barra distribuidora. Recomenda-se o emprego de caixas metálicas, de base
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retangular e cerca de 15 cm de altura. O comprimento das caixas será igual à distância entre
os bicos. A largura será de cerca de 30 cm.
Serão utilizadas tantas caixas quantos forem os bicos. A barra será fixada na altura provável
de distribuição normal. As caixas serão apoiadas ao solo e encostadas umas às outras, de
modo que os seus centros coincidam com as verticais que passam pelos centros dos bicos.

O material asfáltico será aspergido sobre as caixas, até que, na caixa mais cheia, atinja a
altura de cerca de dez centímetros. Medem-se as alturas do material asfáltico em todas as
caixas. Calcula-se a média aritmética das alturas medidas. Substituem-se os bicos
responsáveis pelo enchimento das caixas, nas quais foram medidas as alturas que difiram
mais de 10%, para mais ou para menos, da altura média calculada. Repete-se o teste com
os novos bicos e procede-se da forma descrita, até que se obtenha um conjunto dê bicos
que satisfaça a condição de uniformidade de distribuição acima estabelecida. A critério da
Empresa Contratada, as caixas poderão ser subdivididas em compartimentos estanques, de
modo a facilitar a identificação dos bicos responsáveis por desuniformidade de distribuição.

Na ocasião da distribuição do material asfáltico, todos os bicos deverão estar igualmente


inclinados em relação ao eixo da barra (20º a 30º). A distância dos bicos ao solo deverá ser
de 20 a 30 cm.

3.6 Distribuição do Material Asfáltico modificado por polímeros (SBS).

Seja qual for o tipo de tratamento superficial, a distribuição de material asfáltico deverá ser
executada de conformidade com o procedimento a seguir descrito:

A distribuição não poderá ser iniciada, enquanto não for atingida e mantida, no material
existente no veículo distribuidor, a temperatura necessária à obtenção da viscosidade
adequada à aspersão. Em todas as aplicações de material asfáltico o veículo será
movimentado em velocidade uniforme, seguindo trajetória eqüidistante da linha base (eixo).
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Quando houver mais de uma distribuição de material asfáltico, o veículo deverá fazer os
percursos alterando o sentido do movimento, de modo a evitar superposição das trajetórias
de um mesmo bico. Exige-se que os instrumentos de controle - tacômetros, manômetros e
termômetros estejam em perfeitas condições de funcionamento. Exige-se também que os
operadores do veículo e da barra de distribuidora estejam treinados. A distribuição será
executada com a mangueira de operação manual, sempre que a superfície, em virtude de
sua forma (trechos de largura variável) ou de suas dimensões, não permitir o emprego da
barra de aspersão do veículo distribuidor.

A taxa de aplicação (l/m²) será a que for especificada no projeto ou em instrução da


Fiscalização, levando em consideração o disposto no item 2.4.

3.7 Distribuição dos Agregados.

Imediatamente após a aplicação do material asfáltico, deverá ser executada a distribuição do


agregado. O equipamento de distribuição será operado em marcha a ré, de modo a evitar
que as rodas, do equipamento e do veículo transportador de agregado entrem em contato
direto com o material asfáltico.

À medida que se executa a distribuição, as falhas eventualmente existentes serão corrigidas.

3.8 Compressão do Agregado.

Após a regularização da superfície do agregado, será iniciada a sua compressão. Nos


trechos em tangente, a compressão será executada das duas bordas para o centro da pista,
em percursos eqüidistantes da linha base (eixo). Os percursos ou passadas de cada
compressor serão distanciados entre si de tal forma que, em cada percurso seja coberto
metade do rastro deixado no percurso anterior. Nos trechos em curva, havendo
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sobrelevação, a compressão progredirá da borda mais baixa para a mais alta, com
percursos análogos aos descritos para os trechos em tangente.

Nas partes adjacentes ao trecho concluído, a compressão será executada transversalmente


à linha base (eixo). Nas partes inacessíveis aos rolos compressores, assim como nas partes
em que o seu uso não for desejável (cabeceira de obras de arte), a compressão será
executada com compactadores vibratórios portáteis ou sapos mecânicos.

A compressão será seguida de varredura e prosseguirá, até que os fragmentos, ligados pelo
material asfáltico, não sofram empurramento nem sulcamento excessivo, sob a ação das
rodas dos compressores em movimento.

As operações de compressão e varredura deverão ser executadas com os cuidados que


forem necessários, para que se obtenha uma superfície bem conformada e sem marcas.

3.9 Outras Operações.

No caso de tratamentos superficiais duplos ou triplos, deverão ser repetidas, em todas as


camadas, as operações descritas nos itens anteriores.

3.10 Proteção dos Serviços.

Durante todo o tempo que durar a execução de um tratamento superficial asfáltico


modificado por polímeros (SBS), e até o recebimento pela Fiscalização, os materiais e os
serviços executados ou execução deverão ser protegidos contra a ação destrutiva das
águas fluviais, do trânsito e de outros agentes que possam danificá-los.
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3.11 Abertura ao Trânsito.

Não será permitido o trânsito sobre o material asfáltico. No caso dos tratamentos superficiais
duplos e triplos, o trânsito sobre os agregados será limitado aos veículos de distribuição de
material asfáltico e de agregado.
Após a compressão final e antes da abertura ao tráfego será executada uma varredura que
permita encordoar o agregado fora da superfície tratada, limitando-se assim o volume de
rejeição, quando ocorrer a abertura ao tráfego.

Seja qual for o tipo de tratamento, a abertura ao tráfego poderá ser realizada imediatamente
após a remoção do agregado solto, desde que, em virtude de o trecho estar sinalizado, não
haja risco para os usuários.

3.12 O Controle Compreenderá:

1) controle dos materiais, consistindo na realização de ensaios, segundo os métodos


indicados, nas seguintes quantidades:

a) constatarão da existência de faces resultantes de fratura, no caso de agregados obtidos


por britagem de pedregulho - sempre que houver mudança de jazida ou de sistema de
britagem;

b) constatarão da qualidade da rocha, relativamente a:

- durabilidade e abrasão Los Angeles, sempre que houver mudança de


jazida ou de pedreira;

- adesividade; sempre que houver mudança de agregado ou de material asfáltico;


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FL. 12

c) constatarão da qualidade do material asfáltico modificado por polímeros (SBS) - em cada


entrega de material;

d) constatarão da constância na britagem relativamente a:

- índice de lamelaridade; sempre que houver mudança do material ou do sistema de


britagem;

- granulometria; à razão de um ensaio para cada tipo de agregado:


por dia de britagem, em amostras colhidas na ocasião da descarga do depósito, ou por
dia de construção, em amostras colhidas na ocasião da descarga na pista;

2) controle da execução dos serviços, consistindo em:

a) verificação dos piquetes de amarração da locação e referência de nível em cada sub-


trecho;

b) controle e anotação das temperaturas e das taxas de aplicação do material asfáltico


modificado por polímeros (SBS) - em cada aplicação.

A taxa do material asfáltico modificado por polímeros (SBS) aplicada será determinada de
forma descrita a seguir. Usa-se uma placa de papelão, de forma rigorosamente retangular,
cujos lados meçam aproximadamente meio metro. Os lados "a" e "b" da placa são medidos
em metros, com precisão de milímetros. Para evitar o escorrimento do asfalto, reveste-se
uma das faces da placa com mechas de algodão fixadas com cola. A placa, depois pesada
(P), e colocada sobre a pista, antes da aplicação do material asfáltico modificado por
polímeros (SBS). Após a aplicação, a placa é removida e novamente pesada (P=∆P). Os
valores das pesagens são expressos em quilograma, com precisão de 0,01 kg. O valor de
∆P dividido pelo valor de "a. b" representará a taxa de material aplicado expressa em:
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- em kg/m² com precisão de 0,1 kg/m² ou


- em l/m² com precisão de 0,15 l/m² , desde que a massa específica do material asfáltico
modificado por polímeros (SBS) seja igual a 1,00 ± 0,01 kg.

b) controle e anotação das taxas de aplicação dos agregados em cada camada;

d) verificação do acabamento da superfície final - em cada sub-trecho.

As operações de controle serão executadas pela Empresa Contratada a assistidas pela


Fiscalização, sendo repetidas quando necessário.

3.14 Condições de Recebimento.

Os tratamentos superficiais asfálticos modificados por polímeros (SBS), executados com


autorização da Fiscalização e de conformidade com especificações contidas nestas normas
e no projeto, serão recebidos:

1) no que respeita ao alinhamento, se não forem encontradas semi-larguras menores que as


de projeto;

2) no caso de tratamentos superficiais medidos em metros cúbicos de camada acabada,


sendo a verificação realizada por furos, à razão de um furo para cada 40 metros de extensão
de tratamento superficial:

a) se não forem encontradas diferenças maiores que 0,5 cm, para mais ou para menos, em
relação à espessura de projeto, em nenhum dos furos; e

b) se não forem encontradas, em extensões de 500 metros de tratamento, espessuras


médias inferiores à espessura de projeto.
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3.15 Espessura de Projeto.

No caso dos tratamentos superficiais asfálticos modificados por polímeros (SBS) medidos
em metros cúbicos de camada acabada, a espessura de projeto será determinada pela
Empresa Contratada e pela Fiscalização em trecho experimental de, no mínimo, 500 metros
de extensão. Serão determinados e adotados:

a) a granulometria dos agregados;

b) as taxas de aplicação de material asfáltico modificado por polímeros (SBS) e de


agregado, em cada uma das camadas;

c) o número de passadas dos rolos compactadores em cada camada;

d) as espessuras medidas em furos, executados à razão de um furo para cada 40 metros de


extensão de tratamento.

A espessura do projeto será a média aritmética das espessuras medidas nos furos do trecho
experimental.

3.16 Proteção do Meio-Ambiente.

A proteção do meio ambiente na execução de tratamentos superficiais betuminosos


envolvem os cuidados descritos a seguir:

3.16.1 Na Exploração de Ocorrências de Materiais.

Os seguintes cuidados deverão ser observados na exploração das ocorrências de


materiais:
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- Autorizar a aceitação dos agregados somente após a aprovação da licença para a


exploração da pedreira;

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;

- Impedir queimadas como forma de desmatamento;

- Construir, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção


do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita,
evitando seu carreamento para cursos d'água;

- Exigir documentação atestando a regularidade das instalações, assim como, sua


operação junto ao órgão ambiental competente, quando o agregado pétreo for
fornecido por terceiros.

3.16.2 Ligante Betuminoso.

- Instalar os depósitos em locais afastados dos cursos d'água;

- Recuperar a área afetada pelas operações de construção 1 execução mediante a


remoção de tanques e a limpeza do canteiro de obras..
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3.16.3 Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

- Deverá ser vedado a disposição de refugo de materiais na faixa de domínio e nas


áreas lindeiras onde possam causar prejuízos ambientais.

4. MEDIÇÃO.

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em:

a) metros quadrados de tratamentos superficiais asfálticos modificados por polímeros (SBS)


simples;

b) metros cúbicos de camada acabada de tratamentos superficiais asfálticos modificados por


polímeros (SBS) duplos ou triplos.

As áreas de tratamentos superficiais asfálticos modificados por polímeros (SBS) simples


serão calculadas considerando o estaqueamento da estrada e a largura do projeto.
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Os volumes dos tratamentos superficiais asfálticos modificados por polímeros (SBS) duplos
e triplos serão calculados multiplicando as extensões obtidas a partir do estaqueamento pela
área da seção transversal de projeto, a qual, por sua vez, será resultante da multiplicação da
largura pela espessura de projeto.

O transporte dos materiais não será medido para fins de pagamento em separado.
Considera-se o custo do transporte incluído nos preços unitários dos tratamentos superficiais
asfálticos modificados por polímeros (SBS) acabados.

5. PAGAMENTO.

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos aos preços unitários
contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os
materiais, a mão-de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos utilizados em sua
execução pela Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.06.01 - Tratamento superficial betuminoso simples m2


23.06.02 - Tratamento superficial betuminoso duplo m3
23.06.03 - Tratamento superficial betuminoso triplo m3
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ANEXO I

AGREGADOS PARA TRATAMENTOS SUPERFICIAIS ASFÁLTICOS MODIFICADOS


POR POLÍMEROS (SBS)

PENEIRAS DE
MALHAS
38 25 19 12,5 9,5 4,8 2,4 0,075
QUADADRADAS
GRADUAÇÕES (1 1/2”) (1”) (3/4”) (1/2”) (3/8”) Nº4 Nº8 Nº200
(NBR – 5734/80)
25 a 12,5
A 100 90-100 20-55 0-10 0-2
( 1” a ½”)
19 a 9,5
B 100 90-100 20-55 0-15 0-2
(3/4”a 3/8”)
12,5 a 4,8
C 100 90-100 40-75 0-15 0-2
(1/2”) a nº4
9,5 a 4,8
D 100 90-100 0-20 0-5 0-2
(3/8”) a nº4
9,5 a 2,4
E 100 90-100 10-30 0-8 0-2
(3/8”) a nº8
4,8 a 2,4
F 100 75-100 0-10 0-2
nº4 a nº8

As aberturas das peneiras em polegadas, embora usuais e por esse motivo indicadas entre
parênteses, não são admitidas na NBR-5734/80
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ANEXO I - A

ABERTURAS MÁXIMA E MÍNIMA DE AGREGADOS PARA


TRATAMENTOS SUPERFICIAIS ASFÁLTICOS MODIFICADOS POR POLÍMEROS (SBS)

PENEIRAS DE MALHAS
GRADUAÇÕES QUADADRADAS (NBR – 5734/80)

25 a 12,5
A
( 1” a ½”)
19 a 9,5
B
(3/4”a 3/8”)
12,5 a 4,8
C
(1/2”) a nº4
9,5 a 4,8
D
(3/8”) a nº4
9,5 a 2,4
E
(3/8”) a nº8
4,8 a 2,4
F
nº4 a nº8

1) Em todos as graduações, deve ser observado o seguinte,.

% do peso total do agregado que passa:


- na peneira de maior abertura 90 a 100%
- na peneira de menor abertura 0 a 10%
- na peneira de 0,075 mm 0 a 2%;

2) A composição granulométrica prevista no presente ANEXO 1-A só poderá ser utilizada,


para fins experimentais, com autorização expressa da Fiscalização.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 20

3) As aberturas das peneiras expressas em polegadas, embora usuais e por esse motivo
indicadas entre parênteses, não são admitidas na NBR-5734/80.
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ANEXO II

QUANTIDADES DE MATERIAIS EM LITROS POR METRO QUADRADO (l/m²)


USANDO-SE CIMENTO ASFÁLTICO DE PETRÓLEO (CAP) MODIFICADO POR
POLÍMEROS (SBS)

TIPOS DE TRATAMENTO
SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES SIMPLES DUPLOS TRIPLOS
1D 2DF 2CE 2BD 3BDF 3ACE
1ª CAMADA
CAP 1,0 1,0 1,2 1,4 1,2 1,4
Agregado Graduação D 8,5 9,0 -- -- -- --
Agregado Graduação C -- -- 12,0 -- -- --
Agregado Graduação B -- -- -- 15,0 14,0
Agregado Graduação A -- -- -- -- -- 18,0
2ª CAMADA
CAP -- 0,8 0,9 1,3 1,0 1,2
Agregado Graduação F -- 5,0 -- -- -- --
Agregado Graduação E -- -- 6,0 -- -- --
Agregado Graduação D -- -- -- 8,0 7,0 --
Agregado Graduação C -- -- -- -- -- 9,5
3ª CAMADA --
CAP -- -- -- -- 0,9 1,0
Agregado Graduação E -- -- -- -- 5,0
Agregado Graduação F -- -- -- -- 5,0 --
TOTAIS
CAP – (l/m²) 1,0 1,8 2,1 2,7 3,1 3,6
Agregado – (l/m²) 8,5 14,0 18,0 23,0 26,0 32,5
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FL. 22

ANEXO III

TRATAMENTOS SUPERFICIAIS COM EMULSÕES ASFÁLTICAS MODIFICADAS POR


POLÍMEROS (SBS)
QUANTIDADES DE MATERIAIS EM l/m²

TIPOS DE TRATAMENTO
SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES SIMPLES DUPLOS TRIPLOS
1D 2DF 2CE 2BD 3BDF 3ACE
1ª CAMADA
RR-2C 1,3 1,0 1,2 1,4 1,4 1,4
Agregado Graduação G -- -- -- -- -- --
Agregado Graduação F -- -- -- -- -- --
Agregado Graduação D 8,5 9,0 -- -- -- --
Agregado Graduação C -- -- 12,0 -- -- --
Agregado Graduação B -- -- -- 15,0 14,0 --
Agregado Graduação A -- -- -- -- -- 18,0
2ª CAMADA
RR-2C -- 1,3 1,6 2,1 1,9 2,3
Agregado Graduação F -- 5,0 -- -- -- --
Agregado Graduação E -- -- 6,0 -- -- --
Agregado Graduação D -- -- -- 8,0 7,0 --
Agregado Graduação C -- -- -- -- -- 9,5
3ª CAMADA
RR-2C -- -- -- -- 0,8 1,0
Agregado Graduação E -- -- -- -- -- 5,0
Agregado Graduação F -- -- -- -- 5,0 --
TOTAIS
RR-2C – (l/m²) 1,3 2,3 2,8 3,5 4,1 4,7
Agregado – (l/m²) 8,5 14,0 18,0 23,0 26,0 32,5

As quantidades de emulsão RR-2C foram calculadas a partir das taxas de aplicação


recomendadas para execução, com cimento asfáltico modificado por polímeros (SBS), dos
mesmos tipos tratamento, utilizando-se a expressão:
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 23

taxa de RR-2C = taxa de CAP = taxa de CAP


0,67 x 1,15 0,77

sendo:

0,67 = resíduo de CAP na emulsão RR-2C, e


1,15 = correção decorrente do melhor envolvimento do agregado pela emulsão.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.17 - Camada de Base ou de Regularização de Pré-Misturado a Frio com


Emprego de Emulsões Asfálticas Modificadas ou não por Polímeros

Códigos: 23.07.01 - Camada de base misturada a frio;


23.07.02 - Camada pré-misturada a frio c/ emulsão modificada por polímero.

1. DESCRIÇÃO

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga de agregados e de emulsão asfáltica, e de mão-de-obra e
equipamentos necessários à execução de camada de base ou de regularização de pré-
misturado a frio, de conformidade com a norma apresentada a seguir e detalhes executivos
contidos no projeto.

1.2 Pré misturado frio é o material produzido, transportado, distribuído e compactado sob
controle, e resultante da mistura a frio, em usina, até a homogeneização, de proporções
adequadas e definidas de agregados e de emulsão asfáltica, modificada ou não por
polímeros tipo SBS.

2. MATERIAIS

2.2 Agregados.

Os agregados deverão ser obtidos por britagem de fragmentos de rochas ou de pedregulhos


(seixos) e deverão satisfazer as seguintes exigências:

a) quando o agregado for obtido por britagem de pedregulho, 90% em peso dos fragmentos
retidos na peneira de 4,8 mm (n° 4) deverão ter, no mínimo, uma face resultante de fratura;
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b) durabilidade, determinada em cinco ciclos pelo método DNER ME 89-64 perdas menores
que:

- 20% no sulfato de sódio; ou

- 30% no sulfato de magnésio.

c) abrasão Los Angeles, determinada pelo método DER M 24-61: menor que 40%;

d) adesividade - determinada pelo método DER M 149-61, utilizando a emulsão que será
empregada na obra: maior que 4;

e) granulometria, determinada pelo método DER M 15-61, conforme indicações contidas no


ANEXO I ou no ANEXO I-A,

Os agregados deverão ser isentos de impurezas, tais como torrões de argila e materiais
orgânicos.

2.2 Emulsão Asfáltica Modificada ou não por Polímeros.

Poderão ser empregadas emulsões asfálticas modificadas ou não por polímeros tipo SBS
dos tipos indicados a seguir, satisfazendo as exigências contidas na P-EB-472184:

a) de ruptura média:

RM - 1C, para os agregados tipos A, B a C;

RM - 2C, para o agregado tipo A;


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b) de ruptura lenta:

RL - 1C, para os agregados tipos B e C.

A escolha do tipo de emulsão a empregar deverá ser realizada após experimentação, uma
vez que o tempo de ruptura será influenciado:

a) no que respeita ao agregado, pela sua composição mineralógica e superfície específica; e

b) no que respeita ao equipamento, pela energia e sistema de mistura.

2.3 Dosagem.

A Empresa Contratada, considerando as indicações contidas no projeto e o tipo de


agregado, procederá à dosagem, submetendo os resultados obtidos à aprovação da
Fiscalização.

O teor de emulsão, expresso em peso e referido ao peso total da mistura, será indicado pelo
projeto.

Para emulsões polimerizadas recomenda-se o valor na faixa de 4% a 7% de ligante solúvel


no tricloroetileno.

Deve-ser utilizado o Método Marshall (DNER-ME 043) para a verificação das condições de
vazios, estabilidade e fluência, segundo os valores de referência:

Características Pré-misturado a frio


% de vazios 5 a 25
Estabilidade mínima (kgf) 250 (75 golpes)
Fluência (mm) 2 a 4,5
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FL. 04

3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento.

O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma dentro
dos prazos fi xados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) usina misturadora.,capaz de:

- umedecer, sob controle, o agregado;

- controlar mecanicamente as proporções de agregado e de emulsão; e - produzir mistura


homogênea;

b) veículos para transporte da mistura, de caçamba basculante;

c) equipamento de distribuição, pré-adensamento e acabamento da camada;

d) motoniveladora;

e) rolos compactadores de pneus autropopelidos, de pressão constante ou variável;

f) rolos compressores de duas rodas lisas metálicas, tipo tandem, pesando de 5 a 8


toneladas;

g) compactadores vibratórios portáteis ou sapos mecânicos;

h) régua de madeira ou metálica, com arestas vivas e 3,00 metros de comprimento;


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FL. 05

i) pequenas ferramentas, tais como enxadas, garfos, pás, rastelos, etc.

Se o equipamento não satisfizer as condições mínimas para sua utilização, será rejeitado
pela Fiscalização.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.

3.2 Locação e Nivelamento.

Os serviços de locação e nivelamento serão executados pela Empresa Contratada e


verificados pela Fiscalização.

Nas posições correspondentes às estacas de locação, dos dois lados da pista e a distância
constante da linha base (eixo), serão assentados e nivelados piquetes para controle de
cotas e de alinhamento.

3.3 Serviços Preliminares.

A camada de base ou de regularização de pré-misturado a frio será executada sobre


imprimadura apropriada.

3.4 Condições Atmosféricas.

Os serviços não deverão ser iniciados, e deverão ser interrompidos, quando as condições
atmosféricas reinantes forem desfavoráveis, havendo risco de:

- a mistura ficar incompleta, em virtude de a temperatura ambiente ser menor que 10ºC; ou
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FL. 06

- ocorrer, antes da ruptura da emulsão polimerizada ou não, lavagem da mistura por águas
pluviais.

3.5. Preparação da Mistura.

Admitir-se-á, para a obtenção da granulometria exigida, mistura de dois ou mais tamanhos


de agregado. O agregado, ao ser levado para o misturador, deverá possuir, em virtude de
umedecimento controlado, o teor de umidade adequado, que será determinado
experimentalmente e não deverá ser maior que 10%.

Considerando que, na fabricação das emulsões, são empregados emulsificantes que


desempenham a função de melhoradores de adesividade não será necessária a adição de
nenhum produto à emulsão modificada ou não. A emulsão, ao ser adicionada ao agregado,
deverá estar na temperatura adequada ( 10 a 50ºC) à operação de mistura.

A mistura da emulsão com o agregado será realizada durante o tempo necessário, e apenas
suficiente, para que se obtenha completo recobrimento de todos os fragmentos do agregado.

O transporte da mistura deverá ser realizado de modo a evitar que ocorra segregação.

3.6 Distribuição, Compressão e Acabamento.

A distribuição da mistura será realizada de modo que, sem adições posteriores, seja obtida,
na superfície final da camada acabada, a conformação definida no projeto. Por esse motivo,
durante a construção da camada, deverão ser feitas, com freqüência, verificações de cota,
utilizando cordéis esticados e apoiados sobre os piquetes laterais de referência de nível.
Nessas verificações, deverá ser medida a espessura da camada antes da compressão, e
avaliada a espessura da camada comprimida e acabada. A espessura da camada acabada,
executada de uma única vez, não deverá ser superior a 5 centímetros. A compactação nos
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FL. 07

trechos em tangente será iniciada nas bordas e prosseguirá para o centro da pista, tomando-
se cuidado de fazer com que os rolos percorram trajetórias paralelas 'à linha base (eixo). As
trajetórias dos rolos serão distanciadas entre si de tal forma que, em cada passada, seja
coberta metade da faixa coberta na passada imediatamente anterior.

Para evitar que os compactadores retomem sempre da mesma seção transversal, as


passadas sucessivas de cada um deles terão comprimento diferente. Nos trechos em curva,
havendo sobrelevarão, a compactação progredirá da borda mais baixa para a mais alta, com
percursos análogos aos descritos para os trechos em ta ngente. As passadas serão
realizadas sucessivamente em marcha a vante e em marcha a ré, não sendo permitida a
manobra de compactadores sobre a camada que está sendo compactada. As rodas dos
rolos serão molhadas, com quantidade de água apenas suficiente para evitar a sua adesão
ao ligante usado na mistura. A compactação será interrompida, quando os rolos não
produzirem marcas sobre a camada comprimida.

Não será permitida a correção de defeitos, mediante a aplicação de quantidades adicionais


de mistura à camada acabada, As correções, quando necessárias, serão executadas
mediante remoção da parte defeituosa, em toda a espessura da camada e em área formada
por linhas retas, paralelas e normais à linha base (eixo), abrangendo a totalidade do defeito.

3.7 Proteção dos Serviços.

Durante o tempo todo que durar a construção da camada, e até o seu recebimento, os
materiais e os serviços, executados ou em execução, deverão ser protegidos contra a ação
destrutiva das águas pluviais, do trânsito e de outros agentes que possam danificá-los.

3.8 Abertura ao Trânsito.

Não será permitido o trânsito sobre a camada, até que seja construída a compactação;
mesmo após o término da compactação, a abertura ao tráfego somente será permitida
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FL. 08

depois de no mínimo 48 horas. A construção da camada de rolamento prevista no projeto


deverá ser iniciada imediatamente após o recebimento da camada de base ou regularização
de pré-misturado a frio.

3.9 Controle.

O controle compreenderá:

a) controle dos materiais, consistindo na realização de ensaios segundos os métodos


indicados, nas seguintes quantidades:

a.1) constatarão de faces resultantes de fratura, no caso de agregados obtidos por britagem
de pedregulho - sempre que houver mudança de jazida ou do sistema de britagem;

a.2) constatarão da qualidade do agregado, relativamente à:

- durabilidade Los Angeles - sempre que houver mudança de jazida e de pedreira,

- adesividade - sempre que houver mudança do agregado ou do tipo de emulsão;

a.3) constatação da qualidade da emulsão modificada ou não por polímeros - em cada


entrega;

a.4) constatação da constância da britagem, relativamente à granulometria - à razão de dois


ensaios para cada dia de britagem;

b) controle da preparação da mistura, consistindo no seguinte:


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FL. 09

b.1) controle da umidade do agregado, na entrada do misturador - à razão de, no mínimo,


duas verificações diárias;

b.2) constatação do completo envolvimento de todos os fragmentos do agregado com


emulsão - exame visual da mistura em todas as descargas do misturador;

b.3) controle do teor de emulsão modificada ou não por polímeros da mistura, método DER
M 144-61 - à razão de, no mínimo, seis determinações por dia;

c) controle do transporte, consistindo na constatação de inexistência de segregação na


mistura,

d) controle da execução da camada, consistindo em:


d.1) verificação dos piquetes de amarração da locação e de nivelamento - antes do início
dos serviços em cada sub-trecho;

d.2) verificação da conformação e da espessura da camada, à medida que a camada vai


sendo executada;

d.3) controle e anotação do número de passadas dos rolos compactadores.

As operações de controle serão executadas pela Empresa Contratada e assistidas pela


Fiscalização, sendo repetidas quando necessário.

3.10 Condições de Recebimento.

As camadas de base ou de regularização de pré-misturado a frio, executadas com


autorização da Fiscalização e de conformidade com esta norma, serão recebidas:
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 10

a) no que respeita ao alinhamento, se não forem encontradas semi larguras menores que as
de projeto;

b) no que respeita à espessura e à conformação da superfície final, se não forem


encontradas diferenças maiores que:

b.1) 10% da espessura de projeto, em qualquer ponto da camada;

b.2) dois centímetros, para mais ou para menos, nas cotas de projeto, sendo a verificação
realizada com cordéis esticados e apoiados sobre os piquetes laterais e, se necessário, com
a régua de 3,00 metros de comprimento, apoiada sobre a camada, em qualquer posição, ao
longo da qual, segundo o projeto, não haja mudança de declividade.

3.11 Proteção do Meio-Ambiente.

A proteção do meio ambiente na execução de camada de base e regularização de pré-


misturado à frio envolvem os cuidados a seguir descritos:

3.11.1 - Na Exploração de Ocorrências de Materiais.

Os seguintes cuidados deverão ser observados na exploração das ocorrências de


materiais:

- O material somente será aceito após a Empresa Contratada apresentar a licença


ambiental para exploração da pedreira;

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;
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FL. 11

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;

- Não provocar queimadas como forma de desmatamento;

- Deverão ser construídas, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação


para retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem
da brita, evitando seu carreamento para cursos d'água;

- Caso a brita seja fornecida por terceiros exigir documentação atestando a


regularidade das instalações, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental
competente.
3.11.2 - Usina e Depósito de Ligantes Betuminosos.

- Evitar a instalação de depósitos de Ligantes betuminosos próximo a curso d'água;

3.11.3 - Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

a) Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;

b) As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água. Deve ser vedada a disposição de
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FL. 12

refugo de materiais, na faixa de domínio e nas áreas lindeiras adjacentes onde


possam causar prejuízo ambiental.

4. MEDIÇÃO

A execução dos serviços poderá compreender:

a) regularização de pavimento existente e muito deformado, exigindo a execução de camada


de regularização descontínua e de espessura muito variável;

b) construção de base sobre camada subjacente devidamente imprimida. Os serviços


recebidos serão medidos da seguinte forma:

b.1) no caso de regularização - considerando o volume da mistura solta, medido em


caminhões multiplicado por um coeficiente menor que um e igual à razão entre as massas
específicas aparentes da mistura solta e da mistura compactada;
b.2) no caso de construção de base - considerando a espessura da camada acabada e a
largura de projeto, e as extensões calculadas com base no estaqueamento.

O transporte dos materiais utilizados não será medido para fins de pagamento em separado.
Considera-se o custo de transporte incluído no preço unitário da camada acabada.

5. PAGAMENTO

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos ao preço unitário contratual
respectivo, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os materiais, a
mão-de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos que tiverem sido utilizados pela
Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.07.01 - Camada de base misturada a frio m3


23.07.02 - Camada pre-misturada a frio com emulsão modificada por m3
polímero
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ANEXO I

FAIXAS GRANULOMÉTRICAS DE AGREGADOS PARA CAMADA DE BASE


OU DE REGULARIZAÇÃO DE PRÉ-MITURADO A FRIO COM EMPREGO DE
EMULSÕES ASFÁLTICAS MODIFICADAS OU NÃO POR POLÍMEROS

PENEIRAS DE MALHAS
% EM PESO, QUE PASSA
QUADRADAS
(NBR – 5734/80) A B C
38 mm(1 ½”) 100 -- --
25 mm(1”) 70-100 100 --
19 mm(3/4”) 50-80 75-100 100
4,8 mm Nº 4 10-30 30-50 50-70
2,0 mm Nº 10 5-20 20-35 30-50
0,420 mm Nº40 -- 5-15 15-30

0,075 mm Nº 200 0-5 0-5 0-6

OBSERVAÇÃO: As aberturas das peneiras expressas em polegadas, embora usuais e por


esse motivo indicada entre parênteses, não são admitidas na NBR – 5734/80.
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FL. 14

ANEXO I - A

ABERTURAS MÁXIMA E MÍNIMA DE AGREGADOS PARA CAMADA DE BASE


OU DE REGULARIZAÇÃO DE PRÉ-MISTURADO A FRIO COM EMPREGO DE
EMULSÕES ASFÁLTICAS CATIÔNICAS

GRADUAÇÕES ABERTURA DAS PENEIRAS


(NBR-5734/80) em mm

AGREGADO 25 a 0,420
GRAÚDO A (1") a nº40

AGREGADO 19 a 0,420
GRAÚDO B (3/4”) a nº 40

AGREGADO 4,8 a 0,420


GRAÚDO C nº4 a nº 40

1) Em todas as graduações deve ser observado o seguinte:

% do peso total do agregado que passa:

- na peneira de maior abertura 90 a 100%


- na peneira de menor abertura 0 a 10%
- na peneira de 0,075 mm 0 a 5%

2) As aberturas previstas neste ANEXO poderão ser adotadas para fins experimentais,
com autorização expressa da Fiscalização.

3) As aberturas das peneiras expressas em polegadas, embora usuais e por esse motivo
indicadas entre parênteses, não são admitidas na NBR-5734/80.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.18 - Camada de Base de Pré-misturado a Quente, Modificado por Polímero.

Códigos: 23.07.03 – Pré-misturado a Quente modificado por polímero;

1. DESCRIÇÃO

1.1 Pré-misturado Usinado a Quente com CAP modificado por polímeros - mistura à
quente executada em usina apropriada, com características específicas composta de
agregado mineral graduado, material de enchimento (filler) e cimento asfáltico de petróleo
modificado por polímero tipo SBS, usinada, espalhada e comprimida a quente;

1.2 Os serviços aos quais se refere a presente seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, e mão-de-obra e equipamentos necessários à
execução de rolamento de pré-misturado usinado a quente, modificado por polímeros, de
conformidade com a norma a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.3 Eventualmente, no Pré-misturado Modificado deverá ser usado um corretor de


adesividade. Em ambas as camadas deverá a mistura ser espalhada a quente, segundo o
alinhamento, perfil, seção transversal tipo e dimensões indicadas no projeto.

2. MATERIAIS

2.1 O agregado graúdo, assim considerado o retido na peneira n° 4 (4,8 mm), será
constituído por pedra britada ou pedregulho (seixo rolado) britado. A porcentagem de
partículas lamelares não deve exceder 15% (quinze por cento) do total do agregado.
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FL. 02

2.2 O agregado fino consiste nas partículas que passam na peneira n° 4 (4,8 mm) podendo
ser constituído de areia, pó de pedra ou mistura de ambos, isentos de impurezas, tais como
torrões de argila e matéria orgânica.

2.3 O material de enchimento ou filer deverá constituir-se de partículas finamente divididas e


inertes em relação aos demais componentes da mistura, não plásticas, tais como pó
calcário, cal hidratada, cimento Portland comum, ou outros materiais que venham a ser
aprovados pelo Serviço Técnico da Regional. Deverá ser usado seco e sem grumos e
obedecendo à seguinte granulometria:

PENEIRAS DE MALHAS
QUADRADAS % EM PESO, PASSANDO
(NB R – 5734/80)

0,420 mm nº40 100


0,175 mm nº80 95-100
0,075 mm nº200 65-100

2.4 Os agregados deverão ainda, apresentar as seguintes características físicas e


mecânicas:

a) quando obtidos por britagem de pedregulho, 90% em peso dos fragmentos retidos na
peneira n° 4 (4,8 mm) deverão ter, no mínimo, uma face fragmentada pela britagem;
b) abrasão Los Angeles < 40% - determinada pelo método DER M 24-611

c) resistência à desintegração (durabilidade) traduzida por perdas inferiores a 20% sob ação
de soluções saturadas de sulfato de sódio; ou 30% no sulfato de magnésio, determinadas
após 5 cicios pelo método DNER ME 89-64;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

d) equivalente de areia do agregado fino > 55%, determinado pelo método DNER ME 54-63;

e) adesividade maior que 4, ao material asfáltico que será empregado na obra, determinada
pelo método DER M 149-61, utilizando-se melhoradores de adesividade, se necessário;

f) granulometria, determinada pelo método DER M 15-61

O agregados não devem apresentar excesso de fragmentos lamelares ou alongado, a fim de


não prejudicarem a trabalhabilidade da mistura.

2.5 O material asfáltico poderá ser um dos seguintes:

- Cimento asfáltico de petróleo: CAP-30/45, CAP-50/60, CAP-85/100 (classificação por


penetração), CAP-20 e CAP-40 (classificação por viscosidade);

- O cimento asfáltico deverá ser modificado por polímero do tipo SBS e possuir as
seguintes características:

EXIGÊNCIA
CARACTERÍSTICA
Mínima Máxima
Penetração. 100g, 5s, 25°C, 0,1mm 45 90
Ponto de Fulgor, °C 235 -
Ductibilidade, 25°C/25°C 100 -
Densidade Relativa, 25°C/25°C 1,00 1,05
Ponto de amolecimento, °C 60 85
Ponto de Ruptura Fraass, °C -13
Recuperação elástica, 20cm, 25°C, % 85 -
Viscosidade Cinemática, 135°C, Cst 850 -
Viscosidade Cinemática, 155°C, Cst 350 -
Estabilidade ao armazenamento
500ml em estufa a 163°C, 5 dias;

-diferença de ponto de amolecimento, °C 5


-diferença de recuperação elástica, 20cm, 25°C,% 3
Índice de Suscetibilidade Térmica (ISTx10”) 2 5
Efeito do calor e do ar:
-variação de massa, % - 1,0
-percentagem da penetração original 50 -
-variação do ponto de amolecimento, °C - 4
-recuperação elástica, % 80 -
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FL. 04

2.6 Granulometria da Mistura de Agregados a Composição da Mistura de Agregados e


Ligante.

Os agregados das camadas de rolamento com Pré-misturado deverão enquadrar-se em


uma das faixas granulométricas indicadas no ANEXO I. Os teores de asfalto modificado, de
acordo com a faixa granulométrica do agregado, acham-se também nele indicados.

2.7 Dosagem da Mistura Asfáltica.

A mistura asfáltica deverá ser dosada pelo método Marshall e deverá satisfazer os requisitos
apresentados no ANEXO II.

2.8 Variações Admitidas no caso de Mistura de Pré-misturado a Quente Modificado.

Uma vez estabelecida a curva granulométrica e fixado o teor de asfalto, de acordo com o
método indicado, não serão admitidas na produção do Pré-misturado a Quente Modificado
variações superiores às estabelecidas no Anexo I.

3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento.

3.1.1 O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma
dentro dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) pá carregadeira para alimentar a usina com agregados;

b) depósito para o material asfáltico, munido de bomba, de modo a permitir que sua
circulação seja contínua e desembaraçada, do depósito ao misturador da usina, durante
todo o período de operação. O depósito deve ser capaz de aquecer e manter o material nas
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FL. 05

temperaturas especificadas, o que deverá ser feito por meio de serpentinas a vapor,
eletricidade ou outros meios, de modo a não haver contato de chamas com o interior do
depósito. As tubulações e os acessórios deverão ser dotados de isolamento, a fim de evitar
perdas de calor;

c) usina volumétrica ou gravimétrica, equipada com unidade classificadora de agregados


após o secador, que distribuirá o material classificado para o silos quentes, devendo um
deles receber a parcela que passa na peneira N° 4 (4,8 mm). Deverá possuir coletor de pó
com dispositivo que permitam coletar e devolver uniformemente ao misturador todo ou parte
do material coletado. O misturador será de tipo "pugmill", com duplo eixo conjugado, provido
de palhetas reversíveis e removíveis. Deve, ainda, o misturador possuir dispositivo de
descarga de fundo ajustável e dispositivo para controlar o cicio completo da mistura. Um
termômetro com proteção metálica e escala de 90ºC a 210ºC deverá ser fixado na linha da
alimentação do asfalto, em local adequado, próximo à descarga no misturador. A usina
deverá ser equipada, além disso, com um termômetro de mercúrio, com escala indicadora,
pirômetro elétrico ou outros instrumentos termométricos aprovados, colocados na descarga
dos silos quentes, para registrar a temperatura dos agregados neles armazenados;
d) veículos para transporte da mistura asfáltica, dotados de caçamba basculante e de lonas
impermeáveis para cobertura durante o transporte entre a usina e o local de aplicação;

e) acabadora autopropelida capaz de espalhar e conformar a mistura ao alinhamento, cotas


e seção transversal do projeto, dotada de parafuso sem fim para boa distribuição da mistura
na largura de uma faixa, marchas para a frente e para trás, além de alisadores e lamina
vibratória para um pré-adensamento da mistura;

f) equipamento para a compactação, constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso .
Os rolos pneumáticos, autopropelidos, devem ser dotados de dispositivos que permitam a
mudança automática, da pressão dos pneus entre 2,5 a 8,5 Kgf/cm² (35 a 125 libras/pol2) .
Equipamento diverso de compactação poderá ser utilizado, desde que previamente
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 06

aprovado pelo Serviço Técnico da Regional. A proposta da Empresa Contratada nesse


sentido deverá discriminar os tipos do rolo que pretende utilizar, o esquema de trabalho com
a seqüência de operações desde a rolagem inicial até o acabamento de camada, resultados
comprovados em outros serviços etc.;

g) régua de madeira ou metálica, com arestas vivas e de aproximadamente 3 (três) metros;

h) gabarito de madeira ou metálico, cuja borda inferior tenha forma da seção transversal da
camada estabelecida pelo projeto;

i) soquetes manuais, de qualquer tipo aprovado pela Fiscalização;

j) ferramentas, tais como pás, garfos ancinhos, enxadas, etc.;

k) balança obrigatória com capacidade maior que 30 toneladas instaladas na usina, quando
o volume de massa a ser aplicado seja superior a 5.000 m³.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados, desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.

3.2 Produção da Mistura Asfáltica

3.2.1 A mistura asfáltica deverá ser produzida em qualquer tipo de usina, volumétrica ou
gravimétrica, com capacidade de produção suficiente para execução das camadas asfálticas
no prazo previsto no cronograma físico das obras.

3.2.2 O peso de uma porção no misturador de usina gravimétrica ou a velocidade de


alimentação no misturador de uma usina volumétrica deverá ser tal que permita obter uma
mistura completa homogênea dos materiais. Se houver regiões no misturador em que não
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FL. 07

perceba movimento suficiente do material, durante a operação de mistura, tais regiões


devem ser eliminadas mediante redução do volume de material ou por outros meios de
ajuste.

3.2.3 Ao ser adicionado ao agregado, o Cimento Asfáltico Modificado deve estar entre
135ºC e 177ºC, mas a faixa mais adequada deverá ser determinada em função da relação
Temperatura-Viscosidade e será aquela na qual o CAP apresente viscosidade Saylbolt-Furol
entre 75 e 150 segundos. A temperatura mais conveniente é a que corresponde à
viscosidade 85 ±10 segundos. A temperatura de aquecimento do asfalto polímero é de 150
ºC acrescida de 3 ºC para cada 1% de polímero. A temperatura máxima deve ser de 180 ºC.

3.2.4 O tempo de misturação dos agregados e filer (mistura seca) deverá ser de no mínimo
10 segundos.

3.2.5 O tempo de mistura dos agregados mais filer com o ligante asfáltico (misturação
úmida), que começa a ser contado a partir do término da injeção do ligante a acaba com a
abertura do portão de descarga do misturador, deve ser tal que a mistura produzida seja
homogênea, com os agregados. filer recobertos uniformemente pelo ligante. Em geral, o
referido tempo é de 25 a 40 segundos, variando em função da capacidade do misturador, do
maior ou menor desgaste de suas palhetas, do material asfáltico utilizado e da própria
granulometria dos agregados. A fixação do tempo mínimo da mistura úmida deverá ser feita
pelo Ensaio de Contagem Ross, método ASMT D-2489, adotando-se o valor de 90% para as
granulometrias A e B e 95% para a granulometria C e D.

3.2.6 No caso de usinas volumétricas, o tempo de misturação (seca + úmida) poderá ser
controlado com base na fórmula:

Capacidade do misturador em kg
Tempo Total =
Descarga do misturador em kg/seg
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3.3 Transporte da Mistura.

3.3.1 Os caminhões basculantes para transporte da mistura asfáltica deverão apresentar


suas caçambas basculantes lisas e limpas, feita sua limpeza com a quantidade mínima de
água ensaboada, óleo solúvel ou solução cal, para evitar aderência da mistura à caçamba.
Para essa finalidade não será permitido o emprego de gasolina, querosene, óleo Diesel e
produtos similares.

3.3.2 Todo veículo transportador que, por deficiência de sua sustentação ou qualquer outra
causa, provoque excessiva segregação da mistura ou constantes atrasos nas viagens por
defeitos mecânicos deverá ser retirado do serviço, até que sejam completamente sanados
os defeitos que apresente.

3.3.3 Quando as condições climáticas, associadas à distância de transporte, o exigirem,


todos os carregamentos de mistura deverão ser cobertos com lona impermeável, de modo a
reduzir a perda de calor a evitar a formação de crosta na parte superior da carga
transportada. Não será tolerada redução de temperatura da mistura superior a 100C no seu
transporte entre a usina e o local de aplicação.

3.4 Distribuição, Acabamento e Compactação.

3.4.1 Sobre a base ou sobre revestimentos antigos (recapeamento), depois de feita a


imprimadura cabível, impermeabilizante ou ligante , a mistura será distribuída, com a
acabadora. Deverá a acabadora operar independentemente do veículo que estiver
descarregando. Enquanto
durar a descarga, veículo transportador deverá ficar em contato permanente com a
acabadora, sem que sejam usados freios para manter tal contato.
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3.4.2 A vibro-acabadora deverá deslocar-se dentro do intervalo de velocidade indicado por


seu fabricante, que permita a distribuição da mistura de maneira contínua e uniforme,
reduzindo-se ao mínimo o número e o tempo das paradas.

3.4.3 A temperatura da mistura, no momento da distribuição, não deverá ser inferior a


125ºC.

3.4.4 Quando a capacidade das usinas permitir, poder-se-á operar com 2 vibro-acabadoras,
guardando distância conveniente, de modo a permitir a execução da camada em toda 'a'
largura da pista, evitando, assim, a junta longitudinal.

3.4.5 Quando forem previstas duas camadas, a segunda, sempre que possível, será
executada antes de a primeira receber tráfego, o mais rapidamente possível, o que evitará
inclusive o emprego de nova imprimadura.

3.4.6 O trabalho manual atrás da vibro-acabadora deverá ser reduzido ao mínimo.

3.5 Compactação.

3.5.1 Logo após a distribuição da mistura asfáltica na pista, será iniciada a sua
compactação. A temperatura mais recomendável é aquela em que o CAP apresente
viscosidade Saylbolt-Furol de 140 ± 15 segundos.

3.5.2 A rolagem será iniciada com o rolo de pneus com baixa pressão a qual será
aumentada à medida que a mistura for sendo compactada e, consequentemente,
suportando pressões mais elevadas. O acabamento final da superfície será feito com os
rolos tipo tandem. A compactação nos trechos em tangente será iniciada nas bordas e
prosseguirá para o centro da pista, tomando-se o cuidado de fazer com que os rolos
percorram trajetórias paralelas à linha base (eixo). Essas trajetórias serão distanciadas entre
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FL. 10

si de tal forma que, em cada passada, seja recoberta metade da faixa coberta na passada
imediatamente anterior. Para evitar que os rolos retornem sempre da mesma seção
transversal, as passadas sucessivas de cada um deles terão comprimentos diferentes. Nos
trechos em curva, havendo sobrelevação, a compactação progredirá da borda mais baixa
para a mais alta, com percursos análogos aos descritos para os trechos em tangente. As
passadas serão realizadas sucessivamente em mancha a vante e em marcha à ré, não
sendo permitida a manobra dos rolos sobre a camada que está compactada.

3.5.3 As rodas deverão ser molhadas com quantidade de água apenas suficiente para
evitar a sua adesão ao ligante utilizado na mistura.

3.5.4 A compactação deve prosseguir, sem interrupção, até que se obtenha, na camada o
grau de compactação fixado no projeto.

3.5.5 Não será permitida a correção de defeitos, mediante aplicação de quantidades


adicionais de mistura à camada acabada. As correções, quando necessárias, serão
executadas mediante remoção da parte defeituosa, em toda a espessura da camada, em
área retangular ou quadrada, de lados paralelos e normais ao eixo da pista, abrangendo a
totalidade do defeito, e substituição por mistura fresca, à temperatura adequada de
aplicação, a qual serão compactada até que adquira massa específica aparente igual à do
material adjacente com o qual deverá ficar intimamente ligada de forma que o serviço
acabado não tenha aspecto de remendo.

3.6 Proteção das Camadas.

Durante todo o tempo necessário à execução das camadas previstas no projeto até o seu
recebimento, os materiais e os serviços concluídos ou em execução, deverão ser protegidos
contra a ação destrutiva das águas pluviais, do trânsito e de outros agentes que possam
sujá-los ou danificá-los.
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3.7 Abertura ao Trânsito.

Não será permitido nenhum trânsito sobre qualquer camada concluída, enquanto sua
temperatura for maior que a ambiente.

3.8 Controle Tecnológico.

3.8.1 Controle dos materiais, consistindo na realização de ensaios, segundo os métodos


indicados, nas seguintes quantidades:

a) constatação da existência de faces resultantes de fratura, no caso de agregados obtidos


por britagem de pedregulho:

- sempre que houver mudança de jazida ou do sistema de britagem;

b) constatação da qualidade da rocha, relativamente à:

- durabilidade e abrasão Los Angeles: sempre que houver mudança de jazida ou de


pedreira;

- adesividade: sempre que houver mudança de agregado ou do tipo de material asfáltico;

c) constatarão da qualidade do material asfáltico - em cada entrega do material;

d) constatarão da regularidade de constância na britagem, relativamente à granulometria,


através de dois ensaios para cada dia de britagem e para cada tipo de agregado;

e) granulometria do agregado em cada um dos silos quentes: 1 ensaio por dia;


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f) equivalente de areia do agregado miúdo: 1 ensaio por dia

3.8.2 Controle de mistura em usina, consistindo no seguinte:

a) verificação da secagem dos agregados, mediante determinação de sua umidade após o


secador: 2 determinações por dia;

b) medida da temperatura da mistura de agregados nos silos quentes, do ligante na entrada


do misturador, e da mistura asfáltica na saída do misturador: 4 medidas por dia para cada
item retro discriminado;

c) verificação do completo recobrimento de todos os agregados e filer com o ligante


asfáltico, mediante exame visual da mistura em todas as descargas do misturador,
observando o tempo mínimo de misturarão já referido;

d) verificação da qualidade da mistura asfáltica através de 2 ensaios Marshall, realizados


com no mínimo 3 corpos de prova cada, e determinação dos teores de ligante, método DER
M 144-61, por extração de asfalto dos corpos de prova ensaiados; a variação do teor de
asfalto prefixado pelo projeto não deverá ultrapassar ± 0,3%;

e) verificação da granulometria da mistura dos agregados com utilização dos materiais


resultantes dos corpos de prova referidos em “d”.

3.8.3 Controle do transporte da mistura asfáltica, consistindo na medida de sua temperatura


nos veículos transportadores imediatamente após seu carregamento e no momento da
descarga no local de aplicação, de modo a verificar se a diminuição de temperatura não
ultrapassou a diferença máxima fixada: 2 medidas por dia, para cada veículo, e sempre que
houver mudança sensível da distância ou do tempo de transporte.
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3.8.4 Controle da execução de cada camada, consistindo em:

a) verificação dos piquetes de amarração da locação e de nivelamento, antes do início dos


serviços em cada sub-trecho;

b) verificação da conformação e da espessura da camada, à medida que for sendo


executada;

c) verificação do número de passadas dos rolos compactadores e da pressão dos pneus no


início e fim da rolagem, os quais deverão ser anotados pela Fiscalização;

d) determinação do grau de compactação da mistura considerando a massa específica


aparente, logo após concluída a compactação e a massa específica aparente da mistura de
projeto: 1 ensaio por dia, método DER M 120-60, para cada 500 metros de extensão de faixa
de 3,50 m de largura.

A massa específica aparente da mistura deverá ser determinada com amostras extraídas da
camada acabada com sondas rotativas, tolerando-se, em caso de estradas secundárias, a
determinação feita com amostras obtidas com anéis de aço, de diâmetro aproximadamente
igual a 100 mm e altura 5 mm menor que a espessura da camada acabada, colocados na
camada subjacente antes do início da compactação daquela cuja massa específica aparente
se vai medir;

e) determinação do teor ligante: 2 ensaios de extração de asfalto de amostras colhidas na


pista, logo após o espalhamento da mistura pela vibro-acabadora, em cada jornada de 8
horas de trabalho;

f) determinação da granulometria da mistura dos agregados com os materiais resultantes da


extração de asfalto, nos ensaios referidos no item anterior;
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g) medida da temperatura da mistura asfáltica, no momento do início da compactação;

h) verificação da espessura, por ocasião da extração dos corpos de prova na pista ou


mediante nivelamento do eixo a das bordas, antes e depois do espalhamento e
compactação da mistura asfáltica.

3.9 Condições de Recebimento.

3.9.1 Qualquer camada deverá ter a forma definida pelos alinhamentos perfis, dimensões e
seção transversal tipo, estabelecidos no projeto.
3.9.2 A tolerância para efeito de aceitação ou rejeição da camada executada é de 4. Mm
para mais ou para menos das cotas verticais para elas estabelecidas no projeto. Além do
mais, a espessura no item 3.8.4, alínea h, deverá ser a do projeto com tolerância de mais ou
menos 1 0% para pontos isolados e até 5% de redução de espessura em 1 O medidas
sucessivas.

3.10 Proteção do Meio-Ambiente.

A proteção do meio ambiente na execução de camada de rolamento de Pré-misturado


a quente envolvem os cuidados a seguir descritos:

3.10.1 Obtenção de Agregados.


No decorrer do processo de obtenção de agregados devem ser considerados os
seguintes cuidados principais:

- A brita e a areia somente será aceito após apresentação da licença de operação da


pedreira/areal;
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- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizarn os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;

- Impedir queimadas como forma de desmatamento;

- As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água;

- Construir, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção


do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita,
evitando seu carreamento para cursos d'água;

3.10.2 Ligantes Betuminosos.

Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d'água.

3.10.3 Instalações.

Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente a uma distância inferior a 200 m


(duzentos metros), medidos a partir da base da chaminé, de residências, hospitais,
clínicas, centros de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches,. clubes
esportivos, parques de diversões e outras construções comunitárias.
Definir áreas para as instalações industriais, de maneira tal, que se consiga o mínimo
de agressão ao meio ambiente.
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A Empresa Contratada será responsável pela obtenção da licença ambiental de


instalação / operação, assim como, manter a usina em condições de funcionamento
dentro do prescrito nestas Normas.

3.10.4 Operação.

As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

- estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;


- transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes;
- transporte e estocagem de filer;
- transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e Cimento Asfáltico
Modificado.

3.10.5 Agentes e Fontes Poluídoras.

AGENTE POLUIDOR FONTE POLUIDORAS


- A principal fonte é o secador rotativo.
- Outras fontes são : peneiramento, transferência e
I.Emissão de partículas manuseio de agregados, balança, pilhas de
estocagem e tráfego de veículos e vias de
acesso.
- Combustão do óleo; óxido de enxofre, óxido de
nitrogênio, monóxido de carbono e
II.Emissão de Gases hidrocarbonetos.
- Misturador de asfalto; hidrocarbonetos.
- Aquecimento de Cimento Asfáltico Modificado:
hidrocarbonetos
- Tanques de estocagem de óleo combustível e de
Cimento Asfáltico Modificado: hidrocarbonetos
As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar
III.Emissões Fugitivas livre, carregamento dos silos frios, vias de tráfego,
área de peneiramento, pesagem e mistura.
São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem
Obs:Emissões Fugitivas passar primeiro por alguma chaminé ou duto
projetados para corrigir ao controlar o seu fluxo.
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Para a preservação do meio ambiente na operação, deverão ser adotados os


seguintes procedimentos:
- Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituídos por ciclone e filtro de
mangas ou de equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos na legislações
vigentes;

- Apresentar junto com o projeto para obtenção de licença, resultados de medições


em chaminés, que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto
para atender, aos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental;
- Dotar os silos de estocagem de agregados frios de proteções laterais e cobertura,
para evitar a dispersão das emissões durante a operação de carregamento;

- Enclausurar a correia transportadora de agregados frios;

- Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja feita sem


emissão visível para a atmosfera;

- Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em


operação, para que sejam evitadas emissões de partículas na entrada e saída do
mesmo;

- Dotar o misturador, os silos de agregados quentes e as peneiras classificatórias do


sistema de exaustão ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões
de vapores e partículas para a atmosfera;

- Fechar os silos de estocagem de massa asfática;

- Manter limpas as vias de acesso internos, de tal modo que as emissões


provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20 % de opacidade;
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FL. 18

- Dotar os silos de estocagem de filer de sistema próprio de filtragem à seco;

- Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas


provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó
retido nas margens;

- Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipamentos de


processo;
- Manter as chaminés de instalações adequadas para realização de medições;

- Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou
eletricidade) e os estabelecimentos de barreiras vegetais no local, sempre que
possível.

3.10.6 Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

Deve ser vedada a disposição de refugo de materiais à beira da estrada e em outros


locais onde possam causar prejuízos ambientais.
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FL. 19

4. MEDIÇÃO

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros cúbicos de camada


acabada, cujo volume será calculado multiplicando as extensões obtidas a partir do
estaqueamento pela área da seção transversal de projeto, a qual, por uma vez, será
resultante da multiplicação da largura pela espessura de projeto.

O transporte dos materiais não será medido para fins de pagamento em separado.
Considera-se o custo do transporte incluído no preços unitários da camada acabada.

5. PAGAMENTO

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos ao preço unitário contratual
respectivo, e esse pagamento constituirá única remuneração para todos os materiais, a
mão-de-obra, leis sociais, equipamentos, e outros recursos que tiverem sido utilizados pela
Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.08.01 - Concreto asfáltico usinado a quente c/ DOP, binder graduação A m3


23.08.01.01 - Concreto asfáltico usinado a quente s/ DOP, binder grad. A m3
23.08.02 - Concreto asfáltico usinado a quente c/ DOP, binder graduação B m3
23.08.02.01 - Concreto asfáltico usinado a quente s/ DOP, binder grad. B m3
23.08.03 - Concreto asfáltico usinado a quente c/ DOP, graduação C m3
23.08.03.01 - Concreto asfáltico usinado a quente s/ DOP, graduação C m3

Os cuidados que deverão ser adotados relativos à proteção ambiental não serão
objeto de medição e pagamento; deverão estar incluídos no preço unitário contratual
para as camadas acabadas.
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ANEXO I

FAIXAS GRANULOMÉTRICAS DA MISTURA PARA


PRÉ-MISTURADO MODIFICADO
Peneira de Malha Percentagem Passando, em Peso (faixas)
Quadrada
Tolerância
ABTN Abertura I II III IV V na curva de
mm
projeto (%)
¾” 19,0 - - - - 100
½” 12,5 100 100 100 100 70-100 ±7
3/8” 9,5 80-100 70-100 80-90 70-90 50-80 ±7
nº 4 4,8 20-40 20-40 40-50 15-30 18-30 ±5
nº 10 2,0 12-20 5-20 10-18 10-22 10-22 ±5
nº 40 0,42 8-14 - 6-12 6-13 6-13 ±5
nº 80 0,18 - 2-8 - - - ±3
nº 200 0,075 3-5 0-4 3-6 3-6 3-6 ±2
Ligante polimeri zado 4,0 - 6,0 ± 0,3
solúvel no
tricloroetileno, %

Notas:
1) as porcentagens de asfalto referem-se ao peso total da mistura;
2) para todos os tipos, a fração retida entre duas peneiras não deverá ser inferior a 4% do
total;
3) pelo menos 50% do material passando na peneira n° 200 deverá ser constituído de filer
mineral, no caso de mistura para a camada de rolamento;

4) o diâmetro máximo do agregado deverá ser igual ou inferior a 2/3 (dois terços) da
espessura da camada acabada.
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ANEXO II

a) Deve ser adotado o Ensaio Marshall (DNER-ME 043/94) para verificação das
condições de vazios, resistência à tração e abrasão através do ensaio Cantabro da
mistura asfáltica, segundo os valores seguintes:

PMQ-Modificado
Características
Porcentagem de vazios 18 a 25
Resistência à abrasão – Ensaio 25
Cantabro, máximo (%)
Resistência à tração por compressão 5,5
diametral a 25º C, kgf/cm”, mínimo

b) A energia de compactação será de 75 golpes/face.


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3. PAVIMENTAÇÃO
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Seção 3.19 - Camada de Rolamento de Concreto Asfáltico e Camada Intermediária


("Binder") Asfáltica Usinada a Quente.

Códigos: 23.08.01 - Concreto asfáltico usinado a quente c/ DOP, binder graduação A;


23.08.01.01 - Concreto asfáltico usinado a quente s/ DOP, binder grad. A;
23.08.02 - Concreto asfáltico usinado a quente c/ DOP, binder graduação B;
23.08.02.01 - Concreto asfáltico usinado a quente s/ DOP, binder grad. B;
23.08.03 - Concreto asfáltico usinado a quente c/ DOP, graduação C;
23.08.03.01 - Concreto asfáltico usinado a quente s/ DOP, graduação C.

1. DESCRIÇÃO

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, e mão-de-obra e equipamentos necessários à
execução de rolamento de concreto asfáltico e camada intermediária (binder) asfáltica
usinada a quente, de conformidade com a norma a seguir e detalhes executivos contidos no
projeto.

1.2 Genericamente, o concreto asfáltico é uma mistura homogênea e convenientemente


dosada de agregado mineral graduado de graúdo a fino, material de enchimento (filer
mineral) e asfalto, realizada a quente, em usina apropriada .

1.3 O "binder" é também uma mistura asfáltica usinada e quente de agregado e asfalto,
podendo ou não utilizar o filer na sua composição.

1.4 Eventualmente, quer no concreto asfáltico, quer no "binder", deverá ser usado um
corretor de adesividade. Em ambas as camadas deverá a mistura ser espalhada a quente,
segundo o alinhamento, perfil, seção transversal tipo e dimensões indicadas no projeto.
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FL. 02

2. MATERIAIS

2.1 O agregado graúdo, assim considerado o retido na peneira n° 4 (4,8 mm), será
constituído por pedra britada ou pedregulho (seixo rolado) britado. A porcentagem de
partículas lamelares não deve exceder 15% (quinze por cento) do total do agregado.

2.2 O agregado fino consiste nas partículas que passam na peneira n° 4 (4,8 mm) podendo
ser constituído de areia, pó de pedra ou mistura de ambos, isentos de impurezas, tais como
torrões de argila e matéria orgânica.

2.3 O material de enchimento ou filer deverá constituir-se de partículas finamente divididas e


inertes em relação aos demais componentes da mistura, não plásticas, tais como pó
calcário, cal hidratada, cimento Portland comum, ou outros materiais que venham a ser
aprovados pelo Serviço Técnico da Regional. Deverá ser usado seco e sem grumos e
obedecendo à seguinte granulometria:

PENEIRAS DE MALHAS
QUADRADAS % EM PESO, PASSANDO
(NB R – 5734/80)

0,420 mm nº40 100


0,175 mm nº80 95-100
0,075 mm nº200 65-100

2.4 Os agregados deverão ainda, apresentar as seguintes características físicas e


mecânicas:

a) quando obtidos por britagem de pedregulho, 90% em peso dos fragmentos retidos na
peneira n° 4 (4,8 mm) deverão ter, no mínimo, uma face fragmentada pela britagem;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

b) abrasão Los Angeles < 40% - determinada pelo método DER M 24-611

c) resistência à desintegração (durabilidade) traduzida por perdas inferiores a 20% sob ação
de soluções saturadas de sulfato de sódio; ou 30% no sulfato de magnésio, determinadas
após 5 cicios pelo método DNER ME 89-64;

d) equivalente de areia do agregado fino > 55%, determinado pelo método DNER ME 54-63;

e) adesividade maior que 4, ao material asfáltico que será empregado na obra, determinada
pelo método DER M 149-61, utilizando-se melhoradores de adesividade, se necessário;

f) granulometria, determinada pelo método DER M 15-61

O agregados não devem apresentar excesso de fragmentos lamelares ou alongado, a fim de


não prejudicarem a trabalhabilidade da mistura.

2.5 O material asfáltico poderá ser um dos seguintes:

Cimentos asfálticos de petróleo. tipos CAP-30/45 ou CAP-50/60 (classificação por


penetração) ou CAP-55 ou CAP-20 (classificação por viscosidade) satisfazendo
respectivamente as exigências contidas na EB-78/84 e EB78/86 da ABNT/IBP.

Para trechos com V.D.M. superior a 1.000 veículos comerciais por dia, por faixa, deve-se
preferencialmente utilizar o CAP-30/45 (classificação por penetração) ou CAP-55
(classificação por viscosidade) conforme EB-78/84 e EB-78/86 da ABNT/IBP.

Faculta-se à Fiscalização a escolha do material asfáltico a ser utilizado, entre os


especificados.
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2.6 Granulometria da Mistura de Agregados a Composição da Mistura de Agregados e


Ligante.

Os agregados das camadas intermediárias ("binder"), de rolamento e de regularização


deverão enquadrar-se nas faixas granulométricas indicadas no ANEXO 1. Os teores de
asfalto, de acordo com a faixa granulométrica do agregado, acham-se também nele
indicados.

2.7 Dosagem da Mistura Asfáltica.

A mistura asfáltica deverá ser dosada pelo método Marshall e deverá satisfazer os requisitos
apresentados no ANEXO II.

2.8 Variações Admitidas no caso de Mistura de Concreto Asfáltico.

Uma vez estabelecida a curva granulométrica e fixado o teor de asfalto, de acordo com o
método indicado, não serão admitidas na produção do concreto asfáltico variações
superiores às seguintes:

PENEIRAS DE MALHAS
QUADRADAS % EM PESO, PASSANDO
(NB R – 5734/80)

19 mm (3/4") e 12,5 mm (1/2") ±7%


9,52. mm (3/8") a 4,8 mm (nº. 4) ±5%
2,0 mm (nº. 10) e 0,42. mm (nº. 40) ±4%
0,175 mm (nº.80) ±3%
0,075 mm (nº.200) ±2%
Teor de asfalto ±0,3%
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3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento.

3.1.1 O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma
dentro dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) pá carregadeira para alimentar a usina com agregados;

b) depósito para o material asfáltico, munido de bomba, de modo a permitir que sua
circulação seja contínua e desembaraçada, do depósito ao misturador da usina, durante
todo o período de operação. O depósito deve ser capaz de aquecer e manter o material nas
temperaturas especificadas, o que deverá ser feito por meio de serpentinas a vapor,
eletricidade ou outros meios, de modo a não haver contato de chamas com o interior do
depósito. As tubulações e os acessórios deverão ser dotados de isolamento, a fim de evitar
perdas de calor;

c) usina volumétrica ou gravimétrica, equipada com unidade classificadora de agregados


após o secador, que distribuirá o material classificado para o silos quentes, devendo um
deles receber a parcela que passa na peneira N° 4 (4,8 mm). Deverá possuir coletor de pó
com dispositivo que permitam coletar e devolver uniformemente ao misturador todo ou parte
do material coletado. O misturador será de tipo "pugmill", com duplo eixo conjugado, provido
de palhetas reversíveis e removíveis. Deve, ainda, o misturador possuir dispositivo de
descarga de fundo ajustável e dispositivo para controlar o cicio completo da mistura. Um
termômetro com proteção metálica e escala de 90ºC a 210ºC deverá ser fixado na linha da
alimentação do asfalto, em local adequado, próximo à descarga no misturador. A usina
deverá ser equipada, além disso, com um termômetro de mercúrio, com escala indicadora,
pirômetro elétrico ou outros instrumentos termométricos aprovados, colocados na descarga
dos silos quentes, para registrar a temperatura dos agregados neles armazenados;
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d) veículos para transporte da mistura asfáltica, dotados de caçamba basculante e de lonas


impermeáveis para cobertura durante o transporte entre a usina e o local de aplicação;

e) acabadora autopropelida capaz de espalhar e conformar a mistura ao alinhamento, cotas


e seção transversal do projeto, dotada de parafuso sem fim para boa distribuição da mistura
na largura de uma faixa, marchas para a frente e para trás, além de alisadores e lamina
vibratória para um pré-adensamento da mistura;

f) equipamento para a compactação, constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso .
Os rolos pneumáticos, autopropelidos, devem ser dotados de dispositivos que permitam a
mudança automática, da pressão dos pneus entre 2,5 a 8,5 Kgf/cm² (35 a 125 libras/pol2) .
Equipamento diverso de compactação poderá ser utilizado, desde que previamente
aprovado pelo Serviço Técnico da Regional. A proposta da Empresa Contratada nesse
sentido deverá discriminar os tipos do rolo que pretende utilizar, o esquema de trabalho com
a seqüência de operações desde a rolagem inicial até o acabamento de camada, resultados
comprovados em outros serviços etc.;

g) régua de madeira ou metálica, com arestas vivas e de aproximadamente 3 (três) metros;

h) gabarito de madeira ou metálico, cuja borda inferior tenha forma da seção transversal da
camada estabelecida pelo projeto;

i) soquetes manuais, de qualquer tipo aprovado pela Fiscalização;

j) ferramentas, tais como pás, garfos ancinhos, enxadas, etc.;

k) balança obrigatória com capacidade maior que 30 toneladas instaladas na usina, quando
o volume de massa a ser aplicado seja superior a 5.000 m³.
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Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados, desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.

3.2 Produção da Mistura Asfáltica

3.2.1 A mistura asfáltica deverá ser produzida em qualquer tipo de usina, volumétrica ou
gravimétrica, com capacidade de produção suficiente para execução das camadas asfálticas
no prazo previsto no cronograma físico das obras.

3.2.2 O peso de uma porção no misturador de usina gravimétrica ou a velocidade de


alimentação no misturador de uma usina volumétrica deverá ser tal que permita obter uma
mistura completa homogênea dos materiais. Se houver regiões no misturador em que não
perceba movimento suficiente do material, durante a operação de mistura, tais regiões
devem ser eliminadas mediante redução do volume de material ou por outros meios de
ajuste.

3.2.3 Ao ser adicionado ao agregado, o cimento asfáltico deve estar entre 135ºC e 177ºC,
mas a faixa mais adequada deverá ser determinada em função da relação Temperatura-
Viscosidade e será aquela na qual o CAP apresente viscosidade Saylbolt-Furol entre 75 e
150 segundos. A temperatura mais conveniente é a que corresponde à viscosidade 85 ±10
segundos.

3.2.4 O tempo de misturação dos agregados e filer (mistura seca) deverá ser de no mínimo
10 segundos.

3.2.5 O tempo de mistura dos agregados mais filer com o ligante asfáltico (misturação
úmida), que começa a ser contado a partir do término da injeção do ligante a acaba com a
abertura do portão de descarga do misturador, deve ser tal que a mistura produzida seja
homogênea, com os agregados. filer recobertos uniformemente pelo ligante. Em geral, o
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referido tempo é de 25 a 40 segundos, variando em função da capacidade do misturador, do


maior ou menor desgaste de suas palhetas, do material asfáltico utilizado e da própria
granulometria dos agregados. A fixação do tempo mínimo da mistura úmida deverá ser feita
pelo Ensaio de Contagem Ross, método ASMT D-2489, adotando-se o valor de 90% para as
granulometrias A e B e 95% para a granulometria C e D.

3.2.6 No caso de usinas volumétricas, o tempo de misturação (seca + úmida) poderá ser
controlado com base na fórmula:

Capacidade do misturador em kg
Tempo Total =
Descarga do misturador em kg/seg

3.3 Transporte da Mistura.

3.3.1 Os caminhões basculantes para transporte da mistura asfáltica deverão apresentar


suas caçambas basculantes lisas e limpas, feita sua limpeza com a quantidade mínima de
água ensaboada, óleo solúvel ou solução cal, para evitar aderência da mistura à caçamba.
Para essa finalidade não será permitido o emprego de gasolina, querosene, óleo Diesel e
produtos similares.

3.3.2 Todo veículo transportador que, por deficiência de sua sustentação ou qualquer outra
causa, provoque excessiva segregação da mistura ou constantes atrasos nas viagens por
defeitos mecânicos deverá ser retirado do serviço, até que sejam completamente sanados
os defeitos que apresente.

3.3.3 Quando as condições climáticas, associadas à distância de transporte, o exigirem,


todos os carregamentos de mistura deverão ser cobertos com lona impermeável, de modo a
reduzir a perda de calor a evitar a formação de crosta na parte superior da carga
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transportada. Não será tolerada redução de temperatura da mistura superior a 100C no seu
transporte entre a usina e o local de aplicação.

3.4 Distribuição, Acabamento e Compactação.

3.4.1 Sobre a base ou sobre revestimentos antigos (recapeamento), depois de feita a


imprimadura cabível, impermeabilizante ou ligante, a mistura será distribuída, com a
acabadora. Deverá a acabadora operar independentemente do veículo que estiver
descarregando. Enquanto
durar a descarga, veículo transportador deverá ficar em contato permanente com a
acabadora, sem que sejam usados freios para manter tal contato.

3.4.2 A vibro-acabadora deverá deslocar-se dentro do intervalo de velocidade indicado por


seu fabricante, que permita a distribuição da mistura de maneira contínua e uniforme,
reduzindo-se ao mínimo o número e o tempo das paradas.

3.4.3 A temperatura da mistura, no momento da distribuição, não deverá ser inferior a


125ºC.

3.4.4 Quando a capacidade das usinas permitir, poder-se-á operar com 2 vibro-acabadoras,
guardando distância conveniente, de modo a permitir a execução da camada em toda 'a'
largura da pista, evitando, assim, a junta longitudinal.

3.4.5 Quando forem previstas duas camadas, a segunda, sempre que possível, será
executada antes de a primeira receber tráfego, o mais rapidamente possível, o que evitará
inclusive o emprego de nova imprimadura.
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3.4.6 O trabalho manual atrás da vibro-acabadora deverá ser reduzido ao mínimo.

3.5 Compactação.

3.5.1 Logo após a distribuição da mistura asfáltica na pista, será iniciada a sua
compactação. A temperatura mais recomendável é aquela em que o CAP apresente
viscosidade Saylbolt-Furol de 140 ± 15 segundos.

3.5.2 A rolagem será iniciada com o rolo de pneus com baixa pressão a qual será
aumentada à medida que a mistura for sendo compactada e, consequentemente,
suportando pressões mais elevadas. O acabamento final da superfície será feito com os
rolos tipo tandem. A compactação nos trechos em tangente será iniciada nas bordas e
prosseguirá para o centro da pista, tomando-se o cuidado de fazer com que os rolos
percorram trajetórias paralelas à linha base (eixo). Essas trajetórias serão distanciadas entre
si de tal forma que, em cada passada, seja recoberta metade da faixa coberta na passada
imediatamente anterior. Para evitar que os rolos retornem sempre da mesma seção
transversal, as passadas sucessivas de cada um deles terão comprimentos diferentes. Nos
trechos em curva, havendo sobrelevação, a compactação progredirá da borda mais baixa
para a mais alta, com percursos análogos aos descritos para os trechos em tangente. As
passadas serão realizadas sucessivamente em mancha a vante e em marcha à ré, não
sendo permitida a manobra dos rolos sobre a camada que está compactada.

3.5.3 As rodas deverão ser molhadas com quantidade de água apenas suficiente para
evitar a sua adesão ao ligante utilizado na mistura.

3.5.4 A compactação deve prosseguir, sem interrupção, até que se obtenha, na camada o
grau de compactação fixado no projeto.
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3.5.5 Não será permitida a correção de defeitos, mediante aplicação de quantidades


adicionais de mistura à camada acabada. As correções, quando necessárias, serão
executadas mediante remoção da parte defeituosa, em toda a espessura da camada, em
área retangular ou quadrada, de lados paralelos e normais ao eixo da pista, abrangendo a
totalidade do defeito, e substituição por mistura fresca, à temperatura adequada de
aplicação, a qual serão compactada até que adquira massa específica aparente igual à do
material adjacente com o qual deverá ficar intimamente ligada de forma que o serviço
acabado não tenha aspecto de remendo.

3.6 Proteção das Camadas.

Durante todo o tempo necessário à execução das camadas previstas no projeto até o seu
recebimento , os materiais e os serviços concluídos ou em execução, deverão ser protegidos
contra a ação destrutiva das águas pluviais, do trânsito e de outros agentes que possam
sujá-los ou danificá-los.

3.7 Abertura ao Trânsito.

Não será permitido nenhum trânsito sobre qualquer camada concluída, enquanto sua
temperatura for maior que a ambiente.

3.8 Controle Tecnológico.

3.8.1 Controle dos materiais, consistindo na realização de ensaios, segundo os métodos


indicados, nas seguintes quantidades:

a) constatação da existência de faces resultantes de fratura, no caso de agregados obtidos


por britagem de pedregulho:
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- sempre que houver mudança de jazida ou do sistema de britagem;

b) constatação da qualidade da rocha, relativamente à:

- durabilidade e abrasão Los Angeles: sempre que houver mudança de jazida ou de


pedreira;

- adesividade: sempre que houver mudança de agregado ou do tipo de material asfáltico;

c) constatarão da qualidade do material asfáltico - em cada entrega do material;

d) constatarão da regularidade de constância na britagem, relativamente à granulometria,


através de dois ensaios para cada dia de britagem e para cada tipo de agregado;

e) granulometria do agregado em cada um dos silos quentes: 1 ensaio por dia;

f) equivalente de areia do agregado miúdo: 1 ensaio por dia

3.8.2 Controle de mistura em usina, consistindo no seguinte:

a) verificação da secagem dos agregados, mediante determinação de sua umidade após o


secador: 2 determinações por dia;

b) medida da temperatura da mistura de agregados nos silos quentes, do ligante na entrada


do misturador, e da mistura asfáltica na saída do misturador: 4 medidas por dia para cada
item retro discriminado;
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c) verificação do completo recobrimento de todos os agregados e filer com o ligante


asfáltico, mediante exame visual da mistura em todas as descargas do misturador,
observando o tempo mínimo de misturarão já referido;

d) verificação da qualidade da mistura asfáltica através de 2 ensaios Marshall, realizados


com no mínimo 3 corpos de prova cada, e determinação dos teores de ligante, método DER
M 144-61, por extração de asfalto dos corpos de prova ensaiados; a variação do teor de
asfalto prefixado pelo projeto não deverá ultrapassar ± 0,3%;

e) verificação da granulometria da mistura dos agregados com utilização dos materiais


resultantes dos corpos de prova referidos em “d”.

3.8.3 Controle do transporte da mistura asfáltica, consistindo na medida de sua temperatura


nos veículos transportadores imediatamente após seu carregamento e no momento da
descarga no local de aplicação, de modo a verificar se a diminuição de temperatura não
ultrapassou a diferença máxima fixada: 2 medidas por dia, para cada veículo, e sempre que
houver mudança sensível da distância ou do tempo de transporte.

3.8.4 Controle da execução de cada camada, consistindo em:

a) verificação dos piquetes de amarração da locação e de nivelamento, antes do início dos


serviços em cada sub-trecho;

b) verificação da conformação e da espessura da camada, à medida que for sendo


executada;

c) verificação do número de passadas dos rolos compactadores e da pressão dos pneus no


início e fim da rolagem, os quais deverão ser anotados pela Fiscalização;
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d) determinação do grau de compactação da mistura considerando a massa específica


aparente, logo após concluída a compactação e a massa específica aparente da mistura de
projeto: 1 ensaio por dia, método DER M 120-60, para cada 500 metros de extensão de faixa
de 3,50 m de largura.

A massa específica aparente da mistura deverá ser determinada com amostras extraídas da
camada acabada com sondas rotativas, tolerando-se, em caso de estradas secundárias, a
determinação feita com amostras obtidas com anéis de aço, de diâmetro aproximadamente
igual a 100 mm e altura 5 mm menor que a espessura da camada acabada, colocados na
camada subjacente antes do início da compactação daquela cuja massa específica aparente
se vai medir;

e) determinação do teor ligante: 2 ensaios de extração de asfalto de amostras colhidas na


pista, logo após o espalhamento da mistura pela vibro-acabadora, em cada jornada de 8
horas de trabalho;

f) determinação da granulometria da mistura dos agregados com os materiais resultantes da


extração de asfalto, nos ensaios referidos no item anterior;

g) medida da temperatura da mistura asfáltica, no momento do início da compactação;

h) verificação da espessura, por ocasião da extração dos corpos de prova na pista ou


mediante nivelamento do eixo a das bordas, antes e depois do espalhamento e
compactação da mistura asfáltica.

3.9 Condições de Recebimento.

3.9.1 Qualquer camada deverá ter a forma definida pelos alinhamentos perfis, dimensões e
seção transversal tipo, estabelecidos no projeto.
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3.9.2 A tolerância para efeito de aceitação ou rejeição da camada executada é de 4. Mm


para mais ou para menos das cotas verticais para elas estabelecidas no projeto. Além do
mais, a espessura no item 3.8.4, alínea h, deverá ser a do projeto com tolerância de mais ou
menos 1 0% para pontos isolados e até 5% de redução de espessura em 1 O medidas
sucessivas.

3.10 Proteção do Meio-Ambiente.

A proteção do meio ambiente na execução de camada de rolamento de concreto


betuminoso e camada intermediária (binder) betuminosa usinada a quente envolvem
os cuidados a seguir descritos:

3.10.1 Obtenção de Agregados.


No decorrer do processo de obtenção de agregados devem ser considerados os
seguintes cuidados principais:

- A brita e a areia somente será aceito após apresentação da licença de operação da


pedreira/areal;

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizarn os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;

- Impedir queimadas como forma de desmatamento;


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- As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água;

- Construir, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção


do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita,
evitando seu carreamento para cursos d'água;

3.10.2 Ligantes Betuminosos.

Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d'água.

3.10.3 Instalações.

Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente a uma distância inferior a 200 m


(duzentos metros), medidos a partir da base da chaminé, de residências, hospitais,
clínicas, centros de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches,. clubes
esportivos, parques de diversões e outras construções comunitárias.
Definir áreas para as instalações industriais, de maneira tal, que se consiga o mínimo
de agressão ao meio ambiente.
A Empresa Contratada será responsável pela obtenção da licença ambiental de
instalação / operação, assim como, manter a usina em condições de funcionamento
dentro do prescrito nestas Normas.

3.10.4 Operação.

As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

- estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;


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- transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes;


- transporte e estocagem de filer;
- transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e cimento asfáltico.

3.10.5 Agentes e Fontes Poluídoras.

AGENTE POLUIDOR FONTE POLUIDORAS


- A principal fonte é o secador rotativo.
- Outras fontes são : peneiramento, transferência e
I.Emissão de partículas manuseio de agregados, balança, pilhas de
estocagem e tráfego de veículos e vias de
acesso.
- Combustão do óleo; óxido de enxofre, óxido de
nitrogênio, monóxido de carbono e
II.Emissão de Gases hidrocarbonetos.
- Misturador de asfalto; hidrocarbonetos.
- Aquecimento de cimento asfáltico:
hidrocarbonetos
- Tanques de estocagem de óleo combustível e de
cimento asfáltico: hidrocarbonetos
As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar
III.Emissões Fugitivas livre, carregamento dos silos frios, vias de tráfego,
área de peneiramento, pesagem e mistura.
São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem
Obs:Emissões Fugitivas passar primeiro por alguma chaminé ou duto
projetados para corrigir ao controlar o seu fluxo.

Para a preservação do meio ambiente na operação, deverão ser adotados os


seguintes procedimentos:
- Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituídos por ciclone e filtro de
mangas ou de equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos na legislações
vigentes;

- Apresentar junto com o projeto para obtenção de licença, resultados de medições


em chaminés, que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto
para atender, aos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental;
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- Dotar os silos de estocagem de agregados frios de proteções laterais e cobertura,


para evitar a dispersão das emissões durante a operação de carregamento;

- Enclausurar a correia transportadora de agregados frios;

- Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja feita sem


emissão visível para a atmosfera;

- Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em


operação, para que sejam evitadas emissões de partículas na entrada e saída do
mesmo;

- Dotar o misturador, os silos de agregados quentes e as peneiras classificatórias do


sistema de exaustão ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões
de vapores e partículas para a atmosfera;

- Fechar os silos de estocagem de massa asfática;

- Manter limpas as vias de acesso internos, de tal modo que as emissões


provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20 % de opacidade;

- Dotar os silos de estocagem de filer de sistema próprio de filtragem à seco;

- Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas


provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó
retido nas margens;

- Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipamentos de


processo;
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- Manter as chaminés de instalações adequadas para realização de medições;

- Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou
eletricidade) e os estabelecimentos de barreiras vegetais no local, sempre que
possível.

3.10.6 Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

Deve ser vedada a disposição de refugo de materiais à beira da estrada e em outros


locais onde possam causar prejuízos ambientais.

4. MEDIÇÃO

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros cúbicos de camada


acabada, cujo volume será calculado multiplicando as extensões obtidas a partir do
estaqueamento pela área da seção transversal de projeto, a qual, por uma vez, será
resultante da multiplicação da largura pela espessura de projeto.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 20

O transporte dos materiais não será medido para fins de pagamento em separado.
Considera-se o custo do transporte incluído no preços unitários da camada acabada.

5. PAGAMENTO

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos ao preço unitário contratual
respectivo, e esse pagamento constituirá única remuneração para todos os materiais, a
mão-de-obra, leis sociais, equipamentos, e outros recursos que tiverem sido utilizados pela
Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.08.01 - Concreto asfáltico usinado a quente c/ DOP, binder graduação A m3


23.08.01.01 - Concreto asfáltico usinado a quente s/ DOP, binder grad. A m3
23.08.02 - Concreto asfáltico usinado a quente c/ DOP, binder graduação B m3
23.08.02.01 - Concreto asfáltico usinado a quente s/ DOP, binder grad. B m3
23.08.03 - Concreto asfáltico usinado a quente c/ DOP, graduação C m3
23.08.03.01 - Concreto asfáltico usinado a quente s/ DOP, graduação C m3

Os cuidados que deverão ser adotados relativos à proteção ambiental não serão
objeto de medição e pagamento; deverão estar incluídos no preço unitário contratual
para as camadas acabadas.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 21

ANEXO I

FAIXAS GRANULOMÉTRICAS DA MISTURA PARA


CONCRETO BETUMINOSO E BINDER
PENEIRAS DE MALHAS % EM PESO, PASSANDO
QUADRADAS
A B C D
(NB R – 5734/80)
50 mm (2”) 100 - - -
38 mm (1 ½”) 90-100 100 - -
25 mm (1”) 75-100 90-100 - -
19 mm (3/4”) 60-90 75-100 100 -
12,5 mm (1/2”) - - 85-100 100
9,5 mm (3/8”) 40-65 45-75 - 90-100
4,8 mm nº4 30-50 30-60 50-80 50-80
2,0 mm nº10 20-40 20-45 30-65 30-60
0,42 mm nº40 10-22 10-27 15-40 15-35
0,175 mm nº80 5-13 7-17 10-25 10-25
0,075 mm nº200 2-6 3-8 6-10 6-10
4,5 a 4,5 a
ASFALTOS SOLÚVEL NO CS 2(%) 3,5 a 5 4,0 a 5,5
6,5 7,0
CAMADAS INTERM. INTERM. ROLAM. REGUL.
ESPESSURA COMPACTADA 2,5 a
4,0 a 6,0 Até 2,5
RECOMENDADA (cm) 5,0

Notas:
1) as porcentagens de asfalto referem-se ao peso total da mistura;
2) para todos os tipos, a fração retida entre duas peneiras não deverá ser inferior a 4% do
total;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 22

3) pelo menos 50% do material passando na peneira n° 200 deverá ser constituído de filer
mineral, no caso de mistura para a camada de rolamento;

4) o diâmetro máximo do agregado deverá ser igual ou inferior a 2/3 (dois terços) da
espessura da camada acabada.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 23

ANEXO II

Nº de golpes em cada face do corpo 50 para tráfego 75 Para tráfego


de prova médio pesado
Estabilidade (kg), apenas para
Mínima 500 Mínima 750
camada de rolamento
Fluência (1/100”), apenas para
camada de rolamento 8 a 16
Porcentagem de vazios:
Camada de Rolamento 3% - 5%
Camada Intermediária 4% -10%
Relação Betume - Vazios:
Camada de Rolamento 75% - 85%
Camada Intermediária 60% - 72%
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.20 - Camada de Rolamento de Concreto Asfáltico Poroso, Modificado por


Polímero.

Códigos: 23.08.04 - Concreto asfáltico poroso modificado por polímero;

1. DESCRIÇÃO

1.1 Concreto Betuminoso Usinado a Quente com CAP modificado por polímeros - mistura à
quente executada em usina apropriada, com características específicas composta de
agregado mineral graduado, material de enchimento (filer) e cimento asfáltico de petróleo
modificado por polímero tipo SBS, usinada, espalhada e comprimida a quente;

1.2 Os serviços aos quais se refere a presente seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, e mão-de-obra e equipamentos necessários à
execução de rolamento de concreto asfáltico poroso usinado a quente, modificado por
polímeros, de conformidade com a norma a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.3 Eventualmente, no Concreto Asfáltico Poroso Modificado deverá ser usado um corretor
de adesividade. Em ambas as camadas deverá a mistura ser espalhada a quente, segundo
o alinhamento, perfil, seção transversal tipo e dimensões indicadas no projeto.

2. MATERIAIS

2.1 O agregado graúdo, assim considerado o retido na peneira n° 4 (4,8 mm), será
constituído por pedra britada ou pedregulho (seixo rolado) britado. A porcentagem de
partículas lamelares não deve exceder 15% (quinze por cento) do total do agregado.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 02

2.2 O agregado fino consiste nas partículas que passam na peneira n° 4 (4,8 mm) podendo
ser constituído de areia, pó de pedra ou mistura de ambos, isentos de impurezas, tais como
torrões de argila e matéria orgânica.

2.3 O material de enchimento ou filer deverá constituir-se de partículas finamente divididas e


inertes em relação aos demais componentes da mistura, não plásticas, tais como pó
calcário, cal hidratada, cimento Portland comum, ou outros materiais que venham a ser
aprovados pelo Serviço Técnico da Regional. Deverá ser usado seco e sem grumos e
obedecendo à seguinte granulometria:

PENEIRAS DE MALHAS
QUADRADAS % EM PESO, PASSANDO
(NB R – 5734/80)

0,420 mm nº40 100


0,175 mm nº80 95-100
0,075 mm nº200 65-100

2.4 Os agregados deverão ainda, apresentar as seguintes características físicas e


mecânicas:

a) quando obtidos por britagem de pedregulho, 90% em peso dos fragmentos retidos na
peneira n° 4 (4,8 mm) deverão ter, no mínimo, uma face fragmentada pela britagem;
b) abrasão Los Angeles < 40% - determinada pelo método DER M 24-611

c) resistência à desintegração (durabilidade) traduzida por perdas inferiores a 20% sob ação
de soluções saturadas de sulfato de sódio; ou 30% no sulfato de magnésio, determinadas
após 5 cicios pelo método DNER ME 89-64;

d) equivalente de areia do agregado fino > 55%, determinado pelo método DNER ME 54-63;

e) adesividade maior que 4, ao material asfáltico que será empregado na obra, determinada
pelo método DER M 149-61, utilizando-se melhoradores de adesividade, se necessário;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

f) granulometria, determinada pelo método DER M 15-61

O agregados não devem apresentar excesso de fragmentos lamelares ou alongado, a fim de


não prejudicarem a trabalhabilidade da mistura.

g) O material de enchimento (filler) deverá ser constituído por materiais minerais


finamente divididos, não plásticos, secos e isentos de grumos, tais como cimento Portland,
cal extinta, pó calcário, cinza volante, etc.

2.5 O material asfáltico poderá ser um dos seguintes:

- Cimento asfáltico de petróleo: CAP-30/45, CAP-50/60, CAP-85/100 (classificação por


penetração), CAP-20 e CAP-40 (classificação por viscosidade);

- O cimento asfáltico deverá ser modificado por polímero do tipo SBS e possuir as
seguintes características:

EXIGÊNCIA
CARACTERÍSTICA
Mínima Máxima
Penetração. 100g, 5s, 25°C, 0,1mm 45 90
Ponto de Fulgor, °C 235 -
Ductibilidade, 25°C/25°C 100 -
Densidade Relativa, 25°C/25°C 1,00 1,05
Ponto de amolecimento, °C 60 85
Ponto de Ruptura Fraass, °C -13
Recuperação elástica, 20cm, 25°C, % 85 -
Viscosidade Cinemática, 135°C, Cst 850 -
Viscosidade Cinemática, 155°C, Cst 350 -
Estabilidade ao armazenamento
500ml em estufa a 163°C, 5 dias;

-diferença de ponto de amolecimento, °C 5


-diferença de recuperação elástica, 20cm, 25°C,% 3
Índice de Suscetibilidade Térmica (ISTx10”) 2 5
Efeito do calor e do ar:
-variação de massa, % - 1,0
-percentagem da penetração original 50 -
-variação do ponto de amolecimento, °C - 4
-recuperação elástica, % 80 -
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FL. 04

2.6 Granulometria da Mistura de Agregados a Composição da Mistura de Agregados e


Ligante.

Os agregados das camadas de rolamento com Concreto Asfáltico Poroso deverão


enquadrar-se em uma das faixas granulométricas indicadas no ANEXO I. Os teores de
asfalto modificado, de acordo com a faixa granulométrica do agregado, acham-se também
nele indicados.

2.7 Dosagem da Mistura Asfáltica.

A mistura asfáltica deverá ser dosada pelo método Marshall e deverá satisfazer os requisitos
apresentados no ANEXO II.

2.8 Variações Admitidas no caso de Mistura de Concreto Asfáltico Poroso


Modificado.

Uma vez estabelecida a curva granulométrica e fixado o teor de asfalto, de acordo com o
método indicado, não serão admitidas na produção do Concreto Asfáltico Modificado
variações superiores às estabelecidas no Anexo I.

3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento.

3.1.1 O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma
dentro dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) pá carregadeira para alimentar a usina com agregados;


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 05

b) depósito para o material asfáltico, munido de bomba, de modo a permitir que sua
circulação seja contínua e desembaraçada, do depósito ao misturador da usina, durante
todo o período de operação. O depósito deve ser capaz de aquecer e manter o material nas
temperaturas especificadas, o que deverá ser feito por meio de serpentinas a vapor,
eletricidade ou outros meios, de modo a não haver contato de chamas com o interior do
depósito. As tubulações e os acessórios deverão ser dotados de isolamento, a fim de evitar
perdas de calor;

c) usina volumétrica ou gravimétrica, equipada com unidade classificadora de agregados


após o secador, que distribuirá o material classificado para o silos quentes, devendo um
deles receber a parcela que passa na peneira N° 4 (4,8 mm). Deverá possuir coletor de pó
com dispositivo que permitam coletar e devolver uniformemente ao misturador todo ou parte
do material coletado. O misturador será de tipo "pugmill", com duplo eixo conjugado, provido
de palhetas reversíveis e removíveis. Deve, ainda, o misturador possuir dispositivo de
descarga de fundo ajustável e dispositivo para controlar o cicio completo da mistura. Um
termômetro com proteção metálica e escala de 90ºC a 210ºC deverá ser fixado na linha da
alimentação do asfalto, em local adequado, próximo à descarga no misturador. A usina
deverá ser equipada, além disso, com um termômetro de mercúrio, com escala indicadora,
pirômetro elétrico ou outros instrumentos termométricos aprovados, colocados na descarga
dos silos quentes, para registrar a temperatura dos agregados neles armazenados;
d) veículos para transporte da mistura asfáltica, dotados de caçamba basculante e de lonas
impermeáveis para cobertura durante o transporte entre a usina e o local de aplicação;

e) acabadora autopropelida capaz de espalhar e conformar a mistura ao alinhamento, cotas


e seção transversal do projeto, dotada de parafuso sem fim para boa distribuição da mistura
na largura de uma faixa, marchas para a frente e para trás, além de alisadores e lamina
vibratória para um pré-adensamento da mistura;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 06

f) equipamento para a compactação, constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso .
Os rolos pneumáticos, autopropelidos, devem ser dotados de dispositivos que permitam a
mudança automática, da pressão dos pneus entre 2,5 a 8,5 Kgf/cm² (35 a 125 libras/pol2) .
Equipamento diverso de compactação poderá ser utilizado, desde que previamente
aprovado pelo Serviço Técnico da Regional. A proposta da Empresa Contratada nesse
sentido deverá discriminar os tipos do rolo que pretende utilizar, o esquema de trabalho com
a seqüência de operações desde a rolagem inicial até o acabamento de camada, resultados
comprovados em outros serviços etc.;

g) régua de madeira ou metálica, com arestas vivas e de aproximadamente 3 (três) metros;

h) gabarito de madeira ou metálico, cuja borda inferior tenha forma da seção transversal da
camada estabelecida pelo projeto;

i) soquetes manuais, de qualquer tipo aprovado pela Fiscalização;

j) ferramentas, tais como pás, garfos ancinhos, enxadas, etc.;

k) balança obrigatória com capacidade maior que 30 toneladas instaladas na usina, quando
o volume de massa a ser aplicado seja superior a 5.000 m³.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados, desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.

3.2 Produção da Mistura Asfáltica

3.2.1 A mistura asfáltica deverá ser produzida em qualquer tipo de usina, volumétrica ou
gravimétrica, com capacidade de produção suficiente para execução das camadas asfálticas
no prazo previsto no cronograma físico das obras.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 07

3.2.2 O peso de uma porção no misturador de usina gravimétrica ou a velocidade de


alimentação no misturador de uma usina volumétrica deverá ser tal que permita obter uma
mistura completa homogênea dos materiais. Se houver regiões no misturador em que não
perceba movimento suficiente do material, durante a operação de mistura, tais regiões
devem ser eliminadas mediante redução do volume de material ou por outros meios de
ajuste.

3.2.3 Ao ser adicionado ao agregado, o Cimento Asfáltico Modificado deve estar entre
135ºC e 177ºC, mas a faixa mais adequada deverá ser determinada em função da relação
Temperatura-Viscosidade e será aquela na qual o CAP apresente viscosidade Saylbolt-Furol
entre 75 e 150 segundos. A temperatura mais conveniente é a que corresponde à
viscosidade 85 ±10 segundos. A temperatura de aquecimento do asfalto polímero é de 150
ºC acrescida de 3 ºC para cada 1% de polímero. A temperatura máxima deve ser de 180 ºC.

3.2.4 O tempo de misturação dos agregados e filer (mistura seca) deverá ser de no mínimo
10 segundos.

3.2.5 O tempo de mistura dos agregados mais filer com o ligante asfáltico (misturação
úmida), que começa a ser contado a partir do término da injeção do ligante a acaba com a
abertura do portão de descarga do misturador, deve ser tal que a mistura produzida seja
homogênea, com os agregados. filer recobertos uniformemente pelo ligante. Em geral, o
referido tempo é de 25 a 40 segundos, variando em função da capacidade do misturador, do
maior ou menor desgaste de suas palhetas, do material asfáltico utilizado e da própria
granulometria dos agregados. A fixação do tempo mínimo da mistura úmida deverá ser feita
pelo Ensaio de Contagem Ross, método ASMT D-2489, adotando-se o valor de 90% para as
granulometrias A e B e 95% para a granulometria C e D.

3.2.6 No caso de usinas volumétricas, o tempo de misturação (seca + úmida) poderá ser
controlado com base na fórmula:

Capacidade do misturador em kg
Tempo Total =
Descarga do misturador em kg/seg
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 08

3.3 Transporte da Mistura.

3.3.1 Os caminhões basculantes para transporte da mistura asfáltica deverão apresentar


suas caçambas basculantes lisas e limpas, feita sua limpeza com a quantidade mínima de
água ensaboada, óleo solúvel ou solução cal, para evitar aderência da mistura à caçamba.
Para essa finalidade não será permitido o emprego de gasolina, querosene, óleo Diesel e
produtos similares.

3.3.2 Todo veículo transportador que, por deficiência de sua sustentação ou qualquer outra
causa, provoque excessiva segregação da mistura ou constantes atrasos nas viagens por
defeitos mecânicos deverá ser retirado do serviço, até que sejam completamente sanados
os defeitos que apresente.

3.3.3 Quando as condições climáticas, associadas à distância de transporte, o exigirem,


todos os carregamentos de mistura deverão ser cobertos com lona impermeável, de modo a
reduzir a perda de calor a evitar a formação de crosta na parte superior da carga
transportada. Não será tolerada redução de temperatura da mistura superior a 100C no seu
transporte entre a usina e o local de aplicação.

3.4 Distribuição, Acabamento e Compactação.

3.4.1 Sobre a base ou sobre revestimentos antigos (recapeamento), depois de feita a


imprimadura cabível, impermeabilizante ou ligante, a mistura será distribuída, com a
acabadora. Deverá a acabadora operar independentemente do veículo que estiver
descarregando. Enquanto
durar a descarga, veículo transportador deverá ficar em contato permanente com a
acabadora, sem que sejam usados freios para manter tal contato.
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FL. 09

3.4.2 A vibro-acabadora deverá deslocar-se dentro do intervalo de velocidade indicado por


seu fabricante, que permita a distribuição da mistura de maneira contínua e uniforme,
reduzindo-se ao mínimo o número e o te mpo das paradas.

3.4.3 A temperatura da mistura, no momento da distribuição, não deverá ser inferior a


125ºC.

3.4.4 Quando a capacidade das usinas permitir, poder-se-á operar com 2 vibro-acabadoras,
guardando distância conveniente, de modo a permitir a execução da camada em toda 'a'
largura da pista, evitando, assim, a junta longitudinal.

3.4.5 Quando forem previstas duas camadas, a segunda, sempre que possível, será
executada antes de a primeira receber tráfego, o mais rapidamente possível, o que evitará
inclusive o emprego de nova imprimadura.

3.4.6 O trabalho manual atrás da vibro-acabadora deverá ser reduzido ao mínimo.

3.5 Compactação.

3.5.1 Logo após a distribuição da mistura asfáltica na pista, será iniciada a sua
compactação. A temperatura mais recomendável é aquela em que o CAP apresente
viscosidade Saylbolt-Furol de 140 ± 15 segundos.

3.5.2 A rolagem será iniciada com o rolo de pneus com baixa pressão a qual será
aumentada à medida que a mistura for sendo compactada e, consequentemente,
suportando pressões mais elevadas. O acabamento final da superfície será feito com os
rolos tipo tandem. A compactação nos trechos em tangente será iniciada nas bordas e
prosseguirá para o centro da pista, tomando-se o cuidado de fazer com que os rolos
percorram trajetórias paralelas à linha base (eixo). Essas trajetórias serão distanciadas entre
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FL. 10

si de tal forma que, em cada passada, seja recoberta metade da faixa coberta na passada
imediatamente anterior. Para evitar que os rolos retornem sempre da mesma seção
trans versal, as passadas sucessivas de cada um deles terão comprimentos diferentes. Nos
trechos em curva, havendo sobrelevação, a compactação progredirá da borda mais baixa
para a mais alta, com percursos análogos aos descritos para os trechos em tangente. As
passadas serão realizadas sucessivamente em mancha a vante e em marcha à ré, não
sendo permitida a manobra dos rolos sobre a camada que está compactada.

3.5.3 As rodas deverão ser molhadas com quantidade de água apenas suficiente para
evitar a sua adesão ao ligante utilizado na mistura.

3.5.4 A compactação deve prosseguir, sem interrupção, até que se obtenha, na camada o
grau de compactação fixado no projeto.

3.5.5 Não será permitida a correção de defeitos, mediante aplicação de quantidades


adicionais de mistura à camada acabada. As correções, quando necessárias, serão
executadas mediante remoção da parte defeituosa, em toda a espessura da camada, em
área retangular ou quadrada, de lados paralelos e normais ao eixo da pista, abrangendo a
totalidade do defeito, e substituição por mistura fresca, à temperatura adequada de
aplicação, a qual serão compactada até que adquira massa específica aparente igual à do
material adjacente com o qual deverá ficar intimamente ligada de forma que o serviço
acabado não tenha aspecto de remendo.

3.6 Proteção das Camadas.

Durante todo o tempo necessário à execução das camadas previstas no projeto até o seu
recebimento, os materiais e os serviços concluídos ou em execução, deverão ser protegidos
contra a ação destrutiva das águas pluviais, do trânsito e de outros agentes que possam
sujá-los ou danificá-los.
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FL. 11

3.7 Abertura ao Trânsito.

Não será permitido nenhum trânsito sobre qualquer camada concluída, enquanto sua
temperatura for maior que a ambiente.

3.8 Controle Tecnológico.

3.8.1 Controle dos materiais, consistindo na realização de ensaios, segundo os métodos


indicados, nas seguintes quantidades:

a) constatação da existência de faces resultantes de fratura, no caso de agregados obtidos


por britagem de pedregulho:

- sempre que houver mudança de jazida ou do sistema de britagem;

b) constatação da qualidade da rocha, relativamente à:

- durabilidade e abrasão Los Angeles: sempre que houver mudança de jazida ou de


pedreira;

- adesividade: sempre que houver mudança de agregado ou do tipo de material asfáltico;

c) constatarão da qualidade do material asfáltico - em cada entrega do material;

d) constatarão da regularidade de constância na britagem, relativamente à granulometria,


através de dois ensaios para cada dia de britagem e para cada tipo de agregado;

e) granulometria do agregado em cada um dos silos quentes: 1 ensaio por dia;


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FL. 12

f) equivalente de areia do agregado miúdo: 1 ensaio por dia

3.8.2 Controle de mistura em usina, consistindo no seguinte:

a) verificação da secagem dos agregados, mediante determinação de sua umidade após o


secador: 2 determinações por dia;

b) medida da temperatura da mistura de agregados nos silos quentes, do ligante na entrada


do misturador, e da mistura asfáltica na saída do misturador: 4 medidas por dia para cada
item retro discriminado;

c) verificação do completo recobrimento de todos os agregados e filer com o ligante


asfáltico, mediante exame visual da mistura em todas as descargas do misturador,
observando o tempo mínimo de misturarão já referido;

d) verificação da qualidade da mistura asfáltica através de 2 ensaios Marshall, realizados


com no mínimo 3 corpos de prova cada, e determinação dos teores de ligante, método DER
M 144-61, por extração de asfalto dos corpos de prova ensaiados; a variação do teor de
asfalto prefixado pelo projeto não deverá ultrapassar ± 0,3%;

e) verificação da granulometria da mistura dos agregados com utilização dos materiais


resultantes dos corpos de prova referidos em “d”.

3.8.3 Controle do transporte da mistura asfáltica, consistindo na medida de sua temperatura


nos veículos transportadores imediatamente após seu carregamento e no momento da
descarga no local de aplicação, de modo a verificar se a diminuição de temperatura não
ultrapassou a diferença máxima fixada: 2 medidas por dia, para cada veículo, e sempre que
houver mudança sensível da distância ou do tempo de transporte.
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FL. 13

3.8.4 Controle da execução de cada camada, consistindo em:

a) verificação dos piquetes de amarração da locação e de nivelamento, antes do início dos


serviços em cada sub-trecho;

b) verificação da conformação e da espessura da camada, à medida que for sendo


executada;

c) verificação do número de passadas dos rolos compactadores e da pressão dos pneus no


início e fim da rolagem, os quais deverão ser anotados pela Fiscalização;

d) determinação do grau de compactação da mistura considerando a massa específica


aparente, logo após concluída a compactação e a massa específica aparente da mistura de
projeto: 1 ensaio por dia, método DER M 120-60, para cada 500 metros de extensão de faixa
de 3,50 m de largura.

A massa específica aparente da mistura deverá ser determinada com amostras extraídas da
camada acabada com sondas rotativas, tolerando-se, em caso de estradas secundárias, a
determinação feita com amostras obtidas com anéis de aço, de diâmetro aproximadamente
igual a 100 mm e altura 5 mm menor que a espessura da camada acabada, colocados na
camada subjacente antes do início da compactação daquela cuja massa específica aparente
se vai medir;

e) determinação do teor ligante: 2 ensaios de extração de asfalto de amostras colhidas na


pista, logo após o espalhamento da mistura pela vibro-acabadora, em cada jornada de 8
horas de trabalho;

f) determinação da granulometria da mistura dos agregados com os materiais resultantes da


extração de asfalto, nos ensaios referidos no item anterior;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 14

g) medida da temperatura da mistura asfáltica, no momento do início da compactação;

h) verificação da espessura, por ocasião da extração dos corpos de prova na pista ou


mediante nivelamento do eixo a das bordas, antes e depois do espalhamento e
compactação da mistura asfáltica.

3.9 Condições de Recebimento.

3.9.1 Qualquer camada deverá ter a forma definida pelos alinhamentos perfis, dimensões e
seção transversal tipo, estabelecidos no projeto.
3.9.2 A tolerância para efeito de aceitação ou rejeição da camada executada é de 4. Mm
para mais ou para menos das cotas verticais para elas estabelecidas no projeto. Além do
mais, a espessura no item 3.8.4, alínea h, deverá ser a do projeto com tolerância de mais ou
menos 1 0% para pontos isolados e até 5% de redução de espessura em 1 O medidas
sucessivas.

3.10 Proteção do Meio-Ambiente.

A proteção do meio ambiente na execução de camada de rolamento de concreto


betuminoso usinada a quente envolvem os cuidados a seguir descritos:

3.10.1 Obtenção de Agregados.


No decorrer do processo de obtenção de agregados devem ser considerados os
seguintes cuidados principais:

- A brita e a areia somente será aceito após apresentação da licença de operação da


pedreira/areal;
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FL. 15

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizarn os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;

- Impedir queimadas como forma de desmatamento;

- As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água;

- Construir, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção


do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita,
evitando seu carreamento para cursos d'água;

3.10.2 Ligantes Betuminosos.

Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d'água.

3.10.3 Instalações.

Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente a uma distância inferior a 200 m


(duzentos metros), medidos a partir da base da chaminé, de residências, hospitais,
clínicas, centros de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches,. clubes
esportivos, parques de diversões e outras construções comunitárias.
Definir áreas para as instalações industriais, de maneira tal, que se consiga o mínimo
de agressão ao meio ambiente.
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FL. 16

A Empresa Contratada será responsável pela obtenção da licença ambiental de


instalação / operação, assim como, manter a usina em condições de funcionamento
dentro do prescrito nestas Normas.

3.10.4 Operação.

As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

- estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;


- transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes;
- transporte e estocagem de filer;
- transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e Cimento Asfáltico
Modificado.

3.10.5 Agentes e Fontes Poluídoras.

AGENTE POLUIDOR FONTE POLUIDORAS


- A principal fonte é o secador rotativo.
- Outras fontes são : peneiramento, transferência e
I.Emissão de partículas manuseio de agregados, balança, pilhas de
estocagem e tráfego de veículos e vias de
acesso.
- Combustão do óleo; óxido de enxofre, óxido de
nitrogênio, monóxido de carbono e
II.Emissão de Gases hidrocarbonetos.
- Misturador de asfalto; hidrocarbonetos.
- Aquecimento de Cimento Asfáltico Modificado:
hidrocarbonetos
- Tanques de estocagem de óleo combustível e de
Cimento Asfáltico Modificado: hidrocarbonetos
As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar
III.Emissões Fugitivas livre, carregamento dos silos frios, vias de tráfego,
área de peneiramento, pesagem e mistura.
São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem
Obs:Emissões Fugitivas passar primeiro por alguma chaminé ou duto
projetados para corrigir ao controlar o seu fluxo.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 17

Para a preservação do meio ambiente na operação, deverão ser adotados os


seguintes procedimentos:
- Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituídos por ciclone e filtro de
mangas ou de equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos na legislações
vigentes;

- Apresentar junto com o projeto para obtenção de licença, resultados de medições


em chaminés, que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto
para atender, aos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental;
- Dotar os silos de estocagem de agregados frios de proteções laterais e cobertura,
para evitar a dispersão das emissões durante a operação de carregamento;

- Enclausurar a correia transportadora de agregados frios;

- Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja feita sem


emissão visível para a atmosfera;

- Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em


operação, para que sejam evitadas emissões de partículas na entrada e saída do
mesmo;

- Dotar o misturador, os silos de agregados quentes e as peneiras classificatórias do


sistema de exaustão ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões
de vapores e partículas para a atmosfera;

- Fechar os silos de estocagem de massa asfática;

- Manter limpas as vias de acesso internos, de tal modo que as emissões


provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20 % de opacidade;
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- Dotar os silos de estocagem de filer de sistema próprio de filtragem à seco;

- Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas


provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó
retido nas margens;

- Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipamentos de


processo;
- Manter as chaminés de instalações adequadas para realização de medições;

- Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou
eletricidade) e os estabelecimentos de barreiras vegetais no local, sempre que
possível.

3.10.6 Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

Deve ser vedada a disposição de refugo de materiais à beira da estrada e em outros


locais onde possam causar prejuízos ambientais.
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FL. 19

4. MEDIÇÃO

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros cúbicos de camada


acabada, cujo volume será calculado multiplicando as extensões obtidas a partir do
estaqueamento pela área da seção transversal de projeto, a qual, por uma vez, será
resultante da multiplicação da largura pela espessura de projeto.

O transporte dos materiais não será medido para fins de pagamento em separado.
Considera-se o custo do transporte incluído no preços unitários da camada acabada.

5. PAGAMENTO

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos ao preço unitário contratual
respectivo, e esse pagamento constituirá única remuneração para todos os materiais, a
mão-de-obra, leis sociais, equipamentos, e outros recursos que tiverem sido utilizados pela
Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.08.04 - Concreto asfáltico poroso modificado por polímero m3

Os cuidados que deverão ser adotados relativos à proteção ambiental não serão
objeto de medição e pagamento; deverão estar incluídos no preço unitário contratual
para as camadas acabadas.
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ANEXO I

FAIXAS GRANULOMÉTRICAS DA MISTURA PARA


CONCRETO BETUMINOSO POROSO MODIFICADO
Peneira de Malha Percentagem Passando, em Peso (faixas)
Quadrada
Tolerância
ABTN Abertura I II III IV V na curva de
mm
projeto (%)
¾” 19,0 - - - - 100
½” 12,5 100 100 100 100 70-100 ±7
3/8” 9,5 80-100 70-100 80-90 70-90 50-80 ±7
nº 4 4,8 20-40 20-40 40-50 15-30 18-30 ±5
nº 10 2,0 12-20 5-20 10-18 10-22 10-22 ±5
nº 40 0,42 8-14 - 6-12 6-13 6-13 ±5
nº 80 0,18 - 2-8 - - - ±3
nº 200 0,075 3-5 0-4 3-6 3-6 3-6 ±2
Ligante polimerizado 4,0 - 6,0 ± 0,3
solúvel no
tricloroetileno, %

Notas:
1) as porcentagens de asfalto referem-se ao peso total da mistura;
2) para todos os tipos, a fração retida entre duas peneiras não deverá ser inferior a 4% do
total;
3) pelo menos 50% do material passando na peneira n° 200 deverá ser constituído de filer
mineral, no caso de mistura para a camada de rolamento;

4) o diâmetro máximo do agregado deverá ser igual ou inferior a 2/3 (dois terços) da
espessura da camada acabada.
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ANEXO II

a) Deve ser adotado o Ensaio Marshall (DNER-ME 043/94) para verificação das
condições de vazios, resistência à tração e abrasão através do ensaio Cantabro da
mistura asfáltica, segundo os valores seguintes:

Camada Porosa
Características
de Atrito
Porcentagem de vazios 18 a 25
Resistência à abrasão – Ensaio 25
Cantabro, máximo (%)
Resistência à tração por compressão 5,5
diametral a 25º C, kgf/cm”, mínimo

b) A energia de compactação será de 75 golpes/face.


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Seção 3.21 - Camada de Rolamento de Concreto Asfáltico e Camada Intermediária


("Binder") Asfáltica Usinada a Quente, Modificadas por Polímero.

Códigos: 23.08.05 - Concreto asfáltico usinado a quente modificado por polímero;

1. DESCRIÇÃO

1.1 Concreto Betuminoso Usinado a Quente com CAP modificado por polímeros - mistura à
quente executada em usina apropriada, com características específicas composta de
agregado mineral graduado, material de enchimento (filer) e cimento asfáltico de petróleo
modificado por polímero tipo SBS, usinada, espalhada e comprimida a quente;

1.2 Os serviços aos quais se refere a presente seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, e mão-de-obra e equipamentos necessários à
execução de rolamento de concreto asfáltico e camada intermediária (binder) asfáltica
usinada a quente, modificadas por polímeros, de conformidade com a norma a seguir e
detalhes executivos contidos no projeto.

1.3 O "binder" modificado é também uma mistura asfáltica usinada e quente de agregado e
asfalto modificado, podendo ou não utilizar o filer na sua composição.

1.4 Eventualmente, quer no Concreto Asfáltico Modificado, quer no "binder", deverá ser
usado um corretor de adesividade. Em ambas as camadas deverá a mistura ser espalhada a
quente, segundo o alinhamento, perfil, seção transversal tipo e dimensões indicadas no
projeto.

2. MATERIAIS

2.1 O agregado graúdo, assim considerado o retido na peneira n° 4 (4,8 mm), será
constituído por pedra britada ou pedregulho (seixo rolado) britado. A porcentagem de
partículas lamelares não deve exceder 15% (quinze por cento) do total do agregado.
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FL. 02

2.2 O agregado fino consiste nas partículas que passam na peneira n° 4 (4,8 mm) podendo
ser constituído de areia, pó de pedra ou mistura de ambos, isentos de impurezas, tais como
torrões de argila e matéria orgânica.

2.3 O material de enchimento ou filer deverá constituir-se de partículas finamente divididas e


inertes em relação aos demais componentes da mistura, não plásticas, tais como pó
calcário, cal hidratada, cimento Portland comum, ou outros materiais que venham a ser
aprovados pelo Serviço Técnico da Regional. Deverá ser usado seco e sem grumos e
obedecendo à seguinte granulometria:

PENEIRAS DE MALHAS
QUADRADAS % EM PESO, PASSANDO
(NB R – 5734/80)

0,420 mm nº40 100


0,175 mm nº80 95-100
0,075 mm nº200 65-100

2.4 Os agregados deverão ainda, apresentar as seguintes características físicas e


mecânicas:

a) quando obtidos por britagem de pedregulho, 90% em peso dos fragmentos retidos na
peneira n° 4 (4,8 mm) deverão ter, no mínimo, uma face fragmentada pela britagem;
b) abrasão Los Angeles < 40% - determinada pelo método DER M 24-611

c) resistência à desintegração (durabilidade) traduzida por perdas inferiores a 20% sob ação
de soluções saturadas de sulfato de sódio; ou 30% no sulfato de magnésio, determinadas
após 5 cicios pelo método DNER ME 89-64;

d) equivalente de areia do agregado fino > 55%, determinado pelo método DNER ME 54-63;

e) adesividade maior que 4, ao material asfáltico que será empregado na obra, determinada
pelo método DER M 149-61, utilizando-se melhoradores de adesividade, se necessário;
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f) granulometria, determinada pelo método DER M 15-61

O agregados não devem apresentar excesso de fragmentos lamelares ou alongado, a fim de


não prejudicarem a trabalhabilidade da mistura.

2.5 O material asfáltico poderá ser um dos seguintes:

- Cimento asfáltico de petróleo: CAP-30/45, CAP-50/60, CAP-85/100 (classificação por


penetração), CAP-20 e CAP-40 (classificação por viscosidade);

- O cimento asfáltico deverá ser modificado por polímero do tipo SBS e possuir as
seguintes características:

EXIGÊNCIA
CARACTERÍSTICA
Mínima Máxima
Penetração. 100g, 5s, 25°C, 0,1mm 45 90
Ponto de Fulgor, °C 235 -
Ductibilidade, 25°C/25°C 100 -
Densidade Relativa, 25°C/25°C 1,00 1,05
Ponto de amolecimento, °C 60 85
Ponto de Ruptura Fraass, °C -13
Recuperação elástica, 20cm, 25°C, % 85 -
Viscosidade Cinemática, 135°C, Cst 850 -
Viscosidade Cinemática, 155°C, Cst 350 -
Estabilidade ao armazenamento
500ml em estufa a 163°C, 5 dias;

-diferença de ponto de amolecimento, °C 5


-diferença de recuperação elástica, 20cm, 25°C,% 3
Índice de Suscetibilidade Térmica (ISTx10”) 2 5
Efeito do calor e do ar:
-variação de massa, % - 1,0
-percentagem da penetração original 50 -
-variação do ponto de amolecimento, °C - 4
-recuperação elástica, % 80 -

2.6 Granulometria da Mistura de Agregados a Composição da Mistura de Agregados e


Ligante.

Os agregados das camadas intermediárias ("binder"), de rolamento e de regularização


deverão enquadrar-se nas faixas granulométricas indicadas no ANEXO 1. Os teores de
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FL. 04

asfalto modificado, de acordo com a faixa granulométrica do agregado, acham-se também


nele indicados.

2.7 Dosagem da Mistura Asfáltica.

A mistura asfáltica deverá ser dosada pelo método Marshall e deverá satisfazer os requisitos
apresentados no ANEXO II.

2.8 Variações Admitidas no caso de Mistura de Concreto Asfáltico Modificado.

Uma vez estabelecida a curva granulométrica e fixado o teor de asfalto, de acordo com o
método indicado, não serão admitidas na produção do Concreto Asfáltico Modificado
variações superiores às seguintes:

PENEIRAS DE MALHAS
QUADRADAS % EM PESO, PASSANDO
(NB R – 5734/80)

19 mm (3/4") e 12,5 mm (1/2") ±7%


9,52. mm (3/8") a 4,8 mm (nº. 4) ±5%
2,0 mm (nº. 10) e 0,42. mm (nº. 40) ±4%
0,175 mm (nº.80) ±3%
0,075 mm (nº.200) ±2%
Teor de asfalto ±0,3%

3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento.

3.1.1 O equipamento deverá ser capaz de executar os serviços especificados nesta norma
dentro dos prazos fixados no cronograma contratual, e deverá compreender, no mínimo:

a) pá carregadeira para alimentar a usina com agregados;


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FL. 05

b) depósito para o material asfáltico, munido de bomba, de modo a permitir que sua
circulação seja contínua e desembaraçada, do depósito ao misturador da usina, durante
todo o período de operação. O depósito deve ser capaz de aquecer e manter o material nas
temperaturas especificadas, o que deverá ser feito por meio de serpentinas a vapor,
eletricidade ou outros meios, de modo a não haver contato de chamas com o interior do
depósito. As tubulações e os acessórios deverão ser dotados de isolamento, a fim de evitar
perdas de calor;

c) usina volumétrica ou gravimétrica, equipada com unidade classificadora de agregados


após o secador, que distribuirá o material classificado para o silos quentes, devendo um
deles receber a parcela que passa na peneira N° 4 (4,8 mm). Deverá possuir coletor de pó
com dispositivo que permitam coletar e devolver uniformemente ao misturador todo ou parte
do material coletado. O misturador será de tipo "pugmill", com duplo eixo conjugado, provido
de palhetas reversíveis e removíveis. Deve, ainda, o misturador possuir dispositivo de
descarga de fundo ajustável e dispositivo para controlar o cicio completo da mistura. Um
termômetro com proteção metálica e escala de 90ºC a 210ºC deverá ser fixado na linha da
alimentação do asfalto, em local adequado, próximo à descarga no misturador. A usina
deverá ser equipada, além disso, com um termômetro de mercúrio, com escala indicadora,
pirômetro elétrico ou outros instrumentos termométricos aprovados, colocados na descarga
dos silos quentes, para registrar a temperatura dos agregados neles armazenados;
d) veículos para transporte da mistura asfáltica, dotados de caçamba basculante e de lonas
impermeáveis para cobertura durante o transporte entre a usina e o local de aplicação;

e) acabadora autopropelida capaz de espalhar e conformar a mistura ao alinhamento, cotas


e seção transversal do projeto, dotada de parafuso sem fim para boa distribuição da mistura
na largura de uma faixa, marchas para a frente e para trás, além de alisadores e lamina
vibratória para um pré-adensamento da mistura;
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f) equipamento para a compactação, constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso .
Os rolos pneumáticos, autopropelidos, devem ser dotados de dispositivos que permitam a
mudança automática, da pressão dos pneus entre 2,5 a 8,5 Kgf/cm² (35 a 125 libras/pol2) .
Equipamento diverso de compactação poderá ser utilizado, desde que previamente
aprovado pelo Serviço Técnico da Regional. A proposta da Empresa Contratada nesse
sentido deverá discriminar os tipos do rolo que pretende utilizar, o esquema de trabalho com
a seqüência de operações desde a rolagem inicial até o acabamento de camada, resultados
comprovados em outros serviços etc.;

g) régua de madeira ou metálica, com arestas vivas e de aproximadamente 3 (três) metros;

h) gabarito de madeira ou metálico, cuja borda inferior tenha forma da seção transversal da
camada estabelecida pelo p rojeto;

i) soquetes manuais, de qualquer tipo aprovado pela Fiscalização;

j) ferramentas, tais como pás, garfos ancinhos, enxadas, etc.;

k) balança obrigatória com capacidade maior que 30 toneladas instaladas na usina, quando
o volume de massa a ser aplicado seja superior a 5.000 m³.

Outros equipamentos, a critério da Fiscalização, poderão ser utilizados, desde que


aprovados pelo Serviço Técnico da Regional.

3.2 Produção da Mistura Asfáltica

3.2.1 A mistura asfáltica deverá ser produzida em qualquer tipo de usina, volumétrica ou
gravimétrica, com capacidade de produção suficiente para execução das camadas asfálticas
no prazo previsto no cronograma físico das obras.
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3.2.2 O peso de uma porção no misturador de usina gravimétrica ou a velocidade de


alimentação no misturador de uma usina volumétrica deverá ser tal que permita obter uma
mistura completa homogênea dos materiais. Se houver regiões no misturador em que não
perceba movimento suficiente do material, durante a operação de mistura, tais regiões
devem ser eliminadas mediante redução do volume de material ou por outros meios de
ajuste.

3.2.3 Ao ser adicionado ao agregado, o Cimento Asfáltico Modificado deve estar entre
135ºC e 177ºC, mas a faixa mais adequada deverá ser determinada em função da relação
Temperatura-Viscosidade e será aquela na qual o CAP apresente viscosidade Saylbolt-Furol
entre 75 e 150 segundos. A temperatura mais conveniente é a que corresponde à
viscosidade 85 ±10 segundos. A temperatura de aquecimento do asfalto polímero é de 150
ºC acrescida de 3 ºC para cada 1% de polímero. A temperatura máxima deve ser de 180 ºC.

3.2.4 O tempo de misturação dos agregados e filer (mistura seca) deverá ser de no mínimo
10 segundos.

3.2.5 O tempo de mistura dos agregados mais filer com o ligante asfáltico (misturação
úmida), que começa a ser contado a partir do término da injeção do ligante a acaba com a
abertura do portão de descarga do misturador, deve ser tal que a mistura produzida seja
homogênea, com os agregados. filer recobertos uniformemente pelo ligante. Em geral, o
referido tempo é de 25 a 40 segundos, variando em função da capacidade do misturador, do
maior ou menor desgaste de suas palhetas, do material asfáltico utilizado e da própria
granulometria dos agregados. A fixação do tempo mínimo da mistura úmida deverá ser feita
pelo Ensaio de Contagem Ross, método ASMT D-2489, adotando-se o valor de 90% para as
granulometrias A e B e 95% para a granulometria C e D.

3.2.6 No caso de usinas volumétricas, o tempo de misturação (seca + úmida) poderá ser
controlado com base na fórmula:

Capacidade do misturador em kg
Tempo Total =
Descarga do misturador em kg/seg
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FL. 08

3.3 Transporte da Mistura.

3.3.1 Os caminhões basculantes para transporte da mistura asfáltica deverão apresentar


suas caçambas basculantes lisas e limpas, feita sua limpeza com a quantidade mínima de
água ensaboada, óleo solúvel ou solução cal, para evitar aderência da mistura à caçamba.
Para essa finalidade não será permitido o emprego de gasolina, querosene, óleo Diesel e
produtos similares.

3.3.2 Todo veículo transportador que, por deficiência de sua sustentação ou qualquer outra
causa, provoque excessiva segregação da mistura ou constantes atrasos nas viagens por
defeitos mecânicos deverá ser retirado do serviço, até que sejam completamente sanados
os defeitos que apresente.

3.3.3 Quando as condições climáticas, associadas à distância de transporte, o exigirem,


todos os carregamentos de mistura deverão ser cobertos com lona impermeável, de modo a
reduzir a perda de calor a evitar a formação de crosta na parte superior da carga
transportada. Não será tolerada redução de temperatura da mistura superior a 100C no seu
transporte entre a usina e o local de aplicação.

3.4 Distribuição, Acabamento e Compactação.

3.4.1 Sobre a base ou sobre revestimentos antigos (recapeamento), depois de feita a


imprimadura cabível, impermeabilizante ou ligante, a mistura será distribuída, com a
acabadora. Deverá a acabadora operar independentemente do veículo que estiver
descarregando. Enquanto
durar a descarga, veículo transportador deverá ficar em contato permanente com a
acabadora, sem que sejam usados freios para manter tal contato.
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FL. 09

3.4.2 A vibro-acabadora deverá deslocar-se dentro do intervalo de velocidade indicado por


seu fabricante, que permita a distribuição da mistura de maneira contínua e uniforme,
reduzindo-se ao mínimo o número e o tempo das paradas.

3.4.3 A temperatura da mistura, no momento da distribuição, não deverá ser inferior a


125ºC.

3.4.4 Quando a capacidade das usinas permitir, poder-se-á operar com 2 vibro-acabadoras,
guardando distância conveniente, de modo a permitir a execução da camada em toda 'a'
largura da pista, evitando, assim, a junta longitudinal.

3.4.5 Quando forem previstas duas camadas, a segunda, sempre que possível, será
executada antes de a primeira receber tráfego, o mais rapidamente possível, o que evitará
inclusive o emprego de nova imprimadura.

3.4.6 O trabalho manual atrás da vibro-acabadora deverá ser reduzido ao mínimo.

3.5 Compactação.

3.5.1 Logo após a distribuição da mistura asfáltica na pista, será iniciada a sua
compactação. A temperatura mais recomendável é aquela em que o CAP apresente
viscosidade Saylbolt-Furol de 140 ± 15 segundos.

3.5.2 A rolagem será iniciada com o rolo de pneus com baixa pressão a qual será
aumentada à medida que a mistura for sendo compactada e, consequentemente,
suportando pressões mais elevadas. O acabamento final da superfície será feito com os
rolos tipo tandem. A compactação nos trechos em tangente será iniciada nas bordas e
prosseguirá para o centro da pista, tomando-se o cuidado de fazer com que os rolos
percorram trajetórias paralelas à linha base (eixo). Essas trajetórias serão distanciadas entre
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FL. 10

si de tal forma que, em cada passada, seja recoberta metade da faixa coberta na passada
imediatamente anterior. Para evitar que os rolos retornem sempre da mesma seção
transversal, as passadas sucessivas de cada um deles terão comprimentos diferentes. Nos
trechos em curva, havendo sobrelevação, a compactação progredirá da borda mais baixa
para a mais alta, com percursos análogos aos descritos para os trechos em tangente. As
passadas serão realizadas sucessivamente em mancha a vante e em marcha à ré, não
sendo permitida a manobra dos rolos sobre a camada que está compactada.

3.5.3 As rodas deverão ser molhadas com quantidade de água apenas suficiente para
evitar a sua adesão ao ligante utilizado na mistura.

3.5.4 A compactação deve prosseguir, sem interrupção, até que se obtenha, na camada o
grau de compactação fixado no projeto.

3.5.5 Não será permitida a correção de defeitos, mediante aplicação de quantidades


adicionais de mistura à camada acabada. As correções, quando necessárias, serão
executadas mediante remoção da parte defeituosa, em toda a espessura da camada, em
área retangular ou quadrada, de lados paralelos e normais ao eixo da pista, abrangendo a
totalidade do defeito, e substituição por mistura fresca, à temperatura adequada de
aplicação, a qual serão compactada até que adquira massa específica aparente igual à do
material adjacente com o qual deverá ficar intimamente ligada de forma que o serviço
acabado não tenha aspecto de remendo.

3.6 Proteção das Camadas.

Durante todo o tempo necessário à execução das camadas previstas no projeto até o seu
recebimento, os materiais e os serviços concluídos ou em execução, deverão ser protegidos
contra a ação destrutiva das águas pluviais, do trânsito e de outros agentes que possam
sujá-los ou danificá-los.
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3.7 Abertura ao Trânsito.

Não será permitido nenhum trânsito sobre qualquer camada concluída, enquanto sua
temperatura for maior que a ambiente.

3.8 Controle Tecnológico.

3.8.1 Controle dos materiais, consistindo na realização de ensaios, segundo os métodos


indicados, nas seguintes quantidades:

a) constatação da existência de faces resultantes de fratura, no caso de agregados obtidos


por britagem de pedregulho:

- sempre que houver mudança de jazida ou do sistema de britagem;

b) constatação da qualidade da rocha, relativamente à:

- durabilidade e abrasão Los Angeles: sempre que houver mudança de jazida ou de


pedreira;

- adesividade: sempre que houver mudança de agregado ou do tipo de material asfáltico;

c) constatarão da qualidade do material asfáltico - em cada entrega do material;

d) constatarão da regularidade de constância na britagem, relativamente à granulometria,


através de dois ensaios para cada dia de britagem e para cada tipo de agregado;

e) granulometria do agregado em cada um dos silos quentes: 1 ensaio por dia;


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FL. 12

f) equivalente de areia do agregado miúdo: 1 ensaio por dia

3.8.2 Controle de mistura em usina, consistindo no seguinte:

a) verificação da secagem dos agregados, mediante determinação de sua umidade após o


secador: 2 determinações por dia;

b) medida da temperatura da mistura de agregados nos silos quentes, do ligante na entrada


do misturador, e da mistura asfáltica na saída do misturador: 4 medidas por dia para cada
item retro discriminado;

c) verificação do completo recobrimento de todos os agregados e filer com o ligante


asfáltico, mediante exame visual da mistura em todas as descargas do misturador,
observando o tempo mínimo de misturarão já referido;

d) verificação da qualidade da mistura asfáltica através de 2 ensaios Marshall, realizados


com no mínimo 3 corpos de prova cada, e determinação dos teores de ligante, método DER
M 144-61, por extração de asfalto dos corpos de prova ensaiados; a variação do teor de
asfalto prefixado pelo projeto não deverá ultrapassar ± 0,3%;

e) verificação da granulometria da mistura dos agregados com utilização dos materiais


resultantes dos corpos de prova referidos em “d”.

3.8.3 Controle do transporte da mistura asfáltica, consistindo na medida de sua temperatura


nos veículos transportadores imediatamente após seu carregamento e no momento da
descarga no local de aplicação, de modo a verificar se a diminuição de temperatura não
ultrapassou a diferença máxima fixada: 2 medidas por dia, para cada veículo, e sempre que
houver mudança sensível da distância ou do tempo de transporte.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 13

3.8.4 Controle da execução de cada camada, consistindo em:

a) verificação dos piquetes de amarração da locação e de nivelamento, antes do início dos


serviços em cada sub-trecho;

b) verificação da conformação e da espessura da camada, à medida que for sendo


executada;

c) verificação do número de passadas dos rolos compactadores e da pressão dos pneus no


início e fim da rolagem, os quais deverão ser anotados pela Fiscalização;

d) determinação do grau de compactação da mistura considerando a massa específica


aparente, logo após concluída a compactação e a massa específica aparente da mistura de
projeto: 1 ensaio por dia, método DER M 120-60, para cada 500 metros de extensão de faixa
de 3,50 m de largura.

A massa específica aparente da mistura deverá ser determinada com amostras extraídas da
camada acabada com sondas rotativas, tolerando-se, em caso de estradas secundárias, a
determinação feita com amostras obtidas com anéis de aço, de diâmetro aproximadamente
igual a 100 mm e altura 5 mm menor que a espessura da camada acabada, colocados na
camada subjacente antes do início da compactação daquela cuja massa específica aparente
se vai medir;

e) determinação do teor ligante: 2 ensaios de extração de asfalto de amostras colhidas na


pista, logo após o espalhamento da mistura pela vibro-acabadora, em cada jornada de 8
horas de trabalho;

f) determinação da granulometria da mistura dos agregados com os materiais resultantes da


extração de asfalto, nos ensaios referidos no item anterior;
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FL. 14

g) medida da temperatura da mistura asfáltica, no momento do início da compactação;

h) verificação da espessura, por ocasião da extração dos corpos de prova na pista ou


mediante nivelamento do eixo a das bordas, antes e depois do espalhamento e
compactação da mistura asfáltica.

3.9 Condições de Recebimento.

3.9.1 Qualquer camada deverá ter a forma definida pelos alinhamentos perfis, dimensões e
seção transversal tipo, estabelecidos no projeto.
3.9.2 A tolerância para efeito de aceitação ou rejeição da camada executada é de 4. Mm
para mais ou para menos das cotas verticais para elas estabelecidas no projeto. Além do
mais, a espessura no item 3.8.4, alínea h, deverá ser a do projeto com tolerância de mais ou
menos 1 0% para pontos isolados e até 5% de redução de espessura em 1 O medidas
sucessivas.

3.10 Proteção do Meio-Ambiente.

A proteção do meio ambiente na execução de camada de rolamento de concreto


betuminoso e camada intermediária (binder) betuminosa usinada a quente envolvem
os cuidados a seguir descritos:

3.10.1 Obtenção de Agregados.


No decorrer do processo de obtenção de agregados devem ser considerados os
seguintes cuidados principais:

- A brita e a areia somente será aceito após apresentação da licença de operação da


pedreira/areal;
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FL. 15

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizarn os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;

- Impedir queimadas como forma de desmatamento;

- As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água;

- Construir, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção


do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita,
evitando seu carreamento para cursos d'água;

3.10.2 Ligantes Betuminosos.

Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d'água.

3.10.3 Instalações.

Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente a uma distância inferior a 200 m


(duzentos metros), medidos a partir da base da chaminé, de residências, hospitais,
clínicas, centros de reabilitação, escolas, asilos, orfanatos, creches,. clubes
esportivos, parques de diversões e outras construções comunitárias.
Definir áreas para as instalações industriais, de maneira tal, que se consiga o mínimo
de agressão ao meio ambiente.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 16

A Empresa Contratada será responsável pela obtenção da licença ambiental de


instalação / operação, assim como, manter a usina em condições de funcionamento
dentro do prescrito nestas Normas.

3.10.4 Operação.

As operações em usinas asfálticas a quente englobam:

- estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;


- transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes;
- transporte e estocagem de filer;
- transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e Cimento Asfáltico
Modificado.

3.10.5 Agentes e Fontes Poluídoras.

AGENTE POLUIDOR FONTE POLUIDORAS


- A principal fonte é o secador rotativo.
- Outras fontes são : peneiramento, transferência e
I.Emissão de partículas manuseio de agregados, balança, pilhas de
estocagem e tráfego de veículos e vias de
acesso.
- Combustão do óleo; óxido de enxofre, óxido de
nitrogênio, monóxido de carbono e
II.Emissão de Gases hidrocarbonetos.
- Misturador de asfalto; hidrocarbonetos.
- Aquecimento de Cimento Asfáltico Modificado:
hidrocarbonetos
- Tanques de estocagem de óleo combustível e de
Cimento Asfáltico Modificado: hidrocarbonetos
As principais fontes são pilhas de estocagem ao ar
III.Emissões Fugitivas livre, carregamento dos silos frios, vias de tráfego,
área de peneiramento, pesagem e mistura.
São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem
Obs:Emissões Fugitivas passar primeiro por alguma chaminé ou duto
projetados para corrigir ao controlar o seu fluxo.
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FL. 17

Para a preservação do meio ambiente na operação, deverão ser adotados os


seguintes procedimentos:

- Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituídos por ciclone e filtro de


mangas ou de equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos na legislações
vigentes;

- Apresentar junto com o projeto para obtenção de licença, resultados de medições


em chaminés, que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto
para atender, aos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental;

- Dotar os silos de estocagem de agregados frios de proteções laterais e cobertura,


para evitar a dispersão das emissões durante a operação de carregamento;

- Enclausurar a correia transportadora de agregados frios;

- Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja feita sem


emissão visível para a atmosfera;

- Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em


operação, para que sejam evitadas emissões de partículas na entrada e saída do
mesmo;

- Dotar o misturador, os silos de agregados quentes e as peneiras classificatórias do


sistema de exaustão ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões
de vapores e partículas para a atmosfera;

- Fechar os silos de estocagem de massa asfática;


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FL. 18

- Manter limpas as vias de acesso internos, de tal modo que as emissões


provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20 % de opacidade;

- Dotar os silos de estocagem de filer de sistema próprio de filtragem à seco;

- Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas


provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó
retido nas margens;

- Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipamentos de


processo;

- Manter as chaminés de instalações adequadas para realização de medições;

- Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou
eletricidade) e os estabelecimentos de barreiras vegetais no local, sempre que
possível.

3.10.6 Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 19

Deve ser vedada a disposição de refugo de materiais à beira da estrada e em outros


locais onde possam causar prejuízos ambientais.

4. MEDIÇÃO

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros cúbicos de camada


acabada, cujo volume será calculado multiplicando as extensões obtidas a partir do
estaqueamento pela área da seção transversal de projeto, a qual, por uma vez, será
resultante da multiplicação da largura pela espessura de projeto.

O transporte dos materiais não será medido para fins de pagamento em separado.
Considera-se o custo do transporte incluído no preços unitários da camada acabada.

5. PAGAMENTO

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos ao preço unitário contratual
respectivo, e esse pagamento constituirá única remuneração para todos os materiais, a
mão-de-obra, leis sociais, equipamentos, e outros recursos que tiverem sido utilizados pela
Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.08.05 - Concreto asfáltico usinado a quente modificado por polímero m3

Os cuidados que deverão ser adotados relativos à proteção ambiental não serão
objeto de medição e pagamento; deverão estar incluídos no preço unitário contratual
para as camadas acabadas.
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FL. 20

ANEXO I

FAIXAS GRANULOMÉTRICAS DA MISTURA PARA


CONCRETO BETUMINOSO E BINDER
PENEIRAS DE MALHAS % EM PESO, PASSANDO
QUADRADAS
A B C D
(NB R – 5734/80)
50 mm (2”) 100 - - -
38 mm (1 ½”) 90-100 100 - -
25 mm (1”) 75-100 90-100 - -
19 mm (3/4”) 60-90 75-100 100 -
12,5 mm (1/2”) - - 85-100 100
9,5 mm (3/8”) 40-65 45-75 - 90-100
4,8 mm nº4 30-50 30-60 50-80 50-80
2,0 mm nº10 20-40 20-45 30-65 30-60
0,42 mm nº40 10-22 10-27 15-40 15-35
0,175 mm nº80 5-13 7-17 10-25 10-25
0,075 mm nº200 2-6 3-8 6-10 6-10
4,5 a 4,5 a
ASFALTOS SOLÚVEL NO CS 2(%) 3,5 a 5 4,0 a 5,5
6,5 7,0
CAMADAS INTERM. INTERM. ROLAM. REGUL.
ESPESSURA COMPACTADA 2,5 a
4,0 a 6,0 Até 2,5
RECOMENDADA (cm) 5,0

Notas:
1) as porcentagens de asfalto referem-se ao peso total da mistura;
2) para todos os tipos, a fração retida entre duas peneiras não deverá ser inferior a 4% do
total;
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FL. 21

3) pelo menos 50% do material passando na peneira n° 200 deverá ser constituído de filer
mineral, no caso de mistura para a camada de rolamento;

4) o diâmetro máximo do agregado deverá ser igual ou inferior a 2/3 (dois terços) da
espessura da camada acabada.
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FL. 22

ANEXO II

Nº de golpes em cada face do corpo 50 para tráfego 75 Para tráfego


de prova médio pesado
Estabilidade (kg), apenas para
Mínima 500 Mínima 750
camada de rolamento
Fluência (1/100”), apenas para
camada de rolamento 8 a 16
Porcentagem de vazios:
Camada de Rolamento 3% - 5%
Camada Intermediária 4% -10%
Relação Betume - Vazios:
Camada de Rolamento 75% - 85%
Camada Intermediária 60% - 72%
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.22 – Capa Selante Betuminosa

Códigos: 23.09.01 – Capa Selante Betuminosa Tipo I;


23.09.02 – Capa Selante Betuminosa Tipo II

1. DESCRIÇÃO

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, e mão-de-obra e equipamentos necessários à
execução de capa selante betuminosa, de conformidade com a norma a seguir e detalhes
executivos contidos no projeto.

1.2 A capa selaste betuminosa consiste de uma aplicação de material betuminoso, com ou
sem cobertura de agregado mineral, construída de acordo com esta instrução, obedecendo
aos alinhamentos, perfis, dimensões e seção transversal típica, estabelecidos pelo projeto.

1.3 O tipo de capa selante a ser utilizado será fixado no edital de concorrência.

1.4 As quantidades aproximadas de material betuminoso e agregado de cobertura dos


diversos tipos deverão obedecer ao quadro abaixo:-

MATERIAL TIPO 1 TIPO 2 TIPO 3

Material betuminoso
– 1/m2 0.25 – 0.50 0.50 – 100 0.75 – 1.50

Agregado de
cobertura 1/m2 Nenhum 2.00 – 4.00 3.00 – 5.00
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 02

1.5 As quantidades exatas a serem utilizadas no serviço serão determinadas pela


Fiscalização, dentro dos limites estabelecidos no item 1.4.

2. MATERIAIS

2.1. O agregado de cobertura deve estabelecer as seguintes condições:

2.1.1. Distribuição granulométrica, que satisfaça uma das graduações constantes do quadro
abaixo:

PENEIRAS DE Agregado Agregado para o TIPO 3


MALHAS para o
QUADRADAS. TIPO 2
ABERTURA EM
Graduação A Graduação Graduação C
B
mm Polegadas % que passa

12,7 1/2 - 100 - -


9,52 3/8 100 90-100 100 100
4,76 nº 4 85-100 10-30 60-100 85-100
3,38 nº 8 - 0-8 0-10 0-25
0,297 nº 50 0-20 - - -
0,074 nº 200 0-5 0-2 0-2 0-2

2.1.2. O agregado de cobertura da capa selante betumi nosa tipo 2, deverá ser areia ou
produtos de penetração fixa, isentos de impurezas ou matéria orgânica.

2.1.3. O agregado da cobertura de capa selante betuminosa, de tipo 3, deverá ser pedra ou
pedregulho britado. Deverá ser constituído de partículas limpas, sólidas e duráveis e
apresentar uma Abrasão Los Angeles Inferior a 40%. Quando submetido ao ensaio de
sanidade com cinco ciclos de sulfato de sódio deverá apresentar uma perda de peso inferior
a 12%. Quando for utilizado pedregulho britado, pelo menos 90% por peso das partículas
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

retidas na peneira de 4,76 mm (nº 4) deverá ter, no mínimo, uma face fraturada. O agregado
deverá ser isento de impurezas e matéria orgânica . Quando submetido ao ensaio de
sanidade com cinco ciclos de sulfato de sódio deverá apresentar uma perda de peso inferior
a 12%. Quando for utilizado pedregulho britado, pelo menos 90% por peso das partículas
retidas na peneira de 4,76 mm (nº 4)deverá ter, no mínimo, uma face fraturada. O agregado
deverá ser isento de impurezas, matéria orgânica o quaisquer outros materiais que impeçam
sua total cobertura com material betuminoso. Deverá ser tal natureza que, após ter sido
completamente coberto com material betuminoso permaneça retido após ser submetido ao
ensaio de adesividade. Esta exigência pode ser dispensada caso já se tenham dados
satisfatórios sobre o tipo de agregado a ser utilizado.

2.2. O material betuminoso deverá obedecer às respectivas especificações e poderá ser um


dos seguintes:

2.2.1.Asfaltos diluídos de cura média


(P.EB-651/1973, da ABNT/IBP)

2.2.2. Asfaltos diluídos de cura rápida


(P.EB-652/1973, da ABNT/IBP)

2.2.3. Cimentos asfálticos


(P.EB-78/1970, da ABNT/IBP)

2.3. Serão os seguintes os tipos e as temperaturas (em graus C) de aplicação:-

2.3.1. Asfaltos diluídos de cura média:

CM 250 ................................... 60-105


CM 800 .................................... 60-125
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 04

CM 3000 .................................... 100-145

2.3.2. Asfáltos diluídos de cura rápida:-

CR 250 .................................... 60-105


CM 800 .................................... 60-125
CM 3000 .................................... 100-145

2.3.3. Cimentos asfálticos

CAP 150/200 .................................... 135-177

3. EXECUÇÃO

3.1 Equipamento.
O equipamento a ser utilizado na construção de capas selantes betuminosa é o seguinte:-

a) Veículos para transporte de materiais;


b) Vassouras, de qualquer tipo aprovado pela Fiscalização;
c) Equipamento de aquecimento do material betuminoso, capaz de aquecer o mesmo e
mantê-lo dentro dos limites especificada de temperatura.
d) Termômetros, para controle de temperatura de material betuminoso.
e) Distribuidor de material betuminoso sob pressão, capaz de distribuir o material
betuminoso com jato uniforme, sob forma de leque e nas quantidades e temperaturas
fixadas pela Fiscalização.
f) Compressores de dois rolos em tandem, com peso de 5 a 8t. fixas de aquecimento,
distribuidores de material betuminoso, espalhadores mecânicos de agregado, etc, poderão
ser usados, uma vez que aprovados pela Fiscalização.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 05

3.2 Processo de Construção

Deverá ser seguido o seguinte processo para a construção de capas selantes betuminosas
com o equipamento relacionado no item 3.1.

3.2.1. Trabalhos Preliminares e Condições Atmosféricas


A camada subjacente será preparada pela forma prescrita na respectiva instrução. A
superfície deverá estar seca e livre de todo e qualquer material solto, devendo ser feita, em
caso contrário, a limpeza, antes do início das operações de construção.
Não se executará o serviço da presente instrução em tempo úmido ou quando as condições
atmosféricas reinantes forem desfavoráveis, a critério da Fiscalização.

3.2.2. Execução

a) A execução consistirá em uma distribuição de material betuminoso imediatamente


recoberto, para os Tipos 2 e 3, por agregado esparramado e comprimido.

b) Com o fim de evitar a dupla exposição ao material betuminoso das superfícies adjacente
às juntas de construção, a Fiscalização poderá exigir o emprego de papel ou formas
metálicas para que o excesso não atinja a pista.

c) Imediatamente após a distribuição do material betuminoso, deverá ser feito o esparrame


do agregado da camada, para os Tipos 2 e 3, em quantidades uniformes por m2. Se o
esparrame for acompanhado de trânsito, os veículos deverão passar por fora da superfície
que está sendo trabalhada; no caso de passarem por dentro, suas rodas não poderão ter
contato direto com material betuminoso.

d) Logo após o esparrame do agregado, deve ser iniciada a rolagem pelo compressor citado.
A compressão deverá começar nos lados e progredir longitudinalmente para o centro, de
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 06

modo que os rolos cubram uniformemente, em cada passada, pelo menos metade da
largura do seu rastro da passagem anterior. Nas curvas a rolagem progredirá do lado mais
baixo para o mais alto paralelamente ao eixo da estrada.

e) A rolagem deve ser acompanhada de varredura, onde necessário, para uniformidade do


espalhamento do agregado e prosseguirá até que, a critério da Fiscalização.

f) As operações de varredura e de rolagem devem merecer atenções especiais e somente


deverão cessar quando a Fiscalização assim o determinar.

3.3 Proteção da Obra

Durante todo o período de construção de capas selantes betuminosas, até seu recebimento,
os materiais, os trechos em construção e os serviços prontos deverão ser protegidos contra
os agentes atmosféricos e outros que possam danificá-los.

3.4 Abertura ao tráfego

Nenhum trânsito é permitido diretamente sobre o material betuminoso. Sobre o agregado


somente é permitido o trânsito dos veículos encarregados de distribuição betuminoso ou de
esparrame do agregado.

A entrega final ao trânsito pode ser feita logo após ao término das operações citadas em
3.2.f e à critério da Fiscalização.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 07

3.5. Condições de Recebimento.

A capa selante betuminosa deverá ter a forma definida pelos alinhamentos, perfis,
dimensões e seção transversal típica estabelecidos pelo projeto.

3.6. Proteção do Meio-Ambiente.

A proteção do meio ambiente na execução capa selante betuminosa envolvem os


cuidados a seguir descritos:

3.6.1. Obtenção de Agregados.

No decorrer do processo de obtenção de agregados devem ser considerados os


seguintes cuidados principais:

- A brita e a areia somente será aceito após apresentação da licença de operação da


pedreira/areal;

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizarn os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;

- Impedir queimadas como forma de desmatamento;


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 08

- As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água;

- Construir, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção


do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita,
evitando seu carreamento para cursos d'água;

3.6.2. Ligantes Betuminosos.

Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d'água.

3.6.3. Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

Deve ser vedada a disposição de refugo de materiais à beira da estrada e em outros


locais onde possam causar prejuízos ambientais.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 09

4. MEDIÇÃO

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros quadrados de camada


acabada, cuja área será calculada multiplicando as extensões obtidas a partir do
estaqueamento pela largura da seção transversal de projeto.
O transporte dos materiais não será medido para fins de pagamento em separado.
Considera-se o custo do transporte incluído no preços unitários da camada acabada.

5. PAGAMENTO

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos ao preço unitário contratual
respectivo, e esse pagamento constituirá única remuneração para todos os materiais, a
mão-de-obra, leis sociais, equipamentos, e outros recursos que tiverem sido utilizados pela
Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.09.01 – Capa Selante Betuminosa Tipo I m2


23.09.02 – Capa Selante Betuminosa Tipo II m2

Os cuidados que deverão ser adotados relativos à proteção ambiental não serão
objeto de medição e pagamento; deverão estar incluídos no preço unitário contratual
para as camadas acabadas.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.23 – Fresagem de Pavimento Asfáltico.

Códigos: 23.10.01 – Fresagem de Pavimento;

1. DESCRIÇÃO.

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento dos
equipamentos, corte de material betuminoso, carga, transporte e descarga dos resíduos
resultantes de operação de fresagem do pavimento asfáltico, em conformidade com a norma
a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.2 Fresagem de Pavimentos – compreende o corte por movimento rotativo contínuo de


uma ou mais camadas de pavimento, para sua remoção, seguida ou não de elevação para
carga de caminhões.

2. EQUIPAMENTOS

Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado e estar de
acordo com esta Especificação. Os equipamentos requeridos são os seguintes.

2.1. Equipamento para Remoção do Pavimento

A remoção e carga do pavimento deverá ser feita por Fresadora, que compreende uma
máquina autopropulsada, capaz de cortar camadas do pavimento na profundidade requerida
pelo projeto, por movimento rotativo contínuo de tambor dotado de dentes. Pode ainda
através de tambor para micro fresagem promover o aumento do coeficiente de atrito da pista
e também promover a regulagem da superfície antes da aplicação do micro revestimento
asfáltico.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 02

A Fresadora deverá ter dispositivo de regulagem de espessura da camada do pavimento


que será removida, comando hidrostático e possibilidade de fresar a frio na largura
necessária.

Deverá ainda possuir dispositivo de elevação do material removido na pista para a caçamba
de caminhões.

Os dentes do tambor fresador devem ser cambiáveis e permitir serem extraídos e montados
através de procedimentos simples e práticos.

2.2. Outros Equipamentos

Caminhão tanque, para abastecimento de água do depósito da Fresadora;


Vassoura mecânica propulsada.

3. EXECUÇÃO.

3.1 Operações de Execução

O pavimento asfáltico deverá ser removido por fresagem mecânica do pavimento a frio,
respeitada a espessura de projeto.

Durante a operação de fresagem deverá ser mantida a operação de jateamento de água,


para resfriamento dos dentes da Fresadora.

O material fresado deverá ser imediatamente elevado para carga dos caminhões, e
transportado para o local em que o mesmo será reaproveitado, ou para bota-fora. Se em
consequência da variação da espessura da camada de revestimento a ser removida for
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

encontrada a ocorrência de placas de material do revestimento a profundidade da fresagem


deve ser aumentada para a eliminação desses resíduos de material.

A área fresada será varrida com vassouras propulsadas e que disponham de caixa para
recebimento do material.

3.2 O Controle Compreenderá:

O controle de qualidade será de responsabilidade do executante, estando sujeito a auditoria


por parte da Fiscalização.

A fresagem deverá ser executada dentro dos limites da área demarcada previamente.

A profundidade da fresagem não deverá diferir em mais de 0,3 cm, com relação à
profundidade indicada no projeto.

3.3 Proteção do Meio-Ambiente.

Os cuidados a serem observados visando a preservação do meio ambiente, no decorrer das


operações destinadas à execução da fresagem são:

a) Os cuidados para a preservação ambiental, se referem a disciplina do tráfego e do


estacionamento dos equipamentos;

b) Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal, para
evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;
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DE 00/PAV - 023
3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 04

c) As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizadas de forma que resíduos de lubrificantes e/ou
combustíveis não sejam levados até cursos d’água;

d) Caso o material fresado não venha a ser utilizado na execução de novos serviços e venha
a ser estocado, o terreno do estoque deve ser nivelado a fim de permitir a drenagem
conveniente da área e a retirada do material fresado quando necessário.

4. MEDIÇÃO.

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros quadrados de fresagem


asfáltica, na espessura de projeto ou combinação de espessuras.

5. PAGAMENTO.

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos aos preços unitários
contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os
materiais, a mão-de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos utilizados em sua
execução pela Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.10.01 – Fresagem de Pavimento m2


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.24 – Pavimento Rígido de Concreto

Códigos: 23.11.01 – Pavimento de Concreto pobre Rolado;


23.11.02 – Pavimento de Concreto Aplicação Manual;
23.11.03 – Pavimento de Concreto Aplicação Mecânica;
23.11.04 – Pavimento de Concreto com Forma Deslizante;

1. DESCRIÇÃO.

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, compreendendo os agregados, água, aglomerante
hidráulico e, eventualmente, aditivos e fibras, e de mão-de-obra e equipamentos necessários
à execução de Pavimentos Rígidos de concreto de Cimento Portland especificados, de
conformidade com a norma a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.2 Pavimentos Rígidos são pavimentos executados em placas de concreto de cimento


Portland, espessas, delgadas ou ultradelgadas, parcial ou totalmente aderidas à sub-base
ou à tabuleiros de O.A.E’s, dotadas ou não de armadura distribuída descontinua.

1.3 As placas terão juntas longitudinais e transversais, dotadas ou não de barras de ligação
e/ou transferência, conforme indicadas no projeto.

1.4 O pavimento rígido de concreto de cimento Portland poderá ser executado com
equipamento manual (pequeno porte), mecanizado (fôrmas-trilho) ou com o uso de formas
deslizantes.

1.5 O Concreto Pobre Rolado é um concreto de baixa trabalhabilidade, que permite


compactação por rolos compressores ou equipamento semelhante, e que contém um teor de
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.25 – Blocos Intertravados de Concreto.

Códigos: 23.12.01 –Blocos Intertravados (e=6cm);


23.12.02 –Blocos Intertravados (e=8cm);
23.12.03 –Blocos Intertravados (e=10cm);

1. DESCRIÇÃO.

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, compreendendo os agregados, blocos de concreto e
materiais adicionais, eventualmente, e de mão-de-obra e equipamentos necessários à
execução dos Pavimentos de Blocos Intertravados de Concreto, especificados, de
conformidade com a norma a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.2 Os pavimentos articulados de concreto, tipo “Blokret” ou similar, são constituído por
lajotas ou blocos de concreto de cimento Portland articulados entre si e assentados sobre
um por um lastro de pó de pedra ou areia lavada executadas sobre a brita graduada tratada
com cimento, de acordo com os alinhamentos, dimensões e seção transversal estabelecidos
pelo projeto.

2. MATERIAIS

Os materiais que entram na composição dos blocos ou lajotas de concreto devem satisfazer
as condições descritas nas Normas Específicas para Estruturas de Concreto.

A areia lavada ou o pó de pedra a serem utilizados no lastro devem estar livres de torrões de
argila ou matéria orgânica ou outras substâncias nocivas. Suas partículas deverão ser
resistentes.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 02

2.1. Fabricação dos Blocos

Os blocos ou lajotas de concreto deverão ser fabricados por processos que assegurem:

a) Obtenção de um concreto suficientemente homogêneo e compacto, de modo a atender as


exigências desta especificação; devem ser manipulados com as devidas precauções para
não terem as suas qualidades prejudicadas;

b) Ausência de trincas, fraturas ou outros defeitos que possam prejudicar o seu


assentamento, ou afetar a resistência e durabilidade do pavimento.

2.2. Amostragem

O recebimento de cada lote será feito, a critério da Fiscalização, na fábrica ou no local de


entrega, a qual verificará se os blocos satisfazem as condições especificadas. para fins de
ensaio de laboratório serão coletados blocos inteiros de tamanho normal, fornecidos
gratuitamente, que constituam amostra representativa de todo o lote, do qual foram
retirados. Para fornecimento até 10.000 blocos a amostra será de 10 blocos; para
fornecimentos maiores, de cada lote de 100.000 blocos ou fração, serão retirados no
mínimo 20 blocos.

2.3. Ensaios

As amostras deverão ser ensaiadas de acordo com o método para ensaio de avaliação de
resistência de concretos com auxilio do esclerômetro de recuo e ensaio de absorção a frio.

Os ensaios poderão ser executados no próprio canteiro de fabricação, se este estiver


devidamente aparelhado. Os ensaios realizados com os blocos de amostragem deverão
apresentar:
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

a) Resistência à compressão, aos 28 dias de idade, de 25,0 MPa, em média, e 22,0 MPa, no
mínimo;

b) Absorção em ensaios a frio, menor ou igual a 5%, resultante de verificação média com
dois corpos de prova.

2.4. Forma e Dimensões

Os blocos de concreto deverão satisfazer às seguintes condições:

a) Possuir dispositivos eficazes de transmissão de carga de um bloco a outro;

b) Não possuir ângulos agudos e reentrantes entre os dois lados;

c) Quanto à forma em planta não deverão apresentar dimensões superiores a 45 cm, em


duas direções ortogonais, sendo de mais ou menos 5 mm a tolerância nesta medida;

d) Não serão toleradas variações superiores a 5 mm para menos nas espessuras


especificadas em projeto;

e) Quanto ao desempeno das faces, não serão toleradas variações superiores a 3 mm,
medidas com auxilio de régua apoiada sobre o bloco.

3. EXECUÇÃO

3.1. Equipamentos

- Caminhões basculantes;
- Rolos vibratórios de pequeno porte;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 04

- Placas vibratórias;
- Ferramentas manuais diversas.

3.2 Assentamento

As operações de assentamento dos blocos ou lajotas de concreto serão iniciadas após a


conclusão dos serviços de drenagem e liberação da camada subjacente.

Sobre a sub-base concluída será lançada uma camada de material granular inerte, areia ou
pó de pedra, com diâmetro máximo de 4,8 mm e com espessura uniforme de 5 cm, na qual
serão assentados os blocos de concreto.

O assentamento será iniciado com uma fileira de blocos, dispostos na direção da menor
dimensão da área de pavimentar, a qual servirá como guia para melhor disposição das
peças.

O arremate com alinhamentos existentes ou com superfícies verticais será feito com auxílio
de peças pré- moldadas, ou cortadas em forma de ¼, ½ ou ¾ de bloco.

O enchimento das juntas será feito com areia, ou outro material granular inerte, vibrando-se
a superfície com placas ou pequenos rolos vibratórios.

Após a vibração, serão feitos os acertos necessários e a complementação do material


granular do enchimento até ¾ da espessura dos blocos.

As juntas assim preparadas serão seladas com material apropriado que deverá ser
suficientemente adesivos ao concreto, impermeável à água, dúctil, não devendo fluir em dias
mais quentes ou tornar-se quebradiços nos dias mais frios. Poderão ser aplicadas misturas
de materiais betuminosos com materiais inertes insolúveis em derivados de petróleo, desde
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 05

que satisfaçam, a estas condições em locais de estacionamento em que possam ocorrer


pingamento de óleo ou gasolina, deverá ser usado alcatrão.

A abertura das juntas deverá estar compreendida entre 5 a 10 mm, salvo nos arremates, a
critério da Fiscalização.

Não serão tolerados desníveis superiores a 5 mm, entre blocos adjacentes.

3.3. Proteção ao Meio Ambiente

Os cuidados para a preservação ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e do


estacionamento dos equipamentos:

a) Proibir o tráfego desordenado dos equipamento fora do corpo estradal, para evitar danos
desnecessário à vegetação e interferências na drenagem natural;

b) As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizadas de forma que, resíduos de lubrificantes e/o u
combustíveis, não sejam levados até cursos d’água.

3.4 Controle de Qualidade

O controle de qualidade será de responsabilidade do executante, estando sujeito a auditoria


por parte da Fiscalização.

3.4.1. Controle de Materiais

A qualidade dos blocos de concreto e do material de lastro será verificada segundo


preconizado no item 2. Materiais.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 06

3.4.2. Controle Geométrico

Após a execução do pavimento articulado, proceder a relocação e ao nivelamento do


eixo e dos bordos , permitindo-se as seguintes tolerâncias:

a) ± 10 cm, quanto à largura da plataforma;

b) até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando redução.

4. MEDIÇÃO.

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros quadrados de pavimento


articulado, em função da espessura adotada em projeto.

5. PAGAMENTO.

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos aos preços unitários
contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os
materiais, a mão-de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos utilizados em sua
execução pela Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

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23.12.01 – Pavimento Intertravado (e=6cm) m2


23.12.02 – Pavimento Intertravado (e=8cm) m2
23.12.03 – Pavimento Intertravado (e= 10cm) m2
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 02

cimento muito menor do que o usual em concretos normalmente empregados na


pavimentação.

2. MATERIAIS.

2.1. Cimento Portland

Esta Especificação considera como tipos de cimento Portland adequados à pavimentação de


concreto, o cimento Portland composto CPII-E ou F (ABNT NBR 11578), o cimento Portland
de alta resistência inicial (ABNT NBR 5733) e o cimento Portland de alto forno CPIII (ABNT
NBR 5735).

Outros tipos de cimento Portland somente podem ser empregados (desde que devidamente
comprovada a sua adequação à obra em questão) se aprovados pela Fiscalização.

No recebimento do cimento Portland a granel devem ser rigorosamente controlados os


documentos de entrega, dos quais constarão as características do cimento, conforme
indicado na especificação brasileira a ele correspondente.

Lotes recebidos em épocas diversas devem ser estocados separadamente e identificados


através de registros entrada e saída, sendo consumidos na ordem cronológica de
recebimento.

O armazenamento do cimento em sacos deve ser feito em pilhas, colocadas em locais a


prova de chuva, umidade e outros agentes nocivos a sua qualidade, sobre assoalhos ou
estrados, contendo, no máximo, dez sacos cada uma; a embalagem original deve ser
conservada até o momento da utilização do conteúdo, proibindo-se o reaproveitamento de
derrames ou de sacos rasgados.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

2.2. Agregados

Os agregados miúdo e graúdo devem atender as exigências da ABNT NBR 7211.

A dimensão máxima característica do agregado não deve exceder 1/4 da espessura da


placa de concreto, limitado a 50 mm.

O desgaste Los Angeles deve ser igual ou inferior a 40% (DER-M 24/61). Entretanto,
poderão ser admitidos valores de desgaste maiores no caso de desempenho satisfatório em
utilização anterior;

Os agregados dos tipos e procedências diferentes devidamente identificados devem ser


depositados em plataformas separadas, onde não haja possibilidade de se misturarem com
outros agregados ou com materiais estranhos que venham prejudicar a sua qualidade. A
estocagem deve ser efetuada em camadas, somente permitindo-se a formação de pilhas
cônicas quando o sistema de descarga evitar a queda livre.

Independentemente do processo de estocagem, este não deve produzir alterações no


agregado, quanto às características dele exigidas nas especificações.

2.3. Água

A água destinada ao amassamento do concreto deve ser isenta de teores prejudiciais de


substâncias estranhas. Presumem-se satisfatórias as águas potáveis e as que tenham PH
entre 5,0 e 8,0 e respeitem os seguintes limites máximos:

a) matéria orgânica;- (expressa em oxigênio consumido) ..........................3 mg/l

b) resíduo sólido ..........................................................................................3.000 mg/l


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FL. 04

c) sulfatos (expresso em íons SO4) .......................................................300 mg/l

d) cloretos (expresso em ións Cl) ...........................................................500 mg/l

e) açúcar..........................................................................................................5 mg/l

Em casos especiais, a critério da Fiscalização, devem ser consideradas outras substâncias


prejudiciais. Os limites fixados nas alíneas a) e e) incluem as substâncias trazidas ao
concreto pelos agregados.

Nos casos duvidosos, para verificar se a água em apreço é prejudicial, devem ser feitos
ensaios comparativos de pega e resistência a compressão da argamassa, em igualdade de
condições de moldagem, cura e ensaio, com água reconhecidamente satisfatória e com a
água suspeita, que servem de base à Fiscalização para aceitá-la ou recusá-la.

2.4. Aço

As barras deverão ser de classe A e B, para as respectivas categorias, deverão atender as


exigências da ABNT NBR 7480.

O aço para as barras deverá ser da categoria indicada no projeto.

As telas deverão ser soldadas e de acordo com a ABNT NBR 7481, com dimensões
estabelecidas em projeto.

2.5. Material para Selagem (enchimento) de Juntas

O material selante para juntas deve ser suficientemente aderente ao concreto, resistente à
infiltração de água e à penetração de sólidos, durável e de manuseio não prejudicial à saúde
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FL. 05

do operador, devendo conservar estas propriedades em todas as condições ambientais e de


tráfego. O selante deverá resistir, ainda, à ação solvente dos derivados de petróleo.

Quanto à natureza e ao tipo de aplicação, o material selante pode ser moldado à quente,
moldado a frio ou pré-moldado, de produção industrial, a ser estabelecido em projeto e
previamente aprovado pela Fiscalização.

Os selantes moldados a quente devem ser mastiques elásticos, compostos de associação


entre um líquido viscoso (por exemplo, emulsões, óleos não secativos, asfaltos de baixa
penetração) e um fíler (fibras de amianto, cimento Portland, cal apagada, areia fina, ou
equivalente).

Os selantes moldados à frio serão produtos industriais mono ou, no máximo,


bicomponentes, aplicáveis à temperatura ambiente, à base de resinas epóxicas,
polissulfetos orgânicos, uretanos, silicones ou polimercaptanos.

Os selantes pré-moldados devem ser, de preferência, poliuretanos, polietilenos,


poliestirenos, cortiças ou borrachas sintéticas.

2.6. Material para Cura

O material empregado na cura do concreto será água. Alternativamente e a critério da


Fiscalização, poderão ser empregados tecidos e juta cânhamo ou algodão, lençol plástico,
lenço de papel betumado ou alcatroado e compostos químicos líquidos capazes de formar
película plástica.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 06

1. Cura Inicial

Nesta fase (executada imediatamente após o acabamento do concreto), deve ser utilizada
cura química como produto apropriado, gerador de película plástica, ou tecido de juta
molhado.

Os compostos químicos líquidos deverão ter pigmentação branca ou clara e obedecer aos
requisitos da ASTM C-309. Os tecidos deverão ser limpos, absorventes sem furos ou
rasgões, e, quando secos, pesar um mínimo de 200 g/m².

2. Cura Final ou Complementar

Imediatamente após o final da pega do cimento do concreto, proteger a superfície com


panos umedecidos e aplicar cura úmida durante 7 dias. Alternativamente poderá ser
empregada uma camada de areia de pelo menos 5,0 cm de espessura, saturada por
irrigação por todo o período. A água deve ser limpa e atender ao disposto no item referente
a água para concreto.

As faces das placas ao serem expostas pela remoção das formas deverão ser
imediatamente protegidas por meio que lhes proporcione condições de cura análogas as da
espécie do pavimento.

2.7. Aditivos

Visando a obtenção de concretos, com mínimo consumo de água, maior trabalhabilidade,


menor retração hidráulica e maior impermeabilidade, poderão ser empregados, a critério da
Fiscalização , aditivos plastificantes e retardadores de pega.

Não deverão ser usados aditivos contendo cloreto de cálcio.


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 07

Os aditivos deverão ser fornecidos de preferência na forma líquida

Os aditivos deverão atender às exigências da ABNT NBR 11768.

A eficiência do desempenho de aditivos deverá ser previamente comprovada em ensaios


comparativos de pasta, argamassas e concretos preparados com os mesmos materiais
empregados na obra, com e sem o uso dos aditivos, seguindo-se as exigências
estabelecidas pela ABNT NBR 12317.

2.8. Filme Plástico

O lençol ou filme plástico deve ser flexível, liso e ter espessura mínima de 0,2 mm, conforme
ABNT NBR 7583/86.

2.9. Composição da Mistura

1. Pavimento de Concreto

O concreto será dosado por método racional, de modo a obter-se, com os materiais
disponíveis, uma mistura fresca, de trabalhabilidade adequada ao processo construtivo
empregado, e um produto endurecido compacto, de baixa permeabilidade e que satisfaça as
condições de resistências impostas pela especificação, que deve acompanhar o projeto de
pavimento. A resistência característica à compressão do concreto (fck) será de 30 MPa e a
de resistência à tração na flexão (fctmk) de 4,5 MPa, determinadas pelo ensaio de corpos de
prova conforme os procedimentos nas ABNT NBR 5738, ABNT NBR 5739 e ABNT NBR
12142. A consistência determinada pelo ensaio de abatimento do tronco de cone, segundo a
ABNT NBR 7223, será de no máximo 2 cm. O consumo mínimo de cimento será de 350 kg
de cimento por metro cúbico de concreto e o fator água/cimento máximo será de 0,45.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 08

2. Pavimento de Concreto Pobre Rolado

O traço (relação cimento: agregado), em peso, deverá ser fixado, através de dosagem, entre
os limites de 1:12 – 1:24, de modo a obter-se uma resistência característica à compressão
simples, aos 7 dias, superior a 4,0 MPa.

3. EXECUÇÃO.

3.1. Equipamento para Execução do Pavimento de Concreto

1. Equipamentos Gerais

− fôrmas metálicas, para contenção de concreto fresco e. ao mesmo tempo, servir como
guias para a movimentação das unidades de distribuição e adensamento do concreto,
montadas sobre rodas;
− distribuidora de concreto, regulável e com tração própria, podendo ser constituída de
uma caçamba distribuidora de concreto na direção transversal à faixa de concretagem,
ou de um cabeçote distribuidor que trabalha sobre um travessão metálico, também
transversal à faixa de concretagem;
− bateria de vibradores de imersão, alinhados transversalmente à direção longitudinal da
faixa de concretagem;
− eixo rotor frontal;
− vibro-acabadora de bitola ajustável;
− régua alisadora ou acabadora, diagonal ou não, tubular ou oscilante, de bitola ajustável;
− serra de disco diamantado, de deslocamento manual ou mecânico, que proporcione ao
disco uma velocidade tangencial próxima de 50 m/s.

O concreto deverá ser confeccionado em usinas centrais instaladas na obra, admitindo-se o


uso de betoneiras de grande porte e o emprego de concreto pré-misturado fora da obra.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 09

Em qualque r caso, os dispositivos para medição das quantidades de materiais deverão


conduzir aos erros máximos de 2% para o cimento e os agregados e 1,5% para água, sendo
aferidos constantemente.

2. Equipamento para Transporte do Concreto

O concreto deverá ser transportado do local de mistura até o local de descarga por
processos previamente aprovados pela Fiscalização, que permitam manter a
homogeneidade do concreto sem segregações e evaporações prejudiciais.

O sistema de descarga deverá ser compatível com o equipamento de distribuição do


concreto.

O meio de transporte mais conveniente para o concreto é o caminhão basculante do tipo


“dumpcrete”, cujo formato e as chicanas internas de que dispõe conservam-no homogêneo,
sem que se dê a segregação dos materiais.

3. Equipamento para Espalhamento, Adensamento e Acabamento do Concreto

Será composto das seguintes unidades: distribuidora de concreto, rotor frontal, vibro-
acabadora, e, opcionalmente, acabadora diagonal, máquina aspersora para cura e serra de
disco diamantado.

O número de unidades deverá ser dimensionado de modo a permitir um fluxo de operação


constante e compatível com a produção do concreto e o cronograma da obra.

A unidade vibratória acabadora deverá alcançar, no mínimo, 3.500 vibrações por minuto.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 10

As fôrmas laterais de concretagem, que servem também de apoio e guia ao equipamento


espalhador e de acabamento, deverão ser metálicas e suficientemente rígidas, de modo a
suportar, sem deformação apreciável, as solicitações do serviço. Fôrmas mistas de madeira
e metal só poderão ser empregadas mediante o consentimento da Fiscalização.

A superfície que se apoia sobre o terreno terá no mínimo 20 cm de largura, nas fôrmas de
metal de até 20 cm de altura, e largura no mínimo igual à altura, no caso de fôrmas mais
altas.

As fôrmas devem possuir, a intervalos máximos de 1,00 m dispositivos que garantam sua
perfeita fixação a estrutura e posterior remoção, sem prejuízo para o pavimento executado.
O sistema de união das fôrmas deve ser tal que permita uma ajustagem correta e impeça
qualquer desnivelamento ou desvio.

Fôrmas torcidas, empenadas ou amassadas não poderão ser usadas. Quando verificadas
com uma régua de 3 m, nenhum ponto no topo deverá afastar-se de mais de 3 mm e, na
face lateral, de mais de 5 mm.

Nas curvas de raio inferior a 30 m deverão ser usadas fôrmas curvas.

O canteiro de serviço deverá dispor de gabaritos que permitam verificação dos perfis
transversais de projeto.

4. Equipamento para Execução de Juntas

O processo de abertura da junta deverá ser pelo emprego de serra de disco diamantado.

5. Apetrechos para Acabamento Final da Superfície


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 11

O canteiro disporá de desempenadeiras para acerto longitudinal de bordas ou de juntas


(quando moldadas), apetrechos ou dispositivos para dar acabamento à superfície do
concreto e réguas de 3 m de comprimento para controle do desempeno do pavimento

Os apetrechos e dispositivos para dar acabamento à superfície de concreto podem ser


constituídos por pentes de fios metálicos, vassouras de fios metálicos ou de fios de nylon.

A escolha do tipo de apetrecho ou dispositivo a ser usado deve ser feita no projeto, ou ser
determinada pela Fiscalização, que deverá analisar então, as condições ambientais, o tipo e
as características das solicitações, a topografia e a geometria do pavimento.

Nos pavimentos a serem construídos em áreas críticas, como, por exemplo, curvas
acentuadas e interligações, é necessário incrementar a segurança à derrapagem. Para tal,
deve-se obrigatoriamente adotar, dos citados anteriormente, aqueles apetrechos ou
dispositivos que aumentem significativamente o atrito entre a superfície acabada e a
superfície de contato dos pneumáticos do veículo. Em tais casos, se recomenda usar, pela
ordem decrescente de eficácia, os pentes de fios metálicos ou as vassouras de fios
metálicos, de acordo com a Fiscalização.

6. Equipamento para Limpeza e Selagem de Juntas

O canteiro de obras deverá dispor de todos os apetrechos necessários para limpeza e


selagem de juntas, de acordo com os tipos de material selante previstos no projeto e
aprovados pela Fiscalização.

7. Equipamento para Controle de Pavimentação

O canteiro de obra deverá dispor dos serviços de laboratório para controle de dosagem, dos
materiais e da qualidade do concreto, e dos demais serviços de pavimentação.
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FL. 12

A critério da fiscalização, poderão ser exigidos equipamentos mais modernos de verificação


final da superfície acabada, além das réguas de 3 m de comprimento.

3.2. Equipamentos para Execução do Concreto pobre Rolado

 Usina de concreto, com capacidade superior a 70 m3 /h;


 Equipamento mecânico para espalhamento do concreto;
 Rolo liso (3 rodas ou tandem) de 8 a 10 ton., ou vibratório de 3 ton.;
 Caminhão basculante;
 Moto- niveladora;
 Pequenas ferramentas, como enxadas, pás, réguas, etc.

4. EXECUÇÃO

4.1. Pavimento Rígido de Concreto

1. Assentamento de Fôrmas de Preparo para a Concretagem

As fôrmas serão assentadas de acordo com os alinhamentos indicados no projeto,


uniformemente apoiadas sobre a laje pré-moldada regularizada com concreto e fixadas com
ponteiras de aço, de modo a suportarem, sem deformação ou movimentos apreciáveis,
solicitações inerentes ao trabalho.

O topo das fôrmas deverá coincidir com a superfície de rolamento prevista pelo projeto. Os
pontos de fixação serão espaçados de, no máximo, 1 m, cuidando-se da perfeita fixação das
extremidades adjacentes na junção das fôrmas. Em hipótese alguma será permitido o
calçamento transversal das fôrmas, que, após niveladas no topo, terão espaço entre a base
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 13

da fôrma e a estrutura completamente preenchido com argamassa, de modo a garantir o


apoio total e contínuo.

O alinhamento e o nivelamento das fôrmas deverão ser verificados e, se necessário,


corrigidos antes do lançamento do concreto.

Quando se constatar insuficiência nas condições de apoio de qualquer fôrma, esta será
removida e convenientemente reassentada.

Depois de fixadas, as fôrmas deverão garantir as cotas de projeto, não se admitindo erros
superiores a 3 mm, no sentido vertical, e a 5 mm, no alinhamento longitudinal, verificados
topograficamente.

Assentadas as fôrmas proceder-se à verificação do fundo da caixa com um gabarito, nelas


apoiado, que mostre as correções eventuais onde necessárias.

Por ocasião da concretagem as fôrmas devem estar limpas e untadas com óleo, a fim de
facilitar a desmoldagem.

2. Preparo da Superfície de sub-base

A sub-base executada em concreto pobre rolado ou brita graduada tratada ou não com
cimento , executada de acordo com as especificações pertinentes, deverá ser isolada da
camada sobrejacente de concreto através de filme plástico, de forma a criar um pavimento
de concepção não-monolítica.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 14

3. Colocação das Barras de Ligação e Transferência

As barras de ligação e de transferência, quando previstas no projeto, serão apoiadas nos


dispositivos ali detalhados, a menos da utilização de processo, que atenda as exigências
prescritas nesta Especificação.

Quando apoiadas em dispositivos, deverão estar colocadas nas posições previstas no


projeto, antes do lançamento do concreto.

4. Assentamento da Armadura Distribuída Descontínua

A armadura distribuída descontínua, quando indicada, deverá ser colocada na posição


prevista pelo projeto e firmemente assentada e amarrada em calços de dimensões e
espaçamentos adequados de modo a evitar deslocamentos indesejáveis quando da
execução do concreto.

A armadura deverá estar colocada antes do lançamento do concreto.

5. Preparo e Lançamento do Concreto

O intervalo máximo de tempo permitido entre o amassamento e o lançamento do concreto


será de 60 minutos , sendo proibida a redosagem , sob qualquer forma.

O proporcionamento dos materiais constituintes deverá ser obrigatoriamente gravimétrico.


Este proporcionamento e a mistura dos materiais poderão ser realizados por um único
conjunto, em uma usina central dosadora e misturadora, ou em betoneiras de grande porte.

Independentemente do equipamento deverá ser determinado experimentalmente o tempo


ótimo de mistura que propicie um concreto homogêneo, nunca inferior a 3 minutos.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 15

A produção de concreto deverá ser regulada de acordo com a marcha das operações de
concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do serviço.

6. Espalhamento e Adensamento do Concreto e Acabamento Inicial da Superfície

O espalhamento do concreto será executado com os dispositivos apropriados do


equipamento e, quando necessário, auxiliado com ferramentas manuais, evitando-se sempre
a segregação dos materiais.

O concreto deverá ser distribuído em excesso por toda a largura da faixa em execução,
porém, sem que sejam formadas pilhas de grande altura e rasado a uma altura conveniente
para que, após as operações de adensamento e acabamento, qualquer ponto do pavimento
tenha a espessura de projeto.

O adensamento do concreto será feito por vibração superficial, exigindo-se, entretanto, o


emprego de vibradores de imersão, sempre que a vibração superficial se mostrar
insuficiente, ou quando a espessura do pavimento o exigir.

O acabamento mecânico da superfície será feito imediatamente após adensamento do


concreto.

O equipamento vibro-acabador deverá passar em um mesmo local tantas vezes quantas


forem necessárias ao perfeito adensamento do concreto e para que a superfície do
pavimento atenda ao greide e ao perfil transversal do projeto, pronta para o acabamento
final. As depressões observadas à passagem da máquina serão imediatamente corrigidas
com concreto fresco, sendo vedado o emprego de argamassa para esse fim. Deve -se evitar
um número excessivo de passagens do equipamento pelo mesmo trecho.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 16

As superfícies em que se apoia o equipamento vibro-acabador devem ser mantidas limpas,


de modo a permitir o perfeito rolamento das máquinas e garantir a obtenção de um
pavimento sem irregularidades superficiais.

Durante o andamento da obra zelar-se-á para que as características do concreto produzido


permaneçam satisfatórias, providenciando-se as ajustagens de traço que se fizerem
necessárias, sempre que houver mudanças nas características dos materiais componentes
do concreto.

7. Acabamento Final

Enquanto o concreto estiver ainda plástico, será procedida a verificação da superfície, em


toda a largura da faixa, com uma régua de 3 m disposta paralelamente ao eixo longitudinal
do pavimento, em movimentos de vaivém e avançando no máximo, de cada vez, metade de
seu comprimento. Qualquer depressão encontrada será imediatamente preenchida com
concreto fresco, rasada, compactada e devidamente acabada, e qualquer saliência será
cortada e igualmente acabada. Quando a superfície se apresentar demasiadamente úmida,
o excesso de água deverá ser eliminado pela passagem de rodos de borracha. Após essas
correções, e logo que a água superficial tiver desaparecido, proceder-se-á o acabamento
final.

O acabamento final será conferido pela régua vibro-acabadora, diagonal ou não, e a


superfície receberá, então, o tratamento, com um dos apetrechos ou dispositivos
mencionados no item 5.5.

Executado o acabamento final, antes do início do endurecimento do concreto, e no caso de


adoção do processo de abertura das juntas por moldagem, as peças usadas para tal serão
retiradas cuidadosamente com ferramentas adequadas e ajustadas todas as arestas,
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 17

conforme o projeto; junto às bordas, o acabamento obtido deve ser igual ao do restante da
superfície.

Qualquer porção de concreto que caia no interior das juntas deverá ser prontamente
removida.

Não serão admitidas variações na superfície acabada superiores a 5 mm.

8. Cura do Concreto

Os procedimentos para a cura do concreto encontram-se descritos no item 2.6.

9. Execução de Juntas

Todas as juntas longitudinais e transversais devem estar de conformidade com as posições


exatas indicadas no projeto, não se permitindo desvios de alinhamento superiores a 5 mm.
As juntas devem ser continuas em todo o seu comprimento.

10. Desmoldagem

As fôrmas poderão ser retiradas quando decorrer pelo menos 12 horas após a concretagem.
A Fiscalização poderá, entretanto, fixar prazos maiores até um máximo de 24 horas. Durante
a desmoldagem serão tomados os necessários cuidados para evitar a esborcinamento das
placas.

11. Selagem de Juntas

O material de selagem só poderá ser aplicado quando os sulcos das juntas estiverem limpos
e secos.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 18

Preliminarmente, os sulcos destinados a receber o material selante devem ser


completamente limpos, empregando-se para isso ferramentas com pontas em cinzel que
penetrem na ranhura das juntas sem danificá-las, vassouras de fios duros e jatos de ar
comprimido.

O material selante de qualquer tipo deve ser cautelosamente colocado no interior dos sulcos,
sem respingar a superfície, em quantidade suficiente para encher a junta sem
transbordamento.

Qualquer excesso deverá ser prontamente removido e a superfície limpa de todo material
respingado.

Quando adotado no projeto o critério de formação de reservatório do selante pela inserção


de material inerte no fundo da ranhura da junta, esta deverá receber o selante somente
depois da colocarão e fixação do referido material, devendo-se verificar a obediência do fator
de forma previsto no projeto.

4.2 Pavimento de Concreto Pobre Rolado

- O concreto pobre rolado será executado sobre a camada subjacente, após considerada
concluída pela Fiscalização, de acordo com as respectivas especificações. O espalhamento
do mesmo será feito com espalhadora mecânica. Para se obter uma determinada espessura
de camada compactada, o concreto pobre deve ser espalhado com ligeiro excesso de altura
por toda a largura da faixa em execução, de modo que, após as operações de adensamento,
seja obtida em qualquer ponto do pavimento de espessura do projeto;

- O concreto pobre rolado será executado em camadas de, no máximo, 20 cm de


espessura compactada;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 19

- Logo após o espalhamento se iniciará a compactação, que deverá terminar no máximo 3


(três) horas após a adição de água ao concreto pobre (esse tempo deverá ser verificado
através de dosagem);

- No caso de construção da sub-base de concreto pobre rolado em meia pista e em duas


camadas, não será permitida a coincidência das juntas de construção num mesmo plano
vertical;

- Terminada a operação de compactação, deverá a superfície do concreto rolado ser


protegida contra a evaporação. Essa proteção será feita por meio de uma pintura
betuminosa para imprimação, na taxa aproximada de 0,8 l/m2, ou outro material
impermeabilizante especifico para cura, desde que a aprovado pela Fiscalização. De
preferência não usar emulsões asfálticas. Essa pintura será aplicada imediatamente após o
término de rolagem, precedida por forte umedecimento do concreto pobre. Caso não seja
feita a pintura impermeabilizante logo após a rolagem ou quando houver mais de uma
camada de concreto pobre e ocorrer defasagem na colocação da segunda camada, a
superfície de concreto deverá ser mantida constantemente úmida por um período de 3 (três)
dias, sendo vetado o trânsito de veículos espargidor d’água sobre o concreto pobre. A
camada deverá permanecer sem tráfego durante 3 dias;

- Concluído o mesmo, a pista deve permanecer sem tráfego até que seja executada a
camada superior, o que deverá acontecer após, no mínimo, 3 dias;

- Cuidados especiais deverão ser tomados para a proteção da sub-base de concreto pobre
rolado contra os agentes atmosféricos e outros que possam danificá-la.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 20

4.3 Proteção dos Serviços.

Durante todo o tempo que durar a execução de pavimento rígido de concreto e até o
recebimento pela Fiscalização, os materiais e os serviços executados ou execução deverão
ser protegidos contra a ação destrutiva das águas fluviais, do trânsito e de outros agentes
que possam danificá-los.

4.4 Abertura ao Trânsito.

O pavimento pronto só será aberto ao tráfego quando atingida a resistência mínima de


aceitação, 28 dias após a concretagem da última placa e depois de verificado e recebido
pela Fiscalização.

4.5 O Controle Compreenderá:

1. Resistência do Concreto

A inspeção do concreto será feita, normalmente, pela verificação de sua resistência à


compressão simples.

Os lotes onde se dará a inspeção do concreto não deverão ter mais de 300 m³, nem
corresponder a área pavimentada com mais de 2.500 m².

A cada lote de concreto corresponderá uma amostra com 32 exemplares, retirados de


maneira que a amostra seja representativa do lote todo e que cada exemplar, por sua vez,
represente um número inteiro de placas do pavimento, sendo cada exemplar composto por
dois corpos de prova da mesma amassada e moldados no mesmo ato, tomando-se como
resistência do exemplar o maior dos dois valores de resistência obtidos no ensaio.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 21

O valor estimado da resistência característica do concreto será dado por uma das seguintes
expressões, dependendo do caso:

fck,est = fcj - 0,84 . s


fcktm,est = fctm,j - 0,84 . s

onde:

fck,est = resistência característica estimada do concreto à compressão;


fcktm,est = resistência característica estimada do concreto à tração na flexão;
fcj = resistência média do concreto da amostra, à compressão na idade de j dias;
fcktm,est = resistência média do concreto da amostra, à tração na flexão, na idade de j
dias;
s = desvio padrão da resistência média da amostra à compressão (conforme o
caso).

calculam-se:

fctm,j ou fcj = (f1 + f2 + ... fn-1 + fn) / n

s = ∑ ( f j − f )2 / (n − 1)

onde:

f, f1, f2 ... fn-1, fn = resistência de um determinado exemplar;

n = número de exemplares, igual a 32.


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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 22

Nos casos em que não forem obedecidos os critérios para aceitação do lote quanto à
resistência, estipulados no capítulo 9 desta especificação, a Fiscalização fará extrair às
expensas da construtor, uma amostra de, no mínimo, seis testemunhos cilíndricos, que
corresponderão a um máximo de 100 m³, de concreto ou a um máximo de 1000 m² de área
pavimentada, sendo a sua extração, preparo e ensaio efetuados conforme a ABNT NBR
7680, onde aplicável a pavimentos, no caso de testemunhos cilíndricos.

A resistência característica estimada de cada amostra obtida será dada pela expressão
correspondente ao caso:

fck,est = fcj - k.s ou fctm,est = fctm,j – k.s

Para lotes menores que 300 m³ deverão ser utilizados os seguintes fatores (k):

vol. concreto do lote no mínimo de k


(m³) amostras
50 10 0,88
50 a 100 20 0,86
100 a 500 32 0,84

2. Espessura

Será verificada por medição direta da altura de testemunhos cilíndricos extraídos das placas
de concreto ou por meio de medidas topográficas altimétricas.

O lote onde se fará a verificação de espessura das placas de concreto não deverá ser maior
do que 300 m³ de concreto, nem corresponder a mais de 2500 m2 de área pavimentada.

Cada lote será composto por uma amostra de, no mínimo, seis testemunhos cilíndricos,
extraídos do pavimento conforme, onde aplicável, a ABNT NBR 7680, de pontos
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 23

estabelecidos pela Fiscalização, ou seis medidas topográficas altimétricas de pontos


contidos no lote e determinados, fiscalização.

A espessura média das placas de concreto do lote inspecionado será calculada por:

hm = (h1 +h2 +...+hn-1+hn)/n

onde:

hm = espessura média das placas de concreto da lote inspecionado;

h1, h2, ... hn= espessura dos testemunhos números 1,2,... n;

n = número de testemunhos, igual ou maior do que seis.

no de k
amostras
6 0,92
7 0,91
8 0,90
9 0,89
10 0,88
12 0,87
15 0,87
18 0,86
20 0,86
25 0,85
30 0,85
32 0,84
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 24

3. Controle Geométrico

O pavimento de concreto acabado deverá ter a forma definida pelos alinhamentos, perfis,
dimensões e seção transversal estabelecidos pelo projeto.

As armaduras distribuídas descontínuas deverão estar posicionadas conforme previsto no


projeto.

Para as armaduras serão adotados as seguintes tolerâncias:

− desvio máximo em relação ao espaçamento indicado no projeto: 20 mm.

As tolerâncias quanto ao alinhamento e nivelamento da colocação de fôrmas-trilho serão:

Para cada 3 m:

− desvios máximos de ± 3 mm nos nivelamentos;


− desvios máximos de ± 5 mm nos alinhamentos.

Para as placas, as tolerâncias serão:

− ± 1,5 mm de desnível entre duas placas;


− ± 5 mm nos alinhamentos.

A tolerância quanto à variação de cotas em relação às previstas no projeto será de ± 15 mm


para pontos isolados.

A tolerância quanto à variação das espessuras das placas de concreto serão de ± 1 cm.
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FL. 25

As depressões superficiais verificadas com régua de 4m deverão se no máximo de 3 mm.

4.6 Critérios de Aceitação

1. Critérios de Aceitação Automática

Satisfeitas as condições de execução desta especificação, o pavimento será


automaticamente aceito se forem atendidas, concomitantemente, as exigências quanto à
resistência e à espessura do concreto que se estabelecem em 1.a). e 1.b) a seguir:

1.a) Quanto à resistência do concreto - o pavimento será aceito se:

fck,est ≥ fck e fctm,est ≥ fctm

onde:

fck = resistência característica do concreto à compressão simples, estabelecida no item 4.7.


fctm = resistência característica do concreto à tração na flexão, estabelecida no item 4.7.

1.b) Quanto à espessura do concreto - o pavimento será aceito quanto à espessura


do concreto se, ao mesmo tempo, forem cumpridas as seguintes condições:

• a maior diferença entre os valores individuais das alturas dos testemunhos extraídos
conforme o item 8.2. for de, no máximo, 1 cm;
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FL. 26

• hm ≥ h, onde h é a espessura das placas de concreto especificada no projeto.

2. Decisão para Não Aceitação Automática

Quando não se der a aceitação automática prevista no item 1., a decisão basear-se-á em
verificações suplementares do concreto.

Ensaios suplementares de resistência do concreto serão procedidos de acordo com o item


4.5.1. e o novo resultado da resistência característica estimada será comparado com o valor
da resistência característica estipulado no projeto, conforme o item 1.

No caso em que a espessura média do concreto seja menor do que a espessura de projeto,
o lote será automaticamente rejeitado.

3. Decisão

Se das mencionadas verificações concluir-se que as condições de segurança deste trecho


são satisfeitas, a estrutura será aceita.

Em caso contrário, tomar-se-à, de acordo com o parecer da contratante e sem ônus para
ela, uma das seguintes decisões:

a) a parte condenada do pavimento será demolida e reconstruída;

b) o pavimento será reforçado;


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FL. 27

4.7 Proteção do Meio-Ambiente.

A proteção do meio ambiente na execução de pavimentos Rígidos de Concreto de


Cimento Portland envolvem os cuidados descritos a seguir:

4.7.1 Na Exploração de Ocorrências de Materiais.

Os seguintes cuidados deverão ser observados na exploração das ocorrências de


materiais:

- Autorizar a aceitação dos agregados somente após a aprovação da licença para a


exploração da pedreira;

- Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de


preservação ambiental;

- Planejar adequadamente a exploração da pedreira, de modo a minimizar os danos


inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental, após a
retirada de todos os materiais e equipamentos;

- Impedir queimadas como forma de desmatamento;

- Construir, junto as instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção


do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita,
evitando seu carreamento para cursos d'água;

- Exigir documentação atestando a regularidade das instalações, assim como, sua


operação junto ao órgão ambiental competente, quando o agregado pétreo for
fornecido por terceiros.
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FL. 28

4.7.2 Na Execução.

Os cuidados para a proteção ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e


estacionamento dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal,
para evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural.

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizados de forma que, resíduos de lubrificantes e, ou,
combustíveis, não sejam levados até cursos d'água.

- Deverá ser vedado a disposição de refugo de materiais na faixa de domínio e nas


áreas lindeiras onde possam causar prejuízos ambientais.

5. MEDIÇÃO.
Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros cúbicos de concreto, em
função da resistência de projeto.;

Os volumes de concreto serão calculadas considerando o estaqueamento da estrada, a


largura e a espessura do projeto.

O transporte dos materiais não será medido para fins de pagamento em separado.

Considera-se o custo do transporte incluído nos preços unitários dos pavimentos rígidos de
concreto.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 29

5. PAGAMENTO.

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos aos preços unitários
contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os
materiais, a mão-de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos utilizados em sua
execução pela Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.11.01 – Pavimento de Concreto pobre Rolado, m3


23.11.02 – Pavimento de Concreto Aplicação Manual m3
23.11.03 – Pavimento de Concreto Aplicação Mecânica m3
23.11.04 – Pavimento de Concreto com Forma Deslizante m3
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.25 – Blocos Intertravados de Concreto.

Códigos: 23.12.01 –Blocos Intertravados (e=6cm);


23.12.02 –Blocos Intertravados (e=8cm);
23.12.03 –Blocos Intertravados (e=10cm);

1. DESCRIÇÃO.

1.1 Os serviços aos quais se refere a presente Seção consistem no fornecimento, carga,
transporte e descarga dos materiais, compreendendo os agregados, blocos de concreto e
materiais adicionais, eventualmente, e de mão-de-obra e equipamentos necessários à
execução dos Pavimentos de Blocos Intertravados de Concreto, especificados, de
conformidade com a norma a seguir e detalhes executivos contidos no projeto.

1.2 Os pavimentos articulados de concreto, tipo “Blokret” ou similar, são constituído por
lajotas ou blocos de concreto de cimento Portland articulados entre si e assentados sobre
um por um lastro de pó de pedra ou areia lavada executadas sobre a brita graduada tratada
com cimento, de acordo com os alinhamentos, dimensões e seção transversal estabelecidos
pelo projeto.

2. MATERIAIS

Os materiais que entram na composição dos blocos ou lajotas de concreto devem satisfazer
as condições descritas nas Normas Específicas para Estruturas de Concreto.

A areia lavada ou o pó de pedra a serem utilizados no lastro devem estar livres de torrões de
argila ou matéria orgânica ou outras substâncias nocivas. Suas partículas deverão ser
resistentes.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 02

2.1. Fabricação dos Blocos

Os blocos ou lajotas de concreto deverão ser fabricados por processos que assegurem:

a) Obtenção de um concreto suficientemente homogêneo e compacto, de modo a atender as


exigências desta especificação; devem ser manipulados com as devidas precauções para
não terem as suas qualidades prejudicadas;

b) Ausência de trincas, fraturas ou outros defeitos que possam prejudicar o seu


assentamento, ou afetar a resistência e durabilidade do pavimento.

2.2. Amostragem

O recebimento de cada lote será feito, a critério da Fiscalização, na fábrica ou no local de


entrega, a qual verificará se os blocos satisfazem as condições especificadas. para fins de
ensaio de laboratório serão coletados blocos inteiros de tamanho normal, fornecidos
gratuitamente, que constituam amostra representativa de todo o lote, do qual foram
retirados. Para fornecimento até 10.000 blocos a amostra será de 10 blocos; para
fornecimentos maiores, de cada lote de 100.000 blocos ou fração, serão retirados no
mínimo 20 blocos.

2.3. Ensaios

As amostras deverão ser ensaiadas de acordo com o método para ensaio de avaliação de
resistência de concretos com auxilio do esclerômetro de recuo e ensaio de absorção a frio.

Os ensaios poderão ser executados no próprio canteiro de fabricação, se este estiver


devidamente aparelhado. Os ensaios realizados com os blocos de amostragem deverão
apresentar:
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 03

a) Resistência à compressão, aos 28 dias de idade, de 25,0 MPa, em média, e 22,0 MPa, no
mínimo;

b) Absorção em ensaios a frio, menor ou igual a 5%, resultante de verificação média com
dois corpos de prova.

2.4. Forma e Dimensões

Os blocos de concreto deverão satisfazer às seguintes condições:

a) Possuir dispositivos eficazes de transmissão de carga de um bloco a outro;

b) Não possuir ângulos agudos e reentrantes entre os dois lados;

c) Quanto à forma em planta não deverão apresentar dimensões superiores a 45 cm, em


duas direções ortogonais, sendo de mais ou menos 5 mm a tolerância nesta medida;

d) Não serão toleradas variações superiores a 5 mm para menos nas espessuras


especificadas em projeto;

e) Quanto ao desempeno das faces, não serão toleradas variações superiores a 3 mm,
medidas com auxilio de régua apoiada sobre o bloco.

3. EXECUÇÃO

3.1. Equipamentos

- Caminhões basculantes;
- Rolos vibratórios de pequeno porte;
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 04

- Placas vibratórias;
- Ferramentas manuais diversas.

3.2 Assentamento

As operações de assentamento dos blocos ou lajotas de concreto serão iniciadas após a


conclusão dos serviços de drenagem e liberação da camada subjacente.

Sobre a sub-base concluída será lançada uma camada de material granular inerte, areia ou
pó de pedra, com diâmetro máximo de 4,8 mm e com espessura uniforme de 5 cm, na qual
serão assentados os blocos de concreto.

O assentamento será iniciado com uma fileira de blocos, dispostos na direção da menor
dimensão da área de pavimentar, a qual servirá como guia para melhor disposição das
peças.

O arremate com alinhamentos existentes ou com superfícies verticais será feito com auxílio
de peças pré- moldadas, ou cortadas em forma de ¼, ½ ou ¾ de bloco.

O enchimento das juntas será feito com areia, ou outro material granular inerte, vibrando-se
a superfície com placas ou pequenos rolos vibratórios.

Após a vibração, serão feitos os acertos necessários e a complementação do material


granular do enchimento até ¾ da espessura dos blocos.

As juntas assim preparadas serão seladas com material apropriado que deverá ser
suficientemente adesivos ao concreto, impermeável à água, dúctil, não devendo fluir em dias
mais quentes ou tornar-se quebradiços nos dias mais frios. Poderão ser aplicadas misturas
de materiais betuminosos com materiais inertes insolúveis em derivados de petróleo, desde
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 05

que satisfaçam, a estas condições em locais de estacionamento em que possam ocorrer


pingamento de óleo ou gasolina, deverá ser usado alcatrão.

A abertura das juntas deverá estar compreendida entre 5 a 10 mm, salvo nos arremates, a
critério da Fiscalização.

Não serão tolerados desníveis superiores a 5 mm, entre blocos adjacentes.

3.3. Proteção ao Meio Ambiente

Os cuidados para a preservação ambiental, referem-se à disciplina do tráfego e do


estacionamento dos equipamentos:

a) Proibir o tráfego desordenado dos equipamento fora do corpo estradal, para evitar danos
desnecessário à vegetação e interferências na drenagem natural;

b) As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizadas de forma que, resíduos de lubrificantes e/o u
combustíveis, não sejam levados até cursos d’água.

3.4 Controle de Qualidade

O controle de qualidade será de responsabilidade do executante, estando sujeito a auditoria


por parte da Fiscalização.

3.4.1. Controle de Materiais

A qualidade dos blocos de concreto e do material de lastro será verificada segundo


preconizado no item 2. Materiais.
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3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 06

3.4.2. Controle Geométrico

Após a execução do pavimento articulado, proceder a relocação e ao nivelamento do


eixo e dos bordos , permitindo-se as seguintes tolerâncias:

a) ± 10 cm, quanto à largura da plataforma;

b) até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando redução.

4. MEDIÇÃO.

Os serviços recebidos da forma descrita serão medidos em metros quadrados de pavimento


articulado, em função da espessura adotada em projeto.

5. PAGAMENTO.

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos aos preços unitários
contratuais respectivos, e esse pagamento constituirá remuneração única para todos os
materiais, a mão-de-obra, leis sociais, equipamentos e outros recursos utilizados em sua
execução pela Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.12.01 – Pavimento Intertravado (e=6cm) m2


23.12.02 – Pavimento Intertravado (e=8cm) m2
23.12.03 – Pavimento Intertravado (e= 10cm) m2
SECRETARIA DOS TRANSPORTES

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM

MANUAL
DE 00/PAV - 026
3. PAVIMENTAÇÃO
FL. 01

Seção 3.26 - Pavimento reciclado "in loco''.

Código: 23.13.01 - Pavimento reciclado "in loco".

4. MEDIÇÃO

Os serviços serão medidos por m3 de pavimento reciclado, incluindo-se materiais, mão de


obra, equipamentos, execução e transporte.

5. PAGAMENTO

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita serão pagos ao preço unitário contratual
respectivo, e esse pagamento constituirá única remuneração para todos os materiais, a
mão-de-obra, leis sociais, equipamentos, e outros recursos que tiverem sido utilizados pela
Empresa Contratada, abrangendo inclusive benefício e despesas indiretas.

DESIGNAÇÃO UNIDADE

23.13.01 - Pavimento reciclado "in loco" m3

Os cuidados que deverão ser adotados relativos à proteção ambiental não serão
objeto de medição e pagamento; deverão estar incluídos no preço unitário contratual
para as camadas acabadas.

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