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''COMIGO-NINGUÉM-PODE'' ( Dieffenbachia seguine )

Zilmar de Oliveira Abreu 1, Maximiliano Faria Brito²

RESUMO
As plantas produzem uma grande variedade de metabólitos secundários que
frequentemente são relacionados a mecanismos de proteção da planta contra predadores
e patógenos. As espécies tóxicas são aquelas capazes de produzirem compostos que
podem causar alterações metabólicas prejudiciais ao homem e aos animais. A toxicidade
apresentada por uma espécie vegetal pode estar relacionada a fatores associados ao
indivíduo, à planta, ao modo de exposição e a questões ambientais. A intoxicação,
aguda ou crônica, causada por plantas é difícil de ser diagnosticada assim como a
associação entre os sintomas e o consumo e contato com algumas espécies é difícil de
ser estabelecida. É de conhecimento comum que a natureza costuma utilizar-se cores
seja em plantas ou animais para sinalizar perigos presentes em peles e secreções, folhas
ou frutos, no entanto, uma espécie de larga utilização e fácil cultivo pode representar um
perigo iminente dentro de casa. Falamos da Comigo-Ninguém-Pode, com sua
denominação claramente sugestiva aos riscos e com benefícios geralmente atrelados às
práticas místicas e ornamentais.
Palavras-Chave: Comigo-Niguem-Pode. Patogenos. Metabólitos.

INTRODUÇÃO

Presente na decoração de interiores por todo o mundo, a Comigo-Ninguém-Pode, além


de bela, pode ser muito perigosa. Consistindo em uma planta altamente tóxica, muitos
são os casos onde crianças e animais domésticos, por descuido dos responsáveis,
acabam colocando a planta na boca ou deixando que esta entre em contato com os
olhos. Em toda sua estrutura o que compreende flores, folhas, caule ou látex, a
Comigo-Ninguém-Pode é altamente impregnada por cristais de Oxalato de Cálcio e
demais substâncias prejudiciais à saúde. As plantas produzem uma grande variedade de

1
Academico em Farmácia pelo Instituto de Ensino Superior de Cacoal – Fanorte. E-mail:
zilmartecnicotst@gmail.com
²Professor Especialista Orientador da Disciplina de Toxocologia do Curso de Farmacia do Instituto de
Ensino Superior de Cacoal – Fanorte. Email: max-brito@hotmail.com
substâncias químicas que podem apresentar diversas atividades biológicas. No entanto,
a utilização de plantas na terapêutica e na alimentação deve ser restrita a plantas
conhecidas e ou corretamente identificadas , pois podem ocorrer intoxicações com o uso
de espécies vegetais, provocando graves acidentes. A metodologia empregada para o
diagnóstico das intoxicações por plantas é realizada pelo conhecimento da ocorrência
das plantas tóxicas na região, das doenças causadas por elas, da constatação e evolução
dos sinais clínicos (HARAGUCHI, 2003). O objetivo deste resumo expandido foi
realizar um levantamento bibliográfico em meios físicos e em sítios digitais de espécies
vegetais que pode ocasionar grave risco por não se conhecer seus efeitos nocivos
quando ingerido ou por contato cutâneo.

Fonte: https://www.hipercultura.com/planta-comigo-ninguem-pode-e-perigosa/

METODOLOGIA

Estudo descritivo que analisou dados qualitativos, vinculada a fontes seguras


com importantes citações da literatura mundial direcionadas ao tema. O referido resumo
foi realizado a partir da metodologia de observação bibliográfica e meios digitais,
caracterizada como um tipo de pesquisa proposto pelo professor da disciplina de
Toxocologia do curso de Farmácia. Foram apresentados conceitos importantes
relacionados às plantas ornamentais e tóxicas, além de estratégias de compartilhamento
ensino-sociedade e de prevenção de acidentes como esses tipos de plantas.
Nesse sentido a partir das informações da pesquisa foram realizadas buscas na
literatura, em livros pertinentes ao assunto e estudos disponíveis na internet afim de
satisfazer ao objetivo proposto. As buscas foram realizadas pelo nome científico da
planta citada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Segundo Schons (2012) entende-se por planta tóxica todo o vegetal que,
ingerido por um organismo vivo, seja capaz de causar danos que refletem na saúde e
vitalidade. A comigo-ninguém-pode contém pedaços de cristais insolúveis em formato
de agulhas, em suas folhas e haste.

fonte: https://www.hipercultura.com/planta-comigo-ninguem-pode-e-perigosa.

Esses cristais, chamados de ráfides, são formados por oxalato de cálcio.


Mastigar, morder ou mesmo encostar nessa planta libera esses cristais que penetram nos
tecidos, resultando em lesões. De acordo com os dados do Sistema Nacional de
Informações Tóxico Farmacológicas (SINITOX), em 2010, no Brasil foram registrados
1.132 casos de intoxicação por plantas, sendo sendo que na regional de Rondonia, nos
dados de 2015 foram registrado apenas 2 casos, conforme visualizado no portal da
Sinitox. Portanto, a toxicidade de plantas ornamentais tem se tornado um sério
problema de saúde pública, alguns dos sintomas reconhecidos pela intoxicação com a
comigo-ninguém-pode são ardência e inchaço na boca, língua e garganta, vômito,
diarreia, dor nos olhos e danos à córnea.
CONCLUSÃO

Toda planta apresenta alguma toxicidade em determinada dosagem, porém a


denominação de plantas tóxicas se conceitua a todos os vegetais que, através do contato,
inalação ou ingestão, acarretam danos à saúde, tanto para o homem como para animais,
podendo inclusive levá-los a óbito. Estas plantas apresentam substâncias que podem
desencadear reações adversas, seja por seus próprios componentes, ou então se tornam
perigosas, devido à qualidade do cultivo, coleta ou extração inadequada de seus
constituintes e muitas dessas plantas tóxicas são tidas como ornamentais, logo estando
presente em diversos ambientes ao nosso redor, por conseguinte facilitando o risco de
intoxicação para o homem.

REFERENCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e


documentação: citação em documentos. Rio de Janeiro, 2002. Pags. 3 e 4.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e


documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro, 2002. p.3

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação:


resumo: apresentação. NBR 6028. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.

FIOCRUZ. Fundação Osvaldo Cruz. Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas.


Casos registrados de intoxicação humana por agente tóxico em 2010 [Internet]. Disponível em:
http://www.fiocruz.br/sinitox_novo/media/s 3.pdf. Acesso em 20/10/2018.

HARAGUCHI, M. Plantas tóxicas de interesse social. Biológico, v.65, n.1/2, p.37-39,


Jan./Dez., 2003

SCHONS, S.V., Intoxicações por plantas em ruminantes e equídeos na região central de


Rondônia. Ciência Rural, v.42, n.7, 2012.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, Metodologia do trabalho científico. 7.ed. São Paulo: Atlas,
2010.

HARAGUCHI, M. Plantas tóxicas de interesse social. Biológico, v.65, n.1/2, p.37-39,


Jan./Dez., 2003

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