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Produtos Capilares,

Depilatórios e Epilatórios
Módulo 1

Solange Garcia
Programação

• Cosmetologia
• Unhas
• Pelo e Cabelo
• Depilatórios
• Shampoos, Condicionadores e Máscaras
de Tratamento
COSMETOLOGIA

Estrutura da matéria
ESTADOS FÍSICOS DA
MATÉRIA
A matéria existe sob três estados físicos:
• Sólido: possuí forma própria, seu volume não muda
à temperatura constante, é formado por partículas
fortemente ligadas
• Líquido: não tem forma própria e é formado por
moléculas orientadas de maneira irregular, uma em
relação a outra.
• Gasoso: não possuí forma própria é constituído por
moléculas ou átomos não ligados uns aos outros.
SOLUÇÕES

A solução é uma mistura homogênea composta,


no mínimo, por dois constituintes.
• Uma solução se compõe de um soluto que é
uma substância liquida, sólida ou gasosa
dissolvida num líquido e um solvente que é o
liquido que efetuamos a dissolução.
• Quando o solvente é água chamamos de
solução aquosa.
SOLUÇÕES IÔNICAS

• São soluções cujo soluto se dissocia em


íons;
• A dissolução na água do soluto se
acompanha de um efeito térmico;
• O pH das soluções são decorrentes da
presença de íons na solução.
SOLUÇÕES COLOIDAIS

• São misturas de aspecto homogêneo nas quais


as partículas do soluto são de tamanho
importante, pois as diferenciam em:
• Forma sol: partículas menores, as soluções são
fluídicas e transparentes
• Forma gel: partículas volumosas, as soluções
são viscosas
• Aplicação: aumentam a viscosidade das
emulsões, microemulsões, tensoativos,
SUSPENSÕES

• Resulta da dispersão finas partículas


sólidas num líquido onde elas são
insolúveis.
• Compreendem:
- uma fase líquida, dispersante;
- uma fase sólida, dispersada
EMULSÕES

• Uma emulsão é uma dispersão constituída de dois


líquidos no mínimo, não miscíveis entre si.
• Aspectos da emulsão depende da dimensão das
partículas dispersadas:
- emulsão amarelada: partículas superiores a 5 mícrons;
- emulsão branco leitosa: partículas entre 5 e 1 mícrons;
- emulsão com reflexos azulados: 1 e 0,1 mícron;
- emulsão transparente: inferiores a 0,1 mícron, trata-se
de microemulsões.
TIPOS DE
EMULSÕES

Emulsão água em óleo (A/O)


ou hidrófilo-lipófolo (H/L);
• A fase dispersante é o óleo e
a dispersa a água.
• Trata-se de cremes
chamados gordurosos;
• São solúveis nos lipídeos e
insolúveis na água;
• Não conduzem corrente
elétrica.
TIPOS DE
EMULSÕES

Emulsão óleo em água (O/A)


ou lipófilo-hidrófilo (L/H);
• A fase dispersante é aquosa
e a dispersada é oleosa.
• Essas emulsões são menos
oleosas;
• São solúveis na água e
insolúveis nos lipídeos;
• Conduzem corrente elétrica.
TIPOS DE
EMULSÕES

Emulsões múltiplas;
• Os dois tipos de emulsões
múltiplas são:
• Emulsões hidrófila-lipófilica-
hidrófila (H/L/H), onde uma
fase oleosa separa as fases
aquosas;
• Emulsões
lipófila/hidrófila/lipófila (L/H/L),
onde uma fase aquosa separa
as fases oleosas.
MICROEMULSÕES

• São formadas por óleo, água e uma


quantidade importante de tensoativo.
• Elas são transparentes as vezes azuladas
de baixa viscosidade.
• Essas emulsões são muito estáveis e
favorecem a absorção cutânea.
• São muito utilizadas em óleos de banho.
ESTABILIDADE DE UMA
EMULSÃO
• Uma emulsão estável não se separa.
• A ruptura da emulsão pode ocorrer por:
Cremagem: partículas sobem para a
superfície;
Sedimentação: queda das partículas para o
fundo do recipiente;
Coalescência: formação de uma massa da
emulsão.
MOUSSES

• As mousses são dispersões de gás em um


líquido;
• São formadas pela justaposição de bolhas
separadas por finas lâminas de líquido.
• As emulsões L/H podem formar mousses. Os
gases se dispersão na fase oleosa da emulsão.
• Alguns tensoativos têm um poder mussificador
importante.
GÉIS

• Os géis são constituídos por substâncias


gelificantes e por líquidos gelificados;
• Há dois tipos de géis:
os géis hidrófilos ou hidrogéis, à base de água,
glicerol, propilenoglicol, derivados da celulose,
silicatos;
os géis hidrófobos ou oleogéis, a base de
parafina líquida, óleos etc.
LIPOSSOMOS

• São pequenas vesículas constituída por um nº


variável de folhas ou pequenas lâminas de
fosfolipídios, separadas umas das outras por
compartimento aquoso;
• Essa estrutura é muito próxima daquelas das
membranas celulares, que permite liberar os
princípios ativos contidos em seu interior;
• Podemos incluir princípios ativos lipófilos na
parede ou hidrófilos na cavidade central;
CLASSIFICAÇÃO
Podemos classificar os lipossomos em vários
tipos, conforme seu tamanho:
• Multilamelares: são vesículas que
comportam várias paredes e vários
compartimentos concêntricos;
• Unilamelares pequenos: são
vesículas que comportam uma só
parede e uma só cavidade aquosa;
• Unilamelares grandes: são
vesículas maiores que a anterior,
mas do mesmo tipo.
LIPOSSOMOS

• Vantagem:
 muito estáveis
 Parecidos estruturalmente com lipídeos ou
cimento intercelular, permite restaurar o estrato
córneo.
• Desvantagem:
 Falta de especificação para a célula alvo;
 Oxidação e instabilidade química dos
fosfolipídios.
BIOVETORES

• Estrutura próxima do lipossomo, ao invés de ser


liquida o núcleo possui uma estrutura sólida de
natureza polissacarídeo;
• Em torno desse núcleo uma camada de ácidos
graxos e de fosfolipídios é depositada;
• Portanto as partículas obtidas são hidrófilas no
interior e lipófilas no exterior.
MICROCÁPSULAS

• São pequenas esferas cujo


diâmetro está compreendido
entre alguns mícron e o
milímetro;
• Contém em seu centro um
invóculo ou cápsula sólida,
substâncias líquidas ou
sólidas.
MICROCÁPSULAS

• Pequenas partículas que abrigam um núcleo que


contém material, rodeado por uma membrana especial.
• A substância encapsulado pode ser liberada por ação
mecânica, isto é, por uma ruptura da membrana por
meio de mudanças de pressão ou físico químicas, como
temperatura e pH.
• Esse sistema permite a extensão da estabilidade do
produto, protege o material contido no núcleo dos efeitos
da radiação UV, da umidade, ou do contato com o
oxigênio, como no caso de óleos vegetais, ajuda a evitar
a oxidação do produto.
NANOVETORES

• A definição mais usada atualmente,


estipula que uma partícula é nano se o
seu diâmetro estiver entre 1 e 100
nanômetros - 1 nanômetro equivale a 1
bilionésimo de metro. As propriedades
especiais das nanopartículas derivam de
sua elevada proporção entre área
superficial e seu volume.
O QUE É

NANO?
• Nano é um prefixo que vem do grego e significa “anão”.
• Imagine uma praia de 500 quilômetros, as dimensões de um grão
de areia estão para o comprimento dessa praia como o nanômetro
está para o metro.
• Um bilionésimo de metro chama-se nanômetro.
A NANOPARTÍCULA é para uma BOLA de futebol como a BOLA é para a TERRA

1 nm 20 cm 12 000 Km
E

NANOTECNOLOGIA?
PRESENTE EM TODOS OS
CAMPOS
PRESENTE EM TODOS OS
CAMPOS
• Nanotecnologia significa
incorporar princípios ativos
em partículas muito
pequenas, com o tamanho
de nanômetros.

• Assim, eles passam


através das barreiras da
pele ou cabelo, penetram
mais profundamente e têm
a sua ação garantida.
• Em cosméticos, muitos ativos são compostos
instáveis, podendo sofrer reações que levam
à diminuição ou perda de eficácia e até
mesmo a degradação do produto.

• Por isso, novas tecnologias vêm sendo


propostas para melhorar o desempenho dos
produtos cosméticos
• A nanoencapsulação, que
consiste na
compartimentalização de
substâncias em carreadores,
cujo tamanho situa-se na faixa
nanométrica, tipicamente entre
50 e 300 nm.

• Produtos com nanotecnologia


conseguem penetrar mais
profundamente na pele, no
cabelo, potencializando a ação
de hidratante, regenerativa, etc.
COMO ELA PODE NOS
BENEFICIAR?
• A nanotecnologia pode ser utilizada para a
estabilização de diferentes compostos, aumentando
também a estabilidade dos produtos finais.
• A nanoencapsulação de compostos antioxidantes
pode aumentar a sua atividade antioxidante e
prolongar a liberação dos mesmos, aumentando
assim a sua eficácia.
• A nanotecnologia tem sido utilizada no
desenvolvimento de formulações cosméticas mais
estáveis, mais eficazes e com sensorial cosmético
diferenciado.
COMO FUNCIONA
• As substâncias ativas podem
ser transportadas dentro de
uma cavidade envolvida por
uma membrana polimérica,
adsorvida na superfície ou
impregnada na matriz
polimérica.
• As nanocápsulas de núcleo
lipídico são carreadores
nanovesiculares nos quais o
controle da liberação do ativo
é atingido pela variação da
concentração do polímero, do
lipídio líquido e/ou lipídio
sólido da formulação.
DIVISÃO

As nanopartículas podem ser divididas em dois grupos:

• 1) Nanomateriais (de acordo com definição do Reach - UE) -


são partículas insolúveis ou biopersistentes e menores que
100 nm. Ex. óxidos metálicos, dióxido de titânio, óxido de zinco,
fulerenos e nanotubos de carbono.
• 2) Nanopartículas lábeis - são aquelas que se desintegram a
seus componentes após sua aplicação no corpo. São formadas
por óleos, lipídeos, polímeros ou fosfolipídios. Segundo a
literatura, para terem eficácia e segurança, devem possuir entre
100 e 400 nm de tamanho e não se rompem com agitação ou
atrito.

O tamanho entre 100 e 400 nm aparece como uma das condições


importantes para evitar a chegada dos ativos no sangue e o
aparecimento de possíveis efeitos indesejáveis.
Formulação cosmética que veicula ativos ou
outros ingredientes nanoestruturados apresenta
propriedades superiores quanto a sua
performance em comparação com produtos
convencionais
NO CABELO
FIO DE CABELO
QUERATINA

• No segmento voltado para os cabelos, a


Nanoqueratinização não atua em toda extensão
capilar, somente onde precisa.
• Sendo assim, este processo evita que os fios fiquem
pesados, tratando somente a parte necessitada, ou
seja; as moléculas de queratina são introduzidas nas
falhas ou fissuras dos fios de cabelo, recompondo sua
fibra.
• Esse técnica condiciona um tratamento aos fios de
maneira intensiva e é indicada, principalmente
cabelos que sofreram o processo do alisamento,
assim como os danificados por produtos químicos,
descoloração, coloração e relaxamentos.
NANOQUERATINIZAÇÃO

NÃO TRATADO TRATADO


AMINOÁCIDOS E
PROTEINAS
Reversor Absoluto de Danos
• Substantividade por efeito adesivo
• Inserção de aminoácidos e peptídeos
• Recuperação e selamento da fibra
• Nano reposição de massa proteica
• Normalização do relevo capilar
• Substantividade e Proteção
• Propriedade adesiva com alta afinidade por outras
proteínas
• Alta capacidade de se ligar à queratina dos cabelos
SILICONES

• A incorporação de silicones em uma formulação de base


aquosa pode ser difícil, por ser, na maioria de suas vezes,
insoluvel em água e com grande resistencia a emulsionar se
com os tensoativos comuns.
• Outro problema que encontramos é a aparencia final do
cabelo, onde os silicones podem deixar um aspecto pesado,
oleoso, com pouco volume.
• Podemos utilizar nanoemulsões de silicone, evitando assim
efeitos indesejáveis.
• Essas nonoparticulas (abaixo de 300 nanometros), podem ter
carga positiva em sua superficie, aderindo facilmente a
superficie capilar, conferindo assim brilho, facilitando
penteado, suavidade, diminuição de volume.
NANOSILICONE

cabelo lavado com cabelo lavado com shampoo


shampoo sem aditivo com aditivo.
SHAMPOOS/
CONDICIONADORES
Com nanogotículas de óleo
• Aspecto mais saudável
• Aspecto de maciez
• Facilidade para pentear o cabelo
• Ajudam na permeação
• Melhoramento das propriedades visco-elásticas
dos cabelos
JOJOBA
• O óleo de jojoba (Simmondsia chinesis) é proveniente de um arbusto do
deserto, sendo muito utilizado na indústria cosmética por suas qualidades e
propriedades únicas.
• Esse óleo possuí propriedades antioxidativas, atribuídas a configuração de
seus ésteres graxos e também mistura de antioxidantes naturais desse óleo.
• Quando aplicado no cabelo o óleo de jujuba possui ação emoliente, umectante
e suavizante. Dá brilho, protege a cutícula, formando um filme lubrificante que
facilita o penteado.
• Pode ser incorporado em formulações com tensoativos como shampoos e
condicionadores, formando micelas de tamanho grande que são facilmente
eliminadas com o enxague.
• Essas micelas são formadas por micro gotas de óleo, rodeada por moléculas
de tensoativos de carga negativa, as quais se repelem com a superfície do
cabelo, por repulsão eletrostática.
NANOPARTÍCULAS DE
ÓLEO DE JOJOBA
• Para melhorar a aplicação do óleo de jojoba, transforma se o óleo
em nanovetores com carga positiva. Isso traz as seguintes
vantagens:
• Nano dispersão do óleo sem a adição de tensoativos.
• Aumenta a substantividade com o cabelo, por possuir carga positiva.
• Devido ao seu nano tamanho, consegue penetrar na fibra capilar e
liberar o óleo internamente.
• Melhora as características sensoriais do fio.
• Por ser nano, possui uma maior superfície
de contato com a superfície do fio de cabelo
potencializando as propriedades do ativo
encapsulado.
• Maior aproveitamento das suas propriedades
COLORAÇÃO CAPILAR

• Tinturas comuns - abertura


das
cutículas do cabelo →
cabelos mais danificados
• Coloração com tecnologia
nano - permeação da
coloração sem abrir as
cutículas → cabelos
menos degradados
DISTRIBUIÇÃO DE
CORANTES
CORTE FIO COLORIDO CORTE DO FIO
SEM ATIVO COLORIDO COM ATIVO
Distribuição heterogênea Distribuição homogênea

Fio com pigmento

Fios com pigmento

Fio sem pigmento


NANOTECNOLOGIA EM
COLORAÇÃO
DIFUSÃO POR TODO FIO
COMPARATIVO
Mecha não
Mecha não tratada lavada Mecha tratada
lavada 5 vezes lavada 5 vezes

Cor original
SEGURANÇA

• Produtos que contenham nonopartíulas devem ser


cuidadosamente investigados antes de sua introdução no
mercado.
• Estes sistemas apresentam inúmeros benefícios, mas
também podem ter algum efeito danoso.
• A Comunidade Européia possui uma regulamentação
detalhada, onde os conceitos estão bem consolidados para
os cosméticos e para os demais setores.
• Se exige um registro e autorização prévia para estes
ingredientes.
• No Brasil estudos são realizados e mas ainda estamos
regulamentando testes e uso.
• Existe atualmente 206 nonomateriais disponíveis no
mercado, usado em cosméticos e produtos para pele que
devem ser notificados.
Matérias-Primas
ÁGUA

• A água é a principal matéria-


prima utilizada na fabricação
de cosméticos, produtos de
higiene e perfumaria.
• Ocupa 75% da superfície da
terra, mas não é uma fonte
inesgotável;
• A água bruta é captada em
rios, poços, mananciais e
algumas vezes do mar.
ÁGUA

• Do total de água disponível no


planeta, apenas 0,7% é doce, que
está em rios e lençóis freáticos.
• O restante da água não é próprio
para consumirmos.
• 97% da água é salgada e está nos
oceanos e 2,3% está congelada nos
polos.
• Do total da água doce, 70% é
utilizada na agricultura, 22% na
indústria e apenas 8% nas cidades
para consumo.
ÁGUA NA INDUSTRIA

• A água é o principal insumo da


indústria de cosméticos.
• Pode representar 80% da
composição de muitos produtos.
• De acordo com a RDC nº 48/13
(substitui portaria SVS nº 348/97) o
fabricante é responsável pela
caracterização da água, e esta deve
atender, no mínimo, os requisitos
básicos de potabilidade.
ÁGUA

• A água é o solvente universal da


maioria das substâncias.
• Quando está em seu estado natural,
contém impurezas.
• Essas impurezas podem ser
matérias em suspenção ou em
solução.
• A avaliação da qualidade da água,
para consumo humano ou na
indústria, não é necessário o
conhecimento de todos os materiais
presentes nela.
TIPOS DE ÁGUA

• Dependendo da
destinação do uso as
águas podem ser
classificadas em:
√ Água potável
√ Água de processo
√ Água purificada
PROCESSOS DE
TRATAMENTO DA ÁGUA

• Os processos de tratamento
utilizam diferentes métodos ou
combinações necessárias para
obter a água com determinadas
características físico-químicas e
microbiológicas são elas:
√ Osmose reversa
√ Deionização ou desmineralização
√ Eletrodeionização
PROCESSO BÁSICO DE
TRATAMENTO
• Matérias em Suspensão:
Processo clássico para eliminar
matérias em suspensão, cor e
odor da água, consiste em
coagular, decantar e filtrar e
adicionar os ´processos de
cloração e desmineralização.
• Coagulação: utiliza-se sulfato de
alumínio, sulfato férrico, sulfato
ferroso, cloreto férrico e
polieletrólitos.
PROCESSO BÁSICO DE
TRATAMENTO
• Decantação: após coagular a
água é floculada e levada para o
decantador, que remove as
partículas em suspensão, mais
densas do que a água.
• Filtração: retém as impurezas ou
substâncias suspensas na água,
realizada por filtros de areia,
carvão ativo e cascalho.
• Cloração: consiste na adição de
cloro, com o objetivo de
esterilizá-la e torná-la potável.
PROCESSOS
COMPLEMENTARES

• Após tratamento principal,


dependendo da aplicação
a água necessita de
tratamento complementar
como:
√ Ultrafiltração
√ Microfiltração
√ Ultravioleta
√ Destilação
PROCESSOS
COMPLEMENTARES DE
TRATAMENTO
• Desmineralização ou deionização:
é o processo de remoção total
dos íons presentes na água e de
redução de sua condutividade
realizado através de resinas de
troca iônica.
• Osmose reversa: consiste em a
água atravessar uma membrana
sob pressão para que ocorra a
redução da concentração de íons,
moléculas orgânicas e micro-
organismos.
PROCESSOS
COMPLEMENTARES DE
TRATAMENTO
• Radiação Ultravioleta: para
desinfecção da água são
utilizadas lâmpadas de UV de
baixa pressão de vapor de
mercúrio. A radiação UV provoca
danos ao DNA dos micro-
organismos.
• Abrandamento: diminuição da
dureza total da água. É realizado
por meio de troca iônica e de
dealcalinização.
PRESERVAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA
• É fundamental controlar os aspectos
físico-químicos da água para que
seja preservada.
• Devemos monitorar pH,
condutividade e concentração de
agentes antimicrobiano.
• A presença de íons inorgânicos em
grandes concentrações como
magnésio e zinco, pode provocar
separação de fase em emulsões.
ANÁLISE DA ÁGUA

• As principais características a serem identificadas são:


– Dureza total – inferior a 85 ppm
– Alcalinidade total – até 250 ppm
– Sulfatos – até 250 ppm
– Sílica solúvel ou reativa – 2 - 10 ppm
– Cloretos – até 250 ppm
– Ferro – até 0,3 ppm
– Oxigênio dissolvido – até 10 ppm dependendo do uso da água
– Matérias primas em suspensão e coloidais
ÁGUA PARA INDUSTRIA
COSMÉTICA
• Em Outubro 2013 foi publicada a RDC 48/13 que
aprovou o Regulamento Técnico de Boas Práticas de
Fabricação para Produtos de Higiene Pessoal,
Cosméticos e Perfumes.
• Estipulou prazo de 3 anos para as empresas
concluírem a validação de seus sistemas.
• O não cumprimento constituirá infração sanitária.
• Diz a resolução no que se refere a tratamento de
água: “§ 1º No prazo de 1 (um) ano, a empresa deve
ter elaborado todos os protocolos e outros
documentos necessários para a validação de
limpeza, metodologia analítica, sistemas
informatizados e sistema de água de processo que já
se encontrem instalados”.
ÁLCOOIS E AS SOLUÇÕES
ALCOÓLICAS

• Etanol – solvente, incolor,


odor característico, miscível
à água em todas as
proporções;
• Utilização:
√ como conservante e anti-
séptico;
√ desodorantes e
adstringentes;
√ loção pós depilação;
√ perfumes, deo colônias.
ISOPROPANOL

• Líquido incolor, volátil, obtido pela hidratação do


propileno;
• Possuí as mesmas propriedades do álcool
etílico;
• Utilização:
√ loções adstringentes;
√ filtros solares;
√ sprays para cabelos.
SORBITOL

• É um poliálcool de um pó branco microcristalino, solúvel


em água e álcool;
• De origem vegetal, da baga da fruta, de amoras,
cerejas, pêras, maçãs e algas;
• É preparado industrialmente à partir da glicose, muito
higroscópico e umectante.
• Utilizações:
√ máscaras e cremes hidratantes;
√ cremes alisantes, descolorantes.
Derivados do sorbitol como spans e twens são muito
utilizados como tensoativos.
PROPILENOGLICOL

• Líquido viscoso, incolor de sabor acre, possuí


uma dupla função álcool;
• Excelente solvente, miscível em água, álcool e
acetona.
• Higroscópico, portanto umectante.
• Utilização:
√ cremes e máscaras hidratantes;
√ desodorante roll-on
√ loções demaquilantes
√ cremes depilatórios
GLICERINA

• Líquido denso, incolor e que possuí três vezes a


função do álcool;
• Miscível na água e no álcool, obtido a partir da
saponificação dos corpos graxos;
• Muito higroscópico, portanto umectante.
• Utilização:
√ máscaras e cremes hidratantes;
√ sprays para cabelos
√ condicionadores capilares
COMPOSTOS
LIPÍDICOS

• Ácidos graxos:
 Saturados – laurílico, mirístico,
palmítico;
 Insaturados – ácido oléico;
 Polisaturados – ácido linoléico;
• Ácidos graxos essenciais:
polinsaturados encontrado nos
lipídios vegetais e marinhos;
ÁLCOOIS GRAXOS

• Não possuem em sua fórmula a função ácida e


sim a função álcool;
Álcool mirístico
Álcool cetilico
Álcool estearílico
Esses álcoois graxos sólidos intervem na
composição das ceras autoemulsivas, como
Lanette.
GLICERÍDEOS

• Ésteres do glicerol e do ácido graxo. Compõe os


óleos essenciais.
• Origem vegetal:
Óleo de amêndoa doce;
Óleo de palma;
Óleo do caroço: damasco, pêssego, ameixa;
Óleo de germe de trigo;
Óleo de abacate;
Manteiga de karité;
GLICERÍDEOS

• Ésteres do glicerol e do ácido graxo. Compõe os


óleos essenciais.
• Origem animal:
Óleo de fígado de peixes(bacalhau, tubarão);
Óleo de tartaruga marinha;
Óleo de vison;
Os sebos (banha);
CERAS

• São ésteres de ácidos graxos e álcoois graxos.


• Origem animal:
Cera de abelha - amarela e branca;
Cera de própolis – usada em regeneradores;
Lanolina – composição igual sebo humano;
CERAS

• São ésteres de ácidos graxos e álcoois graxos.


• Origem vegetal:
Cera de carnaúba – provém folhas de palmeira
do Brasil;
Cera candellila – arbusto do México;
COMPOSTOS GLICÍDICOS

• Origem vegetal:
 Celulose microcristalina – preparada a partir da madeira,
pó branco insolúvel em água;
 Metilcelulose – pó granuloso branco;
 Carboximetilcelulose – pó branco granuloso,
higroscópico;
 Nitrocelulose – ação do ácido nítrico sobre a celulose;
 Amidos – pó branco fino extraído do grão de trigo, milho,
arroz, batata;
COMPOSTOS GLICÍDICOS

• Origem vegetal:
Gomas – em contato com a água resulta em
géis ou soluções viscosas.
√ goma arábica – usada para estabilizar
emulsões L/H;
√ goma adragante – utilizada em géis para
cabelo e pastas dentais;
CONSERVANTES

• Substância natural ou sintética, que


acrescentadas em pequenas proporções
impedem a degradação do produto.
↔ Antioxidantes – impedem e retardam a
oxidação: ácido ascórbico, tocoferol, ácido
sórbico, BHA, BHT, ácido gálico.
CONSERVANTES

↔ Anti-sépticos – protegem os produtos de


contaminações microbianas: ác. Salicilico,
benzóico, álcool etílico,derivados fenóicos,
óleos essenciais de plantas.
↔ Fungicidas – impedem a proliferação de
mofos e fungos: ácido deidracético e ácido
undecilênico.
CORANTES – Origem
Natural
• Corantes Vegetais:
 Urucum – amarelo alaranjado
 Cúrcuma – amarelo (curry)
 Açafrão – amarelo
 Caroteno – alaranjado
 Henna – marrom-avermelhada
 Clorofila – verde
 Indigotina – azul
 Carvão vegetal – preto
 Orcinol – alga vermelho-violáceo
CORANTES – Origem
Natural

• Corantes Animais:
 Ácido carmínico – inseto pulgão do México,
vermelho
 Nácar – escamas tiradas de peixes
• Corantes Minerais:
 Talco
 Caulim
 Óxido de ferro – do amarelo ao marrom
 Argilas – do marrom ao cinza
CORANTES – Origem
Sintética e Semi-Sintética
• Possuem nuances mais variadas e mais vivas que
os naturais, os mais conhecidos são:
 Eosina, eritrosina – vermelho
 Verde malaquita
• Pigmentos:
 Cristais de mica-titano
 Nácar natural
 Oxicloreto de bismuto
 Pó de alumínio
SUBSTÂNCIAS
TIXOTRÓPICAS
• São substâncias firmes, rígidas, que tornam-se
líquidas por agitação e se espessam de novo
quando em repouso. Exemplo:
Bentonita gel ou gel de bentona, utilizado na
fabricação de esmaltes.
PRINCÍPIOS ATIVOS

• Dão eficácia aos produtos cosméticos. Tem por


objetivo restabelecer a integridade fisiológica
perturbada, lutar ativamente contra o
envelhecimento cutâneo, captar radicais livres,
melhorar o aspecto do fio de cabelo, diminuindo
ou aumentando sua oleosidade, maciez, brilho.
PRINCÍPIOS ATIVOS

• Óleo de germe de trigo: rico em vitamina E;


• Manteiga de karité
• Ginko biloba: estimula a microcirculação;
• Vaselina;
• Óleo de silicone;
• Ceramidas
• Própolis: anti-fúngicas e cicatrizantes;
VITAMINAS

• As vitaminas são substâncias indispensáveis ao


organismo em quantidade infinitesimal.
√ Vitamina A (retinol) – possui função de
regulação no crescimento e nas atividades das
células epiteliais.É essencial para a integridade
das unhas e do cabelo.
√ Vitamina E (tocoferol) – capta radicais livres,
melhora a microcirculação cutânea. Melhora a
eficácia de produtos solares.
VITAMINAS

• Grupo de vitaminas B
√ Vitamina B2 (riboflavina) – muito utilizada na
dermatite seborréia, pois capta ácidos graxos e
aminoácidos;
√ Vitamina B3 ou PP ( niacina) – participa de
todas as reações de oxi-redução do organismo;
√ Vitamina B5 ( ácido pantotênico) – participa da
sintese dos ácidos graxos, utilizado nas
alopecias e melhora a cicatrização
VITAMINAS

• Grupo de vitaminas B
√ Vitamina B6 (pirodoxina) – intervém no
metabolismo dos aminoácidos, diminui a
seborréia e luta contra a retenção de água;
√ Vitamina B8 ( biotina- vitamina H) – intervém no
metabolismo celular, utilizada nas alopecias;
√ Vitamina B9 ( folatos) – participa no
metabolismo dos aminoácidos, desempenha
papel importante na multiplicação das células;
VITAMINAS

√ Vitamina B11 (L. cartinina) – é indispensável para que o


organismo possa utilizar os ácidos graxos;
√ Vitamina B15 (ácido pangâmico) – favorece a
oxigenação dos tecidos e possui propriedades anti
radicais livres;
√ Vitamina C ou ácido ascórbico – utilizada como
conservador ou acidificante, favorece a microcirculação e
diminuí as reações cutâneas;
√ Vitamina F ou ácidos graxos (polinsaturados) – ácido
linoleico, ácido gamalinoléico.
ÓLEO DE COCO

• O óleo vegetal de coco – fruta produzida pelo coqueiro, de casca


fibrosa e composta por aproximadamente 46% de água - é
riquíssimo ácidos graxos: láurico (40 a 55%), mirístico (11 a 27%),
oleico ou ômega 9 (9 a 20%) e palmítico (5,2 a 11%), além dos
ácidos caprílico, cáprico, esteárico e linoleico (ômega 6) em
menores quantidades.
• É perfeito para cabelos afros.
• Funciona como reparador de pontas, equilibrador do couro
cabeludo, facilitador do penteado e conferidor de brilho e definição
de cachos.
• Também pode ser usado em umectações pré-xampu e junto a
máscaras de hidratação
ÓLEO DE ARGAN

• O produto tem alto teor de ácidos


graxos como o ácido oleico (ômega
9), composto químico que protege da
desidratação celular, linoleico (ômega
6) ácido fenólico, carotenos e
vitaminas A, E e F, cujas
propriedades incluem ação
antioxidante e hidratação profunda.
• Tem efeitos antienvelhecimento e
regenerativo da pele, antisséptico e
fungicida, suavizador, protetor e
restaurador da camada hidrolipídica
da pele e é ainda um potente
reestruturador que recupera e
fortalece unhas e cabelos.
ÓLEO DE ARGAN

• O produto natural é obtido da pressão das amêndoas


extraídas dos frutos secos da Argania Spinosa, planta
típica do sudoeste do Marrocos.
• Conhecido como ouro de Marrocos.
• Seus efeitos são melhor sentidos com a utilização do
óleo puro, virgem, 100% natural, mas já existem vários
produtos industrializados no mercado com essa
sustância na composição.
• Pode ser adicionado a produtos de finalização,
colorações e alisantes sem interferência no resultado
final da aplicação.
OUTROS ÓLEOS

• Óleo de Linhaça – contem ômega 3,6 e 9, minerais,


vitaminas, fibras e propriedades antioxidantes;
• Óleo de Abacate – alto poder de nutrição, contém
lecitina (fortalece a fibra capilar), proteinas e vitaminas
A, B1, B2, D, E além dos ômegas 3, 6 e 9, contem
propriedades de proteção solar natural;
• Óleo de Pracaxi – retirado da semente da árvore
Pentaclethara macroloba Wild, popular na Amazônia,
contem alta concentração de ácido behênico,
promovendo viscosidade as emulsões;
OUTROS ÓLEOS

• Óleo de Açai – rico em ácidos graxos essenciais,


minerais, vitamina C e antocianinas;
• Óleo de Obliphica – retirado de uma fruta encontrada na
Sibéria e no Himláia, tem propriedades antioxidantes e
regeneradora, vitamina C (15 X mais que na laranja);
• Óleo da Flor de Abissínia – flor cultivada na Etiópia em
Madasgascar, rico em aminoácidos naturais, que
melhora a hidratação, nutrição e elasticidade do fio;
• Óleo de macadâmia – retirada da noz de uma planta
Australiana, nutre o fio e é facilmente absorvido.
OLIGOELEMENTOS

• São elementos presentes nos organismos vivos


em quantidades infinitesimal, mas cuja presença
é indispensável ao crescimento ou a vida dos
animais e vegetais.
• Os mais utilizados em cosméticos são: silício,
cobre, manganês e zinco.
FORMULAÇÃO DE
PRODUTOS COSMÉTICOS
ETAPAS A SEGUIR

A definição de um novo produto é


baseada em pesquisas mercadológicas,
para isso devemos:
• Conhecer o perfil do concorrente e as
necessidade do público-alvo;
• Obter uma visão global do que deve ser o
produto desenvolvido.
DESENVOLVIMENTO

Devemos levar em consideração:


• Custo
• Preço de venda
• Forma de apresentação
• Função a que se destina
• Abordagem de marketing
FORMULADOR

São requeridos alguns


conhecimentos básicos do
formulador:
• Conhecer a anatomia e
fisiologia do cabelo;
• Ter a responsabilidade pela
escolha de substâncias ativas
e veículos, compatíveis entre
si, em concentrações seguras
e eficazes;
FORMULADOR

• Levar em consideração as
variáveis envolvidas no processo
de produção (escala de
produção);
• É fundamental a execução de
testes para a avaliação do prazo
de validade do produto (shelf-
life);
FORMULADOR

• A execução de testes
físicos e físicos-químicos
das matérias-primas e do
produto acabado;
• Segurança do uso;
• Respeitar a legislação
vigente no pais;
• Limites de uso permitido
de cada matéria-prima.
COSMÉTICO

Definição segundo RDC 211


“preparações constituídas por substâncias naturais ou
sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo
humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos
genitais externos, dentes e membranas mucosas da
cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de
limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou
corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los
em bom estado.”
CLASSIFICAÇÃO
ANVISA

A Anvisa classifica os produtos de HPPC conforme o nível


de risco para o usuário. São eles:
Risco Nível 1 – Produtos de higiene pessoal, cosméticos
e perfumes que se caracterizam por possuírem
propriedades básicas ou elementares, cuja
comprovação não seja inicialmente necessária e não
requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo
de usar e suas restrições de uso, por causa das
características intrínsecas do produto.
Constam nesse nível produtos tais como:
CLASSIFICAÇÃO
ANVISA

• sabões, xampus, cremes de barbear, loções pós-barba,


escovas dentais, fios dentais, pós, cremes de beleza,
loções de beleza, óleos, make-up, batom, lápis para os
lábios e delineadores, produtos para os olhos e
perfumes.
• Risco Nível 2 – Produtos de higiene pessoal, cosméticos
e perfumes que possuem indicações específicas, cujas
características exigem comprovação de segurança e/ou
eficácia, bem como informações e cuidados, modo e
restrições de uso.
CLASSIFICAÇÃO
ANVISA
• Nesse nível se encontram produtos que apresentam
risco potencial, tais como:
• xampus anticaspa, cremes dentais anticárie e antiplaca,
desodorantes íntimos femininos, desodorantes de axilas,
esfoliantes químicos para a pele, protetores para os
lábios com proteção solar, certos produtos para a área
dos olhos, filtros UV, loções bronzeadoras, tinturas para
cabelos, descolorantes, clareadores, produtos para
ondulação permanente, produtos para crescimento de
cabelos, depiladores, removedores de cutícula,
removedores químicos de manchas de nicotina,
endurecedores de unhas e repelentes de insetos.
CLASSIFICAÇÃO
ANVISA

• Os critérios para essa classificação foram definidos em


função da probabilidade de ocorrência de efeitos não
desejados decorrentes do uso inadequado do produto,
sua formulação, finalidade de uso, áreas do corpo a que
se destinam e cuidados a serem observados durante
sua utilização.
• Cabe ressaltar que os produtos cosméticos do Nível 2
estão sujeitos a cumprir requisitos técnicos mais
severos.
Registro de Produto

• Resolução para Registro de Produtos de Higiene


Pessoal, Cosméticos e Perfumes
• As normas e os procedimentos necessários para a
obtenção do Registro de Produtos de Higiene
Pessoal, Cosméticos e Perfumes ou de Alterações
de Registro foram atualizados pela Resolução RDC
nº 211, de 14 de julho de 2005
Parâmetros a serem considerados na
avaliação de produtos cosméticos

• Os primeiros parâmetros a serem contemplados são os


seguintes:
• Categoria do produto;
• Condições de uso;
• Concentração de cada ingrediente na formulação;
• Quantidade de produto em cada aplicação;
• Freqüência de uso;
• Local de contato direto com o produto;
• Superfície total de pele ou de mucosa onde o produto é
aplicado;
• Duração do contato;
• Consumidor alvo;
• Possíveis desvios no emprego do produto (uso inadequado ou
acidental).
Sugestão para avaliação de segurança de
produtos acabados

• Avaliação do potencial irritante


• Produto com risco desconhecido:
• “Triagem” com métodos in vitro ou, in vivo em animais, seguido
de teste clínico.
• Produto com ausência presumida de risco:
• Teste clínico.
• 4.2.2 - Avaliação do potencial alergênico
• Nível de absorção dos ingredientes desconhecido:
• Teste in vivo, em animais.
• Produto com ausência presumida de risco:
• Teste clínico.
INCI

• As normas e os procedimentos
necessários para a obtenção do Registro
de Produtos de Higiene Pessoal,
Cosméticos e Perfumes ou de Alterações
de Registro foram atualizados pela
Resolução RDC nº 211, de 14 de julho de
2005.
INCI

• INCI - International Nomenclature of Cosmetic Ingredient


é um sistema internacional de codificação da
nomenclatura de ingredientes cosméticos, reconhecido
e adotado mundialmente, criado com a finalidade de
padronizar os ingredientes na rotulagem dos produtos
cosméticos.
• O INCI foi desenvolvido graças à participação de vários
países e culturas. É uma nomenclatura baseada em
listas internacionais de ingredientes conhecidos e
utilizados por pesquisadores e cientistas de todo o
mundo
INCI
• Países da Comunidade Européia (Portugal, Espanha, França, Itália
dentre outros), da América Latina e países como os Estados
Unidos, Austrália, Singapura, África do Sul, Japão e outros, em
suas legislações sanitárias, já adotaram a nomenclatura INCI ou
estão em fase de implementação como é o caso dos países do
Mercosul.
• Visto que existem mais de 12 mil ingredientes utilizados em
produtos cosméticos e muitos possuem, além da denominação
química, mais de um nome comercial, o INCI permite designar de
forma única e simplificada a composição dos ingredientes no rótulo
dos produtos cosméticos. Dessa forma, o objetivo do uso da
nomenclatura INCI é facilitar a identificação de qualquer
ingrediente, proveniente de qualquer país, por ser uma codificação
universal, com um sistema para todos os países sem distinção de
idioma, caracteres, nem de alfabeto.
As vantagens do INCI para:

• Consumidor
Permite que o consumidor identifique, de forma mais
clara, os ingredientes de uma formulação em qualquer
lugar do mundo. Além disso, devido à grande
diversidade de sinônimos relacionados a um único
ingrediente, os erros de interpretação na leitura de
componentes podem ser minimizados
• Vigilância Sanitária
A adoção dessa nomenclatura possibilitará uma maior
agilidade na identificação dos ingredientes dos produtos
cosméticos de forma clara,correta e precisa.
As vantagens do INCI para:

• Comunidade Científica
A utilização de uma nomenclatura padronizada torna
mais fácil o trabalho de profissionais como médicos e
farmacêuticos no aconselhamento dos consumidores,
além de garantir a atualização mais dinâmica do
conhecimento científico.
COSMETOVIGILÂNCIA
Resolução 332/05

Obrigatoriedade de Implementação pelas


empresas fabricantes / importadoras
responsáveis Mercosul de um sistema de
Cosmetovigilância a partir de 31 de
dezembro de 2005.
Cosmetovigilância

Resolução nº 332 de 01/12/2005


• Artigo 1º - Implementar Sistema de Cosmetovigilância a partir de
31/12/2005.
• Parágrafo único – Facilitar a comunicação, por parte do
usuário,sobre problemas decorrentes do uso, defeitos de
qualidade ou efeitos indesejáveis e o acesso à informação.
• Artigo 2º - Manter registro dos relatos de Cosmetovigilância e
avaliá-los.
• Artigo 3º - Se o resultado da avaliação dos relatos identificar
situações que impliquem risco para a saúde do usuário, notificar
à Autoridade Sanitária.
COSMETOVIGILÂNCIA

• Art. 1º As empresas fabricantes e/ou importadoras


de Produtos de Higiene Pessoal Cosméticos e
Perfumes, instaladas no território nacional deverão
implementar um Sistema de Cosmetovigilância, a
partir de 31 de dezembro de 2005.
• Parágrafo único. O Sistema de Cosmetovigilância
de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e
Perfumes, facilitará a comunicação, por parte do
usuário, sobre problemas decorrentes do uso,
defeitos de qualidade ou efeitos indesejáveis e o
acesso do consumidor à informação.
COSMETOVIGILÂNCIA

• Art. 2º As empresas fabricantes e/ou importadoras


de Produtos de Higiene Pessoal Cosméticos e
Perfumes, instaladas no território nacional deverão
manter registro dos relatos de cosmetovigilância, e
avaliá-los.
• Art. 3 Se do resultado da avaliação dos relatos
identificarem situações que impliquem em risco para
a saúde do usuário, as empresas fabricantes e/ou
importadoras dos Produtos de Higiene Pessoal,
Cosméticos e Perfumes instaladas no território
nacional deverão notificar à Autoridade Sanitária
Federal do Brasil (Anvisa) e dos Estados Partes do
Mercosul envolvidos.
Diretiva Européia

• A Directiva 76/768/CEE(1) do Conselho tem por objetivo


a proteção da saúde pública, ao garantir que sejam
introduzidos no mercado apenas os produtos
cosméticos seguros, atendendo, em simultâneo, às
exigências de caráter econômico e tecnológico.
• Sendo um dos seus principais objetivos a proteção da
saúde pública, a diretiva estabelece como princípio geral
que só os produtos cosméticos que não sejam
prejudiciais à saúde humana possam ser introduzidos no
mercado (artigo 2o da diretiva).
• Por conseguinte, os produtos cosméticos só podem
conter ingredientes seguros. Um ingrediente que não
seja seguro não deverá ser utilizado.
Nova Diretiva

• Diretiva 2008/42/CE da Comissão de 3 de abril de


2008, se modifica a Diretiva 76/768/CEE do Conselho,
relativa a produtos cosméticos, a fim de adaptar seus
anexos II e III ao progresso técnico.
• Os Estados membros tomarão todas as medidas
necessárias para impedir que, a partir de 4 de outubro
de 2009, os produtos cosméticos que não cumpram o
disposto da presente Diretiva seja vendido ou colocado
a disposição do consumidor final.
• A presente Diretiva entrará em vigor no vigésimo dia
seguinte a sua publicação no Diário Oficial da União
Européia.
RDC 48
25 OUTUBRO 2013

• Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico de Boas


Práticas de Fabricação para Produtos de Higiene
Pessoal, Cosméticos e Perfumes, nos termos dos
Anexos desta Resolução.
• Art. 2º Esta Resolução incorpora ao ordenamento
jurídico nacional a Resolução GMC MERCOSUL nº
19/11, que aprovou o "Regulamento Técnico de Boas
Práticas de Fabricação para produtos de Higiene
Pessoal, Cosméticos e Perfumes (revogação das Res.
GMC nº 92/94 e 66/96)".
RDC 48
25 OUTUBRO 2013
• Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário, em
especial a Portaria nº 348, de 18 de agosto de 1997.
• Art. 4º Fica instituído o prazo máximo de 3 (três) anos
para conclusão dos estudos de validação a partir da
publicação desta Resolução.
• § 1º No prazo de 1 (um) ano, a empresa deve ter
elaborado todos os protocolos e outros documentos
necessários para a validação de limpeza,
• metodologia analítica, sistemas informatizados e
sistema de água de processo que já se encontrem
instalados.
RDC 48
25 OUTUBRO 2013
• § 2º Para metodologia analítica, a elaboração dos
protocolos e a validação do método deve ser realizada
apenas quando se tratar de metodologias não
codificadas em normas ou bibliografia conhecida.
• § 3º Para os sistemas, métodos ou equipamentos
adquiridos a partir da data de publicação desta instrução
normativa, a validação deverá ser realizada antes do
seu uso rotineiro.
RDC 48
25 OUTUBRO 2013
• Art. 5º O descumprimento das disposições contidas
nesta Resolução e no regulamento por ela aprovado
constitui infração sanitária, nos termos da Lei
• n. 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das
responsabilidades civil,
• administrativa e penal cabíveis.
• Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
Cosmético do Futuro

• Existe um movimento mundial crescente no sentido


de incluir os atributos de produto “natural” e/ou
orgânico em cosméticos;
• Esse movimento se intensificou a partir de 2001,
inspirado na virada do milênio;
• Longe de ser unanimidade, esse conceito é
bastante elástico, pois não existe uma legislação
especifica que regulamente, nem no Brasil, nem no
mundo, tornando impossível enquadrar em uma
categoria com limites estabelecidos.
Legislação

• A Colipa ( Associação Européia de Cosméticos, Higiene Pessoal


e Perfumaria), responsável por uma das legislações de
cosméticos mais restritiva, está preparando um embrião de
norma;
• Hoje uma legislação + ou – aceita entre os especialistas,
acredita que o termo “natural” deve ser empregado a um
cosmético produzidos com MP de origem natural de fonte
sustentável, sem discriminar a concentração.
• Cosmético orgânico é mais restritivo, trata-se de produtos de
origem 100% vegetal, cultivado sem o auxilio de aditivos
químicos ou defensivos agrícolas de nenhuma ordem.
• Ausência de testes em animais é considerada primordial para a
inclusão de um cosmético em qualquer uma das duas
categorias.
Estudo Mostra que Emoção Direciona
Compras de Cosméticos Mais que Utilidade
do Produto

• Pesquisadores da Universidade do País Basco descobriram que


pessoas que usam cosméticos o fazem principalmente por razões
emocionais.
• Os pesquisadores descobriram que a compra de cosméticos é
principalmente por razões emocionais.
• O estudo foi realizado em cremes faciais (hidratante e nutritivo,
colorido ou não, e cremes anti-rugas) e cremes para o corpo
(reafirmante e cremes anti-celulite).
• "O estudo mostra que tanto o aspecto emocional e a utilidade de
marcas de cosméticos têm um impacto significativo na satisfação
dos consumidores, mas que o componente emocional tem um efeito
maior", diz Vanessa Apaolaza, pesquisadora da UPV e principal
autora do estudo publicado no Jornal Africano de Gestão
Empresarial. Fonte: CosmeticsDesign-Europe.com
CONCLUSÃO

• O sucesso de uma formulação e sua total


aceitação pelo consumidor, está diretamente
baseada na seleção e concentração adequada
de matérias-primas utilizadas, no balanço ideal
da concentração de ativos.
• Não deve causar irritação.
• Deve-se considerar também o aspecto
tecnológico e de estabilidade do produto.
• Deve-se realizar testes comparativos meia-
cabeça do produto final.

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