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CURSO: Engenharia de produção DISCIPLINA: Logística

PROFESSOR: Newton Narciso Pereira

1 Aula 1 - Logística no dia a dia


1.1 Meta
Nesta aula nós vamos discutir os aspectos gerais dos sistemas de logísticas e como isso implica
no dia a dia das organizações e da nossa vida cotidiana. Serão apresentados os conceitos de
logística e cadeia de suprimentos, bem como, sua interação em âmbito global e regional.
Portanto, eu pretendo que você estudante tenha uma visão geral do sistema logístico.

1.2 Objetivos
Nesta aula introdutória aos sistemas logísticos meu objetivo é fazer com que você embarque
comigo numa profunda viagem em que iremos identificar como a logística é importante para
que tenhamos em nossas mãos os produtos mais e mais complexos. Assim, nesta aula nós
iremos entender alguns pontos de ligação com o restante da disciplina sendo:
• Identificar a conceituação de logística;
• Compreender o funcionamento das cadeias de suprimentos;
• Avaliar o papel da logística para as empresas líderes de mercado
• Relacionar a importância da logística
• Perceber algumas variáveis econômicas que dirigem investimentos na área no exterior
e no Brasil.

Deste modo, eu espero que ao término desta aula você seja capaz de:
1. Identificar a importância da logística no desenvolvimento das empresas
2. Entender porque as empresas líderes são aquelas que dominam as cadeias de
suprimentos
3. Compreender como uma cadeia de suprimentos eficiente consegue atender os desejos
dos clientes
4. Verificar a importância dos investimentos em logística para o desenvolvimento de uma
nação.

2 Introdução

Você já parou para pensar porque quando você vai a um supermercado as gondolas estão
sempre cheias? Porque as lojas de celulares estão com suas vitrines repletas de aparelhos para
que você possa comprar? Quando vai a uma concessionaria de carros e verifica que sempre tem
veículos dentro dos pátios? Ou quando você está no Mcdonalds e sempre tem um hambúrguer
a sua espera?
Desenvolvimento Instrucional

Você sabe quem propiciou tudo isso para você? A logística!

A definição básica de logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Suprimento que


planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-
primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações a eles
relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às
exigências dos clientes (BALLOU, 2008).

Partindo deste princípio nós agora conseguimos entender porque os itens apontados acima
acontecem. Imagine você chegando ao supermercado e gondola esteja vazia. Isso significa que
o planejamento e controle da cadeia de suprimentos falhou. Alguma coisa aconteceu ao longo
do processo que levou a falta de produto na prateleira. Pode ter sido um projeto na gestão do
estoque? No controle de fluxo dos produtos que estão saindo pelas caixas registradoras que não
estavam integrados ao estoque? Pode ter sido uma falha de comunicação do sistema de gestão
de estoque? Pode ter acontecido de que o fabricante dos produtos não tenha recebido uma
ordem para enviar os produtos para o supermercado? Os pedidos que chegaram ao fabricante
foram enviados em cima da hora e ele estava sem estoque e não conseguiu entregar no
momento certo? O caminhão que estava trazendo a carga foi assaltado e não conseguiu chegar
a tempo para suprir a necessidade dos clientes? Enfim, são inúmeras as possibilidades de falha
que podem levar a faltar produtos na gôndola do supermercado.

Em função disso, você foi ao supermercado para comprar o produto A, porém ele não se
encontrava na prateleira e você opta por comprar o produto B, que pode ser inferior ao produto
A. Uma vez que você comprou o produto B vai experimentá-lo e percebe que aquele produto
também pode atender as suas necessidades e passa então não mais escolher o produto A e sim
o B. Tudo isso, por um problema de falta de abastecimento de produtos devido a falha de
controle, planejamento, fluxo de informações que pode ter comprometido sua fidelidade ao
produto. Sabendo-se disso, as empresas buscam fazer um enorme esforço para que seu sistema
logístico de distribuição de produtos seja o mais eficiente possível para atender seus clientes e
não perder vendas. Este é o papel de uma cadeia de suprimentos eficiente que conta com um
serviço de logística eficiente.

O mesmo efeito acontece com as lojas de celulares. Observe que existe sempre uma infinidade
de produtos a disposição para que o cliente possa tomar a decisão de comprar. O mesmo
fabricante disponibiliza inúmeros modelos para você escolher, pois ele sabe que se em alguma
eventualidade de falha no sistema de logística sempre haverá um produto substituto para
atender você dentro das suas necessidades. Por exemplo, você deseja comprar um SAMSUNG
J1. Dirige-se a uma loja no centro da cidade. Ao chegar conversa com vendedor sobre seu
interesse em adquirir o aparelho. O vendedor mostra alguns modelos para você além daquele
que você desejava. Quando ele está fazendo isso ele está analisando seu comportamento em
relação ao seu desejo de compra. Muitas vezes ele já tem a informação de que o J1 não está
disponível naquele momento. A loja toma a decisão muitas vezes em conjunto com o
distribuidor e com o fabricante de reduzir o preço para que você não deixe de comprar um
aparelho daquela marca e oferece um desconto para um aparelho superior. Tudo isso, porque
a marca esta buscando garantir a fidelidade do cliente.

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Porem considere que o aparelho esteja em estoque, você escolhe seu modelo compra e leva
para casa, começa a utilizar e fica contente. Isso significa que a cadeia de suprimentos cumpriu
seu papel de gerar valor e atender as necessidades do cliente no momento certo, na quantidade
correta e de forma eficiente.

Agora você começa a entender melhor o papel da logística e da cadeia de suprimento no nosso
dia a dia.

3 Cadeia de suprimentos
Para compreender os princípios de uma cadeia de suprimentos e o funcionamento de um
sistema logístico temos um exemplo particular dentro de nossa própria casa. Observe que a
Figura 1 mostra um sistema de abastecimento convencional em todas as residências, uma
geladeira. A geladeira é nosso estoque, em que ali fazemos a gestão dos nossos recursos
alimentícios que precisam ficar resfriados.

Se lembrarmos de quando éramos pequenos, nós vamos verificar que os nossos pais eram
responsáveis por manter a geladeira cheia. Ou seja, eles eram responsáveis pelo planejamento,
gestão e controle do estoque. Eles iam ao supermercado e comprovam os itens que estavam
faltando. Para isso, eles tinham de ter a informação da posição de estoque, ou seja, se algum
produto estava prestes a acabar ou tinha acabado teriam que repor. Ao momento que iam até
o supermercado para fazer a reposição estamos procurando nosso fornecedor responsável por
atender nossa necessidade. Uma vez que realizavam a compra e voltavam para a casa para
reabastecer o estoque que era na sequência dos dias consumido. Assim, o fluxo da cadeia de
suprimentos se mantinha continuamente. Este é o princípio básico do funcionamento de uma
cadeia de suprimentos, com seus componentes operando em conjunto para satisfazer a
necessidade do cliente final.

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Figura 1 – Exemplificação de um sistema de abastecimento domestico - Fonte: https://br.pinterest.com

Deste modo, nosso primeiro contato com este mundo de abastecimento, distribuição,
transporte, fluxo de informações e fluxo monetário ocorre na nossa infância dentro de casa.
Quando crescemos parte deste processo começa a ser repassado para nós, quando nossos pais
solicitam para que vamos até o supermercado, uma loja, uma farmácia fazer o ressuprimento
do estoque dentro de casa. Ou seja, estamos integrados dentro de uma cadeia de suprimentos
e muitas vezes não nos damos conta de como isso funciona.

Neste contexto, a Figura 2 mostra como funciona uma cadeia de suprimentos de distribuição de
produtos de bebidas, neste caso, a AMBEV. Podemos notar que na ponta final da cadeia estão
os clientes, que em linhas gerais somos nós! Para que os clientes possam ficar felizes sempre
que desejam tomar uma bebida fabricada pela empresa, a cadeia de suprimentos precisa
funcionar. Os elos desta cadeia envolvem fornecedores, fábricas, revendas, Centros de
Distribuição (CD’S), armazenagem e transporte.

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Figura 2 – Representação clássica de uma cadeia de suprimentos: Caso AMBEV – Fonte Ambev
(http://slideplayer.com.br/slide/391058/)

Em cada elo da cadeia existe uma troca de informações, produtos e recursos financeiros. Os
clientes compram no supermercado que recebe o dinheiro da venda. Eles pagam para os
revendedores e distribuidores que enviam seus produtos para abastecerem o supermercado.
Os revendedores e distribuidores compram da fábrica para atender seus clientes finais e
realizam o pagamento. A fábrica compra os insumos de seus fornecedores para produzir a
bebida para entregar aos distribuidores que entregarão aos supermercados que por fim
venderão aos clientes. Neste sistema observem que existem fluxos de informação, dinheiro,
produtos, veículos, serviços e etc. que são associados a cadeia de suprimentos.

Observe então que a logística é uma parte importante deste processo, pois auxilia no processo
de controle e atendimento das necessidades de todos os envolvidos no processo.

Esses conceitos são fundamentais para que nós possamos compreender como funcionam estas
cadeias de suprimentos em âmbito global.

BOX inicio

É o processo da movimentação de bens desde o pedido do cliente através dos estágios de


aquisição de matéria prima, produção até a distribuição dos bens para os clientes” (Rockford
Consulting Group – RCG, 2001).

BOX fim

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3.1 Empresas líderes em cadeia de suprimentos


A melhor gestão da cadeia de suprimentos permite que empresas se destaquem em âmbito
global, fazendo com que eles se tornem líderes em alguns segmentos de produtos e serviços.
Portanto devemos ter em mente que:

• Logística e gestão da cadeia de suprimentos é a variável estratégica para muitas


empresas.

• Essas empresas investem significativamente no desenvolvimento da capacidade de


reação logística.

• Seu sucesso no mercado deve-se a muitas coisas, mas não pode haver dúvidas sobre o
papel que a logística e a gestão de cadeias de suprimentos desempenham na
consecução desse sucesso.

Observe a Figura 3 e veja se você reconhece algumas das marcas que estão apresentadas?

Figura 3 – Principais marcas de produtos presentes em todo o mundo - Fonte:


http://mpmartinezmendilaharzu.blogspot.com.br/

É obvio que pelo menos uma destas marcas você conhece ou já ouviu falar alguma vez. Essas
empresas são líderes nos seus segmentos de mercado. Por exemplo, a BWM é uma empresa
líder no segmento de veículos de luxo, em que é possível encontrar seus carros em qualquer
lugar do mundo. Provavelmente o celular que você esteja utilizando seja SAMSUNG, APPLE,
NOKIA, pois são empresas que conseguem distribuir seus produtos em todo o planeta. A
impressora que você utiliza para impressão tem uma grande chance de ser HP, e o seu site
favorito de busca ser o Google.

Considerando estes aspectos nós podemos agora olhar a Figura 4 que mostra as conexões
globais entre as corporações mundiais. Fica muito claro que as grandes corporações estão

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unidas em termos de grandes cadeias de suprimentos para que possam disponibilizar os


produtos e serviços para todos os clientes distribuídos ao redor do globo. Ou seja, as cadeias de
suprimento se unem e criam grupos que buscam compartilhar forças e agregar valor ao produto.

Figura 4 – Conexões globais entre as empresas - Fonte: https://www.flickr.com/photos/zoharma/97214235/sizes/o/

Cabe salientar que um produto só tem valor quando eles estão nas mãos de um cliente. Para
isso, ele precisa satisfazer as necessidades dos clientes para que ele seja consumido. Não é
incomum encontrarmos produtos que ficam parados nas prateleiras de lojas e supermercados
com baixo giro, pois não atende as necessidades dos consumidores.

Neste contexto, no Brasil nós temos empresas que estão inseridas dentro desta grande cadeia
de suprimentos globais. Uma das mais notórias é a VALE, empresa que opera no setor de minério
de ferro.

A Vale é a segunda maior empresa mineradora do mundo e está presente em inúmeros países,
conforme mostra a Figura 5. Nossa participação global deve-se ao fato do minério produzido no
Brasil ter o maior teor de ferro do mundo, o que nos traz uma vantagem competitiva.

O nosso maior mercado consumidor de minério de ferro do mundo é o Chinês. 85% de todo o
minério produzido no Brasil tem destino o mercado asiático. Contudo, nós estamos a cerca de
14.000 km de distância dos nossos principais clientes. Porem temos uma vantagem em relação
a qualidade do produto, que faz os asiáticos comprarem minério dos australianos que estão bem
próximo, porém precisam do minério brasileiro para misturar e fabricar o aço. Deste modo, nós
temos uma participação global e estamos concorrendo dentro de cadeias logísticas complexas,
pois existe a lei da oferta e procura que rege este mercado de commodities.

Verbete:

INICIO

Commodities é uma palavra em inglês, é o plural de commodity que significa mercadoria. Esta
palavra é usada para descrever produtos de baixo valor agregado. São artigos de comércio,

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bens que não sofrem processos de alteração (ou que são pouco diferenciados), como frutas,
legumes, cereais e alguns metais. Como seguem um determinado padrão, o preço das
commodities é negociado na Bolsa de Valores Internacionais, e depende de algumas
circunstâncias do mercado, como a oferta e demanda.

FIM

Figura 5 – Participação global da VALE - Fonte (http://www.vale.com)

Além de minério de ferro a VALE também opera com outros insumos como o carvão que são
produzidos na África e exportados para o mundo, bem como, níquel no Canadá entre outras
operações.

Deste modo, podemos observar a VALE como uma empresa líder no seu segmento que opera
da seguinte forma:

• Foco de fora para dentro: Demanda perto do cliente - Exemplo: VALE – Minério para
mercado chinês - Desafios: atender clientes do outro lado do mundo;

• Inovação: integração no projeto e produto (VALEMAX);

Para atender este mercado e ser competitiva a empresa em 2007 mandou fabricar 30 navios
gigantes chamados de VALEMAX para reduzir seu custo de transporte por unidade de carga. Ou
seja, ela usou um princípio fundamental na logística que é a economia de escala.

BOX inicio

Economia de escala: é aquela que organiza o processo produtivo de maneira que se alcance a
máxima utilização dos fatores produtivos envolvidos no processo, procurando como resultado
baixos custos de produção e o incremento de bens e serviços.

BOX Fim

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Deste modo, o objetivo principal era transportar mais pagando menos por tonelada. Isso é
conseguido a partir do momento que você aumenta a capacidade do veículo transportador
mantendo um custo fixo muito próximo do caso anterior, porém transportando praticamente o
dobro do volume. No caso do navio VALEMAX ele foi projeto no Brasil para transportar 400.000
t de minério de ferro. Antes do VALEMAX o tamanho médio dos navios que operavam na frota
própria da VALE era de 180.000 t. Portanto a empresa conseguiu dobrar sua capacidade de
transporte e reduzir o custo unitário dentro de uma estratégia de ser mais eficiente e
competitiva dentro da sua cadeia de suprimentos. A Figura 6 mostra a atuação da VALE na
distribuição de minério de ferro do Brasil para a Malásia. O fluxo dos produtos parte dos portos
brasileiros no Maranhão (Terminal Marítimo de Ponta da Madeira), Vitória (Porto de Tubarão)
e Rio de Janeiro (Terminal Ilha Guaíba) para operações de processamento e distribuição.

Figura 6 – Atuação da VALE na distribuição de produtos para Ásia oriundos do Brasil

Por outro lado, nós podemos verificar que estas operações envolvem uma enorme
quantidade de pessoas, ativos, infraestrutura e uma rede de informações que precisa para
alimentar todos os elos da cadeia de suprimentos e orientar as decisões logísticas.

BOX inicio

A gestão das cadeias de suprimentos é a integração de processos de negócios desde o usuário


final até os fornecedores originais que providenciam produtos, serviços e informações que
adicionam valor para os clientes e gestores (Pires, 2004).

BOX fim

A VALE foi um exemplo nacional, mas se analisarmos outras marcas vamos verificar
comportamentos semelhantes em termos de organização e eficiência da cadeia de suprimentos.

A Benetton é uma empresa transnacional italiana de moda. O nome vem dos quatro membros
da Família Benetton que fundaram a companhia em 1965. A marca está registrada na cidade de
Milão, mas conta com uma rede de mais de 6.000 lojas, em 120 países.1 Imagine o grau de

1
http://www.roupas.com/benetton/

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esforço da equipe de logística da empresa para garantir que todas as lojas sejam abastecidas
com os produtos da marca. Além disso, pense que a cada estação praticamente as coleções
anteriores precisam ser alteradas e retiradas dos estoques das lojas.

O mesmo ocorre com a ZARA e H&M que são marcas de roupas com foco no atendimento do
público feminino com lojas espalhadas por várias partes do mundo.

Figura 7 – Empresas líderes em suas áreas de atuação

No âmbito do mercado de celulares, as principais marcas são APPLE e SAMSUNG. Juntas elas
dominam 75% do mercado de celulares mundial. A APPLE a cada 12 de setembro de cada faz
um lançamento de um novo celular. Para isso, ela precisa acionar toda sua cadeia de
suprimentos para atendimento global de suas lojas. Porém, observe que os novos modelos são
lançados inicialmente nos Estados Unidos. Na sequência eles são distribuídos na Europa e Ásia
e na sequência no mercado latino.

Isso ocorre devido a necessidade de preparação da cadeia de suprimentos para atender o


mercado de distribuição dos novos modelos de celulares. Assim, os mesmos podem ser
produzidos em diversas partes do mundo e depois distribuídos para atender as necessidades
dos clientes. A Figura 8 mostra um exemplo mais detalhado deste processo. Steve Jobs enquanto
estava vivo desenvolveu o conceito do Iphone. A partir do seu conceito o projeto é enviado para
uma empresa na China chamada FOXCONN que fabrica o equipamento. Uma vez que é fabricado
estes telefones são distribuídos por meio de uma empresa terceirizada que cuida do processo
distribuição ao longo da cadeia e atende as necessidades do cliente.

Deste modo, nós podemos concluir que estamos na era da “concorrência entre redes”, em que
prêmios vão para aquelas organizações que podem se estruturar, coordenar e gerenciar melhor
os relacionamentos com seus parceiros em uma rede comprometida de entregar valor superior
ao cliente (Christopher, 2011).

BOX inicio

“As empresas individuais não competem mais com entidades autônomas, mas com cadeias de
suprimentos”.

BOX fim

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Figura 8 - Agregação de valor de uma cadeia de suprimentos com eficiência logística

Observe que o sucesso da cadeia de suprimentos é refletido no efeito que ele causa quando está
na mão do cliente. Antes disso, o produto não conseguiu ter seu valor de fato. Nunca se esqueça
disso, produto parado na prateleira é prejuízo!

4 A importância da logística
Diante do exposto anteriormente, nós podemos verificar que a cadeia de suprimentos precisa
ter um sistema logístico eficiente para atender as necessidades dos clientes. É por isso, que a
atividade logística é fundamental para o sucesso de uma cadeia de suprimentos. Veja alguns
aspectos de importância dentro do sistema logístico dos países:

▪ A Logística movimenta cerca de 10% do PIB da maioria dos países, inclusive EUA
e Brasil.

▪ Na Europa, a Indústria de Transportes emprega 10 milhões de pessoas, e


representa 4,6% do PIB.

▪ 13,2% do budget das empresas é gasto com Transportes, o que representa de


10% a 15% do custo final de seus produtos.

▪ Os valores estimados de gastos com Transporte de Carga no Brasil são de 5,8%


do PIB, ou U$225 bilhões por ano.

▪ 70% das empresas de Transportes (juridicamente estabelecidas) tem 5 ou


menos pessoas.

Quando nós observamos os países desenvolvidos eles têm elevado investimento em


infraestrutura de transporte. Isso faz com eles tenham condições de ter agilidade na entrega dos
produtos produzidos no seu interior. Deste modo, a logística tem um papel fundamental na
competitividade entre as nações. O profissional da área logística deve estar antenado com as

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diversas questões que envolvem o desenvolvimento dos países, tais como, variáveis
econômicos, ambientais e sociais. Quando consideramos as questões econômicas podemos
observar o valor gerado pelas empresas que compõem os diversos países do mundo. Estes são
valores relativo a bolsa de valores, considerando os valores médio de cotação das ações das
empresas que compõem as bolsas. Vamos comparar apenas dois países emergentes, China e
Brasil, conforme mostrado na Figura 9.

Figura 9 – Valor de mercado das bolsas de valores de diversos países do mundo

O valor da bolsa chinesa é da ordem 13 trilhões de dólares somadas com a bolsa de Hong Kong.
Quando comparamos com os valores da bolsa do Brasil estamos falando em algo em torno de
500 bilhões de dólares. Esta discrepância de valores entre a segunda maior economia do mundo
e o Brasil releva um aspecto extremamente importante, a influência da cadeia logística de cada
um destes países.

Se você considerar as principais cargas exportadas pelo Brasil são commodities. Ou seja, o Brasil
é um país que exporta em sua maioria matéria prima como soja, milho e minério de ferro.
Quando comparamos com a China ela exporta uma série de produtos industrializado para todo
o mundo, que envolve desde pequenas coisas que compramos nas lojas de R$ 1,99 a maquinas
de diversos segmentos com enorme valor agregado. É por isso, que quando comparamos o valor
gerado dentro dos países temos discrepâncias tão significativas. Faça a seguinte conta.

A soja no mercado internacional é cotada em aproximadamente $380 dólares a tonelada. Vamos


considerar o valor médio de um IPHONE como sendo $700 dólares. Assim, cada se cada IPHONE
pesar meio quilo, em uma tonelada de IPHONE teremos 2.000 aparelhos. Se multiplicarmos
$700 x 2.000 = $1.400.000 dólares. Ou seja, qual tonelada de produto tem maior valor agregado?

4.1 A visão global de investimento em logística


Uma questão importante mostrada até aqui é o valor das cadeias de suprimentos, bem como,
como a logística influencia na eficiência do processo de distribuição dos produtos. A partir de
agora vamos fazer uma imersão num universo que demonstra como a China e o Brasil que estão

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nos mesmos patamares de países emergentes direcionam seus investimentos em infraestrutura


logística.

Para iniciarmos esta conversa, nós temos que ter em mente que existem algumas características
básicas de cada país. Isso nós podemos perguntar para você:

• Qual é a vocação da China?


• Qual é a vocação da Brasil?

A priori nós podemos responder que a vocação de cada país é determinada pelas suas
características físicas, tecnológicas, desenvolvimento cientifico, bem como, poder econômico.
Cada país deve definir o seu ponto alvo. Pelo que temos visto a China tem uma vocação de
produzir produtos de baixo custo, mas também de produzir produtos de alto valor agregado.
Agora pergunte-se novamente, qual é a vocação do Brasil? Infelizmente nós não temos muito
bem definida qual é nossa vocação, porém poderíamos ser o maior produtor de comida do
mundo? Poderemos continuar a ser o maior produtor de carne do mundo? Podemos ser o maior
produto de etanol do mundo? Vamos ser o maior produtor de minério de ferro do mundo? Ou
seja, dos pontos que elencamos podemos notar que temos uma grande vocação para produção
de matéria prima. Se esta for a vocação do nosso país nós temos de ser os melhores no que
fazemos para sermos competitivos. Para isso nós precisamos ter infraestruturas eficientes que
nos permita concorrer com outros países.

Segundo a FIESP os componentes da Infraestrutura são:

L – Logística e Transportes;

E – Energia;

T – Telecomunicações;

S – Saneamento Básico.

Essas seriam as componentes mínimas que o ESTADO deveria oferecer para a instalação de
indústrias no seu território!

Partindo deste ponto, nós vamos analisar o desenvolvimento da infraestrutura logística na China
e depois comparar com alguns indicadores no Brasil para pensarmos a respeito.

4.2 China
A China em termos de extensão territorial é um pouco maior que o Brasil. Ambos os países são
grandes, porém o que difere é o contingente populacional. A população brasileira é da ordem
de 207 milhões de pessoas e a chinesa é de 1,4 bilhões de habitantes. Isso por si só mostra o
diferencial em termos de demanda por comida, energia, transporte, saneamento básico entre
outras coisas.

Como a china é um país que tem se dedicado nos últimos 20 anos ao desenvolvimento e
produção de produtos diversos, ela precisou investir em infraestrutura para atender a demanda
das empresas que se instalaram em seu território e conseguir fazer com as cadeias de

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suprimento fossem eficientes. Esse é o principal diferencial no crescimento vertiginoso da China


nos últimos anos, investimento em infraestrutura logística. A Figura 10 mostra o investimento
da China em infraestrutura de transporte versus o crescimento do Produto Interno Bruto.

Figura 10 – Investimento em infraestrutura de transporte na China de 1995 a 2014 em relação ao Produto Interno
Bruto (PIB) – Fonte: https://www.unece.org

É possível verificar que a linha vermelha acompanha a linha azul, ou seja, o crescimento do PIB
(AZUL) e crescimento do investimento em infraestrutura de transporte (vermelho) seguem a
mesma tendência. Ou seja, quanto mais o país recebe dinheiro em função do aumento de suas
vendas de produtos no mercado internacional e da riqueza gerada internamente, os
investimentos em sistemas de transporte acompanham. É como dizer que a cada 1 real recebido
faz se um investimento de 10 centavos em infraestrutura. Se ao final de 10 anos você passar a
receber 10 reais continua fazendo um investimento agora de 1 real.

Assim, o país cresce e a infraestrutura cresce junto minimizando os gargalos logísticos, ou seja,
os problemas decorrentes da falta de infraestrutura para escoamento das cargas e produtos.
Isso pode ser notado pela Figura 11. Podemos notar que a taxa de crescimento anual das
rodovias é da ordem de 4.000 km/ano. O incremento em ferrovia é da ordem de 5.000 km/ano.

Isso significa dizer que com está taxa de crescimento da malha de transporte anualmente é
possível ir do Sul ao Norte do Brasil em linha reta. Ou seja, os chineses anualmente conseguem
construir estradas e ferrovias numa escala fabulosa. Isso faz com que o fluxo de mercadorias
dentro da zona industrializada do país flua com muita rapidez.

Além disso, observamos que eles têm privilegiado as ferrovias para o transporte de cargas e
passageiros que são mais eficientes em relação ao rodoviário, como veremos nas aulas
seguintes. Neste contexto, a Figura 12 mostra a rota de uma ferrovia que está sendo
desenvolvida para sair da China e chegar em Moscou na Rússia. Observe que a rota terrestre
permitirá que os chineses tenham uma conexão ferroviária que cruzará inúmeros países
permitindo que eles consigam distribuir seus produtos por locais que antes eram de difícil
acesso, somente, por mar ou ar.

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Figura 11 – Taxa de crescimento da malha logística na China – Rodoviária e Ferroviária - Fonte:


https://www.unece.org

Nós chamamos isto como corredores intercontinentais! Estes corredores têm por objetivo
conectar locais distantes e fazer com eles sejam atendidos em seu abastecimento por meio de
um sistema de transporte eficiente.

Estes corredores podem ser desenvolvidos por meios de transporte terrestres, marítimos e
aéreo que buscam fazer a integração regional. Se observamos a Figura 12 vamos perceber que
a estratégia chinesa é envolver vários tipos de sistemas de transporte para ter uma rede de
corredores para movimentar suas cargas e produtos fabricas. Isso envolve o recebimento de
insumos para seu processo de produção, bem como, distribuir os produtos acabados produzidos
dentro do seu território. Para isso, é que o investimento em infraestrutura logística é
extremamente importante para que eles possam atingir os principais centros de consumo do
mundo.

Investir em infraestrutura logística deve ser a meta de todas as nações em desenvolvimento. A


Figura 13 mostra a expansão prevista de aeroportos na China.

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Figura 12 – Corredores logísticos que estão sendo planejados pelos chineses – Fonte: https://www.unece.org

Figura 13 – Expansão dos aeroportos chineses considerando as cores os horizontes de investimentos e


desenvolvimento - Fonte: https://www.unece.org

Em verde são os aeroportos existentes, em vermelho o que estão previstos e em azul o que
serão instalados até 2020. Ou seja, podemos notar claramente que existe uma forte tendência
de expansão da malha para a região oeste do país, em que se encontram principalmente as
regiões menos industrializadas. Isso mostra uma visão estratégica do país em que todas as
aéreas terão cobertura aérea nos próximos anos.

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Os chineses além de expandir sistemas de transporte dentro do seu país, tem permitido que
suas empresas atuem no setor de transporte em outras partes do mundo. A Figura 14 mostra
um exemplo de uma indústria de fabricação de trens. Ou seja, como o país tem um forte
investimento em infraestrutura de transporte crescente se capacitou também no
desenvolvimento de produtos que visem atender este mercado em âmbito internacional.
Observe que está vendendo tecnologia e não commodities!

Figura 14 – Exportação de trens em diversos modelos e países – Fonte: China CNR Corp and CSR Corp

Basicamente todas as cargas que são importadas e exportadas pela China precisam passar por
portos. Isso porque o transporte marítimo é responsável por 80% do transporte das cargas em
todo mundo. Assim, tem um papel importante no abastecimento das cadeias logísticas globais.
Deste modo, Tabela 1 mostra as principais cargas movimentados nos portos mundo e
verificamos claramente que os portos asiáticos principalmente os chineses são os que estão no
topo da lista. Neste caso, estamos focados apenas na movimentação de contêineres como
veremos em aulas posteriores.

Verbete – inicio

Na logística de transportes marítima e terrestre, a sigla TEU (Twenty Foot Equivalent Unit)
refere-se à Unidade Equivalente de Transporte. Esta unidade de transporte possui um
tamanho padrão de contêiner intermodal de 20 pés. Estes módulos padronizados de contêiner
de 20 pés recebem o nome de TEU, ou seja, um contêiner de 20 pés é um contêiner de 1 TEU
enquanto 1 contêiner de 40 pés é um contêiner de 2 TEUs. Trata-se da medida padrão para
medir capacidade de containers em navios, trens, etc. Equivale a um container padrão de
6.10m (comprimento) x 2.44m (largura) x 2.59m (altura), ou aproximadamente 39 m 3.

Verbete – Fim

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Tabela 1 - Principais movimentações de carga nos portos do mundo – Fonte: https://www.unece.org

TRÁFEGO 2010 TRÁFEGO 2011


RANKING PORTO, PAÍS (MILHÕES
(MILHÕES TEU)
TEU)
1 Shanghai, China 29,07 31,70
2 Singapura, Singapura 28,43 29,94
3 Hong Kong, China 23,70 24,40
4 Shenzhen, China 22,51 22,57
5 Busan, Coréia do Sul 14,19 16,14
6 Ningbo-Zhoushan, China 13,39 15,22
7 Guangzhou, China 12,55 14,25
8 Qingdao, China 12,01 13,02
9 Dubai, Emirados Árabes 11,60 13,00
10 Unidos
Rotterdam, Holanda 11,15 11,88
11 Tianjin, China 10,08 11,50
12 Kaohsiung, Taiwan 9,18 9,64
13 Port Kelang, Malásia 8,87 9,60
14 Hamburgo, Alemanha 7,91 9,04
15 Antuérpia, Bélgica 8,47 8,66

Ou seja, nós fizemos esta viagem para mostrar para você como a logística pode ser um fator
decisivo para um país se tornar líder num determinado segmento. É o caso da China em termos
de números nos últimos 20 anos apresentou um crescimento vertiginoso e mostrou um bom
exemplo do que deve ser feito em termos de investimentos em sistemas de transporte.

4.3 Brasil
Quando nós comparamos o Brasil com a China nós precisamos analisar os números que mostram
as posições em termos dos rankings internacionais de investimento em infraestrutura e logística.
É desta forma que os países são avaliados. Esta parte do curso é apenas uma preparação para o
que veremos nas próximas aulas, mas tenho certeza que você ficará curioso para embarcar
comigo nesta viagem. Por isso, até agora iremos apenas abrir uma pequena discussão neste
comparativo para que você possa compreender em que ponto estamos!

O relatório do The Global Competitiveness Report 2016–2017 fez uma comparação entre 138
países e estabeleceu um ranking sobre sua capacidade de competição internacional. Tabela 2
mostra o resultado da posição do Brasil quando comparado com outros países.

Note que o período avaliado considera a mais recente que o país vem enfrentando. Ou seja,
imagine como está a situação agora com os cortes de investimento na área de infraestrutura em
transporte que deverão deixar graves impactos nos próximos anos!

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Tabela 2 - The Global Competitiveness Report 2016–2017 – Ranking de 138 países considerando diversos pilares de
análise incluindo o setor de infraestrutura e transporte – Fonte: http://www3.weforum.org

Podemos notar que dentro dos quesitos avaliados o Brasil está muito longe da China (posição
28) que começou sua expansão mais agressiva nos últimos 20 anos. Mas o que isso demonstra?
Que estamos no caminho certo? Porque eles conseguiram manter uma logística eficiente? Nós
já evidenciamos anteriormente!

Outra analise realizada pelo Banco Mundial apresenta a o Logistics Performance Index (LPI) que
é um indicador para verificar o desempenho logístico das nações. Novamente nós ficamos atrás

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da China em todos os pontos. Isso é um indicador importante pois norteia a nossa posição em
termos da concorrência mundial.

Tabela 3 - Logistics Performance Index (LPI) ano de 2016 – Fonte: https://lpi.worldbank.org

Embarque Competência
Países Ano LPI Rank Fronteiras Infrastrutura Rastreabilidade Celeridade
internacional logística
Germany 2016 1 2 1 8 1 3 2
Luxembourg 2016 2 9 4 1 10 8 1
Sweden 2016 3 8 3 4 2 1 3
Netherlands 2016 4 3 2 6 3 6 5
Singapore 2016 5 1 6 5 5 10 6
Belgium 2016 6 13 14 3 6 4 4
Austria 2016 7 15 12 9 4 2 7
United Kingdom 2016 8 5 5 11 7 7 8
Hong Kong, China 2016 9 7 10 2 11 14 9
United States 2016 10 16 8 19 8 5 11
China 2016 27 31 23 12 27 28 31
Mexico 2016 54 54 57 61 48 42 68
Brazil 2016 55 62 47 72 50 45 66

Deste modo, nós começamos nosso curso mostrando para você temos muitas coisas que
precisam ser melhoradas e isso é ótimo. É a oportunidade que o profissional da área de logística
precisa para auxiliar o Brasil a melhorar seus indicadores de desempenho, mas para isso, ainda
vamos precisar melhorar muitas coisas, conforme veremos nas próximas aulas!

Box de curiosidade (inicio)

Você certamente já assistiu ao menos a um filme que aborde a temática da guerra em seu
enredo. Nesse tipo de filme sempre tem aquela cena em que o comandante em questão pega
um mapa e traça a melhor rota para ataques, estoque de alimentos e instalação de
equipamentos, enquanto explica para os seus comandados. Isso é logística pura. Foi assim, em
táticas de guerra, que ela surgiu. O fundamento principal da logística é oriunda das táticas de
guerra!

Box de curiosidade (fim)

5 Conclusão
Nós podemos concluir que a logística é fundamental para o desenvolvimento das nações. Os
casos mostrados acima em relação a China, Brasil, bem como, os processos de atendimento as
demandas nos mercados globais só são possíveis em função de uma boa gestão logística.

Deste modo, cabe uma atenção especial para todos os profissionais que tenham interesse em
atuar neste segmento de que precisam ter uma visão sistêmica. Aqui eu procurei apresentar
para vocês apenas conceituais introdutórios sobre o que é cadeia de suprimentos e o impacto
da logística no dia a dia das empresas líderes. Um ponto importante é que nós veremos ainda
mais para frente ao longo do curso outros fatores norteadores que permitirão que possamos
compreender com mais ênfase todos os itens apresentados até aqui. Porem você já conseguiu

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perceber que logística é muito mais do que simplesmente levar a carga de um ponto a outro, ou
transportar pessoas. Continue comigo nesta viagem ao longo das próximas aulas!

6 Atividade
Você deverá fazer um levantamento das principais condições das rodovias brasileiras. Isso
deverá servir de base para que possamos continuar discutindo nas próximas aulas a questão de
investimento em infraestrutura. Procure a respeito da taxa de asfaltamento no Brasil, bem
como, sobre como estão distribuídos os investimentos em transporte rodoviário no país.

A partir deste momento, você entrará em um ambiente complexo em que deverá apreender a
caminhar na busca de soluções para problemas logísticos. O primeiro desafio será fazer por
conta própria um diagnóstico das condições nacionais das nossas rodovias!

7 Resumo
Nesta aula falamos a respeito de cadeia de suprimentos. Vimos como as empresas globais se
organizam para atender seus mercados. O caso notório da VALE companhia brasileira mostra a
complexidade que existe entre você estar no Brasil e atender seus principais clientes na Ásia. Ao
mesmo tempo pudemos perceber que os aspectos de infraestrutura logística permitem que
nações tenham diferenciais de competividade, como é o caso da China. Os indicares brasileiros
ainda apresentam muita disparidade quando comparamos com outros países, porém nos
permite vislumbrar um futuro de oportunidades e melhorias.

Portanto, não se esqueça a logística ajuda a agregar valor aos produtos, serviços na busca do
atendimento as necessidades dos clientes!

8 Próxima aula
Na próxima aula nós vamos conversar a respeito de elementos que compõem um sistema
logístico

9 Literatura recomendada

WANKE, Peter. Estratégia Logística em Empresas Brasileiras: um enfoque em produtos


acabados. São Paulo: Atlas, 2010.

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: logística empresarial. 5 ed. Porto


Alegre: Bookman, 2008.

NOVAES, Antonio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição: estratégia,


operação e avaliação. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

BOWERSOX, Donald J; COPPER, M. Bixby. Gestão Logística de Cadeias de Suprimentos. São


Paulo: Bookman, 2005.

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