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PSICOLOGIA E ÉTICA

TEORIAS DE
PERSONALIDADE
FESVIP – Faculdade de Enfermagem São Vicente de Paula

Prof.ª: Luana Diniz Cabral

Técnico em Enfermagem
INTRODUÇÃO
• Segundo Carver et Scheier destacam alguns pontos sobre a personalidade:
• I. A personalidade não corresponde a uma justaposição de peças, mas sim a uma
organização de traços;
• II. A personalidade não se encontra num local específico. Ela é activa e representa
um processo dinâmico, não está estática;
• III. A personalidade corresponde a um conceito psicológico cujas bases são
fisiológicas;
• IV. A personalidade é uma força interna que determina como o indivíduo se
comportará;
• V. A personalidade não se expressa apenas numa direção, mas sim em várias, à
semelhança dos sentimentos, pensamentos e comportamentos.
TEORIAS DA PERSONALIDADE
• 1. Perspectiva Psicanalítica:
• A personalidade é vista como um conjunto dinâmico;
• Constituído por componentes em conflito;
• Dominadas por forças inconscientes;
• E a sexualidade tem um papel crucial.
• O Aparelho Psíquico é dividido em: Ego, Id, Superego, respectivamente.
• Para Freud a personalidade se desenvolve a partir do 5 estagio Psicossexuais (Oral,
Anal, Fálica, Latência e Genital).
1. PERSPECTIVA PSICANALÍTICA
• Determinismo Psíquico

• Freud inicia seu pensamento teórico assumindo que não há nenhuma descontinuidade na
vida mental.

• Ele afirmou que nada ocorre ao acaso e muito menos os processos mentais.

• Há uma causa para cada pensamento, para cada memória revivida, sentimento ou açao.

• Cada evento mental é causado pela intenção consciente ou inconsciente e é determinado


pêlos fatos que o precederam. Uma vez que alguns eventos mentais "parecem" ocorrer
espontaneamente, Freud começou a procurar e descrever os elos ocultos que ligavam um
evento consciente a outro.
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
• O ID "contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que está presente na
constituição—acima de tudo, portanto, os instintos que se originam da organização somática e que aqui
(no id) encontram uma primeira expressão psíquica, sob formas que nos são desconhecidas“.
• É a estrutura da personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às exigências somáticas do
corpo como aos efeitos do ego e do superego.

• Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e
desorganizado.
• As Leis lógicas do pensamento não se aplicam ao id. . . . Impulsos contrários existem lado a lado, sem
que um anule o outro, ou sem que um diminua o outro" (1933, livro 28, p. 94 na ed. bras.).

• O id é o reservatório de energia de toda a personalidade.

• Os conteúdos do id são quase todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca se
tomaram conscientes, assim como o material que foi considerado inaceitável pela consciência.
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE

• O EGO é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade


externa.
• Desenvolve-se a partir do id, à medida que o bebê toma-se cônscio de sua
própria identidade, para atender e aplacar as constantes exigências do id.
• Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim
de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da
personalidade. Freud descreve suas várias funções em relação com o mundo
externo e com o mundo interno, cujas necessidades procura satisfação.
• São estas as principais características do ego: em conseqüência da conexão
preestabelecida entre a percepção sensorial e a ação muscular, o ego tem sob
seu comando o movimento voluntário. Ele tem a tarefa de autopreservação.
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
• Com referência aos acontecimentos externos desempenha essa missão dando-se conta dos estímulos externos,
armazenando experiências sobre eles (na memória), evitando estímulos excessivamente internos (mediante a
fuga), lidando com estímulos moderados (através da adaptação) e, finalmente, aprendendo a produzir
modificações convenientes no mundo externo, em seu próprio benefício (através da atividade).

• Com referência aos acontecimentos internos, em relação ao id, ele desempenha essa missão obtendo
controle sobre as exigências dos instintos, decidindo se elas devem ou não ser satisfeitas, adiando essa
satisfação para ocasiões e circunstâncias favoráveis no mundo externo ou suprimindo inteiramente as suas
excitações.
• O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer .
• Assim, o ego é originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e
aumentar o prazer. Contudo, para fazer isto, o ego, por sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id
de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas.
• O id é sensível à necessidade, enquanto que o ego responde às oportunidades.
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
• O SUPEREGO. Esta última parte da estrutura se desenvolve não a partir do id, mas a partir do ego.
• Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais,
modelos de conduta e dos construtos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três
funções do superego: consciência, auto-observaçao e formação de ideais.
• Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas
também age inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou
proibições. "Aquele que sofre (de compulsões e proibições) comporta-se como se estivesse dominado por um
sentimento de culpa, do qual, entretanto, nada sabe" (l 907, livro 31, p. 17 na ed. bras.).
• A tarefa de auto-observaçao surge da capacidade do superego de avaliar atividades independentemente
das pulsões do id para tensão-redução e independentemente do ego, que também está envolvido na
satisfação das necessidades.
• A formação de ideais está ligada ao desenvolvimento do próprio superego. Ele não é, como se supõe às vezes,
uma identificação com um dos pais ou mesmo com seus comportamentos: O superego de uma criança é com
efeito construído segundo o modelo do superego de seus pais; os conteúdos que ele encerra são os mesmos e
toma-se veiculo da tradição e de todos os duradouros julgamentos de valores.
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
• Relações entre os Três Subsistemas.
• A meta fundamental da psique é manter e recuperar, quando perdido um nível
aceitável de equilíbrio dinâmico que maximiza o prazer e minimiza o desprazer.
• A energia que é usada para acionar o sistema nasce no id, que é de natureza
primitiva, instintiva.
• O ego, emergindo do id, existe para lidar realisticamente com as pulsões básicas do
id e também age como mediador entre as forças que operam no id e no su-perego e
as exigências da realidade externa.
• O superego, emergindo do ego, atua como um freio moral ou força contrária aos
interesses práticos do ego. Ele fixa uma série de normas que definem e limitam a
flexibilidade deste último.
• O id é inteiramente inconsciente, o ego e o superego o são em parte. Grande parte
do ego e do superego pode permanecer e é normalmente inconsciente.
• Nesses termos, o propósito prático da psicanálise "é, na verdade, fortalecer o ego,
fazê-lo mais independente do superego, ampliar seu campo de percepção e
expandir sua organização.
DESENVOLVIMENTO
PSICOSSEXUAL
• ESTÁGIO ORAL

• Acontece do 0 aos 18 meses da criança;

• Comer é a atividade mais prazerosa e que é produzida pela boca;

• Comer estimula os lábios e a cavidade oral, podendo ser jogado fora o alimento que
não agradar.

• No Estágio Oral surge a dependência;

• Esse sentimento de dependência permanece durante fases da vida, como exemplo


quando a pessoa está angustiada e insegura.
1DESENVOLVIMENTO
PSICOSSEXUAL:
• ESTÁGIO ANAL:
• Ocorre dos 18 meses aos 3 anos de vida da criança;
• E é nesse estágio que após ocorrer a digestão dos alimentos, os mesmos ficam
vão para o intestino, para serem expelidos.
• As fezes quando são expulsas levam junto aquilo que dá desconforto
promovendo certa sensação de alivio ao sujeito.
• Os esfíncteres começam a ser controlados a partir dos 2 anos de vida, e é
nesse momento que a criança tem a sua primeira experiência de decidir o
controle de um impulso.
DESENVOLVIMENTO
PSICOSSEXUAL:
• Podemos perceber algumas características anais na criança, quando ela é:
• (a) é excessivamente meticulosa, organizada, regular, teimosa, impedindo a
espontaneidade e a criatividade; também podem ser dificultadas quando a
criança é excessivamente desregrada, descuidada nas tarefas;
• (b) apresenta obsessão neurótica por limpeza ou, completamente ao inverso,
é relapsa quanto à higiene pessoal e ambiental;
• (c) em relação aos colegas, é impulsiva, irascível e agressiva, ou
completamente apática e dominável;
• (d) pode ainda apresentar características possessivas, de mesquinhez avareza
ou ciúme desmedido.
DESENVOLVIMENTO
PSICOSSEXUAL:
• Quando a mãe faz uso de métodos rigorosos, pode acontecer da criança começar a
reter as fezes e quando esse modo de retenção se generaliza por outras áreas na vida da
criança.

• Quando a pessoa tem traços expulsivos tende a ter por padrões a crueldade e a
destruição sem limites.

• Mas por outro lado, se a mãe tiver outra postura em relação às fezes da criança como,
incentivar para que a criança defeque, elogie quando a mesma realiza o processo, ela
pode começar a perceber que defecar é importante para ela.
DESENVOLVIMENTO
PSICOSSEXUAL:
• ESTÁGIO FÁLICO

• Acontece dos 3 aos 6 anos da criança,

• É nele que surge as primeiras sensações sexuais e uma certa agressividade no que diz
respeito ao funcionamento dos genitais.

• É nesse estágio que aparece o complexo de Édipo, e os processos da masturbação


infantil e das fantasias, que a criança produz.

• Nas meninas ocorre o Complexo de Electra ou Édipo Feminino.


DESENVOLVIMENTO
PSICOSSEXUAL:
• PERÍODO DA LATÊNCIA

• Acontecem geralmente dos 6 aos 9 anos da criança,

• E esse estágio também marca consideravelmente o que diz respeito ao


desenvolvimento sexual da criança,

• Mas podemos ver que nesse período existem interrupções, visto que a um
investimento por parte da criança no mundo social.
DESENVOLVIMENTO
PSICOSSEXUAL:
• O ESTÁGIO GENITAL:

• As fases que antecedem o período Genital são ditas Narcisistas em relação ao


caráter, pois neles os indivíduos podem adquirir satisfação estimulando o próprio
corpo.

• Quando chega o período da adolescência o narcisismo vai sendo deixado de lado,


canalizado, pois o adolescente começa a aprender a amar outras pessoas.

• Na adolescência aparecem às primeiras manifestações de atração sexual a outras


pessoas, é maior a socialização do indivíduo, cresce o interesse profissional, e também
aparece a preparação para o casamento e para a constituição de família.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• ERIKSON

• Criou a ideia de desenvolvimento da personalidade segundo 8 estádios/estágios


psicossociais (relação existente entre o desenvolvimento psicológico do indivíduo e o
contexto social).

• As referidas etapas compreendem 4 fases na infância, 1 durante a adolescência e 3


no decorrer da vida adulta.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• A cada etapa, o indivíduo cresce a partir das exigências internas de seu ego, mas
também das exigências do meio em que vive;

• Em cada estágio o ego passa por uma crise (que dá nome ao estágio). Esta crise
pode ter um desfecho positivo ou negativo;

• Da solução positiva, da crise, surge um ego mais rico e forte; da solução negativa
temos um ego mais fragilizado;

• A cada crise, a personalidade vai se reestruturando e se reformulando de acordo


com as experiências vividas;
TEORIA DE ERICK ERIKSON

• Erikson distribuiu o desenvolvimento humano em fases. Porém com algumas


características peculiares:

• Desviou-se o foco da sexualidade para as relações sociais;

• A proposta os estágios psicossociais envolvem outras áreas do ciclo vital além da


infância, ampliando a proposta de Freud.

• Não existe uma negação da importância dos estágios infantis, mas o que construímos
na infância em termos de personalidade não é totalmente fixo.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• 1º ESTÁGIO: CONFIANÇA BÁSICA X DESCONFIANÇA BÁSICA :

• Esta seria a fase da infância inicial, correspondendo ao estágio oral freudiano.

• A atenção do bebê se volta à pessoa que provê seu conforto, que satisfaz suas ansiedades e

necessidades em um espaço do tempo suportável: A MÃE.

• Assim se estabelece a primeira relação social do bebê.

• E justamente sentindo falta da mãe que a criança começa a lidar com algo que Erikson

chama de força básica; Nesta, a força que nasce é a ESPERANÇA.

• Quando o bebê se dá conta de que sua mãe não está ali, ou está demorando a voltar, cria-

se a esperança de sua volta.


TEORIA DE ERICK ERIKSON
• E quando a mãe volta, ele compreende que é possível querer e esperar, porque isso vai se realizar;
ele começa a entender que objetos ou pessoas existem, embora esteja fora – temporariamente –
de seu campo de visão.

• Quando o bebê vivencia positivamente estas descobertas, e quando a mãe confirma suas
expectativas e esperanças, surge a confiança básica, ou seja, a criança tem a sensação de que o
mundo é bom Do contrário, surge a desconfiança básica, o sentimento de que mundo não
corresponde, que é mau ingrato.

• É importante que a criança conviva com pequenas frustrações, pois é daí que ela vai
aprender a definir quais esperanças são possíveis de serem realizadas, dando a noção do que
Erikson chamou de ordem cósmica, ou seja, as regras que regem o mundo.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• Nesta mesma época, começam as identificações com a mãe, que é por enquanto,

a única referência social que a criança tem. Se esta identificação for positiva, se a

mãe corresponder, ele vai criar o seu primeiro e bom conceito de si e do mundo

(representado pela mãe).

• Se a identificação for negativa, temos o idolismo, ou seja, o culto a um herói, onde o

bebê acha que nunca vai chegar ao nível de sua mãe, que ela é demasiadamente

capaz e boa, e que ele não se identifica assim. Inicialmente, a criança vai se tornar

agressiva e desconfiada; mais tarde, elas vão se tornar menos competentes, menos

entusiasmadas, menos persistentes.


TEORIA DE ERICK ERIKSON
• 2º ESTÁGIO: AUTONOMIA X VERGONHA E DÚVIDA

• Nesta fase, que corresponde ao estágio anal freudiano,

• A criança já tem algum controle de seus movimentos musculares, então direciona sua
energia às experiências ligadas à atividade exploratória e à conquista da autonomia.

• Porém, logo a criança começa a compreender que não pode usar sua energia
exploratória à vontade, que tem que respeitar certas regras sociais e incorporá-las ao
seu ser.

• A aceitação deste controle social pela criança implica no aprendizado – ou no início


deste – do que se espera dela, quais são seus privilégios, obrigações e limitações.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• Deste aprendizado surge também a capacidade e as atitudes judiciosas, ou seja, surge o
poder de julgamento a criança, já que ela está aprendendo as regras.

• A questão é que os adultos, para fazerem as crianças aprenderem tais regras – como a de ir
ao banheiro, tão enfatizada por Freud – fazem uso da vergonha e ao mesmo tempo do
encorajamento para dar o nível certo de autonomia.

• Neste estágio, o principal cuidado que os pais tem que tomar é dar o grau certo de
autonomia à criança.

• Se é exigida demais, ela verá que não consegue dar conta e sua autoestima vai baixar. Se ela
é pouco exigida, ela tem a sensação de abandono e de dúvida de suas capacidades.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• Se a criança é amparada ou protegida demais, ela vai se tornar frágil, insegura e
envergonhada. Se ela for pouco amparada, ela se sentirá exigida além de suas capacidades.

• Vemos portanto que os pais tem que dar à criança a sensação de autonomia e, ao mesmo
tempo, estar sempre por perto, prontos a auxilia-la nos momentos em que a tarefa estiver além
de suas capacidades.

• Se a criança se sentir envergonhada demais por não conseguir dar conta de determinada
coisa ou se os pais reprimem demais sua autonomia, ela vai entender que todo o problema
dela, toda a dúvida e a vergonha vieram de seus pais, adultos, objetos externos. Com isso,
começará a ficar tensa na presença deles e de outros adultos, e poderá achar que somente
pode se expressar longe deles.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• 3º ESTÁGIO: INICIATIVA X CULPA :

• Neste estágio, que corresponde à fase fálica freudiana,

• A criança já conseguiu a confiança, com o contato inicial com a mãe, e a


autonomia, com a expansão motora e o controle. Agora, cabe associar á autonomia
e à confiança, a iniciativa, pela expansão intelectual.

• A combinação confiança-autonomia dá à criança um sentimento de determinação,


uma alavanca para a iniciativa.

• Com a alfabetização e a ampliação de seu círculo de contatos, a criança adquire o


crescimento intelectual necessário para apurar sua capacidade de planejamento e
realização(Erikson, 1987, p.116).
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• Quando ela já se sente capaz de planejar e realizar, ou seja, ela tem um propósito,
ela tende a duas atitudes: numa delas, a criança pode ficar fixada pela busca de
determinadas metas.

• Quando a criança se empolga na busca de objetivos além de suas possibilidades, ela


se sente culpada, pois não consegue realizar o que desejou ou sabe que o que
desejou não é aceitável socialmente. Então, ela fantasia (muitas vezes magicamente)
para fugir da tensão.

• O propósito e a iniciativa também podem ser direcionados positivamente para a


formação da responsabilidade, quando o senso de obrigação e desempenho se
encontram ligados à ansiedade para aprender.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• Nesta fase, as crianças querem que os adultos lhes dêem responsabilidades, como
arrumar a casa, varrer o quintal ou ajudar a consertar algo.

• É muito importante que os adultos lhes mostrem também que há certas coisas que
ainda não podem fazer, embora possam permitir ajudas em algumas atividades.

• Quando a criança se dá conta de que realmente existem coisas que estão fora de
suas capacidades (ainda), ela se contenta, não em fantasiar, mas sim em realizar
uma espécie de “treino”, o que, na verdade, se constitui num teste de personalidade
que a criança aplica em si.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• 4º ESTÁGIO: DILIGÊNCIA X INFERIORIDADE:

• Erikson deu um destaque a esta fase que, contraditoriamente, foi a menos explorada
por Freud (no esquema freudiano, corresponde à fase de Latência, por julgá-la um
período de adormecimento sexual).

• Podemos dizer que este período é marcado, pelo controle, mas um controle
diferente.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• Aqui, trata-se do controle da atividade, tanto física como intelectual, no sentido de
equilibrá-la às regras, já que o principal contato social se dá na escola que é mais
amplo do que o meio familiar.

• Com a educação formal, além do desempenho das funções intelectuais, a criança


aprende o que é valorizado no mundo adulto, e tenta se adaptar a ele.

• Nesta fase, começam os interesses por instrumentos de trabalho, pois trabalho remete
à questão da competência.

• A criança nesta idade sente que adquiriu competência ao dedicar-se e concluir uma
tarefa, e sente que adquiriu habilidade se tal tarefa foi realizada satisfatoriamente.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• Este prazer de realização é o que dá forças para o ego não regredir nem se sentir inferior.

• Se falhas seguidas ocorrerem, seja por falta de ajuda ou por excesso de exigência, o ego
pode se sentir levemente inferior e regredir, retornando às fantasias da fase anterior ou
simplesmente entrando em inércia.

• Além disso, a criança agora precisa de uma forma ideal, ou seja, regulada e metódica,
para canalizar sua energia psíquica.

• Ela encontra esta forma no trabalho/estudo, que lhe dá a sensação de conquista e de


ordem, preparando-o para o futuro, que, aos poucos, passa a ser uma das preocupações
da criança.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• 5º ESTÁGIO: IDENTIDADE X CONFUSÃO DE IDENTIDADE

• Nos estudos de Erikson, esta é a fase onde ele desenvolveu mais trabalhos, tendo
dedicado um livro inteiro à questão da chamada crise de identidade.

• Em seus estudos, ressalta que o adolescente precisa de segurança frente a todas as


transformações – físicas e psicológicas – do período.

• Essa segurança ele encontra na forma de sua identidade, que foi construída por seu
ego em todos os estágios anteriores.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• Esse sentimento de identidade se expressa nas seguintes questões, presentes para o
adolescente: sou diferente dos meus pais? O que sou? O que quero ser?. Respondendo a
essas questões, o adolescente pretende se encaixar em algum papel na sociedade.

• Daí vem a questão da escolha vocacional, dos grupos que freqüenta, de suas metas para o
futuro, da escolha do par, etc.

• Existe aí também o surgimento do envolvimento ideológico, que é o que comanda a


formação de grupos na adolescência, segundo Erikson.

• O ser humano precisa sentir que determinado grupo apóia suas idéias e sua identidade. Mas
se o adolescente desenvolver uma forte identificação com determinado grupo, surge o
fanatismo, e ele passa a não mais defender suas idéias com seus argumentos, mas defende
cegamente algo que se apossou de suas idéias próprias.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• Toda a preocupação do adolescente em encontrar um papel social provoca uma confusão
de identidade, afinal, a preocupação com a opinião alheia faz com que o adolescente
modifique o tempo todo suas atitudes, remodelando sua personalidade muitas vezes em um
período muito curto, seguindo o mesmo ritmo das transformações físicas que acontecem com
ele.

• Erikson lembra que o se humano mantém suas defesas para sobreviver. Ao sinal de qualquer
problema, uma delas pode ser ativada.

• Nesta confusão de identidade, o adolescente pode se sentir vazio, isolado, ansioso, sentindo-
se também, muitas vezes, incapaz de se encaixar no mundo adulto, o que pode muitas vezes
levar a uma regressão.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• Também pode acontecer de o jovem projetar suas tendências em outras pessoas, por ele
mesmo não suportar sua identidade.

• Aliás, este é um dos mecanismos apontados por Erikson como base para a formação de
preconceitos e discriminações.

• Porém, a confusão de identidade pode ter um bom desfecho: em meio á crise, quanto melhor
o adolescente tiver resolvido suas crises anteriores, mais possibilidades terá de alcançar aqui a
estabilização da identidade.

• Quando esta identidade estiver firme, ele será capaz de ser estável com os outros,
conquistando, segundo Erikson, a lealdade e a fidelidade consigo mesmo, com seus
propósitos, conquistando o senso de identidade contínua.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• 6º ESTÁGIO: INTIMIDADE X ISOLAMENTO

• Ao estabelecer uma identidade definitiva e bem fortalecida, o indivíduo estará


pronto para uni-la à identidade de outra pessoa, sem se sentir ameaçado.

• Esta união caracteriza esta fase. Existe agora a possibilidade de associação com
intimidade, parceira e colaboração. Podemos agora falar na associação de um ego
ao outro.

• Para que essa associação seja positiva, é preciso que a pessoa tenha construído, ao
longo dos ciclos anteriores, um ego forte e autônomo o suficiente para aceitar o
convívio com outro ego sem se sentir anulado ou ameaçado.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• Quando isso não acontece, ou seja, o ego não é suficientemente seguro, a pessoa irá
preferir o isolamento à união, pois terá medo de compromissos, numa atitude de
“preservar” seu ego frágil.

• Quando esse isolamento ocorre por um período curto, não é negativo, pois todos
precisam de um tempo de isolamento para amadurecer o ego um pouco mais ou
então para certificar-se de que ele busca realmente uma associação.

• Porém, quando a pessoa se recusa por um longo tempo a assumir qualquer tipo de
compromisso, pode-se dizer que é um desfecho negativo para sua crise.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• 7º ESTÁGIO: GENERATIVIDADE X ESTAGNAÇÃO

• Nesta fase, o indivíduo tem a preocupação com tudo o que pode ser gerado, desde
filhos até idéias e produtos.

• Ele se dedica à geração e ao cuidado com o que gerou, o que é muito visível na
transmissão dos valores sociais de pai para filho.

• Esta é a fase em que o ser humano sente que sua personalidade foi enriquecida – e
não modificada – com tais ensinamentos. Isso acontece porque existe uma
necessidade inerente ao homem de transmitir, de ensinar.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• É uma forma de fazer-se sobreviver, de fazer valer todo o esforço de sua vida, de saber que tem um
pouco de si nos outros. Isso impede a absorção do ser em si mesmo e também a transmissão de uma
cultura.

• Caso esta transmissão não ocorra, o indivíduo se dá conta de que tudo o que fez e tudo o que construiu
não valei a pena, não teve um porquê, já que não existe como dar prosseguimento, seja em forma de
um filho, um sócio, uma empresa ou uma pesquisa.

• Cada vez mais esta fase tem se ampliado. Hoje, com uma gama maior de escolhas a serem feitas, as
formas de expressar a generatividade também se ampliam, de forma que as principais aquisições desta
fase, como dar e receber, criar e manter, podem ser vividas em diversos planos relacionais, não somente
na família.
TEORIA DE ERICK ERIKSON
• 8º ESTÁGIO: INTEGRIDADE X DESESPERO

• Agora é tempo do ser humano refletir, rever sua vida, o que fez, o que deixou de fazer.

• Pensa principalmente em termos de ordem e significado de suas realizações. Essa


retrospectiva pode ser vivenciada de diferentes formas.

• A pessoa pode simplesmente entrar em desespero ao ver a morte se aproximando. Surge um


sentimento de que o tempo acabou, que agora resta o fim de tudo, que nada mais pode
fazer pela sociedade, pela família, por nada. São aquelas pessoas que vivem em eterna
nostalgia e tristeza por sua velhice.

• A vivência também pode ser positiva. A pessoa sente a sensação de dever cumprido,
experimenta o sentimento de dignidade e integridade, e divide sua experiência e sabedoria.
TEORIA DE ERICK ERIKSON

• Existe ainda o perigo do indivíduo se julgar o mais sábio, e impor suas opiniões em
nome de sua idade e experiência.

• Erikson fala de duas principais possibilidades: procurar novas formas de estruturar o


tempo e utilizar sua experiência de vida em prol de viver bem os últimos anos ou
estagnar diante “do terrível fim”, quando desaparecem pouco a pouco todas as
fontes de carícia se vão e o desespero toma conta da pessoa.

• Teoria do Plano de Vida Segundo Erikson, durante o ciclo vital construiríamos o que
ele denomina plano de vida, um curso, um roteiro segundo o qual as crises do ego
vão se desenrolar de certa maneira, conforme as vivências individuais.
2. PERSPECTIVA HUMANISTA
• De acordo com Carl Rogers Considerava o sujeito na sua totalidade, atribuindo

grande importância à criatividade, intencionalidade, livre-arbítrio e espontaneidade.

• Rogers concede um lugar importante à noção de “si”, e define o modo como as

experiências são vividas e a forma como se apreende o mundo.

• Tendo isto como base, criou um teste intitulando-se Q-sort, e segundo o autor, a

personalidade desenvolve-se se no ambiente constar 3 factores primordiais: a

empatia, a visão positiva e as relações congruentes.


2. PERSPECTIVA HUMANISTA

• Maslow, considerava os indivíduos como fundamentalmente bons, racionais e

conscientes. E que estes eram os actores dos seus próprios destinos e evolução. Para

além disso, considerava que existiam factores motivacionais que sustentam a

personalidade.

• E tendo isto como base, Maslow elaborou uma hierarquia das necessidades, que são

organizadas em função da sua importância.


3. PERSPECTIVA DA APRENDIZAGEM

• Skinner considerava que o ambiente determina a maior parte das nossas respostas e que em
função das suas consequências, as mesmas serão ou reproduzidas ou eliminadas. Refere
ainda que os comportamentos respondem a leis: é possível controla-los através de
manipulações do ambiente (Skinner, 1971).

• Para Bandura, os factores mais importantes são os sociais e cognitivos. Insistindo no facto de
que a maioria dos reforços são de natureza social, como a atenção dos outros, a aprovação,
os sorrisos, o interesse e a aceitação. Ponto fulcral da teoria da aprendizagem de Bandura é o
facto de que com base na observação do comportamento de outrem, construímos uma ideia
de como os novos comportamentos são produzidos (Bandura, 1971).
4. PERSPECTIVA COGNITIVA

• Kelly considerava que os processos cognitivos representam a característica dominante da


personalidade. Para tal, o indivíduo formula expectativas às quais chamou de construtos
pessoais.

• Mischel, rejeitou desde logo a noção de traço de personalidade. Com isto, o autor sugeriu que
uma teoria adequada da personalidade devia ter em conta 5 categorias de variáveis
cognitivas: as competências, as estratégias de codificação, as expectativas, os valores
subjetivos e os sistemas de auto-regulação.

• No caso da depressão, Beck postulou que os doentes deprimidos têm distorções cognitivas,
que fazem com que eles descodifiquem realidade de maneira inadequada. Derivado disto, o
autor elaborou a terapia cognitiva para ajudar as pessoas a modificarem as distorções
cognitivas.
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