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Mat01112013192451 PDF
Mat01112013192451 PDF
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Mestre em Direito Agrário e Especialista em Direito Civil e de Empresa pela Universidade
Federal de Goiás (UFG). Especialista em Direito Processual pelo Axioma Jurídico. Professor de
Direito de Empresa na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), na Escola Superior
de Advocacia da OAB-GO e no Instituto Goiano de Direito Empresarial (IGDE). Procurador do
Estado de Goiás. Advogado.
1
representam pura relação de crédito, mas outra operação qualquer. São os
chamados títulos impróprios ou atípicos [...]”.2
Os referidos títulos impróprios ou atípicos também são chamados pela
doutrina de meros documentos comprobatórios ou títulos apenas legitimatórios
(ex.: ações de uma sociedade anônima, bilhetes de passagem, ingressos para
espetáculos etc) – os quais não podem ser confundidos com os títulos de crédito
impróprios, nem com os títulos de crédito atípicos ou inominados.
Seguindo a doutrina de Gladston Mamede, existe uma teoria geral
sobre os títulos de crédito, composta por diversos princípios cambiários. Partindo
desse pressuposto, “Os títulos de crédito próprios são a letra de câmbio, a nota
promissória, o cheque e a duplicata, tipos de cártulas que se ajustam
adequadamente aos princípios cambiários [...]. Para além desses, há um conjunto
vasto de títulos de crédito impróprios, cada qual apresentando particularidades
que rompem, em pontos específicos, com aqueles princípios, a exemplo da
cédula de crédito bancário, do conhecimento de depósito, da letra de crédito
imobiliária, entre outros. Essas variações pontuais, todavia, não têm o condão de
descaracterizá-los, por completo, como títulos de crédito, não os tornando meros
documentos comprobatórios ou títulos apenas legitimatórios, ao contrário dos
bilhetes de passagem, ingressos para espetáculos e outros tíquetes, que são
meras representações documentais de contratos estabelecidos. Tais bilhetes dão
direito ao gozo da faculdade contratada, mas não constituem, no sentido técnico,
declarações unilaterais; ademais, não trazem em si a literalidade absoluta da
obrigação, que se comprova com recurso a outros meios de prova (cartazes,
anúncios, testemunhas etc.). Nem estão obrigados a atender a requisitos de
forma prescrita em lei, anotação de data e local de emissão, precisão dos direitos
conferidos e assinatura”.3
Destaque-se que tanto os títulos de crédito próprios, quanto os títulos
de crédito impróprios, são títulos de crédito típicos, haja vista que se encontram
disciplinados pormenorizadamente em lei.
Noutro giro, os títulos de crédito atípicos ou inominados seriam aqueles
não previstos em lei e criados por força da autonomia privada. Há divergências
doutrinárias quanto à possibilidade jurídica de se criar títulos de crédito atípicos
ou inominados no Direito brasileiro. Aqueles que entendem ser juridicamente
possível, argumentam que estariam tais títulos de crédito atípicos ou inominados
sujeitos ao regime jurídico dos arts. 887 a 926 do Código Civil, mas sem
ostentarem a característica de título executivo extrajudicial.4 Então, fica a
pergunta: qual a vantagem de se criar um título de crédito atípico ou inominado se
somente servirá como meio de prova da existência de determinado crédito ?
2
Ricardo Negrão. Manual de Direito Comercial e de Empresa: títulos de crédito e contratos
empresariais. v. 2. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 24.
3
Gladston MAMEDE. Direito Empresarial brasileiro: títulos de crédito. v. 3. 3ª ed. São Paulo:
Atlas, 2006. p. 33.
4
Segundo Marlon Tomazette, “[...] é certo que os títulos atípicos, embora sejam títulos de crédito,
não são títulos executivos, na medida em que a executividade pressupõe um reconhecimento
legal específico. A tipicidade não atinge mais os títulos de crédito, mas atinge ainda os títulos
executivos. Um exemplo de título [de crédito] atípico usado no país é o chamado FICA, ou vaca-
papel, que visa a instrumentalizar os direitos decorrentes do contrato de parceria pecuária.
Neste contrato, o objeto é a cessão de animais para cria, recria, invernagem e engorda,
mediante partilha proporcional dos riscos e dos frutos ou lucros havidos. O título (vaca-papel)
representaria justamente o direito ao recebimento dos lucros e à devolução dos animais
entregues” (Curso de Direito Empresarial: títulos de crédito. v. 2. São Paulo: Saraiva, 2009. p.
13-14).
2
4. LEGISLAÇÃO CAMBIÁRIA
5
Marlon TOMAZETTE. Curso de Direito Empresarial: títulos de crédito. v. 2. São Paulo: Saraiva,
2009. p. 26.
3
do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo”),
a doutrina majoritária entende que é necessária a existência de lei
específica autorizando a emissão eletrônica ou virtual de títulos de
crédito. Nessa toada, Gladston Mamede aduz que “por ora, essa
evolução dá-se pela ampliação do rol dos chamados títulos de crédito
impróprios, a exemplo do certificado de depósito agropecuário e do
warrant agropecuário que, uma vez emitidos em papel, devem ser
custodiados por uma instituição financeira, passando, então, a ter
existência eletrônica, passando a ser negociados no mercado de
valores, conforme estipulação da Lei 11.076/04. Não e só. A letra
hipotecária é um título de existência meramente escritural, com emissão
facultativa de cártula, o que também ocorre com a cédula hipotecária e
a letra de crédito imobiliário, por força do que se encontra estipulado na
lei 10.931/04”.6
6
Gladston MAMEDE. Direito Empresarial brasileiro: títulos de crédito. v. 3. 3ª ed. São Paulo:
Atlas, 2006. p. 84.
7
REsp 167707/RS, DJ 19/12/2003, p. 466.
8
Marlon TOMAZETTE. Curso de Direito Empresarial: títulos de crédito. v. 2, São Paulo: Saraiva,
2009, p. 31.
4
5.3.1 Abstração: eventual irregularidade ou nulidade do negócio
jurídico que motivou a emissão do título de crédito não macula a
validade deste.
10
Marlon TOMAZETTE. Curso de Direito Empresarial: títulos de crédito. v. 2. São Paulo: Saraiva,
2009. p. 37
6
satisfativas do seu crédito, isto é, pode ajuizar diretamente um processo de
execução. Tal característica não se aplica aos chamados títulos atípicos”.11
7.2 São considerados bens móveis, razão pela qual podem ser objeto de
penhor (art. 1.451 e ss. do CC) e, ademais, a sua posse de boa-fé equivale à
propriedade (art. 16, inc. II, da LUG e art. 24 da Lei 7.357/85).
7.6 Pode-se dizer que “crédito” e “obrigação” são faces da mesma moeda.
Acredita-se que o Direito Cambiário (ao contrário do Direito das Obrigações)
tenha dado mais evidência ao crédito, pois a posição do credor nos títulos de
crédito é passível de constante variação, ao contrário da posição do devedor que
é estática naquela sede. “Como o devedor não tem certeza de quem é o atual
credor do título, nada mais lógico do que exigir que o credor apresente-o, para
poder exigir o seu pagamento. Diante da necessidade de apresentação do
documento ao devedor, é óbvio que o título de crédito contém uma obrigação
quesível, no sentido de que cabe ao credor dirigir-se ao devedor para exigir o
cumprimento da obrigação”.12
11
Marlon TOMAZETTE, Curso de Direito Empresarial: títulos de crédito. v. 2. São Paulo: Atlas,
2009. p. 20.
12
Marlon TOMAZETTE, Curso de Direito Empresarial: títulos de crédito. v. 2. São Paulo: Atlas,
2009. p. 19.
7
7.9 A falsificação de assinatura no título de crédito não obriga a pessoa
titular da assinatura falsificada, salvo se comprovado que esta tenha contribuído,
ao menos com culpa, agravando o risco para a ocorrência de tal falsificação.
“Somente se provado ter o falsificado, com o seu comportamento, agravado o
risco de que a falsificação ocorresse, pode-se transferir a esse, pelas regras
ordinárias do Direito (artigo 186 c/c 927 do Código Civil), a responsabilidade do
prejuízo sofrido por terceiro. Exemplifica-o a situação em que o falsário é um
preposto daquele que teve a firma falsificada e, beneficiando-se da aparência de
regularidade, oferece a cártula a terceiro que sabe da relação de preposição”.13
8. ENDOSSO
13
Gladston MAMEDE. Direito Empresarial brasileiro: títulos de crédito. v. 3. 3ª ed. São Paulo:
Atlas, 2006, p. 79.
8
8.2 Formalização: No verso do título de crédito, basta uma mera
assinatura do endossante. Contudo, se o for no anverso, é necessário que a
assinatura esteja acompanhada de alguma expressão que indique
inequivocamente que se trata de endosso. Ex.: pague-se a “fulano de tal”,
transfere-se a “ciclano de tal”, endossado a “beltrano de tal”.
8.3 Efeitos: Regra geral, o endosso produz dois efeitos: (a) transfere a
titularidade do crédito e a posse da cártula, razão pela qual não há endosso
parcial; (b) torna o endossante co-responsável pelo pagamento do título (salvo se
contiver no endosso a “cláusula sem garantia”), consoante art. 15 da LUG e art.
21 da Lei do Cheque.
9
9. AVAL
14
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FUNDADA EM TÍTULO DE CRÉDITO. CHEQUE.
LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. CARACTERIZAÇÃO. ASSINATURA NO VERSO DA
CÁRTULA. AVAL. 1 - Consignado pelas instâncias ordinárias haver o recorrente assinado no
verso do cheque, sem indicação alguma, não se trata de reexame de provas, mas de, partindo
dessa premissa fática, dar à espécie a qualificação jurídica que o caso requer. 2 - Denotado que
o cheque, na hipótese vertente não é ao portador, mas nominal, e a assinatura constante do seu
verso é de outra pessoa, que não o seu beneficiário, a conclusão é de que somente pode ter
sido efetivada como aval, ainda que não especificada a sua finalidade (por aval), pois, do
contrário, estar-se-ia admitindo quebra na cadeia creditícia. 3 - Somente poderia ser endosso se
a assinatura constante no verso da cártula coincidisse com quem dela seja o beneficiário, o que
não ocorre na espécie, pois o beneficiário é pessoa diversa daquela que apôs a assinatura no
dorso do cheque em apreço. 4 - A assinatura, que não se pode ter por inútil no título, faz atribuir
à pessoa que a apôs coobrigação e responsabilidade pelo crédito por ele representado. 5 -
Legitimidade passiva ad causam que se impõe àquele tido por avalista. 6 - Recurso especial não
conhecido. (STJ, REsp 493861 / MG, Rel. Min. Aldir Passarinho Júnior, Rel. p/ Acórdão Min.
Fernando Gonçalves, Quarta Turma, DJe 01/12/2008)
15
Sobre a necessidade de outorga conjugal par a eficácia da fiança, o STJ editou a Súmula 332: A
fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia.
16
Nesse sentido, foi editado o Enunciado 114 do Conselho da Justiça Federal – Art.1.647: “o aval
não pode ser anulado por falta de vênia conjugal, de modo que o inc. III do art. 1.647 apenas
caracteriza a inoponibilidade do título ao cônjuge que não assentiu.” Em sentido contrário,
Marlon Tomazette defende, in verbis: “Embora tal interpretação prestigie os terceiros de boa-fé,
10
10. LETRA DE CÂMBIO
o que é louvável, discordamos da sua aplicação no regime do Código Civil. Este diz
expressamente que o aval, dado sem outorga conjugal, é anulável, não dando margem a
interpretação de uma ineficácia em relação à meação do cônjuge” (Curso de Direito Empresarial:
títulos de crédito. v. 2. São Paulo: Atlas, 2009. p. 125).
11
10.3.2 A data do pagamento é o único requisito não essencial,
pois diante de sua ausência considera-se que a letra tenha sido
sacada à vista;
12
câmbio a certo tempo da vista deve ser datado, para que seja
possível aferir a partir de quando inicia o prazo para o vencimento.
17
Ricardo NEGRÃO. Manual de Direito Comercial e de Empresa: títulos de crédito e contratos
empresariais. v. 2. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 84.
18
“Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de
obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida” (art. 1º da Lei 9.492/97).
13
10.9.2 Protesto por falta da data no aceite (art. 25 da LUG): Segue
a mesma regra do protesto por falta de aceite e, dessa forma, é
obrigatório nas letras de câmbio com vencimento a certo termo da
vista.
19
Ricardo NEGRÃO. Manual de Direito Comercial e de Empresa: títulos de crédito e contratos
empresariais. v. 2. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 97..
20
Marlon TOMAZETTE. Curso de Direito Empresarial: títulos de crédito. v. 2. São Paulo: Atlas,
2009. p. 171.
14
11. NOTA PROMISSÓRIA
11.5 Nota promissória vinculada a contrato: tem sido admitido pelo STJ
que a nota promissória se vincule ao cumprimento de determinado contrato,
hipótese em que fica afastada a aplicação do princípio da autonomia dos títulos
de crédito. Para que não seja afetada a executividade da nota promissória em tais
casos, é necessária a presença de dois pressupostos: (a) identificação do
contrato no corpo da nota promissória; (b) o contrato deve trazer um valor líquido,
como o faz, por exemplo, o contrato de mútuo bancário ou de abertura de crédito
fixo (STJ, AgRg no REsp 623809/MT). ATENÇÃO: Apesar do teor genérico da
súmula 258 do STJ, analisando a jurisprudência do STJ, parece que dita súmula
ao prever que “a nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não
goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou” quer se referir
tão-somente ao contrato de abertura de crédito tradicional ou rotativo (e não ao de
crédito fixo). Ademais, destaque-se que a iliquidez do contrato de abertura de
crédito tradicional ou rotativo não é afastada ainda que se apresente extrato
pormenorizado dos vários empréstimos concedidos direto em conta corrente, nos
termos da Súmula 233 também do STJ: “o contrato de abertura de crédito, ainda
que acompanhado de extrato de conta corrente, não é título executivo”.
15
12. CHEQUE
16
afastaram a opção, definindo que deveria constar no corpo do
cheque o endereço do sacado”.21
21
Marlon TOMAZETTE. Curso de Direito Empresarial: títulos de crédito. v. 2. São Paulo: Atlas,
2009. p. 215-216.
22
Marlon TOMAZETTE. Curso de Direito Empresarial: títulos de crédito. v. 2. São Paulo: Atlas,
2009. p. 218.
17
banco sacado se obriga a debitar da conta do emitente o valor
visado e reservá-lo em prol do beneficiário do cheque durante o
prazo de apresentação. OBS.: somente pode ser visado o cheque
nominal que ainda não tenha sido endossado, mas nada impede
que, posteriormente ao “visto”, seja o cheque endossado a outra
pessoa.
23
Fábio Ulhoa COELHO. Curso de Direito Comercial. v. 1. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006. p.
448
18
12.8 Prazo de apresentação ao banco sacado: É de 30 (trinta) dias a
contar da emissão, quando emitido o cheque no mesmo lugar onde houver de ser
pago, e de 60 (sessenta) dias, quando a emissão ocorrer em lugar distinto (art. 33
da Lei do Cheque). A não apresentação do cheque nesses prazos traz como
conseqüência a impossibilidade de que o cheque, que não tenha sido pago pelo
banco sacado, seja cobrado de eventuais endossantes e seus avalistas (art. 47,
inc. II, da Lei do Cheque), mas não influi na possibilidade de cobrança do
emitente e seus avalistas (art. 47, inc. I, da Lei do Cheque e Súmula 600 do
STF24), salvo se estes últimos comprovarem que havia fundos disponíveis durante
o prazo de apresentação, mas que deixou de haver posteriormente, em razão de
fato não imputável ao emitente (art. 47, § 3º, Lei do Cheque).
24
Súmula 600 do STF: “Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não
apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária”.
25
Súmula 370 do STJ: “Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-
datado”.
19
o dolo de emitir uma ‘ordem de pagamento à vista”, mas meramente uma
“promessa de pagamento futuro”.26
13. DUPLICATA
26
Ementa: HABEAS CORPUS. ESTELIONATO. ART. 171, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL.
FRUSTRAÇÃO NO PAGAMENTO DE CHEQUE PRÉ-DATADO. PEDIDO DE TRANCAMENTO.
ATIPICIDADE. PROCEDÊNCIA. 1. Esta Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça tem
proclamado que a frustração no pagamento de cheque pré-datado não caracteriza o crime de
estelionato, seja na forma do caput do art. 171 do Código Penal, ou na do seu § 2º, inciso VI. 2.
Isso porque o cheque pós-datado, popularmente conhecido como pré-datado, não se cuida de
ordem de pagamento à vista, mas, sim, de garantia de dívida. 3. Ressalva do entendimento do
Relator no sentido de que a frustração no pagamento de cheque pós-datado, a depender do
caso concreto, pode consubstanciar infração ao preceito proibitivo do art. 171, caput, desde que
demonstrada na denúncia, e pelos elementos de cognição que a acompanham, a intenção
deliberada de obtenção de vantagem ilícita por meio ardil ou o artifício. 4. Ordem concedida.
(STJ, HC 121628 / SC, Rel. Min. OG Fernandes, Sexta Turma, DJe 29/03/2010).
20
Lei 5.474/68). OBS.: Ressalte-se que essa causalidade das hipóteses que
autorizam o saque da duplicata não tem nada a ver com o sub-princípio da
abstração, relacionado com o princípio da autonomia, a que se submetem todos
os títulos de crédito próprios, a exemplo da duplicata.
27
Marlon TOMAZETTE. Curso de Direito Empresarial: títulos de crédito. v. 2. São Paulo: Atlas,
2009. p. 277-278.
21
13.5.1 Remessa da duplicata ao sacado e aceite expresso:
Após ser sacada, a duplicata deve ser enviada ao sacado, nos
prazos do art. 6º da Lei 5.474/68. Recebida a duplicata, o sacado
deverá pagá-la (se for duplicata à vista) ou, nos 10 dias seguintes,
devolvê-la com o aceite dado (se for duplicata vencível a dia certo).
22
hipótese na qual o credor envia a triplicata para o protesto, em vez de realizar o
protesto “por indicações” da duplicata.
28
Marlon TOMAZETTE. Curso de Direito Empresarial: títulos de crédito. v. 2. São Paulo: Atlas,
2009. p. 291.
29
Art. 8º omissis
Parágrafo único. Poderão ser recepcionadas as indicações a protestos das Duplicatas Mercantis
e de Prestação de Serviços, por meio magnético ou de gravação eletrônica de dados, sendo de
inteira responsabilidade do apresentante os dados fornecidos, ficando a cargo dos Tabelionatos
a mera instrumentalização das mesmas.
30
Art. 889 omissis
§ 3º O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico
equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos
previstos neste artigo.
31
Art. 13 omissis
§ 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso,
mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações do portador,
na falta de devolução do título.
32
Art. 21. omissis
[...]
§ 3º Quando o sacado retiver a letra de câmbio ou a duplicata enviada para aceite e não
proceder à devolução dentro do prazo legal, o protesto poderá ser baseado na segunda via da
letra de câmbio ou nas indicações da duplicata, que se limitarão a conter os mesmos requisitos
lançados pelo sacador ao tempo da emissão da duplicata, vedada a exigência de qualquer
formalidade não prevista na Lei que regula a emissão e circulação das duplicatas.
23
especialmente se este, tomando conhecimento de um boleto bancário, comunica
que não recebeu a mercadoria a que se refere o título” (REsp 499516/RJ; DJ
01/09/2003 p. 299). Porém, em recente julgado, a Terceira Turma do Superior
Tribunal de Justiça adotou entendimento diverso: “o protesto por indicação de
duplicatas emitidas na forma virtual é admitido em lei” (REsp 1037819/MT; DJe
10/03/2010).
13.9 Duplicata simulada: O art. 172 do Código Penal prevê como crime a
conduta de “emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à
mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado”
(caput), bem como “falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de
Duplicatas” (parágrafo único).
24